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Soluções

Uma mistura constituída de pequenas partículas (soluto) distribuídas em uma substância (solvente) é
denominada de dispersão.
Classificação das dispersões:
A – Soluções verdadeiras: possuem partículas com diâmetro médio menor que 1nm. São misturas
homogêneas. As partículas dispersas não são visíveis nem mesmo com o uso de aparelhos. Como por exemplo:
sal + água.
B – Soluções coloidais: possuem partículas com diâmetro médio entre 1nm e 1.000 nm. São misturas
heterogêneas.As partículas dispersas são visíveis através de ultramicroscópios. Como por exemplo: gelatina.
C – Suspensões: possuem partículas com diâmetro médio maior que 1.000 nm. São misturas heterogêneas. As
partículas dispersas são visíveis através de microscópios ou até mesmo a olho nu. Como por exemplo: terra +
água.
Classificação das soluções:
• De acordo com a natureza do soluto:
A – Soluções moleculares: as partículas dispersas são moleculares. Essas soluções não conduzem eletricidade.
B – Soluções iônicas: as partículas dispersas são íons. Essas soluções conduzem eletrici-dade.
• De acordo com a proporção entre soluto e solvente:
A – Soluções diluídas: ocorre quando é dissolvido pouco soluto no solvente.
B – Soluções concentradas: ocorre quando é dissolvido muito soluto no solvente.
• De acordo com o estado físico:
A – Soluções sólidas: ouro 18K, bronze, latão, etc.
B – Soluções líquidas: soro fisiológico, água mineral, etc.
C – Soluções gasosas: ar atmosférico filtrado, qualquer mistura gasosa, etc.
Regras de solubilidade
Uma substância apolar tende a se dissolver em um solvente apolar, e uma substância polar tende a se dissolver
em um solvente polar, ou seja, “semelhante dissolve semelhante”.
Coeficiente de solubilidade:
É a quantidade máxima, em grama, de soluto que se dissolve numa quantidade fixa de solvente a uma dada
temperatura.
Exemplo: o coeficiente de solubilidade do KNO3 em água é 31,6 g de KNO3 para 100 g de H2O a 20 ºC.
Solução saturada: é aquela que não consegue mais dissolver soluto, dada uma temperatura fixa, ou seja,
atingiu o coeficiente de solubilidade.
Solução insaturada: é aquela que ainda consegue mais dissolver soluto, dada uma tempera-tura fixa, ou
seja, ainda não atingiu o coeficiente de solubilidade.
Solução supersaturada: é aquela que ultrapassou o coeficiente de solubilidade, são instáveis.
Curvas de solubilidade: são gráficos que indicam como o coeficiente de solubilidade varia com a
temperatura.

Obs: a solubilidade de gases diminui com o aumento de temperatura. A solubilidade de sólidos, geralmente,
aumenta com o aumento de temperatura.
Concentrações das soluções:
Obs: Por convenção usaremos o índice 1 para indicar o soluto, o índice 2 para indicar o solvente e a ausência
de índice para indicar a solução.
Concentração comum (C): indica a massa de soluto presente em cada litro de solução.

Título: é a relação entre a massa do soluto e a massa da solução.

Molaridade: é a quantidade de mols de soluto presente em cada litro de solução.

Fração molar: é a relação entre o número de mols do soluto (ou de solvente) e o número de mols da solução.

Molalidade: é a relação entre a número de mols do soluto, e a massa do solvente (em Kg).

Relação entre as concentrações:


Obs: Por convenção usaremos o índice 1 para indicar o soluto, o índice 2 para indicar o solvente e a ausência
de índice para indicar a solução.
C = d . t = e . M1
d = densidade da solução (em g/L)
M1 = massa molar do soluto
Exemplo: de uma amostra de H2SO4 de molaridade desconhecida, é retirado 50 mL da solução e transferido
para um erlenmeyer. Adiciona-se fenolftaleína (um indicador ácido-base que fica incolor em solução ácida e
avermelhado em solução básica) ao erlenmeyer. Com o auxílio de uma bureta adiciona-se uma solução de
NaOH 2,0 M. Em certo momento, a coloração incolor, devido ao meio ácido, torna-se avermelhada. É o
momento em todo o ácido é neutralizado pela base. Verifica-se que o volume gasto da solução básica é de 25
mL. Qual a molaridade da amostra de H2SO4.
VNaOH = 25 mL = 0,025 L
VH2SO4 = 50 mL = 0,050 L
nNaOH = eNaOH . VNaOH
nNaOH = 2,0 . 0,025 = 0,05 mol
a reação ácido-base é dada pela equação:

a molaridade da solução ácida é dada por:


Obs: o processo descrito acima é denominado de Titulação.
Diluição de soluções:
Diluir uma solução significa adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa do soluto, assim:
m1i = m1f
Ci . Vi = Cf .Vf
ei . Vi = e f .Vf
Mistura de soluções:
Em uma mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto na solução final é a soma das
quantidades dos solutos nas soluções iniciais. Considerando uma mistura de duas soluções, A e B, temos:
m1A + m1B = m1f
CA . VA + CB .VB = Cf .Vf
eA . VA + eB .VB = e f .Vf

Exemplo:
mistura-se 50 mL de uma solução de HCl com concentração 3 g/L a 150 mL de uma solução de mesmo soluto e
concentração 2 g/L. Qual é concentração da solução resutante?
CA . VA + CB . VB = Cf .Vf (mas Vf = VA + VB)
3 . 50 + 2 . 150 = Cf . (50 + 150)
450 = Cf . 200
Cf = 2,25 g/L
Mistura de soluções com reação química:
Ocorrem quando se mistura uma solução de um ácido com uma solução de uma base, ou uma solução de um
oxidante com uma solução de um redutor, ou uma solução de dois sais que reagem entre si.
Exemplo:
mistura-se 1,0 L de solução 2,0 M de NaOH com 0,5 L de solução 4,0 M de HCl. Calcule a molaridade do sal
formado.
nNaOH = eNaOH . VNaOH = 2,0 . 1,0 = 2,0
nHCl = eHCl . VHCl = 4,0 . 0,5 = 2,0
a reação ácido-base é dada pela equação:

a molaridade do NaCl é dada por:

Propriedades Coligativas
Pressão Máxima de Vapor de um líquido:
Pressão Máxima de Vapor de um líquido: é a pressão exercida por seus vapores quando estes estão em
equilíbrio dinâmico com o líquido.
Imagine um líquido em um recipiente fechado, no qual existia vácuo inicialmente. O líquido começa a evaporar.
Nesse momento, a velocidade de evaporação é maior que a velocidade de condensação. Após algum tempo, a
velocidade de evaporação se iguala a velocidade de condensa-ção, é o que chamamos de equilíbrio dinâmico.
Diz-se que foi atingida a pressão máxima de vapor.
1 – n-octano
2 – água
3 – benzeno
4 – éter

A pressão máxima depende da natureza do soluto e da temperatura. Líquidos mais voláteis evaporam-se mais
intensamente, o que acarreta uma pressão de vapor maior. Da mesma forma, um aumento de temperatura
também acarreta uma pressão de vapor maior.

Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia:


Tonoscopia: é o estudo do abaixamento da pressão máxima de vapor de um líquido, ocasionado pela
dissolução de um soluto não-volátil.

Dp = p0 – p = abaixamento absoluto da pressão de vapor da solução


Dp / p0 = abaixamento relativo da pressão de vapor da solução
Ebulioscopia: é o estudo da elevação do ponto de ebulição de um líquido, ocasionado pela dissolução de um
soluto não-volátil.
Crioscopia: é o estudo da diminuição do ponto de congelação de um líquido, ocasionado pela dissolução de um
soluto não-volátil.

