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Aula 04

1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir. Penal e Dir. Processual
Penal .

Professor: Alexandre Herculano


Prof. Alexandre Herculano Aula 04

Aula 04 - Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013).


Imputabilidade. Extinção da punibilidade. Das Provas (parte
I).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Questões propostas 2
3. Questões comentadas 30
3.1. Imputabilidade e Extinção da Punibilidade. 30
3.2. Das Provas (parte I). 47
3.3. Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013). 75
4. Gabarito 92

Olá, meus amigos!

Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos:

Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013); Imputabilidade; Extinção

da punibilidade; e Das Provas (parte I).

Meus amigos (as), primeiramente, façam as questões; e depois

leiam os comentários, mesmo que tenham acertado!

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Questões propostas

1) (2013 – FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) No tocante às

causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia:

A) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença

final.

B) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da

sentença final.

C) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral

ou parcial.

D) pode ser aplicada aos crimes de tortura.

E) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.

2) (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito

Papiloscopista) Constitui causa que exclui a imputabilidade a

A) embriaguez preordenada completa proveniente da ingestão de álcool.

B) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.

C) embriaguez culposa completa proveniente da ingestão de álcool.

D) emoção.

E) paixão.

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3) (2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) A prescrição

da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,

independentemente da existência ou sorte do processo penal é:

A) Inadmissível conforme entendimento sumulado do STF.

B) Admissível conforme entendimento majoritário do STJ, embora não

sumulado.

C) Inadmissível conforme entendimento sumulado do STJ.

D) Admissível conforme entendimento majoritário do STF, embora não

sumulado.

4) (2016 - UFMT - TJ-MT - Técnico Judiciário) Segundo o Decreto

Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, começa a

imputabilidade penal aos

A) dezesseis anos.

B) dezoito anos.

C) quatorze anos.

D) doze anos.

5) (2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Analise os enunciados

das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

As causas extintivas da punibilidade relacionadas no artigo 107 do Código

Penal Brasileiro são exemplificativas, podendo serem encontradas

diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, como na

legislação especial esparsa.

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6) (2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Analise os enunciados

das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar

que a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal

do Júri venha a desclassificar o crime de homicídio qualificado para

homicídio culposo.

7) (2015 – VUNESP - TJ-SP - Juiz Substituto) Segundo a

jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, julgue

os itens.

É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão

punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da

existência ou sorte do processo penal.

8) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

A embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos

análogos, exclui a imputabilidade penal.

9) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

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O juiz pode deixar de aplicar qualquer medida, se o agente, em virtude de

perturbação de saúde mental, não era inteiramente capaz de entender o

caráter ilícito do fato.

10) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

O agente que comete o fato, sob o domínio de violenta emoção, logo após

a injusta provocação da vítima, é isento de pena.

11) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

É isento de pena o agente que, por doença mental era, ao tempo da

omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.

12) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

Comprovada a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto

ou retardado, o agente será considerado inimputável para os efeitos

legais.

13) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

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Aos inimputáveis e aos semi-imputáveis, comprovada essa condição por

perícia médica, será substituída a pena por medida de segurança

consistente em internação em hospital de custódia e tratamento

psiquiátrico.

14) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da

potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta

diversa.

15) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A imputabilidade, de acordo com o Código Penal, pode se dar por doença

mental, imaturidade natural ou embriaguez do agente.

16) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A emoção e a paixão, além de não afastarem a imputabilidade penal do

agente, podem ser consideradas como circunstâncias agravantes no

momento da fixação da pena.

17) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

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A superveniência de causa relativamente independente não exclui a

imputação, quando, por si só, produziu o resultado, mas os fatos

anteriores são imputados a quem os praticou.

18) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui a culpa,

mas permite a punição por crime doloso, caso previsto em lei.

19) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por

imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime

se houver previsão do tipo penal na modalidade culposa.

20) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

A extinção da punibilidade de um dos agentes, nos crimes conexos,

impede, quanto aos demais agentes, a agravação da pena resultante da

conexão.

21) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

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O agente deixa de responder pelos atos praticados caso desista

voluntariamente de prosseguir na execução ou impeça que o resultado se

produza.

22) (2016 – FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Entre as

alternativas a seguir, assinale aquela que contempla uma prova

colhida de forma ilícita.

A) Interceptação telefônica judicialmente autorizada em inquérito policial

que investiga exclusivamente crime punido com pena de detenção.

B) Obtenção de imagens do ambiente dos caixas eletrônicos em uma

agência bancária, sem autorização judicial.

C) Apreensão. por policiais que cumprem mandado de busca domiciliar

durante o dia, de carta aberta guardada na gaveta do suspeito.

D) Acesso, sem ordem judicial, a dados cadastrais de assinante, obtidos

através de requisição policial direcionada à empresa TV por assinatura.

E) Consecução de fotos de um suspeito publicadas, de forma aberta ao

público, em uma rede social.

23) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Em relação ao

tema provas, analise as assertivas seguintes.

1. Com relação ao exame de corpo de delito, serão facultadas ao

Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao

querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de

assistente técnico.

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2. Caso fique convencido da materialidade do fato e da existência

de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz,

fundamentadamente, pronunciará o acusado.

3. Quando a infração deixar vestígios, será realizado o exame de

corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do

acusado.

4. O inquérito policial é dispensável para propositura da ação

penal, podendo supri-lo as peças de informações ou a

representação.

5. Caso o laudo pericial contenha omissões, obscuridades,

contradições ou não respeite as formalidades em sua confecção, o

juiz deverá rejeitá-lo por tratar-se de prova ilegítima.

Assinale a opção que contém a sequência de respostas corretas.

A) 2,3 e 5.

B) 1,3 e 4.

C) 3,4 e 5.

D) 1,2 e 4.

E) 2,4 e 5.

24) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Sobre o exame do

corpo de delito é correto afirmar que:

A) o juiz ou a autoridade policial negará o exame de corpo de delito ou

qualquer outra perícia requerida pelas partes, quando não for necessária

ao esclarecimento da verdade.

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B) para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando

possível, juntarão ao laudo de exame, provas fotográficas, esquemas ou

desenhos, devidamente rubricados.

C) na análise das provas, o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo

aceitá-lo. Contudo, se rejeitá-lo, deverá ser no todo e não parcialmente.

D) o exame de corpo de delito deverá ser realizado por dois peritos

oficiais, relator e revisor, portadores de diploma de curso superior.

E) no exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á pelo juiz

deprecante. Nos casos de ação penal privada, por acordo das partes, essa

nomeação poderá ser feita pelo juízo deprecado.

25) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias

em geral previstas na legislação processual penal, assinale a

assertiva correta.

A) A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se

os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser

feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

B) Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do

cadáver, quando não houver infração penal que apurar.

C) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito

dorsal, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e

vestígios deixados no local do crime.

D) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre

juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos.

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E) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de

conhecimento especializado, obrigatoriamente será designada a atuação

de mais de um perito oficial.

26) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No inquérito

policial, a testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de

dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado, contudo,

quem poderá eximir-se da obrigação de depor é o:

A) padre da igreja a quem o indiciado confessou seus segredos.

B) irmão do indiciado, que toma conhecimento do fato através de outra

pessoa.

C) tabelião a quem o indiciado, para fazer constar em testamento, confiou

seus segredos.

D) advogado contratado pelo indiciado para realizar sua defesa.

E) médico a quem o indiciado, por ocasião de uma consulta, forneceu

detalhes de seu comportamento.

27) (2015 – FCC - TRE-AP - Analista Judiciário – Administrativa)

Sobre a busca e apreensão, de acordo com o Código de Processo

Penal, é INCORRETO afirmar:

A) A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de

jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de

apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo

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apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após,

conforme a urgência desta.

B) A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de

qualquer das partes.

C) Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar

pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de

mandado.

D) A busca domiciliar independerá de mandado no caso de prisão.

E) Não será permitida em nenhuma hipótese a apreensão de documento

em poder do defensor do acusado.

28) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No processo penal,

relativamente ao perito, é correto afirmar que:

A) está obrigado à prestação de compromisso, sendo perito oficial ou

nomeado.

