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Universidade Save
Maxixe
2019
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Universidade Save
Maxixe
2019
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Índice
Lista de Tabelas................................................................................................................................0
Lista de Siglas e Acrónimos.............................................................................................................5
Declaração de Honra........................................................................................................................6
Dedicatória.......................................................................................................................................7
Agradecimentos................................................................................................................................8
Resumo.............................................................................................................................................9
Introdução.......................................................................................................................................10
Objectivos:.................................................................................................................................11
Justificativa................................................................................................................................12
Problematização.........................................................................................................................12
Hipóteses....................................................................................................................................13
iv
Lista de Tabelas
Declaração de Honra
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
_______________________________________
Dedicatória
À minha familia
viii
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Agradecimentos
Ao meu supervisor dr Elias Macamo, pelo modo incondicional com que supervisionou a presente
monografia, pela sua gigantesca colaboração em todas as fases da realização deste trabalho, bem
como nas suas observações, críticas e orientações gerais de investigação.
A minha familia pelo encorajamento e ajuda prestada ao longo dos quatro (4) anos da minha
formação.
Ao INAS delegação da Maxixe pela disponibilização da informação que fez com que esta
pesquisa fosse uma realidade.
Aos meus colegas pela força que me deram em todos os momentos da formação, que servia-me
de fonte de inspiração para alcançar melhores resultados.
ix
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Resumo
Introdução
A formação é uma prática de GRH por excelência, em particular como contributo determinante
para o elevado desempenho organizacional, quer para a motivação quer para a satisfação dos
trabalhadores, num momento em que as mudanças empresariais são constantes e dramáticas a
formação profissional tem em vista a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e
comportamentos necessários ao bom desempenho de determinada profissão ou tarefas de uma
função, sendo assim voltada para a aquisição de competências profissionais.
Esta ferramenta afigura-se como imprescindível para o desenvolvimento dos recursos humanos
na medida em que prepara este para manter a sustentabilidade de uma organização tendo em
consideração a concorrência cada vez mais feroz e as mudanças cada vez mais constantes.
Esta pesquisa torna-se importante na medida em que procura discutir o provável impacto trazido
pela formação profissional no INAS.
Este trabalho tem a seguinte estrutura: Introdução que é neste parte onde nos encontramos;
Capítulo I que encontramos a fundamentação teórica; capítulo II onde encontramos as
metodologias; capítulo III onde temos a apresentação, analise e interpretação de dados,
conclusões, sugestões, e por fim as referências bibliográficas e os apêndices
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Delimitação do tema
O espaço identificado para a pesquisa foi o Instituto Nacional de Acção Social - subdelegação da
Maxixe, visto que foi neste local onde foi detectado o problema, foi possível notar nesta
instituição que a mesma confia e de que maneira na formação profissional, visto que sempre que
possível esta Instituição manda os seus colaboradores para a formação e em muitos casos estes ao
voltarem não apresentam nenhuma mudança no exercício das suas tarefas.
A escolha do ano de 2015 como o ano de início da pesquisa justifica-se pelo facto de este ano ser
o ano que o INAS mais funcionários mandou a formação e que por via disto oferece indicadores
que podem ser usados para sustentar a nossa pesquisa e o de 2018 como o último é que este
apresenta-nos dados dos funcionários após o seu reenquadramento depois de terminada a
formação.
Objectivos:
Objectivo geral
Objectivos Específicos
Justificativa
Para a instituição o estudo ajudará na reflexão sobre a forma como a instituição gere as
competências do seu capital humano com vista a garantir qualidade dos serviços prestados ao
público e irá proporcionar ainda ferramentas de planeamento do desenvolvimento das
competências dos seus funcionários.
No âmbito social a pesquisa irá tornar-se pertinente na medida em que o pesquisador acredita que
os resultados desta pesquisa poderão ajudar a perceber o contributo que a formação profissional
exerce sobre as competências de um colaborador e por outro lado qual será proporcionalidade
entre a formação profissional e as competências.
Academicamente, este trabalho dará uma visão sobre o contributo da formação profissional para
o aumento das competências, proporcionando-lhes um meio no qual possam fazer dos resultados
desta pesquisa uma área de investigação científica. O presente trabalho busca contribuir para o
enriquecimento das discussões sobre a formação profissional e seu contributo no
desenvolvimento de competências além de orientar aqueles que buscam conhecer esse assunto.
Problematização
Essa contribuição é, sobretudo, exercida através do impacto que a formação profissional tem nas
competências das pessoas.
dos colaboradores, por vista desta, pretendemos traves deste trabalho, perceber de que formas a
formação pode contribuir para incrementar e aperfeiçoar as competências dos colaboradores de
uma organização, ou seja, pretendemos com esta pesquisa aferir se o que se diz sobre a formação
é o que ela de facto é, e também procuramos saber em que medidas a formação profissional pode
aumentar as competências nos colaboradores do INAS, visto que em muitas organizações
encontramos muitos colaboradores advindos da formação, mas que não respondem efectivamente
aos anseios que os mandou a formação, ou por outra, depois de voltarem da formação não
apresentam nenhuma mudança no que diz respeito a forma de trabalhar. Na pesquisa exploratória
feita pelo pesquisador no INAS da Maxixe, portanto notam-se fragilidades de prestação de
serviços de qualidade para os cidadãos, a falta de profissionalismo ainda é visível nos
funcionários, sendo porém, que a mesma instituição apresenta uma enorme confiança na
formação profissional dos seus colaboradores e sempre que possível esta instituição manda os
seus funcionários para a formação, mas nem com isso a qualidade de prestação de serviços
mudou.
