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UNIDADE CENTRAL DE ENSINO FAEM FACULDADE

FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ

UCEFF FACULDADES

PERDAS EM TRANSFORMADORES

Curso: Engenharia Elétrica

Disciplina: Transformadores

Prof (a): Roberto Michatowski

Acadêmicos: André Demarchi,

Jederson Abreu

Chapecó, (SC), 25 de Março de 2020


Sumário

1. INTRODUÇÃO..................................................................................3

2. PERDAS EM TRANSFORMADORES.............................................4

2.1. Tipos e origem das perdas.....................................................4


2.2. Representação das perdas em um circuito equivalente de um
transformador..................................................................................................7
2.3. Consequências das perdas em transformadores................9
2.4. Formas de atenuação das perdas em transformadores;. .11
3. Conclusão......................................................................................12

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................13
1. INTRODUÇÃO

Transformadores são dispositivos usados para abaixar ou aumentar a tensão e


a corrente elétrica. Os transformadores consistem basicamente em dois
enrolamentos de fios, sendo um primário e outro secundário, envolvidos em um
núcleo metálico. A passagem de uma corrente elétrica alternada no enrolamento
primário induz à formação de uma corrente elétrica alternada no enrolamento
secundário. Porem este processo citado envolve algumas características dos
transformadores que acarretam perdas e consequentemente interferem no
rendimento. Neste trabalho faremos uma análise mais aprofundada das perdas
ocasionadas nos transformadores e consequências destas perdas para o
rendimento destes.
2. PERDAS EM TRANSFORMADORES

2.1. Tipos e origem das perdas

As perdas podem ser consideradas como a diferença da potência de saída do


transformador com a potência de entrada. As perdas se apresentam principalmente
no núcleo e nos enrolamentos e são expressas em watts. A potência absorvida pelo
transformador é dissipada, em forma de calor, pelos enrolamentos e pelo núcleo de
ferro. Basicamente, existem quatro tipos de perdas importantes nos transformadores
de potência, as quais resultam nas perdas totais, sendo elas:

 Perdas no cobre;
 Correntes de Foucault;
 Perda por histerese;
 Fluxo de dispersão;

2.1.1. Perdas no cobre

São decorrentes da resistência ôhmica das bobinas, provocado pelo efeito


Joule que ocorre nos condutores dos enrolamentos do transformador ao serem
percorridos pela corrente elétrica. Estas perdas são desprezíveis quando o
transformador opera em vazio (sem carga) e são máximas quando o transformador
opera em carga máxima. Em vazio, as perdas no cobre correspondem à corrente de
magnetização que percorre o enrolamento primário do transformador, e sob carga
corresponde à corrente absorvida pela carga ligada aos seus terminais secundários.

Elas são desprezíveis para o transformador em vazio e máxima para o


transformador em carga, sendo assim expressas para 1 kg de fio de cobre:

Pcu=2,43. D2

Sendo:

Pcu - Perdas no cobre em W/kg;


D - Densidade de corrente em A/mm², tomada como média das densidades de
corrente dos enrolamentos primário e secundário.

2.1.2. Correntes de Foucault

Também denominadas como correntes parasitas. Estas correntes circulam no


interior do núcleo do transformador quando este é submetido a um fluxo variante no
tempo, provocando perdas por efeito Joule. Esta perda é proporcional ao quadrado
da tensão aplicada no transformador, e pode ser reduzida laminando-se o núcleo do
transformador.

Quando um corpo metálico é submetido a uma variação de fluxo magnético,


gera-se uma força eletromotriz que produz a circulação de correntes elétricas no seu
interior, provocando perda de potência. As perdas por correntes de Foucault, de
forma simplificada, referida a 1 kg de lâmina de ferro-silício são dadas por:

Pcf =2. 10−11 Bm ² F ²E² K

Sendo:

Pcf - Perdas por correntes de Foucault em W/kg de núcleo;

Bm - Indução (valor máximo) no núcleo em Gauss;

F - Frequência em Hz;

E - Espessura da chapa em mm;

K - Coeficiente de Steimmetz (depende do material);

2.1.3. Perda por histerese

A perda por histerese está associada à reorganização dos momentos


magnéticos atômicos do material ferromagnético que compõe o núcleo do
transformador. Cada vez que o ciclo de histerese é percorrido, uma parcela de
energia é gasta para que estes momentos magnéticos sejam realinhados.
Figura 1- Ciclo de histerese

Considerando que o fluxo magnético na condição de carga ou à vazio é


praticamente o mesmo, as perdas por histerese são dadas por:

Phm=2.10−10 Bm1,6 FK

Sendo:

Phm - Perdas por histerese em Watt por quilograma de núcleo;

K - Coeficiente de Steimmetz (depende do material);

Bm - Indução (valor máximo) no núcleo em Gauss;

F - Frequência em Hz.

