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Uma mistura constituída de pequenas partículas (soluto) distribuídas em uma substância (solvente) é
denominada de dispersão.
Classificação das dispersões:
A – Soluções verdadeiras: possuem partículas com diâmetro médio menor que 1nm. São misturas
homogêneas. As partículas dispersas não são visíveis nem mesmo com o uso de aparelhos. Como por exemplo:
sal + água.
B – Soluções coloidais: possuem partículas com diâmetro médio entre 1nm e 1.000 nm. São misturas
heterogêneas.As partículas dispersas são visíveis através de ultramicroscópios. Como por exemplo: gelatina.
C – Suspensões: possuem partículas com diâmetro médio maior que 1.000 nm. São misturas heterogêneas. As
partículas dispersas são visíveis através de microscópios ou até mesmo a olho nu. Como por exemplo: terra +
água.
Classificação das soluções:
• De acordo com a natureza do soluto:
A – Soluções moleculares: as partículas dispersas são moleculares. Essas soluções não conduzem eletricidade.
B – Soluções iônicas: as partículas dispersas são íons. Essas soluções conduzem eletrici-dade.
• De acordo com a proporção entre soluto e solvente:
A – Soluções diluídas: ocorre quando é dissolvido pouco soluto no solvente.
B – Soluções concentradas: ocorre quando é dissolvido muito soluto no solvente.
• De acordo com o estado físico:
A – Soluções sólidas: ouro 18K, bronze, latão, etc.
B – Soluções líquidas: soro fisiológico, água mineral, etc.
C – Soluções gasosas: ar atmosférico filtrado, qualquer mistura gasosa, etc.
Regras de solubilidade
Uma substância apolar tende a se dissolver em um solvente apolar, e uma substância polar tende a se dissolver
em um solvente polar, ou seja, “semelhante dissolve semelhante”.
Coeficiente de solubilidade:
É a quantidade máxima, em grama, de soluto que se dissolve numa quantidade fixa de solvente a uma dada
temperatura.
Exemplo: o coeficiente de solubilidade do KNO3 em água é 31,6 g de KNO3 para 100 g de H2O a 20 ºC.
Solução saturada: é aquela que não consegue mais dissolver soluto, dada uma temperatura fixa, ou seja,
atingiu o coeficiente de solubilidade.
Solução insaturada: é aquela que ainda consegue mais dissolver soluto, dada uma tempera-tura fixa, ou
seja, ainda não atingiu o coeficiente de solubilidade.
Solução supersaturada: é aquela que ultrapassou o coeficiente de solubilidade, são instáveis.
Curvas de solubilidade: são gráficos que indicam como o coeficiente de solubilidade varia com a
temperatura.
Obs: a solubilidade de gases diminui com o aumento de temperatura. A solubilidade de sólidos, geralmente,
aumenta com o aumento de temperatura.
Concentrações das soluções:
Obs: Por convenção usaremos o índice 1 para indicar o soluto, o índice 2 para indicar o solvente e a ausência
de índice para indicar a solução.
Concentração comum (C): indica a massa de soluto presente em cada litro de solução.
Fração molar: é a relação entre o número de mols do soluto (ou de solvente) e o número de mols da solução.
Molalidade: é a relação entre a número de mols do soluto, e a massa do solvente (em Kg).
Exemplo:
mistura-se 50 mL de uma solução de HCl com concentração 3 g/L a 150 mL de uma solução de mesmo soluto e
concentração 2 g/L. Qual é concentração da solução resutante?
CA . VA + CB . VB = Cf .Vf (mas Vf = VA + VB)
3 . 50 + 2 . 150 = Cf . (50 + 150)
450 = Cf . 200
Cf = 2,25 g/L
Mistura de soluções com reação química:
Ocorrem quando se mistura uma solução de um ácido com uma solução de uma base, ou uma solução de um
oxidante com uma solução de um redutor, ou uma solução de dois sais que reagem entre si.
Exemplo:
mistura-se 1,0 L de solução 2,0 M de NaOH com 0,5 L de solução 4,0 M de HCl. Calcule a molaridade do sal
formado.
nNaOH = eNaOH . VNaOH = 2,0 . 1,0 = 2,0
nHCl = eHCl . VHCl = 4,0 . 0,5 = 2,0
a reação ácido-base é dada pela equação:
Propriedades Coligativas
Pressão Máxima de Vapor de um líquido:
Pressão Máxima de Vapor de um líquido: é a pressão exercida por seus vapores quando estes estão em
equilíbrio dinâmico com o líquido.
