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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE HUMANIDADES

LICENCIATURA EM FILOSOFIA - MANHÃ

PROF. MS. VIRGÍNIA BRAGA - HISTÓRIA DA FILOSOFIA V

ALUNO: JONAS DE PINHO MARTINS

MATRÍCULA: 1457624

2019.2

DISSERTAÇÃO: A CRÍTICA DA RELIGIÃO SEGUNDO FEUERBACH

FORTALEZA - 2020
.Para melhor compreensão do raciocínio de Feuerbach, sobre a religião cristã, é
necessário pautar os pressupostos na qual se parte e o está inserido. No entanto, é nas
ideias hegelianas da Fenomenologia do Espírito e nas revoluções zoológicas da época - no
estudo do Lineu em ​Systema Naturae - que dão um aparato metodológico para um novo
paradigma acerca da religião. Assim, pela mesma via que permite conhecer e se
reconhecer, atribui-se essas potências ao humano que enquanto animal, além de conhecer,
lhe é capaz o ‘contemplar’ e o ‘crê’ sem provas, o que caracteriza a religião, ou seja, é de
cunho humano louvar e atribuir valores ideais às instâncias que transcendem a sua
condição - perfeições não humanas, algo divino que subsiste em si e por si - e que em
função desse divino se cultua, se medita, se oferta ritualisticamente, mas que nesse cerne
é uma exteriorização da essência humana. Não obstante, tal potência não se manifesta nos
demais animais porque os mesmos não são dotados de independência da consciência
exterior - e sim só interior que se estende ao exterior, portanto, senciência - e não tem
noção de si, na categoria de gênero, e muito menos externalizam-se através da
consciência; vivem em função do lugar que habita conforme sua natureza determinada. Em
primeiro lugar, o humano, genuinamente na sua condição, reconhece a si mesmo e se põe
livremente no pensar e no agir, bem como é capaz de externalizar as suas ideias, tem uma
vida interior em relação à exterior; em segundo lugar, dadas características humanas, lhe é
possível assim a ciência e a religião porque, respectivamente, trata-se de gênero que
possibilita englobar todos os seres em determinações epistêmicas, inclusive a si próprio;
como também possibilita a crença sobrenatural de um princípio absoluto transcendente que
lhe dá um conforto existencial ou justifica as causas da existência e o destino da
humanidade.

Todos os aspectos que compõem acidentalmente o humano são infinitos, nunca


há pessoas iguais dos que estão vivos ou já viveram, particularmente são todos limitados
nas suas finitudes, mas a infinitude é própria da divindade e engloba o finito
impossibilitando-o de ser negado - prevenindo-o de contradição - mas, entre humano e
divino identificam-se nas perfeições de razão, amor e vontade, não se é nada sem esses
conceitos e sim só através deles, porque não se vive sem resisti-los, nega-se Deus se
somente se nega os atributos essencialmentes humanos. Quanto à assertiva ‘a consciência
de Deus é a consciência que o humano tem de si mesmo’ sugere que a religião é criada por
pessoas através da experiência de si, portanto, que está fundamentada na pessoa humana,
não há outra esfera fora da existência humana que se possa partir, porque é impossível
nosso acesso. De fato, as ideias científicas que se introjetam no intelecto, as coisas que
nós conhecemos, são equivalente pelo mesmo método pelo qual externalizamos nossas
essências, nossas formas ideais de si, e ao mesmo tempo, nisso, se pode ocorrer de não
se reconhecer, de modo a estranhar o próprio conceito ao fazê-lo objeto diferente de nós,
ao passo que o estuda e o cultua. Não obstante, o problema do idealismo transcendental,
segundo Feuerbach, é quando a pessoa externaliza as suas potências particulares aos
seus gêneros, predispõem-os à preguiça, à vaidade, e entre outras vícios assim como um
lagarta torna infinita as suas condições através do limite de uma folha que habita,
equivocadamente a pessoa transcende seu limite individual como geral a todos, faz-se de
juízos universais errôneos.