B) deve, quando em atividade na companhia de outro, chegar a um

consenso acerca do objeto bem como das conclusões do trabalho, não

sendo possível apresentar laudo divergente em separado.

C) o perito nomeado poderá, em casos especiais, atuar sozinho

D) pode ser determinada a sua oitiva em audiência ou mesmo sua

condução coercitiva.

E) não pode ser considerado impedido e nem suspeito.

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29) (2014 – FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) No que

se refere ao estudo das provas no processo penal, sabe-se que a

autoridade judiciária se sujeita ao Princípio da Persuasão Racional

(ou do Livre Convencimento Motivado), que tem por

característica:

A) a impossibilidade de vincular o convencimento judicial à atuação das

partes, por existir autonomia da autoridade judiciária para buscar as

provas.

B) a possibilidade de a autoridade judiciária se valer de provas ilícitas

para a formação do convencimento judicial.

C) a necessidade de a autoridade judiciária explicitar os motivos de fato e

de direito que foram relevantes para a formação do seu convencimento.

D) a preponderância da prova pericial sobre a prova testemunhai.

E) a maior valoração que a lei confere à confissão.

30) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto) Em relação às

testemunhas no processo penal, de acordo com o Código de

Processo Penal,

A) caso as testemunhas de acusação se sintam ameaçadas pelo réu,

poderão deixar de prestar depoimento.

B) caso arrolado como testemunha, o Governador poderá optar por

prestar depoimento por escrito.

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C) as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a

sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de

envio.

D) caso a testemunha seja arrolada pela defesa e esteja impossibilitada,

por enfermidade, de comparecer para depor, o juiz determinará que a

defesa substitua esta testemunha, sob pena de preclusão da prova.

E) são proibidas de depor, ainda que desobrigadas pela parte interessada,

as pessoas que, em razão da profissão, devam guardar segredo.

31) (2013 – FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) Quanto à prova

testemunhal, é correto afirmar:

A) A criança não pode ser testemunha, em face de não poder prestar

juramento.

B) O depoimento da testemunha poderá ser por escrito.

C) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o Juiz procederá

à verificação pelos meios ao seu alcance, somente podendo tomar seu

depoimento após o esclarecimento da sua identidade.

D) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,

ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,

desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

E) As testemunhas não poderão consultar apontamentos.

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32) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária)

Julgue o item subsequente, em relação à prova, ao instituto da

interceptação telefônica e à citação por hora certa.

Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código

de Processo Penal, a prova ilícita produzida no processo criminal tem o

condão de contaminar todas as provas dela decorrentes, devendo,

entretanto, ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas,

considerando-se válidas, ademais, as provas derivadas que possam ser

obtidas por fonte independente da prova ilícita.

33) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de

prova criminal, de medidas cautelares e de prisão processual,

julgue o item que se segue.

A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao

processo deverá ser inutilizada por decisão judicial posterior,

necessariamente, à conclusão da instrução processual.

34) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal)

No que se refere ao exame de corpo de delito, julgue o item

seguinte.

A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a

infração deixar vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto.

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35) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da

infração, a fim de se lhes verificara propriedade.

36) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido

incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da

autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério

Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

37) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de

coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime.

38) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

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O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da

perícia ficará adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial.

39) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes

quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no

caso de exame de corpo de delito.

40) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de

assistentes técnicos.

41) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por

dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior.

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42) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às

partes requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não

para responderem a quesitos.

43) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de

delito, mas a confissão do acusado pode supri-lo.

44) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em

contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão,

exclusivamente, nos elementos informativos colhidos na investigação,

ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

45) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Nos termos do Código de Processo Penal, julgue os itens.

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Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente

o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a

possibilidade de prorrogação, em casos excepcionais, a requerimento dos

peritos, o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias.

46) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto - adapatda) Quanto

ao processo penal, julgue os itens.

O perito pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada

sua condução coercitiva.

47) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não

poderão juntar ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou

desenhos, devidamente rubricados, mas tão somente se ater à descrição

precisa das lesões.

48) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não

bastará o simples exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar

a necropsia com a abertura das três cavidades.

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49) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10

(dez) dias, não podendo este prazo ser prorrogado, em casos

excepcionais, mesmo a requerimento dos peritos.

50) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito

em qualquer dia e a qualquer hora, mas tão somente no período diurno.

51) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se

os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser

feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

52) (Fotógrafo Criminalístico - PCGO - 2011) A prova pericial é

uma prova técnica, uma vez que pretende atestar a existência de

fatos cuja certeza, segundo a lei, somente seria possível a partir

de conhecimentos específicos. Acerca da prova pericial, julgue os

itens.

A prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos,

tanto na demonstração da própria materialidade da infração penal por

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meio do exame de corpo de delito, como também na comprovação de

outros dados importantes na apuração da verdade.

53) (2016 – FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público –

Processual) O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma

conhecimento da existência de organização criminosa que atua na

área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura

inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de

grande gravidade. No curso das investigações, determinado

indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu

advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de

colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos

demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os

requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No

caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as

previsões da Lei nº 12.850/13, que:

A) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser

proferida com fundamento, apenas, nas declarações do agente

colaborador;

B) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13

não admite que o Ministério Público requeira ao magistrado a concessão

de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser possível o requerimento

pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena;

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C) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação

da sentença, de modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser

considerado como atenuante inominada;

D) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização

do acordo de colaboração contarão com a participação do magistrado, do

Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver

contribuição do delegado de polícia;

E) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o

colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e

estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.

54) (2016 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a

alternativa INCORRETA.

A) A prova indiciária, também chamada de circunstancial, tem o mesmo

valor das provas diretas, como se atesta na Exposição de Motivos do

Código de Processo Penal, em que se afirma não haver hierarquia de

provas por não existir necessariamente maior ou menor prestígio de uma

com relação a qualquer outra.

B) A lei do crime organizado previu, entre outros meios de obtenção de

prova: a colaboração premiada; a captação ambiental de sinais

eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; a ação controlada; o acesso a

registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais

constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações

eleitorais ou comerciais; a interceptação de comunicações telefônicas e

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telemáticas; o afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal; a

infiltração, por policiais, em atividade de investigação; a cooperação entre

instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca

de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução

criminal.

C) Segundo a lei do crime organizado, a ação controlada consiste em

retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada

por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob

observação e acompanhamento do Ministério Público para que a medida

legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e à

obtenção de informações.

D) Uma vez realizada a interceptação telefônica de forma fundamentada,

legal e legítima, as informações e as provas coletadas dessa diligência

podem subsidiar denúncia com base em crimes puníveis com pena de

detenção, desde que conexos com crimes punidos com reclusão e cujos

fatos sob investigação fundamentaram a medida.

E) A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo

em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente

justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação

de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal

do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados.

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55) (2016 – UFMT - TJ-MT - Analista Judiciário – Direito) Em

relação ao conceito de organização criminosa, disposto na Lei n.º

12.850/2013, assinale a afirmativa correta.

A) Considera-se organização criminosa a associação de 2 (duas) ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,

ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais

cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam

de caráter transnacional.

B) Considera-se organização criminosa a associação de 2 (duas) ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,

ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais

cujas penas máximas sejam superiores a 2 (dois) anos, ou que sejam de

caráter transnacional.

C) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou

mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de

tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de

infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 2 (dois) anos,

ou que sejam de caráter transnacional.

D) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou

mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de

tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

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indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de

infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)

anos, ou que sejam de caráter transnacional.

56) (2015 – FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) Assinale a

alternativa correta acerca da Lei n.º 12.850/2013 (crime

organizado).

A) O agente infiltrado não tem direito de usufruir das medidas de

proteção a testemunhas.

B) É punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente

infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.

C) A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação pode

decorrer de representação do delegado de polícia ou de requerimento do

Ministério Público e será obrigatoriamente precedida de autorização

judicial.