2.1.4. Fluxo de dispersão

Os fluxos magnéticos que concatenam com apenas um enrolamento e cujas


trajetórias são definidas majoritariamente através do ar são denominados fluxo de
dispersão. Estes fluxos traduzem-se em uma indutância própria para ambas as
bobinas, e seus efeitos são representados pela adição de uma reatância indutiva de
dispersão em série com cada um dos enrolamentos.
2.1.5. Perdas Totais

É a soma das perdas em vazio e das perdas em carga de um transformador.


Todas as perdas se transformam em calor, razão pela qual é necessário
dimensionar a área de resfriamento, que permite a dissipação do calor.

As perdas totais do transformador em qualquer regime de carga podem ser


expressas por:

Pt =Pfe + F c2 Pcu

Sendo:

Pt – Perdas totais no transformador, em W;

Fc - Fator de carga;

Pfe - Perdas totais no ferro, em W, dado por:

Pfe=Pcfn+ Phmm

Sendo:

Pcfn - Perdas por correntes de Foucault em W;

Phmm- Perdas por histerese em Watt;

2.2. Representação das perdas em um circuito equivalente de


um transformador

O transformador real será estudado a partir da construção de um circuito


elétrico equivalente. Nessa abordagem o transformador real é substituído por um
circuito composto de um transformador ideal mais os fenômenos a as perdas
elétricas decorrentes de sua operação (perdas no cobre, correntes de Foucault,
perdas por histerese e fluxo de dispersão), e, ainda, representar a corrente de
excitação.
2.2.1. Corrente de excitação

A corrente de excitação de um transformador é a corrente drenada da fonte


conectada ao seu primário quando o secundário encontra-se aberto. Para o
transformador ideal, considera-se a corrente de excitação como sendo nula.

Entretanto, no trato de transformadores reais, o estudo desta componente é


importante, pois, além de ser responsável pelo estabelecimento do fluxo magnético
no núcleo do transformador, a corrente de excitação é responsável por suprir as
perdas que o transformador apresenta quando operando em vazio, quais sejam:
perdas por histerese e perdas oriundas das correntes de Foucault (ou correntes
parasitas). Logo, podemos concluir que a corrente de excitação é composta por
duas correntes distintas: a corrente de magnetização e a corrente que supre as
perdas em vazio. Logo:

iexc (t) = ij (t) + ihist.+Foucault (t) .

Em um transformador ideal, a corrente de magnetização pode ser considerada


desprezível. Em transformadores reais, ela é necessária para estabelecer o fluxo
magnético no núcleo do transformador.

2.2.2. Reatância de magnetização

A corrente de magnetização não é perfeitamente senoidal, já que a


componente fundamental acaba distorcida pelas componentes harmônicas
introduzidas devido à histerese. Em transformadores monofásicos operando à
frequência industrial, estas componentes harmônicas não distorcem
significativamente a forma de onda das tensões terminais, sendo esta distorção mais
aparente e importante em transformadores trifásicos. Desta forma, para efeitos de
estudo do circuito equivalente do transformador monofásico, podemos supor que a
corrente de magnetização é perfeitamente senoidal, atrasada 90° em relação à
tensão aplicada.

Para um transformador de dois enrolamentos, este atraso na corrente de 90°


em relação à tensão pode ser emulado por um indutor em paralelo com os terminais
do transformador, representando uma reatância de magnetização (XmCircuito
equivalente

Tendo enumerado cada uma das perdas que ocorrem no transformador sob
carga (e também aquelas às quais o equipamento está sujeito mesmo em vazio), é
possível determinar o circuito equivalente do transformador de potência.

