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QUARTA PARTE:

"ESTRUTURA

DO

RITO BRASILEIRO".

ESTRUTURA DO RITO
BRASILEIRO.

165
- PRECEITOS DO RITO BRASILEIRO. - 169
- REGULARIDADE DE RITO. - 175
- RECONHECIMENTO DO RITO. - 182
- HIERARQUIA DE GRAUS. - 184
- ESTRUTURA DOUTRINARIA. - 187
- ESTRUTURA ADMINISTRATIVA. - 198
- HISTORIA DO RITO. - 212
- HISTORIA DO RITO EM MS. - 234
- ÁLVARO PALMEIRA. - 242
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA
MAÇÔNICA DO GOB COM O
RITO BRASILEIRO. - 265
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA
MAÇÔNICA DO RITO BRASILEIRO
COM O RITO ADONHIRAMITA. - 273
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA
MAÇÔNICA DO RITO BRASILEIRO COM
OUTROS RITOS. - 276
- DIPLOMAS, MEDALHAS E TÍTULOS
HONORIFICOS DO RITO BRASILEIRO. -
289
- BRASÃO DO RITO E DA DELEGACIA
LITÚRGICA DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL. - 292
- PARAMENTOS DOS GRAUS FILOSÓFI-
COS DO RITO BRASILEIRO. - 296

PRECEITOS DO
RITO BRASILEIRO.
166
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e
Aceitos, é uma Instituição Maçônica com sistema de
cerimoniais iniciaticos e ensinamentos maçônicos de
caráter universal.
Acata os Landmarques e os demais princípios
tradicionais da Maçonaria, atendendo a todos os re-
quisitos da Ortodoxia Maçônica.
A base do Rito é a Maçonaria Simbólica de
São João, sob a jurisdição do Grande Oriente do
Brasil.
É um Rito Teísta, pois afirma a existência de
um Deus Criador, proclama a glória do Supremo Ar-
quiteto do Universo, e a crença na imortalidade da
Alma.
São obrigadas na Lojas Simbólicas do Rito, a
presença das três Luzes da Maçonaria: o Livro da
Lei, o Esquadro e o Compasso.
O Rito Brasileiro é uma Instituição Regular,
Legal e Legitima, preserva a universalidade maçôni-
ca, adota o titulo distintivo de Maçonaria Renovada,
sob cuja designação pode ser implantada em qual-
quer pais.
É uma instituição essencialmente iniciatica, fi-
losófica, filantrópica e progressista, assentada na
Tradição e na Evolução.
O incentivo e a prática do Civismo constituem-
se em um dos altos objetivos do Rito Brasileiro.
No Rito não é aceitável a intervenção maçôni-
ca na competição dos partidos políticos, no proseli-
tismo e ideologias sectárias.
São vários os Preceitos do Rito Brasileiro,
abaixo serão enumerados alguns deles:

167
- O estudo de todos os grandes problemas
nacionais e internacionais com implicação no futuro
da Pátria e da Humanidade, tendo como referências:
a prevalência dos direitos humanos; a autodetermi-
nação dos povos; a igualdade dos Estados; a Justiça
na distribuição dos fatores de produção e das rique-
zas; a solidariedade humana; a ausência de precon-
ceitos em qualquer modalidade; o Estado de direito
democrático.
- O respeito à Natureza, é decorrente da con-
vicção de que, para preservar o Mistério da Vida, o
homem deve promover medidas capazes de manter
a harmonia ambiental.
- Se no teu caminho topares com alguém, por
demais cansado e sofrido para te dar um sorriso, dá-
lhe o seu.
- O valor e a dignidade do homem crescem à
medida que se torna mais profunda sua vida moral e
espiritual.
- A consciência do bem comum universal exis-
te no Maçom, que possuir apuro moral, base cultural
e formação cívica.
- Erram os que afirmam haja a Maçonaria en-
cerrado a sua missão histórica. Verdade seria, sim,
se ela não renovasse para realizar o aprimoramento
humano, que é eterno.
- Libertemo-nos do egoísmo. Impeçamos o li-
vre curso da violência e da rapina, que geram as
dissensões entre os homens e as guerras entre as
Nações.
- Quando a consciência se fecha sobre si
mesma, ela se resseca e fica desabrida e atormen-
tada. Quando, porém, se abre ao amor, liberta-se
das cadeias interiores e desabrocha, fecundante.

168
- O símbolo do amor humana não deve ser o
coração atravessado por uma flecha, mas o coração
encimado por uma cruz.
- O progresso é uma síntese da Tradição e
Renovação. O Rito Brasileiro assim o compreende e
constitui, por isso a adoção de uma estrutura nova
para a nossa Ordem.
- Dedica-se o Rito Brasileiro no aperfeiçoa-
mento dos maçons, concilia a Tradição com a Evolu-
ção, para que, assim, a Maçonaria não se torne uma
força esgotada.
- O Rito Brasileiro especializa-se no cultivo da
Doutrina, Filosofia, Liturgia, Simbologia, Historia e
Legislação Maçônicas e estuda todos os grandes
problemas nacionais e universais com implicações
ou conseqüências no futuro da Pátria e da Humani-
dade.
- Realiza a indispensável cultura doutrinário-
maçônica e também a cultura político-social dos
Obreiros.
- Impõem a prática do Civismo em cada Pá-
tria, porque a Maçonaria é supranacional, mas não
pode ser desnacionalizante.
- O Maçom vive para o seu século e constrói
para o seu século, isso porque, sem perder jamais
de vista os Princípios Fundamentais, que configuram
a perenidade da Ordem, o Maçom sabe que esses
Princípios se devem ajustar à realidade e ao contex-
to histórico de cada época.
- A Humanidade precisa da Maçonaria para
que o Bem prevaleça, porque só há bem sobre o su-
porte da Fraternidade. Em cada época se articula o
mundo de amanhã. Procuremos todos contribuir pa-
ra que o terceiro milênio se alicerce, efetivamente na
Liberdade, na Paz e na Justiça.

169
- O humanismo maçônico confere ao Iniciado
o privilegio de compreender o século, em que vive, e
nele agir em prol do supremo ideal da fraternidade
humana.
- A Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica já
admitiu o imperativo da Evolução e, segundo um de
seus pontífices, "Caminha de fato, juntamente com a
Humanidade e compartilha a sua sorte no seio da
Historia". Dizemos nós: Também a Maçonaria. Só os
ignavos podem pensar em Maçonaria parada no
seio da Historia, um quisto á margem do tempo.
- O Rito Brasileiro sustenta que nenhum ho-
mem é tão superior que possa ficar acima da Lei,
nem tão inferior que não goze de sua proteção.
- A Maçonaria tem uma signa: caminhar. É
uma instituição "em route", peregrina, porque é for-
mada de homens e o ser humano é o "homo viator".
Não terá nunca o direito de parar. Em cada Pais, on-
de nasceu ou em que vive, o Maçom tem o dever
fundamental de contribuir para o Bem Público, por-
que se a Maçonaria não tem Pátria, os Maçons a
têm.
- O Rito Brasileiro dá ao Maçom o necessário
cabedal (principal) de conhecimento para torná-lo
um elemento atuante e construtivo no meio social,
em que vive: cultura social e política.
- As instituições magistrais, como a Maçona-
ria, lutam num campo difícil, que é o comportamento
moral e cívico do Cidadão. O homem sabe que não
pode violar impunemente as Leis da Física, mas en-
tende que pode transgredir os Códigos do Direito.
Ninguém, normal de espirito, se atreve a pôr a mão
em água fervente ou a precipitar-se ao solo do alto
de um edifício, porque sabe os resultados funestos e
imediatos, que adviriam, mas há muitos que enga-
nam, furtam, roubam e assassinam porque esperam

170
faze-lo sem a punição social ou dela escapar. Há por
isso, que se dar à Ética uma condição de existência
real, como a Física, com acatamento compulsório.
- No aprimoramento da formação cívica de
seus Irmãos, isto é, na formação para a cidadania, o
Rito Brasileiro, proclama, de inicio, que a Maçonaria,
em sua ação esotérica não esta nem à direita nem à
esquerda da política profana de nenhum País, nem
ao centro. Esses designativos de centro, direita e
esquerda são relativamente recentes e a Maçonaria
é milenária: tem a sua própria orientação, que se
veio formando ao longo dos séculos.
- A Maçonaria não é partido político nem sai à
rua como instituição, de bandeiras desfraldadas,
pugnando por seus objetivos. Ela pode, sim. emitir
de publico sua opinião sobre problemas nacionais e
humanos, pelo seu órgão representativo, o Grão
Mestre, mas a sua atuação normal, como organiza-
ção magistral, é a formação da consciência do ma-
çom dentro dos Templos, e é o Maçom, assim estru-
turado que vai agir no meio social, em que vive.
- Para nós Maçons, a ordem política esta su-
jeita á ordem moral. Já foi dito "a sã política é filha
da moral e da razão" e que "o desenvolvimento do
País depende da moralidade e da justiça social". O
Estado pode ser forte, desde que seja justo, porque
a segurança do Estado não pode gerar a inseguran-
ça do Cidadão.
- O homem é um ser social e a sociedade
humana é anterior ao Estado, ou melhor é ela quem
o cria, para a garantia do bem comum ou do bem
publico dos indivíduos e das instituições. Os direitos
do homem não emanam assim da generosidade do
Estado e dos que o encarnam, mas são uma con-
quista irreversível de toda a Civilização. O Estado
pode tudo aquilo e só aquilo que é necessário para a

171
promoção do bem comum. O Estado deve existir pa-
ra a realização do bem comum, isto é, o Estado é
um meio para um fim. Só nos regimes totalitários é
que o Estado representa o fim em si próprio.
- Nenhum modelo de vida publica e social, em
qualquer época, agora ou logo, pode afirmar-se co-
mo definitivo: esta sempre aberto um caminho para o
alto, uma aspiração permanente para o melhor. O
ideário democrático, ou qualquer outro, não é, pois
imutável ou definitivo. E mais: toda ideologia ou ideá-
rio político adapta-se ao ambiente histórico e aos re-
cursos geo- econômico do País e, por isso, adquire-
se características peculiares.
- O ideal a atingir é, por certo, a organização
planetária da sociedade humana: um organismo
mundial seria responsável pelo bem comum de to-
dos os povos. Esse evento, entretanto, não suprimi-
ria as Pátrias. De fato, as fronteiras físicas poderão,
talvez,. um dia serem eliminada, jamais, porém, as
raias culturais, morais e espirituais dos vários grupos
humanos. Em outras palavras: haverá sempre a
existência de aspirações e propósitos distintos de
cada grupo humano, a vocação nacional, a individu-
ação dentro do grande todo. Seremos simultanea-
mente irmãos na grande família humana e cidadão
em uma Pátria.
- O Rito Brasileiro é teísta, afirma a crença em
um Deus Criador, Proclama a Glória do Supremo
Arquiteto do Universo e a fraternidade dos homens,
filhos do mesmo Pai.
- Quem quiser decidir com Justiça, deve per-
quirir o que os bons tem de mau e descobrir o que
os maus tem de bom.
- Se chorares por haveres perdido o Sol, as
lagrimas impedirão que vejas as estrelas.

172
REGULARIDADE DE RITO.

A Regularidade maçônica, sobre tudo a Regu-


laridade de Potência Maçônica e Regularidade de
Rito, sempre preocupou aqueles que pretendem es-
tabelecer uma linha divisória entre o que é regular e
o que é irregular.
Felizmente, ambos os assuntos foram defini-
dos, respectivamente em 1929 e em 1932.
Em 1929, a Grande Loja Unida da Inglaterra,
na qualidade de Grande Loja Mãe da Maçonaria
contemporânea, estabeleceu oito condições de Re-
gularidade de um Grande Oriente ou de uma Grande
Loja. Foi o inicio da separação da Maçonaria Simbó-
lica e Filosófica.
Em 1932 o Congresso Maçônico de Potências
Regulares, realizado no Chile, fixou os implementos
que um Rito deve possuir para ser considerado regu-
lar.

REGRAS DE EXIGÊNCIAS:

A - EXIGÊNCIAS GERAIS.

01 - O Símbolo do SA D U.


02 - O uso do Livro Sagrado sobre o Altar dos
Juramentos.
03 - Emprego de Sinais, Toques e Palavras
em cada Grau (cobridor do Grau).
173
04 - O desenvolvimento das Cerimônias por
meio de formulas misteriosas e emblemá-
ticas dentro do Templo, os quais tenham
Símbolos da Construção Universal, tradi-
cionalmente usados na Franco Maçonaria.

B - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
NO 1º GRAU.

05 - O uso da Câmara das Reflexões destina-


do ao candidato antes do inicio do ceri-
monial iniciatico.
06- A explanação da formulado do
SADU.
07 - O cultivo da fraternidade, da tolerância,
da moral e da caridade.
08 - A explicação das viagens simbólicas -
essas últimas exigências no desenvolvi-
mento do cerimonial.

C - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
NO 2º GRAU.

09 - A exaltação do trabalho, que dignifica e


liberta o Homem.
10 - O emprego das ferramentas simbólicas
do trabalho.
11 - A utilidade e o valor dos cinco sentidos
humanos.
D - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
NO 3º GRAU.

174
12 - A Lenda de Hiran e seu desenvolvimento.
13 - A conceituação que dela se deduz: "A vida
nasce da morte".

E - GRAUS FILOSÓFICOS.

Acima do Terceiro Grau qualquer Rito estabe-


lece a sua própria Hierarquia e Cerimonial indepen-
dente da apreciação da potência Simbólica.
Um Rito pode, se ele quiser, funcionar livre-
mente do Grau 1 ao ultimo que ele tenha estabeleci-
do, mas hoje em dia os Ritos trabalham com a divi-
são entre Simbólico e Filosófico.
O Rito Brasileiro como os demais adotados
pelo Grande Oriente do Brasil, cumprem rigorosa-
mente essas 13 Regras de Regularidade de Rito,
tornando-se assim Ritos Regulares.
Atendendo a todos essas exigências, um Rito
passa a ser regular.
A seguir texto escrito em 1976, pelo Grão
Mestre Geral Honorário do Grande Oriente do Brasil
Irmão Álvaro Palmeira, sobre Regularidade de Rito:

 "Não há nenhum órgão ou Organização


Maçônica que tenha autoridade ou atribui-
ção para conceder licença para a criação
de Ritos. Os Ritos se criam livremente e
só no século 18 surgiram mais de 70".

 "Criado um Rito, ele pode, se quiser, fun-


cionar do grau 1 ao ultimo que tenha esta-
belecido, e viver livremente, sem pedir li-

175
cença a ninguém".
 "Porem, na fase maçônica em que esta-
mos, se admite a divisão da Maçonaria,
em Simbólica nos graus 1, 2 e 3 e Filosófi-
ca ( graus acima do de Mestre)".
 "Não há nenhum Órgão, Instituto ou Orga-
nização Maçônica para conceder licença a
criação de Ritos, como também, não há
nenhum, Órgão, Instituto ou Organização
Maçônica para reconhecer um Rito, salvo
a Potência Simbólica".
 "Os Ritos surgem, e se impõe conforme
sua Estrutura Doutrinaria e as necessida-
des do Ambiente Maçônico, se assim não
fosse, não haveria progresso".
 "Todo Rito regular é Universal, porque po-
de ser praticado em qualquer Pais. As de-
signações localístas: York; Escocês; Ale-
mão; Francês; Brasileiro, significam ape-
nas a origem e nada mais".
 "Não há, nem pode haver, nenhum Rito
regionalista ou Nacionalista, porque sua
Universalidade é condição essencial, mas
em cada Pátria todo Rito, há de ter um
elemento de Progresso Moral, Cultural e
Cívico, os que assim não forem, estarão
alienados no tempo".
 "Um Rito nada tem que ver com outro Rito.
Jamais se viu no mundo Maçônico um Rito
pedir a outro que o considere Regular, só
as Potências Simbólicas é que se Reco-
nhecem entre si".
 "Nenhum Rito pode acusar outro Rito de
Irregular; na Maçonaria Especulativa ou
atual, o 1º Congresso Internacional Maçô-
nico realizado em 1834, e nele se procla-

176
mou solenemente a independência dos Ri-
tos entre si".
 "Os Ritos só tem relação diretas de Regu-
laridade com a Potência Simbólica Regu-
lar, mais são inteiramente independentes
entre si, sem prejuízo da vida harmônica
que devem viver".
 "Foi em atenção ao principio básico da
Fraternidade que o Soberano Supremo
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro e
o Excelso Conselho da Maçonaria Adonhi-
ramita, firmaram um Tratado de Amizade e
Aliança Maçônica, em 21 de Novembro de
1974 da E V no Rio de Janeiro - RJ".
 "A expressão Rito Reconhecido Univer-
salmente significa tão somente que se tra-
ta de um Rito Regular, capaz de ser prati-
cado ou reconhecido em qualquer Pais".
 "Todo Rito Regular guarda os Arcanos da
maçonaria tradicional".
 "No Brasil, há quem pense que existe um
Órgão Maçônico Internacional, que aprova
ou desaprova os Ritos".
 "A confusão existente, no trato do assunto,
deriva do seguinte: no Rito Escocês Antigo
e Aceito, a Oficina Chefe é o Supremo
Conselho. Supremos Conselhos de vários
países reúnem-se periodicamente em
Convenção Internacional, com intervalo
nunca inferior a cinco anos. Essa Conven-
ção Geral, quando reunida, examina e de-
cide os assuntos administrativos gerais do
Escocismo, inclusive o Reconhecimento
de qualquer novo Supremo Conselho Es-
cocês ou, no caso de cisão de um Supre-
mo Conselho qual é a fração regular, e

177
qual a fração irregular (espúria.). Atua en-
tão como tribunal Escocês. A fração regu-
lar é alçada à condição de Supremo Con-
selho, isto é aprovada na cadeia de um
união Escocesa, e a fração irregular (espú-
ria) é excomungada, isto é, colocada fora
da comunhão escocesa, como irregular e
clandestina".
 "Há atualmente no Brasil três Supremos
Conselhos Escoceses, mais só um é con-
siderado Regular, desde a Convenção Es-
cocesa de 1929, reunida em Paris - Fran-
ça (O Supremo Conselho Reconhecido
Mundialmente é o Supremo Conselho do
Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito
da Maçonaria para a Republica Federativa
do Brasil, com sede a Rua Barão, 1317
Jacarepaguá, oriente do Rio de Janeiro, e
ligado as Grandes Lojas Brasileiras)".
 "Todavia, essa distinção de puros e impu-
ros, decretada por essa Convenção Esco-
cesa, relativa a Supremos Conselhos Es-
coceses, é problema interno e domestico
do Escocismo, nada tendo que ver, direta
ou indiretamente, com qualquer outro Rito,
nem interessa propriamente a nenhum de-
les".
 "Essa cadeia Internacional ou, melhor es-
sa preocupação escocesa de internaciona-
lísmo, deriva de um inicial; propósito de
Frederico II, que se auto proclamou em
1786 "Grão Mestre Universal", isto em 1º
Maio".
 "Isto contraria o espirito da Ordem, que
preconiza a Soberania ou as Soberanias
Regionais. Tanto assim é, que o Rito de

178
York, que acolhe 4/5 da Maçonaria Mundi-
al e ser o mais antigo e o mais praticado
de quantos atualmente existem, não reali-
za Convenções Internacionais para sua
política interna, nem precisou constituir até
hoje, nenhuma cadeia de união internacio-
nal Yorquiana; também não o fazem os Ri-
tos Alemão, o Francês, o Adonhiramita,
nem o pretende fazer o Rito Brasileiro. O
que faz a efetiva união dos maçons em to-
do o mundo, é a correta vivência e obser-
vância da Doutrina e das leis da Ordem e
a universalidade dos meios de reconheci-
mento (sinais, toques e palavras)".
 "Cada Rito pode erigir o seu próprio e
harmonioso Templo Geométrico de Traba-
lho, fecundando a Tradição genuína da
Ordem com o Sopro Renovador da Evolu-
ção, isto é, o conteúdo esotérico com a
pragmatismo esotérico, a Maçonaria Con-
templativa com a Maçonaria Militante, por-
que a Ordem há de ser, como esta na le-
genda do Grande Oriente do Brasil "Novae
sed Antique" ou melhor "Antique sed No-
vae", isto é, Antiga porem Nova".
 "É como o Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, pretende fazer aliar
a Tradição com a Evolução".

.
RECONHECIMENTO DE RITO.

179
O reconhecimento é conferido entre um
Grande Oriente ou uma Grande Loja Regular, que é
a potência Simbólica e o Rito Regular representado
pela sua Oficina Chefe.
O Rito Regular se dirige à Potência Simbólica,
e ela examina o conteúdo do Rito nos três graus
simbólicos, para saber se ele atendeu as Exigências
Gerais e Especiais da Regularidade.
Em caso positivo, a Potência Simbólica reco-
nhece o Rito como Regular, e passa a administrar os
três graus simbólicos, ficando os Altos Graus sob a
administração da Oficina Filosófica do Rito, e firmam
entre si um "Tratado de Amizade e Aliança Maçôni-
ca".
Esse reconhecimento por parte da Potência
Simbólica é uma ratificação da Regularidade do Rito,
assim procedeu o Rito Brasileiro de Maçons Antigos,
Livres e Aceitos e o Grande Oriente do Brasil, bem
como todos os Ritos Maçônicos adotados pelo GOB.
O Rito Brasileiro representado pela sua Ofici-
na Chefe o Soberano Supremo Conclave do Brasil
para o Rito Brasileiro, firmou e assinou no dia 10 de
Junho de 1968, com a Potência Mãe da Maçonaria
Brasileiro o Grande Oriente do Brasil, o Tratado de
Amizade e Aliança Maçônica, que foi aprovado no
dia 27 de Julho de 1968 pela Assembléia Federal
Legislativa Maçônica do Grande Oriente do Brasil.
Por este Tratado fica a Potência Simbólica o
Grande Oriente do Brasil, com a fundação e adminis-
tração de Lojas Simbólicas do Rito, como diz o artigo
3 e 4 desse Tratado:
Artigo 3 - "O Soberano Supremo Conclave por
esse instrumento, abre mão do direito de fundar Lo-

180
jas Simbólicas, e de iniciar nos três primeiros graus
do Rito".

Artigo 4 - "Por seu lado o Grande Oriente do


Brasil compromete-se, no Rito Brasileiro A só fundar
Lojas Simbólicas e só iniciar nos três primeiros
graus".

Ficando com a Oficina Chefe o Soberano Su-


premo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, co-
mo regulador dos Arcanos do Rito, como diz o artigo
9, 10 e 20.

Artigo 9 - "Reserva-se o Soberano Supremo


Conclave, inerente às suas funções de Oficina Chefe
do Rito, exclusiva, reguladora e guardiã de seus Ar-
canos, de formular a Doutrina dos Rituais Simbóli-
cos, assim como os Rituais Especiais às varias Ce-
rimônias Litúrgicas, que alem dos de Iniciação, tam-
bém se praticam no Simbolismo, fornecendo ao
Grande Oriente do Brasil, copias autenticas de seu
trabalho para considerações dessa Potência".

Artigo 10 - "É licito ao Soberano Supremo


Conclave enviar às Lojas Simbólicas do Rito Brasilei-
ro da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, publi-
cações ou instruções exclusivamente de natureza Li-
túrgica ou referente ao Rito Brasileiro".

Artigo 20 - "A execução de todas as Cerimô-


nias Litúrgicas do simbolismo compete ao Grande
Oriente do Brasil. A Instalação de Venerável Mestre
e a Sagração de Templos, poderão ser realizados
pelo Soberano Supremo Conclave".
HIERARQUIA DE GRAUS.

181
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos, quando de sua fundação em 1914, não
possuía Oficina Chefe constituída, como também
não possuía uma Estrutura Doutrinaria definida.
Na tentativa de reerguimento do Rito Brasilei-
ro em 1940/41, foi fundada a Oficina Chefe do Rito,
que tinha como Grande Principal (hoje Grande Pri-
maz) o irmão Otaviano de Menezes Bastos, sua hie-
rarquia de Graus era de 7 Graus, não teve vida lon-
go, vindo a adormecer em 1944.
A Estrutura Doutrinaria do Rito Brasileiro, foi
finalmente formada em 1968, por obra desse grande
maçom Irmão Álvaro Palmeira, então Grão Mestre
Geral do Grande Oriente do Brasil, isto ocorreu no
dia 25 de Abril de 1968, com a reerguimento da Ofi-
cina Chefe do Rito, que passou-se a denominar-se
Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, Livres e Aceitos.
A Hierarquia de Graus, foi formada por 33
graus, concretizando o sonho de muitos Maçons
Brasileiros, que a muito pleiteavam e brigaram pelo
funcionamento de um Rito nosso Brasileiro, novo e
inovador em seus ensinamentos.
Muitos Irmãos pensam e até afirmam que o
Rito Brasileiro organizado em 33 graus, é igual aos
Ritos que usam esses mesmos números de graus,
como é o caso do Rito Escocês e do Rito Adonhira-
mita. O que não é verdade, apenas são iguais o nu-
mero de graus (33), o conteúdo de ensinamentos do
Rito Brasileiro é diferente.

O Soberano Grande Regente e Grande Se-


cretario Geral de Orientação Rtualística Adjunto para
o Rito Brasileiro Irmão Fernando de Faria, diz em um
de seus artigos:

182
 "O sistema de 33 graus pode parecer um
copia afrontosa. Apenas parece, mas, não
é. Adotou-se o sistema de 33 graus como
continuidade de uma forma de imenso
prestigio no Brasil Maçônico do século XX,
formula que precisa ser atualizada com o
século, mas conserva uma índole e um ca-
risma, que não podem ser desprezados.
Tantos e tantos comportamentos huma-
nos, anotados pela Sociologia e pela Ci-
ência em geral, procedem pelo mesmo
método: adotar o anterior, atualizando-o
com a época ou as necessidades. Não há
a preocupação de ser original. Preocupa-
nos a eficiência".

O irmão Álvaro Palmeira quando formulou a


Estrutura Doutrinaria do Rito Brasileiro de Maçons,
Antigos, Livres e Aceitos em 33 graus, foi buscar a
sua Estrutura Tradicional, lá no século XVIII, mais
precisamente nos Rito de Heredon e no Rito Primiti-
vo de Namur, a seguir texto escrito pelo Irmão Álvaro
Palmeira:

 "Frederico II ao instituir o Rito Escocês An-


tigo e Aceito, em 1786, adotou o numero
de graus do Rito Primitivo de Namur, fun-
dado em 1770. O Rito Primitivo não se
deixou absolver, nem também o Rito de
Heredon ou de Perfeição, pela reforma de
Frederico II em 1786. Subsistiram inde-
pendentes por mais de meio século, sendo
o primeiro com o Rito de 33 graus e o se-
gundo como Rito de 25 graus. Ragon e

183
Otaviano de Menezes Bastos dão a nomi-
nata de 33 graus ao Rito Primitivo".
 "O Rito Brasileiro fez o mesmo, quando
estabeleceu a sua Hierarquia de graus,
dando porem, a esses graus nomenclatura
consentânea à época atual".
 "Novae Sed Antique"- Nova porém Antiga.
A legenda do Grande Oriente do Brasil, é
uma incitação: nossa Ordem deve ser an-
tiga, porém, nova. Isto significa que deve
sempre evoluir, sem abandonar as fontes
primeiras milenares. A Maçonaria especu-
lativa só tem 250 anos. Nasceu no tempo
do candeeiro de querosene e dos lampi-
ões de óleo de baleia. Hoje estamos no
século da automação e da cibernética.
Pergunta-se: vamos permanecer à mar-
gem da vida contemporânea, ou devermos
renovar a Ordem, para que ela enfrente os
problemas de cada século".
 "A Maçonaria é uma instituição estável e
permanente, fundamentada na Tradição.
Sua atuação, entretanto desenvolveu-se
no momento que passa, e por isso, há que
adequar a Tradição à Evolução: através do
tempo, cada período histórico difere do an-
terior, o que significa que a realidade sem-
pre se renova Continuidade e Evolução
não se excluem".

ESTRUTURA DOUTRINARIA.
184
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos realiza-se como Hierarquia de trinta e três
graus, sendo três Simbólicos e trinta Filosóficos.
Ambos compõem a Estrutura Doutrinaria do Rito,
processadas em estágios, sem contradições entre
passado, presente e futuro, porque se dedica a con-
ciliar a Evolução com a Tradição, ver: "Reconheci-
mento, Regularidade de Rito e Hierarquia de Graus".
A Estrutura Doutrinaria do Rito Brasileiro, é
constituída em dois grandes segmentos: Lojas Sim-
bólicas e Altos Corpos:

 Lojas Simbólicas com os graus 1, 2 e 3.


 Altos Corpos com os graus 4 ao 33.

LOJAS SIMBÓLICAS.

Nas Lojas Simbólicas, o Rito Brasileiro de


Maçons, Antigos, Livres e Aceitos, segue a Ortodo-
xia Maçônica, ministradas por Lojas ou Triângulos
que se subordinam a Grande Corpo da Maçonaria
Simbólica, da qual chamamos de Tradição.
Seguimos rigorosamente as regras e exigên-
cias da Regularidade de Rito.

A Tradição seria:

 Uso dos Símbolos.

185
 Alegorias.
 Sinais, Toques e Palavras (cobridores dos
graus).
 Uso dos Instrumentos de Trabalho de cada
grau.

Os ensinamentos contidos nos Rituais são de


conteúdo universal, porem as praticas rtualísticas, e
instruções obrigatórias, são próprias do Rito Brasilei-
ro.

I - GRAU 1 - APRENDIZ.

O Grau 1 Aprendiz é: "Dedica-se à Fraterni-


dade Humana, exemplificando na união dos Irmãos".
No Ritual contem cinco Instruções que são
ministradas de forma obrigatórias:

1 - Iniciação Recapitulada.
2 - Os Mistérios do Grau.
3 - Simbologia do Grau.
4 - O Painel do Grau.
5 - A Doutrina do Grau.

II - GRAU 2 - COMPANHEIRO.

O Grau 2 Companheiro é: "Dedica-se a exal-


tação do trabalho construtivo e ao estimulo da soli-
dariedade Maçônica".
No Ritual contem três Instruções que são mi-
nistrada de forma obrigatória:

1 - A Passagem do Grau Recapitulada.