Imagine um líquido em um recipiente fechado, no qual existia vácuo inicialmente. O líquido começa a evaporar.
Nesse momento, a velocidade de evaporação é maior que a velocidade de condensação. Após algum tempo, a
velocidade de evaporação se iguala a velocidade de condensa-ção, é o que chamamos de equilíbrio dinâmico.
Diz-se que foi atingida a pressão máxima de vapor.
1 – n-octano
2 – água
3 – benzeno
4 – éter
A pressão máxima depende da natureza do soluto e da temperatura. Líquidos mais voláteis evaporam-se mais
intensamente, o que acarreta uma pressão de vapor maior. Da mesma forma, um aumento de temperatura
também acarreta uma pressão de vapor maior.
Lei de Raoult:
Lei de Raoult: o efeito coligativo produzido num solvente pela adição de um soluto não-volátil é diretamente
proporcional a molalidade da solução. Matematicamente a lei é expressa da seguinte maneira:
Efeito tonoscópico: Dp / p0 = k t . W e k t = M2 / 1000
M2 = massa molar do solvente
Efeito ebulioscópico: Dt e = k e . W e k e = R . T2 / 100.Lv
R = constante universal dos gases
T = temperatura de ebulição do solvente
Lv = calor latente de vaporização do solvente
Efeito crioscópico: Dt c = k c . W e k c = R . T2 / 1000.Lf
Lf = calor latente de fusão do solvente
Soluções Iônicas:
Soluções Iônicas: são aquelas que possuem íons como partículas do soluto, bem como moléculas dissolvidas.
Exemplo: considere uma solução de ácido clorídrico com grau de ionização a = 0,80 a 25 ºC.
A ionização de uma molécula de HCl é dada pela equação:
Termoquímica
É o estudo das quantidades de calor liberadas e absorvidas durante as reações químicas.
Caloria: é a quantidade de calor necessária para aquecer 1 g de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC.
1 kcal = 1000 cal
1 cal = 4,18 J
Entalpia (H):
Entalpia é o conteúdo de calor de um sistema, à pressão constante. Não é possível medir a entalpia absoluta de
um sistema por isso, mede-se a variação de entalpia (DH) da reação, ou seja, a diferença entre a entalpia final
(soma das entalpias dos produtos) e a entalpia inicial (soma das entalpias dos reagentes).
DH = Hf – Hi
Reações exotérmicas: liberam calor (DH < 0).
Exemplo:
C(s) + O2 (g) --> CO2 (g) (queima do carvão)
Reações endotérmicas: absorvem calor (DH > 0).
Exemplo:
2H2O(l) --> O2 (g) + 2 H2 (g) (decomposição da água)
Diagrama de Entalpia:
Diagrama de Entalpia: relaciona os valores de Hi e Hf num eixo vertical.
Equação Termoquímica:
É a equação química que indica o estado físico (ou alotrópico) dos reagentes e produtos, a temperatura e a
pressão do processo, bem como a variação de entalpia da reação.
Exemplo:
C(gr) + O2 (g) --> CO2 (g) DH = – 94,1 Kcal (a 25 oC e 1 atm)
Entalpia de Formação:
Entalpia de Formação: é a variação de entalpia que ocorre na formação de 1 mol de um composto a partir de
substâncias simples no estado padrão. A entalpia de formação representa a entalpia de um mol do composto
formado, já que a entalpia dos reagentes é nula por definição.
Exemplo:
H2 (g) + 1/2 O2 (g) --> H2O (l) DH0 = – 68,4 Kcal/mol H2O (a 25 oC e 1 atm)
Calcule o DH da reação: C2H2 (g) + 5/2 O2 (g) --> 2 CO2 (g) + H2O (l) ,
dadas as entalpias de formação:
H0C2H2 = + 54,1
H0O2 = zero (padrão)
H0CO2 = – 94,1
H0H2O = – 68,3
DH = Hf – Hi
DH = (2 . H0CO2 + H0H2O) – (H0C2H2 + 5/2 . H0O2)
DH = (2 . (– 94,1) – 68,3) – (+ 54,1 + 5/2 . 0)
DH = – 310,6 kcal/mol C2H2
Entalpia de Combustão:
Entalpia de Combustão: é a variação de entalpia na combustão de 1 mol de uma substância a 25 ºC e 1 atm. A
entalpia de combustão é sempre negativa pois, a combustão é uma reação exotér-mica.
