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P.: O que é uma Estrela Semente? Os jovens que hoje vemos - tão desenquadrados
da sociedade e incapazes de se integrarem neste mundo degradante - serão eles
casos de Estrela Semente? Como identificá-los e como podemos ajudá-los?
R.: Um ser Estrela Semente é uma alma completamente unida à nova Terra, alguém cuja
alma já absorveu a vibração de um planeta de 4ª ou de 5ª dimensão e que pertence a
civilizações imateriais, já resolvidas do ponto de vista da dualidade. Isso não significa que
uma ESemente não erre ou não entre em dualidade uma vez em serviço na terceira
dimensão. Pelo contrário, justamente pelo facto de não estarem mais identificados com a
frequencia 3D podem, durante um ciclo, ser ineptos, inconsequentes e erráticos. Porém,
cedo ou tarde, a poderosa memória de sua origem estelar irrompe e tornam-se servidores
muito uteis do Plano Cosmico para a Terra.
Um ser Estrela Semente – esta expressão, é claro, só faz sentido aqui; a alma, lá, nos níveis
superiores, não é uma Estrela Semente, é o que É – é uma alma que, durante milénios,
integrou uma civilização de consciência cósmica superior, e que fixou em si os códigos de luz
capazes de dinamizar o nosso éter, o nosso consciente colectivo, na direcção de um planeta
de 4ª ou de 5ª dimensão.
Quando a aura de um planeta se torna permeável às correntes de vibração ‘estrela’ e se
expande até incluir, mais assumidamente, o impacto da aura da estrela local que inspira a
vida nesse Sistema, dá-se a fusão entre essas duas auras.
Nós estamos dentro da influência espiritual do Sol, da sua gravitação e do seu calor.
Contudo, a fusão entre os campos evolutivos terrestre e solar ainda não ocorreu. Por outras
palavras, a vibração terrestre ainda não assimila, integralmente, o Verbo. E o Verbo, do
ponto de vista local e da mecânica dos corpos celestes, é sempre administrado por um Logos
estelar, por um grande vórtice divino que aceita expressar-se através da combustão do hélio
e do hidrogénio, uma vez que nem todos os Logos estelares se ligam a estrelas.
O que é fundamental quando se trata da irradiação de uma estrela sobre um planeta, (para
além dos níveis conhecidos: calóricos, gravitacionais, electromagnéticos, cromáticos, etc.), é
o que a estrela “diz”, qual o mantra que emite.
Na Terra, o reino que tem interpretado o Verbo de uma forma mais fiel, é o reino vegetal.
Assim é porque o reino angélico é o reino de ligação, e, ainda que haja hostes destacadas
para assistir a um planeta, elas não são exactamente terrestres. Assim, o reino que
permaneceu mais fiel ao impacto da estrela local é o vegetal, um reino totalmente
fototrópico, que se eleva e firma raízes na terra para poder chegar mais alto. É um reino que
conhece profundamente a lei do coração livre. De facto, a planta cresce e fortifica, e quando
alguém do reino humano a poda, ela cresce ainda melhor. Esta lei que diz que, depois de
cortada, a planta ganha mais força - é a lei da libertação pela entrega. Assim sendo, o fruto
é criado em glória; existe pela lei de fundo da criação que diz que um ser se aproxima do Pai
através da total doação de si, pelo auto-esquecimento. Portanto, existe uma ressonância
profunda entre a teorgia da estrela e a teorgia (obra de Deus) da planta.
O Sol irradia; e, quando atinge o ponto mais alto de consumação, ocorre uma explosão
gravítica e o Logos eleva-se com a síntese da experiência. Nasce uma supernova.
Esta doação ao reino das estrelas tem a sua mais fiel expressão dentro do reino vegetal, pois
ao cortar uma planta, ela desenvolve-se ainda mais.
Nesta dádiva constante de si mesmo se reconhece a natureza estelar da expressão do reino
vegetal, pelo que o fruto é produzido em glória à criação. Assim, fazer algo em glória é o que
seres Estrela Semente precisam de aprender na Terra. Realmente, eles não vêm só irradiar.