2 - Ferramentas e Símbolos do Grau.
3 - Numerologia e Doutrina do Grau.
III - GRAU 3 - MESTRE.

186
O Grau 3 Mestre é: "Consagração do principio
de que a vida nasce da morte".
No Ritual constam seis Instruções que são:

1 - A Exaltação a Mestre Recapitulada.


2 - Simbologia e Numerologia do Grau.
3 - Doutrina do Grau.
4 - A Lenda do Grau.
5 - Os Landmarques da Ordem.
6 - Os Landmarques comentados de Mackey.

ALTOS CORPOS.

No Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e


Aceitos os trinta graus (4 a 33) integram os Altos
Graus, também denominados Graus Superiores ou
Graus Filosóficos, ministrados nos Altos Corpos
(Oficinas Litúrgicas), que são subordinadas ao Sobe-
rano Supremo Conclave.
O Soberano Supremo Conclave é a Oficina
Chefe do Rito Brasileiro, é o guardião dos arcanos
do Rito.
Nos Altos Corpos do Rito Brasileiro damos o
nome de Oficinas Litúrgicas, estuda-se a formação
completa do Maçom, nos aspectos: Moral, Social,
Cultural e Cívica, é a Evolução.
Os Graus de Iniciações são: 1, 2, 3, 4, 9, 14,
15, 16, 17, 18, 19, 22, 26, 29, 30, 31, 32 e 33.
Os três primeiros chamados de Graus Simbó-
licos são administrados pelo Grande Oriente do Bra-
sil.

187
Nos graus Filosóficos as Lendas e Alegorias
das Lojas Simbólicas, não são mencionadas, as
mesmas se enceram no Grau 3 de Mestre Maçom.
Os Altos Corpos do Rito Brasileiro, são consti-
tuído dos seguintes Corpos:

A. - Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integra-


das de Graus Superiores.
B. - Ilustres e Sublimes Capítulos.
C. - Poderosos e Grandes Conselhos de Ka-
dosch Filosóficos.
D. - Colendos Altos Colégios.
E. - Soberano Supremo Conclave.

Os Graus Filosóficos do Rito Brasileiro adqui-


rem-se por: Iniciações, Comunicações e Reconhe-
cimento:

I - Iniciações.
II - Comunicações.
III - Reconhecimento.

I - INICIAÇÕES.

São desenvolvidas em Sessões solenes, são


disciplinadas em Rituais próprios e elaborados ex-
clusivamente, em cada pais, pelo Soberano Supre-
mo Conclave, observada a Estrutura Doutrinaria fi-
xada na Constituição do Rito Brasileiro.

II - COMUNICAÇÕES.
Destinam-se ao conhecimento e à pratica dos
graus intermediários.

188
Nas Oficinas Litúrgicas do Rito Brasileiro de-
vem ser ministrados estudos permanentes das maté-
rias relativas ao desenvolvimento doutrinário dos
graus intermediários.
Os Obreiros são obrigados a apresentação de
trabalhos sobre os graus intermediários, como tam-
bém dos graus de Iniciação.
Há a obrigatoriedade de avaliação do desen-
volvimento de cada Obreiro não se encaminhando
qualquer súplica de Iniciação antes de o Irmão pos-
suir bom conhecimento do que ensinam os Rituais,
instruções, etc., e outras modalidades de transmis-
são da Doutrina.

III - RECONHECIMENTO.

Os Graus Filosóficos concedido em outro Ri-


to, serão reconhecidos pelo Rito Brasileiro, como
afirmação da Fraternidade.
É da competência exclusiva do Soberano Su-
premo Conclave o reconhecimento de grau.
Esse reconhecimento deverá ser obedecida
algumas exigências:

 O Irmão deverá estar filiado em uma Loja


Simbólica do Rito Brasileiro, jurisdicionada
ao Grande Oriente do Brasil.
 Deverá fazer pedido de Filiação ao Corpo
Filosófico a que pertence o seu grau.
 Encaminhar junto ao pedido de Filiação, os
documentos comprovatorio de sua inicia-
ção no Grau do Rito de origem.

189
Todo o processo de Filiação será remetido
pela Delegacia Estadual do Rito Brasileiro ao Sobe-
rano Supremo Conclave, para a devida apreciação.
Em caso de aprovação da Filiação, o Irmão
passara antes pelas instruções dos Graus do Rito
Brasileiro, e depois será realizada sua Filiação, em
Sessão Ordinária.

A - ILUSTRES E RESPEITÁVEIS
OFICINAS INTEGRADAS DE
GRAUS SUPERIORES.

Em Localidades onde não houver número su-


ficiente de Maçons do Rito Brasileiro para organiza-
ção de Capitulo, Conselho de Kadosch ou Alto Colé-
gio podem ser criada Oficina Integrada de Graus
Superiores.
Para a formação de um Oficina Integrada de
Graus Superiores, é exigido no mínimo a subscrição
de 13 Maçons praticantes do Rito Brasileiro, portado-
res de Graus Filosóficos.
O Presidente será o Irmão que tenha o Grau
mais elevado, terá o tratamento de Valoroso Mestre.
O Presidente terá um mandato de dois anos,
com direito a reeleição.
A medida que for Iniciados Irmãos: no Grau
18, forma-se um Ilustre e Sublime Capitulo; no Grau
30 forma-se um Grande Conselho Kadosch Filosófi-
co e no Grau 32 um Colendo Alto Colégio.

190
B - ILUSTRES E SUBLIMES
CAPITULOS.

Este segundo seguimento da Estrutura Dou-


trinaria do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
e Aceitos, se divide em duas partes:

I - Graus de Mestria Superior.


II - De Cavaleiros.

Estuda-se neste seguimento: o aprimoramen-


to do caráter; os ideais maçônicos; as quinze Virtu-
des que formam o interior humano, isto é, a forma-
ção Moral do Maçom.

I - GRAUS DE MESTRIA SUPERIOR.

Dai-se o nome de Mestria Superior, uma vez


que ela completa os ensinamentos do Grau de Mes-
tre, segundo a visão do Rito Brasileiro.
Os Graus de Mestria Superior são chamados
de Graus de Mestres, mas sem mencionar a Lenda
de Hiran, que no Rito Brasileiro se encera no Grau 3,
os Graus são:

 Grau 4 - Mestre da Discrição.


 Grau 5 - Mestre da Lealdade.
 Grau 6 - Mestre da Franqueza.
 Grau 7 - Mestre da Verdade.
 Grau 8 - Mestre da Coragem.
 Grau 9 - Mestre da Justiça.
 Grau 10 - Mestre da Tolerância.
 Grau 11 - Mestre da Prudência.
 Grau 12 - Mestre da Temperança.
 Grau 13 - Mestre da Probidade.
191
 Grau 14 - Mestre da Perseverança.

Os Graus 4, 9 e 14 são Graus Iniciaticos, os


outros são Graus intermediários, que são ministra-
dos juntos com os graus 9 e 14.
Os interstícios para colar os graus Iniciaticos
são:

 Grau 3 para o grau 4, seis meses.


 Grau 4 para o grau 9, seis meses.
 Grau 9 para o grau 14, seis meses.
 interstício mínimo do grau 4 ao 14, é de 12
meses.

II - GRAUS DE CAVALARIA.

Nos Graus de Cavalaria estuda-se a Trilogia


Maçônica: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
Os Graus de Cavaleiros, que são:

 Grau 15 - Cavaleiro da Liberdade.


 Grau 16 - Cavaleiro da Igualdade.
 Grau 17 - Cavaleiro da Fraternidade.
 Grau 18 - Cavaleiro da Perfeição ou Rosa
 Cruz.

Todos os Graus são Iniciaticos.


Os interstícios para colar os graus são:

 Grau 14 para o grau 15, seis meses.


 Grau 15 para o grau 16, seis meses
 Grau 16 para o grau 17, seis meses.
 Grau 17 para o grau 18, seis meses.
O interstício mínimo do grau 14 ao 18, é de 24
meses, do grau 04 ao 18, é de 36 meses.

192
C - PODEROSOS GRANDES
CONSELHOS DE
KADOSCH FILOSÓFICOS.

Estuda-se neste seguimento da Estrutura


Doutrinaria do Rito Brasileiro, que é chamado de
Poderoso e Grande Conselho Kadosch Filosófico, o
aprimoramento Social e Cultural do Maçom, através
de ensinamentos da formação Social em que vive o
Maçom, isto é, entender a Sociedade, e assim dig-
namente servi-la e aprimorá-la.
Os Graus do Grande Conselho de Kadosch
Filosófico, são chamados de Missionários:

 Grau 19 - Missionário da Agricultura e


Pecuária.
 Grau 20 - Missionário da Industria e
Comercio.
 Grau 21 - Missionário do Trabalho.
 Grau 22 - Missionário da Economia.
 Grau 23 - Missionário da Educação.
 Grau 24 - Missionário da Organização
Social.
 Grau 25 - Missionário da Justiça Social.
 Grau 26 - Missionário da Paz.
 Grau 27 - Missionário da Arte.
 Grau 28 - Missionário da Ciência.
 Grau 29 - Missionário da Religião.
 Grau 30 - Missionário da Filosofia.
Os Graus 19, 22, 26, 29 e 30 são Graus Inici-
aticos, os outros são Graus intermediários, que são
ministrados junto com os Graus, 22, 26 e 29.
Os interstícios para colar os graus Iniciaticos
são:

193
 Grau 18 para o grau 19, seis meses.
 Grau 19 para o grau 22, seis meses.
 Grau 22 para o grau 26, seis meses.
 Grau 26 para o grau 29, seis meses.
 Grau 29 para o grau 30, seis meses.
 Interstício mínimo do grau 19 ao 30, é de
30 meses.
 Do grau 04 ao 30, é de 66 meses.

D - COLENDOS ALTOS COLÉGIOS.

O termo Colendo é o mesmo que Respeitável


ou Venerando.
Estuda-se neste seguimento da Estrutura
Doutrinaria do Rito Brasileiro: a Liberdade; a Autori-
dade; a Família; a Pátria; o Governo; a Opinião Pu-
blica; os Partidos Políticos; o Comportamento Cívico
positivo e negativo; a Dinâmica Nacional; o Principio
de que não há direitos contra a Nação.
Ë totalmente voltado para a formação Cívica
do Homem; o Homem como Cidadão.
Os Graus do Colendo Alto Colégio são cha-
mados de Guardião:

 Grau 31 - Guardião do Bem Publico.


 Grau 32 - Guardião do Civismo.

Todos os Graus são iniciaticos.


Os interstícios para colar os graus Iniciaticos
são:

 Grau 30 para o grau 31, seis meses


 Grau 31 para o 32, doze meses.

194
E - SOBERANO SUPREMO
CONCLAVE.

O Sumo Grau 33, de Servidores da Ordem da


Pátria e da Humanidade, é o mais alto Grau da Es-
trutura Doutrinaria do Rito Brasileiro, é de inteira
responsabilidade do Soberano Supremo Conclave,
consolida-se a formação dos Graus anteriores, atra-
vés da síntese do Humanismo.
A investidura no Sumo Grau 33 é de compe-
tência exclusiva do Soberano Grande Primaz que,
em Ato Especial e em virtude de impedimento abso-
luto, pode designar Representante para desincum-
bir-se da honrosa tarefa de consagrar Servidor da
Ordem, da Pátria e da Humanidade.
O interstício mínimo do grau 32 ao 33, é de 12
meses, e do grau 4 ao 33, é de 8 anos.
A organização funcional do Soberano Supre-
mo Conclave do Rito Brasileiro para o Brasil, esta
contido no próximo capitulo: "Estrutura Administrati-
va".

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA.

A Estrutura Administrativa do Rito Brasileiro


de Maçons Antigos Livres e Aceitos divide-se em
duas partes:

 Altos Corpos.
 Soberano Supremo Conclave.

195
ALTOS CORPOS.

Os Altos Corpos do Rito Brasileiro de Maçons


Antigos, Livres e Aceitos, são Associações Civis sem
fins lucrativos, dotados ou não de personalidade ju-
rídica própria, regidas por estatutos elaborados em
conformidade com a Constituição e Regulamento do
Rito Brasileiro.
Para a formação de um Alto Corpo, há a ne-
cessidade de uma petição ao Soberano Grande Pri-
mas, subscritas no mínimo por treze Maçons do Rito
Brasileiro, os signatários devem ser:

 Para a formação de um Colendo Alto Co-


légio, Irmãos portadores do Grau 32 ou
superior.
 Para formação de um Grande Conselho
Kadosch Filosófico, Irmãos portadores do
Grau 30 ou superior.
 Para formação de um Ilustre e Sublime
Capitulo, Irmãos portadores do Grau 18 ou
superior.
 Para formação de Ilustre e Respeitável
Oficina Integrada de Graus Superiores, Ir-
mãos portadores do Grau 4 ao 33.

Após o deferimento da petição instala-se um


Alto Corpo mediante Sessão de Regularização pre-
sidida pelo Soberano Grande Primaz ou comissão
para tal fim especialmente constituída por Ato do
Grande Primaz.
Cada Alto Corpo do Rito Brasileiro é Adminis-
trado por um Diretoria composta de quatorze mem-
bros a saber:
Dignidades:

196
01 - Presidente.
02 - Primeiro Grande Vigilante.
03 - Segundo Grande Vigilante.
04 - Grande Orador.
05 - Grande Secretario.

Oficiais:

06 - Grande Tesoureiro.
07 - Grande Chanceler.
08 - Grande Hospitaleiro.
09 - Grande Mestre de Cerimônias.
10 - Grande Experto.
11 - Grande Porta Bandeira.
12 - Grande Porta Estandarte.
13 - Grande Mestre de Harmonia.
14 - Grande Guarda do Templo.

Um Alto Corpo somente realizará uma Ses-


são, quer seja Ordinária ou Magna, com um quorum
mínimo de 7 (sete) Irmãos que são:

1 - Presidente.
2 - Primeiro Grande Vigilante.
3 - Segundo Grande Vigilante.
4 - Grande Orador.
5 - Grande Secretario.
6 - Grande Mestre de Cerimônias.
7 - Grande Guarda do Templo.

Os outros cargos serão acumulados, até


completar 14 (quatorze), que serão ocupados pelos
seguintes Irmãos:

 Grande Orador: será também Grande Te-


soureiro e Grande Hospitaleiro.

197
 Grande Secretario: será também Grande
Chanceler.
 Grande Mestre de Cerimônias: será tam-
bém Grande Experto, Grande Porta Es-
tandarte, Grande Porta Bandeira e Grande
Mestre de Harmonia.

Para assessoramento da Diretoria da Oficina


Litúrgica, haverá três Comissões composta de três
Irmãos cada, que serão:

1 - Comissão de Assuntos Gerais.


2 - Comissão de Finanças.
3 - Comissão de Graus.

As Diretorias terão direito a uma reeleição, e


os mandatos são:

 Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas


de Graus Superiores, e Ilustre e Sublimes
Capítulos: dois anos.
 Grandes Conselhos Kadosch: três anos.
 Colendos Altos Colégios: quatro anos.

Os Presidentes dos Altos Corpos, obrigatori-


amente, devem possuir:

 Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas


de Graus Superiores, será o Irmão portador
do grau mais elevado.
 Ilustres e Sublimes Capítulos, será o Irmão
portador do grau 18 ou superior.
 Grandes Conselhos Kadosch, será o Irmão
portador do grau 30 ou superior.
 Colendos Altos Colégios, será o Irmão por-
tador do grau 32 ou 33.

198
As reuniões dos Altos Corpos serão:

 Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas


de Graus Superiores, e Ilustre e Sublimes
Capítulos: Mensais.
 Grandes Conselhos Kadosch: Bimensais.
 Colendos Altos Colégios: Trimestrais.

Os Presidentes e Membros dos Altos Corpos,


terão os seguintes Tratamentos:

Presidentes:

 Valoroso Mestre, para as Ilustres e Res-


peitáveis Oficinas Integradas de Graus
Superiores.
 Aterzata ou Intemerato Cavaleiro, para os
Ilustres e Sublimes Capítulos.
 Grande Prior ou duas vezes Ilustre, para
os Grandes Conselhos Kadosch Filosófi-
cos.
 Egrégio Mestre ou três vezes Ilustre, para
os Colendos Altos Colégios.
 Soberano Grande Primaz, para o Sobera-
no Supremo Conclave.

Membros:

 Ilustre Irmão, para os Irmãos portadores


dos Graus 4 ao 18.
 Poderoso Irmão, para os Irmãos portado-
res dos Graus 19 ao 30.
 Preclaro Irmão, para os Irmãos portadores
dos Graus 31 e 32.

199
 Eminente Irmão, para os Membros Eméri-
tos, Delegados do Grande Primaz e a Ex-
tranumerários do Supremo Conclave.
 Sereníssimo Irmão, para os Membros Efe-
tivos do Supremo Conclave.

As Administração dos Graus são das respon-


sabilidades:

 Ilustre e Sublime Capitulo, Administra os


Irmãos portadores dos Graus 4 ao 18.
 Grande Conselho Kadosch Filosófico, Ad-
ministra os portadores dos Graus 19 ao
30.
 Colendo Alto Colégio, administra os Ir-
mãos portadores dos Graus 31 e 32.
 Soberano Supremo Conclave, administra
os Irmãos portadores do Sumo Grau 33.

SOBERANO SUPREMO CONCLA-


VE.

O Soberano Supremo Conclave é o mais alto


poder regulador do Rito Brasileiro no Brasil, é com-
posto de 33 Servidores da Ordem, da Pátria e da
Humanidade, a Presidência é ocupada pelo Sobera-
no Grande Primaz, ou demais membros efetivos em
numero de 32, recebem o titulo de Sereníssimos
Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade.
Os Irmãos do grau 33, que não integram o
quadro de efetivos, são membros Extranumerários, e
recebem o titulo de Eminente Servidor da Ordem, da
Pátria e da Humanidade, são em números ilimitados.

200
O Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro, fundado em 25 de Abril de 1968, com se-
de e foro na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio
de Janeiro, constitui-se como Oficina Chefe do Rito
Brasileiro, e é uma Potência Soberana, Legitima e
Legal com dupla jurisdição sobre o Rito Brasileiro -
Litúrgica e Disciplinar.
O Supremo Conclave do Brasil é presidido por
um Grande Primaz, que o representa ativa e passi-
vamente em Juízo ou fora dele, e sua diretoria de-
nomina-se Magna Reitoria, o substituto do Soberano
Grande Primaz em seus impedimentos, é o Grande
Regente, a quem cabe representar o Soberano
Grande Primaz nas Oficinas da Jurisdição.
O Supremo Conclave reúne-se obrigatoria-
mente, com poderes gerais, soberanos e irrecorri-
veis, nas seguintes datas:

 25 de Abril, data da fundação do Soberano


Supremo Conclave, e a data da fundação
da primeira Loja Simbólica do Rito, ocorri-
do em 1968.
 27 de Julho, data da ratificação do Tratado
de Amizade e Aliança Maçônica com o
Grande Oriente do Brasil, em 1968.
 23 de Dezembro, data da fundação do Rito
Brasileiro, em 1914.

O Soberano Supremo Conclave como Oficina


Chefe do Rito Brasileiro, possui uma Estrutura Ad-
ministrativa funcional, pratica e atuante, com pode-
res Legislativo, Executivo e Judiciário na forma de
três câmaras:

A - Plenário.
B - Magna Reitoria.

201
C - Cúria Osiriana.

Para assessoramento o Supremo Conclave


tem os seguintes órgãos:

D - Superior Conselho de Cultura.


E - Grande Procuradoria.
F - Grande Consultoria.
G - Comissões.
H - Delegacias Litúrgicas.
I - O Semeador.
A - PLENÁRIO.

Funciona como Poder Legislativo do Sobera-


no Supremo Conclave, é composto por 33 Irmãos,
todos colados no Sumo Grau 33 do Rito Brasileiro.
Esse Poder são compostos pelos Irmãos Efe-
tivos, que recebem o tratamento de Sereníssimos
Irmãos, tem o direito de voto e de serem votados.
Podem participar do Plenário os Eminentes
Irmãos Eméritos e Extranumerários, mas não terão
direito a votos e nem serem votados.
Quem preside o Plenário é o Soberano Gran-
de Primaz do Rito Brasileiro.

B - MAGNA REITORIA.

A parte Administrativa do Rito Brasileiro de


Maçons Antigos, Livres e Aceitos, é o Poder Execu-
tivo do Rito Brasileiro, sua funcionalidade é executa-
da pela Magna Reitoria, que é o mais alto corpo Ad-
ministrativo do Supremo Conclave, e quem cabe:
planejar, decidir e executar as normas que regem

202
seu funcionamento sobre matérias: jurídicas, finan-
ceiras e administrativas de um modo geral.
A Magna Reitoria se reúne ordinariamente:

 Nos Solsticios (24 de junho e 27 de De-


zembro).
 Nos Equinócios (2l de Março e 23 de Se-
tembro).
 Extraordinariamente quando se fizer ne-
cessário.
A Magna Reitoria é dirigida pelo Soberano
Grande Primaz e auxiliado por 11 (onze) membros
efetivos, e sua composição reproduz em quase sua
totalidade, aos cargos de qualquer Oficina de Traba-
lho:

01 - Soberano Grande Primaz.


02 - Grande Regente.
03 - Grande Orador.
04 - Grande Secretario.
05 - Grande Tesoureiro.
06 - Grande Chanceler.
07 - Grande Hospitaleiro.
08 - Grande Mestre de Cerimônias.
09 - Grande Porta Bandeira.
10 - Grande Porta Estandarte.
11 - Grande Guarda do Templo.

C - CÚRIA OSIRIANA.

É o poder Judiciário do Soberano Supremo


Conclave, é composto de 3 (três) membros de livre
escolha e nomeação do Soberano Grande Primaz, e
tem um mandado de dois anos.

203
O membro da Cúria Osiriana não pode acu-
mular função ou cargo na Magna Reitoria.
Tem sede no Supremo Conclave e tem juris-
dição em todo o território nacional.
Compete a Cúria Osiriana:

 Julgar qualquer Maçom do grau 33 do Rito


Brasileiro, por delitos maçônicos, garantin-
do ampla defesa ao acusado, com exce-
ção dos Membros Efetivos do Supremo
Conclave, que são julgados exclusivamen-
te pelo Plenário, em Sessão Secreta, ex-
clusiva a seus integrantes, sob pena de
nulidade, são admitidas as presenças das
partes e de seus defensores; os efeitos
correm no estrito segredo de Justiça ma-
çônico.
 Julgar, em grau de recurso, qualquer
Membro das Oficinas Litúrgicas subordi-
nadas ao Supremo Conclave.

Eventuais lacunas das normas legais do Rito


serão supridas por decisões ou jurisprudência da
Cúria Osiriana, fundamentadas na analogia com a lei
maçônica ou civil, nos costumes maçônicos e nos
princípios gerais da Franco Maçonaria.
Os assuntos apreciados pela Cúria Osiriana
origina-se por determinação do Soberano Grande
Primaz, por meio de processo instruído pelo Grande
Orador do Supremo Conclave; em prancha do Presi-
dente de cada Oficina Litúrgica subordinada, acom-
panhada de petição circunstanciada e de copia dos
autos da decisão recorrida.
É absolutamente interdito, fora do âmbito da
Cúria e de seu lugar de reunião, qualquer comentá-

204
rio ou discussão de qualquer assunto sob seus cui-
dados.
Os Membros da Cúria Osiriana gozam das
imunidades próprias da função judiciaria e o exercí-
cio da função.
O terno Osiriana, vem de Osíres deus da Mi-
tologia Egípcia, que julgava após a morte do ho-
mem, o que ele fez de Bem e o que fez de Mal, e
Cúria vem de Tribunal (julgamento).
No grau 31 do Rito Brasileiro, Guardião do
Bem Publico, é ministrado ensinamentos sobre o
Tribunal de Osíris.

D - SUPERIOR CONSELHO DE
CULTURA.

O Superior Conselho de Cultura é composto


de sete membros efetivos Servidores da Ordem, da
Pátria e da Humanidade, nomeados pelo Soberano
Grande Primaz, e são Irmãos altamente qualificados
e conhecedores do Rito Brasileiro, e quem preside o
Superior Conselho, é o Grande Instrutor do Rito.
As funções do Superior Conselho de Cultura
são:

 Assessorar o Soberano Grande Primaz em


questões de ensino e cultura universal.
 Editar livros sobre Maçonaria, que versam
sobre historia, doutrina, filosofia, etc., do
Rito Brasileiro.
 Atender e responder às consultas dos ir-
mãos, Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgi-
cas sobre matéria maçônica, exceto de na-
tureza administrativa.

205
 Organizar seminários, encontros, congres-
sos e promoções culturais do Rito Brasilei-
ro.
 Dirimir dúvidas, interpretações, lacunas e
omissões, as vezes encontradas nos ritu-
ais do Simbolismo e das Oficinas Litúrgi-
cas do Rito Brasileiro.
 Produzir o material necessário a publica-
ção regular dos Documentos do Rito, dan-
do continuidade á coleção encetada por
Álvaro Palmeira.

E - GRANDE PROCURADORIA.

É um órgão de Assessoria do Soberano Su-


premo Conclave, essa função é exercido pelo Gran-
de Procurador do Rito.
A escolha e nomeação do irmão para exercer
esse cargo, é de livre escolha do Soberano Grande
Primaz, a função do Grande Procurador é de advo-
cacia externa.

F - GRANDE CONSULTORIA.

É um órgão de Assessoria do Soberano Su-


premo Conclave, essa função é exercido pelo Gran-
de Consultor do Rito.
A escolha e nomeação do irmão para exercer
esse cargo, é de livre escolha do Soberano Grande
Primaz, sua função é de consultoria geral.

206
G - COMISSÕES.

O Soberano Supremo Conclave dispõe de


cinco Comissões, que funcionam como órgãos de
apoio e assessoramento, cada uma dentro de sua
área especifica, que são:

 De Graus.
 De Finanças.
 De Relações Publicas e Maçônicas.
 De Liturgia e Ritualística.
 De Jurisprudência e Legislação.

As escolhas e nomeações dos irmãos para


exercerem cargos nessas Comissões, são de livre
escolhas e nomeações do Soberano Grande Primaz.
Cada Comissão são composta de três irmãos
escolhidos e nomeados pelo Soberano Grande Pri-
maz, dentre os Membros Efetivos do Supremo Con-
clave.

H - DELEGACIAS LITÚRGICAS.

Em cada Estado da Federação, quando há


Oficinas Litúrgicas, terá uma Delegacia Litúrgica,
que é a representante Legal e Legitima da Oficina
Chefe do Rito em seu Estado.
Para exercer o cargo de Delegado Litúrgico
do Rito Brasileiro, o Irmão deve ter colado o Sumo
Grau 33 do Rito Brasileiro.
O Delegado Litúrgico é nomeado pelo Sobe-
rano Grande Primaz, para um período de três anos,
vencido esse período, poderá novamente ser nome-

207
ado para mais um (ou mais) período, se assim dese-
jar a comunidade Estadual do Rito.
Os Delegados Litúrgicos atuam como elo de
ligação entre o Soberano Supremo Conclave e as
Oficinas Litúrgicas dos Estados, Lojas Simbólicas do
Rito Brasileiro e Autoridades Maçônicas.
Quando necessário, o Soberano Grande Pri-
maz do Rito, poderá nomear Delegados Litúrgicos
Adjuntos, preferencialmente indicados pelo titulares.
O Delegado Litúrgico é o representa legal e
legitimo do Soberano Supremo Conclave em seu Es-
tado, e o representara junto aos poderes Maçônicos,
Lojas Simbólicas, Oficinas Litúrgicas ou outras atri-
buições que forem especificadas pelo Soberano Su-
premo Conclave.
Poderá ainda a Delegacia Estadual, ter em
sua Estrutura Administrativa:

 Secretario.
 Tesoureiro.
 Comissão de Graus.
 Conselho de Cultura.

I - O SEMEADOR.

É o principal veiculo de divulgação do Sobe-


rano Supremo Conclave, publicado regularmente, e
também é o veiculo de comunicação dos membros
do Superior Conselho de Cultura do Rito Brasileiro.
O Rito Brasileiro tem como preceito regula-
mentar a promoções de cursos de estudos maçôni-
cos, como forma de divulgar e expandir a doutrina do
Rito, e o principal articulador desse preceito e ex-

208
pansão dessa mentalidade, é realizado através de
"O Semeador", e pelo Superior Conselho de Cultura.

HISTORIA DO RITO.

Com relação a Historia do Rito Brasileiro de


Mações Antigos Libres e Aceitos dividiremos em seis
partes:

A - O APELO DE UM SÉCULO.
B - CONSTITUIÇÃO DA MAÇONARIA DO
ESPECIAL RITO BRASILEIRO.
C - FUNDAÇÃO DO RITO BRASILEIRO.
D - MOVIMENTO DE 1921.
E - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
BRASILEIRO 1940/44.
F - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
BRASILEIRO 1968.

A - O APELO DE UM SÉCULO.

Transcrevo abaixo texto publicado no Docu-


mento do Rito Brasileiro n.º 29, sobre o primeiro mo-
vimento maçônico para a formação de um Rito Naci-
onal, escrito pelo Irmão Álvaro Palmeira:

 "Em 1864 foi publicado em Paris - França,


"Biblioteca Maçônica ou Instrução Comple-
ta do Franco Maçom", de autoria do Irmão
Miguel Antônio Dias, de origem portugue-
sa, que modestamente se disse "um cava-
leiro Rosa Cruz". Era aliás, usual, entre os
209
grandes autores maçônicos essa modés-
tia".
 "A "Biblioteca Maçônica ou Instrução
Completa do Franco Maçom" é uma obra
clássica, completa, em 2 volumes e 6 to-
mos, citada como consulta por todos quan-
tos se ocupam de Maçonaria".
 "Nessa obra são considerados os Ritos,
então existentes em 1864. O autor inicia o
seu estudo pelo Rito Francês, parecendo
ter-lhe simpatia, mas esclarece, no prólo-
go, em sua parte final, o seu pensamento,
com o seguinte apelo, que fez: ". Prólogo:
 "Não foi pretensão nossa inculcarmos an-
tes o Rito Maçônico Francês do que outro
qualquer, mas bem pelo contrário nós so-
licitamos aos OO Lusitano e Brasileiro a
fazer um RITO novo e independente que,
tendo por base os Graus Simbólicos e
comuns a todos os Ritos, tenha contudo
os altos Graus Misteriosos diferentes e
nacionais".
 "Convimos em que semelhante reforma, é
contraria ao cosmopolitismo e à tolerância
maçônica, mas também é verdade que,
enquanto os Maçons forem bons patriotas
e os povos fisicamente desiguais, a con-
servação de um Rito universal parece-nos
quase impossível: talvez que um tão gi-
gantesco projeto só poderá ter realidade
no vigésimo século".