D) O agente infiltrado que se vê obrigado a praticar crime, sob pena de

expor sua verdadeira identidade aos membros da organização criminosa,

encontra-se amparado por estado de necessidade ou excludente de

culpabilidade, a depender das circunstâncias, conforme expresso na Lei

n.° 12.850/2013.

E) Considera-se organização criminosa a associação de três ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.

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57) ( 2015 – CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto)

No que concerne à Lei n.º 12.850/2013, que trata de ações

praticadas por organizações criminosas, julgue os itens.

Segundo a lei que trata de organização criminosa, a caracterização de

“grupo criminoso organizado” envolve a obtenção, direta ou indireta, de

vantagem indevida mediante perpetração de contravenções penais.

58) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

A Lei alterou (aumentando para 2 a 4 anos e multa) as penas previstas

para o delito do artigo 342 do Código Penal (Crime de falso testemunho).

59) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Pode ter por objeto a investigação de qualquer crime, desde que apenado

com reclusão.

60) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Define organização criminosa como sendo, dentre outros, uma associação

de no mínimo cinco agentes.

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61) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

o acordo de colaboração realizado entre o delegado de polícia, o

investigado e o defensor somente será válido se formalizado na presença

de um juiz, que em seguida o homologará.

62) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Autoriza a infiltração, por policias, em atividade de investigação,

independentemente da existência de investigação formal iniciada,

exatamente para preservar o sigilo das investigações.

63) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) Pertinente à

Lei de combate às organizações criminosas, julgue os itens.

Consiste a intervenção administrativa na escolha do momento mais

oportuno à formação de provas.

64) (IBFC - Papiloscopista - PC RJ – 2014 - adaptada ) Com base

na Lei nº 12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações

Criminosas), julgue os itens.

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São direitos do agente infiltrado: ter seu nome, sua qualificação, sua

imagem, sua voz e demais informações pessoais preservadas durante a

investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em

contrário.

65) (IBFC - Papiloscopista - PC RJ - 2014 ) Segundo a Lei nº

12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações Criminosas),

julgue os itens.

O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,

reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la por

restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e

voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que

dessa colaboração advenha um ou mais resultados descritos na Lei.

66) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário – Direito) Julgue os

itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas.

A lei conceitua organização criminosa como sendo a associação de quatro

ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão

de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

indiretamente, vantagem de natureza econômico-financeira, mediante a

prática de qualquer crime cometido no país ou no estrangeiro.

67) (2015 – CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo -

Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º

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12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a

seguir.

Em razão de essa lei ser o que se denomina novatio legis incriminadora,

sua aplicação restringe-se aos casos em que a prática dos crimes tenha

se dado a partir da data de início de sua vigência, sob pena de violação ao

princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa.

68) (2015 – CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo -

Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º

12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a

seguir.

Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no

mínimo, quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, com

estabilidade e permanência. A ausência da estabilidade ou da

permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de

natureza passageira.

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Questões comentadas

Imputabilidade e Extinção da Punibilidade

1) (2013 – FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) No tocante às

causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia:

A) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença

final.

B) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da

sentença final.

C) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral

ou parcial.

D) pode ser aplicada aos crimes de tortura.

E) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.

Comentários:

A anistia é uma espécie de ato legislativo federal, ou seja, lei penal,

devidamente sancionada pelo Executivo, por meio do qual o Estado, em

razão de clemência, política social etc., esquece um fato criminoso,

apagando seus efeitos penais (principais e secundários). Os efeitos

extrapenais, no entanto, são mantidos, podendo a sentença condenatória

definitiva ser executada no juízo cível, por exemplo. A anistia pode ser:

 própria - quando concedida antes da condenação ou imprópria -

quando concedida depois da condenação;

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 irrestrita (geral) - quando atinge indistintamente a todos os

criminosos ou restrita (parcial) – atinge certos criminosos,

exigindo-se certas condições pessoais do agente para a obtenção

do benefício;

 incondicionada - quando a lei não impõe qualquer requisito para a

sua concessão ou condicionada - quando a lei impõe alguma

condição;

 comum - incide sobre delitos comuns e especial - aplica-se a

crimes políticos.

Gabarito: C.

2) (2016 – CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito

Papiloscopista) Constitui causa que exclui a imputabilidade a

A) embriaguez preordenada completa proveniente da ingestão de álcool.

B) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.

C) embriaguez culposa completa proveniente da ingestão de álcool.

D) emoção.

E) paixão.

Comentários:

O artigo 28, I, estabelece que a emoção e a paixão não excluem a

responsabilidade penal, salvo se de caráter patológico (doentio). Pode a

emoção, todavia, servir como circunstância atenuante ou causa de

diminuição de pena. A embriaguez pode ser:

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 não acidental: pode ser voluntária ou culposa. Será culposa

quando fruto de negligência ou imprudência, e voluntária quando o

agente ingere a substância com a finalidade é embriagar-se. Não

isenta o agente ele pena, mesmo quando completa;

 acidental, fortuita ou involuntária: este tipo ele embriaguez

decorre ele caso fortuito ou força maior. Se completa, exclui a

imputabilidade; se incompleta, o agente responde pelo crime com

diminuição de pena;

 patológica: é a doentia, que, dependendo do caso, pode receber o

mesmo tratamento dispensado aos inimputáveis em razão de

anomalia psíquica;

 preordenada: hipótese em que o sujeito se embriaga

propositadamente para cometer um crime.

Gabarito: B.

3) (2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) A prescrição

da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,

independentemente da existência ou sorte do processo penal é:

A) Inadmissível conforme entendimento sumulado do STF.

B) Admissível conforme entendimento majoritário do STJ, embora não

sumulado.

C) Inadmissível conforme entendimento sumulado do STJ.

D) Admissível conforme entendimento majoritário do STF, embora não

sumulado.

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Comentários:

Trata-se da Súmula 438 do STJ. Segundo a Súmula é inadmissível a

extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com

fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou

sorte do processo penal.

Segundo esta doutrina, no início do processo, sendo o réu primário, de

bons antecedentes e circunstâncias favoráveis, não havendo agravantes

ou causas de aumento de pena, o juiz já poderia antever a pena em

concreto a ser aplicada futuramente na sentença e, assim, aplicar a

prescrição retroativa, ou seja, aquela que tem por base período anterior à

prolação da sentença penal condenatória. Todavia, a jurisprudência

francamente majoritária dos tribunais brasileiros não aceita a prescrição

virtual, por vários motivos. Vejamos alguns desses motivos:

 falta de amparo legal;

 violação do princípio da individualização da pena;

 violação do devido processo legal.

Gabarito: C.

4) (2016 - UFMT - TJ-MT - Técnico Judiciário) Segundo o Decreto

Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, começa a

imputabilidade penal aos

A) dezesseis anos.

B) dezoito anos.

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C) quatorze anos.

D) doze anos.

Comentários:

Questão tranquila! Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis,

ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

Gabarito: B.

5) (2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Analise os enunciados

das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

As causas extintivas da punibilidade relacionadas no artigo 107 do Código

Penal Brasileiro são exemplificativas, podendo serem encontradas

diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, como na

legislação especial esparsa.

Comentários:

É notório o entendimento doutrinário, no sentido de ser exemplificativo o

rol do art. 107 do CP, o qual contém em seu interior algumas causas de

extinção da punibilidade admitidas pelo Direito Penal brasileiro. Diversas

outras causas extintivas podem ser encontradas no CP e na legislação

especial.

Gabarito: C.

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6) (2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Analise os enunciados

das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar

que a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal

do Júri venha a desclassificar o crime de homicídio qualificado para

homicídio culposo.

Comentários:

Trata-se da Súmula nº 191 do STJ: "A pronúncia é causa interruptiva da

prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime".

Gabarito: C.

7) (2015 – VUNESP - TJ-SP - Juiz Substituto) Segundo a

jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, julgue

os itens.

É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão

punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da

existência ou sorte do processo penal.

Comentários:

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Trata-se da Súmula 438: “é inadmissível a extinção da punibilidade pela

prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,

independentemente da existência ou sorte do processo penal“.

Gabarito: C.

8) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

A embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos

análogos, exclui a imputabilidade penal.

Comentários:

A embriaguez indicada no art. 28, II, do CP não exclui a imputabilidade

penal, essa é chamada de embriaguez aguda, embriaguez simples ou

embriaguez fisiológica.

“Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (...) II - a embriaguez,

voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos”.

Gabarito: E.

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9) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

O juiz pode deixar de aplicar qualquer medida, se o agente, em virtude de

perturbação de saúde mental, não era inteiramente capaz de entender o

caráter ilícito do fato.

Comentários:

Nesse caso, o Juiz poderá reduzir a pena de um a dois terços, se o

agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por

desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente

capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo

com esse entendimento. Vejamos um julgado sobre o assunto!

“A circunstância de o agente apresentar doença mental ou

desenvolvimento mental incompleto ou retardado (critério biológico) pode

até justificar a incapacidade civil, mas não é suficiente para que ele seja

considerado penalmente inimputável. É indispensável que seja verificar se

o réu, ao tempo da ação ou da omissão, era inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento (critério psicológico)” (STF: HC 101.930/MG, rel. Min.

Cármen Lúcia, 1ª Turma, j. 27.04.2010).

Gabarito: E.

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10) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

O agente que comete o fato, sob o domínio de violenta emoção, logo após

a injusta provocação da vítima, é isento de pena.

Comentários:

O CP dispõe que a emoção ou a paixão não excluem a imputabilidade

penal. Emoção é o estado afetivo que acarreta na perturbação transitória

do equilíbrio psíquico, tal como na ira, medo, alegria, cólera, ansiedade,

prazer erótico, surpresa e vergonha.

Gabarito: E.

11) (2015 - CAIP-IMES - Prefeitura de Rio Grande da Serra –

Procurador) No que concerne à imputabilidade, julgue os itens

abaixo.

É isento de pena o agente que, por doença mental era, ao tempo da

omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.

Comentários:

Isso mesmo! Literalidade do art. 26 do CP, vejamos! “É isento de pena o

agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou

retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

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entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento”.

Gabarito: C.

12) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

Comprovada a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto

ou retardado, o agente será considerado inimputável para os efeitos

legais.

Comentários:

Nesse caso, o Juiz poderá reduzir a pena de um a dois terços, se o

agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por

desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente

capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo

com esse entendimento.

Gabarito: E.

13) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

Aos inimputáveis e aos semi-imputáveis, comprovada essa condição por

perícia médica, será substituída a pena por medida de segurança

consistente em internação em hospital de custódia e tratamento

psiquiátrico.

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Comentários:

Aos semi-imputáveis? Não! Com exceção dos menores de 18 anos

(critério biológico), o Direito Penal brasileiro acolheu o sistema

biopsicológico para verificação da inimputabilidade - o juiz afere a parte

psicológica, reservando-se à perícia o exame biológico (existência de

problema ou anomalia mental). Há uma junção de tarefas, de forma que

o magistrado não pode decidir sobre a imputabilidade ou inimputabilidade

do acusado sem a colaboração técnica do perito. Exige-se o laudo médico

para a comprovação da doença mental, do desenvolvimento mental

incompleto ou do desenvolvimento mental retardado. Cuida-se de meio

legal de prova da inimputabilidade, imprescindível, que sequer pode ser

substituído pela inspeção judicial, pois o julgador não possui

conhecimentos médicos para identificar deficiências na saúde psíquica do

réu. Portanto, a perícia é fundamental para a aferição da

inimputabilidade.

Os menores de 18 anos estão sujeitos à Lei 8.069/1990 – Estatuto da

Criança e do Adolescente. Os demais inimputáveis submetem-se à justiça

penal. Serão processados e julgados como qualquer outra pessoa, mas

não podem ser condenados. Trata-se da chamada sentença de absolvição

imprópria, pois o réu é absolvido, mas contra ele será aplicada uma

medida de segurança, na forma definida pelo art. 386, parágrafo único,

III, do CPP.

Gabarito: E.

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14) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da

potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta

diversa.

Comentários:

Os elementos da Culpabilidade são:

 Imputabilidade, que é a capacidade de entender e querer. Via de

regra, todos nós somos imputáveis. Causa de exclusão (art. 26,

CP): doença mental, desenvolvimento mental incompleto,

desenvolvimento mental retardado e embriaguez completa oriunda

de caso fortuito ou força maior;

 Potencial consciência da ilicitude, basta que o agente tenha

condições suficientes para saber que o fato praticado está

juridicamente proibido e que é contrário às normas mais

elementares que regem a convivência. Ex: erro de proibição;

 Exigibilidade de conduta diversa, que permite a formação de um

juízo de reprovabilidade de uma conduta típica e ilícita. Entendendo

culpabilidade como juízo de reprovação, só posso estabelecer juízo

de reprovação contra alguém, se no caso concreto, eu podia exigir

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dessa pessoa comportamento diverso. Excludentes: coação moral

irresistível e obediência hierárquica.

Gabarito: C.

15) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A imputabilidade, de acordo com o Código Penal, pode se dar por doença

mental, imaturidade natural ou embriaguez do agente.

Comentários:

Aqui o examinador tentou confundir o candidato, pois a imputabilidade

penal é um dos elementos da culpabilidade. O que pode se dar por

doença mental ou embriaguez é a inimputabilidade.

Gabarito: E.

16) (2015 – VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) No que

concerne à imputabilidade, julgue os itens abaixo.

A emoção e a paixão, além de não afastarem a imputabilidade penal do

agente, podem ser consideradas como circunstâncias agravantes no

momento da fixação da pena.

Comentários:

Segundo o art. 28 do CP, não excluem a imputabilidade penal: a emoção

ou a paixão; e a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou

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substância de efeitos análogos. Entretanto, é isento de pena o agente

que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força

maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento.

Além disso, a pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,

por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,

ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o

caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento.

Gabarito: E.

17) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

A superveniência de causa relativamente independente não exclui a

imputação, quando, por si só, produziu o resultado, mas os fatos

anteriores são imputados a quem os praticou.

Comentários:

As causas relativamente independentes, por sua vez, têm origem na

conduta do agente e, por isso, são relativas: dependem da atuação do

agente para existir. Possuem três modalidades:

 Preexistente: a causa existe antes da prática da conduta, embora

seja dela dependente. O clássico exemplo é o agente que dispara

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arma de fogo contra a vítima, causando-lhe ferimentos não fatais.

Porém, ela vem a falecer em virtude do agravamento das lesões

pela hemofilia;

 Concomitante: ocorre simultaneamente à conduta do agente. Outro

clássico exemplo é o do agente que dispara arma de fogo contra a

vítima, que foge correndo em via pública e morre atropelada por

algum veículo que ali trafegava.

Nessas duas hipóteses, por expressa previsão legal (art. 13, caput, CP),

aplica-se a teoria da equivalência dos antecedentes causais e o agente

responde pelo resultado naturalístico, já que se suprimindo mentalmente

sua conduta, o crime não teria ocorrido como e quando ocorreu. Assim,

responde por homicídio consumado.

A grande diferença aparece na terceira causa relativamente

independente:

 Superveniente: aquela que ocorre posteriormente à conduta do

agente. Neste específico caso, torna-se necessário fazer uma

distinção, em virtude do comando expresso ao artigo 13, §1º, CP: A

superveniência de causa relativamente independente exclui a

imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos

anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

Gabarito: E.

18) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

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O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui a culpa,

mas permite a punição por crime doloso, caso previsto em lei.

Comentários:

Conforme o art. 20 do CP, o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal

de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, caso

seja previsto na lei.

Gabarito: E.

19) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por

imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime

se houver previsão do tipo penal na modalidade culposa.

Comentários:

Isso mesmo! Diz se o crime culposo, quando o agente deu causa ao

resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Outra coisa, ninguém

pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica

dolosamente.

Gabarito: C.

20) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

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A extinção da punibilidade de um dos agentes, nos crimes conexos,

impede, quanto aos demais agentes, a agravação da pena resultante da

conexão.

