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____________________________________________________________FUNDAMENTOS DE ÓPTICA NÃO-

LINEAR_____________

CAPÍTULO II – FUNDAMENTOS DE ÓPTICA NÃO-LINEAR

2.1. INTRODUÇÃO

No passado, o Homem tentou criar novos materiais que mudasse a sua vida. No
século XXI concebe-se materiais cujo o comportamento já está previsto antes da própria
substância estar produzida. Estes materiais são produzidos não só para determinar as suas
propriedades física e química como também para possíveis aplicações tecnológicas.
Com o grande desenvolvimento verificado nas últimas décadas na área das
telecomunicações, cada vez mais pessoas têm acesso a uma grande quantidade de
informação que aumenta dia após dia. A tecnologia electrónica, mesmo estando em
constante evolução, não consegue dar resposta à crescente necessidade de armazenamento,
transmissão e processamento da informação que aumenta exponencialmente.
Gradualmente, a electrónica começa a perder campo para a fotónica.
A fotónica é uma ciência multidisciplinar que envolve áreas do conhecimento e
apresenta boas perspectivas de aplicação na área de transmissão e processamento de
informação. Tem a vantagem de possuir uma maior eficiência de resposta por ser mais
rápida e apresenta uma menor perda da intensidade do sinal, pelo facto de não existir
interferências com outras ondas electromagnéticas, aumentado assim a informação
processada [7].
È no domínio da fotónica que a Óptica não-linear (ONL) desempenha um papel
relevante.
As primeiras experiências que evidenciaram o princípio da óptica não-linear foram
realizadas em 1875, quando o físico escocês John Kerr observou alterações do índice de
refracção no dissulfureto de carbono (CS2), quando submeteu uma pequena amostra a um
campo eléctrico intenso [8]. No entanto, durante, muito tempo, os fenómenos de óptica não
linear continuaram sem grandes avanços.
A partir do desenvolvimento do laser em 1960 por Maiman [9], foi possível
observar pela primeira vez que a presença de altas intensidades de luz pode provocar
mudanças nas propriedades ópticas do meio alterando, por exemplo, o índice de refracção
ou o coeficiente de absorção. Quando isso acontece a luz que provoca mudanças nas
propriedades do material também é afectada de uma maneira não linear [10].

Capítulo II 4
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Com o aparecimento do laser, a consequente possibilidade de se usarem feixes


monocromáticos e coerentes de elevada energia fez emergir rapidamente o campo da não
linearidade óptica. Logo, em 1961, Franken e seus colaboradores [11] realizaram uma
experiência onde fizeram incidir um feixe de luz de Rubi com um comprimento de onda de
694,2 nm, num cristal de quartzo (SiO2) devidamente orientado em relação ao feixe
incidente. A radiação emergente foi analisada num espectrómetro, tendo-se observado ser
constituída por duas frequências, uma igual à do feixe incidente e a outra com metade da
frequência do feixe gerado pelo laser de Rubi. Este efeito foi denominado por Geração de
Segunda Harmónica, GSH.
Após esta experiência muitos outros fenómenos ópticos não lineares foram
observados. As propriedades de não linearidade óptica têm sido observadas numa grande
diversidade de materiais, incluindo cristais orgânicos, semi-orgânicos, inorgânicos
polímeros, cristais líquidos, etc.
O interesse crescente neste tipo de materiais deve-se fundamentalmente ao forte
potencial tecnológico que apresentam. A procura de novos materiais para aplicações
ópticas não-lineares passa pela síntese e estudo de compostos altamente polarizáveis [1].

2.2. PROPAGAÇÃO DA LUZ E A SUA INTERACÇÃO COM A MATÉRIA

Mencionei na introdução deste capítulo que o estudo da óptica não-linear envolve a


propagação da luz num meio material. A luz tem natureza dual, isto é, manifesta em
simultâneo comportamento corpuscular e ondulatório.
No seu comportamento ondulatório, a luz comporta-se como uma onda
electromagnética, ou seja, como uma perturbação envolvendo variações temporais e
espaciais dos campos eléctrico e magnéticos acoplados.
Para descrever esse fenómeno físico, necessitamos de empregar um formalismo
adequado. A propagação de uma onda electromagnética pode ser descrita partindo-se das
quatro equações enunciadas por Maxwell, em 1873, e aplicadas a um meio material. Nestas
equações, o campo electromagnético é descrito macroscopicamente por quatro vectores:
→ → →
campo eléctrico E ; deslocamento eléctrico D ; campo magnético H e indução magnética

B . Estas equações, na forma diferencial e nas Unidades do Sistema Internacional podem
ser escritas como:

Capítulo II 5
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∇. D = ρ Lei da electricidade de Gauss (2.1)

∇. B = 0 Lei do magnetismo de Gauss (2.2)


∂B
∇× E = − Lei de Faraday (2.3)
∂t


∂B →
∇× H = J + Lei de Ampére-Maxwell (2.4)
∂t


onde ρ é a densidade de carga eléctrica e J é o vector densidade de corrente eléctrica
[12].
As equações (2.1) à (2.4) estão relacionadas com as equações dos materiais,
conhecidas por relações constitutivas. Estas equações descrevem os campos dentro dos
materiais.
Para meios uniformes e isotrópicos estas relações podem ser escritas da seguinte
forma:

→ →
J =σ E (2.5)
→ →
D=ε E (2.6)
→ →
B=µH (2.7)

onde σ , ε e µ representam propriedades do material e são denominadas de


condutividade eléctrica, permitividade eléctrica do meio e permeabilidade magnética,
respectivamente [12].

Capítulo II 6
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2.2.1. MEIOS ÓPTICOS LINEARES


A luz possui um campo eléctrico, E que, ao interagir com as cargas eléctricas q ,
de um átomo ou molécula de um determinado material, produz uma força qE , responsável
por uma distorção espontânea na densidade electrónica ou molecular, gerando uma
polarização, que dá origem a um campo eléctrico total no material, definido como

deslocamento do campo eléctrico D .
Para campos eléctricos de baixa intensidade, não se verificam os efeitos ópticos não
lineares, pode-se expressar as equações constitutivas em função da polarização e da
magnetização de meio através das equações:

→ → →
D = ε 0 E+ P (2.8)
→ → →
B = µ0 H + M (2.9)

Neste caso, ε 0 é a permitividade eléctrica no vazio e, µ 0 a permeabilidade no



vazio. P é a polarização eléctrica do material, dada pelo momento dipolar eléctrico por

unidade de volume. De modo análogo, a magnetização M , é o momento dipolar
magnético por unidade de volume [13].
No trabalho desenvolvido os materiais sintetizados são cristais dieléctricos,
portanto são materiais não magnéticos. Nestas condições apenas a equação (2.8) tem

interesse físico, uma vez que M = 0 .
A polarização depende do campo eléctrico aplicado ao material. Combinando a
equação (2.6) e (2.8) com a relação ε = ε 0 ε ′ , em que ε é a permitividade eléctrica do meio

e ε ′ a permitividade eléctrica relativa ou constante dieléctrica do meio, a polarização é


dada por:

→ →
P = ε0(ε ′ − 1)E (2.10)

Capítulo II 7
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Esta dependência fica melhor caracterizada em termos de uma grandeza tensorial,


denominada susceptibilidade eléctrica χ (1) . Desta forma

→ →
P = ε 0 χ (1) E (2.11)

onde a constante de proporcionalidade está relacionada com a constante dieléctrica por:

ε = ε 0 (1 + χ (1) ) (2.12)

A susceptibilidade linear é um tensor de segunda ordem que depende da frequência


e relaciona as componentes do vector polarização às componentes do vector campo
eléctrico. Esta grandeza contém todas as informações sobre o meio, necessárias para
relacionar a polarização numa direcção particular às várias componentes cartesianas do
vector campo eléctrico numa direcção arbitrária. Se a intensidade do campo for pequeno,
os elementos dos tensores podem ser expressos como constantes.
A natureza oscilatória das componentes do campo pode ser descrita no domínio
temporal como uma propagação do campo eléctrico E (r , t ) , que varia no espaço e no
tempo.
Quando a luz atravessa um material óptico linear a equação do movimento de onda
electromagnética tem uma solução sinusoidal, que descreve as características da sua
propagação numa dada direcção arbitrária z .

E ( z , t ) = E 0 cos(ωt − kz ) (2.13)

onde E 0 é a amplitude do campo eléctrico, ω a frequência angular da onda e k o vector de


onda.

A resposta do meio expressa pela sua polarização P e a sua susceptibilidade
eléctrica são também, temporal e espacialmente, dependentes. Desta forma, a polarização
de um material pode ser escrita em função do campo oscilatório.