A lei estelar diz: dá-te até à consumação da tua última partícula. Contudo, estrelas e
planetas não estão em cima uns dos outros, existe espaço entre si. A expressão «dá-te até à
consumação da tua última partícula» não significa «desvitaliza-te até à morte sem saberes
como podes reabastecer-te». Esta expressão não significa que um indivíduo se dê criando
níveis de familiaridade com aqueles a quem se dá, até ao ponto de dar um dedo e, de
repente, descobrir que já lhe comeram o braço... o que é o normal num servidor espiritual!
Isto é uma ingenuidade de 2º raio. O problema de um ser de 2º raio é: «Eu amo, logo tenho
o direito de me aniquilar em nome dos outros». Isto de eu dizer: «Eu amo-te, portanto posso
crucificar-me», é uma necessidade messiânica. Porém, o 2º Raio – amor/sabedoria – é: «Eu
amo, portanto, tenho que ser manso como a pomba, lúcido e vigilante como a serpente.
Exprimir amor é um caminho relativamente simples para os seres de 2º Raio – onde se
incluem os seres Sementes de Estrela – porque, neste sistema solar, a energia de síntese é o
amor.
Todavia, o principal obstáculo à plena expressão do amor é a sabedoria. Nós temos o amor
mas não temos a sabedoria que nos diz como, quando, a que distância, com que
intensidade, em que ângulo e com que ritmo é que esse amor deve ser expressado. Assim,
um belo dia, este aprendiz de messias, ao descobrir que ama, lança-se de cabeça na boca do
tubarão. E, porque é devorado, acha que adquiriu o direito de entrar no céu. Mentira! Ele
tem que voltar, outra vez, para amar intensamente sem ser usado.
Amar de uma forma lúcida, vasta e ampla mas sem ser usado é a escola do 2º Raio:
amor/sabedoria.
Um ser Estrela-Semente vem das estrelas, estagiou em planetas onde não existe moeda,
onde há uma relação telepática entre os cetáceos (15 vezes maiores do que as nossas
baleias), onde a economia é tal que cada ser tem acesso a tudo o que a civilização produz e
se responsabiliza por aquilo que usa.
Num planeta de 4ª dimensão, a relação entre a respiração do Logos e a sua humanidade é
imensa; qualquer ser desliza permanentemente na brisa ultra inteligente, lúcida e doce do
Logos.
A quantidade de água do corpo de um ser que vive num planeta de 4ª dimensão anda pelos
20% (na nossa é de 80%). Significa isto que as emoções estão integradas na vontade/luz da
alma que rege aquele ser. Além disso, o seu nervo óptico foi ampliado acima dos
ultravioletas e abaixo dos infravermelhos, o que significa que todos são clarividentes.
O facto de nós não conseguirmos ver os nossos irmãos dos planos subtis é um problema de
transporte de luz para dentro do cérebro. Realmente, ao nível da retina, tu estás a ver esse
irmão; o nervo óptico, porém, devido à compressão do corpo etérico (depois da Atlântida o
corpo etérico foi perdendo luz, sendo que o nervo óptico é a primeira zona de transporte de
informação a ser afectada quando um ser perde luz), não leva essa informação para o
cérebro. Ao nível de retina tu vês tudo, mas essa informação não é transportada até ao
córtex e, portanto, a imagem não se forma.
Num planeta de 4ª dimensão, os seres têm um corpo etérico que vai para além do corpo
físico. Na Terra, isso só acontece com os pássaros. Por isso, eles usam correntes de vibração
e de frequência etérica para se elevarem; não se trata apenas um processo mecânico.
Enquanto que, na Terra, o teu corpo etérico está retido pelo corpo físico, num planeta de 4ª
dimensão o veículo etérico vai para além do físico. Quer isto dizer que tens acesso à
informação/luz do ser que está à tua frente.
Num planeta de 4ª dimensão, não são permitidas cidades com mais de 20.000 habitantes.