Assim termina o prólogo.


Os grifos são do próprio autor.
Era a antevisão do futuro, só no século XX,
realmente o apelo se tornou realidade.

210
O autor, clássico em Maçonaria, quando se
referiu aos Altos Graus "diferentes e nacionais", não
estava, evidentemente, pretendendo criar uma Ma-
çonaria nacional, o que seria uma negação da Or-
dem Universal, tanto que encareceu fossem os
Graus Simbólicos do novo Rito "comum a todos os
Ritos". E é nesse ponto precisamente que se res-
guarda a unidade doutrinaria da Ordem.
O autor entendeu, pois, corretamente, que se
devia manter fidelidade à universal Tradição maçôni-
ca do Simbolismo, mas os Altos Graus serem formu-
lados sob a influência do meio histórico e geográfico
da Pátria em que se vive, sob a sua índole, inspira-
ção e pendores.
É esse, sem dúvida, o ideal em Maçonaria: a
diversidade dentro da unidade, atendendo-se ao gê-
nio de cada Raça, porque a Maçonaria não é desna-
cionalizante.
Agora, perguntamos nós: não veio o Rito Bra-
sileiro realmente sancionar esse apelo do consagra-
do autor da "Biblioteca Maçônica ou Instrução Com-
pleta do Franco Maçom" ? Decerto que sim.

B - CONSTITUIÇÃO DA MAÇONARIA
DO ESPECIAL RITO BRASILEIRO.

Foi encontrada na Biblioteca Nacional do Rio


de Janeiro, entre os documentos deixados pelo Im-
perador do Brasil, D. Pedro II, em dois volumes, a
Constituição da Maçonaria do Especial Rito Brasilei-
ro.
Esse movimento foi realizado e idealizado por
um comerciante de nome José Firmo Xavier, no ori-
ente de Recife estado de Pernambuco.

211
O quadro de sócios desse movimento consta-
va de 838 membros, se considerarmos hoje, esse
numero de sócios não é grande coisa, mais para a
época, esse movimento deve grande repercussão.
Essa Constituição condecorou o seu fundador
José Firmo Xavier, de Chefe Propagador "ad vitam",
e dedicava a sua constituição ao Imperador Dom
Pedro II e ao Papa da Igreja Católica.
Para alguns autores esse Movimento foi for-
mado para angariar fundos financeiros para a liber-
tação de Escravos, não se tem noticias que este
Movimento conseguiu seu entento.
Se entendermos que esse movimento foi Ma-
çônico, pode-se afirmar que foi o primeiro movimento
Brasileiro para a formação de um agrupamento de
maçons em um Rito Brasileiro.

C - FUNDAÇÃO DO RITO
BRASILEIRO.

O Rito Brasileiro foi fundado em 1914 por ini-


ciativa do Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil Soberano Irmão Lauro Nina Sodré e Silva,
quando assinou o Decreto n.º 500 em 23 de Dezem-
bro, consolidando-o como Rito Regular, Legal e Le-
gitimo.
Outro Decreto, o de n.º 536, apresentou á As-
sembléia Geral, em Sessão de 16 de Outubro de
1916, a Constituição do Rito, que foi apreciada com
citações de louvor pelo Orador Eugênio Lapa Pinto,
quando foi Reconhecido, Consagrado e Autorizado.
O Decreto n.º 554, de 13 de Junho de 1917,
foi Adotado e incorporada ao Patrimônio do Grande
Oriente do Brasil a Primeira Constituição do Rito

212
Brasileiro, contendo sua Declaração de Princípios,
Estatutos, Regulamento, Rituais e Institutos, foram
editado pelo Grão Mestre Geral do Grande Oriente
do Brasil, em exercício, o Irmão Veríssimo José da
Costa.
Apesar de todo empenho do Grande Oriente
do Brasil, o Rito Brasileiro não prosperou por falta de
uma Oficina Chefe, e também por falta de Lojas
Simbólicas.
Embora consta-se que haviam editados Ritu-
ais do Rito Brasileiro, na verdade esses Rituais não
foram editados pelo Grande Oriente do Brasil.
Também fala da edição da Constituição do Ri-
to Brasileiro, mais não se tem hoje nenhuma copia
dessa Constituição.

D - MOVIMENTO DE 1921.

Em 1921, o Grande Oriente de São Paulo, se


desliga do Grande Oriente do Brasil, se tornando
uma Potência Independente, isso ocorreu por diver-
gências políticas entre o Grande Oriente do Brasil e
o Grande Oriente de São Paulo.
E neste mesmo ano de 1921, tentaram im-
plantar o Rito Brasileiro, editando Rituais nos três
Graus Simbólicos, haja visto que quando da funda-
ção do Rito Brasileiro, esses Rituais não foram edi-
tados pelo Grande Oriente do Brasil.
Na realidade esses Rituais eram copias quase
que fieis do Rito de York, praticamente colocarão
apenas as capas, uma vez que os Rituais do Rito de
York, um ano antes em 1920, foi traduzido do Inglês
para o Português, e editados pelo Grande Oriente do
Brasil.

213
Com os Rituais prontos, a Loja Campos Sales
do Oriente de São Paulo, recém fundada, passa a
trabalhar no Sistema do Rito Brasileiro, tornando-se
assim a primeira Loja Simbólica no Brasil a trabalhar
no Rito Brasileiro.
Mas a Loja Campos Sales trabalhou por pou-
co tempo no Rito Brasileiro, pois a real intenção des-
sa Loja, era trabalhar no Rito de York, e quando re-
cebeu autorização para trabalhar neste Rito, aban-
donou o Rito Brasileiro, e assim o Rito Brasileiro
adormece novamente.
Outra tentativa deu-se novamente no oriente
de São Paulo, em 1928, quando a Loja Ipiranga, ten-
tou trabalhar no Rito Brasileiro, e também não teve
vida longa.

E - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
BRASILEIRO 1940/44.

Em 1940 o Irmão Álvaro Palmeira propõe ao


Grão Mestre Geral em exercício do Grande Oriente
do Brasil Irmão Joaquim Rodrigues Neves, que se
forma-se uma Comissão para a restruturação do Rito
Brasileiro, que estava adormecido desde os anos 20.
E em 03 de Agosto de 1940, o Grão Mestre
Joaquim Rodrigues Neves, edita o Ato n.º 1617, no-
meando uma Comissão de sete irmãos, para rees-
truturar o Rito Brasileiro.
Em 06 de Fevereiro de 1941, é editado outro
Ato o de n.º 1636, nomeando uma Comissão para a
formação da Oficina Chefe do Rito, fazem parte des-
sas Comissão Irmãos remanescentes da fundação
do Rito em 1914, mais os Irmãos Álvaro Palmeira e
Otaviano de Menezes Bastos.

214
Em 19 de Abril de 1941, é aprovado a publi-
cada a Constituição do Rito Brasileiro, devidamente
aprovada pelo Conselho Geral do Grande Oriente do
Brasil.
O Rito Brasileiro ficou Estruturado da seguinte
maneira:

 Grau 1 Aprendiz.
 Grau 2 Companheiro.
 Grau 3 Mestre.
 Grau 4 Cavaleiro do Rito.
 Grau 5 Paladino do Dever.
 Grau 6 Apostolo do Templo.
 Grau 7 Defensor do Bem Publico.
 Grau 8 Servidor da Ordem e da Pátria.

A Oficina Chefe do Rito passou a se chamar


Soberano Supremo Conclave do Rito Brasileiro, e foi
eleito para dirigir o Rito o Irmão Otaviano de Mene-
zes Bastos, que passou a ter o titulo de Soberano
Grande Principal (hoje, Soberano Grande Primaz) e
o irmão Álvaro Palmeira de Grande Propagador (ho-
je, Grande Regente).
Neste período as Lojas Simbólicas que traba-
lharam no Rito Brasileiro foram:

 Loja Brasil do oriente de São Paulo - SP.


 Loja General Moreira Guimarães do orien-
te de Porto Alegre - RS.
 Loja José Garibaldi do oriente de Nova Li-
ma MG.
 Loja Duque de Caxias do oriente da Gua-
nabara, hoje estado do Rio de Janeiro -
RJ.
 Loja Pinheiro Machado do oriente de Belo
Horizonte - MG.
215
 Loja Gonçalves Ledo do oriente de Belo
Horizonte - MG.

Devido a desavenças surgidas envolvendo os


Irmãos Otaviano de Menezes Bastos e Álvaro Pal-
meira, com o Grão Mestre Geral do Grande Oriente
do Brasil Irmão Joaquim Rodrigues Neves, o que re-
sultou em 1944, na saída do Grande Oriente do Bra-
sil, dos irmãos Álvaro Palmeira e Otaviano de Mene-
zes Bastos, e o Rito adormeceu neste mesmo ano
de 1944.
As Lojas Simbólicos foram abandonando o Ri-
to, até que em 1946, não havia nenhuma Loja Sim-
bólica trabalhando no Rito Brasileiro, sendo a ultima
a sair do Rito foi a Loja Brasil em 1946.
Em 31 de Maio de 1956 é fundada a Loja
Simbólica Renovação, e passa a trabalhar no Rito
Brasileiro.
A Loja Simbólica Fraternidade e Progresso III
do oriente de Petrópolis estado do Rio de Janeiro, é
fundada no Rito Brasileiro, em 23 de Janeiro de
1957, e trabalha no Rito até o ano de 1965, quando
adormece, e junto com ela novamente o Rito Brasi-
leiro.
Em 14 de Julho de 1961 é fundada a Loja
Simbólica 14 de Julho V, no oriente de Belo Horizon-
te - MG.
Em 26 de Fevereiro de 1962 é fundada a Loja
Simbólica Alvorada do oriente de São Paulo.
Em 1963 o irmão Álvaro Palmeira é eleito e
empossado Grão Mestre Geral do Grande Oriente
do Brasil, neste ano havia três Lojas Simbólicas tra-
balhando no Rito Brasileiro: Fraternidade e Progres-
so III; Loja 14 de Julho e Loja Alvorada.

216
No final de sua gestão no Grande Oriente do
Brasil o irmão Álvaro Palmeira, reimplanta o Rito
Brasileiro.

F - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
BRASILEIRO 1968.

A implantação definitiva e vitoriosa do Rito


Brasileiro, só ocorreu em 1968, quando o Irmão Ál-
varo Palmeira, então Grão Mestre Geral do Grande
Oriente do Brasil, editou o Decreto n.º 2080, em 19
de Março daquele ano.
Através desse decreto foi nomeado uma co-
missão de 15 membros, com amplos poderes de re-
visão e reestruturação do que fora feito até ali, a fim
de pôr o Rito "rigorosamente de acordo às exigên-
cias maçônicas da Regularidade Internacional de Ri-
to", conferindo-lhe "âmbito universal, e separando o
Simbolismo do Filosófico e constituindo-o em real
veículo da Renovação da Ordem, conciliando a Tra-
dição com a Evolução".
Até esta data de 19 de Março de 1968, não
havia no Brasil, nenhuma Loja Simbólica trabalhan-
do no Rito Brasileiro, a ultima Loja que trabalhou no
Rito foi a Loja Fraternidade e Progresso III do oriente
de Petrópolis-RJ, que abateu coluna em 1965.
Alem de não haver nenhuma Loja Simbólica,
o Rito Brasileiro estava com sua Oficina Chefe, o
Soberano Supremo Conclave, adormecida desde o
ano de 1944.

DECRETO N.º 2080, DE 19 DE MAR-


ÇO DE 1968, E.'. V.'..

217
RENOVA EM SEUS SUPERIORES OBJETIVOS O
ATO N.º 1617 DE 3 DE AGOSTO DE 1940 E V,
COMO O MARCO INICIAL DA EFETIVA IMPLAN-
TAÇÃO DO RITO BRASILEIRO.

O professor Álvaro Palmeira, Grão Mestre Geral


do Grande Oriente do Brasil, na forma do artigo
71, da Constituição:

A GÊNESE DO RITO BRASILEIRO.

 1 - Considerando que o Grande Oriente do Brasil


é hoje, pelo numero de suas Lojas, a maior Po-
tência Maçônica da latinidade e a terceira em to-
do o mundo.

 2 - Considerando que o Rito Brasileiro foi reco-


nhecido pelo Grande Oriente do Brasil e incorpo-
rado (Decreto n.º 500, de 23 de Dezembro de
1914), reconhecido, consagrado e autorizado
(Decreto n.º 536, de 17 de Outubro de 1916, de
conformidade com a resolução da Soberana As-
sembléia) e adotada e incorporada sua Constitui-
ção (Decreto n.º 554, de 13 de Julho de 1917, o
que este decreto constituía, já então, uma clara
afirmação de maioridade maçônica).

 3 - Considerando que houve duas tentativas para


a implantação efetiva do Rito, uma em 1921 em
São Paulo e outra em 1940 na Guanabara, publi-
cando-se na oportunidade alguns Rituais e fun-
dando-se algumas Lojas.

 4 - Considerando que à revelia nesses movimen-


tos, um tanto ou quanto obstaculizados, surgiram
em épocas diferentes, em diversos Orientes, Lo-

218
jas do Rito Brasileiro, e ultimamente várias ou-
tras, mas fracassaram, pela falta de Rituais com-
pletos e ausência de governo no Filosofismo do
Rito.

 5 - Considerando que em 1940 foi baixado pelo


Grão Mestrado Geral um Ato, o de numero 1617,
de 3 de Agosto, nomeando 7 irmãos para consti-
tuírem o núcleo do Corpo máximo do Rito Brasi-
leiro (Supremo Conclave) e em 1941 outro Ato, o
de numero 1636, de 6 de Fevereiro, designando
a Comissão encarregada de regularizá-lo.

 6 - Considerando que depois de 1940 vários ir-


mãos de relevo foram agraciados com os mais al-
to título do Rito, mas o Supremo Conclave, logo
adiante, adormeceu, por motivos vários.

 7 - Considerando que recentemente foram regu-


larizadas no Rito Brasileiro: em 1956 a Augusta
Loja Renovação, no Poder Central; em 1957 a
Augusta Loja Fraternidade e Progresso III, ao
Oriente de Petrópolis e nesse mesmo ano a Au-
gusta Loja Alvorada, ao Oriente de São Paulo,
compelidas depois a mudarem de Rito, assim
como a Augusta Loja Quatorze de Julho V, ao
Oriente de Belo Horizonte, que não se pôde ins-
talar no Rito, pelos motivos já referidos.

 8 - Considerando que o vigente Regulamento Ge-


ral da Ordem refere-se em seu artigo 24 ao Rito
Brasileiro (Regulamento Geral, ed. de 1958).

A INEVITÁVEL POSIÇÃO DA
MAÇONARIA UNIVERSAL.

219
 9 - Considerando que o Rito Brasileiro, por seu
conteúdo, é hoje mais do que ontem, uma neces-
sidade da Ordem Universal, integrando na Maço-
naria contemplativa a Maçonaria Militante, isto é,
harmonizando o estrutural com o temporal.

 10 - Considerando que em um inquérito recente,


realizado nos Estados Unidos da América (sem
dúvida um dos sustentáculos da Tradição) entre
1500 maçons da maior evidência, 74% responde-
ram afirmativamente à necessidade de uma re-
formulação da Maçonaria, para que ela possa
responder às exigências da época em que vive
(vide "Boletim do Grande Oriente do Brasil mês
de maço/abril de 1961, reproduzindo a revista Die
Bruderschaft, de maio de 1960).

 11 - Considerando que qualquer inovação no


comportamento do trabalho maçônico não pode,
porém, jamais horizontalizar o peculiar e alto con-
teúdo doutrinário da Instituição.

 12 - Considerando que a Maçonaria, sem perder


esse caráter principal, intrínseco e característico
de Instituição Iniciatica de formação moral e filo-
sófica, deve entretanto estar presente ao estudo
dos problemas da civilização contemporânea e
neles intervir superlativamente, para que a Hu-
manidade possa encaminhar-se, sobre o suporte
da Fraternidade, a um mundo de Justiça, Liber-
dade e Paz, porque não há antagonismo entre a
Verdade e a Vida.

 13 - Considerando que no Rito Brasileiro todos


esses problemas podem fraternalmente ser deba-
tidos, tendo em vista que um dos fins do Rito é a

220
formação da cultura político social dos Obreiros,
paralela à indispensável cultura doutrinário ma-
çônica, para que os Maçons possam sentir, cap-
tar e dirigir o espirito de cada século.

 14 - Considerando que a falta de objetivos públi-


cos tem concorrido para a formação de organiza-
ções paramaçônicas profanas, como o Rotary;
Lion's etc., onde os maçons aplicam o inato pen-
dor de bem fazer, mas desvinculados do suporte
da Tradição, o que impede rendimento maios e
melhor.

 15 - Considerando que a Igreja Católica nos


apresenta, hoje, um exemplo marcante de que é
possível a uma Instituição milenária atender à
contingência do momento que passa, sem perder
a imanência das fontes primevas da Doutrina.

 16 - Considerando que a Tradição não significa a


abstenção, nem exige o imobilismo; que em 1717
se inaugurou a fase atual da Maçonaria, e assim
essa fase já tem dois séculos e meio; que sem
renovação não há vida e o que se faz necessário
é desenvolver dinâmica: "o que importa é partir e
não ter chegado".

 17 - Considerando que na realidade "o Maçom


vive com o seu século, constrói para o seu século
e se ele não deve perder jamais de vista os Prin-
cípios Fundamentais, que são a razão de ser da
Ordem, ele sabe contudo que a aplicação desses
Princípios à realidade varia com o contexto histó-
rico da época, e que os tempos novos exigem ati-
tudes novas" (Alexandre Chevalier, Grão Mestre

221
do Grande Oriente da França, em "Centre de Do-
cumentation", janeiro/fevereiro de 1966.

 18 - Considerando que esse conceito de evolu-


ção, sem ferir a ortodoxia, está sendo afirmado,
fora da linha latina, por outras Potências co-
irmãs, como recentemente a Grande Loja de Is-
rael, quando afirma "temos sido duramente re-
clamados por um aumento de nossa atividades
cívicas, numa forma digna para uma Ordem, que
tem os objetivos e o futuro da Franco Maçonaria"
(editorial da revista "Haboneh Hahofsch", órgão
oficial novembro de 1967.

 19 - Considerando que nessa mesma revista há


uma proclamação do M R Irmão Doyne In-
mam, Grão Mestre da Grande Loja de Wisconsin
(EUA), acentuando que "o patriotismo é uma
qualificação essencial da Franco Maçonaria" e
esta "o suporte da autoridade legal e dos altos
ideais sobre os quais a Nação foi fundada".

A INATA VOCAÇÃO DO
GRANDE ORIENTE DO BRASIL.

 20 - Considerando que foram exclusivamente as


atividades físicas e de alto significado político na-
cional, desde a independência em 1822 até hoje
(exercidas a deslado dos cânones primordiais)
que deram o brilho, a honra e a grandeza do
Grande Oriente do Brasil, com o aplauso da Na-
ção Soberana.

 21 - Considerando que, mesmo antes da Inde-


pendência, a consciência dos maçons do Brasil
os conduzia inelutavelmente ao supremo trabalho

222
em prol da Liberdade e da Justiça Social, às cus-
tas, muitas vezes, do sacrifício máximo, como Ti-
radentes e os Republicanos de Pernambuco de
1817, - o que ocorreu também gloriosamente em
outras terras latinas, - mas essas magnas ativi-
dades só cabem, com autenticidade, num Rito
que, como o Brasileiro, impõe a prática do Civis-
mo em cada Pátria, para um crescente dignifica-
ção da vida pública social, - e não foi outro pen-
samento dos pioneiros de 1914, quando funda-
ram o Rito, liderados pelo nobre e ínclito Lauro
Sodre.

 22 - Considerando que esse caráter construtivo


do Rito Brasileiro absolutamente não excede os
parâmetros da Maçonaria, porque se, em verda-
de, a Maçonaria é supranacional, ela não é, po-
rém, desnacionalizante ou, em outras palavras:
se a Maçonaria não tem Pátria, os Maçons a têm.

 23 - Considerando, desta arte que é fácil vencer


os obstáculos da rotina e da incompreensão, tan-
to mais quanto o Rito Brasileiro, sem incompatibi-
lidade, convivera fraternalmente com todos os Ri-
tos regulares, não vem tomar o lugar de nenhum
deles, mas preencher uma visível lacuna.

 24 - Considerando o atual desejo insistente de


numerosos Irmãos, em vários Orientes, de traba-
lharem no sistema do Rito Brasileiro, mantendo
todavia sua fidelidade e gratidão ao Ritos tradici-
onais.

223
HIC ET NUNC.

 25 - Considerando que o assunto não permite de-


longas, tanto mais quanto a Humanidade atra-
vessa uma fase de mudanças de civilização e o
futuro invade violentamente o presente.

 26 - Considerando mais que o Maçom deve con-


duzir e não ser conduzido e, por isso, a Maçona-
ria não pode continuar insensível ou, melhor, es-
tranha ao vertiginoso desafio da vida contempo-
rânea, como força esgotada, - ou defrontá-la for-
tuitamente ao sabor dos acontecimentos.

 27 - Considerando por fim que é mister produzir o


"fiat" inicial do processo de implantação regular
do Rito Brasileiro e essa alta e bela incumbência
a assume o Grão Mestre Geral, com a aprovação
unânime do Ilustre Conselho Federal da Ordem.

DECRETA:

 Art. 1º - Fica constituída uma Comissão Especial,


composta der 15 Poderosos Irmãos com relevan-
tes e notórios serviços prestados á Ordem, para
rever, com plenos poderes, a Constituição do Ri-
to Brasileiro, publicada pelo Grande Oriente do
Brasil em 1940, E V, em face dos manifestos
anteriores do referido Rito, de modo a pô-lo rigo-
rosamente acorde às exigências maçônicas da
Regularidade Internacional, fazê-lo de âmbito
universal, separar o Simbolismo do Filosofismo e
constitui-lo em real veiculo de renovação da Or-
dem, conciliando a Tradição com a Evolução.

224
 Art. 2º - A Comissão acima referida, composta
dos Eminentes Irmãos: Almirante Benjamim So-
dré Grão Mestre Geral Honorário, e Erasmo Mar-
tins Pedro Grão Mestre Geral Adjunto, Deputado
Federal; e mais os Poderosos Irmãos: Professor
Adhmar Flores, Alberto Alves Sarda, Dr. Álvaro
de Melo Alves Filho, Ardvaldo Ramos, Dr. Cândi-
do Ferreira de Almeida, Dr. Edgar Antunes de
Alencar, Professor Eugênio Macedo Matoso, Dr.
Humberto Chaves, Dr. Jorge de Biittencourt, Pro-
fessor Jurandyr de Castro Pires Ferreira, Dr.
Norberto Santos, Dr. Oscar Argollo (vindo do Su-
premo Conclave de 1940) e General Tito Ascoli
de Oliva Maya, constituirá o núcleo de um mês
para a revisão pretendida.

 Art. 3º - O atual Grão Mestre Geral, por ser um


dos remanescentes do adormecido Conclave de
1940 e também porque a projetada Constituição
obviamente envolverá matéria pertinente ao Filo-
sofismo mas com implicações no Simbolismo, se-
rá o assessor da referida Comissão.

 Dado e traçado no Gabinete do Grão Mestrado


Geral da Ordem, na cidade do Rio de Janeiro
(Guanabara), em 19 de Março de 1968, E V.

 A Notificação e a publicação do presente Decreto


ficam a cargo do Irmão Grande Secretario Geral
de Administração para as Lojas, Delegacias e
Grandes Orientes Estaduais e o Grande Secreta-
rio Geral de Relações Maçônicas para as Potên-
cias co-irmãs do Simbolismo e do Filosofismo.

 Grão Mestre Geral, a) Professor Álvaro Palmeira;


o Grande Secretario Geral de Administração a)

225
Professor Adhmar Flores; o Grande Secretario
Geral de Relações Maçônicas a) Professor Eu-
gênio Macedo Matoso. SELADO E TIMBRADO:
a) Manoel Rodrigues Alves Filho Grande Secreta-
rio da Guarda dos Selos.

O Soberano Supremo Conclave do Brasil para


o Rito Brasileiro, foi reerguido em 25 de Abril de
1968, o Rito passou a ter nova denominação: Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos.
A Constituição do Rito Brasileiro foi aprovada
em Sessão Especial do Soberano Supremo Concla-
ve, realizada em 25 de Abril de 1968, foi lida, discu-
tida e aprovada com algumas emendas, ficando a
Magna Reitoria do Rito assim constituída: Almirante
Benjamim Sodré, Grande Primaz de Oficio; Jorge de
Bittencourt, Grande Regente; Ardvaldo Ramos,
Grande Secretario; Oscar Argollo, Grande Orador;
Adhmar Flores, Grande Chanceler; Cândido Ferreira
de Almeida, Grande Tesoureiro Hospitaleiro; Alberto
Alves Sarda, Grande Mestre de Cerimônias; Norber-
to dos Santos, Grande Guarda do Templo; Álvaro
Palmeira Grande Instrutor do Rito.
Também em 25 de Abril de 1968, é fundada a
primeira Loja Simbólica do Rito Brasileiro nessa
reimplantação, a Loja Fraternidade e Civismo no ori-
ente do Rio de Janeiro (Guanabara), o próprio nome
é bastante sugestivo, uma vez que o Rito Brasileiro
concilia a Tradição (Fraternidade) com a Evolução
(Civismo), essa Loja passou a ser a Loja Primaz do
Rito Brasileiro.
Em 04 de Maio de 1968, é fundada a Loja
Simbólica Arariboia, no Oriente de Niterói -RJ, tor-
nando-se a segunda Loja do Rito.

226
Em 07 de Maio de 1968, é fundada a Loja
Castro Alves no Oriente de Salvador- BA, tornando-
se a terceira Loja do Rito.
Em 24 de Maio de 1968, a Loja Labor e Ci-
vismo do Oriente de Cataguases - MG, muda do Rito
Francês para o Rito Brasileiro, tornando-se a quarta
Loja do Rito.
Em 01 de Junho de 1968, é publicado no Bo-
letim do G OB, a provação da Constituição do
Rito Brasileiro, pelo Conselho Federal da Ordem.
Para a assinatura de Tratado de Amizade e
Aliança Maçônica, que é um Tratado de Reconheci-
mento, deveria ter embasamento Constitucional.
Na Constituição do Grande Oriente do Brasil
de 1955 em seu artigo 125 diz o seguinte:

 "Exigia sete Lojas Simbólicas funcionando


na Federação e Universalmente Reconhe-
cido, nunca para Ritos a serem criados".

Mas na Constituição de 1962, tendo o irmão


Álvaro Palmeira como Presidente da Poderosa As-
sembléia Federal Legislativa, e também sendo Rela-
tor dessa revisão Constitucional, e por sua influência
foi mudado a exigência para assinatura de Tratados
de Reconhecimentos, ficando assim em seu artigo
147:

 "O Grande Oriente do Brasil só celebraria


Tratados de Mutuo Reconhecimento com
qualquer Potência Litúrgica, cujo Rito Re-
gular seja praticados pelo menos por 3 Lo-
jas Simbólicas".

Na revisão da Constituição em 1967, ratifica o


artigo 147, com um novo artigo, 170 que diz:

227
 "Ratifica o artigo 147 da Constituição de
1962, e da autonomia ao Grão Mestre Ge-
ral do Grande Oriente do Brasil de celebrar
esses Tratados de Reconhecimento".

E sendo assim, com o Rito Brasileiro possuin-


do quatro Lojas Simbólicas, e preenchendo as exi-
gências para o seu Reconhecimento, em 10 de Ju-
nho de 1968, é a assinado o Tratado de Amizade e
Aliança Maçônica entre o Grande Oriente do Brasil e
o Soberano Supremo Conclave do Rito Brasileiro,
que é o tratado de Reconhecimento entre as Potên-
cias Simbólicas e Filosóficas.
Em 24 de Junho de 1968, o Soberano Irmão
Álvaro Palmeira, passa o Grão Mestrado ao Sobera-
no Grão Mestre Geral eleito Irmão Moacyr Arbex Di-
namarco, companheiro de Álvaro Palmeira no Gran-
de Oriente Unido.
Entregando o Grão Mestrado ao seu suces-
sor, o Irmão Álvaro Palmeira, passa a se dedicar ex-
clusivamente ao Rito Brasileiro, que deixara total-
mente constituído, com sua Oficina Chefe funcio-
nando e quatro Lojas Simbólicas também funcionan-
do.
Em 30 de Junho de 1968, o Grande Oriente
do Brasil constava com 699 Lojas Simbólicas sendo:
592 Lojas do Rito Escocês Antigo e Aceito; 47 Lojas
do Rito Francês (Moderno); 37 Lojas do Rito Adonhi-
ramita; 16 Lojas do Rito York e 4 Lojas do Rito Brasi-
leiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos.
Em 27 de Julho de 1968, é aprovado por una-
nimidade e com aplausos do Plenário de pé, o Tra-
tado de Amizade e Aliança Maçônica, assinado pelo
Grande Oriente do Brasil e o Soberano Supremo
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro.