P = ε 0 χ (1) E 0 cos(ω t − kz ) (2.14)

Capítulo II 8
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A natureza oscilatória do campo eléctrico faz com que a radiação electromagnética,


ao passar pelo material, faça oscilar a sua densidade electrónica. Isto permite concluir que,
para um material polarizado linearmente, a radiação emitida tem uma frequência idêntica à
da radiação incidente, ou seja, a frequência da radiação não é alterada.
A razão entre as velocidades da onda electromagnética no vazio e num meio
qualquer é, por definição, o índice de refracção absoluto. O índice de refracção também é
dado pela permitividade e pela permeabilidade do meio [14].

c εµ
n= ≡ (2.15)
v ε 0 µ0

Como os nossos materiais são não magnéticos, a razão µ µ 0 é aproximadamente igual a


1, na equação (2.15), ficando:

ε
n= ≡ ε′ (2.16)
ε0

Prova-se que, para frequências ópticas na ausência de absorção do meio, o índice de


refracção, é basicamente determinada pela sua permitividade ε , a qual depende da
frequência da onda electromagnética nele incidente.

ε
n 2 (ω ) = ≡ 1 + χ (1) (2.17)
ε0

A extensão deste tratamento pode ser aplicada a meios não isotrópicos. Neste caso,
devemos considerar o carácter tensorial da susceptibilidade definida na equação (2.11),
escolhendo adequadamente as coordenadas para estabelecer a matriz e facilitar o
tratamento.
O tratamento descrito até ao momento mostra como se pode partir das equações de
Maxwell para chegar à equação de propagação de uma onda electromagnética no interior
de um meio material. Pode-se fazer uma extensão de forma a abranger meios onde a
linearidade não é válida, ou seja, a polarização não é proporcional ao campo eléctrico, ou
seja, a resposta deixa de ser proporcional ao estímulo.

Capítulo II 9
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2.2.2. PRINCÍPIOS DA ÓPTICA NÃO-LINEAR

2.2.2.1. TRATAMENTO CLÁSSICO A NÍVEL MACROSCÓPICO

Como se viu anteriormente, o campo electromagnético de uma onda luminosa que


se propaga num determinado meio, sujeita os electrões de valência a uma força. Estas
forças são normalmente pouco intensas e, em meios lineares e isotrópicos a polarização
resultante é paralela e proporcional ao campo aplicado, isto é, a polarização segue
directamente o campo; se este é harmónico a polarização sê-lo-á igualmente. Pode-se, pois
escrever a equação (2.11), em que o χ (1) é uma constante. O gráfico P em função de E é
uma linha recta [14].

Quando os campos electromagnéticos que incidem em materiais anisotrópicos são


intensos, isto é, atingindo valores próximos aos de campos inter-atômicos ( ≈ 10 8 C / cm ), a
força electromagnética passa a perturbar as cargas de forma não harmónica [15], ou seja,
os electrões de dispersão movem-se sob a acção da força do campo eléctrico da onda
incidente numa direcção imposta pela estrutura cristalina. Essa perturbação é responsável
pelo aparecimento dos efeitos não lineares sentidos pelo próprio campo, de tal forma que o
vector polarização deixa de ser paralelo e proporcional ao vector campo eléctrico e,
consequentemente, a susceptibilidade eléctrica começa a depender do campo aplicado [16].

→ → →
P = ε 0 χ ( 1 )( E ) E (2.18)

A figura 2.1 ilustra, qualitativamente, as polarizações resultantes em função do campo


aplicado e o comportamento da polarização para meios lineares e não lineares.

Capítulo II
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Linear

Polarização induzida
não-
não-linear

Campo aplicado

Figura 2.1 – Polarização induzida em função do campo aplicado [17].

A interacção da luz com a matéria opticamente não linear provocar uma mudança
nas propriedades dessa matéria. À medida que a luz atravessa esse material, o campo
eléctrico que lhe está associado interactua com os campos eléctricos do material que são
função da distribuição da densidade electrónica, produzindo novos campos com diferentes
frequências, fases, amplitudes e outras características inerentes à propagação da luz
incidente. Na realidade, a própria polarização induzida gera um campo eléctrico interno
que modifica o campo aplicado e a subsequente polarização. É esta inter-relação que está
na origem da polarização não-linear. A nível macroscópico, nos materiais, a polarização
resultante será a soma da polarização ligada aos efeitos de primeira ordem (lineares) com
os termos de ordem superior correspondente à polarização não-linear. Temos assim:

→ → →
P = ε0 χ (1) E + P NL (2.19)


O termo ε 0 χ ( 1 ) E na equação (2.19) corresponde à parte linear da polarização,

enquanto que o termo P NL corresponde à parte não-linear e é dado por:

→ → → → → →
PNL = ε 0 ( χ ( 2 ) E E + χ ( 3) E E E + .....) (2.20)