Exceptuam-se as congregações principais que funcionam como a hipófise desse planeta, e
onde é feita a síntese da qualidade do trabalho que é explorado nas várias cidades satélites a
essa, que é a principal. Como não são permitidas aglomerações com mais de 20.000 seres, o
campo electromagnético nunca se degrada. Na Terra, em cidades como S. Paulo, por
exemplo, que acolhe 18 milhões de habitantes, a frequência de vibração é bem diferente: a
comunicação degrada-se e a indiferença entre os seres impõe-se em quase toda a parte.
Num planeta de 4ª dimensão, as casas são orgânicas, não têm ângulos rectos e são
fotosensíveis: quando a luz atinge um certo nível, o material quase cerâmico que compõe a
estrutura das casas, aumenta ou diminui a opacidade e a translucidez para manter a luz
equilibrada dentro da casa.
Durante o dia, num planeta de duas estrelas – como no caso de Sírius – tudo tem duas
sombras; há dois ocasos e dois amanheceres.
As casas são sempre divididas em três patamares ou níveis:
O 1º nível corresponde ao plano da personalidade; nele se executam as tarefas diárias, a
alimentação (isto se o planeta for de 4ª dimensão, pois na 5ª dimensão ninguém come!):
Aqui, existe um convívio de nível exploratório, trabalho de cura, de regeneração, de
investigação do universo. Este 1º nível é regido pelos aspectos construtivos e estimulantes
da Mãe divina.
No 2º nível – que parecem sinos enormes – é totalmente dedicado ao Filho. Quer isto dizer
que se vive o aprimoramento da consciência pura mantido com os espelhos que existem em
regiões específicas do planeta. Estes espelhos captam impulsos celestes, informação
arcangélica, impulsos de zonas suspensas, de inalterância do fogo puro. Toda esta
informação viva, depois de disparada para a aura planetária, é captada pelas famílias no 2º
nível da casa, onde é feito o trabalho de ligação ao Logos do planeta e às energias
construtoras do Filho. É, pois, uma zona de meditação e estudo.
O 3º nível é transfigurador. Uma vez aí, está-se no templo, em silêncio. Mas não existem
religiões organizadas. porque as religiões administram grandes verdades, válidas somente
durante alguns séculos; cada casa tem a sua antena e o seu sacrário próprio.
Arquitectonicamente falando, este 3º nível contém uma expressão sacerdotal. Este sacrário,
centro de todas as casas, é concebido por forma a que a Presença, a luz pura, irrompa e
vibre ali, viva. Este 3º nível é a antena cósmica da casa.
Portanto, cada casa tem uma zona de trabalho (1º nível), uma zona de consciência pura e de
aprofundamento (2º nível), e uma zona de adoração (3º nível).
Num planeta de 4ª dimensão a gravidade está controlada. Qualquer ser tem uma placa com
cadeiras que se desloca no espaço a velocidades variáveis e que pode levar várias pessoas.
Essa placa não usa uma alimentação própria; a liga de materiais que compõem este veículo
contém uma fórmula que repele a gravidade planetária. Pela própria constituição molecular,
o veículo mantém-se sempre a uma certa distância do chão. Está estabilizado através do
controlo da gravidade e é usado como um tapete voador na descoberta da intenção do
Logos.
Não existe uma agricultura. Findorn é um microscópio desta nossa Terra que vai ser um
planeta de 4ª dimensão; será o futuro da Terra...
Seria bom que não olhássemos para isto como um processo de escape, de fuga e de
alienação em relação à nossa 3ª dimensão porque, então, estas informações tornam-se um
ópio. Isto é uma coisa normal, planetas de 4ª dimensão é uma banalidade no universo. Isto
faz parte da grande escala galáctica. Não é preciso que fiquemos num nível encantatório ou
de indiferença; precisamos de amar estas informações, ver a nova Terra como se fosse um
bebé, como um feto em forma de planeta tentando nascer através das tuas dores, do teu
sofrimento construtivo.