Exemplo:
C2H2 (g) + 5/2 O2 (g) --> 2 CO2 (g) + H2O (l) DH = – 310,6 Kcal/mol C2H2
Energia de ligação;
Energia de ligação: é a variação de entalpia na “quebra” de 1 mol de determinada ligação química (reação
endotérmica), supondo todas as substâncias no estado gasoso. Para se formar uma ligação, libera-se energia,
assim, para se calcular o DH de uma reação, basta somar a energia absor-vida na quebra com a energia
liberada na formação de uma ligação química.
Exemplos:
Cl2 (g) --> 2 Cl (g) DH = 58 Kcal
N2 (g) --> 2 N (g) DH = 226 Kcal
HCl (aq) --> H (g) + Cl (g) DH = 103 Kcal
Calcule o DH da reação:
C2H4 (g) + H2 (g) --> C2H6 (g) , dadas as energias de ligação em kcal:
Lei de Hess:
“A variação de entalpia de uma reação química depende apenas dos estados inicial e final, não importando o
caminho da reação”. Assim, somando-se várias equações, soma-se também os respectivos DH; invertendo-se a
equação, inverte-se também o sinal do DH; multiplicando-se uma equação por um número diferente de zero,
multiplica-se também o DH por esse número.
Exemplo: Calcule o DH da reação: C3H8 (g) + 5 O2 (g) --> 3 CO2 (g) + 4 H2O (l) ,
dadas as equações abaixo:
C (s) + O2 (g) --> CO2 (g) DH = – 94 kcal
H2 (g) + 1/2 O2 (g) --> H2O (l) DH = – 68 kcal
3 C (s) + 4 H2 (g) --> C3H8 (g) DH = – 33,8 kcal
Resolução:
Óxido - Redução
Número de oxidação (nox) é um número associado à carga de um elemento numa molécula ou num íon. O
nox de um elemento sob forma de um íon monoatômico é igual à carga desse íon, portanto é igual à
eletrovalência do elemento nesse íon.
O nox de um elemento numa molécula e num íon composto é a carga que teria o átomo desse elemento
supondo que os elétrons das ligações covalentes e dativas se transferissem totalmente do átomo menos
eletronegativo para o mais eletronegativo, como se fosse uma ligação iônica.
alumínio (+3)
prata (+1)
zinco (+2)
Enxofre em monossulfetos (-2)
Halogênios (-1)
Hidrogênio (+1) exceto nos hidretos que é (-1)
Oxigênio (-2)
Oxigênio nos Peróxidos (-1)
Oxigênio nos superóxidos (-0,5)
Oxigênio nos Fluoretos (+1 ou +2)
O oxigênio é o mais eletronegativo de todos os elementos, exceto o flúor. O oxigênio tem nox negativo em
todos os seus compostos, exceto quando ligado ao flúor. Na grande maioria de seus compostos, o oxigênio tem
nox = -2. Nos peróxidos (grupo -O-O-) o oxigênio tem nox = -1 e nos superóxidos tem nox= -0,5.
O hidrogênio é menos eletronegativo que todos os não-metais e semimetais; por isso, quando ligado a esses
elementos, tem nox positivo e sempre igual a +1.
O hidrogênio é mais eletronegativo que os metais; por isso, quando ligado a esses elementos, tem nox
negativo e sempre igual a -1.
A soma dos nox de todos os átomos de:
· uma molécula é igual a zero.
· um íon composto é igual à carga do íon.
O nox de qualquer elemento sob forma de substância simples é igual a zero.
O nox máximo de um elemento é igual ao número do grupo onde está o elemento na Tabela Periódica, com
exceção dos elementos do Grupo VIII B.
O nox mínimo é igual a (número do grupo - 8),no caso de o elemento ser um não-metal ou um semimetal.
Nox e valência - O nox de um elemento na forma de um íon monoatômico é igual à sua eletrovalência. O nox
de um elemento na forma de molécula ou de íon composto não é obrigatoriamente igual à sua valência. A
valência, nesses casos, é dada pelo número de ligações covalentes e dativas. Cada ligação covalente conta
como uma unidade de valência, e cada ligação dativa, como duas unidades de valência.
Os processos de oxidação e redução são sempre simultâneos. O átomo que se oxida, cede seus elétrons para
que outro se reduza. O átomo que se reduz recebe os elétrons de quem se oxida. Assim ...
