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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia

Programa de Graduação de Engenharia Mecânica

Tubulações Industriais
Sistema contra incêndio em auditório

José César Martins de Oliveira – 11/0157150

Kevin Araújo de Almeida – 11/0126521

Patrick Duarte Ferraz – 11/0055942

Rômulo de Souza Martins – 11/0151976

Brasília, 06 de maio de 2018.


Sumário

1. Introdução.................................................................................................................5
1.1. Descrição do problema.......................................................................................5
1.2. Normas que tratam o problema...........................................................................6
1.3. Parâmetros de projeto.........................................................................................6
1.4. Projeto conceitual e Arranjo da tubulação..........................................................9

2
Figura 1 - Ilustração do problema.....................................................................................5
Figura 2 - Anfiteatro 8.......................................................................................................7
Figura 3 - Entrada do Anfiteatro.......................................................................................7
Figura 4. Planta baixa do anfiteatro 8................................................................................8
Figura 5. (a) Processo de determinação dos locais dos sprinklers; (b) Layout escolhido
para a tubulação...............................................................................................................12
Figura 6. (a) Primeira opção; (b) Segunda opção............................................................12

3
Tabela 1. Propriedades do fluido retardante LGE Sintex AFFF 1%.................................9
Tabela 2. Parâmetros básicos de classificação segundo a norma....................................10
Tabela 3. Área de cobertura e distância máxima entre chuveiros automáticos (Fonte:
NBR 10897:2014)...........................................................................................................10
Tabela 4. Matriz de decisão para o sistema a ser utilizado.............................................11
Tabela 5. Matriz de decisão para o arranjo a ser utilizado..............................................11
Tabela 6. Matriz de decisão para o arranjo da tubulação de acordo com o teto..............12
Tabela 7. Pressão e vazão mínimas exigidas (Fonte: NBR 10897:2014)........................13

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1. Introdução
De acordo com a norma NBR ABNT 10897:2008 um sistema de chuveiros automáticos
para proteção contra incêndio consiste em um sistema integrado de tubulações aéreas e
subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento de água. A parte do
sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste em uma rede de tubulações
dimensionada por tabelas ou por cálculo hidráulico, instalada em edifícios, estruturas ou
áreas, normalmente junto ao teto, à qual são conectados chuveiros automáticos seguindo
um padrão regular.

A válvula que controla cada coluna de alimentação de um sistema de chuveiros


automáticos deve conter um dispositivo de acionamento de alarme. O sistema é
normalmente ativado pelo calor do fogo e descarrega água sobre a área de incêndio.

A partir destas definições, faz-se a primeira abordagem do problema descrito na


subseção seguinte.

1.1. Descrição do problema


O presente trabalho apresenta o projeto e estimativa de custo de um sistema para
extinção de incêndio em um auditório do Instituto Central de Ciências, na Universidade
de Brasília, através do uso de chuveiros automáticos (sprinklers).

O projeto consiste em um sistema com armazenamento de água e aditivo retardante para


combate à incêndios. A partir deste reservatório faz-se o sistema de tubulações com
saída por chuveiros automáticos com elementos termo-sensíveis. A Figura 1 apresenta a
ilustração da solução do problema:

Figura 1 - Ilustração do problema.

5
1.2. Normas que tratam o problema
Diversas normas apresentam informações para o problema. As principais a serem
usadas são:

 ABNT NBR 10897:2014 – Sistemas de proteção contra incêndios por chuveiros


automáticos - Requisitos;
 NFPA (National Fire Protection Association) 13 – Standard for the Installation
of Sprinkler Systems;
 ABNT NBR 5590:2002 – Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal,
pretos ou galvanizados;
 ABNT NBR 5580:2002 – Tubos de aço carbono para usos comuns na condução
de fluidos – Requisitos de ensaio;
 ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão;
 ABNT NBR 15511:2008 – Líquido gerador de espuma (LGE), de baixa
expansão, para combate a incêndios em combustíveis líquidos;
 ABNT NBR 6135:1992 – Chuveiros automáticos para extinção de incêndio -
Especificação;

1.3. Parâmetros de projeto


Para o projeto foram designadas as seguintes diretrizes:

 Uso de reservatório fechado;


