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Coordenador(a): Prof(a).
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Título:
Resumo:
Órgãos envolvidos:
• Execução: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ciências Sociais
• Apoio Acadêmico: Departamento de Ciências Sociais, Departamento de Didática e Prática de
Ensino, Departamento de Filosofia.
• Apoio Institucional: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitoria de Extensão,
Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Ciências Humanas e Naturais.
Localização:
• NEPCS (Núcleo de Pesquisas em Ciências Sociais/Ufes) – IC II
População - alvo:
• Professores de Sociologia do Ensino Médio
• Professores de Sociologia, Ciência Política e Antropologia do Ensino Superior
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Duração:
Tempo Indeterminado
Justificativa:
A sociologia sempre foi vista de modos contraditórios. Ora entendida como “revolucionária”
ou “de esquerda” – uma ameaça à conservação dos regimes políticos estabelecidos –, ora como
expressão do pensamento conservador e “técnica de controle social”, entendida como uma entre
tantas formas estabelecidas pelos diversos Estados no seu afã de manterem a ordem estabelecida.
“Em maio de 1968, durante a revolta dos estudantes de Paris, viu-se escrito em um muro da
Sorbone: ‘Não teríamos mais problemas quando o último sociólogo fosse estrangulado com as
tripas do último burocrata’. Neste mesmo ano, os coronéis gregos acusavam esta ciência de
disfarce do marxismo” (Martins 1996). E, do mesmo modo, os governos militares da América Latina
sempre olharam enviesados para os sociólogos e suas pesquisas. O que a maioria não percebe é
que um sociólogo francês, um outro russo e um terceiro norte-americano mal conseguiam se
entender até a década de 1950 (Aron 1995).
Tantas contradições podem ser explicadas pelo fato de a sociologia abranger uma grande
quantidade de linhas teóricas e paradigmas, bem como pelo fato de ter sofrido influências
ideológicas e de orientações políticas variadas. São dezenas de correntes teóricas muito diferentes
e enfoques diversos sob uma mesma denominação científica que, por vezes, parecem até mesmo
tratar-se de ciências distintas. E, de fato, não é difícil observarmos a influência da ciência social nos
mais diversos campos do saber, especialmente nas chamadas ciências aplicadas. O que, no
entanto, não torna menos necessário um lugar próprio para o ensino de sociologia nas escolas. Ao
contrário, sua importância cresce com as transformações que vivem os dias atuais.
“Se é imprescindível dominar a informática e todas as novas tecnologias para uma
colocação qualificada no mercado de trabalho, também se faz necessário, no universo educacional,
problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real, com suas implicações
nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico, religioso, cultural e econômico. A volta das
disciplinas humanísticas – filosofia, sociologia, antropologia, psicologia, entre outras – tem muito a
contribuir com a formação do jovem naquilo que lhe é mais peculiar: o questionamento.
Desmistificando ideologias e apurando o pensamento crítico das novas gerações, poderemos
continuar sonhando, e construindo, um país, não de iguais, mas justo para mulheres e homens que
apenas querem viver” (Leite 2000).
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Isto nos remete à contribuição que a sociologia pode dar para o desenvolvimento do
pensamento crítico, não porque teria um conteúdo imprescindível – não devemos pensar de modo
messiânico na sociologia. Nem o pensamento crítico se desenvolve devido à aprendizagem de
algum tipo especial de conteúdo. A sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do
pensamento crítico, ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua
realidade, bem como o confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente
nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação
sobre realidades outras que desenvolvemos uma compreensão de outro nível e crítica.
As mudanças no mundo contemporâneo – no campo das tecnologias, nas relações de
trabalho e nas relações culturais – fez com que a informação tornasse elemento estratégico para o
mundo globalizado devido “aos impactos dos processos que têm sido denominados de globalização
[entretanto] A informação em si é um dado bruto (...) o ato de transformar a informação em
conhecimento não é uma tarefa simples. Exige capacidade de processamento da mesma. Significa
(...) saber o que pode ser feito com os ‘tijolos de saberes’ que o sistema de ensino fornece (...) isto
implica em capacidade de raciocínio, de questionamento, do confronto de outras fontes e
experiências, enfim, habilidades que se adquire ao ser treinado a ver os mesmos panoramas a
partir de diferentes perspectivas. Essa é a habilidade que se adquire por excelência com o estudo
das ciências humanas e, em especial, com a filosofia e a sociologia. É da essência destes campos
de conhecimento a tarefa de desenvolver o pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo
prático. A preocupação maior está em educar o olhar e processar tanto informações como saberes
já produzidos” (Zorzal 2000).