A igualdade na quantidade dos elétrons na redução e na oxidação é a base do balanceamento de reações pelo
método de óxido-redução.
Δoxid = 4 Δred= 2
simplificando ...
Δoxid = 2 Δred= 1
5º) Para igualar os elétrons nos processos de oxidação e redução:
Exemplo 1
O Br se oxida, pois tem nox = 1- no primeiro membro e nox = 0 no segundo. Esta oxidação envolve 1 elétron e
como sua atomicidade no NaBr é igual a 1, temos ...
Δoxid = 1 x 1 = 1
O Mn se reduz, pois tem nox = 4+ no primeiro membro e nox = 2+ no segundo. Esta redução envolve 2
elétrons e como sua atomicidade no MnO2 é igual a 1, temos ...
Δred= 2 x1 = 2
Exemplo 2
Uma mesma substância contém os átomos que se oxidam e também os que se reduzem
Os átomos de Cl no Cl2 tem nox igual a zero. No segundo membro temos Cl com nox = 1+ no NaClO e Cl com
nox = 1- no NaCl. Como a única fonte de Cl na reação é o Cl2, a reação pode ser reescrita assim ...
Como o Cl2 vai ser o elemento de partida tanto para a oxidação quanto para a redução, a atomicidade nos dois
processos será igual a 2. A oxidação envolve mudança do nox do Cl de zero para 1+, ou seja, um elétron.
Assim ...
Δoxid = 1 x 2 = 2
A redução envolve a mudança do nox do Cl de zero para 1-, ou seja, um elétron. Assim ...
Δred= 1 x 2 = 2
Finalmente ...
Exemplo 3
A água oxigenada atuando como oxidante
No primeiro membro, o oxigênio da água oxigenada tem nox = 1-, já no segundo membro, no H2O, tem nox =
2-. Isto caracteriza uma redução envolvendo 1 elétron. Como a atomicidade do oxigênio na substância de
partida (H2O2) é igual a 2 ...
Δred= 2 x 1 = 2
No primeiro membro, o ferro do FeCl2 tem nox = 2+, já no segundo membro, no FeCl3, tem nox = 3+. Isto
caracteriza uma oxidação envolvendo 1 elétron. Como a atomicidade do ferro na substância de partida (FeCl2) é
igual a 1 ...
Δoxid = 1 x 1 = 1
O Mn no MnO4, no primeiro membro, possui nox = 7+. No segundo membro, no MnSO4, o Mn tem nox = a 2+.
Este processo é uma redução envolvendo 5 elétrons. Como a atomicidade do Mn na substância de partida
(KMnO4) é igual a 1, temos ...
Δred= 5 x 1 = 5
Δoxid = 1 x 2 = 2
Eletroquímica
Definição de
Semi-Reação e Tabela dos Potenciais Eletrólise em
eletrólise e eletrólise Corrosão
Pilha Padrão de Redução solução aquosa
ignea
Semi-reação e pilha
Reações de oxido-redução ocorrem com transferência de elétrons entre as espécies químicas envolvidas. Dada
a seguinte reação:
Para isso foi definido o eletrodo padrão de hidrogênio, que serve de referência para estas definições. A ele foi
atribuído o potencial de redução ou de oxidação igual a zero. Os demais eletrodos são medidos com relação ao
eletrodo de hidrogênio em condições padronizadas: concentração das substâncias em solução igual a 1 mol/L e
temperatura igual a 25ºC.
Quando o eletrodo de hidrogênio apresenta o potencial de redução maior que o do seu par, nele ocorrerá a
reação de redução.
2 H1+ + 2 e- => H2
Quando o eletrodo de hidrogênio apresenta o potencial de redução menor que o do seu par, nele ocorrerá a
reação de oxidação.
H2 => 2 H1+ + 2 e-
O potencial padrão de redução ( E0red) de um dado eletrodo é a ddp apresentada pela pilha que conjuga este
com o eletro padrão de hidrogênio.
Valores elevados para o E0red evidenciam facilidade da espécie química em se reduzir e mais pronunciado será
o seu poder oxidante. Estes valores de E0red podem ser vistos listados numa tabela. Os valores são os de
redução da espécie da esquerda para a da direita, como é recomendado pela IUPAC. O potencial de oxidação da
espécie da direita para a da esquerda é obtido se invertendo o sinal do valor de E0red .
Valores baixos para o E0red evidenciam dificuldade da espécie química em se reduzir e mais pronunciado será o
seu poder redutor.