Nesta expressão, as quantidades χ ( 2) e χ ( 3) são, respectivamente, as


susceptibilidades ópticas não lineares de segunda e terceira ordem ou também
denominadas hiperpolarizabilidade de primeira ou segunda ordem, consoante se refira ao
Capítulo II
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termo χ ( 2 ) ou χ ( 3) . O coeficiente χ ( 2 ) é um tensor de terceira ordem ( 3 × 3 × 3 ) e a sua


magnitude descreve a intensidade do processo de segunda ordem, sendo este tensor o
responsável pelos fenómenos de Geração de Segunda Harmónica (GSH), soma e diferença
de frequência, oscilações e amplificação paramétrica. O fenómeno de geração de segunda
harmónica irá ser mencionado e estudado posteriormente.
O termo χ ( 3) descreve processos de terceira ordem e é um tensor de quarta ordem.
É normal, exclui da equação (2.20) os coeficientes numéricos que fariam isto uma série de
Taylor. Na prática, condições além da cúbica não se pretende porque são difíceis de ser
observados para a maioria dos materiais [18].
Deste modo, a polarização total descreve completamente a resposta do meio ao
campo eléctrico e é descrita pela equação (2.21):

→ → → → → → →
P = ε 0 χ (1) E + ε 0 ( χ ( 2 ) E E + χ ( 3) E E E + .....)
ou (2.21)
→ → → →
P = P1 + P2 + P3 + ....

A manifestação do comportamento não linear pode ser claramente observada,


substituindo uma onda plana com frequência angular ω na equação da expansão da
polarização (2.21) e a equação é escrita como:

→ 2
P = ε 0 χ ( 1 ) E0 cos(ω t − kz ) + ε 0 χ ( 2 ) E0 cos2 ( ω t − kz ) + ε 0 χ ( 3 ) E03 cos3 ( ω t − kz ) + ..... (2.22)


onde k = é o vector de onda.
λ
Usando as identidades trigonométricas para cos 2 θ e cos 3 θ podemos rescrever a
equação anterior como [19]:


ε 0 χ ( 2) E02 [1 + cos(2ω − 2kz)] +
1
P = ε 0 χ (1) E0 cos(ω t − kz) +
2 (2.23)
⎡3 1 ⎤
ε0χ (3)
E03 ⎢ cos(ωt − kz) + cos(3ωt − 3kz)⎥
⎣4 4 ⎦

Capítulo II
12
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Esta equação demonstra assim que a polarização não linear de um material pode
gerar, além de radiação com características idênticas à da incidente, radiações com
diferentes amplitudes, fase e frequências e um campo eléctrico estático associado a um
processo não-linear de segunda ordem e terceira ordem.
O termo cos(2ω − 2kz ) na equação (2.23) representa variações de polarização com
uma frequência dupla da frequência da onda incidente. A luz radiada pelos osciladores
assim excitados contém igualmente uma componente com uma frequência 2ω ; este
processo é conhecido por Geração de Segunda Harmónica, GSH, que irá ser abordado mais
à frente e que foi analisado nos materiais que foram estudados.

2.2.2.2. TRATAMENTO CLÁSSICO A NÍVEL MICROSCÓPICO

De acordo com o que tem vindo a ser dito, quando um campo electromagnético
incide num material, pode gerar-se um novo campo eléctrico com amplitude, fase e
frequência diferentes da inicial. No caso dos meios dieléctricos, o resultado é um
deslocamento relativo das cargas positivas e negativas, ou seja, é induzida uma
polarização. Em sistemas microscópicos, átomos ou moléculas, o deslocamento eléctrico
de densidade electrónica resulta num deslocamento das cargas, induzindo o momento

dipolar µ .
Para campos eléctricos fracos, a magnitude do momento dipolar, ou a polarização
resultante induzida é linearmente proporcional ao campo. Assim, sendo

→ → →
P i ≡ µ = ε 0α E (2.24)

onde α é a polarizabilidade linear do átomo ou da molécula, na medida em que define a


variação linear da polarização ou momento dipolar induzido com o campo eléctrico.
Quando a este campo eléctrico está associada uma onda electromagnética de frequência
angular ω , na gama das frequências ópticas, a polarizabilidade linear está na origem do
índice de refracção do material.
A polarizabilidade pode ser vista como a maior ou menor facilidade com que a
distribuição de um átomo ou de uma molécula pode ser distribuída sob a acção de um

Capítulo II
13
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campo eléctrico. Quando se aplica um campo segundo uma determinada orientação z , a


polarização do meio é afectada em todas as direcções. Assim, o efeito do campo eléctrico
aplicado ao longo do eixo dos z , é descrito por três termos, cada um deles descrevendo a
polarizabilidade ao longo dos três eixos ortogonais ( x, y, z ). Como o campo pode ser
aplicado nas três direcções, são necessários nove termos para caracterizar completamente a
polarizabilidade que passa a representar-se por α ij .