Dtc = tc – tc’ = diminuição do ponto de congelação da solução


Dte = te – te’ = elevação do ponto de ebulição da solução

Lei de Raoult:
Lei de Raoult: o efeito coligativo produzido num solvente pela adição de um soluto não-volátil é diretamente
proporcional a molalidade da solução. Matematicamente a lei é expressa da seguinte maneira:
Efeito tonoscópico: Dp / p0 = k t . W e k t = M2 / 1000
M2 = massa molar do solvente
Efeito ebulioscópico: Dt e = k e . W e k e = R . T2 / 100.Lv
R = constante universal dos gases
T = temperatura de ebulição do solvente
Lv = calor latente de vaporização do solvente
Efeito crioscópico: Dt c = k c . W e k c = R . T2 / 1000.Lf
Lf = calor latente de fusão do solvente

Osmose e Pressão Osmótica:


Osmose: é a passagem de um solvente para o interior de uma solução feita desse mesmo solvente, através de
uma membrana semi-permeável (permite a passagem de solvente mas não a de soluto).
Pressão Osmótica ( p): é a pressão que deveria ser aplicada sobre a solução, para impedir a passagem de
solvente através da membrana semi-permeável, ou ainda, poderíamos dizer que é igual a pressão exercida pelo
soluto, se fosse gasoso e estivesse ocupando o volume todo da solução, na mesma temperatura da solução.
p . V = n1 .R . T
Obs: Soluções de mesma pressão osmótica são ditas isotônicas. Em soluções de diferentes pressões osmóticas,
a solução de menor pressão é dita hipotônica e a de maior pressão é dita hipertônica. Caso se aplica uma
pressão sobre a solução maior que a pressão osmótica ocorre o processo denominado de osmose inversa, é a
partir desse processo que se obtém o sal.

Soluções Iônicas:
Soluções Iônicas: são aquelas que possuem íons como partículas do soluto, bem como moléculas dissolvidas.
Exemplo: considere uma solução de ácido clorídrico com grau de ionização a = 0,80 a 25 ºC.
A ionização de uma molécula de HCl é dada pela equação:

Se considerarmos 100 moléculas de HCl, temos:

total de partículas na solução: 80 + 80 + 20 = 180 partículas


O cientista JakobusHenricusVan’tHoff percebeu que o número de partículas em solução pode ser calculado pelo
produto do número de partículas dissolvidas por um fator de correção (i). e demonstrou que i seria calculado da
seguinte maneira:
i = 1 + a . (q – 1)
a = grau de ionização ou dissociação da substância
q = número total de íons liberados na ionização de 1 composto iônico
Os efeitos coligativos para solutos iônicos devem ser corrigidos pelo fator de Van’tHoff:
Efeito coligativo = k .W . i
Exemplo: utilizando os dados do exemplo anterior, temos:

Termoquímica
É o estudo das quantidades de calor liberadas e absorvidas durante as reações químicas.
Caloria: é a quantidade de calor necessária para aquecer 1 g de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC.
1 kcal = 1000 cal
1 cal = 4,18 J
Entalpia (H):
Entalpia é o conteúdo de calor de um sistema, à pressão constante. Não é possível medir a entalpia absoluta de
um sistema por isso, mede-se a variação de entalpia (DH) da reação, ou seja, a diferença entre a entalpia final
(soma das entalpias dos produtos) e a entalpia inicial (soma das entalpias dos reagentes).
DH = Hf – Hi
Reações exotérmicas: liberam calor (DH < 0).
Exemplo:
C(s) + O2 (g) --> CO2 (g) (queima do carvão)
Reações endotérmicas: absorvem calor (DH > 0).
Exemplo:
2H2O(l) --> O2 (g) + 2 H2 (g) (decomposição da água)

Diagrama de Entalpia:
Diagrama de Entalpia: relaciona os valores de Hi e Hf num eixo vertical.

Fatores que influem nas entalpias das reações:


A entalpia de uma reação depende da quantidade de reagentes, do estado físico, da forma alotrópica, da
temperatura, da pressão, etc. Como é impossível determinar a entalpia absoluta, adotou-se um Estado Padrão.
Uma substância padrão apresenta-se a temperatura de 25 ºC, sob uma pressão de 1atm, em seu estado mais
comum nessas condições e no seu estado alotrópico mais estável. Se uma substância simples estiver no estado
padrão, sua entalpia é nula. São exemplos de substâncias padrões: H2O(l) , O2(g) , Al(s) , C(grafite) , Cl2(g) .
Quando uma substância passa do es-tado sólido para o estado líquido ou do estado líquido para o estado gaso-
so ela absorve calor, ocorrendo uma reação endotérmica.

Equação Termoquímica:
É a equação química que indica o estado físico (ou alotrópico) dos reagentes e produtos, a temperatura e a
pressão do processo, bem como a variação de entalpia da reação.
Exemplo:
C(gr) + O2 (g) --> CO2 (g) DH = – 94,1 Kcal (a 25 oC e 1 atm)

Entalpia de Formação:
Entalpia de Formação: é a variação de entalpia que ocorre na formação de 1 mol de um composto a partir de
substâncias simples no estado padrão. A entalpia de formação representa a entalpia de um mol do composto
formado, já que a entalpia dos reagentes é nula por definição.

Exemplo:
H2 (g) + 1/2 O2 (g) --> H2O (l) DH0 = – 68,4 Kcal/mol H2O (a 25 oC e 1 atm)
Calcule o DH da reação: C2H2 (g) + 5/2 O2 (g) --> 2 CO2 (g) + H2O (l) ,
dadas as entalpias de formação:
H0C2H2 = + 54,1
H0O2 = zero (padrão)
H0CO2 = – 94,1
H0H2O = – 68,3
DH = Hf – Hi
DH = (2 . H0CO2 + H0H2O) – (H0C2H2 + 5/2 . H0O2)
DH = (2 . (– 94,1) – 68,3) – (+ 54,1 + 5/2 . 0)
DH = – 310,6 kcal/mol C2H2

Entalpia de Combustão:
Entalpia de Combustão: é a variação de entalpia na combustão de 1 mol de uma substância a 25 ºC e 1 atm. A
entalpia de combustão é sempre negativa pois, a combustão é uma reação exotér-mica.

Exemplo:
C2H2 (g) + 5/2 O2 (g) --> 2 CO2 (g) + H2O (l) DH = – 310,6 Kcal/mol C2H2
Energia de ligação;
Energia de ligação: é a variação de entalpia na “quebra” de 1 mol de determinada ligação química (reação
endotérmica), supondo todas as substâncias no estado gasoso. Para se formar uma ligação, libera-se energia,
assim, para se calcular o DH de uma reação, basta somar a energia absor-vida na quebra com a energia
liberada na formação de uma ligação química.

Exemplos:
Cl2 (g) --> 2 Cl (g) DH = 58 Kcal
N2 (g) --> 2 N (g) DH = 226 Kcal
HCl (aq) --> H (g) + Cl (g) DH = 103 Kcal

Calcule o DH da reação:
C2H4 (g) + H2 (g) --> C2H6 (g) , dadas as energias de ligação em kcal:

C = C ... 146,8 kcal/mol C – C ... 83,2 kcal/mol

C – H ... 98,8 kcal/mol H – H ... 104,2 kcal/mol

DH = 4 . 98,8 + 1 . 146,8 + 1 . 104,2 + 6 . (– 98,8) + 1 . (– 83,2)


DH = – 29,8 kcal

Lei de Hess:
“A variação de entalpia de uma reação química depende apenas dos estados inicial e final, não importando o
caminho da reação”. Assim, somando-se várias equações, soma-se também os respectivos DH; invertendo-se a
equação, inverte-se também o sinal do DH; multiplicando-se uma equação por um número diferente de zero,
multiplica-se também o DH por esse número.
Exemplo: Calcule o DH da reação: C3H8 (g) + 5 O2 (g) --> 3 CO2 (g) + 4 H2O (l) ,
dadas as equações abaixo:
C (s) + O2 (g) --> CO2 (g) DH = – 94 kcal
H2 (g) + 1/2 O2 (g) --> H2O (l) DH = – 68 kcal
3 C (s) + 4 H2 (g) --> C3H8 (g) DH = – 33,8 kcal
Resolução:

Óxido - Redução
Número de oxidação (nox) é um número associado à carga de um elemento numa molécula ou num íon. O
nox de um elemento sob forma de um íon monoatômico é igual à carga desse íon, portanto é igual à
eletrovalência do elemento nesse íon.
O nox de um elemento numa molécula e num íon composto é a carga que teria o átomo desse elemento
supondo que os elétrons das ligações covalentes e dativas se transferissem totalmente do átomo menos
eletronegativo para o mais eletronegativo, como se fosse uma ligação iônica.