228
Em 16 de Julho, é fundada a Loja 16 de Julho
do Oriente de Itaboraí - RJ, tornando-se a quinta Lo-
ja do Rito.
Em 07 de Novembro, é fundada a Loja Estrela
de Paracambí, do oriente de Paracambí - RJ, tor-
nando-se a sexta Loja do Rito.
Em 08 de Novembro de 1968, é fundada a Lo-
ja 14 de Julho, do oriente de Santo Amaro - BA, tor-
nando-se a sétima Loja do Rito.
Em Novembro de 1968, é fundada a Loja
Cruzeiro Fluminense, do oriente de São Gonçalo -
RJ, tornando-se a oitava Loja do Rito.
Com a grande cissão ocorrida no Grande Ori-
ente do Brasil, devido a desavença políticas, varias
Lojas Simbólicas se desligaram do GOB, e fundaram
Grandes Orientes Estaduais Independentes, e com
isso, em 13 de Julho de 1974, quatro Lojas Simbóli-
cas do Rito Brasileiro se desligaram do GOB, e fun-
dam em Cataguases no Oriente de Minas Gerais,
uma outra Oficina Chefe do Rito Brasileiro, que re-
cebeu o nome de Soberano Supremo Conclave Au-
tônomo do Rito Brasileiro, onde congregam Lojas do
Rito Brasileiro dos Grandes Orientes Independentes
- COMAB.
A partir de sua estruturação de 1968, o Rito
Brasileiro passou a se expandir pelo Território Naci-
onal, formando Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgi-
cas, constituindo hoje inicio do Terceiro Milênio, o
segundo Rito mais praticado no Brasil, estando pre-
sente em todos os Estados da Federação.
O Rito Brasileiro, teve em sua Historia os se-
guintes Soberanos Grandes Primaz:

I - Otaviano de Menezes Bastos, de 1941 a


1944.

229
II - Almirante Benjamim Sodré, Soberano
Grande Primaz Honorário, foi o grande
responsável pelo retorno do Irmão Álvaro
Palmeira ao Grande Oriente do Brasil, ver
capitulo: "Álvaro Palmeira".
III - Humberto Chaves, de 25/04/68 à
21/12/68.
IV - Adhemar Flores, de 21/12/68 à 31/08/71.
V - Cândido Ferreira de Almeida., de 31/08/71
à 09/12/88.
VI - Nei Inocencio dos Santos, empossado
em 09/12/88, e deste então é o Soberano
Grande Primaz do Rito, e devido ao seu
trabalho pelo engrandecimento do Rito
Brasileiro, com certeza permanecerá por
muitos anos dirigindo o nosso Rito, parti-
cipou do reerguimento do Rito em 1968.

O crescimento, fortalecimento e firmamento


do Rito Brasileiro no Brasil, deve-se ao trabalho rea-
lizado pela sua Oficina Chefe, o Soberano Supremo
Conclave, que é uma Oficina atuante, na pessoa de
seus Soberanos Grande Primaz, como também o fo-
ra com o Irmão Álvaro Palmeira.
Atualmente esse trabalho é executado pelo
Soberano Grande Primaz Ir Nei Inocencio dos
Santos e também do Grande Regente IrFernando
de Faria, que não medem esforços de estarem sem-
pre juntos com as Lojas Simbólicas, Delegacias Li-
túrgicas e Corpos Filosóficos, em todo o Brasil, dan-
do assistências e amparos.
HISTORIA DO RITO EM
MATO GROSSO DO SUL.

230
Em 07 de Novembro de 1970, é fundada no
oriente de Naviraí a Loja Simbólica Ordem, Trabalho
e Progresso, federada ao Grande Oriente do Brasil,
o interessante é que a Carta Constitutiva dessa Loja
constava como sendo fundada no Rito Brasileiro,
mais na realidade sempre trabalhou no Rito Escocês
Antigo e Aceito, o Rito Brasileiro portanto somente
existiu no papel.
No ano de 1972 havia em Campo Grande
apenas uma Loja do Grande Oriente do Brasil, a Lo-
ja Fraternidade VI, trabalhando no Rito Escocês, e
alguns Irmãos dessa Loja fundaram a Loja Fraterni-
dade e Segredo no Rito Brasileiro, e como seria difí-
cil trabalhar no Rito Brasileiro por ser um Rito Novo,
houve por bem esta Loja mudar para o Rito Escocês,
o que ocorre até a data de hoje, essas duas Lojas
estão atualmente filiadas a COMAB.
O Rito Brasileiro de Maçons Antigo, Livre e
Aceito, foi realmente estruturado no Estado de Mato
Grosso do Sul, nos anos de 1991 e 1992, dessa vez
definitiva e vitoriosa.
Em 1991 ocorreu eleição para o Grão Mestra-
do Estadual, onde concorreram dois candidatos, o
ex. Grão Mestre Estadual Irmão Fadel Tajer Yunes e
o Irmão Antônio Fernandes Teixeira, o desenrolar da
campanha foi bastante tumultuado, e o resultado
eleitoral foi desfavorável ao Irmão Antônio Fernan-
des Teixeira por uma diferença mínima de votos.
O Ir Antônio Fernandes Teixeira, sentindo
lesado nas votações realizadas em diversas Lojas,
onde ocorreram as mais variadas mutretas para tirar
a vitoria do IrTeixeira, fatos que estamos acostu-
mados a ver na Política Profana, mais não no meio
Maçônico.
Chegaram ao ponto de fotografar e filmar a
residência do Irmão Antônio Fernandes Teixeira, e

231
enviado ao Grão Mestrado Geral, como se dizendo,
que o Irmão Teixeira não tinha condição de dirigir o
Grão Mestrado Estadual, pois morava em casa hu-
milde, como se para isso o Irmão com dignidade pa-
ra dirigir a Ordem tem que morar em Palacetes.
Não havendo outra alternativa, o Irmão Antô-
nio Fernandes Teixeira recorreu do resultado dessa
eleição, ao Superior Tribunal Eleitoral Federal.
No dia da reunião do Superior Tribunal Eleito-
ral em Brasília, o Irmão Antônio Fernandes Teixeira
acompanhado de Irmãos de Campo Grande, se fez
presente em Brasília para acompanhar o julgamento
de sua petição, que foi desfavorável ao irmão Teixei-
ra.
Mas no oriente de Brasília o Irmão Antônio
Fernandes Teixeira e sua comitiva, entrou em conta-
to com irmãos do Rito Brasileiro, entre eles os Ir-
mãos Dagoberto Servolo de Oliveira e Guilherme
Fagundes de Oliveira, e esses Irmãos fizeram uma
boa propaganda do Rito Brasileiro, inclusive ceden-
do ao irmão Teixeira, vasto material sobre o Rito
Brasileiro.
Retornando ao Oriente de Campo Grande, o
Irmão Antônio Fernandes Teixeira, iniciou o trabalho
de implantação do Rito Brasileiro no Estado de Mato
Grosso do Sul, que nessa época não havia nenhuma
Loja Simbólica trabalhando no Rito.
Esse trabalho se iniciou em três Lojas Simbó-
licas de Campo Grande: Loja Justiça e Perseveran-
ça, Loja De Emulação e Loja Edificadores de Tem-
plos, Lojas estas que fizeram campanha para o ir-
mão Teixeira ao Grão Mestrado Estadual, essas Lo-
jas trabalhavam no Rito Escocês Antigo e Aceito.
A Loja Justiça e Perseverança, foi a primeira
Loja Simbólica a concretizar o processo de mudança
de Rito, em Sessões realizadas nos dias 17 de Se-

232
tembro e 01 de Outubro de 1991, com aprovação
absoluta de votos dos irmãos do quadro, cujo resul-
tado da segunda Sessão foram 19 votos favoráveis
e dois votos contrários a mudança de Rito. O traba-
lho de mudança de Rito dessa Loja foi realizada pelo
V M Irmão João Newton Marques (também
membro da Loja Edificadores de Templos); Antônio
Fernandes Teixeira (também membro da Loja Edifi-
cadores de Templos), do irmão do quadro Clovis Ja-
cob Gomes, que veio anos depois a ocupar o cargo
de Venerável Mestre, não esquecendo o trabalho
realizados por todos os irmãos do Quadro, porque
sem eles a mudança para o Rito Brasileiro, não seria
concretizado.
A Loja Justiça e Perseverança trabalhava no
Rito Escocês Antigo e Aceito deste a sua fundação
ocorrida no oriente de Rochedo - MS em 21 de Ja-
neiro de 1982, quando da mudança para o Rito Bra-
sileiro, já havia mudado seu endereço para Campo
Grande, fato que ocorre até hoje.
A Loja De Emulação, foi a segunda Loja Sim-
bólica a concretizar o processo de mudança de Rito,
em Sessões realizadas nos dias 19 de Setembro e
10 de Outubro de 1991, com aprovação absoluta de
votos dos Irmãos do quadro, cujo resultado da se-
gunda Sessão foram 22 votos favoráveis e 03 votos
contrários a mudança de Rito. O irmão Antônio Fer-
nandes Teixeira, como fundador e membro do qua-
dro da Loja, teve um papel fundamental para a mu-
dança de Rito dessa Loja, com um belo trabalho de
conscientização dos irmãos de que o melhor para a
Loja De Emulação seria a mudança de Rito.
A Loja De Emulação foi fundada no oriente de
Campo Grande, em 17 de Novembro de 1988, e tra-
balhou no Rito Escocês Antigo e Aceito, até Outubro

233
de 1991, quando mudou para o Rito Brasileiro de
Maçons Antigos, Livres e Aceitos.
Hoje os quadros de Obreiros das Lojas Justi-
ça e Perseverança e De Emulação, são constituídos
em sua maioria absoluta de irmãos iniciados no Rito
Brasileiro, para nós é um motivo de orgulho de ter-
mos essas Lojas na comunidade do Rito Brasileiro, e
os trabalhos serem realizados por esses Irmãos.
Na Loja Edificadores de Templos, loja mãe do
Irmão Antônio Fernandes Teixeira, onde o mesmo foi
Iniciado, Elevado, Exaltado e Instalado, foi Venerá-
vel Mestre por dois períodos: de 1983 a 1985 e 1989
a 1990. O irmão Teixeira, recebeu apoio incondicio-
nal desse autor, e de vários irmãos do quadro, para
a fundação do Rito Brasileiro em Campo Grande.
Na Loja Edificadores de Templos, foi realiza-
do uma Sessão Ordinária no grau 1, de apresenta-
ção do Rito Brasileiro, em Agosto de 1991, e o resul-
tado dessa Sessão foi um sucesso, e a partir daí, fo-
ram incrementados os trabalhos para a mudança de
Rito.
A Loja Edificadores de Templos trabalhava no
Rito Escocês Antigo e Aceito, desde a sua fundação
ocorrida em 11 de Julho de 1978, mais havia irmãos
enraizados na Tradição, contrário a mudança de Ri-
to; mais graça ao trabalho de conscientização dos
IIr, das vantagens para a Loja na mudança de Rito,
realizados pelo Irmão Teixeira, esse Autor e vários
Irmãos.
Esse trabalho se concretizou em 22 de No-
vembro de 1991, em sua segunda votação, cujo re-
sultado foi de 55 votos favoráveis a mudança para o
Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, Livres e Aceitos.
Um fato interessante ocorrido nesta época, foi
que haviam vários Irmãos da Loja Edificadores de
Templos, que iriam colar em Novembro o grau 33 do

234
Rito Escocês, e houve ameaça de expulsão dos
Corpos Filosóficos do Escocês, se a Loja muda-se
de Rito, e esse fato foi primordial para os irmãos,
que estavam contra a mudança de Rito, e devido a
isso passaram a apoiar a mudança para o Rito Brasi-
leiro, o resultado foi que esses irmãos coloram o
Grau 33 no Escocês no dia 30 de Novembro de
1991, oito dias após a Loja ter mudado para o Rito
Brasileiro.
Nessa época a Loja Edificadores de Templos,
era a maior (como também ocorre hoje) Loja Simbó-
lica, do Grande Oriente do Brasil, em Campo Grande
e no Estado, com uma quadro de Obreiros de mais
de 60 irmãos, e o resultado foi de apenas 5 irmãos
contra a mudança do Rito Escocês Antigo e Aceito
para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos.
Devido à Loja Edificadores ser uma Loja mai-
or, o processo da mudança de Rito foi um pouca
mais demorado, mas a presença da Loja Edificado-
res de Templos no Rito Brasileiro, era fundamental,
porque somente com ela, é que seria possível a for-
mação dos Corpos Filosóficos e Delegacia Litúrgica
do Rito Brasileiro, porque em seu quadro tinha ir-
mãos colocados nos graus filosóficos, do grau 4 ao
33, em numero suficiente para a formação da sua
Estrutura Filosófica; e o Soberano Supremo Concla-
ve do Rito Brasileiro, aceitaria todos os graus acima
do de mestre, uma vez que os grau filosóficos cola-
dos pelos Irmãos era no Rito Escocês Antigo e Acei-
to, inclusive este Autor.
Como estava em fim de ano, deixou-se para
realizar a fundação dos Corpos Filosóficos no inicio
de 1992.
Tendo todos os Irmãos colados nos Graus Fi-
losóficos acima mencionados, reconhecidos pelo

235
Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro, em 26 de Abril de 1992, foi fundado os
Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, com os seguin-
tes nomes:

 Ilustre e Respeitável Loja Complementar e


Ilustre Capitulo "Universo da Fraternida-
de".
 Poderoso Grande Conselho Kadosch Filo-
sófico "Obreiros do Universo".
 Colendo Alto Colégio "Supremacia Univer-
sal".

Foi indicado ao Soberano Supremo Conclave,


e nomeado pelo mesmo, o Irmão Antônio Fernandes
Teixeira, para ocupar o cargo de Delegado Litúrgico
do Rito Brasileiro para o Estado de Mato Grosso do
Sul, com isso concretizou a formação de toda a Es-
trutura do Rito Brasileiro no Estado, com Lojas Sim-
bólicas, Corpos Litúrgicos e Delegacia Litúrgica.
Em Março de 1992, foi realizada a primeira
Sessão Magna de Iniciação ao grau de Aprendiz do
Rito Brasileiro no Estado, que foi realizado pela Loja
De Emulação, onde foram iniciados dois candidatos,
sendo que um continua até hoje o Rito Brasileiro, o
Irmão Adelson de Souza.
No final de 1993, o Irmão Antônio Fernandes
Teixeira sai da Loja Edificadores de Templos, do Ri-
to Brasileiro e do Grande Oriente do Brasil, foi uma
grande perda para o Rito Brasileiro, sentimos muito,
mas o Rito tinha que continuar sua caminhada.
E sendo assim foi nomeado para substituir o
Irmão Antônio Fernandes Teixeira, no cargo de De-
legado Litúrgico, o Irmão Carlos Alberto Dias Barrei-
ra, que foi efetivado em Abril de 1994, cargo que

236
ocupou até o final de 2000, sendo hoje o Delegado
Litúrgico do Rito, este Autor.
Em 1994 tentou-se fundar o primeiro núcleo
(triângulo) do Rito Brasileiro no Estado, no oriente de
Anastácio, mas não foi possível, os motivos para o
insucesso da formação desse Triângulo não vem ao
casso comenta-lo. O que podemos afirmar é que no
ano seguinte, foi fundada uma Loja do Rito Escocês
naquele Oriente.
No ano de 1995, em 11 de Setembro, foi fun-
dada no Estado a primeira Loja Simbólica do Rito
Brasileiro, a Loja Obreiros da Pátria, por irmãos das
Lojas Justiça e Perseverança e Edificadores de
Templos, esse autor foi um dos fundadores.
Com empenho e dedicação de irmãos da Loja
De Emulação, foi fundada no oriente de Aquidauana
a segunda Loja Simbólica do Rito Brasileiro no Esta-
do, a Loja Luz do Pantanal, em 23 de Abril de 1996,
vizinha à cidade de Anastácio.
Em homenagem a Loja fundadora do Rito
Brasileiro no Estado, a Loja Justiça e Perseverança,
(fundada no oriente de Rochedo, e depois mudou-se
para Campo Grande), é fundado a terceira Loja Sim-
bólica do Rito Brasileiro a Loja Luz Justiça e Perse-
verança, em 11 de Junho de 1996, no oriente de
Rochedo.
Novamente por empenho de irmãos da Loja
De Emulação, é fundada a quarta Loja Simbólica do
Rito Brasileiro no oriente de Coxim, à Loja Simbólica
Vigilantes do Taquarí, em 08 de Março de 1997.
A quinta Loja Simbólica fundada no Estado é
a Loja Paz Virtude e Fraternidade, em 29 de Setem-
bro de 1997, no oriente de Campo Grande, e nova-
mente por Irmãos oriundos da Loja De Emulação.
A Loja caçula do Rito Brasileiro no Estado, foi
fundada em 10 de Maio no ano de 2000, e em 3 de

237
Maio foi realizada a Sessão Magna de Regulariza-
ção, constituindo a sesta Loja Simbólica do Rito em
Campo Grande, a Loja Simbólica Estrela de Anhan-
duí, fundada com a participação desse autor, de ir-
mãos das Lojas De Emulação, Justiça e Perseve-
rança e Edificadores de Templos.
No final do ano de 2000, com nove anos de
vida neste Estado de Mato Grosso do Sul, o Rito
Brasileiro, pode-se considerar vitorioso, pois saiu do
nada em 1991/92, e hoje conta com nove Lojas
Simbólicas trabalhando com vibração sem igual; com
a Delegacia Litúrgica e Corpos Filosóficos funcio-
nando em todos os seus graus; constituindo hoje o
Rito no Estado, com aproximadamente 300 Irmãos
em suas Lojas Simbólicas, o que faz do Rito Brasilei-
ro ser o segundo Rito mais praticado no Estado.
Toda a estruturação do Rito Brasileiro de Ma-
çons no Estado, foi realizado graças a trabalho das
Lojas De Emulação, Justiça e Perseverança e Edifi-
cadores de Templos, e de todos os irmãos dos qua-
dros dessas Lojas, que foram as fundadoras do Rito.
Como também as Lojas que foram fundadas no Es-
tado: Lojas Obreiros da Pátria; Luz do Pantanal; Luz
Justiça e Perseverança; Vigilantes do Taquarí; Paz,
Virtude e Fraternidade e Estrela de Anhanduí.
Finalizando podemos afirmar que o nosso tra-
balho em pró do Rito Brasileiro, surtiu efeito, mais
não estamos parados, e também não estamos total-
mente satisfeito, queremos, podemos e temos con-
dição de crescer ainda mais no Estado, potencial e
vontade para trabalhar não tem faltado aos Irmãos
da comunidade do Rito Brasileiro no Estado; como a
nível nacional, também no Estado de Mato Grosso
do Sul o Rito Brasileiro é um RITO PERENE.
.

238
ÁLVARO PALMEIRA.

Se tivermos que enumerar os dez maiores


Maçons desse Século, o Irmão Álvaro Palmeira esta-
ria entre eles; se tivermos que enumerar cinco Ir-
mãos, o Irmão Álvaro Palmeira também estaria entre
eles; e se tivermos que enumerar três Irmãos, o Ir-
mão Álvaro Palmeira estaria entre eles.
Teve uma vida Maçônica intensa, onde pres-
tou serviços inestimáveis a nossa Ordem, em seus
72 anos de vida Maçônica, de forma ininterrupta,
somente deixou a Ordem após sua passagem para o
Oriente Eterno.
O Irmão Álvaro Palmeira nasceu em 18 de Ju-
lho de 1899, na cidade do Rio de Janeiro; foi iniciado
na Ordem em 09 de Dezembro de 1921, na Loja Fra-
ternidade Espanhola no Rio de Janeiro, do Rito
Francês.
Transcrevo a seguir um texto escrito pelo ex.
Grão Mestre do Estado do Rio de Janeiro, Irmão Jo-
sé Coelho, que foi amigo e Irmão por 50 anos do Ir-
mão Álvaro Palmeira:

 "Álvaro Palmeira foi um fenômeno dentro da nos-


sa Ordem. Ainda jovem, ele assistia a uma pales-
tra de um conferencista espanhol no Templo No-
bre do Palácio Maçônico da rua do Lavradio. À
certa altura ele não concordou com a opinião do
ilustre Orador na abordagem de um problema so-
cial em nível Internacional. Apesar de baixinho e
franzino, se transformou num gigante ao ficar de
pé em cima de uma mesa, enquanto sua voz
ecoava forte no ambiente: Eu Protesto! E apre-
sentou argumentos convincentes de sua discor-

239
dância. Sua atitude impressionou a todos, tanto
foi que à saída vários dos Irmãos presentes o
acompanharam e pediram a preferência dele pa-
ra ingressar nas suas Lojas. Ele optou pela Fra-
ternidade Espanhola do Rito Moderno, e nela in-
gressou aos 21 anos de idade. Logo de inicio te-
ve uma atuação brilhante, sempre voltada para
as questões sociais. Culto, inteligente e ativo,
chegou a ser confundido como admirador do co-
munismo, coisa que ele nunca foi. Na sua vida de
grandes feitos, ele exerceu várias atividades com
seriedade, foi Jornalista, Médico e Professor,
chegando a ser diretor da Escola Técnica Vis-
conde de Mauá, em Marechal Hermes onde de-
senvolveu um trabalho gigantesco. Mas foi como
nosso Irmão que Álvaro Palmeira se destacou em
sua brilhante trajetória de 72 anos de vida maçô-
nica, culminando com o mandato de Grão Mestre
Geral do Grande Oriente do Brasil. E seus pro-
nunciamentos neste posto são verdadeiras proje-
ções do futuro, a exemplo de quando prevê que a
Humanidade precisará da Maçonaria na entrada
do 3º Milênio".

No Rito Francês colou até o ultimo grau pre-


visto neste Rito, e em 1934 era eleito membro efeti-
vo do Grande Capitulo do Rito Francês.
Em 1935 é eleito Grande Orador da Poderosa
Assembléia Federal Legislativa, e também neste
ano, é o relator do Tratado de Reconhecimento fir-
mado entre o Grande Oriente do Brasil e a Grande
Loja Unida da Inglaterra.
Em 1937 toma posse como Membro Efetivo
do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e
Aceito; também neste ano toma posse como Mem-

240
bro Efetivo do Conselho Geral do Grande Oriente do
Brasil.
Em 1940 Institui o Conselho de Veneráveis e
Comissão Orientadora da Doutrina Maçônica.
Também neste ano de 1940 o então Grão
Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil Joaquim
Rodrigues Neves assina o Ato n.º 1617 de 3 de
Agosto, nomeando uma Comissão para o Reergui-
mento do Rito Brasileiro, e entre os membros dessa
Comissão estava os Irmãos Álvaro Palmeira e Ota-
viano de Menezes Bastos. Na realidade foram esses
dois Irmãos, os grandes mentores dessa tentativa de
reerguimento do Rito Brasileiro, e o Grão Mestre Jo-
aquim Rodrigues Neves, foi induzido a editar este
Ato.
Em 1941 é constituído o Supremo Conclave
do Rito Brasileiro, tendo o Irmão Otaviano de Mene-
zes Bastos empossado como Grande Principal (hoje
Grande Primaz) e o irmão Álvaro Palmeira como
Grande Propagador (hoje Grande Regente).
Neste ano de 1941 o Grande Oriente do Brasil
era uma potência mista, o Grão Mestre Geral co-
mandava todos os graus de um Rito, do Simbólico e
do Filosófico, isto é, era tanto Grão Mestre Geral
como também Chefe do Rito, no caso do Rito Brasi-
leiro, seria também Grande Principal, mas os Irmãos
Otaviano Bastos e Álvaro Palmeira, não dividiram a
chefia do Rito Brasileiro, com o Grão Mestre Geral
Irmão Joaquim Rodrigues Neves, e com isso abriram
atrito com o Grão Mestre Geral. O Grande Oriente
do Brasil, só faria a separação de Simbólico e Filosó-
fico em 1951.
Em 1942 o Irmão Álvaro Palmeira é eleito
Grão Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do
Brasil e o Irmão Joaquim Rodrigues Neves como
Grão Mestre Geral.

241
Em 1943, o Irmão Álvaro Palmeira e empos-
sado presidente da Poderosa Assembléia Legislativa
Federal do Grande Oriente do Brasil.
No inicio de 1944, o Grão Mestre Geral Joa-
quim Rodrigues Neves, atendendo resolução do
Conselho Geral, de 22 de Março, suspende por dois
anos os direitos maçônicos do Irmão Otaviano de
Menezes Bastos, pelo Ato n.º 1842, e o Irmão Álvaro
Palmeira pelo Ato n.º 1845 em 30 de Março, sob a
acusação de conspiração contra o Grão Mestrado do
Grande Oriente do Brasil.
Neste ano de 1944 após sua suspensão, fun-
da com o Irmão Otaviano de Menezes Bastos, o Mo-
vimento Maçônico Restaurador, que tinha a intenção
básica de restaurar a Ética e a moralidade no Gran-
de Oriente do Brasil, movimento de oposição ao
Grão Mestre Geral Joaquim Rodrigues Neves, mais
as desavenças continuaram com o Grão Mestre Ge-
ral.
Álvaro Palmeira e Otaviano de Menezes Bas-
tos, saem do Grande Oriente do Brasil, e fundam, no
dia 18 de Maio de 1945, uma nova Potência Maçôni-
ca, chamada, Grande Loja do Brasil.
A 13 de Março de 1948, o Irmão Álvaro Pal-
meira funda outra potência Maçônica, o Grande Ori-
ente Unido, fazem parte desse Grande Oriente os
Irmãos Moacyr Arbex Dinamarco e Osmane Vieira
de Resende, que nos anos 70 foram Grão Mestre do
Grande Oriente do Brasil.
No inicio de 1950 a quase falida Grande Loja
do Brasil era absolvida pelo Grande Oriente Unido.
Após a morte do Irmão Joaquim Rodrigues
Neves, em 1953, seu grande desafeto, o Irmão Álva-
ro Palmeira inicia as conversações para seu regres-
so ao Grande Oriente do Brasil.

242
Em 1953, no teatro João Caetano, Rio de Ja-
neiro, quando da posse do seu amigo Almirante
Benjamim Sodré, como Grão Mestre Geral do Gran-
de Oriente do Brasil, que sucedeu o Grão Mestre an-
terior Joaquim Rodrigues Neves, foi autor de uma
Proclamação Pró-Unificação Maçônica, produzida
em nome do Grande Oriente Unido e de seu Grão
Mestre Leonel José Soares, e belamente secundado
pelo Grão Mestre da Grande Loja do Rio de Janeiro
Irmão Euclides de Figueiredo Sampaio, de sua Pro-
clamação, lembremos o final:

 "A Ordem Maçônica no Brasil, ora dividida e en-


fraquecida, precisa unir-se, como outrora, para
influir, como lhe cabe, na solução dos problemas
nacionais e humanos da hora presente".
 "A unidade da Ordem no Brasil será saudada
como o alvorecer de seu renascimento, fortuna e
glória".

Em 27 de Fevereiro de 1954 o Irmão Álvaro


Palmeira na qualidade de Grão Mestre do Grande
Oriente Unido, assina, com o Grão Mestre Geral do
Grande Oriente do Brasil Almirante Benjamim Sodré,
um tratado de regresso ao Grande Oriente do Brasil.
Em Novembro de 1956, em seu retorno ao
Grande Oriente do Brasil, disse ao Grão Mestre Ge-
ral do Grande Oriente do Brasil Irmão Cyro Verneck
de Souza e Silva, que retornava ao Lavradio e o
Grande Oriente Unido se unificava com a Veneranda
Potência, levando-lhe 51 Lojas, e disse em Manifes-
to:

 "Cremos, firmemente, que, em pouco, a Maçona-


ria, selecionada no recrutamento de seus Apren-
dizes, depurada dos egoístas e fariseus, renova-

243
da em seus métodos e objetivos, unida na solida-
riedade de seus Irmãos, vivificada no exemplário
de sua Doutrina, há de reconstituir-se no Brasil e
no mundo em magnifica força operativa, presente
à solução dos problemas da Pátria e da Humani-
dade, não faltando à sua destinação suprema,
nesta época de uma civilização em mudança.
Todos fomos lançados na historia da vida, e nela
devemos intervir".

O regresso do Irmão Álvaro Palmeira se con-


sumou em 22 de Dezembro de 1956, pelo decreto
n.º 1767, que aprovou o Convênio para incorporação
e reincorporação, ao Grande Oriente do Brasil das
Lojas do Grande Oriente Unido, com base no tratado
assinado entre o Irmão Álvaro Palmeira e o Irmão
Almirante Benjamim Sodré, em 1954.
O Ato n.º 1767 foi assinado pelo Grão Mestre
Geral do Grande Oriente do Brasil Ciro Werneck de
Souza e Silva e pelo Grão Mestre do Grande Oriente
Unido Álvaro Palmeira.
Retornando ao Grande Oriente do Brasil, Ál-
varo Palmeira, por sua incontestável capacidade de
liderança, tornou-se um nome proeminente e quase
oracular na Obediência.
Em 29/06/1962 é eleito e toma posse como
Presidente da Poderosa Assembléia Legislativa Fe-
deral do Grande Oriente do Brasil, tornando-se as-
sim o primeiro presidente eleito a dirigi-la, haja visto
que antes quem precedia a Assembléia, era o Grão
Mestre Geral Adjunto; na revisão da Constituição
Federal do GOB deste mesmo ano, é o seu relator.
Ainda em 1962 funda o Boletim Informativo do
Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês
Antigo e Aceito, e passa a ser seu Editor e Diretor
Responsável; há de se registrar que até aquela o Ri-

244
to Escocês Antigo e Aceito, não possuía um Boletim
Informativo.
Permaneceu como Editor e Diretor Respon-
sável até o numero 7 de Dezembro de 1963, se reti-
ra da função, por ter sido eleito e empossado Grão
Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil.
Em 1963 na qualidade de candidato único, é
eleito e empossado Grão Mestre Geral do GOB, pa-
ra o mandato de 1963/1968, 7 anos após o seu re-
gresso ao GOB, tendo como Adjunto o Irmão Eras-
mo Martins Pedro, para um mandato de cinco anos.
Foram nomeados para ajuda-lo na Adminis-
tração do Grande Oriente do Brasil, Irmãos do extin-
to Grande Oriente Unido, tais como: Antônio Tarcilio
de Arruda Proença, Moacyr Arbex Dinamarco (foi
Grão Mestre do GOB após Álvaro Palmeira), Osma-
ne Vieira de Resende (foi Grão Mestre após Dina-
marco), Cândido Ferreira de Almeida (foi Soberano
Grande Primaz do Rito Brasileiro), Lysis Brandão da
Rocha (foi Soberano Grande Primaz do Supremo
Conclave Autônomo do Rito Brasileiro) e Oscar Ar-
golo (remanescente do Conclave de 1940/44).
Em sua Administração, agitada, em seu inicio,
pelo golpe de estado de 1964, Álvaro Palmeira tra-
tou da construção do prédio em terreno do GOB no
bairro de Fátima no Rio de Janeiro; da construção do
Palácio Tiradentes em Belo Horizonte; do inicio da
construção das instalações do GOB em Brasília; do
tombamento do Palácio do Lavradio, como patrimô-
nio Histórico da cidade do Rio de Janeiro, o que
concretizou no final de seu mandado em 1968, o Pa-
lácio do Lavradio estava ameaçado de demolição, e
graças ao trabalho de Álvaro Palmeira isso foi evita-
do.
Em sua gestão foram criados:

245
 A Editora Maçônica do GOB, através do
Ato n.º 2761, de 12 de Julho de 1965.
 Inaugurou o Escotismo no GOB em 22 de
Novembro de 1966 pelo Ato n.º 2809.
 Departamento Escoteiro.
 Grêmio de Radioamadores do GOB pelo
Ato n.º 2841 em 12 de Outubro de 1967.
 Em 21 de Abril de 1967, é criado o Superi-
or Tribunal Eleitoral.

