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2ª FASE DO EXAME DA OAB - DIREITO PENAL

Aula 02: Contraditório e ampla defesa

Alexandre Zamboni

COMPLEXO DE ENSINO RENATO SARAIVA.


Nomenclaturas: Princípio do contraditório e princípio da
ampla defesa

Fundamento legal: art. 5.º, LV, da Constituição Federal.

Texto positivado: “aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes.”
Principais desdobramentos do princípio do contraditório no
âmbito de um processo criminal.

- Consubstancia-se na ideia de audiência bilateral, ou seja, a


necessidade de se ouvir ambas as partes (acusação e defesa).

- Traduz-se no binômio “direito à informação e direito de participação”.

- O direito à informação evidencia a importância dos atos processuais


de citação, intimação e notificação. Existe súmula sobre isso? SIM,
a de número 707 do STF (constitui nulidade a falta de intimação
do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso
interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação
de defensor dativo).
- No âmbito do processo penal, ainda que o acusado
não queira contestar a acusação, esta será
contestada, conforme o artigo 261 do CPP: “Nenhum
acusado, ainda que ausente ou foragido, será
processado ou julgado sem defensor.”

- O contraditório pressupõe, assim, a paridade de


armas: somente pode ser eficaz se os contendentes
possuem a mesma força, ou, ao menos, os mesmos
poderes.
Principais questionamentos que podem ser cobrados
na tua prova (peça prático-profissional ou questões
discursivas) acerca do princípio do contraditório:

- Em respeito ao princípio do contraditório, o juiz somente


pode embasar suas decisões no curso do processo
tomando por base o que for PROVA e não o que for,
exclusivamente, elemento de informação.

- O contraditório poderá ser para a prova (real) ou sobre


a prova (diferido), mas ele tem que existir.
Principais desdobramentos do princípio da ampla
defesa no âmbito de um processo criminal.

- O direito de defesa está ligado diretamente ao princípio


do contraditório. A defesa garante o contraditório e por ele
se manifesta.

- Ampla defesa se divide em defesa técnica e em


autodefesa.
Principais questionamentos que podem ser
cobrados na tua prova (peça prático-profissional
ou questões discursivas) acerca do princípio do
contraditório:

- Por força da ampla defesa, admite-se a existência


de recursos privativos da defesa, a proibição da
reformatio in pejus, a regra do in dubio pro reo, a
previsão de revisão criminal exclusivamente pro reo,
etc.
- A autodefesa é renunciável, porém a defesa técnica efetiva é
irrenunciável. Existe súmula sobre isso? SIM, a de número 523
do STF (no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade
absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prejuízo
para o réu).

Ainda, súmula 708 do STF (é nulo o julgamento da apelação se,


após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor,
o réu não foi previamente intimado para constituir outro).

Ainda, súmula 707 do STF (constitui nulidade a falta de


intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a
nomeação de defensor dativo).
- O acusado tem direito de escolher seu próprio advogado. Assim,
não sendo possível ao defensor constituído assumir ou prosseguir
no patrocínio da causa penal, incumbe ao juiz ordenar a intimação
do réu para que este, querendo, escolha outro advogado. Antes de
realizada essa intimação - ou enquanto não exaurido o prazo nela
assinalado - não é lícito ao juiz nomear defensor dativo sem
expressa concordância do réu.

- Apesar de a autodefesa ser dispensável, esta deve ser


oportunizada e, por isso, nenhum processo pode prosseguir sem
que o réu tenha sido citado pessoalmente ou por hora certa. Caso a
citação seja por edital, deve o processo ser suspenso (art. 366 do
CPP). Existe súmula sobre isso? SIM, a de número 351 do STF
(é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição).
- Eventual ofensa ao direito do acusado de exercer
sua própria defesa é causa de nulidade absoluta por
violação à ampla defesa. Assim, quando presente,
deve o acusado ser interrogado, sob pena de
nulidade do feito (CPP, art. 564, I, e, segunda parte).
Também se afigura necessária a intimação do
acusado para os atos processuais, para que possa
acompanhá-los, intimação esta que só não precisa
ser feita quando for decretada sua revelia (art. 367).
Ademais, também deve ser intimado pessoalmente
das decisões para que, querendo, possa exercer o
seu direito de recorrer pessoalmente (CPP, art. 577).
- O direito de defesa é imprescindível, até mesmo, no âmbito
de processo administrativo em sede de execução penal.
Existe súmula sobre isso? SIM, a de número 533 do STJ
(Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no
âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração
de procedimento administrativo pelo diretor do
estabelecimento prisional, assegurado o direito de
defesa, a ser realizado por advogado constituído ou
defensor público nomeado).

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