Cátodo é o eletrodo onde ocorre o processo de redução, é o eletrodo positivo porque é para lá que se
destinam os elétrons.
Ânodo é o eletrodo onde ocorre o processo de oxidação, por ser a origem dos elétrons, é o eletrodo
negativo.
escrevendo as duas reações que ocorrem no sentido da redução e verificando os valores de na tabela,
teremos
A ponte salina pode ser um tubo em U preenchida por algodão e embebida em algum eletrólito, normalmente
o KCl. Ela tem a tarefa de manter a neutralidade das soluções através da migração do Zn2+ ou do K1+ para o
frasco da direita, substituindo os Cu2+ que se depositaram. Ao mesmo tempo, os íons (SO4)2- ou Cl1- migram do
frasco da direita para o da esquerda para equilibrar o aumento da concentração dos íons Zn2+. A ponte salina
pode ser substituída por uma placa porosa separando duas porções de um mesmo recipiente. Sem ponte salina
ou placa porosa qualquer pilha só pode funcionar por um intervalo de tempo muito pequeno.
As pilhas também podem ser conhecidas por células galvânicas em homenagem ao médico Luigi Galvani.
Em 1786, ele amarrou um nervo de uma rã que estava sendo dissecada com um fio de cobre. Acidentalmente,
ele encostou o fio de cobre em algum objeto de ferro, gerando uma pilha entre o ferro e o cobre. A passagem
de corrente fez com que a rã entrasse em convulsões. Em 1800, Alessandro Volta explicou o fenômeno
quando construiu a primeira pilha. O nome pilha vem da montagem da primeira pilha, que consistia de um
empilhamento de discos de cobre e de zinco alternados e separados por feltro embebido em solução de ácido
sulfúrico.
semi-reação E° (V)
-
F2(g) + 2e <==> 2F -
+2.87
PbO2(s) + SO4 (aq) + 4H+ + 2e-<==> PbSO4(s) + H2O
2-
+1.69
2HOCl(aq) + 2H+(aq) + 2e-<==> Cl2(g) + 2H20 +1.63
- + -
MnO4 (aq) + 8H (aq) + 5e <==> Mn (aq) + 4H20 2+
+1.51
PbO2(s) + 4H+(aq) + 2e-<==> Pb2+(aq) + 2H2O +1.46
BrO3-(aq) + 6H+(aq) + 6e-<==>Br-(aq) + 3H2O +1.44
Au3+ (aq) + 3e-<==>Au(s) +1.42
Cl2 (g) + 2e-<==> Cl-(aq) +1.36
O2(g) + 4H+(aq) + 4e-<==> 2H2O +1.23
Br2 (aq) + 2e-<==>2Br-(aq) +1.07
NO3-(aq) + 4H+(aq) + 3e <==> NO(g) + 2H2O +0.96
Ag+(aq) + e-<==> Ag(s) +0.80
Fe3+(aq) + e-<==> Fe2+(aq) +0.77
I2(s) + 2e-<==> 2I-(aq) +0.54
NiO2(aq) + 4H+(aq) + 3e-<==>Ni(OH)2(s) + 2OH-(aq) +0.49
Cu2+(aq) + 2e-<==> Cu(s) +0.35
SO42- + 4H+(aq) + 2e-<==> H2SO3(aq) + H2O +0.17
2H+ (aq) + 2e-<==> H2(g) 0.00
Sn2+ (aq) + 2e-<==>Ni(s) -0.14
Ni2+ (aq) + 2e-<==>Ni(s) -0.25
Co2+ (aq) + 2e-<==>Co(s) -0.28
PbSO4 (s) + 2e-<==>Pb(s) + SO42- -0.36
Cd2+ (aq) + 2e-<==>Cd(s) -0.40
Fe2+ (aq) + 2e-<==> Fe(s) -0.44
Cr3+ (aq) + 3e-<==> Cr(s) -0.71
Zn2+ (aq) + 2e-<==> Zn(s) -0.76
2H2O (aq) + 2e-<==> H2(g) + 2OH-(aq) -1.66
Mg2+ (aq) + 2e-<==>Mg(s) -2.37
Na+ (aq) + e-<==> Na(s) -2.71
Ca2+ (aq) + 2e-<==> Ca(s) -2.76
K+ (aq) + e-<==> K(s) -2.92
Li+ (aq) + e-<==> Li(s) -3.05
Os íons formados durante o processo de ionização ou dissociação são bastante estáveis. Faze-los passar ao
estado de substância simples demanda uma energia que é fornecida pela corrente elétrica.