Em 1967, 05 de Março, o Irmão Álvaro Pal-


meira concorre ao cargo de Soberano Grande Co-
mendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais
alto cargo da Oficina Chefe do Escocismo, disputan-
do o Cargo com o Grande Comendador candidato a
reeleição Irmão José Marcelo Moreira, e o resultado
dessa eleição foi a derrota do Irmão Álvaro Palmeira.
Quando o Irmão saiu derrotado dessa eleição,
disse, que a partir daquele momento estaria empe-
nhado em trabalhar pelo reerguimento do Rito Brasi-
leiro, o que ele chamou de Rito Brasileiro Renovado
com uma estrutura de 33 graus.
O irmão Álvaro Palmeira se desliga do Su-
premo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Anti-
go e Aceito, onde fora um membro sempre atuante.
Após sua saída do Supremo Conselho do Ri-
to Escocês Antigo e Aceito, o irmão Álvaro Palmeira,
escreve uma prancha ao Grão Mestre do Estado de
São Paulo, e esta prancha chegou ao conhecimento
do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e
Aceito, através do Irmão Moacyr Arbex Dinamarco.
E na reunião do Sacro Colégio do Rito Esco-
cês realizada no dia 05 de Outubro de 1967, o Irmão
Moacir Arbex Dinamarco, da conhecimento de uma
parte dessa prancha, onde o irmão Álvaro Palmeira
escreveu:

246
 " Não me interessa mais esse assunto do
superado escocismo: vou implantar de
maneira definitiva, o Rito Brasileiro de 33
graus, fundado há meio século e que será
o Rito Escocês retificado, isto é, expungido
do absolutismo e da ridicularia que o situa
fora do nosso tempo e sobretudo, liberta-lo
da situação constrangedora de ser dirigido
por um Supremo Conselho espúrio, irregu-
lar e clandestino, em que são nulos os
graus concedidos".

Isso revoltou os Irmãos do Supremo Conse-


lho, que enviaram prancha ao irmão Álvaro Palmeira,
para confirmação do teor de sua prancha, e foi mar-
cada uma reunião do Supremo Conselho para o dia
19 de Outubro de 1967, nesta reunião foi lida pran-
cha do Irmão Álvaro Palmeira ratificando o que dis-
sera, e confirmando seu desligamento do Supremo
Conselho do Rito Escocês, o que foi aceito.
Após esse episódio o Irmão Moacir Arbex Di-
namarco, tornou-se inimigo mortal do Rito Brasileiro,
tanto na função de Grão Mestre Geral do Grande
Oriente do Brasil (foi sucessor do irmão Álvaro Pal-
meira), como também, quanto exerceu anos após o
cargo de Soberano Grande Comendador do Rito Es-
cocês Antigo e Aceito.
Para nos da comunidade do Rito Brasileiro, foi
uma benção do Supremo Arquiteto do Universo, fa-
zendo com que o Irmão Álvaro Palmeira, sai-se der-
rotado dessa eleição, pois foi somente dessa manei-
ra, que o Rito Brasileiro, seria ressurgido pelas suas
mãos em 1968.
Em Maio de 1967, já preparando para o reer-
guimento do Rito Brasileiro, em um dos inúmeros
Seminários que organizou, exortou os Irmãos a que

247
deveriam ver a Maçonaria da mesma altitude em que
se colocara o Papa Paulo VI, quando se referiu ao
Cristianismo:

 "... é como uma arvore sempre em primavera,


com suas flores e frutos, uma fonte inexaurível de
vitalidade e beleza", e acrescentou:

 "O lema do Grande Oriente do Brasil, Novae Sed


Antiquae, impõe se concilie a Tradição com a
Evolução. A Tradição diz respeito à Doutrina, en-
quanto a Evolução constitui a ação da Ordem no
seio da comunidade. A Tradição está contida nos
Landmarques, na Iniciação, no Cerimonial, na Li-
turgia e nos Símbolos, - o que constitui um depo-
sito intocável. Mas a Maçonaria não pode ser hie-
rática, estática ou paralisada. A Maçonaria ape-
nas contemplativa, seria uma superfetação ou
uma superfluidade: não caberia normalmente no
espirito do século. Ela há de ser também militante
e dinâmica".

Após a reunião do Ilustre Conselho Geral do


Grande Oriente do Brasil, em Março de 1968, que
aprovou por unanimidade a reimplantação do Rito
Brasileiro, o Irmão Álvaro Palmeira disse que estava
dando inicio ao ressurgimento do Rito Brasileiro,
com uma nova estrutura, conciliando a "Tradição
com a Evolução":

 Tradição: isto é, estruturando o Rito Brasileiro


em seus graus Simbólicos obedecendo toda Or-
todoxia Maçônica.

 Evolução: Em seus graus superiores um Rito


Diferente, estruturado na Formação Moral (graus

248
4 ao 18), Formação Social (graus 19 ao 30),
Formação Cívica (graus 30 ao 32) e o Humanis-
mo Maçônico (grau 33).
E que o Rito Brasileiro seria um Rito Perene
(existir para sempre; eterno), estava assim cumprin-
do o que dissera em 1967, após ter perdido a elei-
ção para Soberano Grande Comendador do Rito Es-
cocês Antigo e Aceito.
Em 19 de Março de 1968, o Irmão Álvaro
Palmeira dá inicio ao ressurgimento do Rito Brasilei-
ro, assinando nesta data o Ato n.º 2080, renovando
o Ato n.º 1617 de 03 de Agosto de 1940, nomeando
uma Comissão Especial, composta de 15 Irmãos pa-
ra reconstituir o Supremo Conclave, e uma nova
Constituição, o Irmão Álvaro Palmeira por ser rema-
nescente do Conclave de 1940, seria assessor da
Comissão.
Disse também, que estava concretizando o
desejo da fundação de um Rito Nacional, feito em
1864 pelo Irmão Miguel Antônio Dias, o que Álvaro
Palmeira chamou "O Apelo de Um Século", ver:
"Historia do Rito".
Os frutos começaram a aparecer em 25 de
Abril, com a aprovação da nova Constituição, novos
Rituais e a fundação do Soberano Supremo Concla-
ve do Brasil para o Rito Brasileiro, que passou a ter
nova denominação: Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, com uma estrutura de 33
graus.
Na realidade todos os Rituais do grau 01 ao
33, foram escritos pelo Irmão Álvaro Palmeira.
Também em 25 de Abril é fundada a Primeira
Loja Simbólica do Rito Brasileiro, a Loja Fraternidade
e Civismo, no oriente do Rio de Janeiro (Guanaba-
ra).

249
No dia 04 de Maio, é fundada a Loja Arariboia
no Oriente de Niterói.
Em 07 de Maio, é fundada a Loja Castro Al-
ves no Oriente de Salvador - BA.
E em 24 de Maio, a Loja Labor e Civismo do
Oriente de Cataguases - MG muda do Rito Francês
para o Rito Brasileiro.
Essas quatro Lojas Simbólicas formaram o
primeiro núcleo do Rito Brasileiro, acha visto que até
em então não havia nenhuma Loja Simbólica no
Brasil trabalhando no Sistema do Rito Brasileiro.
Como a Constituição do Grande Oriente do
Brasil de 1967 em seu artigo 170, exigia no mínimo
três Lojas Simbólicas trabalhando no Rito, para fir-
mar tratado de Amizade e Aliança Maçônica com
Oficina Chefe de Ritos, e como esse item já estava
comprido, no dia 10 de Junho de 1968, o Grande
Oriente do Brasil assina com o Soberano Supremo
Conclave do Rito Brasileiro o "Tratado de Amizade e
Aliança Maçônica", que foi aprovado pela Soberana
Assembléia Legislativa Federal, em sessão realiza-
das no dia 27 de Julho de 1968.
Em três meses o irmão Álvaro Palmeira, cum-
pria o prometido, o reerguimento do Rito Brasileiro
em toda sua estrutura:

 Lojas Simbólicas.
 Rituais editados de todos os graus.
 Constituição Estatuto e Regimento do Rito
Brasileiro.
 Formação da Oficina Chefe do Rito Brasi-
leiro, o Soberano Supremo Conclave do
Brasil para o Rito Brasileiro.
 Assinatura do Tratado de Amizade e Ali-
ança Maçônica com o Grande Oriente do
Brasil.

250
Em 11 de Junho de 1968, já no final de sua
Gestão pelo Decreto n.º 2085, foi editado o Ritual de
Instalação de Venerável Mestre, que até então ape-
nas o Rito de York possuía, e também o uso da sigla
M. I, Mestre Instalado, posteriormente este Ritual
foi reformulado em 1979, na gestão do Grão Mestre
Geral do Grande Oriente do Brasil, Irmão Osires Tei-
xeira.
Álvaro Palmeira realizou inúmeros Manifestos,
Seminários e Atos em pró do Grande Oriente do
Brasil e a Maçonaria Brasileiro, que se fosse todos
aqui enumerado daria para escrever um Livro.
No dia 24 de Junho de 1968 o Irmão Álvaro
Palmeira, entrega o Grão Mestrado ao seu sucessor
eleito Grão Mestre Geral Irmão Moacyr Arbex Dina-
marco.
Com relação ao Rito Brasileiro, disse o Irmão Ál-
varo Palmeira:

 "O Rito Brasileiro não veio criar competição no


campo Maçônico, muito menos qualquer cizânia
(desarmonia, rixa), apenas assumir a posição
que lhe cabe. Todos os Ritos forâneos (de terras
estranhas) são dignos e respeitáveis, merecem a
nossa fraterna consideração e estima. Queremo-
lhes todo o bem, ao nosso lado, mas não sob o
seu molde e a sua égide. Porque temos alma, ca-
ráter, visão e gênio próprio: inalienáveis; a Maço-
naria não tem Pátria , mas o Maçom a tem".

Após entregar o Grão Mestrado ao seu su-


cessor, o Irmão Álvaro Palmeira, passa a se dedicar
exclusivamente ao Rito Brasileiro.
Poderia ser o Soberano Grande Primaz do Ri-
to, mas por sua vontade, assumiu o cargo de Gran-

251
de Instrutor do Rito, cargo que ocuparia até a sua
passagem para o Oriente Eterno.
O Rito Brasileiro passou a se expandir, sendo
fundadas Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgicas em
vários Estados, mas as criticas ao Rito eram inúme-
ras.
Na realidade o ressurgimento do Rito Brasilei-
ro, não foi tão tranqüilo, como podem imaginar al-
guns Irmãos, houveram muitas criticas de adversá-
rios do Rito e ao Irmão Álvaro Palmeira (como hoje
ainda há, mais não na escala daquela época), e em
1970, se manifestou da seguinte maneira a essas
criticas em relação ao Rito Brasileiro:

 "Por que alguns maçons atacam o Rito Brasileiro,


se ele representa a maioridade maçônica do Pa-
ís".
 "Por que o repelem, se ele não veio tomar o lugar
de nenhum outro Rito e quer fraternalmente con-
viver com todos? Por que repudiam o seu titulo
gentílico, se isso não ofende os cânones univer-
sais? Por que agridem o Rito, se ele institui a
Evolução, mas a concilia com a Tradição, man-
tendo intacta a doutrina constitucional? Por que
condenam o seu preconicio Cívico, se isso não
contrafez as exigências da solidariedade huma-
na"?
 "A Maçonaria sempre aplaudiu a Moral, a Cultura
e o Civismo, trazidos de fora, do mundo profano,
mas agora o Rito Brasileiro, em seus Altos
Graus, quer apurar e desenvolver, entre as colu-
nas dos Templos, essas categorias fundamentais
da personalidade humana, porque a Maçonaria
não pode ser alienada, fugindo à Evolução, nem
pode ser, jamais, desnacionalizante, ignorando a
Pátria, em que atua".

252
 "O Rito Brasileiro, regular, legal e legitimo, é de
âmbito universal e pode ser praticado em qual-
quer pais não é um RITO NACIONALISTA, MUI-
TO MENOS xenófobo: se o fosse, seria a nega-
ção da Maçonaria. no Brasil, o Rito abre, frater-
nalmente seus braços acolhedores a todos os
homens de boa vontade; e com que orgulho e ca-
rinho exalta aqueles que, nascidos em, outras
terras, compreendem a sua gloriosa missão e ne-
la colaboram com entusiasmo e amor!".
 "É evidente que qualquer Maçom pode não ado-
tar ou não seguir o Rito Brasileiro e conservar-se
nos Ritos Tradicionais: é um direito seu, incontes-
te, absoluto, que todos hão de respeitar e com-
preender. Nenhum Maçom, porém, pode dene-
grir, ofender ou macular o Rito: é um crime ma-
çônico, injustificável, perverso e repulsivo. "Frau-
de de palavra é pior que fraude de dinheiro, "- lá
está no Livro Sagrado".
 "Quem são, realmente, no Brasil, os que comba-
tem e difamam o Rito, atingindo-o precisamente
num dos seus pontos mas expressivos, que é a
formação da Cidadania"?

Em 1973 quando da cisão do Grande Oriente


do Brasil, com o surgimento dos Grandes Orientes
Independentes, o Irmão Álvaro Palmeira, manteve-
se fiel, como também as Lojas do Rito Brasileiro, ao
Grande Oriente do Brasil.
Na época haviam 56 Lojas Simbólicas traba-
lhando no Rito Brasileiro, e apenas 4 acompanha-
ram os dissidentes, sendo que essas Lojas Simbóli-
cas: Labor e Civismo do oriente de Cataguases -
MG; Loja Monte das Oliveiras do oriente de Oliveiras
- MG; Loja Austeridade e Justiça do oriente de Sete
Lagoas - MG e Loja Estrela do Oeste de Minas do

253
oriente de Divinopolis - MG, fundaram em 13 de Ju-
lho de 1974 no Oriente de Cataguases Estado de
Minas Gerais, uma outra Oficina Chefe do Rito, o
Soberano Supremo Conclave Autônomo do Brasil
para o Rito Brasileiro, que existe até hoje.
Foi Fundador e Editor do Jornal "O Semea-
dor" veiculo de divulgação do Rito Brasileiro, da pri-
meira até a vigésima nona edição.
Escreveu e Editou todos os Documentos do
Rito até o seu numero 48, que passaram a ser um
dos Arcanos do Rito.
Esses Documentos eram textos e manifestos
feitos, sobre o Rito Brasileiro.
Em 1983, com 84 anos de vida, escreve, tal-
vez o único livro escrito pelo Irmão com o titulo:
- "Uma Caminhada no Tempo".
O Irmão Álvaro Palmeira recebeu do Grande
Oriente do Brasil, todos os Títulos de Recompensas
previstos na Constituição, pelos seus serviços pres-
tados a Ordem:

 Benemérito da Ordem.
 Grande Benemérito da Ordem.
 Comenda de D. Pedro I.
 Estrela da Distinção Maçônica.
 Cruz da Perfeição Maçônica.
 Grão Mestre Geral Honorário.
 Do Rito Brasileiro o de Grande Primaz Ho-
norário.

Na sua vida profana, recebeu inúmeras ho-


menagens de Sociedades Civis Constituída, entre
elas da Centenária Benemérita Sociedade Brasileira
de Geografia, o titulo de "Mestre em Brasilidade" em
24 de Maio de 1971, em que fez um discurso de
agradecimentos, que é uma Obra Prima de Civismo.

254
Alem da vida Maçônica o Irmão Álvaro Pal-
meira também teve uma intensa vida profana foi Jor-
nalista Editor dos seguintes Jornais:

 "A Colmeia".
 "O Imparcial".
 "Ä Voz do Povo".
 Revistas: "O Ensino" e "A Pátria".

Foi professor e diretor da "Escola Visconde de


Maúa" e da "Faculdade de Medicina do Rio de Janei-
ro", faculdade onde se formou Medico, gostava de
ser chamado de "PROFESSOR".
Na vida política foi Vereador da Cidade do Rio
de Janeiro em 1934, não tentou outros cargos políti-
cos, porque ficou desiludido com a vida política.
A seguir texto de um Editorial escrito pelo So-
berano Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil Irmão Francisco Murilo Pinto na comemoração
de 100 anos de nascimento do Irmão Álvaro Palmei-
ra:

 "Álvaro Palmeira pregou a renovação da Maço-


naria, amparada por dois principais suportes: a
Tradição e a Evolução. Aspirava a uma Maçona-
ria militante e preocupada com "todos os grandes
problemas nacionais e universais com implica-
ções ou conseqüências no futuro da Pátria e da
Humanidade". O trecho prospectivo que abre es-
te editorial foi produzido por ele no ano de 1971,
e mostra um cenário cujos traços cada vez mais
se avivam no mundo de hoje".
 "E não só desejava e não só labutava como de-
positava fé ardente num glorioso futuro para a
nobre Instituição à altura de suas gloriosas tradi-
ções. Homem como Álvaro Palmeira foi grande e

255
inolvidável (inesquecível) coluna que o século
dezenove e generosamente ofertou à centúria
em extinção, é lembrado nesta passagem de
tempo como paladino de progresso e do fortale-
cimento da Ordem".
 "O que mais impressiona no pensamento de Ál-
varo Palmeira, entretanto, é sua visão de futuro
e, dentro dessa visão, o papel que estava reser-
vado à Maçonaria no jogo das forças operantes
do próximo século, onde ele deve prevalecer pelo
seu inquestionável valor moral, fonte aglutinadora
de idéias e de inteligências que se desejem opor,
e que certamente se oporão, à onda avassalado-
ra de materialismo, de intolerância e de desinte-
resse pelo destino dos fracos que ameaça, hoje e
amanhã a pobre humanidade".
 "Para formação de seu conceito de Maçonaria
Renovada, Álvaro Palmeira observou a presença,
na História da culturas latinas, de valorosos Ma-
çons, mártires e heróis, que exerceram grande li-
derança, até na criação de nacionalidades, sem-
pre, porém, desvinculados da tradição maçônica,
expressa nos Rituais. Defendia que é indispen-
sável à Maçonaria adaptar-se aos novos tempos,
não para a eles submeter-se, mas para dentro
deles surgir e atuar, em lugar decisivo, passando
de objeto a sujeito da Historia".
 "E a esta altura do processo mundial, a quem
restará duvida sobre a necessidade premente de
um fator que ponha ordem no caos moral e espi-
ritual e, de alguma forma, consiga frear no mundo
a corrida do egoísmo, do ódio e da insensibilida-
de? Álvaro Palmeira, otimista, embora angustia-
do, tinha na memória as palavras bíblicas: "E sai-
rá uma fonte da Casa do Senhor e regará a vala
das acácias"(Joel 4,18)".

256
 "Por isso, pôde formular este venturoso pensa-
mento: "Só a Maçonaria Renovada pode enviar à
Humanidade do Ano 2000 - que são os nossos fi-
lhos de hoje - a mensagem de que ele necessita:
o Compromisso de que propugnará quando lhe
caiba, para a instauração de um mundo de Justi-
ça, Liberdade e Paz, sob o inalienável primado
do Espirito" (1971)".

A seguir um texto escrito pelo IrFernando de


Faria Grande Secretario Geral de Orientação Rtua-
lística Adjunto para o Rito Brasileiro e Soberano
Grande Regente do Rito Brasileiro, escrito na co-
memoração de 100 anos de nascimento de Álvaro
Palmeira:

 "Imperceptível prenúncio, tive a primeira noticia


do professor Palmeira entre uma aula e outra, em
informação coloquial do estimado colega no tra-
balho da Faculdade de Engenharia, Fundação
Souza Marques, 1972, Rio de Janeiro. Ednaldo
Coelho, seu nome. Sabendo-me Maçom, embora
ele mesmo não fosse dos quadros, falava-me o
Coelho, quase todas as noites, do professor Pal-
meira, membro da fundação, dando-me conta de
o velho haver criado um Rito diferente, fato que a
um Mestre Maçom noviço, ignorante das coisas
da Ordem, parecia imaginativo, senão falso. Que
Ignorância".
 "Só muitos anos depois conheceria pessoalmen-
te o nosso herói e haveria de compreender: de
fato Palmeira criara um Rito novo, espantosa-
mente tendo escrito todos os Rituais necessários
à prática de um sistema em 33 graus (bem ao
gosto brasileiro), sem violar qualquer dos precei-
tos da ortodoxia universal da Franco-maçonaria

257
e, o que é melhor, dotando o Rito de um estrutura
admirável, diferente e nacional".
 "Não sei bem que função Palmeira, naquela épo-
ca já com 73 anos, exercia na Fundação, Colégio
e Faculdade. Só sei que ali comparecia com dis-
ciplina kantiana todos os dias úteis, deslocando-
se de seu apartamento em um fim de rua bucóli-
co junto ao Rio Maracanã, Tijúca, Rio de Janeiro,
até o distante subúrbio de Cascadura - cujas be-
lezas, cá entre nós, não posso falar - onde ficava
seu escritório. Dizem que Kant era tão pontual
que os moradores de Konigsberg acertavam no
relógio por sua passagem diária, sempre no
mesmo ritmo e trajeto, sem faltas, em direção ao
trabalho ou retornando à casa. Um homem ex-
tremamente metódico, de pequena estatura e fí-
sico frágil - Kant. Palmeira também".
 "Devo dizer: Palmeira extremamente metódico,
organizou pastas e mais pastas, envelopes, tudo
devidamente classificado, contendo obra inédita,
manuscrita, aquela letra característica dos anti-
gos, obrigados, na escola, à disciplina da caligra-
fia. Certa vez, quando preparávamos uma edição
de O Semeador, jornal que ele fundara para o Ri-
to Brasileiro, tive a ousadia de dizer ao mestre da
necessidade de passar a limpo e submeter a um
fichário aquele imenso material que vinha acumu-
lando em maços. "Faltam as adendas", foi a res-
posta negativa".
 "Debalde muitos, e de maior prestigio, tentaram
convencê-lo da publicação ainda em vida. Debal-
de alguns ainda falam nestes papeis sumidos do
grande público, por certo guardados por mãos
ciumentas que não compreendem o significado
do que pode ali estar registrado. Uma pena, para
todos nós".

258
 "Pequena estatura, físico frágil. Mas porte de um
líder. A voz. A didática. Os conceitos emitidos por
Palmeira. Desculpar-me-ão os mais ilustres: não
conheço Maçom Brasileiro que tenha formulado
tanto material doutrinário. Sem dúvida ainda ca-
rente de interpretação minuciosa, porém capaz
de trazer novas e significativas luzes e caminhos
à Maçonaria no Brasil. Daí a paixão que Palmeira
inspira nos antigos".
 "E deixou tanta saudade. Como tenho encontra-
do velhos Maçons (e bota velho nisso), contando
da magnificência dos seminários, os templos re-
pletos, pulsando de cultura, de civismo, de mora-
lidade".
 "Em 1991, 4 de Maio, vi o mestre pela última vez
(logo iniciaria o longo retiro para a Passagem fi-
nal). O Templo Nobre do Lavradio superlotado.
Compareceu, nonagenário, por certo o ultimo ato
maçônico de sua longa e frutífera carreira. En-
vergava, com o aprumo de sempre, trajes do
grau 33, Rito Escocês Antigo e Aceito. Ocupou o
sólio, com destaque. A seu lado o José Coelho,
também pessoa de destaque na administração
da Souza Marques, Grão Mestre estadual ainda
não empossado. Cerimonia matrimonial, e como
o Irmão escalado tivesse adoecido, coube a mim
(não mais o noviço da Souza Marques) dirigir o
Ritual. Um dos poucos Rituais Especiais escritos
por Palmeira. Pena que não tive o sentido atento
para registrar as palavras exatas, mas estou cer-
to, ele me disse em certo instante: "vais bem, é
isso mesmo".
 "A lembrança de Palmeira a tenho assim de mo-
do estritamente pessoal, mítica. Desenvolve-se
em sonhos e esperanças, mas dáme gosto espe-
cial pela prática maçônica, anima-me nas jorna-

259
das culturais de que ele tanto gostava, impõe-me
a renúncia das honrarias, mas não do ideal, re-
serva-me o direito de imaginar em uma Ordem
utópica, os Irmãos agradáveis uns aos outros,
compartilhando elevados valores morais, no obje-
tivo comum de sermos felizes e comunicarmos
felicidade. Estas são lembranças. Ele mesmo
pertence à eternidade".

Eis as palavras do Soberano Grande Primaz


do Rito Brasileiro Irmão Nei Inocencio dos Santos:

 "O Rito Brasileiro teve duas reimplantações sem


resultados. E só foi reimplantado com sucesso
em 1968, na gestão do Irmão Álvaro Palmeira no
Grão Mestrado Geral do Grande Oriente do Bra-
sil".
 "De 1940 até 1968 não se falava em Rito Brasi-
leiro, o Rito estava completamente adormecido. A
Ultima Loja tinha sido fundada em 1954, mas to-
das as Lojas que vinham sendo fundadas espo-
radicamente nos Estados não progrediam porque
não possuíam Rituais. Por isso na Reimplantação
de 1968, não havia nenhuma Loja funcionando. E
quando o Irmão Álvaro Palmeira anuncio em seu
gabinete do Palácio do Lavradio que ia reimplan-
tar o Rito Brasileiro, que seria o Rito Escocês Ra-
tificado, ele já tinha preparado pessoalmente to-
dos os Rituais, desde o Grau 4 ao 32, incluindo
os três graus simbólicos, o que somados repre-
sentavam o grande alicerce do Rito Brasileiro".
O Irmão Álvaro Palmeira partiu para o Oriente
Eterno em 19 de Agosto de 1992, com 93 anos de
idade e 72 anos de vida maçônica ininterrupta, dei-
xando o Rito Brasileiro totalmente Estruturado a ní-
vel Simbólico e Filosófico.

260
Pelos relatos acima discretos, podemos afir-
mar, que neste século não teve um Maçom que deu,
e prestou tantos serviços pela Maçonaria Brasileira,
quanto o Irmão ÁLVARO PALMEIRA:

 Colou os graus máximos nos Ritos: Fran-


cês, Escocês Antigo e Aceito e Brasileiro
de Maçons Antigos Livres e Aceitos.
 Foi Conselheiro Federal da Ordem.
 Foi Presidente da Poderosa Assembléia
Legislativa Federal.
 Foi Grão Mestre Geral Adjunto, e também
Grão Mestre Geral do G O B.
 Fundou a Grande Loja do Brasil uma Po-
tência Simbólica.
 Fundou o Grande Oriente Unido outra po-
tência Simbólica, onde foi Grão Mestre Ge-
ral.
 Ocupou todos os cargos de destaques na
Estrutura Maçônica Brasileira.
 Implantador vitorioso do "RITO BRASILEI-
RO DE MAÇONS, ANTIGOS, LIVRES E
ACEITOS", que se constitui hoje, após 32
anos, no segundo Rito mais praticada no
Brasil, estruturado em todos os Estados da
Federação.

O G OB homenageou o Ir Álvaro Pal-


meira, quando da inauguração do Palácio Maçônico
em Brasília, dando o nome ao Templo Nobre de
"ÁLVARO PALMEIRA".

TRATADO DE AMIZADE E
ALIANÇA MAÇÔNICA DO

261
GOB COM RITO BRASILEIRO.

Transcreve-mos abaixo na integra este Trata-


do de Amizade e Aliança Maçônica do Grande Ori-
ente do Brasil com o Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos:

 "O Grande Oriente do Brasil, Potência Simbólica


e Soberana, e o Soberano Supremo Conclave do
Brasil para o Rito Brasileiro, ambos com sede à
rua do Lavradio, 97, ao Vale do Rio de Janeiro,
Estado do Rio de Janeiro, hão por bem afirmar
por este instrumento a Amizade e Aliança, que
devem existir entre as referidas Potências".

Art. 1º - O Soberano Supremo Conclave do


Brasil para o Rito Brasileiro (nas demais cláusulas
denominado apenas de Soberano Supremo Concla-
ve) reconhece o Grande Oriente do Brasil como úni-
ca Autoridade regular, legitima e soberana, exclusi-
va, no Brasil, para os três graus simbólicos.

Art. 2º - Por seu lado, o Grande Oriente do


Brasil reconhece o Soberano Supremo Conclave
como única Potência regular, legal, legitima, sobera-
na e Chefe do Rito com exclusiva Autoridade e juris-
dição no Brasil.

Art. 3º - O Soberano Supremo Conclave, por


este instrumento, abre mão do direito de fundar Lo-
jas Simbólicas e de iniciar nos três primeiros graus
do Rito.

262
Art. 4º - Por seu lado o Grande Oriente do
Brasil compromete-se, no Rito Brasileiro, a só iniciar
nos três primeiros graus.

Art. 5º - Todo Maçom, membro de qualquer


Oficina da Jurisdição do Soberano Supremo Concla-
ve, é obrigado a pertencer a uma Loja da Jurisdição
do Grande Oriente do Brasil que pratique os graus
simbólicos do Rito, figurando como membro Ativo de
seu Quadro, em pleno gozo de seus direitos maçôni-
cos, observada a disposição do Artigo 7º .