A polarizabilidade é assim definida por uma matriz ( 3× 3 ) com os elementos α ij

com i, j = 1,2,3 , sendo um tensor de segunda ordem porque relaciona os componentes do


vector polarizabilidade com todos os componentes do vector do campo eléctrico. Assim, a
polarização microscópica induzida numa molécula ao longo do eixo arbitrário z , é dado
por:

→ →
µ z = ε 0 ∑ α ij E (2.25)
j

No entanto, para campos eléctricos fortes a polarização linear deixa de ser uma boa
aproximação e deve ser considerada uma expansão não-linear para a polarização resultante,
a qual é descrita por uma série de potências. Assim, a polarização microscópica induzida
através de um campo eléctrico num átomo ou numa molécula, também pode ser
representada pela expansão de Taylor:

→ → → → → → →
µ = ε 0 (α E + β E E + γ E E E + ......) (2.26)


onde µ é a polarização induzida numa molécula, α , como vimos a polarizabilidade
linear, β e γ , as hiperpolarizabilidade de primeira e segunda ordem, respectivamente. Os
termos β , γ introduzidos na equação (2.26) traduzem as relações não lineares com o campo
eléctrico aplicado. Assim, tal como α ij , as hiperpolarizabilidade β ijk e γ ijk são tensores.

β ijk é um tensor de terceiro grau, definido por uma matriz ( 3 × 3 × 3 ), que transforma a

acção de dois vectores do campo eléctrico, dependentes das frequências angulares ω1 e


ω 2 , no vector polarização enquanto que, γ ijk é um tensor de quarto grau, definido por uma

Capítulo II
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matriz ( 3 × 3 × 3 × 3 ), que transforma no vector polarização a acção de três vectores do


campo eléctrico, dependentes das frequências ω1 , ω 2 e ω 3 . Uma vez que os tensores de
hiperpolarizabilidade dependem da frequência angular, têm que ser escritos da forma
β ijk (−ω , ω1 , ω 2 ) e γ ijk (−ω , ω1 , ω 2 , ω 3 ) , em que a primeira frequência angular no
argumento, por convenção, possui sinal negativo e denota a frequência emitida pelo meio.
As frequências angulares positivas representam a radiação absorvida. Desta forma, a
equação (2.26) pode ser escrita mais correctamente, da seguinte forma:

µ (−ω ) = ε 0 ∑ α ij (−ω , ω ) E j (ω )
j

+ ε 0 ∑ β ijk (−ω , ω1 , ω 2 ).E j (ω1 ).E k (ω 2 )


j≤k (2.27)
+ ε0 ∑γ
j ≤ k ≤l
ijkl (−ω , ω1 , ω 2 , ω 3 ).E j (ω1 ).E k (ω 2 ) El (ω 3 )

+ ...

Esta equação significa que a polarização induzida no meio pelo campo eléctrico de
frequência angular ω gera campos internos diferentes do primeiro, nomeadamente na
frequência, amplitude e demais características de propagação da onda electromagnética,
como já havia sido referido para a análise macroscópica da polarização.
Na equação (2.27), para cada termo de hiperpolarizabilidade, pelo princípio da
conservação da energia a soma das frequências angulares deve ser zero. Assim, para cada
coeficiente β ijk e γ ijk tem-se, respectivamente que ω = ω1 + ω 2 e ω = ω1 + ω 2 + ω 3 .

Os coeficientes α ij , β ijk e γ ijk são componentes de tensores que representam as

respostas das moléculas como se o material fosse constituído por uma única molécula.
Os coeficientes χ (1) , χ ( 2 ) e χ ( 3) , também são tensores e estão todos eles

relacionados com a resposta do meio material. As susceptibilidades χ (1) , χ ( 2 ) e χ ( 3) , têm

origem nos correspondentes parâmetros microscópicas α , β e γ . Assim, χ (1) e α são

dois tensores que determinam a magnitude dos efeitos ópticos lineares criados num
material pela aplicação de um campo externo. Tal como χ (1) , as susceptibilidades ópticas

não lineares χ ( 2 ) e χ ( 3) , podem ser relacionadas com os correspondentes parâmetros


microscópicos, β e γ , respectivamente.