Para que ocorra a eletrólise, os íons devem apresentar mobilidade para que possam se dirigir para os eletrodos.
Essa mobilidade é conseguida através da fusão de uma substância iônica ou dissolução da mesma em água.
Eletrólise Ígnea
O termo ígnea vem do latim igneu: ardente.
A eletrólise ígnea exige eletrodos inertes que possuam elevado ponto de fusão. Geralmente são usados a
platina ou grafita.
A eletrólise do NaCl é um processo economicamente importante. O NaCl se funde à temperatura de 808 ºC.
NaCl(sólido) => NaCl(líquido)
Através de dissociação...
NaCl => Na1+ + Cl1-
Os íons Cl1- se dirigem para o ânodo (pólo positivo), perdem seus elétrons e são transformados em gás cloro,
Cl2 .
2 Cl1- => Cl2 + 2 e- (oxidação)
Os íons Na se dirigem para o cátodo (pólo negativo), recebem um elétron e são transformados em sódio
1+
metálico (Na0). A equação foi multiplicada por 2 para igualar o número de elétrons na redução e na oxidação.
2 Na1+ + 2 e- => 2 Na0 (redução)
A equação global da eletrólise é dada pela soma das reações de dissociação do sal e das reações que ocorrem
nos eletrodos.
2NaCl => 2 Na1+ + 2 Cl1-
2 Cl 1-
=> Cl2 + 2 e- (oxidação)
2 Na 1+
+ 2 e- => 2 Na 0
(redução)
reação global 2 NaCl => Cl2 + 2 Na0
A eletrólise ígnea permite a obtenção do alumínio a partir da bauxita (Al2O3). Em condições normais a bauxita
funde a 2050 ºC. Com a utilização da criolita (Na3AlF6) como fundente, esta temperatura cai para 1000 ºC.
Al2O3 => 2 Al3+ + 3 O2-
No pólo negativo...
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
No pólo positivo...
6 O2- => 3 O2 + 12e-
equação global...
2 Al2O3 => 4 Al3+ + 6 O2-
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
6O 2-
=> 3 O2 + 12e-
2 Al2O3 => 4 Al 0
+ 3 O2
O gás oxigênio formado na oxidação reage com o carbono do eletrodo de grafita produzindo CO2 .
Apenas uma espécie de íon positivo ou negativo descarrega por vez. Cada íon possui uma voltagem adequada
para se descarregar. O par cátion/ânion de apresentar menor voltagem para descarregar será o que vai
descarregar primeiro.
ou ainda
No caso dos cátions, metais pouco reativos descarregam primeiro, pois possuem maior tendência a aceitar os
eletrons de volta e se descarregar. Metais altamente reativos como metais alcalinos e alcalino terrosos se
descarregam depois. A ordem de prioridade é a seguinte:
Au3+ Pt2+ Hg2+ Ag1+ Cu2+ Ni2+ Cd2+ Pb2+ Fe2+ Zn2+ Mn2+H3O1+ Al3+ Mg2+ Na1+
Ca2+ Ba2+ K1+ Li1+ Cs1+
O H1+ ou H3O1+ se descarrega antes alumínio, de metais alcalinos e alcalinos terrosos. Mas perde em prioridade
de descarga para os demais cátions.
Quanto menor for a eletronegatividade do ânion para prender o elétron, maior a facilidade de descarga do
mesmo.
O OH1- se descarrega antes dos ânions oxigenados e do F1-. Mas perde em prioridade de descarga para os
ânions não oxigenados e o HSO41-. As reações que os íons resultantes da auto-ionização da água são mostradas
abaixo:
A eletrólise do NaCl em solução aquosa é um exemplo em que participam da eletrólise o cátion oriundo da
auto-ionização da água e o ânion do sal.
dissociação do NaCl 2NaCl => 2 Na1+ + 2 Cl1-
auto-ionização da água 2 H2O => 2 H1+ + 2 OH1-
anodo 2 Cl1- => Cl2 + 2 e-
catodo 2 H1+ + 2 e- => H2
reação global 2NaCl + 2 H2O => 2 Na1+ + Cl2 + H2 + 2 OH1-
Nota-se pela reação global que a eletrólise do NaCl é método de obtenção de H2, Cl2 e de soda cáustica
(NaOH).
Na eletrólise do HCl, somente os íons do soluto participam da eletrólise. Isto ocorre pelo fato de ambos os íons
oriundos do soluto apresentarem prioridade de descarga em relação aos íons gerados pela auto-ionização da
água.