Como ainda existem com base em configurações de carbono, de matéria que responde
excessivamente à força de gravidade, a tarefa destes planetas superiores, em termos de
penetração no futuro infinito, é descobrir como poderão activar, em tudo, a informação/luz
cristalina.
Eles não sabem o que é uma guerra há muitos milhares de anos.
E não existe diferença entre as disciplinas que aprofundam – não há matemática e poesia,
metafísica e ciência; tudo faz parte da mesma filiação à verdade.
Estes, são planetas de grandes exploradores da realidade; a verdade é conferida ao minuto
pela evidência da permanência, de uma doçura no ar, de uma harmonia inexplicável. Eles
têm o instinto da harmonia contínua; já não vivem um processo de harmonia através do
conflito como na nossa dimensão. O 4º Raio não existe num planeta de 4ª dimensão; o nível
da questão assenta em outro horizonte de 4º Raio: como embelezar a beleza, como
aperfeiçoar a perfeição.
Eles trabalham a verdade ao minuto. A questão da luz imaterial do ser interno tem a ver com
a formatação da consciência que está presa ao nosso sistema nervoso, esta consciência que
tem que perceber se é verdadeiro ou falso. Isto é o nosso problema, não o deles. Neles, o
processo é muito mais rápido porque vivem no plano intuitivo. Como a mente já passou para
o nível inconsciente, eles são completamente racionais, totalmente intelectuais,
enciclopédicos e lógicos. E, dado que estas nobres funções da mente passaram para o
inconsciente, não são focalizadas. Se, acaso, ocorre um momento de derrapagem a esse
nível, a informação surge imediatamente, já não de cima, mas de baixo, e o mental dá uma
ajuda.
Nestes planetas, a mente – que para nós é o palco – já é a cave!
Eles vivem no plano intuitivo, o nível do ser que honra tudo o que acontece.
Esta é, também, a zona onde somos bombardeados de luz, a luz que dissipa qualquer
confusão mental que possa surgir; uma luz de instrução, que ocorre quando tu sabes que é
por ali e não há discussão nenhuma dentro de ti. Nós temos um íman encarregado de nos
orientar. E «orientar» significa virar para a luz, ligar à luz.
Tu tens direito a ser orientado! Há uma lei que diz: «Todo o ser humano tem direito
inalienável à sua instrução superior, assim ele se saiba abrir para ela. Os que estão acima
têm o dever, o darma, de servir, de instruir, de transmitir aos que estão em baixo”.
Nestes planetas mais altos cumprem-se duas leis: uma delas diz: «Cristalifiquem o vosso
planeta». Neste sentido, eles têm de começar a despertar, na matéria, princípios de
organização idênticos ao cristal... enquanto nós temos pedacinhos, fragmentos ou manchas
de cristal no reino mineral (embora haja os cristais de quartzo transparentes que foram
encontrados recentemente no México e têm o tamanho de um prédio de cinco andares)!
O cristal de quartzo ocorre quando um grau de vibração crística se exprime através do reino
mineral; quando é expressão do Pai, tu tens a radioactividade, quando é o Filho, tens
estruturas cristalinas.
Quando um planeta é elevado para um certo limiar de vibração, todo ele entra em
celebração. Então, a civilização passa a viver em adoração permanente porque vai sair do
tempo definitivamente, vai libertar-se de tipos de matéria associados à gravidade.
Se é assim no plano da matéria, imaginem o que ocorre no plano da consciência!
O 2º aspecto do Criador – o Cristo Cósmico – desce integralmente na matéria que compõe o
planeta, pelo que as moléculas são organizadas segundo princípios simétricos que não
impedem a passagem da luz – como num cristal. À medida que o Cristo desce e começa a
organizar a matéria, as serras, os vales, as montanhas, as árvores, os corpos físicos, etc.,
começam a ficar translúcidos. São códigos do Filho que descem totalmente na substância
receptora. No entanto, isto ocorre em graus porque a substância exprime qualidades
oriundas da Mãe e do Filho. Todavia, quando um planeta de 4ª dimensão salta para a 5ª
dimensão, perde a organização da massa, perde história e, com isto, toda a substância se
torna cristalina.