Capítulo II
15
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As relações existentes entre as hiperpolarizabilidades moleculares, β e γ , e as

susceptibilidades não lineares do meio, χ ( 2 ) e χ ( 3) , são:

χ ( 2) (−ω , ω1 , ω 2 ) = N k β (−ω , ω1 , ω 2 ) (2.28)

χ (3) (−ω , ω1 , ω 2 ) = N k γ (−ω , ω1 , ω 2 ) (2.29)

onde N é o número de moléculas por unidade de volume e k descreve as correcções do


campo local [20,21,22]
Os tensores hiperpolarizabilidade e susceptibilidades não lineares são, no caso de
β e χ ( 2 ) , definidos por uma matriz (3 × 3 × 3) , ou seja 27 componentes e, no caso dos

tensores γ e χ ( 3) definido 81 componentes, uma vez que têm uma matriz (3 × 3 × 3 × 3) .


Isto faz com que a análise destes parâmetros seja complicada. O que torna esta análise mais
simples é o facto de muitos dos componentes destes tensores serem equivalentes, devido a
várias operações de simetria.
Considere-se o exemplo seguinte: se algumas frequências são iguais, alguns dos
componentes do tensor podem também ser iguais. A permuta simultânea dos índices
cartesianos e correspondentes frequências são simétricos:

β ijk (−ω , ω1 , ω 2 ) = β ikj (−ω , ω 2 , ω1 )

γ ijk (−ω , ω1 , ω 2 , ω 3 ) = γ ikj (−ω , ω1 , ω 3 , ω 2 ) (2.30)

Este facto faz diminuir o número de componentes dos tensores. Em 1962, Kleinman
estabeleceu que para determinados processos ópticos não lineares, onde as frequências
envolvidas estejam longe das frequências de ressonância do meio, a energia é
simplesmente trocada entre os campos envolvidos e não absorvidos pelo meio [18]. Com o
que foi dito anteriormente, as componentes da hiperpolarizabilidade e da susceptibilidade
ópticas não lineares são independentes de qualquer permuta de índice. Este facto faz com
que haja uma redução dos componentes correspondentes aos tensores β e χ ( 2 ) de 27 para

10 e, uma redução de 81 para 15, dos componentes correspondentes aos tensores de


terceira ordem γ e χ ( 3) . Nos cristais as simetrias do meio podem simplificar muito os
termos das equações envolvidas uma vez que os termos independentes são eliminados.

Capítulo II
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Desta forma, cada termo das equações (2.23) ou (2.27) é responsável por diferentes
formas de geração de luz, dependendo das características do meio em estudo, tais como a
polarização, intensidade e frequência dos campos incidentes. Na tabela 2.1 apresentam-se
alguns efeitos ópticos e possíveis aplicações, baseadas em susceptibilidades lineares e não
lineares de primeira e de segunda ordem [20,23].

Molécula Cristal Processos ópticos não-linear Aplicações

α χ (1) Refracção Fibras ópticas

Duplicação da frequência Geração de 2ª


ω + ω → 2ω harmónica
Mistura de frequências
Misturadores ópticos
ω1 + ω 2 → ω 3
β χ ( 2)
Amplificação paramétrica Osciladores ópticos
ω 3 → ω1 + ω 2 paramétricos

Efeito de Pockels
Moduladores ópticos
ω +0→ω
Efeito de kerr
Transístores ópticos
γ χ ( 3)
Triplicação da frequência Geração de terceiras
ω + ω + ω → 3ω harmónicas

Tabela 2.1 – Relação das susceptibilidades lineares e não-lineares com alguns dos processos ópticos e
aplicações conhecidas.

Os fenómenos ópticos não-lineares podem ser agrupados essencialmente em três


classes: geração de harmónicas, efeitos eléctroópticos e misturas paramétricas de
frequências. Na geração harmónicas é produzida radiação com uma frequência múltipla da
radiação incidente. Por exemplo, quando se faz incidir, num meio opticamente não-linear
um feixe de luz monocromática com uma frequência angular ω , é produzida radiação com
frequência 2 ω , 3 ω , etc.. Os efeito electroópticos resultam de uma modificação das
propriedades ópticas do meio, nomeadamente do índice de refracção, devido à acção do
campo eléctrico estático (corrente DC) ou de uma corrente AC de baixa frequência e de
campos eléctricos oscilantes a frequência ω . Na mistura paramétrica de frequências é

Capítulo II
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produzida radiação que resulta das várias somas ou diferença de frequências dos feixes de
radiação incidentes. A geração harmónica é um caso particular de misturas paramétricas de
frequências que resulta da interacção de feixes de radiação com frequências idênticas.
Todos os fenómenos exigem uma resposta rápida do material à rápida oscilação do
campo eléctrico incidente pelo que, a nível molecular, as contribuições para χ ( 2 ) e χ ( 3)
resultam essencialmente da polarização das nuvens electrónicas, ou seja, β e γ .