Eis aqui uma contribuição fundamental da sociologia para os jovens educandos: o estudo e
o conhecimento da realidade social, em si mesma dinâmica e complexa, a compreensão dos
processos sociais e seus mecanismos e a percepção de nossa própria condição enquanto atores
sociais capazes de intervir na realidade. Essas habilidades fornecem os elementos necessários
para a formação de uma pessoa e de um profissional, seja em que área for, consciente de sua
posição, potencialidades e capacidade de ação.
Em qualquer setor da sociedade e em qualquer profissão, a sociologia tem sido um
conhecimento de grande auxílio. “Para o aluno da disciplina, em qualquer nível do ensino, esse
estudo tem se revelado extremamente útil à compreensão da sociedade humana em geral, daquela
onde se vive em particular, dos grupos sociais dos quais participa e para complementar o
entendimento de suas relações com os outros e de si mesmo [...] Há profissões para as quais uma
formação adequada em sociologia é essencial ou importante para o seu exercício. Por exemplo:
todos os profissionais jurídicos, policial, psicólogo, médico, administrador, assistente social,
comunicador social, jornalista, escritor, ator, economista, pedagogo, professor, historiador,
geógrafo, arquiteto, urbanista, ecologista, filósofo, diplomata e político, dentre outras [...] Por outro
lado, toda profissão tem importância social. Assim, o estudo da sociologia auxilia o exercício
responsável e eficiente de qualquer uma delas, já que muitas ações podem ser alteradas pelas
características sociais e culturais das populações sobre as quais se vai atuar” (Lago 1996).
O conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na medida em que lhe
permitirá uma análise mais acurada da realidade que o cerca e na qual está inserido. Mais que isto,
a sociologia constitui contribuição decisiva para a formação da pessoa humana, já que nega o
individualismo e demonstra claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade
na qual estamos inseridos. Segundo a socióloga Cristina Costa “o conhecimento sociológico é mais
profundo e amplo do que a simples formação técnica – representa uma tomada de consciência de
aspectos importantes da ação humana e da realidade na qual se manifesta. Adquirir uma visão
sociológica do mundo ultrapassa a simples profissionalização, pois, nos mais diversos campos do
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*
História da intermitência da Sociologia nos currículos no Brasil ( )
A sociologia é uma ciência relativamente nova, pois sua formação data do século XVIII e
XIX. O processo de institucionalização desta ciência dependeu e depende das condições sociais,
econômicas e culturais das sociedades modernas (Fernandes, 1977) (Miceli, 1995)
*
Este item foi transcrito integralmente de Projeto de Extensão Universitária – Laboratório de Ensino de
Sociologia. Prof. Lesi Correa (coord.), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 1998.
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• 1890 - Por influência de Benjamim Constant a sociologia foi incluída nos cursos superiores e
secundários, porém devido a sua morte, na época da implantação dos currículos, a Sociologia
foi deixada de lado.
• 1925 – Na Reforma Rocha Vaz, a Sociologia foi introduzida nas escolas secundárias do Brasil.
• 1928 – A sociologia passa a ser ministrada nas Escolas de formação de professores, a Escola
Normal, atualmente Magistério.
• 1931 – Reforma Francisco Campos ratifica a permanência da disciplina no Ensino Médio,
fazendo com que ela fique no currículo até 1942.
• 1933 – Criação da Escola de Sociologia e Política em São Paulo.
• 1934 – Criação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade de São Paulo.
• 1942 – Reforma Capanema retirou a obrigatoriedade do ensino da Sociologia nas escolas
secundárias.
O período de 1925 à 1942 pode ser considerado os anos dourados no ensino da Sociologia.
Seu prestígio sai do mundo acadêmico e atinge o cotidiano das classes médias ilustradas. Termos
sociológicos se popularizam, tais como: classes sociais, capital, alienação, feminismo,
desenvolvimento social, crise moral, proletariado, entre outros. Entre 1942 à 1960 assiste-se a um
ataque oficial às ciências sociais, que vai sendo inibida, pouco a pouco, no ensino secundário,
sobrevivendo apenas no curso superior e na escola normal (Meksenas, 1995).
• 1961 – Lei n.º 4.024, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, garante o retorno da
Sociologia nos cursos secundários regulares (científico e clássico).