Hipóteses
De acordo com Marconi & Lakatos (2003: 128) uma hipótese é uma suposta, provável e
provisória resposta a um problema, cuja adequação, comprovação, sustentabilidade ou validez
será verificado através de uma pesquisa. No presente trabalho, avançaremos como hipóteses para
a pesquisa as seguintes:
H2: A formação profissional não desenvolve as competências dos funcionários, pois eles se
tornam mais profissionais pela experiencia que adquirem ao longo dos anos.
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Neste tópico da revisão de literatura iremos trazer diversas concepções de formação profissional e
de competências profissionais na visão de vários autores, como forma de dar suporte a nossa
pesquisa.
Caetano e Vala (2007), na obra gestão de recursos humanos: contextos, processos e técnicas
afirmam que a formação profissional nas organizações enquanto instrumento para o
desenvolvimento de competências das pessoas, necessita, para ser considerada verdadeiramente
estratégica de ser enquadrada numa perspectiva de gestão global, onde a produção de efeitos
directos da formação seja articulada com o conjunto de processos organizacionais. Os mesmos
autores acrescentam que a formação alega-se responder simultaneamente às necessidades de
desenvolvimento das pessoas e das organizações, cumprindo assim a dupla função de produzir
satisfação profissional e elevados padrões de performance económica.
O mesmo ponto de vista é partilhado por Ceitil (2008) ao afirmar que a formação é um vector
para o desenvolvimento das competências profissionais. Embora este, apresenta-nos uma
abordagem que leva em conta duas realidades, a saber a formação e a aprendizagem. Diz que
para haver desenvolvimento de competências deve haver não só a formação, mas também a
aprendizagem que segundo o mesmo corresponderia a uma mudança relativamente permanente
nas cognições, nos comportamentos, nos afectos e inclusivamente nas atitudes das pessoas como
resultado de interacção dessas pessoas com os diferentes contextos de vida.
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Numa outra abordagem e com auxílio de Levieque (2011), na sua obra intitulada Gestão de
Recursos Humanos na Administração Pública em Moçambique, capitulo 9, diz que a formação
profissional implica a preparação de condições susceptíveis de produzir uma actuação específica.
Para ele a actuação que a formação profissional pretende modificar na preparação de um
colaborador para uma dada função consiste em capacidades (físicas, mentais ou sociais),
conhecimentos e atitudes. Assim sendo, a formação constitui actualmente uma necessidade
indispensável tendo em vista a eficiência e a produtividade das organizações, há ainda convicção
de que programas de treinamento e desenvolvimento podem ser factores competitivos na
obtenção e conservação de uma forca de trabalho qualificada.
Após estas abordagens que os autores consultados apresentam e em concordância com o objecto
deste trabalho aliamo-nos mais a colocação trazida por Levieque, por esta estar mais voltada para
o nosso objecto de estudo, a formação profissional enquanto processo pelo qual os colaboradores
aperfeiçoam suas competências, isto é, o saber fazer, saber ser e o saber estar diante do ambiente
do trabalho. Esta abordagem de Levieque explica ainda mais a pertinência da formação
profissional e apresenta um certo posicionamento em volta do contributo que a formação
profissional exerce sobre as competências dos indivíduos. Realçamos que a formação profissional
em destaque neste trabalho é inerente a capacitação profissional.
Peres & Ciampone (2006), no seu artigo científico intituladas competências gerais do enfermeiro,
afirmam que as competências profissionais são construídas pelos próprios trabalhadores no
desenvolvimento dos processos de trabalho, sendo que os espaços formativos e as organizações
de trabalho são imprescindíveis para propiciar uma aprendizagem qualificada. Ainda os mesmos
autores conceituam competência profissional como sendo “a capacidade de mobilizar, articular,
colocar em acção, valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente
e eficaz de actividades requeridas pela natureza do trabalho, ou por outra, competências dizem
respeito ao saber ser, saber fazer e saber estar do indivíduo”.
Ainda no que respeita a competências profissionais, Perrenoud (2008) refere que estas englobam
os saberes, mas que não se limitam a eles. O mesmo autor acrescenta que ao contrário dos
conhecimentos, que são representações organizadas da realidade ou do modo de a transformar, as
competências são capacidades de acção. Assim, manifestar competências profissionais perante
uma situação complexa é:
Cooperar com outros profissionais sempre que for necessário, ou simplesmente mais
eficaz ou equitativo;
Depois dos argumentos dos autores acima arrolados que versam sobre a competência
profissional, para este trabalho interessa-nos alinhar com a ideia trazida por Peres & Ciampone
(2006), ao afirmar que competência profissional configura-se como resultado de uma serie de
trabalhos formativos organizados que visam a aquisição de uma aprendizagem qualificada como
forma de agregar ao profissional, conhecimentos, habilidades, e atitudes (saber ser, saber fazer e
saber estar).