Comentários:

Trata-se do art. 108 do CP, o qual deixa evidente que a extinção da

punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou

circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes

conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos

outros, a agravação da pena resultante da conexão.

Gabarito: E.

21) (2016 – CESPE - TJ-DF – Juiz) A respeito da extinção da

punibilidade, julgue os itens abaixo.

O agente deixa de responder pelos atos praticados caso desista

voluntariamente de prosseguir na execução ou impeça que o resultado se

produza.

Comentários:

Não é caso de extinção de punibilidade! E, segundo o art. 15 do CP, o

agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou

impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

Gabarito: E.

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Das Provas

22) (2016 – FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Entre as

alternativas a seguir, assinale aquela que contempla uma prova

colhida de forma ilícita.

A) Interceptação telefônica judicialmente autorizada em inquérito policial

que investiga exclusivamente crime punido com pena de detenção.

B) Obtenção de imagens do ambiente dos caixas eletrônicos em uma

agência bancária, sem autorização judicial.

C) Apreensão por policiais que cumprem mandado de busca domiciliar

durante o dia, de carta aberta guardada na gaveta do suspeito.

D) Acesso, sem ordem judicial, a dados cadastrais de assinante, obtidos

através de requisição policial direcionada à empresa TV por assinatura.

E) Consecução de fotos de um suspeito publicadas, de forma aberta ao

público, em uma rede social.

Comentários:

O direito à prova, como todo e qualquer direito fundamental, não tem

natureza absoluta. Está sujeito a limitações porque coexiste com outros

direitos igualmente protegidos pelo ordenamento jurídico. Não por outro

motivo, dispõe a Constituição Federal que “são inadmissíveis, no

processo, as provas obtidas por meios ilícitos” (art. 5º, LVI).

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A expressão prova ilegal corresponde a um gênero, do qual fazem parte

três espécies distintas de provas: as provas ilícitas, que são as obtidas

mediante violação direta ou indireta da Constituição Federal; as provas

ilícitas por derivação, que correspondem a provas que, conquanto

lícitas na própria essência, se tornam viciadas por terem decorrido de

uma prova ilícita anterior ou a partir de uma situação de ilegalidade; e,

por fim, as provas ilegítimas, assim entendidas as obtidas ou

produzidas com ofensa a disposições legais, sem nenhum reflexo em nível

constitucional.

Visto isso, vocês tem que ficar atentos à resposta da nossa questão. Pois,

o Supremo Tribunal Federal já teve a oportunidade de asseverar que,

uma vez realizada a interceptação telefônica de forma fundamentada,

legal e legítima, as informações e provas coletadas dessa diligência

podem subsidiar denúncia com base em crimes puníveis com pena de

detenção, desde que conexos aos primeiros tipos penais que

justificaram a interceptação. Do contrário, a interpretação do art. 2º,

III, da L. 9.296/96, levaria ao absurdo de concluir pela impossibilidade de

interceptação para investigar crimes apenados com reclusão quando

forem estes conexos com crimes punidos com detenção.

Da forma (“investiga exclusivamente”) que o examinado colocou, fere o

art. 2º, III, da Lei 9.296/96.

Gabarito: A.

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23) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Em relação ao

tema provas, analise as assertivas seguintes.

1. Com relação ao exame de corpo de delito, serão facultadas ao

Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao

querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de

assistente técnico.

2. Caso fique convencido da materialidade do fato e da existência

de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz,

fundamentadamente, pronunciará o acusado.

3. Quando a infração deixar vestígios, será realizado o exame de

corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do

acusado.

4. O inquérito policial é dispensável para propositura da ação

penal, podendo supri-lo as peças de informações ou a

representação.

5. Caso o laudo pericial contenha omissões, obscuridades,

contradições ou não respeite as formalidades em sua confecção, o

juiz deverá rejeitá-lo por tratar-se de prova ilegítima.

Assinale a opção que contém a sequência de respostas corretas.

A) 2,3 e 5.

B) 1,3 e 4.

C) 3,4 e 5.

D) 1,2 e 4.

E) 2,4 e 5.

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Comentários:

O item 3 errado, pois não pode supri-lo a confissão do acusado. O item 5

também está errado, pois, no caso de inobservância de formalidades, ou no caso

de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará

suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. Os demais itens estão

corretos, e a leitura servirá como revisão para sua prova.

Gabarito: D.

24) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Sobre o exame do

corpo de delito é correto afirmar que:

A) o juiz ou a autoridade policial negará o exame de corpo de delito ou

qualquer outra perícia requerida pelas partes, quando não for necessária

ao esclarecimento da verdade.

B) para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando

possível, juntarão ao laudo de exame, provas fotográficas, esquemas ou

desenhos, devidamente rubricados.

C) na análise das provas, o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo

aceitá-lo. Contudo, se rejeitá-lo, deverá ser no todo e não parcialmente.

D) o exame de corpo de delito deverá ser realizado por dois peritos

oficiais, relator e revisor, portadores de diploma de curso superior.

E) no exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á pelo juiz

deprecante. Nos casos de ação penal privada, por acordo das partes, essa

nomeação poderá ser feita pelo juízo deprecado.

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Comentários:

Na letra “B”, temos a literalidade do art. 165:

“Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os

peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas

fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.”

Na letra “A”, está errado em dizer que negará também o exame de corpo

de delito, pois é a exceção do art. 184 do CPP. Na letra “C”, o Juiz poderá

aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. Na letra “D”, a perícia, como

regra, será realizada por um perito oficial. Na letra “E”, o exame por

precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo,

porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação

poderá ser feita pelo juiz deprecante.

Gabarito: B.

25) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias

em geral previstas na legislação processual penal, assinale a

assertiva correta.

A) A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se

os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser

feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

B) Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do

cadáver, quando não houver infração penal que apurar.

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C) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito

dorsal, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e

vestígios deixados no local do crime.

D) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre

juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos.

E) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de

conhecimento especializado, obrigatoriamente será designada a atuação

de mais de um perito oficial.

Comentários:

Na letra “A”, a autopsia será realizada pelo menos seis horas depois do

óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem

que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Na

letra “C”, os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que

forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões

externas e vestígios deixados no local do crime. Na letra “D”, para

representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando

possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou

desenhos, devidamente rubricados. Na letra “E”, tratando-se de perícia

complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado,

poder-se-á designar, e não obrigatoriamente, a atuação de mais de um

perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

Gabarito: B.

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26) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No inquérito

policial, a testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de

dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado, contudo,

quem poderá eximir-se da obrigação de depor é o:

A) padre da igreja a quem o indiciado confessou seus segredos.

B) irmão do indiciado, que toma conhecimento do fato através de outra

pessoa.

C) tabelião a quem o indiciado, para fazer constar em testamento, confiou

seus segredos.

D) advogado contratado pelo indiciado para realizar sua defesa.

E) médico a quem o indiciado, por ocasião de uma consulta, forneceu

detalhes de seu comportamento.

Comentários:

A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,

entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em

linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o

filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo,

obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. Outra

coisa, são proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,

ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,

desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Gabarito: B.

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27) (2015 – FCC - TRE-AP - Analista Judiciário – Administrativa)

Sobre a busca e apreensão, de acordo com o Código de Processo

Penal, é INCORRETO afirmar:

A) A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de

jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de

apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo

apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após,

conforme a urgência desta.

B) A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de

qualquer das partes.

C) Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar

pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de

mandado.

D) A busca domiciliar independerá de mandado no caso de prisão.

E) Não será permitida em nenhuma hipótese a apreensão de documento

em poder do defensor do acusado.

Comentários:

A banca erra ao mencionar “em nenhuma hipótese”, pois, realmente, não

será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do

acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

Gabarito: E.

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28) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No processo penal,

relativamente ao perito, é correto afirmar que:

A) está obrigado à prestação de compromisso, sendo perito oficial ou

nomeado.

B) deve, quando em atividade na companhia de outro, chegar a um

consenso acerca do objeto bem como das conclusões do trabalho, não

sendo possível apresentar laudo divergente em separado.