 Saída do sistema em chuveiros automáticos (sprinklers);
 Fluído: água com fluido retardante;
 Estimar as diferenças de altura;
 Seguir norma para comprimento mínimo de tubulação;
 Mínimo de seis conectores;
 Uma bomba/compressor;
 Um filtro;
 Quatro válvulas, sendo uma delas de segurança;
 Uso de instrumentos de verificação de pressão ao longo do sistema;

Tendo estes pontos definidos, selecionou-se um anfiteatro do Instituto de Ciências


Centrais (UnB) para estudo das restrições geométricas. O anfiteatro escolhido foi o de
número 8. Algumas imagens do interior estão representadas nas
e Figura 3. A partir dos desenhos da planta foram obtidas as medidas do anfiteatro, que
são apresentadas na Figura 4.

6
Figura 2 - Anfiteatro 8.

Figura 3 - Entrada do Anfiteatro.

7
Figura 4. Planta baixa do anfiteatro 8.

Pelas imagens nota-se que uma parte do anfiteatro apresenta um forro desmontável,
ilustrado na Figura 3. Este forro foi considerado não combustível.

1.3.1. Fluido retardante

Baseado na instrução técnica Nº 23/2018 - Sistemas de chuveiros automáticos, do


Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, combinado com a ABNT NBR 15511 foi
selecionado o fluido Líquido Gerador de Espuma (LGE) como aditivo retardante para
mistura com a água.

O Sintex AFFF 1% é um Líquido Gerador de Espuma (LGE) não tóxico e


biodegradável, composto de tensoativos fluorados, hidrocarbonos e solventes. Este
líquido é uma espécie de espuma formadora de filme aquoso completamente sintética,
desenvolvida para prevenir e extinguir incêndios de classe B envolvendo derivados de
petróleo (gasolina, querosene, óleo diesel, toluol, xilol, etc.). Suas excelentes
características de umectação também o fazem útil no combate a incêndios de classe A
(madeira, papel, algodão, tecidos, plásticos, etc.). Além disso, os líquidos geradores de
espuma Sintex AFFF 1% são totalmente compatíveis com o pó químico seco, podendo
ser utilizados em conjunto, aumentando assim a capacidade extintora. O LGE Sintex
AFFF 1% deve ser misturado com água doce ou do mar na proporção de 1% de LGE
para 99% de água, para o combate a incêndio em hidrocarbonetos classe HC. Em função
da baixa energia requerida para a formação de espuma, o LGE Sintex AFFF 1% pode
ser usado em equipamentos com ou sem aspiração de ar. A tabela 1 ilustra as
características do fluido resultado da mistura água e fluido retardante:

8
Propriedades a 25º
Aparência Líquido transparente
Massa específica (g/ml) 1,03
 Toxicidade aguda - Oral – Categoria 5
 Corrosão/irritação à pele – Categoria 3
 Lesões oculares graves/irritação ocular –
Toxidade
Categoria 2B
 Toxicidade para órgãos-alvo específicos –
Exposição única –Categoria 3
Butil carbitol: CL50 ( peixe) Menidia beryllina 2000
ppm/96 h (bioensaio estático, utilizando água do mar);
Eco toxidade CL50 peixe dourado 2700 mg/l/24 h; CL50 (peixe)
Lepomis macrochirus 1300 ppm/96 h (bioensaio estático
em água doce).
pH 7,5- 8,5
Viscosidade (cP) 5 a 10
Temperatura de
2°C
armazenamento mínima
Temperatura de
49°C
armazenamento máxima
Tabela 1. Propriedades do fluido retardante LGE Sintex AFFF 1%.

1.4. Projeto conceitual e Arranjo da tubulação


Esta etapa contém os parâmetros adicionais adotados e fundamentados nas normas
brasileiras para o desenvolvimento do arranjo da tubulação, a escolha do tipo de
reservatório, a bomba e os tipos de conexões e válvulas a serem utilizadas no sistema.