Peretti (1997), afirma que a formação compete dar corpo a uma política que deve responder a um
duplo objectivo:
trabalhadores, mais estes contribuirão para o sucesso organizacional, o que concorre para
a consequente diminuição do nível de absentismo e demissões;
Menor supervisão – trabalhadores bem formados, necessitarão de menor supervisão,
sendo benéfico para a organização a nível de tempo e esforço;
Menos acidentes no trabalho – como os trabalhadores detêm a formação necessária para
prosseguirem o trabalho, a probabilidade de ocorrer um erro no trabalho torna-se inferior;
Possibilidades de promoção – os trabalhadores que recebem formação no trabalho,
desenvolvem melhores competências para prosseguirem o trabalho, podendo levar a uma
futura promoção e certamente uma vantagem para a organização;
Aumento da produtividade – a formação aumenta a eficiência e produtividade do trabalho
prestado pelos trabalhadores. Menor desperdício de tempo e recursos quando os
trabalhadores são devidamente preparados.
O desenvolvimento, por sua vez, é uma das maiores razões que levam as organizações a
recorrerem à formação, por se considerar um factor de evolução da própria organização (Cardoso,
1995).
A formação e o desenvolvimento são considerados práticas imprescindíveis para uma boa gestão
de recursos humanos (Harrison, 2009). Muitas organizações empresariais encaram a formação
como uma actividade integral no desenvolvimento dos recursos humanos (RH). Pois, existem
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muita organização que, como estratégia, preferem fazer cortes em várias áreas enquadradas na
organização do que prescindir da formação aos trabalhadores (Aguinis, Kraiger, 2009: 466).
No seio da formação profissional dentro das organizações existe a formação formal e a informal,
também conhecidas por high and low training (Harrison, 2009:229). A formação profissional
informal é aquela que não é programada, nem certificada é, inconsciente e geralmente ocorre no
local de trabalho, onde os trabalhadores mais experientes explicam, por exemplo, aos mais novos
determinados procedimentos. Por sua vez, a formação profissional formal refere-se a uma
formação estruturada e planeada, certificada e consciente (Salazar, Torres, Reche, 2012:2682).
Não obstante da importância da formação informal dentro das organizações.
No âmbito da formação, os recursos podem ser divididos entre internos e externos, sendo os
internos os indivíduos qualificados, que exercem funções dentro da organização, e são detentores
de conhecimentos que deverão ser partilhados com os restantes trabalhadores sob a forma de
formação. Já os recursos externos são indivíduos contratados a entidades externas, e apresentam
conhecimentos e competências pertinentes para transmitir aos trabalhadores, para a prossecução
de um melhor trabalho.
Para que a formação se realize sem incidentes é necessário uma organização cuidada, para isso é
indispensável a elaboração de um plano ou ciclo formativo (Oliveira, 2006). Gomes, et al.
(2008), sugere um ciclo formativo organizado em quatro fases, existindo antes destas uma fase de
nível zero ou preparatória.
Esta consiste no alinhamento das práticas de gestão de recursos humanos com a estratégia
empresarial.
A fase do diagnóstico de necessidades é considerada por muitos autores uma fase crucial de todo
o processo de formação, pois se esta não for bem concretizada as acções de formação podem não
ir de encontro as necessidades reais e, deste modo, a formação tornar-se num custo sem retorno.
A terceira fase é a execução, ou seja, a realização da formação. Para que esta seja um sucesso,
durante a sua realização é necessário garantir que o programa se encontra realmente adequado às
necessidades verificadas, o material seja adequado a formação e que este esteja ajustado as
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A última fase consiste na avaliação da formação, cujo objectivo é verificar se, de acordo com as
necessidades identificadas na fase de diagnósticos, as mesmas foram ou não colmatadas.
Outros autores (Brandão e Guimarães, 2001) sugerem que o ciclo formativo deve de assentar em
seis fases distintas: (a) diagnóstico de necessidades, com o objectivo de validar quais as
necessidades de formação; (b) concepção, criar e planear a acção de formação (definir a forma
como vai decorrer a acção); (c) acção de formação, esta é fase onde é aplicada a concepção
anterior; (d) pré-avaliação, passado algum tempo da realização da acção deverá ser efectuada
uma pré-avaliação dos resultados, averiguar se os objectivos antecipadamente definidos foram
atingidos ou não; (e) follow-up e acompanhamento, o objectivo desta fase é garantir que os
conhecimentos adquiridos estão a ser aplicados no dia-a-dia; e (f) avaliação, com base nos
critérios estabelecidos no diagnóstico de necessidades, avaliar os resultados obtidos durante todo
o processo formativo.
Em suma, é de extrema importância que todo o processo formativo esteja estritamente ligado a
estratégia organizacional, para que os custos que serão realizados com todo o processo não sejam
realmente como um custo mas um investimento que trará retorno. Importa, realçar que todas as
fases do ciclo formativo, com recurso aos métodos e às técnicas adequadas, são requisitos
fundamentais para o sucesso da gestão da formação. E no caso concreto da formação a que nos
referimos no INAS, uma vez que esta instituição não é a que forma, mas sim a que manda seus
funcionários para serem formados, as fases que ocorrem dentro da instituição são a de
diagnostico das necessidades de formação, a definição do tempo em que o funcionário se
ausentará devido a formação e quando este volta faz-se a integração no devido sector de
actividade.