C) o perito nomeado poderá, em casos especiais, atuar sozinho

D) pode ser determinada a sua oitiva em audiência ou mesmo sua

condução coercitiva.

E) não pode ser considerado impedido e nem suspeito

Comentários:

Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à

perícia:

 requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para

responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os

quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados

com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar

as respostas em laudo complementar;

 indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em

prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.

Gabarito: D.

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29) (2014 – FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) No que

se refere ao estudo das provas no processo penal, sabe-se que a

autoridade judiciária se sujeita ao Princípio da Persuasão Racional

(ou do Livre Convencimento Motivado), que tem por

característica:

A) a impossibilidade de vincular o convencimento judicial à atuação das

partes, por existir autonomia da autoridade judiciária para buscar as

provas.

B) a possibilidade de a autoridade judiciária se valer de provas ilícitas

para a formação do convencimento judicial.

C) a necessidade de a autoridade judiciária explicitar os motivos de fato e

de direito que foram relevantes para a formação do seu convencimento.

D) a preponderância da prova pericial sobre a prova testemunha.

E) a maior valoração que a lei confere à confissão.

Comentários:

O sistema do livre convencimento está previsto no art. 155, caput, do

CPP, ao dispor que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da

prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua

decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na

investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e

antecipadas. O Juiz deverá fundamentar os motivos que o levaram a tal

decisão, sempre embasando-se nos elementos probatórios do processo.

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Gabarito: C.

30) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto) Em relação às

testemunhas no processo penal, de acordo com o Código de

Processo Penal,

A) caso as testemunhas de acusação se sintam ameaçadas pelo réu,

poderão deixar de prestar depoimento.

B) caso arrolado como testemunha, o Governador poderá optar por

prestar depoimento por escrito.

C) as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a

sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de

envio.

D) caso a testemunha seja arrolada pela defesa e esteja impossibilitada,

por enfermidade, de comparecer para depor, o juiz determinará que a

defesa substitua esta testemunha, sob pena de preclusão da prova.

E) são proibidas de depor, ainda que desobrigadas pela parte interessada,

as pessoas que, em razão da profissão, devam guardar segredo.

Comentários:

Trata-se do art. 222-A do CPP.

“As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a

sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de

envio.”

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Na letra “A”, a testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.

Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o

afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a

mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por

outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas

circunstâncias. Na letra “B”, a norma não menciona o Governador. A Lei

menciona que o Presidente e o Vice-Presidente da República, os

presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo

Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito,

caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz,

Ihes serão transmitidas por ofício. Na letra “D”, se qualquer testemunha

houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar

receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá,

de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe

antecipadamente o depoimento. Na letra “E” há exceção, pois, são

proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício

ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte

interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Gabarito: C.

31) (2013 – FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) Quanto à prova

testemunhal, é correto afirmar:

A) A criança não pode ser testemunha, em face de não poder prestar

juramento.

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B) O depoimento da testemunha poderá ser por escrito.

C) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o Juiz procederá

à verificação pelos meios ao seu alcance, somente podendo tomar seu

depoimento após o esclarecimento da sua identidade.

D) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,

ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,

desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

E) As testemunhas não poderão consultar apontamentos.

Comentários:

Na letra “A”, é preciso saber que toda pessoa poderá ser testemunha.

Na letra “B”, o depoimento será prestado oralmente, não sendo

permitido à testemunha trazê-lo por escrito. Na letra “C”, se ocorrer

dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação

pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o

depoimento desde logo. Na letra “E”, não será vedada à testemunha,

entretanto, breve consulta a apontamentos.

Gabarito: D.

32) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária)

Julgue o item subsequente, em relação à prova, ao instituto da

interceptação telefônica e à citação por hora certa.

Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código

de Processo Penal, a prova ilícita produzida no processo criminal tem o

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condão de contaminar todas as provas dela decorrentes, devendo,

entretanto, ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas,

considerando-se válidas, ademais, as provas derivadas que possam ser

obtidas por fonte independente da prova ilícita.

Comentários:

Isso mesmo! O art. 157 do CPP deixa claro que são inadmissíveis,

devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim

entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

Seguindo, no seu primeiro parágrafo, são também inadmissíveis as

provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de

causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser

obtidas por uma fonte independente das primeiras.

Gabarito: C.

33) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de

prova criminal, de medidas cautelares e de prisão processual,

julgue o item que se segue.

A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao

processo deverá ser inutilizada por decisão judicial posterior,

necessariamente, à conclusão da instrução processual.

Comentários:

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O art. 9° da Lei 9.296/96 menciona que a gravação a qual não interessar

à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a

instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do

Ministério Público ou da parte interessada.

Gabarito: E.

34) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal)

No que se refere ao exame de corpo de delito, julgue o item

seguinte.

A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a

infração deixar vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto.

Comentários:

O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios,

será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não

podendo supri-lo a confissão do acusado. Vejamos um julgado sobre o

assunto!

O crime de dano (art. 163, CP), é delito material, ou seja, exige resultado

naturalístico para a sua consumação, consistente na destruição,

inutilização ou deterioração de um bem que venha acarretar a diminuição

do patrimônio da vítima. Aplica-se ao crime de dano a regra do art. 158

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do CPP, sendo indispensável a realização de exame de corpo de delito

para a comprovação da materialidade delitiva, não podendo sua ausência

ser suprida pela confissão do acusado. Demonstrado nos autos que o

objeto material do delito foi encaminhado ao Instituto de Criminalística na

data do fato criminoso, porém a perícia não foi realizada, não há que se

falar em desaparecimento justificado dos vestígios, tampouco na

aplicação do art. 167 do CPP. Recurso conhecido e não provido.

(TJ-DF - APR: 20130710218448 , Relator: SOUZA E AVILA, Data de

Julgamento: 16/07/2015, 2ª Turma Criminal, Data de Publicação:

Publicado no DJE : 22/07/2015 . Pág.: 64)

Gabarito: E.

35) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da

infração, a fim de se lhes verificara propriedade.

Comentários:

Não! O art. 175 do CPP menciona que serão sujeitos a exame os

instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes

verificar a natureza e a eficiência.

Gabarito: E.

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36) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido

incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da

autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério

Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

Comentários:

Segundo o art. 168 do CPP, em caso de lesões corporais, se o primeiro

exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame

complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de

ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do

acusado, ou de seu defensor. Outra coisa, o Juiz não ficará adstrito ao

laudo elaborado pelo perito oficial.

Gabarito: C.

37) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de

coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime.

Comentários:

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O art. 172 do CPP, deixa claro que só irá proceder quando necessário!

Gabarito: E.

38) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da

perícia ficará adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial.

Comentários:

O art. 182 do CPP menciona que o juiz não ficará adstrito ao laudo,

podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.

Gabarito: E.

39) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as

disposições do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue

os itens.

O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes

quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no

caso de exame de corpo de delito.

Comentários:

Vejamos o art. 184 do CPP:

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“Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade

policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária

ao esclarecimento da verdade”.

Gabarito: E.

40) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de

assistentes técnicos.

Comentários:

Está errada, pois as partes podem indicar assistentes técnicos.

Gabarito: E.

41) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por

dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior.

Comentários:

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Está errada, já que o exame de corpo de delito e perícias em geral serão

realizados por um perito oficial ou, não havendo este, por dois peritos não

oficiais.

Gabarito: E.

42) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às

partes requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não

para responderem a quesitos.

Comentários:

O erro é que as partes também poderão requerer que os peritos

respondam aos quesitos por elas formulados.

Gabarito: E.

43) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de

delito, mas a confissão do acusado pode supri-lo.

Comentários:

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O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios,

será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não

podendo supri-lo a confissão do acusado.

Gabarito: E.

44) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária) No tocante à prova, e de acordo com o Código de

Processo Penal, julgue os itens.