Nessa nova fundamentação da religião cristã, com um cunho antropológico, a


dialética Deus-humano visa especular a religião como materialista que tem o humano como
objeto de estudo e analisa-o pela razão que compõem os aspectos de Deus. Porém, pela
limitação humana é a única forma fundamental de se conhecer Deus por ser a criatura mais
próxima dele, ou seja, as qualidades divinas são qualidades humanas. Bem como
Parmênides formulou, o que é cognoscível só pode ser apreendido dentro do ser, o que se
está fora é indizível ou inapreensível. Contudo, o humano só conhece de Deus o que nele
próprio, como sujeito, possibilita deduzir na sua finitude tudo aquilo que, acima dele, não se
pode conceber nada mais de elevado. Portanto, é o caso que Deus é conhecido pelas
determinações dos predicados, entre ele e as pessoas, se somente se são bons, justos,
sábios na sua essência. Para Feuerbach é mais fácil para os humanos que Deus exista
necessariamente do que comprovar a sua própria existência como sujeitos propriamente
dito, porque a negação dos predicados de Deus é a negação da essência humana, o
predicado é a verdade do sujeito. Logo, duvidar de Deus é duvidar de si mesmo, e se a
criatura existe é por causa de um criador pré-existente, assim sendo, o desenvolvimento
histórico humano é o desenvolvimento da religião. Bem como Protágoras formulou que ‘o
homem é a medida de todas as coisas’, tem-se aí como tal princípio fenomenológico do
espírito o pôr-se-a-si-mesmo ao se conhecer na parte e se reconhecer no todo absoluto na
qual logicamente permite-se acessar determinadas proporções.

Os predicados divinos são tanto gerais - que são os metafísicos transcendentes -


quanto particulares - qualidades antropológicas, que são os que fundamentam a essência
da religião - e que a relação entre as pessoas e Deus é uma relação com a própria
essência. No entanto, a religião é as ideias que o humano faz de Deus, ideias
antropomórficas que a própria religião não reconhece dessa forma, e sim como outro objeto
apartado dessa ideia; assim, cria-se um objeto ao mesmo tempo que afasta-se dele ao
externá-lo, não se identifica mas eleva-o, ao passo que não mais consegue identificar a
identidade entre esses dois pólos, finito e infinito. Por conseguinte, aliena-se na medida em
que atribui a essa ideia uma importância maior, digna de perfeição, em contraste a finitude
humana que é incapaz de alcançar esses atributos ideais; entretanto, quanto mais humano
é Deus maior é a diferença entre ele e as pessoas - pela negação da essência humana e
divina serem idênticas, ao sobrepor o divino em detrimento da humanidade - na qual fazem
dessa indiferença válida dogmaticamente. Todavia, a religião se faz das renúncias
sensíveis em que as pessoas carregam, mas nisso não está incluso a sua essência, mas
pressupõem que as negações dos sensíveis são o que aproximam de Deus e seus
atributos ideais, fazem do desprezo da matéria a negatividade para com o divino.

É inconsistente a religião negar a materialidade humana para afirmar a virtude


divina pelos seguintes fatos: (i) se o humano é perverso e mau na sua essência, então ele é
incapaz de ter como objeto a santidade e a bondade; (ii) Deus é bom, justo e sábio e o
humano é corrompido dessas virtudes na sua materialidade, só pode ser o que é segundo a
sua essência (iii) se pela a matéria pode-se sentir o belo, então é porque há uma
identificação de tal forma na alma; (iv) se é salvo por desprezar os prazeres sensoriais se
somente se conquista-se o divino através dessa barganha; (v) tudo o que a religião trata é
com fim na felicidade humana, mas essa felicidade só é digna com a honra de Deus; (vi)
renuncia-se a própria pessoa humana para um Deus egoísta que quer tudo para si; (vii) ou
o bem é para as pessoas na sua essência ou é contrária a sua natureza; (viii) Deus é plena
auto satisfação, prazer do egoísmo, e as pessoas só satisfazem-se à vontade de Deus; (ix)
o sagrado só é objeto para o sujeito em contradição a sua essência, ou seja, reconhece-se
como pecador e almeja um dever ser o que não pode ser na sensibilidade, reprimindo-se;
(x) A atividade divina não se distingue da humana porque Deus só é objeto para as
pessoas pelas atividades delas, que visam a sua própria felicidade. Por conseguinte, a
religião desenvolve-se através da subjetividade exteriorizada em si e por si de forma que
afasta o homem da sua essência e o reprime nas suas determinações materiais, distingue
entre os impulsos e as afeições e fica só com as boas intenções como sendo as Deus -
Deus que está no sujeito, que é através do sujeito, é o princípio para a sua salvação - pois,
se o humano busca as boas intenções é porque parte de si, da bondade que há na sua
essência; por um lado, faz-se livre ao colocar Deus fora de si se comparado aos israelitas,
em que a religião lhe faziam mais escravos ao internalizar o conceito de Deus.

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