Art. 6º - Cada um dos Altos Corpos contratan-


tes rege-se pelas leis que adota e é inteiramente in-
dependente na aplicação de taxas às Oficinas, Altos
Corpos e Maçons de sua respectiva jurisdição, sem
interferência de um na economia privativa do outro.

Art. 7º - Qualquer das Altas Partes Contratan-


tes e soberana dentro de suas próprias leis, para
suspender, excluir, expulsar ou eliminar Obreiro de
sua Obediência, devendo a suspensão, exclusão,
expulsão ou eliminação ser comunicada imediata-
mente à outra Alta Parte, para sua apreciação.

Art. 8º - O Grande Oriente do Brasil excluirá


de sua Jurisdição todo Maçom que se filiar ou in-
gressar em qualquer Oficina de Altos Graus, estra-
nha à Jurisdição do Soberano Supremo Conclave e
das demais Jurisdição das Oficinas Chefes de Rito,
reconhecidas pelo mesmo Grande Oriente. Por sua
vez, o Soberano Supremo Conclave procederá de
igual modo em relação a qualquer irmão, que se filiar
ou ingressar em Loja Simbólica fora da Jurisdição do
Grande Oriente do Brasil.

263
Art. 9º - Reserva-se o Soberano Supremo
Conclave o direito, inerente às suas funções de
Grande Oficina Chefe do Rito, exclusiva Reguladora
e Guardiã de seus Arcanos, de formular a doutrina
ortodoxa dos Rituais dos três graus Simbólicos, as-
sim como dos Rituais Especiais às variadas Cerimô-
nias litúrgicas, que alem de Iniciação, também se
praticam no Simbolismo, fornecendo ao Grande Ori-
ente do Brasil cópias autênticas de seu trabalho, pa-
ra considerações dessa Potência.

Art. 10º - Nas Sessões econômicas das Lojas


Simbólicas, os Obreiros do Quadro, de grau de Mes-
tre ou Superior, colocarão aos nomes as siglas M
M.

Nessas Sessões os Irmãos visitantes poderão


assinalar o Alto Grau, que possuírem, o que, entre-
tanto, nenhuma prerrogativa especial lhes conferirá.
§ 1º - Nas Sessões Magnas (salvo as de Inici-
ação, passagem a Companheiro e Exaltação a Mes-
tre, Filiação e Regularização) é licito aos Obreiros do
Quadro e Irmãos visitantes, que possuam graus su-
periores ao de Mestre, comparecer revestidos de
suas insígnias e colocar após os nomes os seus
respectivos graus.
§ 2º - Um Irmão visitante, no caso de repre-
sentar o Soberano Supremo Conclave ou Alto Corpo
da Obediência Litúrgica, gozará das honras e prer-
rogativas do protocolo, inerente ao seu grau e quali-
dade.
Art. 11º - Para garantir de um lado a unidade
da Família Maçônica Brasileira, e de outro a inde-
pendência das Altas Partes contratantes, estas, por
força deste Tratado:

264
- Funcionarão no mesmo edifício possuindo
porém, cada uma os Templos e Salas destinadas
aos seus trabalhos maçônicos e administrativos.
- Manterão os funcionários administrativos
próprios, necessários aos seus serviços.
- Organizarão as tabelas de emolumentos e
os respectivos orçamentos anuais, de receita e des-
pesas.
- Elaborarão as leis, rituais e regulamentos de
seu uso particular e competência, e mais efeitos ma-
çônicos.
- Terão escrita financeira e patrimonial inde-
pendente.

Art. 12 - Os Rituais dos graus Simbólicos e


demais Rituais do Simbolismo constituem renda ex-
clusiva do Grande Oriente do Brasil.

Art. 13 - A renda dos emolumentos do Rito


Brasileiro, relativa à elevação de graus, acima do de
Mestre e respectivos cartões, pertence exclusiva-
mente ao Soberano Supremo Conclave, que arreca-
da diretamente.

Art. 14 - Fica a cargo do Grande Oriente do


Brasil a administração dos bens móveis e imóveis da
Ordem Maçônica, bem como a manutenção, conser-
vação e policiamento do edifício em que funcionam
as Altas Partes Contratantes.

Art. 15 - As duas Altas Partes contratantes só


reconhecerão Maçons a elas pertencentes, que es-
tejam no gozo dos direitos maçônicos ou que per-
tençam a Potências Maçônicas reconhecidas por
uma das Partes. Obrigam-se ainda à mutua comuni-
cação de reconhecimento de outras Potências. Per-

265
mutarão igualmente as respectivas publicações ofi-
ciais.

Art. 16 - O Soberano Supremo Conclave e as


Oficinas de sua Obediência só concederão eleva-
ções de graus de sua competência e expedirão Cer-
tificados, Diplomas, Breves, Patentes e Carteiras de
identidade Maçônica aos Maçons que provarem sua
regularidade no Grande Oriente do Brasil, devendo
todos possuir atualizado o Cadastro Geral da Or-
dem, em uso nessa Potência Simbólica.

Art. 17 - O Grande Oriente do Brasil comuni-


cará ao Soberano Supremo Conclave a fundação de
novas Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro e a expe-
dição da respectiva Carta Constitutiva, e também a
incorporação ou reincorporarão de Lojas Simbólicas
e a regularização de Maçons do Rito Brasileiro. Por
sua vez, o Soberano Supremo Conclave comunicará
ao Grande Oriente do Brasil a nomeação e dispensa
de seus Delegados, a expedição de Patentes e Car-
tas para Sublimes Capítulos, Grandes Conselhos e
Altos Colégios necessários aos trabalhos do Rito em
todo o território nacional.

Parágrafo Único - O Soberano Supremo Con-


clave determinará às Lojas Simbólicas, que organi-
zem seus Sublimes Capítulos, tendo administração,
escrita e econômica própria, completamente inde-
pendente e separados da Oficina Base.

Art. 18 - Os Diplomas, Breves e Patentes dos


graus 4 ao 33 têm registro exclusivo na Grande Se-
cretaria da Magna Reitoria.

266
Art. 19 - É licito ao Soberano Supremo Con-
clave enviar às Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro
da Jurisdição do Grande Oriente do Brasil publica-
ções ou instruções exclusivamente de natureza Li-
túrgica ou referentes ao Rito Brasileiro.

Art. 20 - A execução de todas as Cerimônias


litúrgicas do Simbolismo compete ao Grande Oriente
do Brasil. A instalação de Veneráveis Mestres e a
Sagração de Templo, poderão ser realizados pelo
Soberano Supremo Conclave.

Art. 21 - Em obediência ao principio da com-


pleta separação entre governos da Maçonaria Sim-
bólica e da Maçonaria Filosófica, as Altas Partes
contratantes têm por incompatíveis:

- Qualquer dos cargos de Grão Mestre Geral


e Grão Mestre Geral Adjunto com qualquer dos car-
gos de Grande Primaz e Grande Regente.
- Qualquer dos cargos de Grandes Secretá-
rios Gerais do Grande Oriente do Brasil com qual-
quer dos cargos de Grande Secretario da Magna
Reitoria e Grande Chanceler da Magna Reitoria.
- Qualquer dos cargos de Grão Mestre Esta-
dual, Grão Mestre Estadual Adjunto e Grande Secre-
tario Estadual com qualquer dos cargos de Delegado
Litúrgico, Grande Prior e Egrégio Mestre.

Parágrafo Único - A posse em cargo conside-


rado incompatível pelo Maçom que já estiver em
cargo do Grande Oriente do Brasil ou do Soberano
Supremo Conclave, importará na perda do cargo,
que vinha exercendo.

267
Art. 22 - Quando um Alto Corpo Litúrgico con-
vidar o Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil a comparecer a qualquer cerimônia, permissí-
vel pelo alto grau que possua, será ele recebido con-
juntamente com o Grande Primaz, o mesmo ocor-
rendo nas Lojas Simbólicas. Analogamente se pro-
cederá com as demais Dignidades de uma e de ou-
tra Potência.

Art. 23 - As Altas Partes contratantes reco-


nhecem e acatam reciprocamente a legislação vi-
gente em ambas as Jurisdições, mas só se obrigam
expressamente aos dispositivos do presente Trata-
do.

Art. 24 - Em protocolos adicionais, assinados


em conjunto pelo Grão Mestre Geral e pelo Grande
Primaz, serão solucionados, de comum acordo, os
casos omissos.

Art. 25 - O presente Tratado vigorará por tem-


po indeterminado, podendo ser denunciado por
qualquer das partes, por meio de Prancha dirigida ao
Grão Mestre Geral ou ao Grande Primaz. Conforme
o caso, com antecedência de 12 (doze) meses.

Art. 26 - Este Tratado entrará em vigor a partir


de sua retificação pelo Soberano Supremo Conclave
do Brasil para o Rito Brasileiro e pela Soberana As-
sembléia Federal Legislativa do Grande Oriente do
Brasil.

As Grandes Secretarias Gerais do Grande


Oriente do Brasil e do Soberano Supremo Conclave
do Brasil para o Rito Brasileiro, ficam encarregados
da publicação e notificação do presente Tratado a

268
todas as Oficinas, Altos Corpos e Maçons da Fede-
ração e às Potência Maçônicas Estrangeiras. E, as-
sim, justos e contratados, firmam o presente, o Grão
Mestre Geral, o Grande Secretario Geral de Adminis-
tração, o Grande Secretario Geral de Relações Ma-
çônicas e o Grande Secretario Geral da Guarda dos
Selos do Grande Oriente do Brasil, e o Grande Pri-
maz, Grande Secretario e Grande Chanceler do Rito
Brasileiro.
Dado e traçado no Salão Nobre do Palácio
Maçônico à rua do Lavradio n.º 97, na cidade do Rio
de Janeiro (Estado da Guanabara), Brasil, no 4º dia
da Luz de Sivan do ano mundis 5968 (10 do mês de
Junho de 1968 da Era Vulgar).

 Ass.) ÁLVARO PALMEIRA.


Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil
 Ass.) ADHEMAR FLÔRES.
Grande Secretario Geral de Administração.
 Ass.) HUMBERTO CHAVES.
Grande Primaz do Soberano Supremo
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro.
 Ass.) ARDEVALDO RAMOS.
Grande Secretario Geral do Soberano Su-
premo Conclave.
 Ass.) EUGÊNIO MACEDO MATOSO.
Grande Secretario das Relações Maçônicas.

Este Tratado de Amizade e Aliança Maçônica,


vem sucessivamente sendo mantido pelas varias al-
terações da Constituição do Grande Oriente do Bra-
sil, isso poderá ser verificada na Constituição de
1999 em seu artigo 137, e no Regulamento Geral da
Federação em seu artigo 230.
.

269
TRATADO DE AMIZADE E
ALIANÇA MAÇÔNICA DO
RITO BRASILEIRO
COM O RITO ADONHIRAMITA.

Transcrevo abaixo na integra o Tratado de


Amizade e Aliança Maçônica entre o Rito Brasileiro
de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Rito Adonhi-
rami-
ta:

 "O Tratado de Amizade, Mútuo Reconhecimento


e Aliança, que firmam, o Soberano Supremo
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de Ma-
çons Antigos, Livres e Aceitos e o Excelso Con-
selho da Maçonaria Adonhiramita, ambas com
sede na cidade do Rio de Janeiro e Jurisdição
em todo o Território do Brasil":

I - O Supremo Conclave do Brasil para o Rito


Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o
Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, reco-
nhecem-se, mutualmente como Potências Maçôni-
cas Filosóficas, regulares, legais e legitimas, com
autoridades e jurisdição sobre os Maçons das res-
pectivas obediências em todo o território da Repúbli-
ca Federativa do Brasil.

II - Reconhecem, outrossim, o Supremo Con-


clave do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons An-
tigos, Livres e Aceitos e o Excelso Conselho da Ma-
çonaria Adonhiramita que conteúdo hermético e filo-
sófico dos perfeitos e sublimes graus das respecti-

270
vas hierarquias constituem perfeito sincretismo no
que concerne ao ideal supremo da Maçonaria Uni-
versal, qual seja o de conduzir o Homem ao Principio
Transcendentes - o Supremo Arquiteto do Universo.

III - Assim identificados e mutualmente reco-


nhecidas e em testemunho de sua fraternal amizade
e perfeita aliança, estabelecem as supramenciona-
das Potências o seguinte:

1 - Haverá equivalência entre os graus das


hierarquias das Altas Partes contratantes assegura-
do aos Maçons das respectivas obediências o direito
de freqüentarem trabalhos litúrgicos de Lojas, Capí-
tulos e Altos Corpos de ambas, desde que se identi-
fiquem por meio de documentos hábeis pelas mes-
mas expedidos.

2 - Considerada a hierarquia de maçom, será


o mesmo recebido nas Oficinas Litúrgicas ao Alto
Corpo, a que tiver acesso como visitante, com as
honrarias, privilégios e distinções que as mesmas
conferirem, habitualmente, aos membros dos res-
pectivos quadros.

3 - O maçom excluído, ou expulso do quadro


de obreiros de qualquer das signatárias não será to-
lerado, como visitante em qualquer Oficina Litúrgica
ou Alto Corpo que lhes forem subordinados, nem em
qualquer deles será admitido por iniciação ou filia-
ção.

4 - As Altas Partes signatárias recomendarão


aos maçons das respectivas obediências:
a) - a mais estreita colaboração quando se
tratar de desempenho de atividades de caráter social

271
que interesse ao bem da Ordem em geral, da Pátria
e da Família;
b) - prestigiarem, mutualmente, as Oficinas Li-
túrgicas e Altos Corpos, quando da realização de
festividades cívicas ou maçônicas;
c) - prestigiarem-se, mutualmente, nas ses-
sões especiais ou magnas de caráter litúrgico;
d) - manter a mais exemplar fraternidade.

IV - As Altas Partes signatárias consultar-se-


ão, mutualmente, sobre assuntos de relevante inte-
resse para a Maçonaria, a Pátria e a Humanidade.

V - As Altas Partes signatárias esforçar-se-ão


pela maior união da Família Maçônica Brasileira, tan-
to no Simbolismo como no Filosofismo, e reafirmam
reconhecer o Grande Oriente do Brasil como única
Potência para o governo dos graus simbólicos de
Aprendiz, Companheiro e Mestre.

VI - O presente Tratado de Aliança, Mútuo


Reconhecimento e Amizade entre em vigor na data
de sua assinatura.

Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 1974.

 Ass.) Dr. Cândido Ferreira de Almeida


Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro.

 Ass.) Dr. Aylton de Menezes


Magnifico Patriarca Regente do
Rito Adonhiramita.

TRATADO DE AMIZADE E
272
ALIANÇA MAÇÔNICA DO
RITO BRASILEIRO
COM OUTROS RITOS.

A - RITOS MAÇÔNICOS.

No século XVIII inicio da Maçonaria Especula-


tiva, existiram mais de setenta Ritos Maçônicos.
Hoje no século XXI, segundo vários estudio-
sos Maçônicos, existem no mundo mais de 200 Ritos
Maçônicos.
E entre esses mais de 200 Ritos, há inúmeros
Ritos de nomes Nacionais: Mexicano, Escandinavo,
Francês, Alemão, Ucraniano, e muitos outros.
Alem do Rito Brasileiro de Maçons Antigos,
Livres e Aceitos, o Grande Oriente do Brasil, adota
em suas Lojas Simbólicas os seguintes Ritos:

I - Rito de York (Emulação).


II - Rito Escocês Antigo e Aceito.
III - Rito Francês ou Moderno.
IV - Rito Adonhiramita.
V - Rito Schroder.

I - RITO DE YORK (EMULAÇÃO).

Esse Rito é de origem Britânica, é anterior a


Maçonaria Especulativa, a historia do Rito é bastante
longa, o que não é nossa intenção tratarmos de sua
base histórica.
O termo correto para designar esse Rito seria,
Emulação, no Brasil é que se usa o termo York.

273
É o Rito mais praticado no mundo maçônico,
chegando a 3/5 das Lojas Maçônicas mundiais.
No Brasil é adotado pelo Grande Oriente do
Brasil e pelas Grandes Lojas Brasileiras, são poucas
as Lojas Simbólicas que praticam esse Rito.
O Grande Oriente do Brasil tem tratado de
Amizade e Aliança Maçônica assinada com o Rito de
Emulação, através da Grande Loja Unida da Ingla-
terra, esse tratado foi assinado em 1935.
Quando da assinatura desse Tratado em
1935, ficou sob a responsabilidade da Loja Distrital
Inglesa, as Lojas então existentes na época, e as
Lojas a serem fundadas, ficariam sob a responsabili-
dade do Grande Oriente do Brasil.
Os Altos Corpos do Rito de York são chama-
dos de Capitulo do Arco Real, que estão sob a Ju-
risdição da Grande Loja Unida da Inglaterra.
No Brasil são subordinados ao Grande Capi-
tulo Distrital, sob a direção da Grande Loja Distrital,
que por conseguinte, é a Loja que representa a
Grande Loja Unida da Inglaterra.
No oriente do Rio de Janeiro tem dois Capítu-
los: Guanabara nº 5557 e James Anderson nº 7768.
No oriente de São Paulo tem quatro Capítu-
los: Silver Jubilee nº 5560; Centenary nº 5564;
Campos Sales nº 5565 e Santo Amaro Fênix nº
7250.
No oriente de Santos tem o Capitulo Wande-
rer nº 5562.
Os Capítulos do Real Arco Americano estão
subordinado ao The General Grand Chapter of. Ro-
yal Arch Masons International (Grande Capitulo Ge-
ral de Maçons do Real Arco Internacional), que dirige
todos os Capítulos Mundiais do Real Arco America-
no, e no Brasil há dois capítulos subordinados: um
no oriente do Rio de Janeiro, o Capitulo José Guima-

274
rães Gonçalves n.º 1 de Maçons do Real Arco, e ou-
tro no oriente de Porto Alegre, o Capitulo Thomas
Smith Webb de Maçons do Real Arco, estes Capítu-
los esta aberto a todos os Mestres Maçons Regula-
res do Brasil, independente de Rito e de Potências.

II - RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

O Rito Escocês Antigo e Aceito tem uma his-


toria também bastante longa, que não será aqui rela-
tado.
A base Maçônica do Rito na face Especulati-
va, surgiu no Século XVIII, mas precisamente em
1786, sob forte influencia dos Ritos de Heredon ou
de Perfeição fundado em 1758 e do Rito de Namur
fundado em 1770, ver Capitulo: "Regularidade" e
Reconhecimento de Rito".
O Rito Escocês Antigo e Aceito, surgiu no
Brasil em 1929, com a fundação da Loja Simbólica
Educação e Moral, foi fundador e primeiro Venerável
Mestre desta Loja foi o Irmão Joaquim Gonçalves
Ledo.
A Oficina Chefe, que tem tratado de Amizade
e Aliança Maçônica com o Grande Oriente do Brasil,
é o Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês
Antigo e Aceito, fundada em 12 de Novembro de
1932, pelo Irmão Francisco Gê Acayaba de Mon-
tezuma, que se tornou o primeiro Grande Comenda-
dor do Rito no Brasil.
A oficina Chefe do Rito Escocês que tem re-
conhecimento com todos os Supremos Conselhos
Mundiais, é o Supremo Conselho do Grau 33 do Rito
Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a Repu-
blica Federativa do Brasil, com sede em Jacarepa-
guá no Oriente do Rio de Janeiro, esta ligado as
Grandes Lojas Brasileiras, esse Supremo Conselho

275
se diz fundado em 12 de Março de 1929, com inten-
ção de diferenciar-se do Supremo Conselho para o
Brasil do Rito Escocês Antigo e Aceito, com sede em
São Cristóvão oriente do Rio de janeiro.
Na realidade tratasse do mesmo fundador,
pois quem trouxe o Supremo Conselho do Rito Es-
cocês para o Brasil, foi o irmão Francisco Gê Acaya-
ba de Montezuma, que recebeu a Carta Constitutiva
do Supremo Conselho do Rito Escocês da Bélgica,
datada de 12 de Março de 1929, e sua instalação foi
realizada em 12 de Novembro de 1932.
Portanto esses dois Supremos Conselho Es-
coceses são os mesmos, é apenas um querendo se
diferenciar do outro, usando data de fundação dife-
rente, tudo isto, em vista da grande cisão ocorrida no
Escocismo no Brasil em 1927/29.
No Brasil há vários Supremos Conselhos,
alem dos dois relatados acima.
Há um outro com sede em Porto Alegre, que
tem ligações com os Grandes Orientes Independen-
tes (COMAB - Confederação da Maçonaria Brasilei-
ra), trata-se do Supremo Conselho do Rio Grande do
Sul do 4º ao 33 º do Rito Escocês Antigo e Aceito,
fundado em 1894.
O Rito Escocês Antigo e Aceito é adotado por
todas as Potências Maçônicas Brasileiras, é tam-
bém o Rito majoritário no Brasil.
Em Abril de 1969, o Supremo Conselho do
Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, editou
uma "Circular nº 01/69", com uma clara e nítida
preocupação com o Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, que havia sido reerguido re-
centemente um ano antes, em 1968, destaco alguns
assuntos ali descritos:

276
CIRCULAR Nº 01/69.

VISITANTES.

Solicitamos a máxima atenção das Oficinas


Litúrgicas de nossa jurisdição para o que determina
o Artigo 62 dos Estatutos do Supremo Conselho:

 "Nenhuma Oficina do Rito poderá receber em


seu seio, como visitantes, a qualquer Irmão cujo
papéis não estejam em regra, provando sua qua-
lidade e atividade. Para Irmãos estrangeiros é
absolutamente necessário o visto da Grande Se-
cretaria do Santo Império".

Assim, além do Cartão de Identidade e Cartão


de grau, devem as Oficinas exigir do irmão a Palavra
Anual instituída pelo Decreto nº 104 de 05 de Se-
tembro de 1962, e regulamentada pelo Decreto nº
133, de 04 de Fevereiro de 1966.

INCOMPATIBILIDADES.

Artigo 84 dos Estatutos do Supremo Conse-


lho:

 "O Soberano Supremo Conselho do Rito Escocês


Antigo e Aceito manterá as mais fraternais rela-
ções com os demais Ritos, estabelecendo, po-
rém, que os Cargos do Sacro Colégio, bem como
as das administrações das Oficinas Litúrgicas
subordinadas são incompatíveis com as da ad-
ministração de qualquer outro Rito".

277
Não será permitido, portanto, o exercício si-
multâneo de cargos administrativos no Rito Escocês
e qualquer outro Rito.

Nota do autor:

 "Estas exigências estão valendo ate hoje".

EQUIVALÊNCIA DOS GRAUS.

Diz o texto:

 "É certo que o grau 7 do Rito Moderno (Francês)


corresponde ao grau 12 do Rito Adonhiramita e
ao grau 18 do Rito Escocês".
 "Não ha equivalência de graus nos três Ritos. Há
correspondência ou correlação de nomenclatura.
Um Rosa Cruz grau 7 do Rito Moderno corres-
ponde ao Rosa Cruz grau 12 do Rito Adonhirami-
ta e ao Rosa Cruz grau 18 do Rito Escocês. Mas
não são equivalentes, não valem o mesmo como
substancia, porque a extensão do conteúdo dou-
trinário não é do mesmo peso e qualidade. Cada
Rito tem sua própria doutrina: é uma escola ma-
çônica, apresentando caracteres próprios. Por is-
so, se um Rosa Cruz do Rito Moderno ou Adonhi-
ramita quiser filiar-se a um Capitulo escocês, terá
de receber a instrução dos graus escoceses do
grau 4 ao 18 e prestar, em seguida, o novo com-
promisso litúrgico".

Fica, assim esclarecido que não existe equi-


valência de graus, não apenas quanto aos Ritos
mencionados, mas com todo e qualquer Rito diferen-
te do Escocês Antigo e Aceito.
Nota do Autor:

278
 "A equivalência de Graus não se aplica ao Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos".

GRAUS SIMILARES.

Tendo sido criado um novo Rito, com caracte-


rísticas idênticas ao Rito Escocês Antigo e Aceito, o
Supremo Conselho, esclarece que não há equiva-
lência de graus, o que esta especificamente definido
na Lei do Escocismo.

Artigo 4º - "Os graus similares aos do esco-


cismo, acima do de Mestre, conferidos por um corpo
Maçônico local, não são reconhecidos pelos Supre-
mos Conselhos Confederados, e Consequentemen-
te, os irmãos dependentes de outro poder maçônico,
não são admitidos nas Oficinas Escocesas senão
até o grau de Mestre inclusive e somente na exten-
são do território de cada Supremo Conselho".

Artigo 5º - "Os Maçons pertencentes a Corpos


regulares reconhecidos não poderão gozar dos privi-
légios reservados aos membros que fazem parte da
Confederação, senão colocando-se sob a jurisdição
do Supremo Conselho Escocês constituído para o
território onde residem e obtendo a regularização de
seus títulos maçônicos a começar do grau 3".

Alertamos as Oficinas do Rito a se precave-


rem consta a exibição de documentos de altos graus
semelhantes aos do escocismo, os quais, segundo a
Lei, não são reconhecidos pelo Supremo Conselho
do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito.
Nota do Autor:

279
 "As citação referida a um novo Rito, é com rela-
ção ao Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
e Aceitos".
 "Como vimos nas citações acima descritas, são
todas diretamente colocadas em relação ao Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, e
estão em validade até os dias de hoje, isso já no
século 21".

III - RITO FRANCÊS OU MODERNO.

O Rito Francês foi fundado na França em 24


de Dezembro de 1772, e seu fundador foi o Irmão
Louis Philippe Joseph.
Foi juntamente com o Rito Adonhiramita, os
primeiros Ritos adotados por Lojas Simbólicas Brasi-
leiras.
É adotado pelo Grande Oriente do Brasil,
possui poucas Lojas trabalhando nesse Rito, e pos-
sui uma Estrutura de 7 Graus.
Sua Oficina Chefe tem sede no Oriente do Rio
de Janeiro com a denominação de Supremo Conse-
lho do Rito Moderno Para o Brasil.

IV - RITO ADONHIRAMITA.

O Rito Adonhiramita foi fundado na França


em 1787, pelo Irmão Barão Theodore Tchoudy.
Foi junto com o Rito Francês, os primeiros Ri-
tos Maçônicos adotados pelas Lojas Brasileiras.
Possui um Estrutura de 33 Graus, antes pos-
sui 13 graus.
É adotado pelas Lojas Simbólicas do Grande
Oriente do Brasil e Grandes Orientes Independentes.

280
Os Altos Graus está subordinado a sua Ofici-
na Chefe o Excelso Conselho da Maçonaria Adonhi-
ramita, com sede no oriente do Rio de Janeiro.
Tem assinado um Tratado de Amizade e Ali-
ança Maçônica com o Rito Brasileiro de Maçons An-
tigos, Livres e Aceitos, assinado em 1974.

V - RITO SCHRODER.

O Rito Schroder foi fundado em Marbourg na


Alemanha em 1766, sua fundação é atribuída ao Ir-
mão Frederich Ludwig Schroder.
É muito praticado em países de Língua Ale-
mã.
No Brasil é praticado por irmãos de origem
Alemã, principalmente na região Sul do Brasil.

B - TRATADOS DE AMIZADE E
ALIANÇA MAÇÔNICA.

O Grande Oriente do Brasil tem firmado com


todas as Oficinas Chefes dos Ritos, um Tratado de
Amizade e Aliança Maçônica, que é um Tratado de
Mutuo Reconhecimento.
Nas Lojas Simbólicas do Grande Oriente do
Brasil, todos os Ritos tem seus graus Simbólicos re-
conhecidos entre si, em virtude desses Tratados.
O Grande Oriente do Brasil administra os
Graus Simbólicos de todos os Ritos adotados, e não
devem ter nenhum tipo de preconceito entre os Ritos
a nível Simbólico.
Com relação ao Reconhecimento dos Graus
Filosóficos entre os Ritos, depende também de um

281
Tratado de Amizade e Aliança Maçônica entre Ofici-
nas Chefes de Ritos.
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e
Aceitos tem Tratado de Amizade e Aliança Maçônica
com o Rito Adonhiramita, assinado em 1974, e que
esta em pleno vigor até a presente data.
Com os demais Ritos adotados pelo Grande
Oriente do Brasil, o Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, não tem Tratados de Amizade
e Aliança Maçônica, não por vontade do Rito Brasi-
leiro, mais por indiferenças desses Ritos.
O Tratado de Amizade e Aliança Maçônica,
firmado entre o Grande Oriente do Brasil e o Rito
Brasileiro, estabelece o seguinte:

Art. 5º - "Todo Maçom, membro de qualquer


Oficina da Jurisdição do Soberano Supremo Concla-
ve, é obrigado a pertencer a uma Loja da Jurisdição
do Grande Oriente do Brasil que pratique os graus
Simbólicos do Rito, figurando como membro Ativo de
seu Quadro, em pleno gozo de seus direitos maçôni-
cos, observada a disposição do Artigo 7º".

Art. 7º - "Qualquer das Altas Partes Contra-


tantes e soberana dentro de suas próprias leis, para
suspender, excluir, expulsar ou eliminar Obreiro de
sua Obediência, devendo a suspensão, exclusão,
expulsão ou eliminação ser comunicada imediata-
mente à outra Alta Parte, para sua apreciação".

Com relação a Filiação de Irmãos de outros


Ritos aos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, es-
ses Irmãos, deverão cumprir as exigências do Trata-
do de Amizade e Aliança Maçônica firmado entre o
Grande Oriente do Brasil e o Rito Brasileiro, ditos
acima.

282
C - FILIAÇÃO NO RITO BRASILEI-
RO.

Independente de não ter Tratado de Reco-


nhecimentos com esses Ritos, o Rito Brasileiro, re-
cebe com o maior carinho e afeto em suas oficinas
Filosóficas, visitações e filiações de irmãos de outros
Ritos.
Enumero dois lemas do Rito Brasileiro:

 "O Rito Brasileiro esta aberto a Maçons de


todos os Ritos no âmbito de seus graus
Simbólicos e Filosóficos".

 "Seja qual for seu Rito visite uma Oficina


do Rito Brasileiro".

