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COMUNICAÇÃO
A intenção é que você adapte o que se encontra aqui às condições da sua cidade e ao
contexto eleitoral. Nem tudo é obrigatório ou faz sentido para qualquer campanha.
A única regra de ouro e que deve ser levada ao pé da letra neste documento é trabalhar
com a verdade. Todo o resto pode ser reinventado ou subvertido. O fundamental é
conhecer os padrões, ainda que seja para quebrá-los.
Ao final de todo esse exercício você terá algo como um currículo longo. Isso ainda não
é uma biografia. Uma biografia deve ser emocional, apresentar propósitos e valores, ser
pessoal e inspiradora.
Você pode ter pelo menos três modelos de biografia:
Biografia longa: 1250 a 2100 caracteres (site, imprensa, jornal/pdf longo)
Biografia completa: 600 a 900 caracteres (panfleto, entrevistas, perfis)
Biografia curta: 150 a 300 caracteres (redes, rádio/tv e outros conteúdos)
2. CIDADE / CONTEXTO
Uma pesquisa completa sobre a situação da sua cidade é fundamental para a construção
da sua narrativa. Você precisa entender como a sua história se insere na trajetória do
município.
* Reveja as aulas do prof. Alberto Lage
2.3 PESQUISAS
É perigoso fazer uma campanha totalmente no escuro. Em uma campanha você está
sempre cercado de gente que pensa como você e que fala coisas que você quer ouvir.
Cuidado com isso. A pesquisa é uma injeção de vida real.
Há dois modelos principais de pesquisa: quantitativa e qualitativa. A quantitativa é a que
estamos acostumados a ver divulgadas ao longo da campanha. Pesquisas de intenção
de voto, avaliação de gestão, etc. Você pode reduzir custos fazendo uma pesquisa
online ou com um instituto menor. Na pior das hipóteses, fazer nas suas próprias redes,
lembrando sempre de levar em conta as distorções de grupos.
A pesquisa qualitativa é também chamada de grupo focal ou simplesmente “quali”. A
quali serve para que você entenda mais profundamente como pensam os eleitores, que
problemas eles enfrentam e como eles o encaram, quais são suas expectativas, como
eles estão se sentindo em relação à cidade. Como o nome sugere, ela traz respostas
menos cartesianas e mais profundas.
A ideia é reunir algumas pessoas em uma sala, com um mediador fazendo perguntas,
promovendo discussões, apresentando peças ou argumentos. Numa quali profissional,
essa sala tem um espelho e atrás desse espelho há outra sala, onde você acompanha a
discussão.
Fato: qualis são caras. Você pode reduzir custos recrutando pessoas com a sua própria
equipe e gravando a discussão numa sala comum, para assistir ao vídeo depois. No
modelo mais barato possível voluntários podem reunir amigos em casa e gravar só o
áudio das discussões no celular. É menos “científico”, mas muito melhor do que não
fazer nada.
Idealmente você tem grupos de faixas etárias e classes sociais diferentes. Além disso,
leve em consideração a intenção de votos. Infelizmente, costuma funcionar melhor
dividir os grupos por gênero, para evitar que os homens interrompam as mulheres e
acabem inibindo suas constribuições.
É importante ter em mente que uma quali não deve ser interpretada estatisticamente.
Cada pessoa trata suas próprias questões como prioridade. Um grupo de quali tem
cinco ou seis pessoas. Se não tomar cuidado, você pode ouvir a opinião de um jovem
esportista e concluir que 20% da população consideram uma pista de skate prioridade
máxima.
Use o diagnóstico das quantis e qualis para fazer ajustes na sua narrativa.
3. MARCA PESSOAL
Definição pessoal mais profunda, com seus atributos mais marcantes e relevantes,
levando em consideração biografia, contexto, pesquisas e entrevista diamante.
3.1. NOME
Escolher o nome que você vai usar na campanha é muito importante. Seu primeiro
desafio é fazer o eleitor lembrar de você. Use preferencialmente um nome curto e fácil
de pronunciar.
3.2. ATRIBUTOS
Há várias formas de construir atributos, valores ou pilares de sua marca pessoal. Reveja
os diversos conteúdos já apresentados sobre isso. O fundamental é que sejam simples,
estejam conectadas às necessidades do município e sejam verdadeiras. Não é
sustentável ao longo de uma campanha vender algo que você não é.