Elementos com nox fixo em seus compostos

metais alcalinos (+1)

metais alcalino-terroso (+2)

alumínio (+3)

prata (+1)
zinco (+2)
Enxofre em monossulfetos (-2)
Halogênios (-1)
Hidrogênio (+1) exceto nos hidretos que é (-1)
Oxigênio (-2)
Oxigênio nos Peróxidos (-1)
Oxigênio nos superóxidos (-0,5)
Oxigênio nos Fluoretos (+1 ou +2)

O oxigênio é o mais eletronegativo de todos os elementos, exceto o flúor. O oxigênio tem nox negativo em
todos os seus compostos, exceto quando ligado ao flúor. Na grande maioria de seus compostos, o oxigênio tem
nox = -2. Nos peróxidos (grupo -O-O-) o oxigênio tem nox = -1 e nos superóxidos tem nox= -0,5.
O hidrogênio é menos eletronegativo que todos os não-metais e semimetais; por isso, quando ligado a esses
elementos, tem nox positivo e sempre igual a +1.
O hidrogênio é mais eletronegativo que os metais; por isso, quando ligado a esses elementos, tem nox
negativo e sempre igual a -1.
A soma dos nox de todos os átomos de:
· uma molécula é igual a zero.
· um íon composto é igual à carga do íon.
O nox de qualquer elemento sob forma de substância simples é igual a zero.
O nox máximo de um elemento é igual ao número do grupo onde está o elemento na Tabela Periódica, com
exceção dos elementos do Grupo VIII B.
O nox mínimo é igual a (número do grupo - 8),no caso de o elemento ser um não-metal ou um semimetal.
Nox e valência - O nox de um elemento na forma de um íon monoatômico é igual à sua eletrovalência. O nox
de um elemento na forma de molécula ou de íon composto não é obrigatoriamente igual à sua valência. A
valência, nesses casos, é dada pelo número de ligações covalentes e dativas. Cada ligação covalente conta
como uma unidade de valência, e cada ligação dativa, como duas unidades de valência.

Balanceamento por Óxido-Redução


Em certas reações podemos encontrar átomos que ganham elétrons e outros que os perdem. Quando um
átomo perde elétrons, ele se oxida e o seu nox aumenta. Quando um átomo ganha elétrons, ele se
reduz e o seu nox diminui.

oxidação, nox aumenta =>


5- 4- 3- 2- 1- 0 1+ 2+ 3+ 4+ 5+
<= redução, noxdiminui

Os processos de oxidação e redução são sempre simultâneos. O átomo que se oxida, cede seus elétrons para
que outro se reduza. O átomo que se reduz recebe os elétrons de quem se oxida. Assim ...

Quem se oxida é agente redutor e

quem se reduz é agente oxidante.

A igualdade na quantidade dos elétrons na redução e na oxidação é a base do balanceamento de reações pelo
método de óxido-redução.

Regras para o balanceamento

1º) Determinar, na equação química, qual espécie se oxida e qual se reduz.


2º) Escolher os produtos ou reagentes para iniciar o balanceamento.

3º) Encontrar os Δoxid e Δred.

Δoxid = número de elétrons perdidos x atomicidade do elemento

Δred = número de elétrons recebidos x atomicidade do elemento

As atomicidades são definidas no membro de partida (reagentes ou


produtos).

4º) Se possível, os Δoxid e Δred podem ser simplificados.


Exemplificando ...

Δoxid = 4 Δred= 2

simplificando ...

Δoxid = 2 Δred= 1
5º) Para igualar os elétrons nos processos de oxidação e redução:

O Δoxid se torna o coeficiente da substância que contém o átomo que


se reduz.

O Δredse torna o coeficiente da substância que contém o átomo que


se oxida.
6º) Os coeficientes das demais substâncias são determinados por tentativas, baseando-se na conservação dos
átomos.

Exemplo 1

Na Br + MnO2 + H2SO4 => MnSO4 + Br 2 + H2O + NaHSO4

O Br se oxida, pois tem nox = 1- no primeiro membro e nox = 0 no segundo. Esta oxidação envolve 1 elétron e
como sua atomicidade no NaBr é igual a 1, temos ...

Δoxid = 1 x 1 = 1
O Mn se reduz, pois tem nox = 4+ no primeiro membro e nox = 2+ no segundo. Esta redução envolve 2
elétrons e como sua atomicidade no MnO2 é igual a 1, temos ...

Δred= 2 x1 = 2

Invertendo os coeficientes obtidos ...

2NaBr + 1 MnO 2 + H2SO4 => MnSO4 + Br 2 + H2O + NaHSO4

Os demais coeficientes são obtidos por tentativas ...

2NaBr + 1 MnO 2 + 3 H2SO4 => 1 MnSO4 + 1 Br 2 + 2 H2O + 2 NaHSO4


Os coeficientes iguais a 1 foram colocados somente por questões de evidência, uma vez que os mesmos são
dispensáveis.

Exemplo 2
Uma mesma substância contém os átomos que se oxidam e também os que se reduzem

NaOH + Cl2 => NaClO + NaCl + H2O

Os átomos de Cl no Cl2 tem nox igual a zero. No segundo membro temos Cl com nox = 1+ no NaClO e Cl com
nox = 1- no NaCl. Como a única fonte de Cl na reação é o Cl2, a reação pode ser reescrita assim ...

NaOH + Cl2 + Cl2 => NaClO + NaCl + H2O

Como o Cl2 vai ser o elemento de partida tanto para a oxidação quanto para a redução, a atomicidade nos dois
processos será igual a 2. A oxidação envolve mudança do nox do Cl de zero para 1+, ou seja, um elétron.
Assim ...

Δoxid = 1 x 2 = 2
A redução envolve a mudança do nox do Cl de zero para 1-, ou seja, um elétron. Assim ...

Δred= 1 x 2 = 2

Simplificando temos ... Δoxid = Δred= 1

NaOH + 1 Cl 2 + 1 Cl 2 => NaClO + NaCl + H2O

Os demais coeficientes são obtidos por tentativas ...

4NaOH + 1 Cl 2 + 1 Cl 2 => 2 NaClO + 2 NaCl + 2 H2O

Finalmente ...

4NaOH + 2 Cl2 => 2 NaClO + 2 NaCl + 2 H2O

Exemplo 3
A água oxigenada atuando como oxidante

FeCl2 + H2O2 + HCl => FeCl3 + H2O

No primeiro membro, o oxigênio da água oxigenada tem nox = 1-, já no segundo membro, no H2O, tem nox =
2-. Isto caracteriza uma redução envolvendo 1 elétron. Como a atomicidade do oxigênio na substância de
partida (H2O2) é igual a 2 ...

Δred= 2 x 1 = 2
No primeiro membro, o ferro do FeCl2 tem nox = 2+, já no segundo membro, no FeCl3, tem nox = 3+. Isto
caracteriza uma oxidação envolvendo 1 elétron. Como a atomicidade do ferro na substância de partida (FeCl2) é
igual a 1 ...

Δoxid = 1 x 1 = 1

Invertendo os coeficientes ...

2 FeCl 2 + 1HO 2 2 + HCl => FeCl3 + H2O

Os demais coeficientes da equação são obtidos por tentativas ...

2 FeCl 2 + 1HO 2 2 + 2 HCl => 2 FeCl3 + 2 H2O


Exemplo 4
A água oxigenada atuando como redutor

KMnO4 + H2O2 + H2SO4 => K2SO4 + MnSO4 + H2O + O2

O Mn no MnO4, no primeiro membro, possui nox = 7+. No segundo membro, no MnSO4, o Mn tem nox = a 2+.
Este processo é uma redução envolvendo 5 elétrons. Como a atomicidade do Mn na substância de partida
(KMnO4) é igual a 1, temos ...

Δred= 5 x 1 = 5

No primeiro membro temos o oxigênio com dois nox diferentes:

nox = 1- na água oxigenada e nox = 2 - no H2SO4 e KMnO4

Como o O2 é gerado a partir da água oxigenada, ela será a substância


de partida. O oxigênio no primeiro membro, na água oxigenada tem
nox = 1-. No segundo membro o oxigênio, no O2 tem nox igual a zero.
Isso caracteriza uma oxidação com variação de um elétron. Como a
atomicidade do oxigênio na substância de partida (H2O2) é igual a 2,
temos ...

Δoxid = 1 x 2 = 2

Invertendo os coeficientes, temos ...

2 KMnO4 + 5HO 2 2 + H2SO4 => K2SO4 + MnSO4 + H2O + O2

Os demais coeficientes são obtidos por tentativas ...

2 KMnO4 + 5HO 2 2 + 3 H2SO4 => 1 K2SO4 + 2 MnSO4 + 8 H2O + 5 O2

Eletroquímica

Definição de
Semi-Reação e Tabela dos Potenciais Eletrólise em
eletrólise e eletrólise Corrosão
Pilha Padrão de Redução solução aquosa
ignea

Semi-reação e pilha
Reações de oxido-redução ocorrem com transferência de elétrons entre as espécies químicas envolvidas. Dada
a seguinte reação:

Zn0 + Cu2+ => Cu0 + Zn2+


Como a reação demonstra, os processos de oxidação e de redução são sempre simultâneos. A espécie que
apresentar potencial de redução mais pronunciado se reduzirá. A outra espécie do par, por apresentar menor
potencial de redução, deverá forçosamente se oxidar. A reação global pode ser isolada em dois processos
diferentes: o de redução e o de oxidação. Como cada parte é metade de um todo, ambas recebem o nome
semi-reação.

