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Direito Romano

Direito Romano é o nome que se dá ao conjunto de princípios,


preceitos e leis utilizados na antiguidade pela sociedade de Roma e seus
domínios.

A aplicação do Direito romano vai desde a fundação da cidade de


Roma em 753 a.C. até a morte do imperador do Oriente Justiniano, em
565 da nossa era.

Neste longo período, o corpo jurídico romano constituiu-se em um


dos mais importantes sistemas jurídicos criados desde sempre,
influenciando diversas culturas em tempos diferentes.

Em sua longa história, podemos assinalar as seguintes fases como


capitais no desenvolvimento e aperfeiçoamento do Direito Romano (de
acordo com sua organização estatal):

Período Régio

Período que vai desde a fundação da cidade de Roma (753 a.C.) até
a República (510 a.C.), onde predominava um direito baseado no costume
(mores), tendo o Direito Sagrado ligado ao humano.

Período Republicano

Período que vai desde 510 a.C. até o período imperial com Augusto,
em 27 a.C. A fase seguinte do Direito Romano ocorre no período imperial,
com o primeiro monarca, Augusto, onde prevalecia o jus gentium
sobressaindo sobre o jus fas (Direito Sagrado, religioso), direito comum a
todos os povos do Mediterrâneo, bem como o conceito do bonum et
aequum, e o conceito da boa-fé;
Período do Principado

Período do Direito clássico, época áurea da jurisprudência, que vai


do reinado de Augusto até o imperador Diocleciano. Há uma participação
maior dos jurisconsultos, os conhecedores do Direito à época, além da
substituição do direito magistratural (jus honorarium) que auxiliava, e
supria o cerne originário do Direito Quiritário; no lugar deste surge o
cognitio extra ordinem, administração da justiça de aplicação particular do
imperador.

Período da Monarquia Absoluta

Período após o imperador Diocleciano (século IV d.C.), até a morte


do imperador Justiniano. É neste período que surge o direito pós-clássico,
havendo a ausência de grandes jurisconsultos, ocorrendo uma adaptação
das leis em face à nova religião predominante, o Cristianismo. É neste
período que ocorre a formação do direito moderno, que começa a ser
codificado a partir do século VI d.C. pelo imperador Justiniano.

É importante notar que para o melhor entendimento do Direito


Romano fez-se crucial a obra de jurisconsultos como Pompônio, Paulus,
Upianus, Justinianus. Há também escritos dos gramáticos como Flaccus,
Valerius Probus, Nonius Marcellus, entre outros, cujas obras foram
importantes para a compreensão do que era o Direito na época da Roma
antiga.

Bibliografia:
http://www.ubm.br/ubm/download/Direito/Moacyr%20Sergio/APOSTILA%20DE
%20DIREITO%20ROMANO-P-HIST-INTROD.doc - Apostila de Direito Romano, Partes
Histórica e Introdutória - Organizador: prof. Moacyr Sérgio Martins Machado
http://pt.shvoong.com/law-and-politics/law/1617432-direito-romano-generalidades/
Para enfrentar o tema Apelação faz-se necessário descrever
resumidamente o iter do procedimento ordinário a fim de situar este
recurso.

O processo inicia-se por provocação do judiciário por meio da


petição inicial e termina a fase de conhecimento por meio da sentença.

Após a petição inicial, é necessário que a parte contrária seja citada.


Ulterior à citação, a parte contrária pode contestar, reconvir ou excetuar, e,
após vários procedimentos, será julgado o objeto ou mérito conforme o
estado do processo.

Se não houver julgamento conforme retro mencionado, haverá


audiência preliminar; se não houver conciliação, serão realizadas as
perícias e haverá audiência de instrução e julgamento, e o passo seguinte
é a sentença, exarada pelo juiz (veja-se Anexo I).
Ainda no nível ordinário, a Apelação é recurso que ataca a sentença
motivadora de irresignação: “(...) o recurso, como direito subjetivo do
vencido de provocar o reexame da sentença, surgiu em Roma com o
instituto da appellatio” (FONTES: 2007, p.87).

Na passagem da sentença para a possível apelação, verifica-se um


feixe de potenciais motivações para que se acione o instrumento por meio
do qual se apela à instância superior em prol de reformular a decisão
lavrada.

Trata-se de inovação histórica que exigiu a criação de um espaço


para sua existência: “desde tempos remotos têm-se preocupado as
legislações em criar expedientes para a correção dos possíveis erros
contidos nas decisões judiciais” (Barbosa Moreira: 1993, p. 204, apud
Fontes: 2007, p. 86-7)

2 FASES HISTÓRICAS

A Apelação é instrumento que, no Ocidente, teve sua raiz no Direito


Romano: "sem dúvida, um dos mais completos de toda a história. Temos
que muitos dos institutos, que hoje permeiam o direito brasileiro, são frutos
da genialidade romana” (Costa: 2007, p. 65).