• 1971 – Lei n.º 5.692, a Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória e passa a figurar entre um
rol de 104 disciplinas optativas. O ensino secundário transforma-se em ensino
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Com a nova LDB, Lei nº. 9.394/96, a situação da disciplina fica ainda mais clara: agora a
sociologia é definitivamente incluída como um dos conteúdos a serem aprendidos pelo educando
durante o Ensino Médio – ao lado de outras ciências como o direito, a psicologia e a economia.
Mesmo considerando que a nova LDB não define como estes conteúdos deverão ser trabalhados,
ainda assim, pode-se considerar um avanço para o desenvolvimento de uma educação realmente
voltada para a construção da cidadania. Cabe-nos, nesse momento, a viabilização do ensino das
disciplinas previstas pelo PCN, para o progresso de nossa educação.
No Espírito Santo, entretanto, a coordenação da reforma do ensino médio insistia – até o
início deste ano, quando foi derrubado o veto do governador José Ignácio ao projeto de lei
estadual que estabelece obrigatoriedade do ensino de sociologia e filosofia no ensino médio – que
conteúdos das disciplinas de ciências sociais e filosofia deveriam ser trabalhados por outras
disciplinas. A proposta era a seguinte: ou se organizariam módulos de ensino, ou se diluiriam os
conteúdos específicos dessas disciplinas no programa curricular de história e geografia. Os
argumentos eram os mais absurdos: desde a falta de professores em número suficiente – ainda que
não se disponha de dados nesse sentido – até o aumento de despesa com pessoal.
A luta pela implantação da disciplina – que vem, ao menos desde 1994, sendo proposta por
professores e alunos do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo –,
conseguiu sua primeira vitória após muitas negociações entre diferentes atores políticos,
incontáveis reuniões, audiências públicas e manifestações em diferentes mídias. Após um longo
movimento, a Assembléia Legislativa do estado aprovou o Projeto de Lei, de autoria do Deputado
Cláudio Vereza, que torna obrigatória a inclusão das disciplinas sociologia e filosofia nos currículos
de ensino médio, agora Lei nº. 6.649, publicada no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo em 16
de abril de 2001.
Além dos apoios ativos do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do
Espírito Santo e do Centro Acadêmico Livre de Ciências Sociais Gilberto Freyre, cabe destacar o
papel fundamental desempenhado pela ACSES (Associação dos Cientistas Sociais do Espírito
Santo), que através da criação de um Grupo de Trabalho sobre Sociologia no Ensino Médio, atuou
– e vem atuando – decisivamente pela implantação da disciplina, não apenas nas discussões
políticas, mas também promovendo ações no sentido de subsidiar os professores da área e
construir um capital cultural necessário a um ensino de qualidade. Ações como o I Seminário de
Sociologia e Antropologia no Ensino Médio no Espírito Santo, realizado em 1999 quando contamos
com a presença do professor de sociologia no ensino médio do Colégio Pedro II (RJ), sociólogo
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Benjamin Lago (autor de livro de sociologia para o ensino médio), da pesquisadora da FIOCRUZ,
NOMONOMO???, e representantes públicos; a oficina de ensino de sociologia realizada pelo
professor Dr. Nelson Dacio Tomazi, da Universidade Federal do Paraná, também autor de livro
didático para o ensino médio; bem como a luta pela aprovação da Lei nº. 6.649/2001.
A mais absurda de todas as justificativas levantadas para vetar a inclusão das disciplinas,
no entanto, é o fato da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e dos Parâmetros Curriculares
Nacionais não “determinarem” o ensino da sociologia e da filosofia por meio de disciplinas. De fato,
a Lei 9.394/96, em seu Artigo 36, Parágrafo 1º, item III, reza que ao final do Ensino Médio o
educando deverá demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários
para o exercício da cidadania”, mas não estabelece que seu ensino seja incluído entre as
disciplinas do núcleo básico, aquelas consideradas obrigatórias. Os PCNs para o Ensino Médio,
volume 4, na página 11, após referir-se aos conhecimentos da história, geografia, sociologia,
filosofia, antropologia, direito, política, economia e psicologia, estabelecem que “tais indicações não
visam a propor à escola que explicite denominação e carga horária para esses conteúdos na forma
de disciplinas”. E mais adiante, na página 22, afirma que esses conteúdos “agrupados e
reagrupados, a critério da escola, em disciplinas específicas ou em projetos, programas e
atividades que superem a fragmentação disciplinar (...)”. Ora, a LDB, que tem força de lei, não
orienta sobre o modo de introdução desses conhecimentos. Já os PCNs deixam em aberto, mas
não descartam a possibilidade de organização de disciplinas, que ficaria a critério da escola. É
interessante observarmos, ainda, que tratam num mesmo nível de importância a história, a
geografia, a sociologia ou a filosofia. Portanto, afirmar que não devemos estabelecer as disciplinas
nos currículos escolares por coerência à lei é distorcer as orientações contidas nesses documentos
que em nenhum momento proíbem sua implantação. E se lançarmos mão desse argumento ele terá
que servir também para a história e geografia, o que nos leva ao ponto inicial.