2.2.3. GERAÇÃO DE SEGUNDA HARMÓNICA

Materiais ópticos não-lineares capazes de ter uma eficiente Geração de Segunda


Harmónica (GSH) foram procurados activamente durante as últimas três décadas, devido à
importante aplicação comercial nos campos da comunicação óptica [24].
Os cristais são meios dieléctricos não-lineares de segunda ordem para os quais, as
equações de Maxwell juntamente com a equação dos materiais (2.8), dão origem à equação
de onda do vector campo eléctrico, para um meio de permitividade eléctrica ε e

permeabilidade µ , que pode ser escrita na forma escalar como:

∂2E ( 2) ∂ ( E )
2 2
∇ 2 E − µ 0ε = µ ε χ (2. 31)
∂t 2 ∂t 2
0 0

A solução da equação (2.31) para uma onda plana monocromática de frequência



angular ω1 introduzida num meio não linear cuja a polarização ( P ) pode ser representada
pela equação (2.32), e é dada por:

→ → → →
P = ε 0 χ (1) E + ε 0 χ ( 2) E E (2.32)

A polarização é a resposta da interacção da luz incidente com o material não-linear.


Combinando as equações (2.32) e (2.13), tem-se


P = ε 0 χ (1) E0 cos(ω t − kz) + ε 0 χ ( 2) E02 + ε 0 χ ( 2) E02 cos (2ωt − 2kz)
1 1
(2.33)
2 2
Capítulo II
18
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O terceiro termo desta equação é o que representa o processo de Geração de


Segunda Harmónica (GSH), cuja frequência é o dobro da frequência da onda incidente no
meio não-linear. Isto acontece porque os osciladores do meio são excitados por um campo
eléctrico, radiando ondas que contém uma componente com frequência dupla da frequência
da onda incidente (onda fundamental).
O processo de Geração de Segunda Harmónica (GSH) é um processo não linear que
também pode ser explicado a nível corpuscular, como sendo a conversão de dois fotões de
frequência ω num fotão com uma frequência 2ω , gerado depois da interacção de um
campo eléctrico intenso com uma frequência ω , num meio não-linear. A figura 2.2
representa a natureza corpuscular do processo GSH.

ω out
ωi

2ω out
Meio não-linear

Figura 2.2 - Representação corpuscular do processo de GSH [25].

Como já foi referido o tensor de susceptibilidade óptico não linear de segunda


ordem χ ( 2 ) , está relacionado com a resposta não linear de segunda ordem do meio, que é
responsável pelos fenómenos de geração de segunda harmónica.
Desta forma, o tensor susceptibilidade não-linear de segunda ordem pode, ser
descrito na forma χ ( 2 ) (−2ω , ω , ω ) . Neste processo a energia conserva-se, não havendo
perdas para o meio. No entanto, para que o processo seja eficiente, é necessário observar-
se determinadas condições.
Os detalhes daquele tensor de susceptibilidade não linear são determinados pelo
arranjo espacial, pelo tipo de átomos que compõem a célula unitária e pelas restrições que
esses arranjos impõem aos electrões de dispersão que estão directamente envolvidos no
comportamento óptico dos materiais [19].

Capítulo II
19
____________________________________________________________FUNDAMENTOS DE ÓPTICA NÃO-
LINEAR_____________

A simetria do meio determina o número de componentes independentes diferentes


de zero. Isto é particularmente importante para o tensor susceptibilidade não linear de
segunda ordem. De facto, em meios centrossimétricos, todos os componentes destes
tensores são nulos. Assim, a ausência de um centro de simetria é condição indispensável
para que uma molécula possua propriedades ópticas não lineares de segunda ordem, ou
seja, β ≠ 0 . No entanto, um material constituído por moléculas não centrossimétricas não

possui necessariamente χ ( 2 ) ≠ 0 . Se as moléculas estiverem orientadas aleatoriamente, de