Conforme escorço realizado por Fontes (2007, passim), a respeito


do desenvolvimento histórico dos recursos, o processo no Direito latino
divide-se em três grandes períodos:

1. Legis actiones — em vernáculo, período das ações da lei —,


2. Per formulas — período formulário — e
3. cognitivo extraordinaria — período da cognição extraordinária.
A lei das XII Tábuas (Lex Duodecim Tabularum) 2 (veja-se Anexo II),
de 450 a.C., motivou o nome do período das ações da lei, provavelmente
escritas, porque foi por meio dessa lei que se diminui a discricionariedade
no julgamento das questões entre patrícios e plebeus, pois as leis não
eram escritas, o que gerava iniquidade.

Esse período se estende desde a fundação de Roma (754 a.C.) até


149 a.C., o que permite entender que o nome foi consagrado tardiamente,
caracterizado pela oralidade e pelo rigor no procedimento; dividia-se em
duas fases:

in iure — que ocorria perante o pretor3 (Assis: 2013, p. 400),


necessariamente presentes o autor e o réu, acompanhados de parentes e
amigos

in iudicio — que ocorria perante árbitro (arbiter) ou iudex, ou mesmo


perante “jurados” (termo adotado por Fontes: 2007, p. 87), produzindo-se
a prova testemunhal, discutindo as partes o direito aplicável, não sendo
permitido às partes ser representadas por intermediários ou por
advogados, na época inexistentes, e proferindo a sentença o iudex.

Em 149 a.C., com a Lei Aebutia4, estendendo-se até o século III


d.C., inaugurou-se o período formulário, coincidente, pois, com a
expansão romana.

Este período também apresentava as fases in iure e in iudicio, e foi


marcado por progressos que o fizeram ficar conhecido como o período
clássico do Direito Processual Civil Romano.

Segundo Amaral Santos (2001b, p. 42-3, apud Fontes:2007, p. 88),


o procedimento era todo oral [assim como no período anterior], inclusive a
sentença, salvo a formula, que era escrita; dividia-se em duas fases
distintas — in iure e in iudicio

[assim como no período anterior], aquela perante o magistrado, esta


perante o juiz, ambas isentas da prática de solenidades que
caracterizavam o procedimento anterior; na fase in iure, concedida a ação,
se elaborava a formula escrita, característico que da [sic] nome ao
sistema, e pela qual se pautava a missão do juiz na fase in iudicio; as
partes compareciam pessoalmente [assim como no período anterior], mas
podiam ser orientadas por juristas e assistidas por cognitores ou
procuradores; os atos processuais se desenvolviam com audiência e
contrariedade reciproca [sic] das partes (princípio do contraditório); a
prova dos fatos incumbia à parte que os alegava; o juiz, a quem se
destinavam as provas dos fatos, as apreciava e nelas formava livremente
a sua convicção (princípio da livre convicção do juiz); a sentença,
acolhendo a pretensão do autor, condenava o réu numa soma em
dinheiro, ainda quando a causa versasse sobre coisa certa e determinada.

No século III, nomeadamente no ano 294, sob Diocleciano, inicia-se


o período da cognição extraordinária, que avança até o século VI, com a
codificação de Justiniano, 528-534.

Neste período, houve contraposição ao ordo iudiciorum privatorum6,


que caracteriza os períodos anteriores e em que, segundo Silva Filho
(s.d., s.l.), “a declaração do direito era um ato de autoridade estatal
(pretor) que afirmava qual era a lei (sentido lato – norma jurídica) aplicável
à controvérsia, enquanto a resolução da causa, ou seja, o exame do
conflito e a pacificação do litígio através da aplicação da lei determinada
pelo pretor, era realizada [sic] pelo iudex, cidadão romano, que não fazia
parte da magistratura” (grifo nosso).
A cognição extraordinária era procedimento civil que, nas palavras
de Amaral Santos (2001b, p. 44, apud Fontes: 2007, p. 89-90),
apresentava as seguintes características: desenvolvia-se [o período] todo
perante o juiz, suprimida a divisão do procedimento em duas fases, como
o era no período formulário; aplicação da escrita: escritos eram o libellus
conventiones, o libellus contradictiones, ou libellus responsionis, a litis
denuntiatio, a sententia; a citação (litis denuntiatio) fazia-se por meio de
funcionário do Estado, auxiliar da justiça; possibilidade da instauração e
prosseguimento do processo à revelia do réu: uma vez citado, o não-
atendimento do réu à convocação judicial não impedia a instauração e o
desenvolvimento da instância; a litiscontestatio, não mais com o sentido
que tinha no procedimento formulário, mas apenas correspondendo ao
momento em que se encerrava a fase postulatória, ou seja, aquela em que
o autor formula o seu pedido e o réu oferece sua defesa; força autoritária
da sentença, por provir de uma autoridade do Estado; admissibilidade de
interposição de recursos contra a sentença; execução da sentença por
via de medidas coativas do Estado, penhorando-se bens do vencido
suficientes para garantia da execução (pignus in causa iudicati captum7)
(grifo nosso).