A questão a ser levantada aqui é se é possível uma aprendizagem significativa da
percepção sociológica na forma proposta. Creio que não. E me valho de um argumento do
professor Howard Gardner, autor de “O Verdadeiro, O Belo e O Bom”, para o qual a aprendizagem
de formas de pensamento somente são efetivas se os alunos têm contato direto com especialistas
da área em questão. O papel do especialista torna-se muito importante neste caso, a não ser que o
objetivo seja a transmissão pura e simples de conteúdos conceituais, o que contraria de modo
gritante a orientação dos PCNs. E a experiência tem demonstrado que o trabalho com a sociologia
no nível médio de ensino causa grande “impacto” na mente dos educandos, o que faz com que a
matéria precise de tempo para ser bem trabalhada e “digerida”. Então, cabe-nos algumas perguntas
– que deveriam ser feitas pelos gestores da educação pública: a proposta de diluição de conteúdos
é coerente com que princípio, projeto pedagógico ou objetivo pensado para a sociologia? O
currículo deve atender meramente a uma exigência legal? Será que os alunos terão domínio de
conteúdos de sociologia e filosofia ao fim do ensino médio com seu estudo diluído ou feito por
“módulos”?
Mais que uma questão legal, porém, a re-implantação da sociologia e da filosofia no ensino
médio significa um salto de qualidade nos projetos pedagógicos de nossas escolas. Senão,
vejamos: a sociologia pode realmente contribuir para o resgate da cidadania na medida em que
fornece informações acerca da estrutura e das relações sociais e cria um espaço privilegiado para
discussões que nem sempre se fazem presentes na escola. Porém, ainda acredito que sua maior
contribuição não está na “formação da cidadania” ou numa pretensa “conscientização” do povo
alienado do seu modo de inserção nas relações sociais. Não, nada disso. A sociologia, enquanto
disciplina no ensino médio, não realiza nenhuma missão emancipadora, nem se inscreve num
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projeto de transformação social. São bem mais modestos os seus objetivos; mas que isso não nos
leve, no entanto, a uma cegueira quanto ao alcance de seus resultados.
Temos como hipótese de trabalho que ensinar sociologia não se resume a fornecer
informações sobre o mundo social, ao contrário do que é apresentado em muitos manuais
disponíveis atualmente. Seja qual for o conteúdo ensinado, ele será sempre um meio para se atingir
o fim: o desenvolvimento da perspectiva sociológica. Mais que discorrer sobre uma série de
conceitos, a disciplina pode contribuir para a formação humana na medida em que proporcione a
problematização da realidade próxima dos educandos a partir de diferentes perspectivas, bem
como pelo confronto com realidades culturalmente distantes. Trata-se de uma apropriação, por
parte dos educandos, de um modo de pensar distinto sobre a realidade humana, não pela
aprendizagem de uma teoria, mas pelo contato com diversas teorias e com a pesquisa sociológica,
seus métodos e seus resultados. Nesse sentido, o objetivo do ensino de sociologia como, aliás,
deveria ser o de qualquer ciência, é proporcionar a aprendizagem do modo próprio de pensar de
uma área do saber aliada à compreensão de sua historicidade e do caráter provisório do
conhecimento – expressões da dinâmica e complexidade da vida. No caso do ensino de sociologia
isso pode ser conseguido por meio da aproximação da metodologia de pesquisa científica à
metodologia de ensino, bem como por ações pedagógicas que busquem desvelar e discutir
narrativas sociais, sejam elas de caráter científico, literário, mitológico, entre outras – suas
implicações, seus dilemas, o que falam da heterogeneidade cultural e da estrutura social. E é
exatamente por identificarmos um longo caminho por ser percorrido no que se refere ao ensino de
nossa disciplina que acreditamos na urgência e necessidade de se institucionalizar um espaço
acadêmico voltado à pesquisa e apoio didático-pedagogico sobre a prática de ensino-aprendizagem
das ciências sociais, seja no ensino médio, seja no ensino superior.
