Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
falácias
Filosofia 10º ano
2 Por analogia
3 De autoridade
• Argumentos indutivos:
• Num argumento indutivo por generalização, extraímos uma
conclusão geral (que inclui casos de que não tivemos
experiência), a partir de um conjunto de premissas
referentes a alguns casos de que já tivemos experiência.
• Num argumento indutivo por previsão, baseamo-nos num
conjunto de premissas referentes a alguns acontecimentos
observados no passado para inferir uma conclusão acerca
de um acontecimento futuro.
Critérios de avaliação:
1 O número de casos observados tem de ser relevante e não
se encontrarem contraexemplos, depois de ativamente
procurados.
• violação do critério 1: Falácia da generalização
precipitada.
• Por exemplo: “Conheci três brasileiros e estes são antipáticos.
Logo, todos os brasileiros são antipáticos”.
2 Os casos observados têm de representar adequadamente o
universo em causa.
• violação do critério 2: Falácia da amostra não
representativa.
• Por exemplo: “As pessoas que frequentam as igrejas
portuguesas rejeitam a eutanásia. Logo, todos os portugueses
rejeitam a eutanásia”.
Critérios de avaliação:
3 Não pode haver informação de fundo que ponha em causa
a validade do argumento.
• Por exemplo: O sol até agora brilhou sempre. Logo, o sol irá
brilhar para sempre.
• Neste caso a pessoa que utiliza este argumento está a
desconsiderar o conhecimento de fundo da astronomia
de que todas as estrelas nascem e morrem.
Critérios de avaliação:
1 As semelhanças têm de ser relevantes com respeito à
conclusão.
• violação do critério 1: Falácia da falsa analogia.
• Exemplo: “O livro X é um excelente livro. Além disso, o livro Y tem uma
capa da mesma cor, tem o mesmo número de páginas, e é também
feito do mesmo papel do que o livro X. Logo, Y é um excelente livro”.
2 É preciso que o número de semelhanças relevantes com
respeito à conclusão seja suficiente.
• violação do critério 2: Falácia da falsa analogia.
• Por exemplo: “O livro X é um excelente livro. O livro Y é do mesmo
autor do que o livro X. Logo, Y é um excelente livro”.
3 É preciso que não existam diferenças relevantes com
respeito à conclusão.
• violação do critério 3: Falácia da falsa analogia.
• Por exemplo: “As mulheres têm útero. Ora, os homens são como as
mulheres. Logo, os homens têm útero”.
Professor Domingos Faria:
Lógica informal e principais falácias 14/53
Argumentos por analogia
Argumentos de autoridade
Critérios de avaliação:
1 Deve-se indicar o nome da autoridade e a fonte
(documento, texto, filme, etc.) em que tal autoridade
manifestou essa ideia.
• violação do critério 1: Falácia do apelo ilegítimo à
autoridade (autoridade anónima).
• Por exemplo: Não basta referir que um cientista, um professor de uma
universidade ou um estudo, sem indicar os nomes, afirmaram algo
para que isso seja aceitável. Mesmo quem atribui a Einstein a ideia de
tudo é relativo tem de indicar onde ele defendeu tal coisa.
2 A autoridade invocada tem de ser realmente uma
autoridade na área.
• violação do critério 2: Falácia do apelo ilegítimo à
autoridade (autoridade não reconhecida).
• Por exemplo: Invocar Einstein para defender ideias sobre economia
seria falacioso, dado não ser conhecido como economista.
Critérios de avaliação:
3 O que é afirmado deve ser largamente consensual entre as
autoridades da área.
• violação do critério 3: Falácia do apelo ilegítimo à
autoridade (ausência de consenso).
• Por exemplo: A ideia defendida por Platão de que só as sociedades
governadas por filósofos são justas está longe de ser consensual entre
os filósofos.
• Em suma:
• depois de garantir que a autoridade realmente afirmou o
que está em causa e que é realmente uma autoridade na
área, é preciso garantir que o facto de ela afirmar tal coisa
torna mais provável que isso seja verdadeiro.
Atividades
Questões de revisão:
• O que é um argumento não-dedutivo forte ou válido?
• Um argumento em que, se as premissas forem verdadeiras,
é provável que a conclusão também seja verdadeira.
• Quando é que uma amostra é satisfatória para servir de
base a uma generalização?
• Quando a amostra é representativa, não é demasiado
pequena e está bem estudada.
• Pode alguma vez ser razoável defendermos que uma
proposição é verdadeira com base no facto de haver
alguém que afirma que essa proposição é verdadeira? Se
sim, em que condições?
• Sim, se a pessoa for uma autoridade reconhecida no
assunto. . .
Atividades
Atividades
Questões de debate:
• Nas previsões indutivas, será razoável supor que o futuro
irá ser como o passado?
• Num congresso de filósofos, é aceitável que um filósofo use
as opiniões de outro filósofo (do presente ou do passado)
como autoridade?
Atividades
Considere-se o seguinte vídeo:
• https://drive.google.com/file/d/
1HPpJEhT4rLL9k9t3nh4NUtJzt7Gxgie_/view?usp=
sharing
Tarefas:
• Identifique qual o tipo de argumento presente em cada
cena.
• Qual dos argumento apresentado lhe parece ser mais fraco?
Justifique.
• Qual dos argumentos apresentados lhe parece mais forte?
Justifique.
Falácias informais
• Formulação alternativa:
1 Não se sabe (desconhece-se, ignora-se, não se provou,
demonstrou, etc.) que é falso que P.
2 Logo, é verdadeiro que P.
• Falácia conhecida pelo seu nome latino post hoc ergo propter
hoc (depois disso, logo causado por isso).
• É um erro indutivo que consiste em concluir que há uma
relação de causa-efeito entre dois acontecimentos que
ocorrem sempre em simultâneo ou um imediatamente
após o outro.
• Um exemplo:
Outro exemplo:
1 Sempre que viaja de avião o Carlos reza e este não cai.
2 Logo, o avião não cai por causa da reza do Carlos.
Neste caso o facto de dois acontecimentos ocorrerem sempre
juntos pode ser meramente acidental, sem que um seja causado
pelo outro.
Por exemplo:
1 Se passamos muito tempo a jogar no computador,
tornamo-nos pessoas frias.
2 Se nos tornamos pessoas frias, acabamos por desprezar os
outros.
3 Se desprezamos os outros, acabamos por odiá-los.
4 Se odiamos os outros, tornamo-nos assassinos.
5 Logo, se passamos muito tempo a jogar no computador,
tornamo-nos assassinos.
Um outro exemplo:
1 Os defensores dos direitos dos animais sustentam que é
tão errado matar um animal como matar um humano.
2 Mas isso é obviamente falso.
3 Logo, os defensores dos direitos dos animais estão errados
(ou seja, os animais não têm direitos).
Na premissa (1) distorce-se ou faz-se um espantalho da posição
sustentada pelos defensores típicos dos direitos dos animais
para atacá-la mais facilmente. O problema é que deste modo
critica-se uma mera caricatura da posição em consideração.
Outros exemplos:
• “O Carlos é um jovem mimado, pelo que a sua opinião sobre
qual o melhor dia para realizar a festa de finalistas é errada”.
• “Claro que vindo de quem vem não é surpreendente que
defenda tal coisa”.
Exercícios
Dúvidas:
• domingos.faria@colegiopedroarrupe.pt