Na Constituição do Rito Brasileiro de 1976,


diz o seguinte sobre a filiação de Irmão de outros Ri-
tos:

Artigo 35 - "A Vida Reta e Espirito Fraterno


são exigências absolutas para o ingresso ou perma-
nência em qualquer Oficina Litúrgica, como membro,
alem da condição de ser membro Ativo de uma Loja
Simbólica do Rito Brasileiro".

Artigo 37 - "Como testamento de Fraternidade


Maçônica, o Rito Brasileiro aceitará em qualquer de
suas Lojas e Oficinas Litúrgicas, a filiação de Irmãos
de outros Ritos Regulares, desde que requeiram e
sejam aceitos".

Parágrafo Único - "Os Irmãos, assim filiados,


integrarão o quadro correspondente ao Grau que

283
possuírem, recebendo antes a instrução dos Graus
anteriores do Rito Brasileiro".

Na nova Constituição do Rito Brasileiro de


2001, no Artigo 11 diz o seguinte:

Artigo 11 - "O reconhecimento de Alto Grau


concedido em outro Rito, como afirmação da Frater-
nidade, é de competência exclusiva do Soberano
Conclave, constituindo processo especial de aquisi-
ção de grau".
Nesse sentido observa-se, necessariamente:

 - "A filiação do candidato a uma Loja Simbólica


do Rito Brasileiro, segundo normas do Grande
Corpo da Maçonaria Simbólica a que estiver ju-
risdicionada essa Loja".
 - "O atendimento de requisitos próprios, estabe-
lecido, em cada país, pelo Supremo Conclave".

Nos Estatutos dos: Sublimes Capítulos (Graus


4 ao 18); Supremos Conselhos (Graus 19 ao 30) e
Altos Colégios (Graus 31 e 32), estabele-se também
as condições da Filiação de Irmãos oriundos de ou-
tros Ritos Maçônicos, que são:

 "Um Sublime Capitulo, Supremos Conselhos ou


Alto Colégio, poderão filiar Irmão de Graus Cor-
respondentes em outros Ritos, desde que os inte-
ressados o requeiram e sejam aceitos".

Para solicitar seu pedido de Filiação aos


Graus Filosóficos do Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, o Irmão deve encaminhar toda
a sua documentação Maçônica, comprovando que o

284
Irmão foi iniciado no Grau que deseja se filiar ao Rito
Brasileiro.
Essa documentação será encaminhada ao
Delegado Litúrgico da jurisdição, que analisara a va-
lidade da documentação, e encaminhara com o seu
parecer ao Soberano Supremo Conclave, para ava-
liação, e autorização para o filiação do Irmão reque-
rente.
Nos Rituais dos Corpos Filosóficos do Rito
Brasileiro, é previsto a Filiação de Irmão de Outro Ri-
to, no Ato Litúrgico: "FILIAÇÃO DE IRMÃO VINDO
DE OUTRO RITO", onde o Irmão prestara novo Ju-
ramento, Consagração e Reconhecimento no Grau
do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei-
tos.
A Filiação do Irmão é realizada em Sessão
Ordinária, não necessitando para isso uma Sessão
Magna.
A Filiação de um Irmão de outro Rito Maçôni-
co, somente se concretizará no Corpo Filosófico do
Rito Brasileiro, depois de ter cumprido todas a Exi-
gências acima enumerados.
Alem disso, o Irmão receberá antes as Instru-
ções dos Graus Anteriores, e somente depois será
realizada sua Filiação ao seu Grau no Sistema do
Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Aceitos.

DIPLOMAS, MEDALHAS E
TÍTULOS HONORIFICOS DO
RITO BRASILEIRO.

O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e


Aceitos, confere a membros do Quadro de suas Lo-

285
jas Simbólicas ou Filosóficas, títulos de recompen-
sas pelo trabalho relevante que esse Irmão tenha
feito para o Rito Brasileiro, como diz o artigo 36 da
Constituição do Rito Brasileiro:

 Artigo 36 - "Os membros das Oficinas que presta-


rem serviços relevantes ao Rito, a juiso do Sobe-
rano Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro de Maçons, Antigos Livres e Aceitos,
poderão ser agraciados com os títulos de: Bene-
mérito do Rito e de Grande Benemérito do Rito,
com suas respectivas medalhas de prata ou de
ouro".

Em Junho de 2000, o Soberano Supremo


Conclave do Rito Brasileiro para o Brasil, instituiu a
entrega de Certidões e Medalhas, a irmãos que tive-
rem pelo menos 7 anos de Rito Brasileiro até 35
anos.
Todos os irmãos homenageados pelo Rito
Brasileiro com suas esfinges nas medalhas, presta-
ram grandes serviços pelo engrandecimento do Rito
Brasileiro, daí o Soberano Supremo Conclave em
homenagea-los com suas esfinges.

I - PARA IRMÃOS COM 7 ANOS.

Para irmãos com sete ou mais anos, recebe,


um Diploma e uma Medalha com a esfinge do Irmão
Álvaro Palmeira, reimplantador do Rito Brasileiro em
1968.

II - PARA IRMÃOS COM 14 ANOS.

286
Para irmãos com 14 ou mais anos, recebe,
um Diploma e uma Medalha com a esfinge do Irmão
Joaquim Rodrigues Neves, que assinou como Grão
Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, o Decreto
de reerguimento do Rito Brasileiro em 1940.

III - PARA IRMÃOS COM 28 ANOS.

Para irmãos com 28 ou mais anos, recebe,


um Diploma e uma Medalha com a esfinge do irmão
Cândido Ferreira de Almeida, que foi Soberano
Grande Primaz do Rito Brasileiro, por mais de quinze
anos, e também grande responsável pelo crescimen-
to do Rito Brasileiro.

IV - PARA IRMÃOS COM 35 ANOS.

Para irmãos com 35 anos, recebe, um Diplo-


ma e uma Medalha com a esfinge do irmão Otaviano
de Menezes Bastos, que foi o primeiro Soberano
Grande Primaz do Rito Brasileiro, em 1941/44.

BRASÃO DO RITO E DA
DELEGACIA LITÚRGICA DO
ESTADO DE MATO GROSSO
DO SUL.

BRASÃO DO RITO.

O Brasão do Rito Brasileiro de Maçons Anti-


gos, Livres e Aceitos, é constituído de uma Estrela

287
de nove pontas (Tríplice Triângulo Equilátero), tendo
ao centro a Constelação do Cruzeiro do Sul, (nas co-
res douradas), dentro de um circulo na cor violeta.
A Estrela está contida numa orla circular em
sua parte superior aparece a legenda "URBI ET
ORBI" (para a Cidade e para o Mundo), escrita em
letras douradas.
Dentro do Circulo aparece a Sol a direita e a
Lua quarto crescente a esquerda, nas cores doura-
das.
Na parte inferior do circulo escrito a locução
latina "HOMO MOMINIS FRATER", que quer dizer:
"O Homem é um Irmão para o Homem", escrito em
letras douradas.
Encimando o circulo um timbre constituído por
dois ramos de Oliveira (nas cores verdes), susten-
tando um Capute (na cor violeta) formando uma cer-
cadura onde se lê: RITO BRASILEIRO, escrito em
letras douradas.

BRASÃO DA
DELEGACIA LITÚRGICA DO
ESTADO DE MATO GROSSO DO
SUL.

Em circulo, contornando o Brasão, o distintivo


da Delegacia, com os dizeres: "DELEGACIA DO
RITO BRASILEIRO PARA O ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL" inferiormente, fechando em cir-
culo, os dizeres " FUNDADA EM 26 DE ABRIL DE
1992". Tudo na cor preta, consagrada a Hiran e a
Cristo, com fundo em azul celeste, cor consagrada a
morada celeste. No interior deste circulo, temos o
"Tríplice Triângulo" do Brasão do Supremo Con-

288
clave do Brasil, simbolizando a Oficina Chefe do Rito
Brasileiro, Potência Soberana, Legitima e Legal para
todos os graus da hierarquia Maçônica acima do de
mestre, na cor violeta, com fundo branco, que é con-
sagrada a Divindade.
No interior do Tríplice Triângulo, divisamos o
desenho do timbre do Colendo Alto Colégio "Su-
premacia Universal" que, em realidade é a fusão
dos Timbres do Poderoso Grande Conselho Ka-
dosch Filosófico "Obreiro do Universo", com o do
Ilustre e Sublime Capitulo "Universo da Fraterni-
dade", que formam os Altos Graus do Rito Brasileiro
sob a Jurisdição da Delegacia Litúrgica para o Esta-
do de Mato Grosso do Sul que, por sua vez é jurisdi-
cionada ao Soberano Supremo Conclave do Brasil.
Sobreposto ao ângulo superior do triângulo
equilátero, temos um dístico em faixa com os dize-
res: "RITO BRASILEIRO", ratificando desta forma o
Rito adotado, tudo na cor preta, sendo a faixa em
azul celeste.
Abaixo os dístico em faixa, vemos o "Triângu-
lo Equilátero" (na cor azul celeste, significando a mo-
rada celeste), que é o símbolo da Perfeição, Harmo-
nia e Sabedoria, envolvendo todos os outros símbo-
los. No ângulo superior do triângulo e logo abaixo da
faixa (RITO BRASILEIRO) temos o Olho Onividente,
que é o Absoluto, dentro e fora do homem. É o sím-
bolo do Único Principio - o SADUque a tudo
vê. Desse modo, o Pai, derrama sua proteção e ori-
entação em todos os nossos trabalhos.
A Coluna em construção (na cor amarela,
símbolo da riqueza nacional), caracterizando os
grandiosos edifícios da civilização Maçônica que
descansam sobre duas colunas, em caráter figurado:
Virtude e Ciência. A Virtude faz-se na sua base

289
completa de moral. A Ciência, empresta-lhe os pre-
dicados de grandeza espiritual.
Encimando a Coluna, avistamos o Globo Ter-
restre (nas cores normais e conhecidas para sua re-
presentação: azul, verde, branco e amarelo), com
uma Coroa (na cor branca, que é consagrada a di-
vindade) representando a Supremacia da Ordem
Maçônica no Universo. Esta, como Instituição, não
perdendo o caráter principal, intrínseco e caracterís-
tico de Instituição Iniciatica de formação moral e filo-
sófica, deve, entretanto, estar presente no estudo
dos problemas da civilização contemporânea e neles
intervir superlativamente. Dessa maneira concorre
para que a Humanidade possa encaminhar-se sobre
o suporte da Fraternidade, a um Mundo de Justiça,
Liberdade e Paz, porque não há antagonismo entre
a Verdade e a Vida.
O Universo representado pelo Globo Terres-
tre, habitação natural de todos os povos, em cujo
seio se encontram os Maçons, com a obrigação de
fazer obra na vida. Maçons estes representados pe-
las Mãos (na cor da carne) que sustenta o Globo
Terrestre, pois que, o Maçom com instrumento da
Ordem Maçônica, tem por obrigação o esclarecimen-
to de todo celebro denegrido pelo obscurantismo e,
desta forma, fraternalmente, como uma luz oculta,
auxiliar e sustentar o progresso e desenvolvimento
da humanidade em sua ascensão espiritual e mate-
rial.
Dois ramos de Acácia (na cor verde da vida e
da esperança), significando, a "indestrutibilidade"
dessa obra a que a Maçonaria se propõe através
dos tempos e, por isso imperecível.
Finalmente, vemos o Pavimento de Mosaico,
que serve como base do Triângulo Equilátero em si-
tuação tridimensional (em suas cores tradicionais

290
preto e branco), representando a imagem do mundo
maçônico, formado por mais heterogêneos elemen-
tos, de toda espécie, de cores e raças diferentes,
das mais variadas crenças e religiões, entretanto li-
gados pela mesma ergamassa: Tolerância e Bene-
volência, enfim, o bem e o mal, a luz e as trevas, ine-
rentes a vida do homem na terra. O dualismo que
sempre exige em todas as circunstâncias, porém,
nunca confundidos, pois que, há uma força irresistí-
vel que une os Maçons que aspiram sempre subir,
com "FRATERNIDADE UNIVERSAL", e como
"OBREIROS DO UNIVERSO", que são e, desta
forma alçarem a "SUPREMACIA UNIVERSAL" para
o bem comum de toda a civilização.
A Constelação do Cruzeiro do Sul, logo abai-
xo do Pavimento de Mosaico, que é a base do Tri-
ângulo Equilátero, encerra com este símbolo a ca-
racterística do nosso Rito em toda a sua nacionali-
dade que muito bem identifica nosso Pais.

PARAMENTOS
DOS CORPOS FILOSÓFICOS
DO
RITO BRASILEIRO.

Nos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro de


Maçons Antigos, Livres e Aceitos, o Irmão devera
usar a Dalmática nas reuniões de seu Corpo Filosó-
fico, nas visitações a outros Corpos Filosóficos deve
usar o Terno igual ao usado na Loja Simbólica, com
a Insígnia do seu grau filosófico.

291
Também poderá usar o Colar verde e amarelo
em todas as reuniões, tanto no seu Corpo Filosófico,
como em visitações a outros Corpos Filosóficos.

A - DALMÁTICA.

Nos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, usa-


se uma Túnica chamada de Dalmática, o que difere
das Lojas Simbólicas, onde é usado o Balandrau.
Esta Túnica é chamada de Dalmática, uma
vez que sua origem remonta a antigüidade, é da re-
gião da Dalmácia no Adriático, foi muito usado pelos
Gregos e Romanos.
Os Imperadores romanos usaram-na em to-
das as solenidades.
Na idade Média os homens d'armas a vesti-
am, sobretudo na França e Espanha.
Como ornamento litúrgicos foi usado por Pa-
pas e Bispos, estendendo-se depois a toda a hierar-
quia eclesiástica.
A Dalmática é uma veste simples e nobre,
que exige, de quem a traz, uma apresentação nobre
e digna; lembra, pela sua uniformidade, a igualdade
dos Maçons.
A Dalmática é uma veste de lã ou de sede
branca, com a manga até os punhos, e seu compri-
mento até os tornozelos.
Nos graus 4 ao 30, é orlada de estreito frisos
pretos na gola, nos punhos e na bainha; nos graus
31 e 32, esses frisos são na cor vermelha.
Afixada no centro do peito da Dalmática a
Jóia do Grau, o Irmão quando muda de grau mantém
a Dalmática, e troca-se a Jóia do grau.

292
Em visitação a outro Corpo Litúrgico, o Irmão
deve usar o Terno, com o Colar ou Fita, o Avental ou
Cinto do Grau.
Pode também o Irmão usar o Colar verde
amarelo de 10 cm., que deverá estar pendente no
Colar a Jóia do grau.
Esse Colar também poderá ser um cordão en-
trelaçado verde e amarelo de 50 cm, tendo na ponta
a Jóia do grau.
O Colar verde amarelo pode ser usado do
Grau 4 ao 32, usando esse Colar, o Irmão suprime o
uso do Colar ou Fita, o Avental ou Cinto do grau,
pode ser usado tanto com a Dalmática como tam-
bém com o Terno.
Esse Colar verde amarelo foi instituído pelo
Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro no ano 2000, para ser usado nos Corpos
Filosóficos do Rito Brasileiro, pois assim o Irmão não
precisará ter gastos financeiros com a aquisição dos
Colares e Aventais dos Graus, é mais pratico.

B - JÓIAS.

Nos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro de


Maçons Antigos, Livres e Aceitos, usam as Jóias dos
graus, pendentes nos Colares ou Fitas e no Colar
verde amarelo, como também poderá ser afixado na
Dalmática no centro do peito.
O Colar será pendente no pescoço nas cores
verde e amarelo, ou um cordão entrelaçado verde e
amarelo de 50 cm, tendo na ponta a Jóia do cargo.
Não daremos os significados das Jóias, uma
vez que este Livro será lido por Irmãos que não es-
tão colados nos Graus Filosóficos do Rito Brasileiro.

293
I - GRAU 4.

A Jóia do Grau 4 usado pendente no Colar, é


uma Chave de cor marfim, com a letra Z em preto na
Base.
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma
Chave em azul.

II - GRAU 9.

A Jóia do Grau 9 usado pendente no Colar, é


uma pequena Espada na cor dourada.
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma
Balança na cor violeta.

III - GRAU 14.

A Jóia do Grau 14 usado pendente no Colar,


é um Compasso coroado, cujas pontas são postas
sobre um quarto de círculo, tendo no centro de um
lado o Sol Radiante na cor dourada; sobre o quarto
de círculo os números 3, 5, 7 e 9.
Afixado na Dalmática no centro do peito, um
Anel com um ponto central na cor verde.

IV - GRAU 15.

A Jóia do Grau 15 usado pendente na Fita e


no Colar, é um Sabre pequeno.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a
mesma Jóia.

V - GRAU 16.

A Jóia do Grau 16 usado pendente na Fita ou


Colar, é uma Medalha tendo de um lado uma mão

294
segurando uma Balança, de outro lado uma mão
tendo uma Espada e cinco Estrelas.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a
mesma Jóia.

VI - GRAU 17.

A Jóia do Grau 17 usado pendente na Fita ou


Colar, é um Heptágono de ouro e prata, com as le-
tras DHPGFSB; no centro do Heptágo-
no um Cordeiro de prata, deitado sobre o Livro dos
Sete Selos.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a
mesma Jóia.

VII - GRAU 18.

A Jóia do Grau 18 usado pendente no Colar,


é um Compasso aberto a 60º sobre um segmento de
Circulo graduado. De um lado, um Pelicano ferindo o
peito para alimentar os sete filhos; do outro, uma
Águia com as assas estendidas e a cabeça inclinada
para o solo. Entre a Águia e o Pelicano um ramo
verde de Acácia. Acima uma Cruz vermelha orlada
de dourado. No Interseção dos ramos da Cruz há, do
lado do Pelicano, uma Rosa vermelha.
No segmento do Circulo lê-se do lado do Peli-
cano, a P S. Do outro lado a Pde P, ambos
em hieróglifos.
Nos ramos do Compasso escritos em letras
prestas: do lado direito RITO BRASILEIRO, do lado
esquerdo LUX ET TENEBRIS.
No alto da Jóia, uma Coroa antiga.
A Jóia é de ouro, o Pelicano e a Águia são de
prata.

295
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma
Cruz latina na cor vermelha de 3 x 2, tendo o seg-
mento vertical uma parte sobre a horizontal e duas
partes abaixo.

VIII - GRAU 19.

A Jóia do Grau 19 usado pendente na Fita ou


Colar, é uma placa de ouro, quadrada, com um Alfa
e um Ômega gravados.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a
mesma Jóia.

IX - GRAU 22.

A Jóia do Grau 22 pendente no Colar, é um


Machado de prata, tendo no cabo as letras A, P, I, C,
T e na folha a letra E.
Afixado na Dalmática no centro do peito, um
Machado na cor vermelha, em posição vertical, den-
tro de uma circunferência azul de 10 cm. de diâme-
tro.

X - GRAU 26.

A Jóia do Grau 26 usado pendente no Colar,


é um Triângulo Equilátero de ouro.
Afixado na Dalmática no centro do peito, um
Triângulo na cor verde.

XI - GRAU 29.

A Jóia do Grau 29 usado pendente na Fita ou


Colar, é uma Cruz de Santo André, tendo em cima
uma Coroa.

296
No centro da Cruz uma Pinha (ou um J), en-
cerrada num Triângulo posto no meio de um Anel, do
qual se pende uma Chave, que fica entre os dois
braços inferiores da Cruz.
Nas extremidades dos braços da Cruz estão
as iniciais das PSBJMN.
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma
Cruz de Santo André.

XII - GRAU 30.

A Jóia do Grau 30 usado pendente no Colar,


é um Tríplice Triângulo Equilátero em ouro, fundo
vermelho, tendo ao centro o n.º 30.
Com a Dalmática usa-se o Cinto ou o Colar
verde amarelo.

XIII - GRAU 31.

A Jóia do Grau 31 usado pendente no Colar,


é um Tríplice Triângulo Equilátero em prata, fundo
vermelho, tendo no centro o nº 31.
Com a Dalmática usa-se o Colar do grau ou o
Colar verde e amarelo.

XIV - GRAU 32.

A Jóia do Grau 32 usado pendente no Colar,


é um Tríplice Triângulo Equilátero na cor dourada,
fundo vermelho, tendo no centro o nº 32.
. Afixado na Dalmática no centro do peito, o
Acampamento na cor preta.

XV - GRAU 33.

297
A Jóia do grau 33, é usado tanto com a Dal-
mática, como de Terno.
A Jóia do Grau 33, é um circulo dourado,
constituído no centro de uma Estrela de nove pontas
(Tríplice Triângulo Equilátero) na cor dourada, sendo
o centro dessa Estrela na cor azul, onde esta grava-
do a Constelação do Cruzeiro do Sul com as estrelas
douradas.
Na parte superior do circulo aparece a legen-
da "URBI ET ORBI" (para a Cidade e para o Mun-
do), escrita em letras douradas.
Na parte inferior do circulo escrito a locução
latina "HOMO MOMINIS FRATER", que quer dizer:
"O Homem é um Irmão para o Homem", escrito em
letras douradas.
Dentro do Circulo aparece a Sol a direita e a
Lua crescente a esquerda, nas cores douradas.
Encimando o circulo se lê: RITO BRASILEI-
RO, escrito em letras douradas; acima dessas letras
dois ramos de Oliveira nas cores douradas.
Acima dos ramos das Oliveiras esta um Tri-
ângulo Equilátero na cor vermelha, orlado de ouro,
tendo no centro o numero 33 em dourado.
A Jóia é usada pendente no Colar.
O Colar é composto de elos dourados.

C - INSÍGNIAS.

O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e


Aceitos, nos Corpos Filosóficos as Insígnias são pa-
recidas com as usadas no Rito Primitivo de Namur
de 33 graus, fundado em 1770, sendo a pura Tradi-
ção de um Rito de trinta e três graus, é a Ortodoxia
Maçônica.

298
Não daremos os significados das Insígnias,
uma vez que este Livro será lido por Irmãos que não
estão colados nos Graus Filosóficos.

I - GRAU 4.

A Insígnia do Grau 04, é constituído de um


Colar e um Avental ou o Colar verde amarelo.
O Colar é azul de 10 cm, forrado de preto, or-
lada de fita preta de 1/2 cm em toda volta, inclusive
na abertura do pescoço, pendente no vértice do Co-
lar a Jóia do Grau.
O Avental é Branco de 40x35 orlado de fita
preta; preso por fitas pretas; Abeta azul orlada de fita
preta sobre o qual no terço médio inferior há um olho
bordado na cor dourada; partindo da base do Aven-
tal, caminhando para as laterais até o centro há dois
ramos cruzados, um de Loureiro, outro de Oliveira,
formando uma coroa não fechada e no centro da ba-
se do Avental uma letra Z sobreposta no cruzamento
dos ramos, forrado de preto.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Honrado Mestre (presidente da Loja Com-
plementar) usando a Dalmática, deve usar o Colar
conforme descrito acima.
Estando o Honrado Mestre usando terno, de-
vera usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde
Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposto) no centro do peito uma
Chave bordada na cor azul; estando de Terno, deve-
rão usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde e
Amarelo.

299
II - GRAU 9.

A Insígnia do Grau 09, é constituído de um


Colar e um Avental, ou o Colar verde amarelo.
O Colar é preto de 10 cm, forrado de preto;
orlada de fita azul de 1/2 cm em toda volta, inclusive
na abertura do pescoço, sobre o qual são colocadas
nove rosetas violáceas; quatro no lado direito, quatro
no lado esquerdo e uma no vértice, na ponta do co-
lar pendente no vértice do Colar a Jóia do Grau.
O Avental é Branco de 40x35, forrado de pre-
to, orlado de fita preta com nove pequenas rosetas
violáceas formando uma coroa, sendo quatro no la-
do direito, quatro no lado esquerdo e uma no centro.
Sobre a Abeta um Braço bordado, sustentan-
do uma pequena espada dourada.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Severo Mestre (presidente da Loja Com-
plementar) usando a Dalmática, deve usar o Colar
conforme descrito acima.
Estando o Severo Mestre usando terno, de-
verá usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde
Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito uma
Balança bordada na cor violeta; estando de Terno,
deverão usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde e
Amarelo.

III - GRAU 14.

A Insígnia do Grau 14, é constituído de um


Colar e um Avental ou Colar Verde Amarelo.
O Colar é vermelho de 10 cm, forrado de pre-
to; orlada de fita verde de 1/2 cm em toda volta, in-

300
clusive na abertura do pescoço, sobre o qual são co-
locados do lado direito e esquerdo ramos de Acácias
na cor verde, e seus ramos entrelaçados no vértice,
e pendente no vértice do Colar a Jóia do Grau.
O Avental é Branco de 40x35, forrado de pre-
to; orlado de fita vermelha; no centro da Abeta, bor-
dado em verde, uma pedra plana ou quadrada, no
centro da qual chumbado um Anel na cor dourada.
No centro do Avental escrito em um Circulo o
dístico: "O que a virtude une, a Morte não separa",
no centro do Circulo um ponto preto.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Valoroso Mestre (presidente da Loja Com-
plementar) usando a Dalmática, deve usar o Colar
conforme descrito acima.
Estando o Valoroso Mestre usando terno, de-
verá usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde
Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito um
Anel na cor verde, que tem no centro um ponto na
mesma cor; estando de Terno, deverão usar o Colar
e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

IV - GRAU 15.

A Insígnia do Grau 15, é constituído de uma


Fita e um Avental ou Colar verde amarelo.
A Fita é na cor verde-mar de 10 cm, forrado
na mesma cor, colocada a tiracolo da direita para a
esquerda, sobre a qual estão bordados ossos, coro-
as e espadas, tanto inteiros como partidos e no meio
uma ponte, no arco da qual estão escritas as letras
L D P, pendente no vértice do Colar a Jóia do
Grau.

301
O Avental é Branco de 40x35, forrado na cor
verde-mar; orlada de fita da mesma cor de 1/2 cm
em toda volta; sobre a Abeta duas Espadas cruza-
das na cor dourada e uma cabeça ensangüentada;
no meio do Avental estão bordados três cadeiras de
forma triangular (cinco elos em cada cadeira).
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Aterzata (presidente do Ilustre e Sublime
Capitulo) usando a Dalmática, deve usar o Colar
conforme descrito acima.
Estando o Aterzata usando terno, deverá usar
o Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito um
Sabre pequeno; estando de Terno, deverão usar o
Colar e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.
V - GRAU 16.

A Insígnia do Grau 16, é constituído de uma


Fita e um Avental ou Colar verde amarelo.
A Fita é na cor de pinhão de 10 cm, forrado
na mesma cor, colocada a tiracolo da direita para a
esquerda, sobre a qual estão bordado uma Balança.
O Avental é de Carmesim (Vermelho vivo) de
40x35, forrado e orlado de fita na cor de Pinhão de
1/2 em toda volta; bordados no Avental, um Esqua-
dro, em Escudo, um Delta e a mão da Justiça.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Aterzata (presidente do Ilustre e Sublime
Capitulo) usando a Dalmática, deve usar a Fita con-
forme descrito acima.
Estando o Aterzata usando terno, deverá usar
a Fita e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.

302
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito uma
Balança e uma mão com a espada de dois gumes e
cinco estrelas; estando de Terno, deverão usar a Fi-
ta e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

VI - GRAU 17.

A Insígnia do Grau 17, é constituído de uma


Fita e um Avental ou Colar verde amarelo.
A Fita é branca de 10 cm., forrado e orlado de
fita de 1/2 cm na cor Carmezim (vermelho vivo), co-
locada a tiracolo da direita para a esquerda.
Por cima da Fita Branca, um Colar preto,
pendente ao pescoço, com uma Cruz de braços
iguais.
O Avental é de Cetim Amarelo, de 40x35, for-
rado e orlado de fita de 1/2 na cor de Carmezim
(vermelho vivo), tendo no centro do Avental o Hep-
tágono.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Aterzata (presidente do Ilustre e Sublime
Capitulo) usando a Dalmática, deve usar a Fita con-
forme descrito acima.
Estando o Aterzata usando terno, deverá usar
a Fita e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito uma
Cruz de braços iguais. estando de Terno, deverão
usar a Fita e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

VII - GRAU 18.

A Insígnia do Grau 18, é constituído de um


Colar e um Avental ou Colar verde amarelo.

303
O Colar é vermelho de 10 cm, forrado de pre-
to, orlada de fita de Ouro de 1/2 cm em toda volta,
inclusive na abertura do pescoço, sobre o qual são
colocados do lado direito e esquerdo ramos de Acá-
cias (à vontade) bordados na cor Dourada, e seus
ramos entrelaçados no vértice, e pendente no vértice
do Colar a Jóia do Grau. Na parte inferior, no centro,
bordados em ouro, o Pelicano; Sobre o Pelicano
uma Cruz de quatro ramos iguais, tendo no centro
uma Rosa, tudo na cor Dourada, pendente no Colar
a Jóia do Grau.
Na parte interior do Colar forrado de preto,
tendo bordado uma Cruz Latina na cor vermelha e o
seu contorno na cor dourada, tendo raios irradiante
na cor dourada, com a Rosa mística em ouro.
O Avental é Branco de 40x35, forrado de pre-
to, orlado de fita vermelha de 5 cm. Abeta orlada de
fita de 5 cm na cor vermelha, tendo no centro da
Abeta um Triângulo equilátero com a letra IOD, bor-
dado na cor dourada, o Triângulo é irradiante na cor
dourada.
No centro do Avental bordados de ouro: o Pe-
licano, sobre ele uma Cruz radiante de quatro braços
iguais, a Rosa mística no centro da Cruz e ramos de
Acácias, saindo debaixo do Pelicano e estendendo-
se para ambos os lados, formando uma coroa.
O Avental é preso por fitas vermelhas.
No forro do Avental, em seu terço inferior,
bordado uma Cruz Latina, conforme o forro do Colar.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Aterzata (presidente do Ilustre e Sublime
Capitulo) usando a Dalmática, deve usar o Colar
conforme descrito acima.
Estando o Aterzata usando terno, deverá usar
o Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.

304
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito uma
Cruz latina na cor vermelha, de 3 x 2, tendo o seg-
mento vertical uma parte sobre a horizontal e duas
partes abaixo; estando de Terno, deverão usar o Co-
lar e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

VIII - GRAU 19.