1.4.1. Classificação quanto à ocupação

No projeto de um sistema de combate a incêndios por meio de chuveiros automáticos


(sprinklers) o primeiro passo a ser dado consiste na análise da arquitetura do local de
instalação e na aferição dos riscos aos quais o ambiente estará sujeito. Segundo a NBR
10897:2014, os riscos das ocupações podem ser definidos como:

 Ocupação de risco leve;


 Ocupação de risco ordinário;
 Ocupação de risco extra ou extraordinário.
Por se tratar de um auditório simples, sem equipamentos ou materiais combustíveis, e
com uma taxa de liberação de calor baixa, a classificação do ambiente segundo a norma
é a de ocupação de risco leve. Outros parâmetros básicos também definidos com base
na norma estão ilustrados na tabela 2 abaixo.

9
Sistema de chuveiros automáticos
Risco da ocupação Leve
Identificação da tubulação Vermelha
Classificação de Intermediária
temperatura
Área de alimentação 4800 m²
máxima
Velocidade de resposta Rápida
Tabela 2. Parâmetros básicos de classificação segundo a norma.

1.4.2. Área de cobertura e espaçamento máximos

Em seguida é necessário definir a área máxima de cobertura por cada chuveiro


automático, o espaçamento máximo entre eles e a forma de cálculo a ser utilizada. A
tabela 9 da norma NBR 10897:2014 define valores para os parâmetros a serem adotados
em função da ocupação e da arquitetura do local de instalação. Esses valores estão
explicitados na tabela 3 abaixo.

Área da
Distância máxima entre os
Método de cobertura
Tipo de teto chuveiros automáticos (m)
cálculo (m²)
Ocupação leve
Calculado por
Não 18,6
tabela
combustível e 4,6
não obstruído Cálculo
20,9
hidráulico
Tabela 3. Área de cobertura e distância máxima entre chuveiros automáticos (Fonte: NBR 10897:2014).

Como a área a ser atendida pelo sistema é uma área pequena (menor do que 465m 2) e a
ocupação também não apresenta grandes riscos, é permitido pela norma a utilização do
método de cálculo por tabela, não sendo necessária a realização de todo o cálculo
hidráulico da tubulação e diminuindo assim o tempo e custo do projeto. Portanto, a
partir dos parâmetros previamente definidos, tem-se que a área máxima de cobertura
por sprinkler consiste em 18,6 m2 e o distanciamento máximo 4,6 m. Vale ressaltar
que a distância entre o teto e o defletor dos chuveiros automáticos, sob teto sem
obstruções, deve ser no mínimo 25 milímetros e no máximo 300 milímetros. Para
regiões de cobertura para forros, o elemento de operação pode ficar acima do forro e o
defletor pode ficar a menos de 25 milímetros do forro.

1.4.3. Tipo de sistema

O último passo antes do projeto efetivo do layout do sistema é a classificação do tipo de


sistema a ser utilizado. Novamente a NBR 10897:2014 apresenta as diferentes
classificações:

 Sistema dilúvio;

10
 Sistema de ação prévia;
 Sistema de tubo molhado.
Para decisão do sistema a ser utilizado, foram definidos dois critérios principais a serem
atendidos no projeto, complexidade/custo e segurança oferecida. Foram atribuídas notas
de 1 a 5 aos sistemas, com base na sua adequação aos objetivos. Os resultados foram
organizados numa matriz de decisão, apresentada na tabela 4, e o tipo mais adequado
para a aplicação foi selecionado com base na nota final mais alta.

Tipo de sistema Complexidade/Custo Segurança Total


Sistema dilúvio 2 5 7
Sistema de ação
3 5 8
prévia
Sistema de tubo
5 5 10
molhado
Tabela 4. Matriz de decisão para o sistema a ser utilizado.

Devido a simplicidade do local de instalação, o risco de ocupação leve e com o objetivo


de se obter um resultado final de menor custo e complexidade de instalação, o sistema
adotado será o de tubo molhado, no qual a tubulação é permanentemente preenchida
com água, conectada a uma fonte de abastecimento de maneira que o fluido seja
descarregado imediatamente após a abertura dos chuveiros pelo calor de um incêndio. A
forma do arranjo segundo a mesma norma pode se dar das seguintes formas:

 Sistema tipo grelha;


 Sistema tipo anel fechado.

Foi aplicada a mesma metodologia de decisão descrita anteriormente, sob os mesmos


critérios. Os resultados estão apresentados na Figura 5.