O pH da solução diminui, já que os íons H1+ gerados pela auto-dissociação da água não são consumidos na
eletrólise.
Na eletrólise do Na2SO4 em solução aquosa, ambos os íons oriundos da dissociação da água têm prioridade na
eletrólise.
Como as moléculas de água são consumidas na eletrólise, a solução vai ficando progressivamente mais
concentrada em sulfato de sódio.
Corrosão
Em presença de ar úmido ou de água contendo oxigênio dissolvido, alguns metais sofrem o fenômeno da
corrosão, que é a dissolução dos mesmos sob a forma iônica. O exemplo mais conhecido deste processo é
a corrosão do ferro. Os átomos de Fe° são oxidados a Fe2+ e os átomos do oxigênio, contidos sob a forma de O2
no ar atmosférico, são reduzidos a O2- sob a forma de OH1-.
O uso do coeficiente fracionário pode ser evitado multiplicando-se ambas as equações por 2.
O produto da corrosão do ferro é o Fe(OH)2, que posteriormente é oxidado a Fe(OH)3. Geralmente, o produto
da corrosão do ferro é representado por Fe2O3.3H2O.Essa forte tendência que o ferro apresenta em ser corroído
explica a tendência de o aço ser substituído por outras ligas menos sujeitas a estes processos em algumas
aplicações. Alguns metais, tais como alumínio, zinco e chumbo, sofrem somente corrosão superficial. Essa
camada impede que o processo de corrosão avance para o interior do material. No caso do ferro, a baixa
aderência dos produtos da corrosão e sua solubilidade em água fazem com que a corrosão deste metal seja
bastante pronunciada.
A proteção de um metal contra a corrosão pode ser feita através de recobrimentos que impeçam o acesso a
umidade ao mesmo. As pinturas podem ser usadas com esta finalidade, no entanto, arranhões na mesma
podem facilitar o processo de corrosão.
No processo de galvanização, o ferro é recoberto por uma fina película de zinco. O zinco se oxida mais
facilmente que o ferro.
O zinco protege o ferro do contato com água e oxigênio e atua como redutor na pilha formada por ele e o ferro,
no caso da cobertura ser riscada. O Fe exposto ao ar, se transforma em Fe2+, que é imediatamente reduzido
pelo zinco contido no recobrimento.
Uma outra forma de proteção contra a corrosão é a que é utilizada nas latas de conservas que encontramos nos
supermercados. Um revestimento de estanho tem por objetivo proteger o ferro da lata. A camada de
estanho impede o contato do ferro com as substâncias que podem gerar a corrosão do mesmo. Deve-se evitar
a compra de latas amassadas, pois a proteção de estanho pode ter sido danificada e, neste caso, o ferro forma
uma pilha com o estanho do recobrimento. Como o estanho apresenta potencial de redução mais alto que o do
ferro, ele atuará como semi-reação de redução e o ferro como oxidação.
Numa pilha com o estanho, o ferro sofreria oxidação de acordo com a reação:
Uma outra forma de proteger o ferro da corrosão é mantê-lo em contato com um metal que seja mais
propenso à corrosão que ele (metal com potencial de redução menor que o do ferro). Normalmente se utiliza o
metal magnésio para esta finalidade, devido ao seu baixo potencial de redução. Este metal é conhecido como
metal de sacrifício. Enquanto existir este metal em contato com o ferro, este será protegido do processo de
corrosão. A proteção cessa quando o metal de sacrifício se dissolve totalmente. Este tipo de proteção é muito
utilizado em cascos de embarcações.
Galvanização e anodização
A proteção de uma peça metálica pode ser efetuada através do revestimento da mesma por um metal
menos propenso a sofrer o processo de corrosão. Este processo é conhecido como galvanização. No
processo e cobreação, uma peça metálica é revestida com uma camada do metal cobre.
A peça a ser recoberta é ligada ao pólo negativo da bateria, tornando-se cátodo do processo, pois atrairá os
cátions da solução. Um eletrodo de cobre é ligado ao pólo positivo da bateria, tornando-se ânodo. A cobreação
é realizada em uma solução de CuSO4. Durante o processo ocorrem as seguintes reações:
Cátodo (peça) Cu 2+
+ 2e- => Cu 0
+ 0,34 V
A oxidação do cobre no eletrodo de cobre fornece os elétrons necessários para a redução do mesmo cobre
sobre a superfície da peça a ser protegida. O cobre é oxidado e reduzido durante o processo. O sucesso do
processo de galvanização reside na geração de condições que propiciem aderência do metal reduzido sobre a
superfície da peça metálica a ser protegida.