A Insígnia do Grau 19, é constituído de uma


Fita ou Colar verde amarelo, não há Avental.
A Fita é de Carmezim (vermelho vivo) de 10
cm, orlada de fita branca de 1/2 cm em toda volta,
colocada a tiracolo da direita para a esquerda, bor-
dados com 12 Estrelas de ouro; bordados, no alto,
um Alfa e em baixo um Ômega, pendente no vértice
do Colar a Jóia do Grau, e forrado de preto.
O Grande Prior (presidente do Conselho Ka-
dosch Filosófico) usando a Dalmática, deve usar o
Colar conforme descrito acima.
Estando o Grande Prior usando terno, deverá
usar a Fita, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito um
Ômega; estando de Terno, deverão usar o Colar e o
Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

IX - GRAU 22.

A Insígnia do Grau 22, é constituído de um


Colar e um Avental ou Colar verde amarelo.
O Colar é de 10 cm, na cor do Arco Íris, forra-
do de vermelho, pendente no vértice do Colar a Jóia
do Grau.

305
O Avental é Branco de 40x35, forrado de
vermelho, tendo no meio bordado uma Mesa redon-
da.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Grande Prior (presidente do Conselho Ka-
dosch Filosófico) usando a Dalmática, deve usar o
Colar conforme descrito acima.
Estando o Grande Prior terno, deverá usar o
Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito um
Machado na cor vermelha, em posição vertical, den-
tro de uma circunferência azul de 10 cm de diâmetro;
estando de Terno, deverão usar o Colar e o Avental,
ou o Colar Verde e Amarelo.

X - GRAU 26.

A Insígnia do Grau 26, é constituído de um


Colar um Avental ou Colar verde amarelo.
O Colar é de 10 cm, nas cores branco, verme-
lho e verde.
O Avental é Branco de 40x35, forrado e orla-
do de fita de 1/2 na cor vermelha, tendo no centro do
Avental bordado um Triângulo nas cores branco e
verde.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Grande Prior (presidente do Conselho Ka-
dosch Filosófico) usando a Dalmática, deve usar o
Colar conforme descrito acima.
Estando o Grande Prior terno, deverá usar o
Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito um

306
Triângulo verde; estando de Terno, deverão usar o
Colar e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

XI - GRAU 29.

A Insígnia do Grau 29, é constituído de uma


Fita ou um Colar e um Cinto ou Colar verde amarelo.
A Fita é na cor vermelha de 10 cm, colocada
a tiracolo da direita para a esquerda, pendente no
vértice da Fita a Jóia do Grau.
A Fita pode ser substituída pelo Colar, não se
usa junto a Fita e o Colar.
O Colar é na cor verde, orlada de fita dourada
de 1/2 cm em toda volta, inclusive na abertura do
pescoço, pendente no vértice a jóia do grau.
O Cinto é Branco, com franjas de ouro.
A Fita, o Colar e o Cinto, são forrados de
vermelho.
O Grande Prior, presidente do Conselho Ka-
dosch Filosófico, usando a Dalmática, deve usar o
Colar ou a Fita conforme descrito acima.
Estando o Grande Prior terno, deverá usar o
Colar ou a Fita e o Avental, ou o Colar Verde Ama-
relo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito a jóia
do grau; estando de Terno, deverão usar o Colar ou
a Fita e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

XII - GRAU 30.

A Insígnia do Grau 30, é constituído de um


Colar e um Cinto, forrados de preto.
O Colar é negro de 12 cm, debruado de bran-
co em toda volta, inclusive na abertura do pescoço;
nos lados direito e esquerdo ramos de Acácias pra-

307
teadas; pendentes no Colar a Jóia do grau; na parte
interna do Colar há três letras CKFem disposi-
ção triangular, sobrepostas a letra C e em baixo as
duas outras.
O Cinto negro, com 15 cm de largura, com
debrum de prata, com o nº 30 ao centro, dentro de
uma coroa de louros, terminando por um pequeno
laço, ao lado esquerdo.
Na frente do Cinto, à direita, um botão de 1
cm de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Grande Prior (presidente do Conselho Ka-
dosch Filosófico) usando a Dalmática, deve usar o
Colar conforme descrito acima.
Estando o Grande Prior de terno, deverá usar
o Colar e o Cinto, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (ou sobreposta) no centro do peito a
Jóia do grau; estando de Terno, deverão usar o Co-
lar e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

XIII - GRAU 31.

A Insígnia do Grau 31, é constituído de um


Colar e um Avental, forrados de vermelho.
O Colar é branco de 10 cm, na frente bordado
um Triângulo radiante com o numero 31 no meio,
pendente no vértice do Colar a Jóia do Grau.
O Avental é Branco de 40x35, debruado de
vermelho, tendo no centro, a representação do De-
cálogo.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Egrégio Mestre (presidente do Colendo Alto
Colégio) usando a Dalmática, deve usar o Colar con-
forme descrito acima.

308
Estando o Egrégio Mestre de terno, deverá
usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (sobreposta) no centro do peito o De-
cálogo; estando de Terno, deverão usar o Colar e o
Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

XIV - GRAU 32.

A Insígnia do Grau 32, é constituído de um


Colar e um Avental.
O Colar é preto de 10 cm, forrado de verme-
lho, tendo na base uma Águia bicéfala bordada de
prata, pendente no vértice do Colar a Jóia do Grau.
O Avental é Branco de 40x35, forrado e orla-
do de preto; sobre a Abeta a Águia bicéfala negra;
no centro do Avental, o Acampamento (só as figuras
geométricas em negro).
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm
de diâmetro com as cores verde e amarelo.
O Egrégio Mestre (presidente do Colendo Alto
Colégio) usando a Dalmática, deve usar o Colar con-
forme descrito acima.
Estando o Egrégio Mestre de terno, deverá
usar o Colar e o Avental, ou o Colar Verde Amarelo.
Os demais Irmãos usando a Dalmática, deve-
rão ter afixado (ou sobreposta) no centro do peito o
Acampamento; estando de Terno, deverão usar o
Colar e o Avental, ou o Colar Verde e Amarelo.

XV - GRAU 33.

No Grau 33 do Rito Brasileiro, a Insígnia, é


um Colar de metal dourado, pendente a Jóia do
grau.

309
XVI - EMINENTE DELEGADO LITÚRGICO.

O Delegado Litúrgico Estadual usará em to-


das as Sessões Maçônicas suas Insígnias do cargo.
Por força do Tratado de Amizade e Aliança
Maçônica firmado pelo Grande Oriente do Brasil e o
Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro, o Delegado Litúrgico representa a Oficina
Chefe do Rito Brasileiro (Supremo Conclave) na Ju-
risdição de seu Estado, e para isso usa suas Insíg-
nias em Sessões Maçônicas tanto nos Corpos Filo-
sóficos como também nas Lojas Simbólicas.
Em 26 de setembro de 1.997 da EV, atra-
vés da Lei n.º 0035 assinada pelo Grão-Mestre Geral
em exercício Soberano Ir Joferlino Miranda Pon-
tes, ratifica, ratifica o uso das Insígnias, em Sessões
Maçônicas.
Diz essa Lei:

 Artigo 1º - "O artigo 84 do Regulamento Geral da


Federação passa a ter a seguinte redação":
 “Os Maçons presentes às Sessões Magnas esta-
rão trajados de acordo com o seu Rito, com gra-
vata na cor por ele estabelecida, terno preto ou
azul marinho, camisa branca, sapatos e meias
pretas, podendo portar somente suas insígnias e
condecorações relativas ao simbólico, excetuan-
do-se as autoridades pertencentes às Potên-
cias Filosóficas reconhecidas pelo Grande
Oriente do Brasil”.

As Autoridades mencionadas nesta Lei são: o


Soberano Grande Primaz, que tem Jurisdição sobre
o Território Nacional e o Eminente Delegado Litúrgi-
co do Rito, que representa a Oficina Chefe do Rito o
Soberano Supremo Conclave em seu Estado.

310
As Insígnias do Delegado Litúrgico consiste
de um Avental, um Colar e um Barrete.
É recomendado o uso do Barrete nas Ses-
sões Magnas, em Sessões Ordinárias usa o Avental
e o Colar.
O Avental é branco de 35x40; forrado de pre-
to; orlado de fita de 5 cm na cor Bordo frisado de fi-
tas de 1/2 cm tanto internamente como externamen-
te na cor dourada, também na Abeta; no centro do
Avental e abaixo da Abeta será bordado a Bandeira
do Estado da Delegacia Estadual, e abaixo bordado
em letras dourados D. R. B., (Delegado do Rito Bra-
sileiro); no canto superior do Avental um botão de 1
cm nas cores verde e amarelo.
No centro da Abeta será bordado o Brasão do
Rito Brasileiro.
O Colar é Bordo de 10 cm; forrado de preto;
bordado nos lados esquerdo e direito ramos de Acá-
cia na cor dourada; pendente no Colar a Jóia do
Grau 33.
O Barrete é na cor Bordo; circundado por uma
fita na cor violeta, frisado de dourado; na frente um
losango branco, tendo bordado no centro uma Cruz
Episcopal na cor dourada.

XVII - SERENISSIMO MEMBRO EFETIVO.

Os membros efetivos do Soberano Supremo


Conclave, usam nas Sessões um Manto do Poder na
cor violeta, e o cordão da Humanidade (Jóia do Grau
33), branco.
Na cabeça, um Barrete; ao pescoço o Colar
de 33 nós.
Na Sessão Magna de Iniciação, porta um Ca-
jado de madeira com três nódulos.

311
XVIII - EMINENTE MEMBRO EMÉRITO E
EXTRANUMERÁRIO.

Os membros Extranumerário e Emérito do


Soberano Supremo Conclave, usam na cabeça um
Barrete; no pescoço um Colar de 33 nós pendente a
Jóia do grau 33; na cintura uma Faixa e Cinturão do
Grau 33.

XIX - SOBERANO GRANDE PRIMAZ.

O Soberano Grande Primaz usa nas Sessões


um Manto Níveo (alvo como a neve) ou da Luz In-
tensa, com o Cordão da Humanidade, na cor violeta.
Na cabeça usa o Solidéu branco, com quatro
estrias violeta.
No pescoço usa o Colar do Grau 33.
No dedo anular da mão direita usa um Anel
elaborado em ouro, com ametista ou turmalina viole-
ta.
Na Sessão Magna de Iniciação, usa um Ce-
dro da força, trabalhada em Acácia ou Mogno, na
parte central, e metal nobre, nas extremidades.
O Cedro é parcialmente oco para conter do-
cumentos especiais.

DADOS DO AUTOR.

Willian Felicio da Mota, nascido em Campo


Grande Estado de Mato Grosso do Sul, em 27 de
Janeiro de 1954, filho de Agostinho Gonçalves da
Mota e de Orlandina Viana da Mota.

312
Reside em Campo Grande - MS, à rua São
Remo, 243 - Jardim Vilas Boas - Campo Grande -
MS.
Bacharel em Desenho Industrial, formado em
1978, pela UNESP (Universidade Estadual Paulista,
campus de Bauru - SP).
Profissionalmente, trabalha no ramo de Ali-
mentação, possui uma Roticeria em Campo Grande
- MS.
Sua família é constituída de Esposa: Marley
Lima de Oliveira Mota, e dos filhos: Renan de Olivei-
ra Mota com 9 anos e Bianca Oliveira Mota com 6
anos.
Iniciou sua vida Maçônica em dezembro de
1983, data de sua Iniciação na Loja Simbólica Edifi-
cadores de Templos n.º 2013, no oriente de Campo
Grande - MS.
Em 1986 participou como fundador da Loja
Simbólica Virtus et Labor, do Rito de York, sendo es-
ta Loja a primeira neste Rito no Estado de Mato
Grosso do Sul.
Foi Grande Secretario de Orientação Ritualís-
tica Adjunto do Rito Escocês Antigo e Aceito para o
Estado de Mato Grosso do Sul nos anos de 1987 a
1989.
Em 1991 participou ativamente na formação
do Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Acei-
tos no Oriente de Campo Grande e no Estado de
Mato Grosso do Sul, através das Lojas Simbólicas:
Edificadores de Templos, De Emulação e Justiça e
Perseverança; Lojas estas que trabalhavam no Rito
Escocês Antigo e Aceito, e no segundo semestre de
1991, mudaram para o Rito Brasileiro de Maçons An-
tigos e Aceitos.
Após a mudança de Rito dessas Lojas Simbó-
licas, participou da Fundação das Oficinas Litúrgicas

313
do Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Acei-
tos, em 26 de Abril de 1992, com as seguintes de-
nominações:

 Ilustre e Sublime Capitulo "Universo da


Fraternidade".
 Poderoso Grande Conselho Kadosch Filo-
sófico "Obreiros do Universo".
 Colendo Alto Colégio "Supremacia Univer-
sal".
 Delegacia Litúrgica do Estado de Mato
Grosso do Sul.

Em 30 de junho de 1995 tomou posse como


Venerável Mestre da Loja Simbólica Edificadores de
Templos do oriente de Campo Grande, com manda-
to de 1995/96.
Também em 1995 no dia 11 de Setembro,
participou com fundador e incentivador da Loja
Obreiros da Pátria, que tornou-se a primeira Loja
Simbólica fundada no Rito Brasileiro no Estado de
Mato Grosso do Sul.
Posteriormente também participou da funda-
ção das seguintes Lojas Simbólicas no estado de
Mato Grosso do Sul:

 Loja Simbólica Luz do Pantanal, fundada,


em 23 de Abril de 1996, no oriente de
Aquidauana - MS.
 Loja Simbólica Luz Justiça e Perseveran-
ça, fundada em 11 de junho de 1996, no
oriente de Rochedo - MS.
 Loja Simbólica Vigilantes do Taquarí, fun-
dada em 08 de março de 1997, no oriente
de Coxim - MS.

314
 Loja Simbólica Paz, Virtude e Fraternida-
de, fundada em 29 de setembro de 1997,
no oriente de Campo Grande.
 Loja Simbólica Estrela de Anhanduí, fun-
dada em 10 de maio de 2000, no oriente
de Campo Grande - MS.

Foi Grande Secretaria de Orientação Ritualís-


tica Adjunto do Rito Brasileiro para o Estado de Mato
Grosso do Sul, de junho de 1999 a fevereiro de
2001.
Em 07 fevereiro de 2001, foi nomeado e em-
possado Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro de
Maçons Antigos Livres e Aceitos para o Estado de
Mato Grosso do Sul, pelo Soberano Grande Primaz
do Rito Brasileiro Irmão Nei Inocencio dos Santos.
Em toda a sua vida maçônica exerceu vários
cargos de direção nas Lojas Simbólicas, alguns de-
les por mais de uma vez, quer seja:

 Primeiro e Segundo Vigilante.


 Orador.
 Secretario.
 Chanceler.
 Tesoureiro.
 Mestre de Cerimônias.
 Deputado Estadual.
 Venerável Mestre,
 Grande Secretario Estadual.
 Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro.
Participou como membro de Lojas Simbólicas
de três Ritos Maçônicos: Rito Escocês Antigo e Acei-
to, Rito de York e Rito Brasileiro de Maçons Antigos,
Livres e Aceitos.

315
Realizou varias palestras sobre o Rito Brasi-
leiro em Lojas Maçônicas do estado de Mato Grosso
do Sul.
Organizou varias excursões em visitas a Lojas
do Rito Brasileiro no interior do estado, como tam-
bém palestras sobre o Rito Brasileiro.
Atualmente é membro das seguintes Lojas
Simbólicas:

 Loja Simbólica Estrela de Anhanduí, do Ri-


to Brasileiro.
 Loja Obreiros da Pátria, do Rito Brasileiro.
 Loja Simbólica Paz, Virtude e Fraternidade
do Rito Brasileiro.
 Loja Fides et Labor do Rito de York.

Esses são os dados Maçônicos e Profanos do


Irmão Willian Felicio da Mota.

É expressamente proibido copiar ou editar esse


Livro sem a autorização do Autor.

INDICE.

- AGRADECIMENTOS - 05
- PREFÁCIO. - 07

NORMAS DO RITO BRASILEIRO.


- CADEIA DE UNIÃO. - 15
- CARGOS DE LOJA. - 17

316
A - VENERÁVEL MESTRE. - 18
B - PRIMEIRO VIGILANTE. - 21
C - SEGUNDO VIGILANTE. - 21
D - ORADOR. - 22
E - SECRETÁRIO. - 23
F - TESOUREIRO. - 25
G - CHANCELER. - 26
H - HOSPITALEIRO. - 27
I - MESTRE DE CERIMÔNIAS. - 28
J - DIÁCONOS. - 28
L - EXPERTOS. - 29
M - PREPARADOR. - 30
N - MESTRE DE HARMONIA. - 30
O - PORTA BANDEIRA. 31
P - PORTA ESTANDARTE. - 31
Q - COBRIDOR. - 32
R - COBRIDOR EXTERNO. - 32
- INSÍGNIAS E JÓIAS DAS DIGNIDADES, OFICIAIS
E IRMÃOS. - 33
A - INSÍGNIAS. - 33
I - VENERÁVEL MESTRE E VIGILANTES.-
33
II - MESTRES. - 34
III - APRENDIZES E COMPANHEIROS. - 34
B - JÓIAS. - 35
I - VENERÁVEL MESTRE. - 35
II - PRIMEIRO VIGILANTE. - 35
III - SEGUNDO VIGILANTE. - 36
IV - ORADOR. - 36
V - SECRETÁRIO. - 36
VI - TESOUREIRO. - 36
VII - CHANCELER. - 37
VIII - HOSPITALEIRO. - 37
IX - MESTRE DE CERIMÔNIAS. - 37
X - DIÁCONOS. - 37
XI - EXPERTOS. - 37

317
XII - PORTA BANDEIRA. 37
XIII - PORTA ESTANDARTE. - 38
XIV - GUARDA DO TEMPLO. - 38
XV - PREPARADOR. - 38
XVI - MESTRE DE HARMONIA. - 38
XVII - MESTRE DE BANQUETE. - 38
XVIII - COBRIDOR EXTERNO. - 38
- TRAJE DO RITO. - 39
- FESTAS MAÇÔNICAS. - 40
- SESSÕES MAÇÔNICAS. - 42
A - SESSÕES ORDINÁRIAS. - 42
I - SESSÕES DE INSTRUÇÕES. - 42
II - SESSÕES ADMINISTRATIVAS. - 42
III - SESSÕES DE FINANÇAS. - 43
B - SESSÕES ESPECIAIS. - 43
I - DE ELEIÇÕES. - 44
II - DE CONSELHO DE FAMÍLIA. - 44
III - DE EXPEDIÇÃO DE PLACET EX-
OFFICIO. - 45
C - SESSÕES MAGNAS COM PRESENÇAS DE
MAÇONS. - 45
D - SESSÕES MAGNAS COM PRESENÇA DE
PROFANOS. - 46
I - SESSÃO DE ADOÇÃO DE LAWTON. - 47
II - SESSÃO DE CONFIRMAÇÃO DE
CASAMENTO. - 48
III - SESSÃO DE POMPA FUNEBRE. - 48
IV - SESSÃO DE CONFERÊNCIAS,
PALESTRAS E FESTIVAS. - 49
V - SESSÃO CIVICO CULTURAL. - 49
- ABREVIATURAS. - 50
- CALENDÁRIOS MAÇÔNICOS. - 51
A - RITO BRASILEIRO. - 51
B - OUTROS RITOS. - 52
- DATAS COMEMORATIVAS DO RITO. - 54
A - 23 DE DEZEMBRO. - 54

318
B - 19 DE MARÇO. - 55
C - 25 DE ABRIL. - 55
D -10 DE JUNHO. - 56
E - 27 DE JULHO. - 57
F - 20 DE AGOSTO. - 57
- DATA COMEMORATIVA DO GOB. - 59
A - 17 DE JUNHO. - 59
- INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO RITO. - 63
A -SACOLA (BOLSA). - 63
B - BASTÃO. - 64
C - ESPADA. - 65
D - ESTRELAS. - 65
E - CAIXA DE ESCRUTÍNIO. - 65
F - MALHETE. - 66
G - TOCHA E ABAFADOR. - 66
- COR ADOTADA PELO RITO. - 67

- PRÉDIO MAÇÔNICO DO RITO. - 69


A - SALA DOS PASSOS PERDIDOS. - 69
B - ÁTRIO. - 70
C - TEMPLO. - 70
D - CÂMARA DAS REFLEXÕES. - 71
- DECORAÇÃO DA LOJA DO RITO. - 72
A - COLUNAS: JÔNICA, DÓRICA, CORINTIA E
COMPOSITA. - 72
I - JÔNICA. - 72
II - DÓRICA. - 73
III - CORÍNTIA. - 74
IV - COMPÓSITA. - 74
B - COLUNAS "B" E "J". - 75
C - SÓLIO, DOSSEL E RETÁBULO. - 76
I - SÓLIO. - 76
II - DOSSEL. - 76
III - RETABULO. - 77
D - ALTARES E MESAS. - 77
I - ALTARES. - 77

319
II - MESAS. - 78
E - PAREDES. - 79
F - TETO. - 80
G - PISO. - 80
- CERIMÔNIA DAS LUZES. - 81
- TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA. - 83
- PEQUENO DICIONÁRIO. - 86

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS DO
RITO BRASILEIRO.

- CIRCULAÇÃO EM LOJA. - 99
- EXAME RELATIVO A DOUTRINA DO GRAU PA-
RA
ELEVAÇÃO E EXALTAÇÃO.- 102
A - EXAME ORAL E VOTAÇÃO NO MESMO
GRAU. - 103
B - EXAME ORAL NO MESMO GRAU E VOTA-
ÇÃO COM TRANSFORMAÇÃO DE GRAU. -
103
- ENTRADA DE IRMÃO A LOJA APÓS O INICIO
DA SESSÃO. - 104
- SAÍDA DE IRMÃO ANTES DO TÉRMINO DA
SESSÃO. - 106
- ANÚNCIO ÃS COLUNAS E USO DA PALAVRA.-
107
- PROCEDIMENTOS DO CULTO AO PAVILHÃO
NACIONAL. - 110
- PROTOCOLO DE RECEPÇÃO DE AUTORIDA-
DES
MAÇÔNICAS E DE LOJAS. - 114
A - AUTORIDADES MAÇÔNICAS NA LOJA
SIMBÓLICA. - 114
I - PRIMEIRA FAIXA. - 115
II - SEGUINDA FAIXA. - 115

320
III - TERCEIRA FAIXA. - 116
IV - QUARTA FAIXA. - 116
V - QUINTA FAIXA. - 117
VI - SEXTA FAIXA. - 118
B - AUTORIDADES MAÇONICAS NA
OFICINA LITÚRGICA DO RITO. - 118
I - OFICINAS LITÚRGICAS DO RITO. - 119
II - DE OUTROS RITOS. - 120
III - AUTORIDADES MAÇÔNICAS DO
SIMBÓLISMO. - 120
C - LOJAS SIMBOLICAS MAÇÔNICAS. - 121
- CERIMONIAL DE SERVIÇO FÚNEBRE PÚBLICO
MAÇÔNICO. - 122
- ABRAÇO FRATERNAL. - 129

ATOS RITUALÍSTICOS DE SEsSÃO


ORDINÁRIA DO RITO BRASIILERO.

01 - PREPARAÇÃO DO TEMPLO. - 135


02 - INGRESSO NO TEMPLO. - 138
03 - ABERTURA DOS TRABALHOS. - 141
A - VERIFICAÇÕES INICIAIS. - 141
B - CERIMÔNIA DAS LUZES. - 141
C - TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRDA.-
143
D - ABERTURA DO LIVRO DA LEI. - 144
04 - LEITURA E APROVAÇÃO DE BALAUSTRE.
145
05 - EXPEDIENTE. - 146
06 - SACO DE PROPOSTA E INFORMAÇÕES. -
147
07 - ORDEM DO DIA. - 149
08 - ENTRADA DE VISITANTES. - 151
09 - ESCRUTRÍNIO SECRETO. - 152

321
10 - TEMPO DE INSTRUÇÃO. - 155
11 - TRONCO DE BENEFICÊNCIA. - 156
12 - PALAVRA A BEM GERAL DA ORDEM E
DO QUADRO. - 157

13 - ENCERRAMENTO. - 158
A - PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS.
- 158
B - FECHAMENTO DO LIVRO DA LEI. - 158
C - AMORTIZAÇÃO DAS LUZES. - 159
D - CONCLUSÃO. - 160
14 - SAÍDA DO TEMPLO. -161

ADENDO.

01 - SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA


RECREAÇÃO E REABERTURA DOS
TRABALHOS. - 162
02 - DIÁCONOS. - 164

ESTRUTURA DO RITO BRASILEI-


RO.

- PRECEITOS DO RITO BRASILEIRO. - 169


- REGULARIDADE DE RITO. - 175
REGRAS DE EXIGÊNCIAS: - 175

322
A - EXIGÊNCIAS GERAIS. - 175
B - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS NO 1º GRAU. -
176
C - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS NO 2º GRAU. -
176
D - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS NO 3º GRAU. -
177
E - GRAUS FILOSÓFICOS. - 177
-.RECONHECIMENTO DO RITO. - 182
- HIERARQUIA DE GRAUS. - 184
- ESTRUTURA DOUTRINARIA: - 187
LOJAS SIMBÓLICAS.- 187
I - GRAU 1 - APRENDIZ - 188
II - GRAU 2 - COMPANHEIRO. - 188
III - GRAU 3 - MESTRE. - 189
ALTOS CORPOS. - 189
I - INICIAÇÕES. - 190
II - COMUNICAÇÕES. - 190
III - RECONHECIMENTO. - 1191
A - ILUSTRES E RESPEITAVEIS OFICINAS IN-
TEGRADAS DE GRAUS SUPERIORES.-
192
B - ILUSTRES E SUBLIMES CAPITULOS. - 193
I - GRAUS DE MESTRIA SUPERIOR. - 193
II - GRAUS DE CAVALARIA. - 193
C - PODEROSOS E GRANDES CONSELHOS
KADOSCH FILOSÓFICOS. - 195
D - COLENDOS ALTOS COLEGIOS. - 196
E - SOBERANO SUPREMO CONCLAVE. - 197
- ESTRUTURA ADMINISTRATIVA: - 198
ALTOS CORPOS. - 198
SOBERANO SUPREMO CONCLAVE. - 203
A - PLENÁRIO. - 205
B - MAGNA REITORIA. - 205
C - CÚRIA OSIRIANA. - 206

323
D - SUPERIOR CONSELHO DE CULTURA.-
208
E - GRANDE PROCURADORIA. - 209
F - GRANDE CONSULTORIA. - 209
G - COMISSÕES. - 2079
H - DELEGACIAS LITÚRGICAS. - 210
I - O SEMEADOR. - 211
- HISTORIA DO RITO. - 212
A - O APELO DE UM SÉCULO. - 212
B - CONSTITUIÇÃO DA MAÇONARIA DO
ESPECIAL RITO BRASILEIRO. - 214
C - FUNDAÇÃO DO RITO. - 215
D - MOVIMENTO DE 1921. - 216
E - REIMPLANTAÇÃO DO RITO 1940/44. - 217
F - REIMPLANTAÇÃO DO RITO 1968. - 220
- HISTORIA DO RITO EM MATO GROSSO DO
SUL. - 234
- ÁLVARO PALMEIRA. - 242
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA
DO GOB COM O RITO BRASILEIRO. - 265
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA
DO RITO BRASILEIRO COM O
RITO ADONHIRAMITA. - 273
- TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA
DO RITO BRASILEIRO COM
OUTROS RITOS. - 276
A - RITOS MAÇÔNICOS. - 276
I - RITO DE YORK (EMULAÇÃO). - 276
II - RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO. -
278
III - RITO FRANCES OU MODERNO. - 283
IV - RITO ADONHIRAMITA. - 283
V - RITO SCHRODER. - 284
B - TRATADOS DE AMIZADE E ALIANÇA
MAÇÔNICA. - 284
C - FILIAÇÃO NO RITO BRASILEIRO. - 285

324
- DIPLOMAS, MEDALHAS E TÍTULOS
HONORIFICOS DO RITO BRASILEIRO. - 289
- BRASÃO DO RITO E DA DELEGACIA LITÚRGICA
DO ESTADO DE MATO GROSSO DO
SUL.292
- PARAMENTOS DOS GRAUS FILOSÓFICOS DO
RITO BRASILEIRO. - 296
A - DALMÁTICA. - 296
B - JÓIAS. - 289
C - INSÏGNIAS. - 303
I - GRAU 4. - 303
II - GRAU 9. - 304
III - GRAU 14. - 305
IV - GRAU 15. - 306
V - GRAU 16. - 307
VI - GRAU 17. - 307
VII - GRAU 18. - 308
VIII - GRAU 19. - 309
IX - GRAU 22. - 310
X - GRAU 26. - 310
XI - GRAU 29. - 311
XII - GRAU 30. - 312
XIII - GRAU 31. - 312
XIV - GRAU 32. - 313
XV - GRAU 33. - 314
XVI - EMINENTE DELEGADO LITÚRGICO. -
314
XVII - SERENISSIMO MEMBRO EFETIVO. -
316
XVIII - EMINENTE MEMBRO EMERITO E
EXTRANUMERÁRIO. - 316
XIX - SOBERANO GRANDE PRIMAZ. -316
- DADOS DO AUTOR. - 318
- BIBLIOGRAFIA. - 331

325
BIBLIOGRAFIA.

- Documentos do Rito.
- Livro: "Achegas para a Historia da Maçonaria no
Brasil" - Kurt Prober.
- Jornal: "O Semeador".
- Jornal: "O Esquadro".
- Constituição do Rito Brasileiro edição 1976 e
2001.
- Estatuto do Rito Brasileiro edição 1976 e 2001.
- Regimento do Rito Brasileiro edição 1976 e 2001.
- Rituais dos Graus Simbólicos do Rito Brasileiro.
- Rituais dos Graus Filosóficos do Rito Brasileiro.
- Regulamento Geral da Federação.
- Constituição do GOB.
- Revista: "Minerva Maçônica".
- Grandes Constituições Escocesas.
- Livro: " Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, Livres
e Aceitos" - Mário Name.

326

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