Como chegar aos atributos? Cruzando suas características inatas com o contexto e os
resultados das pesquisas. Esse passo é complexo, depende de alguma capacidade de
interpretar e traduzir seus dados em narrativa.
Lembre-se: não invente uma característica que não é sua. Verdade vende.
3.3. IMAGEM
É muito importante definir o quanto antes como você vai se apresentar em termos
estéticos. Eleitores são seres humanos. São falhos, têm motivações subjetivas e são
cheios de preconceitos, como todos nós. Isso vale para muitas coisas, inclusive para
sua roupa e aparência.
Goste você ou não, eleitores julgam aparências. Você não precisa mudar quem você é
para agradar o eleitor, apenas tenha conciência de que você se comunica com mais do
que palavras. Uma barba mal feita ou uma roupa de tamanho inadequado pode passar
a impressão de desleixo.
Entenda que imagem você quer passar e reforce esses atributos na maneira como você
se veste e se apresenta. Se você é muito jovem, talvez queira usar uma roupa mais
sóbria. Se quer se mostrar jovem, informal, inovador, talvez use camisetas. De todo
modo, é importante definir seu visual e ser consistente sobre ele.
Talvez seja o momento de definir também a cor da sua campanha, para que sua roupa
dialogue com ela.
4. ENTREVISTA DIAMANTE
Atenção: esse é um segredo importante para sua campanha. Vai dar solidez e riqueza de
detalhes à sua narrativa e ainda pode te gerar uma grande economia.
4.1. PAUTA
A entrevista diamante consiste basicamente em uma longa conversa gravada.
Idealmente você tem um entrevistador neutro, que não te conhece, com uma pauta de
perguntas a que você não tem acesso prévio, construída a partir das informações
levantadas nos exercícios anteriores: sua vida pessoal, sua cidade, seus propósitos,
suas pautas. O ideal é que a entrevista dure pelo menos duas horas. Ela deve tocar
temas íntimos, emocionais e, o mais importante, verdadeiros. Verdade vende.
O objetivo da entrevista diamante é que você expresse com as suas próprias palavras
quem é você e as coisas em que você acredita. Comece por perguntas triviais para
aquecer e descontrair. É importante soar natural e não ensaiado. Entre em temas
pessoais como infância e família, trate da sua vocação política, do seu mito fundador e
só então fale das pautas eleitorais.
Essa não é uma entrevista para você cuspir dados e termos técnicos, listar propostas
de campanha, focar em números.
Se você esteve no encontro presencial, lembre-se de que já tratamos disso: o cerne de
toda narrativa bem sucedida é emocional.
Para saber mais, leia a bibliografia sugerida ao fim do documento.
4.2. GRAVAÇÃO
É uma boa ideia fazer uma gravação profissional com essa conversa porque a partir
dela você pode extrair trechos para redes sociais, inserções e diversos produtos
audiovisuais.
Grave sentado, olhando para o entrevistador ao lado da câmera, em formato
documentário. No cenário ideal você tem duas câmeras: uma fixa e uma solta filmando
detalhes dos rosto, mãos, etc. Mas uma câmera dá conta.
Ignore a câmera, converse com o entrevistador. Não é um discurso, é uma conversa.
Depois basta usar trechos da entrevista com gravações de cobertura que combinem
com o que está sendo dito e você terá dezenas de possibilidades de peças.
4.3. DIAGNÓSTICO
Avalie a íntegra da entrevista. Classifique as respostas por tema, destaque as melhores
declarações, entenda como podem melhorar. Separe as respostas ruins, entenda como
podem melhorar. Transcreva e reescreva.
Ela se chama entrevista diamante porque é um produto bruto, que deve ser lapidado.
Idealmente, depois desse diagnóstico e ensaio você pode refazer essa entrevista. O
diagnóstico da diamante também serve para que você faça ajustes nos seus textos
biográficos.
5. PAUTAS
O próximo passo é avançar para as pautas da campanha. É muito importante primeiro ter
mais clareza sobre a sua própria narrativa e sobre o contexto eleitoral para só então saber
como se colocar, o que propor, a que pautas dar destaque.
*Reveja as aulas do professor Alberto Lage
Nessa segunda etapa do projeto de campanha você vai entender melhor o eleitorado, o
contexto, ou seja a narrativa eleitoral vigente na cidade, e as narrativas dos seus
adversários.