Zn0 => Zn2+ + 2e- semi-reação de oxidação


Cu2+ + 2e- => Cu0 semi-reação de redução
Como é o zinco que se oxida, deve ser o mais propenso a realizar este tipo de reação. Mas como definir a força
relativa de redução ou de oxidação de uma espécie química em relação a outras?

Para isso foi definido o eletrodo padrão de hidrogênio, que serve de referência para estas definições. A ele foi
atribuído o potencial de redução ou de oxidação igual a zero. Os demais eletrodos são medidos com relação ao
eletrodo de hidrogênio em condições padronizadas: concentração das substâncias em solução igual a 1 mol/L e
temperatura igual a 25ºC.

Quando o eletrodo de hidrogênio apresenta o potencial de redução maior que o do seu par, nele ocorrerá a
reação de redução.

2 H1+ + 2 e- => H2

Quando o eletrodo de hidrogênio apresenta o potencial de redução menor que o do seu par, nele ocorrerá a
reação de oxidação.

H2 => 2 H1+ + 2 e-

O potencial padrão de redução ( E0red) de um dado eletrodo é a ddp apresentada pela pilha que conjuga este
com o eletro padrão de hidrogênio.

Valores elevados para o E0red evidenciam facilidade da espécie química em se reduzir e mais pronunciado será
o seu poder oxidante. Estes valores de E0red podem ser vistos listados numa tabela. Os valores são os de
redução da espécie da esquerda para a da direita, como é recomendado pela IUPAC. O potencial de oxidação da
espécie da direita para a da esquerda é obtido se invertendo o sinal do valor de E0red .

Valores baixos para o E0red evidenciam dificuldade da espécie química em se reduzir e mais pronunciado será o
seu poder redutor.

Cátodo é o eletrodo onde ocorre o processo de redução, é o eletrodo positivo porque é para lá que se
destinam os elétrons.

Ânodo é o eletrodo onde ocorre o processo de oxidação, por ser a origem dos elétrons, é o eletrodo
negativo.

Voltando a estudar a reação:

Zn0 + Cu2+ => Cu0 + Zn2+

escrevendo as duas reações que ocorrem no sentido da redução e verificando os valores de na tabela,
teremos

Zn2+ + 2e- => Zn0 E0red = - 0,76 volts


Cu2+ + 2e- => Cu0 E0red = + 0,35 volts
Verificamos que o Cu 2+
será reduzido no processo, pois apresenta potencial de redução mais elevado. Já o Zn
será oxidado a Zn , pois o potencial de redução do Zn2+ é mais baixo que o do Cu2+. Reescrevendo as semi-
2+

reações já invertendo a do zinco teremos...

Zn0 => Zn2++ 2e- E0oxid = + 0,76 volts


Cu 2+
+ 2e- => Cu 0
E0red = + 0,35 volts
Como o número de elétrons são iguais nas duas semi-reações, podem ser simplificados. Se o número de
elétrons fosse diferente nas semi-reações, as mesmas deveriam ser multiplicadas por coeficientes adequados
que garantissem essa igualdade. O valor do E0red não pode ser multiplicado pois ele independe da
massa dos eletrodos. Podemos então escrever a equação global do processo e determinar se o mesmo é
espontâneo ou não. O processo é espontâneo quando a soma dos E0red eE0oxid (ddp ou força eletromotriz) das
duas reações é um valor positivo. Soma resultando em um valor negativo determina que o processo é não
espontâneo.

Zn0 => Zn2+ E0oxid = + 0,76 volts


Cu2+ => Cu0 E0red = + 0,35 volts
_____________________________________
Zn0 + Cu2+ => Cu0 + Zn2+ E0 = 1,1 volts

O processo é espontâneo pois o E0 é positivo. As pilhas são combinações de semi-reações que


convertem energia química em elétrica. São sempre processos espontâneos. Quanto maior for a
diferença de potencial entre os eletrodos de uma pilha, maior será a intensidade de corrente na
mesma.

Esta pilha poderia ser montada usando o esquema abaixo:

Inicialmente os eletrodos se encontram merculhados em soluções aquosas de seus respectivos sulfatos e o


circuito se encontra aberto. Após a pilha ser acionada começa a reação de oxidação no eletrodo de Zn. Os
átomos de Zn abandonam o eletrodo sob a forma de Zn2+ . Os dois elétrons gerados na oxidação de cada
átomo de Zn migram através do circuito externo e chegam ao eletrodo de Cu, onde reduzem um Cu2+ da
solução a Cu0, que se deposita no eletrodo. Com o passar do tempo o eletrodo de Zn será consumido e o de Cu
terá sua massa aumentada.

A ponte salina pode ser um tubo em U preenchida por algodão e embebida em algum eletrólito, normalmente
o KCl. Ela tem a tarefa de manter a neutralidade das soluções através da migração do Zn2+ ou do K1+ para o
frasco da direita, substituindo os Cu2+ que se depositaram. Ao mesmo tempo, os íons (SO4)2- ou Cl1- migram do
frasco da direita para o da esquerda para equilibrar o aumento da concentração dos íons Zn2+. A ponte salina
pode ser substituída por uma placa porosa separando duas porções de um mesmo recipiente. Sem ponte salina
ou placa porosa qualquer pilha só pode funcionar por um intervalo de tempo muito pequeno.

A representação esquemática pode usar a seguinte recomendação

Ânodo/Solução do ânodo//Solução do cátodo/Cátodo

que para o exemplo estudado resultaria: Zn / Zn2+ // Cu2+ / Cu

As pilhas também podem ser conhecidas por células galvânicas em homenagem ao médico Luigi Galvani.
Em 1786, ele amarrou um nervo de uma rã que estava sendo dissecada com um fio de cobre. Acidentalmente,
ele encostou o fio de cobre em algum objeto de ferro, gerando uma pilha entre o ferro e o cobre. A passagem
de corrente fez com que a rã entrasse em convulsões. Em 1800, Alessandro Volta explicou o fenômeno
quando construiu a primeira pilha. O nome pilha vem da montagem da primeira pilha, que consistia de um
empilhamento de discos de cobre e de zinco alternados e separados por feltro embebido em solução de ácido
sulfúrico.

Tabela dos Potenciais padrão de redução, 25ºC

semi-reação E° (V)
-
F2(g) + 2e <==> 2F -
+2.87
PbO2(s) + SO4 (aq) + 4H+ + 2e-<==> PbSO4(s) + H2O
2-
+1.69
2HOCl(aq) + 2H+(aq) + 2e-<==> Cl2(g) + 2H20 +1.63
- + -
MnO4 (aq) + 8H (aq) + 5e <==> Mn (aq) + 4H20 2+
+1.51
PbO2(s) + 4H+(aq) + 2e-<==> Pb2+(aq) + 2H2O +1.46
BrO3-(aq) + 6H+(aq) + 6e-<==>Br-(aq) + 3H2O +1.44
Au3+ (aq) + 3e-<==>Au(s) +1.42
Cl2 (g) + 2e-<==> Cl-(aq) +1.36
O2(g) + 4H+(aq) + 4e-<==> 2H2O +1.23
Br2 (aq) + 2e-<==>2Br-(aq) +1.07
NO3-(aq) + 4H+(aq) + 3e <==> NO(g) + 2H2O +0.96
Ag+(aq) + e-<==> Ag(s) +0.80
Fe3+(aq) + e-<==> Fe2+(aq) +0.77
I2(s) + 2e-<==> 2I-(aq) +0.54
NiO2(aq) + 4H+(aq) + 3e-<==>Ni(OH)2(s) + 2OH-(aq) +0.49
Cu2+(aq) + 2e-<==> Cu(s) +0.35
SO42- + 4H+(aq) + 2e-<==> H2SO3(aq) + H2O +0.17
2H+ (aq) + 2e-<==> H2(g) 0.00
Sn2+ (aq) + 2e-<==>Ni(s) -0.14
Ni2+ (aq) + 2e-<==>Ni(s) -0.25
Co2+ (aq) + 2e-<==>Co(s) -0.28
PbSO4 (s) + 2e-<==>Pb(s) + SO42- -0.36
Cd2+ (aq) + 2e-<==>Cd(s) -0.40
Fe2+ (aq) + 2e-<==> Fe(s) -0.44
Cr3+ (aq) + 3e-<==> Cr(s) -0.71
Zn2+ (aq) + 2e-<==> Zn(s) -0.76
2H2O (aq) + 2e-<==> H2(g) + 2OH-(aq) -1.66
Mg2+ (aq) + 2e-<==>Mg(s) -2.37
Na+ (aq) + e-<==> Na(s) -2.71
Ca2+ (aq) + 2e-<==> Ca(s) -2.76
K+ (aq) + e-<==> K(s) -2.92
Li+ (aq) + e-<==> Li(s) -3.05