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em

contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão,

exclusivamente, nos elementos informativos colhidos na investigação,

ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Comentários:

O art. 155, caput, parte final, do CPP, ressalva da obrigatoriedade de

judicialização as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Exemplo

de prova com natureza cautelar e não passível de repetição encontra-se

nas interceptações telefônicas realizadas no curso do inquérito policial, as

quais, se realizadas de acordo com a Lei 9.296/1996, poderão ser

utilizadas na formação do convencimento do juiz, inclusive como fonte

principal dessa convicção.

Gabarito: C.

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45) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Nos termos do Código de Processo Penal, julgue os itens.

Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente

o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a

possibilidade de prorrogação, em casos excepcionais, a requerimento dos

peritos, o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias.

Comentários:

Essa ficou bem tranquila, nos termos do art. 160 Parágrafo único - O

laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo

este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos

peritos.

Gabarito: C.

46) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto - adapatda) Quanto

ao processo penal, julgue os itens.

O perito pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada

sua condução coercitiva.

Comentários:

Aqui temos a combinação dos art.159, § 5o e art. 278 do CPP, pois,

durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à

perícia: requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para

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responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os

quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com

antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas

em laudo complementar. E no caso de não comparecimento do perito,

sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

Gabarito: C.

47) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não

poderão juntar ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou

desenhos, devidamente rubricados, mas tão somente se ater à descrição

precisa das lesões.

Comentários:

Pelo contrário, o art. 165 do CPP menciona que para representar as lesões

encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo

do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente

rubricados.

Gabarito: E.

48) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

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Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não

bastará o simples exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar

a necropsia com a abertura das três cavidades.

Comentários:

Segundo o art. 162 do CPP, a autópsia será feita pelo menos seis horas

depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte,

julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no

auto. E, nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do

cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as

lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver

necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância

relevante.

Gabarito: E.

49) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10

(dez) dias, não podendo este prazo ser prorrogado, em casos

excepcionais, mesmo a requerimento dos peritos.

Comentários:

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O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo

este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos

peritos e o exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a

qualquer hora. É preciso saber que a autópsia será feita pelo menos seis

horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de

morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que

declararão no auto.

Gabarito: E.

50) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito

em qualquer dia e a qualquer hora, mas tão somente no período diurno.

Comentários:

Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do

cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as

lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver

necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância

relevante. Poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

Gabarito: E.

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51) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e

de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.

A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se

os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser

feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Comentários:

O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo

este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos

peritos e o exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e

a qualquer hora. É preciso saber que a autópsia será feita pelo menos

seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos

sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que

declararão no auto. Nos casos de morte violenta, bastará o simples

exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que

apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da

morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de

alguma circunstância relevante. E em caso de exumação para exame

cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora

previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto

circunstanciado. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição

em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas

as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.

Gabarito: C.

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52) (Fotógrafo Criminalístico - PCGO - 2011) A prova pericial é

uma prova técnica, uma vez que pretende atestar a existência de

fatos cuja certeza, segundo a lei, somente seria possível a partir

de conhecimentos específicos. Acerca da prova pericial, julgue os

itens.

A prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos,

tanto na demonstração da própria materialidade da infração penal por

meio do exame de corpo de delito, como também na comprovação de

outros dados importantes na apuração da verdade.

Comentários:

A perícia é muito importante dentro do conjunto probante. Assim, o

judiciário não pode analisar os fatos sem a contribuição dos técnicos ou

pessoas especializadas em determinado assunto, razão pela qual são

solicitados as perícias, mas do que se trata essas?

Perícias são diligências que possuem a finalidade de estabelecer a

veracidade ou a falsidade de situações, fatos ou acontecimentos, de

interesse da justiça por meio de provas. São verificações (análises) de

todo o vestígio de uma infração, cabe lembrar aqui, que vestígio e

indícios não são sinônimos, ok? Qualquer marca, fato, sinal que seja

detectado em local onde tenha sido praticado fato delituoso é, em tese,

um vestígio. Agora, após esse ser devidamente analisado, interpretado e

associado com os exames laboratoriais e dados da investigação policial

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daquele fato, enquadrando-se em toda sua moldura, tiver

estabelecida sua inequívoca relação com o fato delituoso e com as

pessoas com esse relacionadas, aí ele terá se transformado em um

indício.

Seguindo pessoal, é de suma importância vocês saberem que o Código de

Processo Penal, diz que sempre que uma infração deixar vestígios é

indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo

suprimi-lo a confissão do acusado. As perícias devem ser realizadas

por peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior e que

na falta de perito oficial, o exame deve ser feito por duas pessoas

idôneas portadoras de diploma de curso superior e de preferência na

área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com

a natureza do exame. E, caso tenha desaparecido os vestígios, o exame

não poderá ser realizado, contudo a prova testemunhal poderá suprir a

falta daquele.

Então, uma perícia pode ser realizada direta e indiretamente. O exame

direto é aquele feito pessoalmente pelo perito sobre o objeto a ser

examinado. Já o indireto é feito sobre documentos ou outros

elementos que se refiram ao objeto a ser analisado, ou, ainda, que

guardem relação com ele.

As perícias se materializam por meio dos laudos periciais, mais a frente

falaremos sobre documentos legais, são muito cobrados nos concursos -

os laudos são constituídos de peça escrita, contendo a descrição

minuciosa do que foi examinado, as respostas aos quesitos formulados,

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além de outras provas. É importante também saber, que quando existir

divergências entre dois peritos a respeito da mesma matéria, a

perícia é denominada contraditória; sendo assim, o magistrado pode

aceitar o que julgar conveniente ou nomear um terceiro perito.

Gabarito: C.

Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013)

53) (2016 – FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público –

Processual) O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma

conhecimento da existência de organização criminosa que atua na

área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura

inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de

grande gravidade. No curso das investigações, determinado

indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu

advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de

colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos

demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os

requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No

caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as

previsões da Lei nº 12.850/13, que:

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A) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser

proferida com fundamento, apenas, nas declarações do agente

colaborador;

B) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13

não admite que o Ministério Público requeira ao magistrado a concessão

de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser possível o requerimento

pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena;

C) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação

da sentença, de modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser

considerado como atenuante inominada;

D) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização

do acordo de colaboração contarão com a participação do magistrado, do

Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver

contribuição do delegado de polícia;

E) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o

colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e

estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.

Comentários:

Na letra “A”, é preciso saber que nenhuma sentença condenatória será

proferida com fundamento apenas nas declarações de agente

colaborador. Na letra “B”, a norma menciona que considerando a

relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer

tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a

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manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao

juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse

benefício não tenha sido previsto na proposta inicial. Na letra “C”, se a

colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a

metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os

requisitos objetivos. E, na letra “D”, o juiz não participará das

negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de

colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o

defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso,

entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor.

Gabarito: E.

54) (2016 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a

alternativa INCORRETA.

A) A prova indiciária, também chamada de circunstancial, tem o mesmo

valor das provas diretas, como se atesta na Exposição de Motivos do

Código de Processo Penal, em que se afirma não haver hierarquia de

provas por não existir necessariamente maior ou menor prestígio de uma

com relação a qualquer outra.

B) A lei do crime organizado previu, entre outros meios de obtenção de

prova: a colaboração premiada; a captação ambiental de sinais

eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; a ação controlada; o acesso a

registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais

constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações

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eleitorais ou comerciais; a interceptação de comunicações telefônicas e

telemáticas; o afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal; a

infiltração, por policiais, em atividade de investigação; a cooperação entre

instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca

de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução

criminal.

C) Segundo a lei do crime organizado, a ação controlada consiste em

retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada

por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob

observação e acompanhamento do Ministério Público para que a medida

legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e à

obtenção de informações.

D) Uma vez realizada a interceptação telefônica de forma fundamentada,

legal e legítima, as informações e as provas coletadas dessa diligência

podem subsidiar denúncia com base em crimes puníveis com pena de

detenção, desde que conexos com crimes punidos com reclusão e cujos

fatos sob investigação fundamentaram a medida.

E) A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo

em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente

justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação

de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal

do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados.

