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CENTRO DE HUMANIDADES
MATRÍCULA: 1457624
2019.2
FORTALEZA - 2020
.Para melhor compreensão do raciocínio de Feuerbach, sobre a religião cristã, é
necessário pautar os pressupostos na qual se parte e o está inserido. No entanto, é nas
ideias hegelianas da Fenomenologia do Espírito e nas revoluções zoológicas da época - no
estudo do Lineu em Systema Naturae - que dão um aparato metodológico para um novo
paradigma acerca da religião. Assim, pela mesma via que permite conhecer e se
reconhecer, atribui-se essas potências ao humano que enquanto animal, além de conhecer,
lhe é capaz o ‘contemplar’ e o ‘crê’ sem provas, o que caracteriza a religião, ou seja, é de
cunho humano louvar e atribuir valores ideais às instâncias que transcendem a sua
condição - perfeições não humanas, algo divino que subsiste em si e por si - e que em
função desse divino se cultua, se medita, se oferta ritualisticamente, mas que nesse cerne
é uma exteriorização da essência humana. Não obstante, tal potência não se manifesta nos
demais animais porque os mesmos não são dotados de independência da consciência
exterior - e sim só interior que se estende ao exterior, portanto, senciência - e não tem
noção de si, na categoria de gênero, e muito menos externalizam-se através da
consciência; vivem em função do lugar que habita conforme sua natureza determinada. Em
primeiro lugar, o humano, genuinamente na sua condição, reconhece a si mesmo e se põe
livremente no pensar e no agir, bem como é capaz de externalizar as suas ideias, tem uma
vida interior em relação à exterior; em segundo lugar, dadas características humanas, lhe é
possível assim a ciência e a religião porque, respectivamente, trata-se de gênero que
possibilita englobar todos os seres em determinações epistêmicas, inclusive a si próprio;
como também possibilita a crença sobrenatural de um princípio absoluto transcendente que
lhe dá um conforto existencial ou justifica as causas da existência e o destino da
humanidade.