Complexidade/Cust
Tipo de sistema Segurança Total
o
Sistema tipo
5 5 8
grelha
Sistema tipo anel
4 5 10
fechado
Tabela 5. Matriz de decisão para o arranjo a ser utilizado.

Foram feitas algumas tentativas de elaborar um arranjo da tubulação para os dois tipos
de sistema e verificou-se que o sistema tipo grelha se adaptou melhor ao espaço
disponível, tornando o projeto e a montagem mais simples e baratos. Portanto de acordo
com a tabela acima o sistema escolhido é o de grelha.

1.4.4. Arranjo da tubulação

De posse de todas essas informações é possível finalmente projetar um layout para a


tubulação do sistema. Para a análise da disposição dos sprinklers verticais e pendentes
do teto, foi considerada uma área quadrada, conforme determina a NBR 10897:2014 e,

11
para maximizar a segurança e favorecer o arranjo da tubulação foi considerada uma área
de cobertura de 16 m2 e espaçamento máximo de 4 m, ambos valores menores e mais
seguros do que o mínimo recomendado pela norma. Com isso foi feito um desenho
utilizando o software AutoCAD 2015 para a representar a área coberta por cada
sprinkler, de modo que toda a superfície do auditório fosse coberta. O processo de
criação desta etapa está ilustrado na figura 5 (a), à esquerda, enquanto que a figura 5 (b),
à direita, apresenta o resultado final.

Figura 5. (a) Processo de determinação dos locais dos sprinklers; (b) Layout escolhido para a tubulação.

Como o anfiteatro 8 não apresenta uma cobertura regular, é necessário analisar duas
possibilidades de arranjo da tubulação segundo a inclinação e construção do teto. Na
primeira, a tubulação acompanha o teto original até o encontro com o forro, sendo então
orientada paralelamente e por cima deste, com apenas um pequeno espaçamento,
sustentada por suportes fixos, verticais e presos ao concreto do teto. Na segunda, a
tubulação acompanha o teto original do auditório, sendo fixada diretamente no concreto
e com sub-ramais de alimentação carregando o fluido até abaixo da cobertura
horizontal. Novamente as duas alternativas foram analisadas através de uma matriz de
decisão com base nos mesmos parâmetros previamente estabelecidos. A matriz está
exposta na Tabela 6 e as duas configurações possíveis estão ilustradas na Figura 6 (a) e
(b) abaixo.

Figura 6. (a) Primeira opção; (b) Segunda opção.

12
Alternativa Complexidade/Custo Segurança Total
(a) 5 5 10
(b) 4 5 9
Tabela 6. Matriz de decisão para o arranjo da tubulação de acordo com o teto.

Observa-se através das notas na tabela acima que as duas soluções possuem vantagens e
desvantagens consideráveis, tornando difícil escolher uma. Entretanto a simplicidade na
instalação e manutenção, por estar localizada logo acima do forro, fizeram o primeiro
arranjo ser o escolhido para o projeto.

1.4.5. Abastecimento

Definida a configuração básica da tubulação é possível então analisar as opções para os


modos de abastecimento. De acordo com o anexo B da NBR 10897:2014 as possíveis
alternativas para os reservatórios em sistemas de chuveiros automáticos são:

 Reservatório elevado;
 Reservatório com fundo elevado ou ao nível do solo, com uma ou mais bombas
de incêndio;
 Tanques de pressão.

Devido aos aspectos construtivos do prédio do Instituto Central de Ciências, há uma


restrição de espaço para se utilizar um reservatório elevado, solução que reduziria a
complexidade e custo do projeto. Portanto será utilizado um reservatório ao nível do
solo, que estará situado do lado de fora do prédio, com uma bomba para garantir o
funcionamento do sistema. Outro aspecto importante do abastecimento consiste na
necessidade de um tanque extra para armazenamento do fluido retardante, que só
irá se misturar a água no caso da ativação do sistema, por meio de um incêndio. A
tabela 17 da norma NBR 10897:2014 define valores para a pressão e vazão mínimas
exigidas em sistemas de chuveiros automáticos. A Tabela 7 abaixo indica esses valores.