Após termos visto a sociologia ser proscrita deste país pelo governo militar como se fosse uma
ameaça à estabilidade da nova ordem, o valor dado às ciências sociais em geral pelos novos PCNs
é, sem dúvida alguma, um indicador da revalorização deste conhecimento por parte da sociedade
brasileira, uma ciência comprometida, desde sua fundação, com uma estética, uma ética e uma
política como expressões de momentos sócio-históricos determinados.
BIBLIOGRAFIA
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico, São Paulo: Marins Fontes, 1995.
AZEVEDO, Fernando. As ciências no Brasil. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1956.
CORREA, Lesi. A Importância da disciplina Sociologia no currículo do 2.º Grau, a questão da
cidadania, problemas inerentes ao estudo da disciplina em duas escolas de 2.º Grau de Londrina.
1993. Dissertação de Mestrado. São Paulo: PUC/SP.
COSTA, Cristina. Sociologia - introdução à ciência da sociedade, São Paulo: Moderna, 1997.
DIAS, Fernando C. Durkheim e a Sociologia da Educação no Brasil. In Em Aberto. Brasília, Ano 9,
n.º 46, abr/jun de 1990.
FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1977.
GARDNER, Howard. O Verdadeiro, o Belo e o Bom, Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.
GOMES, Cândido. A Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: EPU, 1985.
GOMES, Cândido. A Sociologia em perspectiva internacional. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Brasília, v. 67, n 157, set/dez. 1986.
LAGO, Benjamim Marcos. Curso de Sociologia e Política, Petrópolis: Vozes, 1996.
LEI nº 9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996.
LEI nº. 6.649 - Diário Oficial do Estado do Espírito Santo em 16 de abril de 2001.
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Objetivos Gerais:
1. Desenvolver pesquisas sobre ensino de Ciências Sociais no nível médio e superior de ensino;
2. Desenvolver e aglutinar pesquisas na área de Sociologia da Educação;
3. Assessorar o Ensino de Sociologia no nível médio de ensino;
4. Assessorar o Ensino de Sociologia, Ciência Política e Antropologia no nível superior de
ensino;
5. Desenvolver uma articulação maior entre Universidade e instituições que se dedicam a
Educação Básica (Ensino Fundamental II e Médio), através da assessoria ao ensino de
Sociologia e disciplinas afins;
6. Desenvolver maior integração entre as áreas de Ciências Sociais e Educação por meio de um
trabalho articulado e de pesquisas interdisciplinares;
7. Assessorar os cursos de Licenciatura em Ciências Sociais;
8. Desenvolver um processo de formação continuada para os professores de Ciências Sociais
em exercício, seja no ensino médio, seja no ensino superior;
9. Constituir um espaço acadêmico de vivência, reflexão metodológica e criação de novas
práticas de ensino e de novos materiais pedagógicos;
10. Fomentar o desenvolvimento de pesquisas e de grupos de estudos sobre o ensino de
Ciências Sociais, em caráter disciplinar ou interdisciplinar.
Objetivos Específicos:
1. Assessorar os professores dos níveis fundamental, médio e superior de ensino por meio de
cursos de formação e atualização, atendimento, acervo para consulta, encontros, oficinas,
palestras, divulgação de eventos e congressos etc;
2. Assessorar a formação dos futuros professores de Sociologia, Ciência Política e Antropologia
por meio de apoio teórico e pedagógico aos cursos de Licenciatura dessas áreas, bem como
por meio de ofertas de disciplinas optativas;
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Avaliação:
A avaliação será contínua durante o desenvolvimento das atividades, dos projetos e das
pesquisas. O projeto terá como princípio a avaliação do processo tanto quanto dos resultados
alcançados de acordo com metas pré-estabelecidas.
Pretende-se avaliar os resultados através de instrumentos aplicados às escolas e aos professores
da área, para verificar se os propósitos do laboratório estão sendo realizados e se atende às
necessidades de sua população-alvo. Pretende-se, periodicamente, avaliar os projetos, pesquisas
e atividades desenvolvidas, para reelaborá-los ou substituí-los. Cada projeto de pesquisa
desenvolvidos deverá apresentar projeto e relatório final a ser incluído no acervo do Laboratório.
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OBS: Este cronograma será repetido a cada ano, uma vez que este projeto será por tempo
indeterminado. Cada atividade desenvolvida, seja projeto de pesquisa ou projeto de
extensão universitária, conforme os objetivos específicos, terá seu planejamento próprio
incluindo objetivos, justificativa, cronograma e orçamento.