Na nossa pineal temos um acumulador de partículas de quartzo. Trata-se de um ponto onde,
sempre que se bebe água mineral, a sílica se começa a acumular, ou seja, começamos a
formar um cristal dentro de nós. Quando os Irmãos insistem em que bebamos água mineral
e não da torneira, isso tem a ver que Eles estão a procurar aumentar o índice de
microcristais no sangue e muito especialmente na pineal no centro do córtex.
Esse cristal que se vai formando, a partir dum certo momento, começa a descodificar o
alfabeto vivo, as línguas de fogo, os desenhos do Pai que têm a memória do Adão primordial.
Ocorrem, porém, muitos hiatos na informação. Ao se acender uma luz aqui e outra ali, ficam
sete por acender. Estas são as luzes que vamos ter de acender por nós mesmos, senão
caímos numa doutrina completa e acabada. Se tudo for dito, de A a Z, deixamos de
estimular a nossa capacidade de auto-revelação.
Assim, tudo o que não está a ser dito é o trabalho de casa.
Este material está a ser exposto sem complexidade para deixar a coisa leve, livre; que cada
um resolva o resto por si, para não cairmos noutra doutrina. Convém que ponhamos a
turbina de auto-revelação em movimento com o mínimo de paternalismo. É um tipo de
respeito que os Irmãos têm por ti: estimulam certas ligações neurónicas no teu cérebro mas,
depois, és tu que tens de ir encontrando a forma de preencher o que aparentemente não
sabes.
Quando estes planetas passam para a 5ª dimensão toda a substância é sagrada. Quando se
fala de estruturas geográficas todas em cristal significa que o Filho - o aspecto ‘consciência
cósmica’ - irrompeu totalmente no seio do suporte sustentado – aspecto Mãe (isto é o
cristal). Depois, quando o planeta passa para a 6ª dimensão há uma explosão radioactiva,
entra mesmo no termo nuclear, e então sim, passa para os reinos de fogo.
Uma estrela de fogo é um ser que traz uma memória muito forte de planetas, de civilizações,
de nutrições superiores, de relacionamento e de cura superiores. Ele já não compreende bem
as terapias alternativas quanto mais a alopatia.
Um ser Estrela Semente traz com ele vibrações de planetas e de mundos que já viveram
uma intercepção entre o campo vibratório planetário e o campo estelar, ou seja, os cinco
reinos desse planeta: o mineral, o vegetal, o animal (não falaremos de pássaros de 13
metros de envergadura, azuis, que servem de meio de transporte), o reino humano, o
dévico, o angélico e o reino dos Mestres. Tudo está dentro do propósito do Logos e eles
sabem, para além de qualquer dúvida, que não são daqui, que não têm nada a ver com esta
civilização. Estes seres Estrela Semente sentem que não conseguem interagir em
continuidade com a nossa civilização; ao mesmo tempo, há uma memória constante de um
futuro/eternidade onde existem civilizações superiores possíveis, reais. Eles não têm nenhum
processo de expansão de consciência a fazer quando enfrentam a questão da ajuda
extraterrestre à Terra; para eles, isso está resolvido à partida.
Não é trabalho seu deixar de comer irmãos menores porque, simplesmente, são
vegetarianos. Uma série de coisas que, para o homem, são conquistas vibratórias, já estão
feitas neles. Estes serem trazem consigo um imenso amor, uma imensa capacidade de união
e vocação de serviço; quando não estão em serviço sentem-se profundamente desvitalizados
e quando são obrigados a viver vidas pessoais sentem-se estupidificados porque da região
donde vêm isso é pré-histórico. A ideia de propriedade privada é-lhes agressiva; até a luz do
Sol lhes é agressiva. Cansam-se com o Sol, com os automóveis, com pequenas discussões.
Porém, os jovens que vemos desenquadrados da sociedade não são necessariamente
Estrelas Semente.