Definição de eletrólise e eletrólise ignea


Ao contrário das pilhas, a eletrólise é um processo não espontâneo. Na pilha ocorre uma reação de oxi-
redução espontânea que gera corrente elétrica detectável num circuito externo. Na eletrólise ocorre uma reação
de oxi-redução não espontânea que consome corrente elétrica de uma bateria ligada ao sistema.
A bateria garante o fluxo de elétrons do pólo positivo para o negativo. O ânodo é o pólo positivo, os íons
negativos da solução ou sal fundido (no caso da eletrólise ígnea) são atraídos para ele e nele se descarregam.
Os elétrons fornecidos ao eletrodo positivo são enviados pela bateria para o cátodo (ou eletrodo negativo). No
eletrodo negativo os íons positivos da solução são reduzidos através do recebimento de elétrons. O fluxo de
íons através da solução permite o fechamento do circuito. Resumindo...

Ânodo: eletrodo de onde se originam os elétrons, é onde ocorre a oxidação.

Cátodo: eletrodo para onde se dirigem os elétrons, é onde ocorre a redução.

AB => A+ + B- (ionização ou dissociação)

Ânodo ou polo positivo: B- => B0 + e-

Cátodo ou polo negativo: A+ + e- => A0

Os íons formados durante o processo de ionização ou dissociação são bastante estáveis. Faze-los passar ao
estado de substância simples demanda uma energia que é fornecida pela corrente elétrica.

Para que ocorra a eletrólise, os íons devem apresentar mobilidade para que possam se dirigir para os eletrodos.
Essa mobilidade é conseguida através da fusão de uma substância iônica ou dissolução da mesma em água.

Eletrólise Ígnea
O termo ígnea vem do latim igneu: ardente.
A eletrólise ígnea exige eletrodos inertes que possuam elevado ponto de fusão. Geralmente são usados a
platina ou grafita.
A eletrólise do NaCl é um processo economicamente importante. O NaCl se funde à temperatura de 808 ºC.
NaCl(sólido) => NaCl(líquido)
Através de dissociação...
NaCl => Na1+ + Cl1-
Os íons Cl1- se dirigem para o ânodo (pólo positivo), perdem seus elétrons e são transformados em gás cloro,
Cl2 .
2 Cl1- => Cl2 + 2 e- (oxidação)
Os íons Na se dirigem para o cátodo (pólo negativo), recebem um elétron e são transformados em sódio
1+

metálico (Na0). A equação foi multiplicada por 2 para igualar o número de elétrons na redução e na oxidação.
2 Na1+ + 2 e- => 2 Na0 (redução)
A equação global da eletrólise é dada pela soma das reações de dissociação do sal e das reações que ocorrem
nos eletrodos.
2NaCl => 2 Na1+ + 2 Cl1-
2 Cl 1-
=> Cl2 + 2 e- (oxidação)
2 Na 1+
+ 2 e- => 2 Na 0
(redução)
reação global 2 NaCl => Cl2 + 2 Na0
A eletrólise ígnea permite a obtenção do alumínio a partir da bauxita (Al2O3). Em condições normais a bauxita
funde a 2050 ºC. Com a utilização da criolita (Na3AlF6) como fundente, esta temperatura cai para 1000 ºC.
Al2O3 => 2 Al3+ + 3 O2-
No pólo negativo...
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
No pólo positivo...
6 O2- => 3 O2 + 12e-
equação global...
2 Al2O3 => 4 Al3+ + 6 O2-
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
6O 2-
=> 3 O2 + 12e-
2 Al2O3 => 4 Al 0
+ 3 O2
O gás oxigênio formado na oxidação reage com o carbono do eletrodo de grafita produzindo CO2 .

Eletrólise em solução aquosa


Uma substância qualquer pode gerar íons em solução aquosa. Neste caso, os íons que podem vir a sofrer
eletrólise podem se originar dessa substância ou da própria auto-ionização da água. Apesar da auto-ionização
da água ocorrer em baixa extensão, ela oferece esta possibilidade de um ou outro íon vir a se descarregar.

Apenas uma espécie de íon positivo ou negativo descarrega por vez. Cada íon possui uma voltagem adequada
para se descarregar. O par cátion/ânion de apresentar menor voltagem para descarregar será o que vai
descarregar primeiro.

A auto-ionização da água fornece os íons H1+ (H3O1+) e OH1-.

H20 => H1+ + OH1-

ou ainda

2 H2O => H2O + H1+ + OH1- => H3O1+ + OH1-

No caso dos cátions, metais pouco reativos descarregam primeiro, pois possuem maior tendência a aceitar os
eletrons de volta e se descarregar. Metais altamente reativos como metais alcalinos e alcalino terrosos se
descarregam depois. A ordem de prioridade é a seguinte:

aumenta dificuldade de descarga===>

Au3+ Pt2+ Hg2+ Ag1+ Cu2+ Ni2+ Cd2+ Pb2+ Fe2+ Zn2+ Mn2+H3O1+ Al3+ Mg2+ Na1+
Ca2+ Ba2+ K1+ Li1+ Cs1+

O H1+ ou H3O1+ se descarrega antes alumínio, de metais alcalinos e alcalinos terrosos. Mas perde em prioridade
de descarga para os demais cátions.

Quanto menor for a eletronegatividade do ânion para prender o elétron, maior a facilidade de descarga do
mesmo.

aumenta dificuldade de descarga===>

ânions não oxigenados e HSO41- OH1- ânions


oxigenados e F 1-

O OH1- se descarrega antes dos ânions oxigenados e do F1-. Mas perde em prioridade de descarga para os
ânions não oxigenados e o HSO41-. As reações que os íons resultantes da auto-ionização da água são mostradas
abaixo:

H1+ (redução no catodo) 2 H1+ + 2 e- => H2

OH1- (oxidação no anodo) 2 OH1- => H2O + 1/2 O2 + 2 e-

A eletrólise do NaCl em solução aquosa é um exemplo em que participam da eletrólise o cátion oriundo da
auto-ionização da água e o ânion do sal.
dissociação do NaCl 2NaCl => 2 Na1+ + 2 Cl1-
auto-ionização da água 2 H2O => 2 H1+ + 2 OH1-
anodo 2 Cl1- => Cl2 + 2 e-
catodo 2 H1+ + 2 e- => H2
reação global 2NaCl + 2 H2O => 2 Na1+ + Cl2 + H2 + 2 OH1-

Nota-se pela reação global que a eletrólise do NaCl é método de obtenção de H2, Cl2 e de soda cáustica
(NaOH).

Na eletrólise do HCl, somente os íons do soluto participam da eletrólise. Isto ocorre pelo fato de ambos os íons
oriundos do soluto apresentarem prioridade de descarga em relação aos íons gerados pela auto-ionização da
água.

dissociação do HCl 2HCl => 2 H1+ + 2 Cl1-


auto-ionização da água H2O => H1+ + OH1-
anodo 2 Cl1- => Cl2 + 2 e-
catodo 2 H1+ + 2 e- => H2
reação global 2HCl + H2O => Cl2 + H2

O pH da solução se torna progressivamente mais alcalino já que o HCl é consumido na eletrólise.

Na eletrólise do Zn(NO3)2 em solução aquosa, participam da eletrólise o ânion oriundo da auto-ionização da


água e o cátion do sal.

dissoc. do Zn(NO3)2 2 Zn(NO3)2 => 2 Zn2+ + 4 NO31-


auto-ioniz. da água 4 H2O => 4 H1+ + 4 OH1-
anodo 4 OH1- => 2 H2O + O2 + 4e-
catodo 2 Zn2+ + 4 e- => 2 Zn0
reação global 2 Zn(NO3)2 + 2 H2O => 4 H1+ + 4 NO31- + 2 Zn0 + O2

O pH da solução diminui, já que os íons H1+ gerados pela auto-dissociação da água não são consumidos na
eletrólise.