Vazão na base da
coluna principal
Pressão residual do sistema
Duração
Tipo de ocupação mínima exigida (incluindo
min
(kPa) demanda de
hidrantes)
(L/min)
Risco leve 100 1900-2850 30-60
Tabela 7. Pressão e vazão mínimas exigidas (Fonte: NBR 10897:2014).

1.4.6. Conexões

13
A norma NBR 10897:2014 também determina padrões para as conexões a serem usadas
em sistemas de chuveiros automáticos. A escolha dos tipos de conexão a serem usados
dependem de fatores que ainda serão obtidos, como o diâmetro nominal da tubulação.
Porém os principais tipos permitidos pela norma são os seguintes:

 Acoplamento roscado;
 Acoplamento por encaixe;
 Solda em aço.

1.4.7. Válvulas

As válvulas são dispositivos instalados estrategicamente dentro do sistema de


distribuição de água, com a função de liberar, controlar e intervir no fluxo da água nas
canalizações. As modalidades mais aplicadas nas instalações hidráulicas de combate a
incêndio executam funções como: bloqueio, controle de fluxo, retenção ou controle
unidirecional, controle de pressão. Como exemplos de atuação das válvulas neste tipo
de sistema é possível citar uma válvula de retenção com controle automático que libera
a passagem da água para o sistema de chuveiros automáticos e para as canalizações, que
por sua vez alimentam o sistema de alarme acoplado, gerenciada por dispositivos de
detecção e/ou por sistema mecânico, elétrico, pneumático ou hidráulico. Para este
projeto serão utilizadas as seguintes válvulas.

 Válvula de governo e alarme: válvula de retenção para conexão com sistema de


alarme, cuja função essencial é dividir uma rede de chuveiros automáticos em
diferentes áreas de proteção. Colocada antes do início da distribuição da
tubulação para os chuveiros.
 Válvulas de gaveta: estabelecer ou interromper o fluxo, ou seja, só devem
trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas. Serão colocadas
na tubulação em conexão com o reservatório de água.
 Válvulas de retenção: permitem a passagem do fluido em apenas um sentido.
Devem ser colocadas em um tubo vertical. Serão utilizadas na conexão do fluido
retardante com a água.

1.4.8. Bombas

A bomba de incêndio é o principal componente do sistema de pressurização, o qual


aplicado ao sistema de chuveiros automáticos, desempenhará a função de manter a água
sempre pressurizada dentro da tubulação, favorecendo uma resposta rápida do sistema
quando assim for necessário. A bomba de incêndio irá realizar o bombeamento de água.
De acordo com normas técnicas, tal como a Norma técnica 22/2014 – Sistemas de
hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, a bomba deve funcionar
perfeitamente em um período de tempo estimado de 30 segundos, logo após a partida.
Para tal aplicação, a bomba utilizada deve ser escolhida entre a bomba elétrica ou de
combustão interna. Quando a edificação tiver uma carga de incêndio superior a 300
MJ/m² deve, obrigatoriamente, ter uma bomba elétrica e outra que seja com motor sem

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automatização. O sistema será composto por uma ou duas bombas principais, mais uma
bomba normalmente vertical denominada Jockey, também conhecido por bomba de
pressurização. Sua máxima vazão deve ser de 20 L/min. É extremamente importante
que as ambas as bombas (principais e Jockey) sejam iguais com base na medida sem
vazão, conhecida como Shut-off.

Assim como as conexões, as bombas são determinadas a partir de parâmetros que ainda
serão definidos no futuro, relacionados principalmente à vazão necessária e ao
abastecimento. Segundo o anexo B da NBR 10897:2014, as bombas podem ser elétricas
ou movidas a diesel, e dos seguintes tipos:

 Centrífuga horizontal de sucção frontal;


 Centrífuga horizontal de carcaça bipartida;
 Centrífuga e/ou turbina vertical.

1.4.9. Material da tubulação

Para selecionar o material da tubulação foram analisados três materiais: aço (com e sem
costura), cobre (sem costura) e CPVC (policloreto de vinila clorado). Fez-se mais uma
matriz de decisão para escolha do material mais adequado para cenário em questão. A
tabela 2 ilustra os parâmetros de escolha.