Os íons presentes na solução são: SO42-, Cu2+ e os devidos ao processo de auto-ionização da água (H1+ e OH1-).
As reações concorrentes no ânodo e no cátodo seriam as da participação da própria água no processo, estas
não ocorrem por serem desfavoráveis em relação às reações que o Cu0 e Cu2+pode realizar.
A anodização é um processo utilizado para proteger peças de alumínio da oxidação. Os óxidos formados por
estes metais protegem o restante do metal de posterior oxidação e também aumentam a resistência da peça
contra a abrasão. O processo consiste em utilizar a peça a ser protegida como ânodo durante uma eletrólise de
solução de H2SO4 contra um cátodo de grafite. Ocorrerá evolução de H2 no cátodo e O2 no ânodo. O O2 gerado
no ânodo ataca o metal formando o óxido protetor. Para o alumínio a reação que ocorre no ânodo seria a
seguinte:
QUÍMICA
Volume I - 1° ano
Volume II - 2° ano
Volume III - 3° ano Exemplo: Na queima do carvão, 2 mols de O2 são consumidos nos primeiros
30 segundos de reação. Qual é a velocidade média de consumo de O2 nesse
ESCOLAS intervalo de tempo?
Expressão - Mongaguá
.
.
DIVERSOS
Velocidade instantânea da reação:
Velocidade instantânea da reação: é a velocidade de formação ou de
Atividades e Exercícios
consumo de certa substância em um determinado instante da reação. Ela
Aulas Práticas Diversas
diminui no decorrer da reação.
Curiosidades em Biologia
Galeria de Imagens
Utilitários para Download
Equilíbrios Químicos
Constante de equilíbrio
Uma reação química reversível se processa nos sentidos direto e inverso. No
início só existem os reagentes. Após o início da reação direta (v1), passa
então a ocorrer areação inversa (v2), convertendo produtos novamente em
reagentes.
k1[A]a[B]b = k2[M]m[N]n
Kc = [CO2] e Kp = (pCO2)
Deslocamento de equilíbrio:
Princípio de Le Chatelier:“Quando um fator externo age sobre um sistema
em equilíbrio, este se desloca, procurando minimizar a ação do fator
aplicado.” Os fatores que interferem no equilíbrio químico são: pressão sobre
o sistema, temperatura e concentração dos reagentes ou produtos.
Pressão:um aumento de pressão sobre um sistema gasoso desloca o
equilíbrio no sentido de menor volume. Uma diminuição de pressão sobre um
sistema gasoso desloca o equilíbrio no sentido de maior volume.
Exemplo:
Considere a reação que ocorre nas CNTP:
H2O H+ + OH –
Solução tampão:
Solução tampão: é a solução que praticamente não sofre variação
de pH quando adicionamos uma pequena quantidade de ácido ou base,
mesmo que eles sejam fortes.
As soluções tampão são, em geral, soluções de:
• Um ácido fraco e um sal correspondente a esse ácido, como por
exemplo: ácido acético e acetato de sódio;
• Uma base fraca e um sal correspondente a essa base, como por
exemplo:hidróxido de amônia e cloreto de amônia.
Hidrólise salina:
É a reação entre um sal e água, produzindo ácido e base. É a reação inversa
da neutralização.
O íon NH4+ sofre a hidrólise, liberando íons H+, que conferem a solução
caráter ácido.
Não há hidrólise.
Grau de hidrólise:
Grau de hidrólise ( ah): é a relação entre o número de mols que sofre
hidrólise e o número inicial de mols.
Exemplo:
Nota-se que a água não entra na expressão de Khe que foi considerada a
reação iônica.
Relação entre as constantes:
Exemplo:
Radioatividade
O que é radioatividade?
> Velocidade inicial variando entre 100 000 e 290 000 km/s, ou seja, até
95% da velocidade da luz.
> Médio poder de penetração. São de 50 e 100 vezes mais penetrantes
que as partículas alfa. Atravessam alguns metros de ar e até 16 mm de
madeira. São detidas por lâminas de alumínio com 1cm de espessura ou por
lâminas de chumbo com espessura maior que 2mm. Ao incidirem sobre o
corpo humano, podem penetrar até 2cm e causar sérios danos.