Temos dois tipos de jovens. Temos o jovem que conseguiu romper a barreira do: “vamos
evitar que mais entidades negativas encarnem enquanto lavamos o nosso planeta”; mas
como as pessoas usam a energia sexual como quem faz palavras cruzadas, as portas abrem-
se. O acto sexual é um acto interdimensional fortíssimo. É claro que todos os actos do nosso
quotidiano são interdimensionais, mas quando chegamos ao sexual, estamos a lidar com
forças. Então, abrem-se portas. Se esta energia é usada como uma forma de alegrar o dia,
os “outros”, que estão desejosos de entrar nesta dimensão, vêm por aí abaixo. É assim que
vamos ficando com uma humanidade de baixa vibração.
Temos muitos jovens que não deviam estar cá, pois não correspondem ao projecto em
curso. Vêm de zonas de estacionamento de almas cuja síntese de vida não corresponde à
nossa civilização. Ou, então, estão profundamente atrasados em relação à nossa civilização.
São almas que estavam em bancos vibratórios para nascerem noutros planetas que não
este. Mas a Humanidade é responsável pelo que faz e pelo que traz à Terra. Portanto, se
estamos alegrando o dia através da actividade sexual, vêm almas que não têm nada a ver
com a nossa civilização. Todavia, eu não posso criar uma espécie de xenofobia cósmica. Se o
indivíduo que vive a assaltar as pessoas está ali, ele passa a ser um problema da nossa
dimensão e eu não posso limitar-me a decidir que vá para o planeta dele fazer a confusão.
Ao invés, tenho de fazer três vezes mais trabalho vibratório, tenho que amar três vezes
mais, tenho que vibrar três vezes mais alto para compensar os jovens que estão nestas
condições... e que são a maioria.
Há, porém, um grupo de jovens intermédio de imensa qualidade. Não são Estrelas Semente,
mas simplesmente ninguém lhes apresentou um projecto de civilização de construção do
homem à altura do seu idealismo cósmico. São seres que vêm de vidas onde conviveram
com o ambiente essénio e rosacruciano, com o ambiente maçónico de qualidade, com o dos
índios norte-americanos. Têm ligações profundas com as civilizações pré-colombianas não
violentas – nomeadamente os Maias; chegam com ligações fortíssimas a civilizações e
culturas tradicionais onde é a busca do divino que coordena a civilização.
Há 30% de jovens que procura uma proposta de planeta, que tenta encontrar, hoje, os
ambientes de não violência, de amor, de união, de construção em comunidade que eles
conheceram nos essénios, nos nazarenos, no lamaísmo, nos ambientes da Índia nos últimos
cinco séculos. Estes seres vêm com um profundo idealismo mas não o conseguem articular
com um pai que diz: ”tens cinco profissões à escolha”, todas elas desactualizadas, profissões
que o planeta produz milhares por dia, e nem assim melhora a sua condição.
Nós precisamos de produzir um tipo de ser que não estamos a ser capazes de criar. Este
jovem que vem de tendências espirituais na Terra, chega aqui e não se identifica com nada.
E como são seres muito fortes internamente, o primeiro sinal que mostram é a revolta,
talvez uma revolta niilista, sem sentido.
Talvez ele pertença à Era do Bronze e obrigam-no a estar aqui, num planeta em que ele já
não pode andar a abrir cabeças com um machado. Se assim for, ele tem que ir para uma
época em que há uma série de guerras bárbaras, primárias, onde poderá exprimir a sua
agressividade. Como não pode fazer isso aqui, manifesta uma revolta constante, como se
tem visto.
Esta é a revolta niilista, mas também temos a revolta com substância. Assim, o trabalho do
educador contemporâneo é tentar perceber que tipo de revolta é que tem pela frente: se
niilista, se revolta com substância. Se é uma revolta com substância, o que este jovem está
a dizer é: “parem de tentar ensinar-me porque foram vocês que puseram o planeta no
estado em que está! Não me venham ensinar a fazer o que vocês têm feito”. Este ser pede
um outro tipo de civilização e é por isso que, no Alentejo, já há três comunidades espirituais.