Você pode repetir esse exercício diversas vezes, com vários adversários, inclusive os
que não são rivais eleitorais, mas atores ou grupos políticos relevantes.
O exercício é simples, mas é mais útil do que parece. Com ele, você vai ter bastante
clareza na hora de dar entrevistas, participar de debates e discutir pautas da campanha.
Lembre-se: “se você não gosta do que está sendo dito, mude de assunto”.
2. PERFIL ELEITORES
Aqui a ideia é ter um aprofundamento estratégico sobre o eleitorado. Quem são os
maiores grupos, os mais influentes, os mais barulhentos, os com mais penetração na
população? Como é divisão geográfica na sua cidade, quais são as principais pautas
desses grupos.
*Revela as aulas da prof. Paula Yamakawa
3. Q&A
Aqui a gente começa a entrar no terreno mais objetivo. Q&A é abreviação de Question and
Answers: perguntas e respostas. Basicamente esse é um documento em que você vai
compilar todas as perguntas que possam surgir ao longo da campanha e definir
respostas-padrão.
É crucial escolher as palavras certas e repeti-las sempre. A palavra certa faz diferença.
Um exemplo: há décadas os republicanos tentavam acabar com o imposto sobre
herança nos EUA. Naturalmente, era um assunto complexo. Parece justo para muitas
pessoas um herdeiro pagar uma parte do que recebeu sem trabalhar. Até que Frank
Luntz, a partir de qualis, passou a chamar o imposto de “imposto sobre morte”. Isso
mudou o foco do debate na cabeça dos cidadãos americanos e fez com que a lei fosse
alterada.
Em outro exemplo, a maioria dos americanos é contra a frase “O governo deve oferecer
atendimento médico gratuito para imigrantes ilegais”, mas esse mesmo grupo, em
pesquisas, também se posiciona contrário a frase “O governo deve negar atendimento
médico gratuito a imigrantes ilegais”. Mesmos significados, evocações muito distintas.
Então, o primeiro passo do Q&A é responder em tópicos. E o segundo passo é
transformar esses tópicos em sentimento, emoção, narrativa. Comece pelo porque. E
lembre-se que verdade vende. Esse documento nunca vai parar de ser atualizado. Há
sempre novas questões surgindo, respostas melhores sendo desenvolvidas.
3.1. HISTÓRIAS E TEMAS INCÔMODOS
O documento deve conter todas as possíveis fragilidades da sua história. Um alerta:
nunca esconda nada de seus estrategistas. Se você não se preparar, vai ser pior. Não
tente colocar para debaixo do tapete. O processo eleitoral não deixa um tapete intacto.
4. MEDIA TRAINING
Media training é basicamente um treinamento para aparições na mídia. É muito
importante ter uma rotina de treinamento semanal, que comece o quanto antes. Entenda
que quanto mais treinar, menos nervoso você vai ficar quando for pra valer. É como fazer
simulados antes de um vestibular.
5. CAMPANHA NEGATIVA
Campanha negativa não precisa ser antiética. Pode ser, assim como um campanha
positiva pode ser. Mas não há nada de inerentemente antiético em apontar as falhas de
um adversário. O que é realmente antiético: denunciar desvio de caráter e inadequações
de alguém a um cargo público eletivo ou se omitir de informar os eleitores?
5.2. ARGUMENTOS
Faça exatamente como no Q&A: primeiro as informações em tópicos. Depois a
construção da maneira mais eficiente e emocional possível.
Se possível, teste seus argumentos contra adversários em qualis. As qualis ajudam a
avaliar quais são os argumentos mais fortes, qual é a melhor maneira de construir e
apresentar os fatos, o que funciona mais para cada grupo de eleitor, etc
5.2 TÉCNICAS
Nunca minta. Ponto.
Em peças negativas, evite usar sua própria voz ou imagem. Você não quer se associar
ao sentimento ruim provocado pela peça. Um apresentador pode funcionar. Pessoas
confiam em pessoas.
Pelo mesmo motivo, não inclua filmes negativos dentro do seu programa de tv, caso
você tenha um. Encerre seu programa antes.
Não use a mesma estética de sua campanha.
Quando for citar algo em entrevistas, não fale em tom de vingança ou demonstre prazer
em atacar. Você está cumprindo seu dever de informar a população.