Na expressão dos professores Cintra, Grinover e Dinamarco (2002,


p. 23), (...) Com ela [cognitio extra ordinem] completou-se o ciclo histórico
da evolução da chamada justiça privada para a justiça pública: o Estado,
já suficientemente fortalecido, impõe-se sobre os particulares e,
prescindindo da voluntária submissão destes, impõe-lhes
autoritativamente [sic] a sua solução para os conflitos de interesses. À
atividade mediante a qual os juízes estatais examinam as pretensões e
resolvem os conflitos dá-se o nome de jurisdição. [§] Pela jurisdição, como
se vê, os juízes agem em substituição às partes, que não podem fazer
justiça com as próprias mãos (vedada a autodefesa); a elas, que não mais
podem agir, resta a possibilidade de fazer agir, provocando o exercício da
função jurisdicional. E[,] como a jurisdição se exerce através do processo,
pode-se provisoriamente conceituar este como instrumento por meio do
qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes,
eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a
cada caso que lhes é apresentado em busca de solução. Dada a referida
força autoritária da sentença proveniente de autoridade estatal, admitiu-se
a interposição de recurso, nomeadamente appellatio, “apelação”, nesta
fase da cognitio extraordinem.

2.1 Períodos da Apelação, Regimes políticos e Direito Romano


Interno Embora haja previsível divergência entre os historiadores nas
datações das fases do Direito Romano, Corrêa (2001, p.37) traz tabela
bastante elucidativa das fases relacionadas com os diferentes regimes
políticos e com o Direito Romano Interno. Assim, é possível ter visão clara
da partição:
A apelação é recurso que experimentou uma ascensão e um
declínio no decorrer da trajetória do direito. O surgimento do recurso da
apelação corresponde à criação de espaço na máquina estatal para que
se desse voz à parte sucumbente.

Esfacelado o império romano, os reinos bárbaros, segundo Fontes


(2007, p. 92), promoveram certa reconfiguração do direito, já no
procedimento, o que comprometeu o espaço antes conferido ao uso do
recurso da apelação: a submissão aos senhores feudais inibia a utilização
de tal recurso, considerado perigoso “aos recorrentes que se dispunham a
enfrentar o prestígio e força dos prolatores das decisões” (Amaral Santos:
2001a, apud Fontes: 2007, p. 92). Por sua vez, a ascensão do recurso de
apelação se deu na Idade Média, em função da perda do poder dos
senhores feudais, equivalente à centralização do poder nos reis; proposta
por estudiosos do direito canônico, a volta ao sistema recursal romano se
deu a partir do século XII.

Fontes (2007, p. 93) lembra que houve abuso na utilização dos


recursos, o que promoveu novo declínio no seu acionamento, por motivo
de que os juízes passaram a agir como se fossem proprietários dos
cargos, e o significativo aumento do número de recursos lhes rendia
pecuniariamente, o que levou a uma trivialização do instituto do recurso, a
ponto de em sede da Assembleia Constituinte Francesa sugerirem a
supressão total dos recursos; deliberou-se, porém, manter os recursos em
sistema de duplo grau de jurisdição: “A aparição da pluralidade de
instâncias foi seguida por lenta e pertinaz investigação da melhor técnica
para a composição dos tribunais e, conseqüência, da admissão dos
recursos e do processo dos recursos” (Pontes de Miranda: 1975,apud
Fontes: 2007, p. 94).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, Fontes (2007, p. 94) considera “Fácil perceber que


com a consolidação do princípio do duplo grau de jurisdição no mundo
ocidental a instituição recursal concretizou-se indelevelmente, passando
logo (...) a compor o ordenamento jurídico das nações. (...)”.

A Apelação é um recurso de grande importância que existe a fim de


defender-se cuja sentença causou irresignação.

REFERÊNCIAS

ASSIS, Araken de. Manual dos Recursos. 5 ed. ver. e atual.São Paulo. Revista dos
Tribunais, 2013.

CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini ; DINAMARCO,


Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 2002.

CORRÊA, Josel Machado. Recurso de apelação: história e dogmática. São Paulo: Iglu,
2001.

COSTA, Elder Lisbôa Ferreira da. História do Direito: de Roma à história do povo
hebreu muçulmano: a evolução do direito antigo à compreensão do pensamento
jurídico contemporâneo. Belém: Unama, 2007.

FONTES, Márcio Schiefler. Noções histórico-conceituais dos recursos e do duplo grau


de jurisdição. Revista da Emesc. V. 14, nº 20, 2007. Disponível em:<
www.esmesc.com.br/upload/arquivos/3-1247226500.PDF.> Acesso em 05 agosto
2014.

FREIRE, Rodrigo da Cunha Lima. Condições da ação: enfoque sobre o interesse de


agir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

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