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É um facto que a formação profissional traz a satisfação no trabalho e por via disso existem
repercussões no desenvolvimento social e, por conseguinte, na economia, na forma como está
dependente das seguintes variáveis: da produtividade de determinada organização, do empenho e
da motivação dos seus trabalhadores. Por sua vez, esta dependência proporciona serviços de
excelência, bem como lealdade e sentimento de pertença nos trabalhadores, que se caracteriza
como a força relativa da identificação do indivíduo com a organização, cujo envolvimento se
traduz, entre outras circunstâncias, na redução do absentismo no trabalho e no turnover (Mishra:
2005: 91).
Neste sentido, é fulcral para a organização prestar a devida atenção à satisfação no trabalho, pois
assim poderá perceber os efeitos que exerce sobre o bem-estar dos trabalhadores, o qual, por sua
vez, se encontra também ele relacionado com o desempenho e a definição estratégica. A melhor
forma de obter essa informação é inquirir directamente os trabalhadores sobre o que os satisfaz e
não satisfaz no contexto de trabalho (Gomes, et al, 2008: 123) e, com base nessa informação,
implementar a mudança dentro das possibilidades organizacionais.
A aposta na formação intensiva dos colaboradores deve ser uma prática sistemática das
organizações, de modo a cumprir o objectivo de agilizar a sua superioridade competitiva,
desenvolvendo a capacidade de aprendizagem mais eficaz que a dos seus concorrentes (Ceitil,
2008).
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A formação é algo que deve ter uma componente geral, como preparação basilar para um futuro
incerto, mas também deve ter uma componente mais singular e específica, presente nas realidades
do dia-a-dia e orientada para a solução das falhas que vão sendo detectadas. (Aníbal & Costa,
1988).
Para falarmos do contributo a formação profissional, teremos que previamente ensaiar uma breve
viagem hermenêutica por alguns conceitos adstritos e imediatamente associados ao grande
processo da formação profissional. E desta feita começaremos por conceituar a formação.
24
1.2.1 Formação
Na óptica de França (2013:15), a formação pode-se considerar uma das ferramentas elementares
da gestão de recursos humanos. Podemos considerar que a formação profissional passa pelo
binómio formando - profissional, e pretende que o formando consiga reunir, a partir de uma
série de actividades, um conjunto de conhecimentos, competências de trabalho, comportamentos
e atitudes para prosseguir, de uma forma satisfatória, o trabalho que lhe compete desenvolver.
Torres & Palhares, (2008:102), “afirmam que a formação visa desenvolver determinadas
apetências nos trabalhadores e pode ser concretizado pelo modo escolar, que consiste em colocar
o formando numa escola, onde irá desenvolver a aprendizagem”.
Formação é uma acção intencional visando fornecer os meios para possibilitar a aprendizagem
(Levieque, 2011).
Levieque (2007:90), define a formação profissional como uma acção intencional de fornecer os
meios para possibilitar a aprendizagem. Ainda segundo o mesmo, a formação orienta
simplesmente as experiencias de aprendizagem num sentido positivo e os colaboradores com
vista a desenvolverem os seus conhecimentos, atitudes e habilidades em benefício próprio e da
organização. Na perspectiva deste autor, a aprendizagem pode ocorrer sempre que necessário e
aplicada a todos os colaboradores da organização.
Com base nos conceitos acima arrolados pode-se conceituar formação profissional como um
mecanismo através do qual organizações ou indivíduos usam para promover a aquisição de
atitudes, valores e comportamentos que lhes sejam adequadas as funções que lhes incumbe
exercer.
1.2.3 Competência
Competência como uma característica subjacente a um indivíduo e que tem uma relação de causa
efeito com o desempenho médio ou superior de uma função (Bilhim, 2009).
Competências são modalidades de acção pratica que permitem a cada individuo exercer uma
acção eficaz numa determinada situação ou problema concreto, afirma Huteu (1997), citado por
Caetano e Valla, (2007).
Conforme Devaud, também citado por Caetano e Valla (2007), propõe competência como sendo
a capacidade de um indivíduo mobilizar e por em prática saberes práticos e teóricos, validados e
requeridos para dominar uma situação de trabalho em diferentes dimensões.
Competência profissional é um termo utilizado quando uma pessoa qualificada é designada para
realizar determinada função (Bertolini, 2004).
Desta forma, a definição de competência profissional associa-se ao verbo acção, isto é, a prática
de uma acção fundamentada em conhecimento, desenvolvidas conforme a necessidade do
profissional para melhorar seu desempenho em suas actividades, considerando o ambiente o qual
está inserido.
b) Em alguns casos a formação é a solução mais eficaz para a resolução de alguns problemas,
sendo necessário analisar a adequação da formação ao negócio e à estratégia da organização;
Este capítulo apresenta todo procedimento metodológico seleccionado com vista a atingir os
objectivos da pesquisa, com base num estudo de caso que faz análise pormenorizada do problema
identificado. São aqui apresentados métodos que nortearam a condução da pesquisa, sua
importância e razão de sua aplicação.
Baseamo-nos na pesquisa descritiva que tem como premissa buscar a resolução de problemas
melhorando as práticas por meio da observação, analise e descrição objectiva, através de
entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e validação de conteúdo (Thomas, et al,
2009).