Uma técnica bastante efetiva é não levar o argumento à conclusão. Você apresenta os
pontos principais mas deixa que o eleitor reúna e organize na cabeça dele a conclusão.
Por ex:
1 O candidato Fulano é herdeiro político de Beltrano, que quando foi prefeito não fez
nada para reduzir as filas das creches. Pelo contrário, Beltrano demitiu centenas de
cuidadoras das creches da Prefeitura.
2 O plano de governo do Fulano não contém a palavra “creche”. A palavra “criança” só
aparece uma vez. Já a expressão “corte de gasto” aparece oito vezes.
3 Equilibrar as contas é uma coisa importante, mas como será que as crianças serão
tratadas se o fulano for eleito?
A CAMPANHA
Com todas as etapas anteriores prontas, você já pode se concentrar em sua campanha
eleitoral de fato.
1. IDENTIDADE VISUAL
Essa é a primeira coisa que você precisa definir para colocar sua campanha na rua. A
identidade visual vai guiar o design dos seus posts, suas peças audiovisuais, seus
materiais impressos e até a maneira como você se veste.
Lembre-se de que não basta ser uma identidade visual “bonita”. Você está passando
uma mensagem quando faz escolhas como cores e fontes.
2. PERSONAGENS
Evite usar atores em sua campanha. Quase sempre fica falso, artificial e mais pobre do
que ter exemplos reais de pessoas comuns, cidadãos. Ninguém é um roteirista melhor
que a vida real. E pessoas se identificam com pessoas. Verdade vende.
É muito melhor ter outra pessoa dando sua opinião real sobre você ou sobre um tema
da campanha do que você mesmo ou um locutor falando.
Faça entrevistas estilo diamante com os personagens. Extraia trechos.
3. VALIDADORES / APOIADORES
Faça o mesmo com validadores e apoiadores, sejam políticos, pessoas influentes,
familiares ou amigos que possam atestar suas virtudes.
4. MATERIAL GRÁFICO
Se prepare para produzir o quanto antes seu material gráfico. A demora vai custar caro
porque outras pessoas estarão imprimindo material na mesma época.
Padronize tudo. Insira sempre o slogan. Detalhes são parte da mensagem.
Esses são os principais materiais gráficos que você vai usar:
FOLDERS
BANDEIRAS
ADESIVOS
PANFLETOS
SANTINHOS
5. REDES SOCIAIS
As redes sociais serão, quase sempre, seu principal canal de comunicação com o eleitor.
Atualmente, são o meio mais efetivo para atingir os públicos certos com o menor custo.
*Reveja as aulas de Rodrigo Gadelha e Tiago Leifert
5.1. PLANEJAMENTO
Planeje-se com antecedência, construa um cronograma de postagens e um processo
organizado para que um mesmo conteúdo seja adequado a diversas redes.
5.2. PÚBLICOS
Mapear seu público antecipadamente vai garantir que você consiga direcionar os
conteúdos que interessam aos grupos certos.
5.3. IMPULSIONAMENTO
Tenha um cronograma organizado de impulsionado e reuniões semanais para
acompanhar o desempenho das postagens. Quanto mais interessante o tema for para
o grupo selecionado, mais barato o impulsionamento.
6. AUDIOVISUAL
Independentemente do tamanho de sua campanha, os produtos audiovisuais são as
principais peças de comunicação com o eleitor. Preencha seus filmes com o conteúdo
produzido nas pesquisas e exercícios anteriores. Reforce sua narrativa. Evite
dramatização. Diálogos, personagens e histórias reais geram identificação e
credibilidade.
O comercial de estreia da campanha de Bill de Blasio à Prefeitura de Nova York é um
ótimo exemplo de uso de formato documental, com direção e fotografia se preocupando
em passar sensação de algo natural e espontâneo:
https://www.youtube.com/watch?v=SisEaYYctEY
6.1. FORMATOS
Esteja atento aos formatos adequados para cada mídia. Na internet, por exemplo,
muitas pessoas assistem vídeos sem som. Use letterings chamativos. É comum
também que os vídeos sejam assistidos parcialmente. Procure cativar a atenção nos
primeiros segundos.
6.4. RÁDIO
Lembre-se que o rádio ainda é um dos veículos de massa mais populares do Brasil.