Na eletrólise do Na2SO4 em solução aquosa, ambos os íons oriundos da dissociação da água têm prioridade na
eletrólise.

dissociação do Na2SO4 Na2SO4 => 2 Na1+ + SO42-


auto-ionização da água 2 H2O => 2 H1+ + 2 OH1-
anodo 2 OH1- => H2O + 1/2 O2 + 2 e-
catodo 2 H1+ + 2 e- => H2
reação global H2O + Na2SO4 => H2 + 1/2 O2 + 2 Na1+ + SO42-

Como as moléculas de água são consumidas na eletrólise, a solução vai ficando progressivamente mais
concentrada em sulfato de sódio.

Corrosão
Em presença de ar úmido ou de água contendo oxigênio dissolvido, alguns metais sofrem o fenômeno da
corrosão, que é a dissolução dos mesmos sob a forma iônica. O exemplo mais conhecido deste processo é
a corrosão do ferro. Os átomos de Fe° são oxidados a Fe2+ e os átomos do oxigênio, contidos sob a forma de O2
no ar atmosférico, são reduzidos a O2- sob a forma de OH1-.

Reação anódica (oxidação)

Fe(s) => Fe2+ + 2e-

Reação catódica (redução)

1/2 O2(g) + H2O + 2e- => 2 OH1-(aq)

O uso do coeficiente fracionário pode ser evitado multiplicando-se ambas as equações por 2.

2 Fe(s) => 2 Fe2+ + 4e-

O2(g) + 2 H2O + 4e- => 4 OH1-(aq)


2 Fe(s) + 1/2 O2(g) + 2 H2O => 2 Fe2+ + 4 OH1-(aq)

O produto da corrosão do ferro é o Fe(OH)2, que posteriormente é oxidado a Fe(OH)3. Geralmente, o produto
da corrosão do ferro é representado por Fe2O3.3H2O.Essa forte tendência que o ferro apresenta em ser corroído
explica a tendência de o aço ser substituído por outras ligas menos sujeitas a estes processos em algumas
aplicações. Alguns metais, tais como alumínio, zinco e chumbo, sofrem somente corrosão superficial. Essa
camada impede que o processo de corrosão avance para o interior do material. No caso do ferro, a baixa
aderência dos produtos da corrosão e sua solubilidade em água fazem com que a corrosão deste metal seja
bastante pronunciada.

A proteção de um metal contra a corrosão pode ser feita através de recobrimentos que impeçam o acesso a
umidade ao mesmo. As pinturas podem ser usadas com esta finalidade, no entanto, arranhões na mesma
podem facilitar o processo de corrosão.

No processo de galvanização, o ferro é recoberto por uma fina película de zinco. O zinco se oxida mais
facilmente que o ferro.

Fe2+ + 2e- => Fe° E°red = -0,44 V

Zn2+ + 2e- => Zn° E°red = -0,76 V

O zinco protege o ferro do contato com água e oxigênio e atua como redutor na pilha formada por ele e o ferro,
no caso da cobertura ser riscada. O Fe exposto ao ar, se transforma em Fe2+, que é imediatamente reduzido
pelo zinco contido no recobrimento.

Uma outra forma de proteção contra a corrosão é a que é utilizada nas latas de conservas que encontramos nos
supermercados. Um revestimento de estanho tem por objetivo proteger o ferro da lata. A camada de
estanho impede o contato do ferro com as substâncias que podem gerar a corrosão do mesmo. Deve-se evitar
a compra de latas amassadas, pois a proteção de estanho pode ter sido danificada e, neste caso, o ferro forma
uma pilha com o estanho do recobrimento. Como o estanho apresenta potencial de redução mais alto que o do
ferro, ele atuará como semi-reação de redução e o ferro como oxidação.

Sn2+ + 2e- => Sn° E°red = -0,14 V

Fe2+ + 2e- => Fe° E°red = -0,44 V

Numa pilha com o estanho, o ferro sofreria oxidação de acordo com a reação:

Feo => Fe2+ + 2e- E°oxid = +0,44 V

O material contido na lata seria contaminado com íons Fe2+.

Uma outra forma de proteger o ferro da corrosão é mantê-lo em contato com um metal que seja mais
propenso à corrosão que ele (metal com potencial de redução menor que o do ferro). Normalmente se utiliza o
metal magnésio para esta finalidade, devido ao seu baixo potencial de redução. Este metal é conhecido como
metal de sacrifício. Enquanto existir este metal em contato com o ferro, este será protegido do processo de
corrosão. A proteção cessa quando o metal de sacrifício se dissolve totalmente. Este tipo de proteção é muito
utilizado em cascos de embarcações.

Mg2+ + 2e- => Mg° E°red = -2,37 V

Fe2+ + 2e- => Fe° E°red = -0,44 V

Galvanização e anodização

A proteção de uma peça metálica pode ser efetuada através do revestimento da mesma por um metal
menos propenso a sofrer o processo de corrosão. Este processo é conhecido como galvanização. No
processo e cobreação, uma peça metálica é revestida com uma camada do metal cobre.
A peça a ser recoberta é ligada ao pólo negativo da bateria, tornando-se cátodo do processo, pois atrairá os
cátions da solução. Um eletrodo de cobre é ligado ao pólo positivo da bateria, tornando-se ânodo. A cobreação
é realizada em uma solução de CuSO4. Durante o processo ocorrem as seguintes reações:

Ânodo (eletrodo de cobre) Cu0 => Cu2+ + 2e- - 0,34 V

Cátodo (peça) Cu 2+
+ 2e- => Cu 0
+ 0,34 V

A oxidação do cobre no eletrodo de cobre fornece os elétrons necessários para a redução do mesmo cobre
sobre a superfície da peça a ser protegida. O cobre é oxidado e reduzido durante o processo. O sucesso do
processo de galvanização reside na geração de condições que propiciem aderência do metal reduzido sobre a
superfície da peça metálica a ser protegida.

Os íons presentes na solução são: SO42-, Cu2+ e os devidos ao processo de auto-ionização da água (H1+ e OH1-).
As reações concorrentes no ânodo e no cátodo seriam as da participação da própria água no processo, estas
não ocorrem por serem desfavoráveis em relação às reações que o Cu0 e Cu2+pode realizar.

A anodização é um processo utilizado para proteger peças de alumínio da oxidação. Os óxidos formados por
estes metais protegem o restante do metal de posterior oxidação e também aumentam a resistência da peça
contra a abrasão. O processo consiste em utilizar a peça a ser protegida como ânodo durante uma eletrólise de
solução de H2SO4 contra um cátodo de grafite. Ocorrerá evolução de H2 no cátodo e O2 no ânodo. O O2 gerado
no ânodo ataca o metal formando o óxido protetor. Para o alumínio a reação que ocorre no ânodo seria a
seguinte:

3 O2 + 4 Al0 => 2 Al2 O3

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BIOLOGIA Cinética Química
Velocidade média da reação:

Volume I - 1° ano Velocidade média da reação: é o quociente entre a variação da quantidade


Volume II - 2° ano de uma substân-cia e a variação de tempo.
Volume III - 3° ano

QUÍMICA

Volume I - 1° ano
Volume II - 2° ano
Volume III - 3° ano Exemplo: Na queima do carvão, 2 mols de O2 são consumidos nos primeiros
30 segundos de reação. Qual é a velocidade média de consumo de O2 nesse
ESCOLAS intervalo de tempo?

Reação: C (s) + O2 (g) --> CO2 (g)

Expressão - Mongaguá
.
.

DIVERSOS
Velocidade instantânea da reação:
Velocidade instantânea da reação: é a velocidade de formação ou de
Atividades e Exercícios
consumo de certa substância em um determinado instante da reação. Ela
Aulas Práticas Diversas
diminui no decorrer da reação.
Curiosidades em Biologia
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Fatores necessários para que a reação ocorra:


Afinidade química: é a tendência natural que certas substâncias têm de
reagir com outras. É o que acontece entre ácidos e bases, metais e não-
metais, oxidante e redutor, etc.
Contato entre as moléculas dos reagentes: é necessário que as
moléculas se choquem (choque efetivo) para reagirem, e esse choque deve
ter uma direção correta e uma energia mínima (energia de ativação).
Durante a colisão há a formação de um complexo ativado (composto mais
energético da reação), que é um composto intermediário e altamente
instável.
Fatores que influem na velocidade das reações:
Estado físico dos reagentes: os gases reagem mais rapidamente que os
líquidos e estes, mais rapidamente que os sólidos. Pulverizam-se os sólidos
com a finalidade de aumentar a superfície de contato entre os reagentes,
aumentando também a velocidade da reação.
Calor, eletricidade e luz: essas três formas de energia são usadas como
energia de ativação de algumas reações. O aumento da temperatura implica
um aumento da energia cinética molecular, aumentando os choques efetivos
e, conseqüentemente, a velocidade da reação.
Catalisador e inibidor: catalisador é a substância que aumenta a velocidade
de uma reação (forma um complexo ativado de menor energia) sem ser
consumida durante o processo. O inibidor é a substância que diminui a
velocidade de uma reação (forma um complexo ativado de maior ener-gia) e
é consumida durante o processo. Catálise é o aumento de velocidade da
reação, provocado pelo catalisador.