A importância deste tipo de pesquisa é que não há interferência do pesquisador, que apenas
procura perceber, com o necessário cuidado, a frequência com que o fenómeno acontece. Esta foi
aplicada para identificar as estratégias adoptadas pelo INAS para identificar os funcionários que
precisam ser mandados a formação.
Esta pesquisa é quanto a abordagem uma pesquisa qualitativa que segundo Triviños (1987:120) é
considerada “de difícil conceituação devido à abrangência do referido conceito, à especificidade
de uma acção, ao limite deste campo de investigação". Porém, a Pesquisa Qualitativa tem o
ambiente natural como fonte directa de dados e o pesquisador como instrumento-chave, é
essencialmente descritiva.
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Esta pesquisa é qualitativa pois, preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não
podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações da
ocorrência de fenómenos. Este tipo de abordagem da pesquisa é importante na medida em que
permite buscar uma compreensão detalhada sobre o nosso objecto de pesquisa, com o objectivo
de colher o maior número de informações sobre o contributo da formação profissional no
incremento das competências individuais dos funcionários do INAS.
A nossa pesquisa quanto ao procedimento técnico é uma pesquisa de campo. Segundo Gil,
(2002: 59) no estudo de campo o pesquisador apresenta nível maior de participação e, torna-se
maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis. Usamos esta pesquisa
para fazer o acompanhamento das actividades concretas no Instituto Nacional de Acção Social
com vista a identificar os resultados posteriores que os funcionários desta instituição apresentam
depois da formação, sendo que esta instituição crê na formação profissional como vector para o
aumento das competências.
A pesquisa bibliográfica, segundo Rummel (1979), permite ao pesquisador estabelecer uma base
científica para a formulação das hipóteses, serve igualmente para construir uma plataforma de
conhecimentos e ideias existentes sobre um determinado tema e identificar lacunas no
conhecimento existente sobre um determinado tema e identificar outros investigadores que
trabalharam na mesma área de interesse. Este método será aplicado na confrontação do suporte
teórico deste trabalho a fim de torná-lo científico e credível, através de leitura de várias obras de
autores que abordam a matéria em estudo.
Segundo Richardson (1999: 261) na observação directa, o observador participante não é apenas
um espectador do facto que está sendo estudado, ele se coloca na posição e ao nível dos outros
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elementos humanos que compõem o fenómeno a ser observado. Um dos pontos mais positivos do
uso da observação directa é a possibilidade de obter a informação no momento em que ocorre o
facto.
Estes métodos foram concretizados através da leitura de várias obras que versam sobre a matéria
em alusão como forma de dar sustento teórico a pesquisa, entrevista a vários funcionários do
INAS e ainda pela observação dos fenómenos que ocorrem naquele local.
A entrevista é uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula
perguntas, com objectivo de obtenção de dados que interessam a investigação (Gil, 1999:127).
A entrevista foi dirigida aos funcionários gestores do INAS e terá como objectivo colher
informações sobre as como estes concebem e olham para a formação profissional para os seus
colaboradores, uma vez que no que diz respeito aos planos de formação compete a eles a sua
elaboração.
O questionário, que segundo Gil (1999:128), pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às
pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.
31
Para a recolha de dados usamos dois instrumentos de dados, nomeadamente o guião de entrevista
e o questionário.
Desta forma foi elaborado um guião de entrevista para nos auxiliar na entrevista que será feita
aos funcionários e gestores do INAS, vide Apêndice 3.
Para além, da entrevista, foi elaborado um formulário de inquérito conforme podemos ver nos
Apêndices 1 e 2, onde no primeiro apêndice aparece o questionário dirigido aos funcionários não
gestores e o segundo apêndice encontramos o questionário dirigido aos funcionários gestores.
2.5. População
A população envolvida nesta pesquisa é constituída por um total de 44 elementos onde teremos
40 funcionários não gestores, 4 funcionários gestores da Instituição.
2 Funcionários gestores 2 2 4
3 Total 26 18 44
1
O conceito de guião de entrevista foi encontrado em Wikpédia_ conceitos.
32
2.6. Amostragem
O tipo de amostragem a ser usada nesta pesquisa é aleatória estratificada, dividida em 2 estratos a
saber: funcionários gestores e funcionários não gestores do INAS - Maxixe.
De acordo com Marconi & Lakatos (2003: 168) é uma parcela do universo que se pretenda
investigar. Para determinação do tamanho da amostra, Gil (2002:121) recomenda a aplicação de
técnicas estatísticas usando a cifra de 10 % da população. Sendo a amostra uma parte da
população que é tomada como objecto de investigação da pesquisa, a sua determinação foi feita
em função do número total dos sujeitos e das características dos intervenientes.
1 Funcionários 10 25
2 Gestores 2 50
3 Total 12 27.2
A tabela acima apresenta-nos a amostra seleccionada para a nossa pesquisa. Para a nossa
pesquisa, a amostra seleccionada é composta por um total de 12 elementos e está estratificada em
2 grupos a saber, 10 funcionários não gestores, dos quais 7 homens e 3 mulheres e 2 funcionários
gestores, sendo 1 homem e 1 mulher respectivamente.