Material Aço Cobre CPVC


Custo 2 4 5
Corrosão 3 4 5
Resistência mecânica 5 3 2
Resistência a temperatura 5 4 3
Conexões 2 3 5
Total 17 18 20
Tabela 8. Matriz de decisão para o material da tubulação.

Embora não apresente a maior resistência à temperatura entre os materiais analisados, o


CPVC pode ser utilizado em tubulações de incêndio desde que seja devidamente testado
por instituições de renomada rigorosidade técnica. Portanto escolheu-se a tubulação em
CPVC da linha TigreFIRE para a confecção da tubulação, visto que este é um
fabricante com anos de mercado, cujos produtos foram aprovados em testes condizentes
com a norma NBR 10867.

15
2. Dimensionamento
Considerando todas as informações apresentadas na etapa anterior sobre materiais,
componentes e layout, foi feito o dimensionamento do sistema de acordo principalmente
com a NBR 10897:2014, mas também seguindo as recomendações do fabricante sobre o
produto utilizado. O manual do produto fornece diversas tabelas e cálculos embasados
nas normas técnicas, de forma a reunir as informações relevantes e auxiliar o projetista.
Este capítulo trata do dimensionamento das tubulações, posicionamento dos suportes e
acessórios, cálculo da perda de carga, seleção da bomba e análise da seção crítica.

2.1. Análise de esforços: diâmetro, tensões e flexibilidade


Os diâmetros da tubulação devem atender à tabela 20 da norma, que define os diâmetros
em função da quantidade de chuveiros por ramal. Como pode ser visto na Figura X, que
apresenta o arranjo do sistema, cada ramificação da tubulação em grelha atende no
máximo dois chuveiros, portanto o diâmetro nominal da tubulação a ser utilizada é de
25mm. É importante notar que a norma define os diâmetros apenas para tubulações de
aço e cobre, porém o fabricante apresenta uma tabela para se determinar a equivalência
do diâmetro em um tubo de CPVC, essas informações podem ser vistas na Tabela 9.

DN Norma DN Aço DN TigreFIRE DN Cobre


(mm) (pol) (pol) (mm)
20 - 3/4 22
25 1 1 28
32 1.1/4 1.1/4 35
40 1.1/2 1.1/2 42
50 2 2 54
65 2.1/2 2.1/2 66
80 3 3 79
90 3.1/2 - 104
100 4 - 104
Tabela 9. Diâmetros segundo à norma e diâmetros equivalentes para CPVC (Fonte: Tigre).

Como pode ser visto, o uso do tubo em CPVC não altera o diâmetro a ser utilizado,
então tubulação a ser utilizada é a de 1 polegada. Continuando o processo de cálculo
por tabelas inicialmente proposto, obtêm-se do fabricante informações acerca da
deflexão sofrida pela tubulação. A Tabela 10 contém informações sobre a deflexão e a
flecha máxima para a tubulação escolhida.

Comprimento da Deflexão máxima Flecha máxima


tubulação (cm) (cm) (cm)
60 2,5 0,8
150 16 4,1

16
210 21,2 7,9
305 63,5 16
366 91,4 22,9
457 143 35,8
518 183,6 46
Tabela 10

2.2. Posicionamento de suportes e acessórios


Tendo determinado o diâmetro e as deflexões máximas na etapa anterior o próximo
passo consiste em determinar o posicionamento dos suportes e acessórios. Novamente o
fabricante apresenta informações embasadas nas normas vigentes que facilitam e
simplificam o projeto. As tubulações verticais devem ser firmemente presas, sem
serem estranguladas, a cada 3m. dessa vez a respeito do espaçamento máximo entre
suportes para tubulações horizontais, que pode ser visto na Tabela 11.

Diâmetro Espaçamento
(pol) máximo (m)
1 1,8
Tabela 11

Quando em funcionamento, a tubulação tende a vibrar e até mesmo movimentar-se caso


não esteja devidamente apoiada. Como as conexões e bifurcações são pontos mais
críticos de tensões, devem ser considerados valores diferentes para os espaçamentos
após tês e joelhos, que podem ser vistos na Tabela 12.