A figura abaixo ilustra o modelo completo do transformador real. O modelo


consiste em um núcleo de um transformador ideal, em série com as resistências R1
e R2, representando as perdas no cobre, e com X1 e X2, representando as
reatâncias de dispersão do primário e do secundário, respectivamente. No modelo,
ainda é possível identificar – em paralelo com os enrolamentos do transformador – a
condutância Gm (representando as perdas de no núcleo), e a reatância de
magnetização Xm (introduzindo o efeito oriundo da corrente de magnetização
necessária para estabelecer o fluxo magnético no núcleo).

Figura 2- Circuito equivalente do transformador de potência

2.3. Consequências das perdas em transformadores

As perdas originárias da corrente de carga limitam a capacidade do


transformador, pois geram aquecimento excessivo, afetando diretamente no
rendimento dos transformadores, isto é, na potência entregue por ele à carga.

2.3.1. Rendimento
O rendimento pode ser determinado pela relação da potência ativa no
secundário (P(s)) do transformador e pela potência ativa que é fornecida no primário
(P(p)). Dado por:

P( s)
η=
P( p)

Normalmente o rendimento de um transformador é definido para a condição de


plena carga (tensões e correntes nominais no secundário), sob fator de potência
cosf especificado. Para um transformador monofásico ele pode ser expresso por:

P(s) V ² I ² cosϕ ²
η= = 2 2
P( p) V I cos ϕ2 + Pfe+ Pj

Quando alimentado sob frequência e tensão eficaz constantes, as perdas no


ferro de um transformador operando normalmente podem ser consideradas
constantes, isto é, independentes das intensidades de suas correntes. Portanto,
diante de diferentes potências (correntes), fornecidas sob um determinado fator de
potência, considera-se que o rendimento do transformador varia somente devido às
variações das perdas no cobre. Esse rendimento é nulo nas duas situações
extremas em que a potência útil é nula, quais sejam:

a) em vazio, quando a corrente secundária é nula;


b) em curto-circuito, quando a tensão secundária é nula.

Entre esses dois extremos o rendimento varia, passando por um máximo,


ditado por um determinado valor eficaz de corrente, valor este que faz com que as
perdas no cobre (variáveis) se igualem às perdas no ferro (fixas).

2.4. Formas de atenuação das perdas em transformadores;


Para evitar o desperdício de energia elétrica devido as perdas acima citadas,
podem ser utilizados alguns recursos para otimizar seu funcionamento, melhorando
assim o rendimento dos transformadores.

Para diminuir as perdas devido a corrente de carga, deve-se aumentar o fator


de potência da carga.

Para reduzir as perdas no cobre utiliza-se radiadores e ventiladores que forçam


a circulação de ar e a troca de temperatura. Outra alternativa é aumentar a bitola
dos fios dos enrolamentos, dessa forma diminuímos as perdas no enrolamento.

Para minimizar as perdas de Foucault usam-se materiais de baixa


condutividade, revestidos por um verniz isolador. Quanto menor a espessura da
chapa e maior a resistividade do material, menores são as perdas por correntes
parasitas. Portanto, os núcleos são construídos com material laminado, com
pequena espessura e com composição química que resulte num material de elevada
resistividade.

3. CONCLUSÃO
O presente trabalho possibilitou ao grupo um conhecimento mais aprofundado
sobre das perdas que temos nos transformadores, e como cada uma destas partes
contribui negativamente no seu rendimento. Podemos também perceber que estas
perdas são relativas ao modelo de funcionamento e ao material que compunha os
transformadores, percebendo-se que de certa maneira as melhorias cabíveis e
possíveis para tornar estes equipamentos mais eficazes já são utilizadas na sua
produção.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP. Transformador. Disponível em:


< https://www4.feb.unesp.br//dee/docentes/cagnon/ENERGIA/TRANSFORMADOR.pdf>.

Acesso em: 20 mar. 2020.

LISITA, L. R. Determinação de Perdas, Eficiência e Potência Máxima de


Transformadores de Distribuição Alimentando Cargas Não-Lineares. 2004.
121f. Dissertação - Mestrado em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de
Goiás, Goiânia, 2004.

NOGUEIRA, D. S., ALVES, D. P. Transformadores de potência – Teoria e


aplicação – Tópicos essenciais. 2009. 212f. TCC - Graduação em Engenharia
Elétrica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

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