Exemplo: A reação 2 SO2 + O2 --> 2 SO3 é lenta. Com a adição


de NO (catalisador), a reação se torna mais rápida.
2 NO + O2 --> 2 NO2 (rápida)
2 NO2 + 2 SO2 --> 2 SO3 + 2 NO (rápida)
Pressão: só apresenta influência considerável na velocidade de reações em
que pelo menos um dos reagentes é gasoso. O aumento da pressão diminui o
volume, aumentando o número de choques e, conseqüentemente, a
velocidade da reação.
Concentração dos reagentes: um aumento na concentração dos reagentes
provoca um aumento na velocidade da reação, pois se aumenta o número de
moléculas reagentes e, conseqüente-mente, o número de choques efetivos.

Lei de Guldberg e Waage ou lei da Ação das Massas:


Lei de Guldberg e Waage ou lei da Ação das Massas: “a velocidade de
uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações
molares dos reagentes, elevadas a potências determinadas
experimentalmente”. Para reações que ocorrem em apenas uma etapa, as
potências normalmente coincidem com os coeficientes dos reagentes, para
reações que ocorrem em mais de uma etapa, a velocidade da reação é dada
pela etapa mais lenta.
Para a reação: aA + bB --> cC + dD , onde as letras minúsculas
representam os coeficientes e as maiúsculas, representam as substâncias. A
velocidade é dada por:
V = K . [A]a . [B]b
K = constante cinética
a = ordem do reagente A
b = ordem do reagente B
a + b = ordem da reação
[ ] = concentração molar

Obs:Reagente sólido não participa da expressão de velocidade, pois a


velocidade de uma reação de um sólido depende exclusivamente da
superfície de contato. Nas reações entre gases, a velocidade pode ser
expressa em função das pressões parciais dos reagentes, no lugar das
concentrações.
Exemplo: A reação NO2 (g) + CO (g) --> CO2 (g) + NO (g) ocorre em
duas etapas. Dê a velocidade da reação.
2 NO2 (g) --> NO3 (g) + NO (g) (etapa lenta)
NO3 (g) + CO (g) --> CO2 (g) + NO2 (g) (etapa
rápida)
V = K . [NO2]2

Equilíbrios Químicos

Constante de equilíbrio
Uma reação química reversível se processa nos sentidos direto e inverso. No
início só existem os reagentes. Após o início da reação direta (v1), passa
então a ocorrer areação inversa (v2), convertendo produtos novamente em
reagentes.

No início, a concentração de reagentes é máxima e por isso a velocidade da


sua conversão (desaparição) é alta no início da reação e tende a diminuir
com o tempo. Com os produtos, a situação é inversa. Sua concentração
inicial é nula e tende a aumentar com o tempo. Depois de algum tempo as
concentrações não se alteram mais pois o sistema entra em equilíbrio. A
partir do instante em que o equilíbrio é atingido v1 = v2.
A equação da velocidade para o processo direto será: V1 = k1[A]a[B]b

A equação da velocidade para o processo inverso será: V2 = k2[M]m[N]n

Como no equilíbrio V1 = V2, temos

k1[A]a[B]b = k2[M]m[N]n

Então, isolando os valores de k1 e k2, e substituindo k1/k2 por Kc, temos

Kc é a constante de equilíbrio para o sistema em função da concentração de


reagentes e produtos depois que o equilíbrio é atingido.

Para equilíbrios gasosos, a constante de equilíbrio para a reação pode ser


dada em função das pressões parciais dos gases participantes. Neste caso
temos Kp.

Para equilíbrios heterogêneos, a concentração do reagente sólido permanece


constante durante a reação e por isso não aparece na expressão do
equilíbrio.

CaCO3(s) = CaO(s) + CO2(g)

Kc = [CO2] e Kp = (pCO2)

O valor da constante de equilíbrio nos dá uma dimensão das concentrações


de produtos e reagente quando o equilíbrio é alcançado:

Se Kc ou Kp> 1 a concentração de produtos predomina sobre a de


reagentes.

Se Kc ou Kp< 1 a concentração de reagentes predomina sobre a de


produtos.

Se Kc ou Kp = 1 as concentrações de produtos e reagentes são iguais.

O valor da constante de equilíbrio só depende da temperatura e não da


concentração ou pressões das espécies participantes.

Deslocamento de equilíbrio:
Princípio de Le Chatelier:“Quando um fator externo age sobre um sistema
em equilíbrio, este se desloca, procurando minimizar a ação do fator
aplicado.” Os fatores que interferem no equilíbrio químico são: pressão sobre
o sistema, temperatura e concentração dos reagentes ou produtos.
Pressão:um aumento de pressão sobre um sistema gasoso desloca o
equilíbrio no sentido de menor volume. Uma diminuição de pressão sobre um
sistema gasoso desloca o equilíbrio no sentido de maior volume.
Exemplo:
Considere a reação que ocorre nas CNTP:

Um aumento de pressão desloca o equilíbrio no sentido da reação direta


(para a direita).
Temperatura:um aumento de temperatura desloca o equilíbrio no sentido
da reação endotérmica. Uma diminuição de temperatura desloca o equilíbrio
no sentido da reação exotérmica.
Exemplo:

N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g) DH = – 109,5 kJ


Um aumento na temperatura desloca o equilíbrio no sentido da reação
inversa (para a esquerda), pois a reação inversa é endotérmica.
Concentração dos reagentes ou produtos:a adição de uma substância
desloca o equilíbrio no sentido que irá consumi-la. A retirada de uma
substância desloca o equilíbrio no sentido que irá refazê-la.
Exemplo:

N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g)


A adição de N2 desloca o equilíbrio no sentido da reação inversa. A adição de
NH3 desloca o equilíbrio no sentido da reação direta
Equilíbrio em Meio Aquoso
Equilíbrio Iônico:
Equilíbrio iônico é um caso particular de equilíbrio químico em que aparecem
íons.
Exemplo:

HCN (aq) H +(aq) + CN –(aq)


Para equilíbrios iônicos, Kcé denominado Ki(constante de ionização ou
constante de dissociação iônica). Valores altos de Ki indicam eletrólitos fortes,
enquanto valores baixos de Ki indicam eletrólitos fortes.
Obs: Em ionizações de várias etapas, existe uma constante de ionização para
cada etapa. A dissocia-ção de bases fortes e sais solúveis não é reversível,
assim, não faz sentido falar em constante de ionização para essas
substâncias.
Grau de ionização ( a):é a relação entre o número de mols que dissociam e
o número inicial de mols.

Lei da Diluição de Ostwald:quanto menor a concentração de um eletrólito,


maior será o seu grau de ionização. Ostwald relacionou Ki e a da seguinte
maneira:

Efeito do Íon Comum:é a aplicação do princípio de Le Chatelier para


equilíbrios iônicos.
Exemplo: Considere o equilíbrio abaixo:

HCN (aq) H +(aq) + CN –(aq)


Adicionando NaCN verifica-se que o equilíbrio desloca-se no sentido da
reação direta. Isso ocorre poisNaCN dissocia-se em Na+ e CN – , aumentando
a concentração de CN –.
Obs: Há íons que apesar de não serem comuns ao equilíbrio iônico, também
podem deslocá-lo. Como exemplo, temos a adição de um ácido a dissociação
de NH4OH, o H+ do ácido reage com o OH – da base, diminuindo a
concentração desse íon e, conseqüentemente, deslocando o equilíbrio.