Comentários:

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A ação controlada consiste em retardar a intervenção policial ou

administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a

ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento

para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à

formação de provas e obtenção de informações. As demais estão

corretas, e a leitura delas é importante para revisão daqueles pontos.

Gabarito: C.

55) (2016 – UFMT - TJ-MT - Analista Judiciário – Direito) Em

relação ao conceito de organização criminosa, disposto na Lei n.º

12.850/2013, assinale a afirmativa correta.

A) Considera-se organização criminosa a associação de 2 (duas) ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,

ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais

cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam

de caráter transnacional.

B) Considera-se organização criminosa a associação de 2 (duas) ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,

ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais

cujas penas máximas sejam superiores a 2 (dois) anos, ou que sejam de

caráter transnacional.

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C) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou

mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de

tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de

infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 2 (dois) anos,

ou que sejam de caráter transnacional.

D) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou

mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de

tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de

infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)

anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Comentários:

Aqui temos a definição de organização criminosa. O § 1º do art. 1º

menciona:

“considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou

mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão

de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta

ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a

prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a

4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.”

Gabarito: D.

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56) (2015 – FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) Assinale a

alternativa correta acerca da Lei n.º 12.850/2013 (crime

organizado).

A) O agente infiltrado não tem direito de usufruir das medidas de

proteção a testemunhas.

B) É punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente

infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.

C) A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação pode

decorrer de representação do delegado de polícia ou de requerimento do

Ministério Público e será obrigatoriamente precedida de autorização

judicial.

D) O agente infiltrado que se vê obrigado a praticar crime, sob pena de

expor sua verdadeira identidade aos membros da organização criminosa,

encontra-se amparado por estado de necessidade ou excludente de

culpabilidade, a depender das circunstâncias, conforme expresso na Lei

n.° 12.850/2013.

E) Considera-se organização criminosa a associação de três ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.

Comentários:

Na letra “A”, usufruir as medidas de proteção a testemunhas é um

direito do agente. Na letra “B”, não é punível, no âmbito da infiltração, a

prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando

inexigível conduta diversa. Na letra “D”, quando inexigível conduta

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diversa, não há que se falar em crime. Na letra “E”, considera-se

organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas

estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda

que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais

cujas penas máximas sejam superiores a 4 quatro anos, ou que sejam de

caráter transnacional.

Gabarito: C.

57) ( 2015 – CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto)

No que concerne à Lei n.º 12.850/2013, que trata de ações

praticadas por organizações criminosas, julgue os itens.

Segundo a lei que trata de organização criminosa, a caracterização de

“grupo criminoso organizado” envolve a obtenção, direta ou indireta, de

vantagem indevida mediante perpetração de contravenções penais.

Comentários:

A Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a

associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e

caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com

objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer

natureza, mediante a prática de infrações penais, aqui tanto crime quanto

contravenção, cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que

sejam de caráter transnacional.

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Gabarito: E.

58) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

A Lei alterou (aumentando para 2 a 4 anos e multa) as penas previstas

para o delito do artigo 342 do Código Penal (Crime de falso testemunho).

Comentários:

Isso mesmo, vejamos o art. 25 da Lei:

"Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de

dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Art. 342.

...................................................................................

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa."

Gabarito: C.

59) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Pode ter por objeto a investigação de qualquer crime, desde que apenado

com reclusão.

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Comentários:

A Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a

associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e

caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com

objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer

natureza, mediante a prática de infrações penais, aqui tanto crime quanto

contravenção, cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que

sejam de caráter transnacional.

Gabarito: E.

60) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Define organização criminosa como sendo, dentre outros, uma associação

de no mínimo cinco agentes.

Comentários:

A Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a

associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e

caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com

objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer

natureza, mediante a prática de infrações penais, aqui tanto crime quanto

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contravenção, cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que

sejam de caráter transnacional.

Gabarito: E.

61) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

o acordo de colaboração realizado entre o delegado de polícia, o

investigado e o defensor somente será válido se formalizado na presença

de um juiz, que em seguida o homologará.

Comentários:

O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a

formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de

polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério

Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou

acusado e seu defensor. Realizado o acordo anterior, o respectivo termo,

acompanhado das declarações do colaborador e de cópia da investigação,

será remetido ao juiz para homologação, o qual deverá verificar sua

regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim,

sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu defensor.

Gabarito: E.

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62) (2015 – VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a

Classe) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no

12.850/2013, julgue os itens.

Autoriza a infiltração, por policias, em atividade de investigação,

independentemente da existência de investigação formal iniciada,

exatamente para preservar o sigilo das investigações.

Comentários:

A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,

representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério

Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando

solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de

circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá

seus limites.

Gabarito: E.

63) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) Pertinente à

Lei de combate às organizações criminosas, julgue os itens.

Consiste a intervenção administrativa na escolha do momento mais

oportuno à formação de provas.

Comentários:

Com a publicação da Lei nº 12.850/13, a ação controlada passou a ser

mencionada no art. 8º, assim, trata-se da ação de retardar a intervenção

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policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização

criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e

acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento

mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.

Gabarito: E.

64) (IBFC - Papiloscopista - PC RJ – 2014 - adaptada ) Com base

na Lei nº 12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações

Criminosas), julgue os itens.

São direitos do agente infiltrado: ter seu nome, sua qualificação, sua

imagem, sua voz e demais informações pessoais preservadas durante a

investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em

contrário.

Comentários:

Questão, também, bem recente. Trata-se do art. 14. Vejamos:

“São direitos do agente:

I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;

II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o

disposto no art. 9o da Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999, bem

como usufruir das medidas de proteção a testemunhas;

III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais

informações pessoais preservadas durante a investigação e o

processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário;

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IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou

filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização

por escrito”.

Gabarito: C.

65) (IBFC - Papiloscopista - PC RJ - 2014 ) Segundo a Lei nº

12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações Criminosas),

julgue os itens.

O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,

reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la por

restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e

voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que

dessa colaboração advenha um ou mais resultados descritos na Lei.

Comentários:

Estudem bem essa parte, pois, só cobram muito nas provas. Vejamos o

art. 4º:

"O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão

judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de

liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha

colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o

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processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou

mais dos seguintes resultados:

I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização

criminosa e das infrações penais por eles praticadas;

II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da

organização criminosa;

III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da

organização criminosa;

IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das

infrações penais praticadas pela organização criminosa;

V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física

preservada."

Gabarito: C.

66) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário – Direito) Julgue os

itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas.

A lei conceitua organização criminosa como sendo a associação de quatro

ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão

de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou

indiretamente, vantagem de natureza econômico-financeira, mediante a

prática de qualquer crime cometido no país ou no estrangeiro.

Comentários:

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A definição de organização criminosa está elencada no § 1º do art. 1º da

Lei 12850/2013, vejamos:

§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro)

ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela

divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter,

direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante

a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores

a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Gabarito: E.

67) (2015 – CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo -

Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º

12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a

seguir.

Em razão de essa lei ser o que se denomina novatio legis incriminadora,

sua aplicação restringe-se aos casos em que a prática dos crimes tenha

se dado a partir da data de início de sua vigência, sob pena de violação ao

princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa.

Comentários:

Questão tranquila! A norma trouxe um tipo penal novo, previsto em seu

art. 2º. Este tipo penal não era previsto na Lei anterior, assim, por se

tratar de uma norma inovadora, só poderá ser aplicada aos fatos

praticados após sua vigência.

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Gabarito: C.

68) (2015 – CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo -

Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º

12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a

seguir.

Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no

mínimo, quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, com

estabilidade e permanência. A ausência da estabilidade ou da

permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de

natureza passageira.

Comentários:

Segundo o §1º, do art. 1º, da lei 12850/2013: “considera-se organização

criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente

ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que

informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem

de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas

máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter

transnacional”.

Segundo a doutrina estabilidade e permanência são duas características

específicas, próprias e identificadoras da associação criminosa. Assim, sua

ausência caracteriza concurso eventual.

Gabarito: C.

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