GUIA DE ENCERRAMENTO DE MANDATO

Guia de

de mandato
encerramento
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Sumário 03 Introdução

04 Contração de despesas sem disponibilidade

de caixa nos últimos 8 meses

05 Aumento da despesa pessoal

nos últimos 180 dias

05 Financiamentos e empréstimos
no último ano

06 Limites da despesa de pessoal

e da dívida consolidada
07 Conclusão
 Introdução
No último ano de mandato da administração pública
municipal, os profissionais precisam ficar de olho nos
limites e nas determinações específicas impostas,
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sobretudo, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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E, já em 2020, o ciclo da gestão municipal será
finalizado. Portanto o momento de preparação para
finalizar os trabalhos com organização e qualidade,
sem gerar problemas com a legislação, é agora.

Você sabia que o último ano de gestão apresenta

diferenças em relação aos outros? Para começar, é
preciso comprovar a existência de recursos financeiros
em caixa para cobrir as despesas assumidas antes da
transição. Transferir dívidas não é uma opção. Mas não
é só isso. Há, ainda, determinações específicas que
vão além. Elaboramos este guia para que você tenha
sempre por perto as principais exigências do período.
Acompanhe!
 Contração de despesas sem
disponibilidade de caixa
nos últimos 8 meses
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A LRF, em seu artigo 42, é clara ao vetar o
firmamento de novas despesas nos dois
últimos quadrimestres do mandato. A regra
versa sobre as dívidas que não possam ser
pagas integralmente no período ou que fique
para o próximo exercício sem que exista
saldo suficiente. As obrigações financeiras
podem ser firmadas por meio de contratos,
ajustes, convênios, acordos ou, ainda, outros
instrumentos. Os profissionais, portanto,
devem sempre ficar de olho no saldo
orçamentário, realizando um planejamento
eficiente. Dessa forma, será possível
acompanhar a disponibilidade de caixa, a
partir de compromissos e despesas definidos
até o final do mandato.
Precisa de produtos ou serviços a partir
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do mês de abril do ano eleitoral? Consulte
o fluxo de caixa antes de comprometer
qualquer valor. Paralelamente, também
é importante prestar atenção na ordem
cronológica de pagamentos, em que as
despesas mais antigas precisam ser pagas
antes das mais recentes. A fiscalização é
rígida. O Tribunal de Contas é responsável
por acompanhar a liquidez financeira e
projetá-la considerando saldos e receitas
previstas. Situações de déficit geram
alerta e a exposição do problema no Portal
Transparência Municipal.
 Aumento
da despesa
pessoal nos
últimos 180
dias
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Nos últimos 180 dias do
mandato (a partir de julho em
ano eleitoral), são proibidos
os atos de favorecimento
que tenham relação com
despesas pessoais. Isso
vale para contratações,
nomeações, concessões
de abono e vantagens além
de, entre outros fatores,
atribuições de vantagens.
Financiamentos e
empréstimos no
último ano
Os financiamentos e os empréstimos
equivalem às operações de antecipação 5
de receitas tributárias aos entes públicos
pelo setor financeiro. Essas operações são
proibidas no último ano de mandato.
Apesar de a garantia do pagamento estar
relacionada à arrecadação tributária futura
de impostos, como o Imposto Predial
e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS
ou ISSQN), prevalece o veto no período.
Operações normais de crédito, por outro
lado, são vedadas nos 120 últimos dias.
 Limites da despesa de pessoal
e da dívida consolidada
Como regra geral, a qualquer tempo,
quando a despesa de pessoal da
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administração pública ou ainda a
dívida de longo prazo — consolidada —
ultrapassar os limites definidos, a Lei
de Responsabilidade Fiscal define o
período para readequação. Esse prazo
compreende dois quadrimestres para a
adequação dos gastos laborais (com os
profissionais que executam o trabalho),
sendo pelo menos um terço no primeiro.
As dívidas consolidadas acima do
limite têm um prazo um pouco maior
para regularização, equivalendo a três
quadrimestres. Porém, o excedente deve
ser reduzido em, pelo menos, 25% logo
no primeiro.
Após esses períodos, tornam-se
necessárias sanções administrativas,
tais como o corte de transferências 6
voluntárias vindas de outros entes
federados e multa ao ordenador da
despesa, chegando a 30% de seus
vencimentos anuais.
Agora, no último ano de mandato, a
regra sofre uma mudança significativa:
os prazos de ajuste não são mais
válidos. As sanções, então, passam a
ser imediatas e acontecem, todas, a
partir do primeiro quadrimestre. Viu
como é importante estar ciente das
especificidades do ano final e das
implicações que vigoram nele?
 Conclusão
Ao longo deste material, você percebeu que o compromisso com o
encerramento do mandato é algo sério. O Ministério Público, o Tribunal
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de Contas do Estado (TCE), os conselhos municipais, os cidadãos e a 7

Câmara de Vereadores estão monitorando todas as ações.

Com isso, o prefeito e sua equipe de secretários, assessores, diretores

e procuradores devem estar cientes das suas obrigações, além de
preparados para terminar a gestão com resultados favoráveis.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é um importante guia nesse
sentido. O dispositivo legal estabelece que, entre outras determinações,
não podem ser transferidas dívidas, e há exceções para a contratação
de pessoal devido ao período das eleições. Consulte este manual para
buscar informações ou tirar dúvidas, sempre que necessário.

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