Produto Iônico da Água (Kw):


A água é um eletrólito fraco que se ioniza segundo a equação:

H2O H+ + OH –

Por ser um eletrólito fraco, [H2O] é praticamente constante:


Ki . [H2O] = [H+] . [OH –]
Kw = [H+] . [OH –]
Kw é chamado de produto iônico da água, tem valor igual a 10– 14 a
25 ºC.
Para soluções ácidas: [H+] > [OH –]
Para soluções básicas: [H+] < [OH –]
Para soluções neutras: [H+] = [OH –] = 10– 7

Potencial Hidrogeniônico (pH) e Potencial Hidroxiliônico (pOH):


Potencial Hidrogeniônico (pH) e Potencial Hidroxiliônico (pOH):
escala para as medidas de acidez e basicidade das soluções que evitam o uso
dos expoentes negativos das concentrações.

pH = – log [H+] pOH = – log [OH–]


pH + pOH = 14 (a 25 ºC)
Para soluções ácidas: pH < 7 e pOH > 7
Para soluções básicas: pH > 7 e pOH < 7
Para soluções neutras: pH = pOH = 7

Solução tampão:
Solução tampão: é a solução que praticamente não sofre variação
de pH quando adicionamos uma pequena quantidade de ácido ou base,
mesmo que eles sejam fortes.
As soluções tampão são, em geral, soluções de:
• Um ácido fraco e um sal correspondente a esse ácido, como por
exemplo: ácido acético e acetato de sódio;
• Uma base fraca e um sal correspondente a essa base, como por
exemplo:hidróxido de amônia e cloreto de amônia.

Hidrólise salina:
É a reação entre um sal e água, produzindo ácido e base. É a reação inversa
da neutralização.

• Sal de ácido forte e base fraca:

O íon NH4+ sofre a hidrólise, liberando íons H+, que conferem a solução
caráter ácido.

• Sal de ácido fraco e base forte:

O íon CN – sofre a hidrólise, liberando íons OH –, que conferem a solução


caráter básico.

• Sal de ácido fraco e base fraca:


Os íon NH4+ e CN – sofrem a hidrólise, mas como o ácido e a base são fracos,
não há liberação de H+ ou OH –, não alterando significativamente o pH.

• Sal de ácido forte e base forte:

Não há hidrólise.
Grau de hidrólise:
Grau de hidrólise ( ah): é a relação entre o número de mols que sofre
hidrólise e o número inicial de mols.

Constante de hidrólise ( Kh):


Constante de hidrólise ( Kh):é a constante de equilíbrio das reações de
hidrólise.

Exemplo:

NH4Cl + H2O HCl + NH4OH

NH4+ + H2O H+ + NH4OH

Nota-se que a água não entra na expressão de Khe que foi considerada a
reação iônica.
Relação entre as constantes:

KaeKbsãoasconstantes de ionização do ácido e da base, respectivamente.

Produto de solubilidade (PS ou Kps):


Produto de solubilidade é a constante de equilíbrio de uma solução de um
eletrólito pouco solúvel.

Exemplo:

CaCO3 Ca2+ + CO32–

Radioatividade
O que é radioatividade?

Existem na Natureza alguns elementos fisicamente instáveis, cujos


átomos, ao se desintegrarem, emitem energia sob forma de radiação. Dá-se
o nome radioatividade justamente a essa propriedade que tais átomos têm
de emitir radiação.
O urânio-235, o césio-137, o cobalto-60, o tório-232 são exemplos de
elementos fisicamente instáveis ou radioativos. Eles estão em constante e
lenta desintegração, liberando energia através de ondas eletromagnéticas
(raios gamas) ou partículas subatômicas com altas velocidades (partículas
alfa, beta e nêutrons). Esses elementos, portanto, emitem radiação
constantemente.
A radioatividade foi descoberta pelos cientistas no final do século
passado. Até aquela época predominava a idéia de que os átomos eram as
menores partículas de qualquer matéria e semelhantes a esferas sólidas. A
descoberta da radiação revelou a existência de partículas menores que o
átomo: os prótons e os nêutrons, que compõem o núcleo do átomo, e os
elétron, que giram em torno do núcleo. Essas partículas, chamadas de
subatômicas, movimentam-se com altíssimas velocidades.
Descobriu-se também que os átomos não são todos iguais. O átomo
de hidrogênio, por exemplo, o mais simples de todos, possui 1 próton e 1
elétron (e nenhum nêutron). já o átomo de urânio-235 conta com 92 prótons
e 143 nêutrons.

O lado útil e o lado destrutivo da radioatividade:

Os elementos radioativos, quando bem manipulados, podem ser úteis


ao seres humanos. O césio-137, por exemplo, é muito utilizado em
tratamento de tumores cancerosos.
A humanidade convive no seu dia-a-dia com a radioatividade, seja
através de fontes naturais de radiação (os elementos radioativos que existem
na superfície da Terra ou os raios cósmicos que vêm do espaço), seja pelas
fontes artificiais, criadas pelo próprio homem: o uso de raios X na medicina,
as chuvas de partículas radioativas produzidas pelos testes de armas
nucleares, etc.
Os efeitos da radioatividade no ser humano dependem da quantidade
acumulada no organismo e do tipo de radiação. A radioatividade é inofensiva
para a vida humana em pequenas doses, mas, se a dose for excessiva, pode
provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula
óssea, etc., ocasionando por vezes a morte (em poucos dias ou num espaço
de dez a quarenta anos, através de leucemia ou outro tipo de câncer).

Existem vários tipos de radiação; alguns exemplos: partículas alfa,


partículas beta, nêutrons, raios X e raios gama. As partículas alfa, por terem
massa e carga elétrica relativamente maior que as outras citadas, podem ser
facilmente detidas, até mesmo por uma folha de papel; elas em geral não
conseguem ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de
uma pessoa, sendo assim praticamente inofensivas. Entretanto, podem
ocasionalmente penetrar no organismo através de um ferimento ou por
aspiração, provocando lesões graves. Sua constituição é de núcleos de Hélio,
dois prótons e dois nêutrons, podendo ser representadas por 42a

Possuem as seguintes características:

> Velocidade inicial variando de 3000 a 30 000 km/s (velocidade média


em torno de 20 000 km/s ou 5% da velocidade da luz)
> Pequeno poder de penetração. São detidas por uma camada de 7 cm de
ar, uma folha de papel ou uma chapa de alumínio, com 0,06 milímetros de
espessura. ao incidir sobre o corpo humano, são detidas pela camada de
células mortas da pele, podendo, no máximo, causar queimaduras.
Já as partículas beta são capazes de penetrar cerca de um centímetro nos
tecidos, ocasionalmente danos à pele, mas não aos órgãos internos, a não
ser que sejam engolidas ou aspiradas. As partículas beta são semelhantes
aos elétrons, possuem massa desprezível e carga elétrica (relativa) igual a
-1. São portanto, representados por 0-1b

Possuem as seguintes características:

> Velocidade inicial variando entre 100 000 e 290 000 km/s, ou seja, até
95% da velocidade da luz.
> Médio poder de penetração. São de 50 e 100 vezes mais penetrantes
que as partículas alfa. Atravessam alguns metros de ar e até 16 mm de
madeira. São detidas por lâminas de alumínio com 1cm de espessura ou por
lâminas de chumbo com espessura maior que 2mm. Ao incidirem sobre o
corpo humano, podem penetrar até 2cm e causar sérios danos.

Os raios gama e os raios X são extremamente penetrantes, podendo


atravessar o corpo humano, sendo detidos somente por uma parede grossa
de concreto ou metal.As radiações gama são semelhantes ao Raios X. Não
possuem massa e nem carga elétrica, são portanto representados por 00g

Possuem as seguintes características:

> Velocidade igual à velocidade da luz, ou aproximadamente 300 000


km/s.
> Alto poder de penetração. os raios gama são mais penetrantes que os
raios X, pois possuem comprimentos de onda bem
menores, variando entre 0,1e 0,001 angstrons. Atravessam milhares de
metros de ar, até 25 cm de madeira ou 15 cm de espessura de aço. São
detidos por placas de chumbo com mais de 5cm de espessura ou por grossas
paredes de concreto. Podem atravessar completamente o corpo humano
causando danos irreparáveis.
Os efeitos da radiação:

Ser atingido por radiação é algo sutil e impossível de ser percebido


imediatamente, já que no momento do impacto não ocorre dor ou lesão
visível. Bem diferente de ser atingido por uma bala de revólver, por exemplo,
cujo efeito destrutivo é sentido e contatado na hora.
A radiação ataca as células do corpo individualmente, fazendo com que os
átomos que compõem as células sofram alterações em sua estrutura. As
ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamento das
células. Isso, por sua vez, provoca com o tempo conseqüências biológicas no
funcionamento do organismo como um todo; algumas conseqüências podem
ser percebidas a curto prazo, outras a longo prazo.; às vezes vão apresentar
problemas somente os descendentes (filhos, netos) da pessoa que sofreu
alguma alteração genética induzida pela radioatividade.

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