33
De referir que nos 10 funcionários não gestores, seleccionados para a nossa amostra, 7 já
participaram da formação profissional por iniciativa da instituição, e 2 participaram por conta
própria (tendo requerido a instituição para que autorizasse a ida dos mesmos a formação) e 1
ainda não participou da formação profissional.
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Neste capítulo faz-se basicamente a apresentação, análise e interpretação dos dados, como o título
elucida, recolhidos no trabalho de campo, de forma a testar as hipóteses pré-definidas, sendo que
este é o objectivo da pesquisa, sob perspectiva de encontrar o contributo exercido pela formação
profissional nas competências dos colaboradores.
Para que haja melhor qualidade na prestação de serviços quer no sector público assim como no
privado, é necessário que se aposte na formação do capital humano, é neste âmbito que
questionamos aos gestores desta Instituição se já alguma vez recorreram a formação profissional
para o desenvolvimento das suas competências e ou dos seus colaboradores para o
desenvolvimento organizacional. Os dois gestores seleccionados para a nossa amostra,
correspondentes a 100% foram unânimes em afirmar que a instituição recorre várias vezes a
formação do seu pessoal com vista a agregar mais competências do pessoal, tendo um plano de
formação constante.
A mesma questão foi colocada aos funcionários da mesma instituição e todos os 10 inquiridos
que correspondem a 100 % afirmam que varias vezes a instituição já os mandou para a formação
profissional e que por via disso estão sempre a actualizar e a desenvolver as suas competências.
Os argumentos acima convergem com Brandão e Guimarães (2001), ao afirmarem que a
formação profissional ajuda as empresas que se preocupam em buscar profissionais qualificados
para desempenhar suas funções com efectividade, dotando os profissionais de instrumentos
técnicos e práticos para a profissão.
35
Vemos então, que o INAS aposta na formação profissional como vector para o desenvolvimento
das competências do seu pessoal, por essa razão, a mesma instituição diz mandar técnicos para a
formação sempre que possível com o objectivo de melhorar a prestação de serviços aos utentes.
Na pergunta 2 sobre quais são os critérios que a instituição usa para indicar os técnicos para a
formação os dois gestores por nós abordados e que correspondem a 100% afirmaram que
mandam os técnicos com base nas necessidades de cada sector dentro da instituição, o tempo de
serviço e a área de formação. A mesma resposta foi obtida de 5 funcionários que correspondem a
50%, num total de 10 seleccionados quando questionados sobre os critérios usados pelo INAS
para indicação dos técnicos para a formação.
Tendo em conta a informação acima, Salazar, Torres e Reche (2012: 2683) afirmam que a
formação serve essencialmente para melhorar o desempenho de cada trabalhador na prestação
dos seus serviços, ou ainda, para o preparar para o desempenho de novas funções, desta forma a
formação deve ser contínua e consistente com as necessidades da organização.
Dos restantes, 3 que correspondem a 30% dizem que o critério usados pelo INAS para indicar os
técnicos a formação é a manifestação de interesse por parte do técnico e os restantes 2 que
2
Afirmações concedidas em entrevista com Sérgio Joaquim, no dia 23 de Outubro
36
Logo, percebe-se que as necessidades da organização, ou seja, quando se verifica quem apresenta
dificuldades no desempenho das suas funções, o tempo de serviço e a área de formação são os
critérios preconizados pela instituição para indicar quem deve ir a afirmação em detrimento dos
outros.
De referir que para executar qualquer tarefa, discutir qualquer conceito ou manipular qualquer
objecto é necessário que haja algum conhecimento, esse conhecimento é descrito como
competência profissional que segundo Zarifian (2001), “a competência profissional é uma
combinação de conhecimentos, de saber fazer, de experiências e comportamentos que se exerce
em um contexto preciso.
Questionados os funcionários sobre quais as áreas que trabalhavam antes de ir a formação, qual
foi a área de formação e quais são as áreas que actualmente trabalham 4, 60% dos funcionários,
isto é, 6 responderam que trabalhavam nas mesmas áreas de sua formação e por sinal as mesmas
áreas que trabalhavam até antes de participar da formação. Os restantes 4 que correspondem a
40% dizem não ter sido possível depois da área que corresponde a sua formação, pois, já existiam
pessoas ocupando aqueles cargos.
3
A legislação em causa refere-se ao EGFAE (2017)
4
Essa pergunta resulta da junção de três perguntas (11, 12 e 13) do nosso Apêndice 1.
37
Temos como exemplos, uma funcionária que trabalha como RH, afirmou que antes de ir a
formação trabalhava no sector de RH, foi a formação em RH e voltou a trabalhar no sector de
RH. E uma outra funcionaria que antes da formação trabalhava na repartição de Administração e
Finanças, foi a formação na mesma área e voltou a trabalhar na mesma área. Temos ainda
exemplos de um funcionário que antes da formação trabalhava no sector da planificação, foi a
formação fez o curso de Psicologia e Assistência Social e actualmente trabalha no sector da
planificação.
b) é uma inteligência prática apoiada nos conhecimentos adquiridos, a fim de ser transformados à
medida que essas situações aumentam;
Questionados os funcionários não gestores na pergunta 8, sobre qual era a evolução das
competências, isto é, para que apresentassem as competências de que dispunham antes e as que
dispõem depois da formação profissional, todos eles em número de 10 que correspondem a 100%
afirmaram que após a formação profissional conseguem melhor desenvolverem suas actividades
com facilidade, já sabem melhor se apresentarem para com os outros e sabem fazer melhor os
juízos em cada situação, de forma geral dizem que aumentaram o seu Know-How5.