Estude seu eleitor potencial antes de definir o nível de energia dedicado a entrevistas e
programas de rádio.
7. DEBATES E SABATINAS
Mesmo em cidades onde não há debates na TV, você pode ter de enfrentar situações de
debate ao vivo ou entrevistas do tipo painel, além de debater com os próprios eleitores.
Para esses casos, é fundamental se preparar antes.
7.2. Q&A
Recorra a seu documento de perguntas e respostas para construir mensagens
diferentes para direcionar a cada adversário relevante.
7.3. PESQUISA
Pesquisa principais temas, notícias recentes e polêmicas envolvendo seus adversários.
Use essa pesquisa para embasar suas respostas.
7.4. ESTRATÉGIAS
O primeiro desafio é gerar credibilidade. Se eu não acredito no que você diz, a
possibilidade de conexão se encerra. Seja verdadeiro. Verdade vende.
Use seus dados para reforçar seus argumentos, nunca como argumento por si só.
Apele à emoção. Mesmo usar dados e termos técnicos para demonstrar conhecimento
deve ser um apelo à emoção do eleitor, uma tentativa de gerar sensação de segurança.
Ainda assim, cuidado para não se limitar a dados.
Seja pessoal, conte de suas experiências reais. Use exemplos de pessoas que você
conheceu para defender determinados pontos e propostas. Mostre que você conhece
aquela realidade de perto. Obviamente, só faça isso se você realmente conhece.
Apele à moralidade. Embora soe pejorativo, apelar à moralidade significa simplesmente
evocar códigos morais comuns a todos como a virtude, o bem, a honestidade e a justiça.
Fazemos isso todos os dias. Faça conscientemente.
Seja autêntico, você não é um ator tão bom assim. As pessoas acabarão percebendo se
você estiver simulando uma emoção ou postura. E se conectarão se você se mostrar de
forma honesta.
Verdade vende. Isso não significa ser descuidado com sua mensagem ou não se
importar em ofender ou gerar rejeição nas pessoas. Seja cuidadoso e apresente sua a
versão de si mesmo.
Nunca perca o controle, nunca se altere. Seu tom e linguagem corporal são tão
importantes quanto o que você diz.
Seja educado, mas seja duro com o adversário se for preciso. Cuidado para a gentileza
não soar como fraqueza.
Sempre responda a pergunta na primeira frase. Uma frase curta, clara e assertiva. Em
seguida mova seu discurso para um tema relacionado que te interesse.
Olhe fixamente entre os olhos do adversário enquanto ele fala com você. Passa a
impressão de olho-no-olho e torna um possível ataque mais desconfortável.
Mantenha uma postura ereta e confiante. Vista-se de maneira adequada à sua narrativa.
Beba água.
7.5. CADERNO
Leve para o debate um caderno organizado por temas. Em cada tema, inclua os
seguintes tópicos: dados sobre o tema, propostas sobre o tema e aspas curtas com
frases de efeito sobre o tema.
ORIENTAÇÕES FINAIS
1 Prepare-se, planeje e se antecipe. Quanto mais cedo você estiver pronto, mais barata
e eficaz será sua campanha.
2 Observe, replaneje e se ajuste. A campanha gera constantes mudanças na opinião
pública. Esteja preparado para mudar de rota se for preciso.
3 Priorize, calcule impacto e concentre esforços. Você não pode estar em todos os
lugares ao mesmo tempo. Dê preferência a agendas e rotinas que te permitam falar com
mais eleitores e conquistar mais votos.
4 Fale sempre a verdade.
BIBLIOGRAFIA
O cérebro político – Drew Western
A Política e a Língua Inglesa – George Orwell
Palavras que funcionam – Frank Luntz
Como fazer amigos e influenciar pessoas – Dale Carnegie
On Branding: 20 princípios que decidem o sucesso das marcas – David Aaker
O ponto da virada – Malcolm Gladwell
Descartes' Error: Emotion, Reason, and the Human Brain – Antonio Damasio
The hidden agenda of the political mind – Robert Kurzban, Jason Weeden
Political Psychology: Neuroscience, Genetics, and Politics – George E. Marcus
The Political Mind: A Cognitive Scientist's Guide to Your Brain and Its Politics – George Lakoff
Your Brain's Politics – George Lakoff
When women win – Ellen Malcolm, Craig Unger