Distância após tês (m) Distância após joelhos (m)


Diâmetr
o (pol) Pressão abaixo Pressão acima Pressão abaixo Pressão acima
de 69 m.c.a de 69 m.c.a de 69 m.c.a de 69 m.c.a
1 1,52 1,22 305 229
Tabela 12

A NBR 10897:2014 determina dimensões para os suportes tirantes e em U em função


do diâmetro nominal da tubulação. Essas informações estão dispostas na Tabela 13.

Diâmetro nominal Diâmetro do tirante Diâmetro do


(mm) do suporte (mm) suporte “U” (mm)
Até 100 9,5 -
Até 50 - 8,0
Tabela 13

POSICIONAMENTO DOS ACESSÓRIOS (VÁLVULAS, MEDIDORES DE


PRESSÃO – MANÔMETROS - ETC)

17
2.3. Cálculo de perda de carga e seleção de bombas
Para o cálculo da perda de carga ao longo da tubulação a NBR 10897:2014 determina
que deve ser utilizada a equação de Hazen Williams, que pode ser vista abaixo:

Qm1,85
J=605∙
( C 1,85
∙ dm 4,87 ) ∙ 105 (0)

Na Equação 1 apresentada, J é a perda de carga em kpa/m. Qm representa a vazão em


l/min definida na sessão 1.4.5. O fator de Hazen-Williams é representado por C e
depende do material a ser usado, para o CPVC o seu valor é de 150. Por final, dm
significa diâmetro interno em milímetros, que para a tubulação escolhida vale 28,3mm.
O valor calculado é J = 564,3 kpa/m.

SELEÇÃO DA BOMBA

2.4. Diagrama de corpo livre da seção crítica


NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DO QUE FAZER

18
3. Implementação
Após a determinação dos principais parâmetros do sistema na etapa de
dimensionamento o próximo passo consiste na determinação da implantação. Utilizando
a NBR 10897:2014 juntamente com as recomendações do fabricante foram reunidas
diversas informações sobre a instalação, montagem, pintura, utilização e manutenção,
que estão dispostas neste capítulo.

3.1. Montagem, instalação e pintura


Embora a norma não apresente maiores informações a respeito da montagem o
fabricante disponibiliza uma série de recomendações. Para o acoplamento de juntas
roscáveis, como nas derivações para conexão dos sprinklers deve-se utilizar 3 a 6 voltas
de fita veda rosca para garantir a estanqueidade do sistema. Para conexões soldadas em
CPVC deve-se utilizar o adesivo Aquatherm fornecido pelo mesmo fabricante e que
pode ser visto na Figura 7. Para a aplicação deve-se inicialmente testar o encaixe entre
as peças, que deve ser justo, quase impossível sem o adesivo. As superfícies do encaixe
devem ser limpas para que sejam removidas impurezas e gordura, só então deve ser
aplicado o líquido adesivo. Em seguida se promove uma rotação de ¼ de volta até que
as peças atinjam a posição definitiva.

Figura 7

Para executar juntas flangeadas deve-se primeiramente limpá-las e aplicar o adesivo na


ponta do tubo e na bolsa do flange. Em seguida deve-se introduzir o bocal do flange no
tubo até atingir o seu encosto. Coloca-se então a junta de vedação na posição – é
recomendada a utilização de uma junta de vedação tipo plana com espessura
aproximada de 3 mm em borracha. Por último deve-se alinhar os flanges e apertar os
parafusos de forma gradual. O torque recomendado para o aperto dos parafusos é de 34
N.m.

A ordem da montagem deve ser realizada da seguinte forma:

 Alocação de material, ferramentas e acessórios;


 Posicionamento dos tubos;

19
 Conexão de flanges;
 Pré-montagem/Soldagem;
 Inspeção visual;
 Testes de pressão na tubulação e válvulas;
 Operação de manobra em válvulas;
 Inclusão dos demais acessórios e equipamentos;
 Pintura

De acordo com a NBR 6493:1994, que determina a coloração das tubulações em função
da sua aplicação, o sistema deverá ser pintado de cor vermelha.

3.2. Utilização, estocagem e manutenção


LIMITES DE PRESSÃO, TEMPERATURA, CUIDADOS, ESTOCAGEM E
MANUTENÇÃO (MANUAL DA TIGRE)

20
4. Estimativa de custo e viabilidade

21

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