5
Know-how corresponde a conhecimentos (Wikipédia).
38
instituição, sendo uma aposta da instituição, pois, ele acrescentam que o pessoal da instituição
consegue exercer suas actividades com menos tempo e com mais precisão, e como resultado as
acções de formação o nível de organização cresceu e o nível de produtividade (alcance das metas)
também aumentou.
Sobre a pergunta que pretendia saber os aspectos negativos da formação profissional para o
âmbito pessoal, dos 10 questionados 4 que correspondem a 40 % responderam que quando
alguém é chamado para a formação profissional os colegas olham-no como aquele que é incapaz
e que precisa da formação para aperfeiçoar alguma coisa. Enquanto os restantes 6
correspondentes a 60 % acreditam que sendo a formação uma via que visa ajudar não apresenta
nenhum aspecto negativo, o mesmo pensamento é partilhado pelos gestores, os 2 entrevistados
que correspondem a 100% ao afirmarem que a formação profissional só trás aspectos positivos.
Questionados ainda sobre os possíveis aspectos negativos da formação profissional para o âmbito
institucional, os dois gestores entrevistados que correspondem a 100% responderam que além dos
custos que a formação acarreta não vêem nenhum aspecto da formação profissional que fere a
instituição.
Essa linha de pensamento converge com a de Chiavenato (2006), ao afirmar que toda a empresa
que pretenda se posicionar na linha da frente deve estabelecer programas bem definidos de
treinamentos, onde nesses programas deve haver previsão dos participantes, metodologias,
duração e recursos.
Por sua vez os funcionários quando abordados com a mesma questão 6 que correspondem a 60%
responderam que não vêem nenhum aspecto negativo trazido pela formação profissional. E os
restantes 4 correspondentes a 40% dizem que a formação profissional pode trazer programas de
39
mau enquadramento, uma vez que quando existe uma área prioritária todos os funcionários são
instados para irem participar de uma formação naquela área e quando estes retornam alguns
enfrentam problemas de enquadramento acabando por serem enquadrados em áreas que não seja
ideais.
Desta forma, percebe-se que a formação profissional não pode ser levada a cabo sem que antes se
tenha sido feita uma previsão dos recursos que serão utilizados durante o processo da
materialização da formação.
Na pergunta 9 do apêndice 1 procuramos saber junto dos funcionários o que mudou na vida
pessoal no âmbito da formação profissional, todos os 10 funcionários que correspondem a 100%
foram unânimes ao afirmar que após a formação profissional muita coisa mudou nas suas vidas
pessoais e profissionais, tendo sido dotadas de novas metodologias de desenvolverem suas tarefas
dentro da instituição, melhoraram a maneira de se relacionar quer no ambiente de trabalho assim
como não, por conta desse êxito que formação os trouxe receberam uma bonificação e outros
alguma promoção.
Em função das declarações acima chamamos o entendimento de França (2013:30) quando diz que
a formação profissional é imprescindível para o desenvolvimento dos recursos humanos sendo
considerada um recurso imprescindível para manter a sustentabilidade de uma organização tendo
em consideração a concorrência cada vez mais feroz e as mudanças cada vez mais constantes. Em
tal medida, a formação poderá aumentar as expectativas dos clientes, a qualidade do serviço, na
medida em que prepara os trabalhadores para novas funções e outros benefícios acrescidos.
Por sua vez os funcionários gestores em número de 2 que correspondem a 100% afirmam que a
formação profissional é um instrumento de extrema importância pelo que ajuda os seus técnicos
no desenvolvimento e na actualização de suas competências, como é o caso do aumento da
capacidade crítica, capacidade de análise e o aumento das capacidades técnicas (habilidades),
aumento dos resultados com vista a melhor prestação de serviços aos seus utentes.
40
Na pergunta 10 procuramos saber quais eram as mudanças que a formação profissional trouxe ao
INAS os 2 funcionários gestores (100%) afirmaram que a formação profissional os ajudou a
colocar os funcionários não gestores cada um no seu devido lugar, o que ainda segundo os
mesmos aumentou a produtividade.
Os pronunciamentos acima vão em consonância com Salazar, Torres e Reche (2012) quando
afirma que “o recurso mais precioso de uma organização é o seu capital intelectual e, como tal, é
necessário prepará-lo para enfrentar qualquer desafio laboral que possa surgir, desde o
incremento de novas técnicas de produção até a ocupação de novos cargos”.
Maior produtividade;
Alcance das metas;
Melhoramento das relações interpessoais.
Propiciamente de um bom clima organizacional;
Possibilita a colocação o homem certo no lugar certo.6
A mesma pergunta foi feita para os funcionários, onde 8 correspondentes a 80% afirmam que
toda vez que um técnico volta da formação profissional quem ganha é a instituição, pois, a
produtividade aumenta o nível de resposta para as solicitações na organização é maior e eficaz,
acrescentam que graças a aposta na formação profissional dos seus funcionários que a instituição
até ganhou um diploma pela qualidade na prestação de serviços, aumentando assim o numero de
beneficiários da assistência social a nível do Conselho Autárquico da Maxixe.
Por meio destas declarações, aponta-se a formação profissional como um instrumento importante
no desenvolvimento e na actualização das competências profissionais dos funcionários do INAS-
Maxixe e de qualquer organização.
a 100% que afirmaram que se apostam na formação profissional é que vêem a importância deste
instrumento.
Assim sendo, a adopção do modelo de formação profissional pelo sector de recursos humanos nas
organizações está relacionada à utilização, controle, e avaliação da competência na força de
trabalho marcada pelas exigências da sociedade e por via disso a formação é imprescindível para
da competência profissional (Deluiz, 2001).
7
Em conversa com o Sr. Sérgio Joaquim no dia 23 de Outubro de 2019.
42
Conclusão
Neste caso, as respostas dos nossos entrevistados tendem para uma formação profissional que
contribui para o desenvolvimento das competências dos funcionários do INAS-Maxixe, e ainda
notamos durante o trabalho de campo na Instituição que ainda existem alguns funcionários que
ainda não reconheceram a importância da formação profissional como ferramenta de aquisição de
competências.
Na pesquisa levantamos duas hipóteses segundo as quais: a formação profissional contribui para
o desenvolvimento das competências do indivíduo que participa da formação, agregando e
actualizando as competências que já dispunha; e A formação profissional não desenvolve as
competências dos funcionários, pois eles se tornam mais profissionais pela experiencia que
adquirem ao longo dos anos. Das duas, somente uma, a primeira, foram encontradas bases para a
sua validação, sendo que tanto para os gestores assim como para os funcionários a formação
profissional é verdadeiramente um instrumento que agrega competências profissionais naquela
instituição.
Face aos conclusões tidas no final da pesquisa julgamos necessário deixar algumas sugestões para
melhoria da gestão do processo de formação:
43
Envolver mais funcionários nos processos de formação com vista a garantir com que haja
uma harmonização das competências dentro instituição como um todo.
Desenvolver acções de sensibilização como forma a convencer aos funcionários que ainda
não reconhecem a importância formação profissional para apostarem cada vez mais neste
instrumento para o desenvolvimento de suas competências.
44
Referências Bibliográficas
ANÍBAL, A.A & COSTA, V. A gestão dos recursos humanos e os direitos dos trabalhadores:
As empresas/ organizações e a gestão dos seus recursos humanos. Lisboa: Editorial Caminho,
1988.
GIL, A. C, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª ed. São Paulo, Editora Atlas S.A, 1999.
______________. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo. Editora Atlas, 2002.
45
GOMES, J., CUNHA, P., REGO, A & Marques, C. Manual de Gestão de Pessoas e do Capital
Humano, 1ª Ed. Lisboa: Sílabo.2008.
HARRISON, R. Learning and devolpment, 5th ed. London: Chartered Institute of Personnel and
Development. 2009.
LAKATOS, E. M & MARCONI. Metodologia de trabalho cientifico.4ª edição. São Paulo: atlas
editor 2003.
PERRENOUD, P. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. 2.ª ed, Porto Alegre: Artmed,
2008.
THOMAS, M et all. Notas para o debate sobre a pesquisa acção. São Paulo. Brasiliense Editora,
2009.
46
ZARIFIAN, Philippe. Objectivo da competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.
47
Apêndices
48
Apêndice 01.
O presente questionário foi elaborado pelo estudante do curso de Gestão de Recursos Humanos
com habilitações em Ensino de Gestão de Recursos Humanos e é destinado aos funcionários do
INAS com objectivo de recolher informações sobre o papel da formação profissional nas
competências dos colaboradores. De referir que o motivo deste questionário é meramente
académico pedindo aos entrevistados que colaborem no fornecimento de dados sobre o estudo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------.
7.1 E para o âmbito institucional?
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------.
7.2 . E os aspectos negativos da formação profissional para o âmbito pessoal?
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------
Apêndice 02.
O presente questionário foi elaborado por estudante do curso de Gestão de Recursos Humanos
com habilitações em Ensino de Gestão de Recursos Humanos e é destinado os gestores com
objectivo de recolher informações sobre o papel da formação profissional sobre as competências
dos colaboradores. De referir que o motivo deste questionário é meramente académico pedindo
aos entrevistados que colaborem no fornecimento de dados sobre o estudo.
1.1. Como gestor do INAS, alguma vez recorreu a formação profissional dos seus funcionários
como técnica de desenvolvimento das competências? Sim-----------, Não--------------
2.1. Quais os critérios usados na instituição para a autorização os técnicos para a formação, em
caso de pedidos?
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--------------------------------------------------------------------------------------------
3. Como gestor consegue notar a diferença entre os funcionários que foram e os que não foram a
formação?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------.
4. Acha que o plano de formação em uso nesta instituição é eficaz? Sim -------, Não--------.
52
Porque?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------.
7. Já existiram casos de funcionários que após a formação não mostraram nenhuma melhoria no
desempenho das suas funções?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------
C
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9. Quais são os resultados da formação profissional para a vida pessoal dos formados?
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------9.1 Quais são os resultados da formação profissional na vida da instituição?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------.
Obrigado pela Colaboração.
54
Apêndice 03.
Guião de Entrevista