forma que o momento dipolar total se anule, por exemplo, χ ( 2 ) = 0 , o material não possui
propriedades ópticas não lineares de segunda ordem. Portanto, para que um material
possua essas propriedades não é suficiente que as moléculas que o constituem sejam
assimétricas, é necessário também que estas se orientem de forma adequada, não
centrossimétrica. A inexistência de centro de simetria é condição necessária para a geração
de segunda harmónica num cristal, bem como para a manifestação de características
piezoeléctricas. Das 32 classes de cristais, 20 são deste tipo e podem, por isso ser,
utilizados na geração de segunda harmónica.
Por outro lado, e na medida em que o dipolo oscilante não-linear produzido no
material reemite todas as suas frequências de polarização, deverá ser observada a luz de
ambas as frequências, ω e 2 ω . Para que as ondas de polarização se combinem
eficientemente, devem ser estabelecidas condições para que a luz fundamental (frequência
ω ) e a luz de segunda harmónica (frequência 2 ω ) se fortaleçam uma à outra. Se este
efeito se verificar, então a intensidade de segunda harmónica será resultante da luz
propagada através do cristal. Assim, para se obter uma GSH eficiente, os índices de
refracção correspondentes às ondas fundamentais e de segunda harmónica devem ser
iguais, ou seja, deve-se estabelecer a condição n(ω ) = n(2ω ) , isto significa que as ondas de
frequências ω e 2ω têm a mesma velocidade de propagação [18].
Em geral, devido ao fenómeno de dispersão, as velocidades das ondas fundamental
e harmónica no meio são diferentes, o que se traduz numa diferença de fase entre elas
durante a propagação. Se a diferença de fase for grande as ondas acabam por interferir
destrutivamente. No limite isto acontece quando as ondas percorrem uma distância tal cuja
diferença de fase seja de π (180º). Esta distância é denominado por comprimento de
coerência, l c e dada através da expressão seguinte:

Capítulo II
20
____________________________________________________________FUNDAMENTOS DE ÓPTICA NÃO-
LINEAR_____________

π
lc = (2.34)
∆k

onde ∆k é a diferença entre as constantes de fase das ondas harmónica e fundamental, ou


seja, ∆k = k 2ω − 2k ω , expressa como:

4π (n 2ω − nω )
∆k = (2.35)
λω

sendo nω e n 2ω , os índices de refracção da frequência fundamental e de segunda

harmónica respectivamente e, λω , o comprimento de onda da radiação fundamental. Da


combinação das equações anteriores resulta:

λω
lc = (2.36)
4(n2ω − nω )

No limite, se as ondas fundamentais e harmónicas interferirem construtivamente, a


diferença de fase entre elas deverá ser nula, ou seja, deve-se verificar uma situação em que
todas as ondas se propaguem em fase e portanto, a condição ∆k = 0 , k 2ω = 2k ω deverá

cumprir-se. Pela equação (2.35) se ∆k = 0 , os índices de refracção das ondas fundamentais


e harmónicas também são iguais n(ω ) = n(2ω ) .
Nas condições em que a interferência das ondas fundamentais e harmónicas é
construtiva, elas reforçam-se mutuamente e a eficiência do processo GSH é aumentada.
Esta situação pode ser comprovada quando se analisa a solução da equação de
Maxwell para a propagação da luz num meio opticamente não-linear de segunda ordem:

∆kl
2
⎛ ⎞
128 π 3 ω 3l 2 d ef ⎜ sen ⎟
I 2ω = I ω2 ⎜ 2 ⎟ (2.37)
c 3 nω n 2ω ⎜ ∆ kl ⎟
⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠

Capítulo II
21
____________________________________________________________FUNDAMENTOS DE ÓPTICA NÃO-
LINEAR_____________

onde I 2ω e I ω são respectivamente a intensidade da onda harmónica e fundamental; d eff é

o coeficiente efectivo não linear de segunda ordem, que depende da simetria do meio
sendo proporcional a χ ( 2 ) ; e l o percurso óptico segundo um eixo cartesiano arbitrário.
Se ∆k = 0 , o padrão de interferência descrito pelo factor, cuja expressão é:

(
sen 2 1 ∆k l
2
)
( )
2
(2.38)
1 ∆k l
2

tende para a unidade e a função atinge um máximo, situação em que a intensidade de


segunda harmónica varia quadraticamente com o percurso óptico, apenas limitada por
fenómenos de absorção ou outros processos que a diminuem. Na prática, o percurso óptico
e o comprimento de coerência dos materiais é bastante limitado pelo que dificilmente se
obtém uma eficiência de GSH razoável.
Em materiais cristalinos o requisito necessário a uma boa eficiência de GSH é
conseguido devido às propriedades anisotrópicas que estes possuem e que acabam por
compensar a dispersão que ocorre. Essa propriedade é a birrefringência.
Em conclusão, para que um material possa ter aplicações de GSH, deve obedecer à
condição de conjugação de fase e possuir um valor elevado de χ ( 2 ) . Em última análise, um
valor elevado deste parâmetro depende da magnitude da correspondente
hiperpolarizabilidade a nível microscópico ou, mais propriamente, de uma elevada
projecção do tensor β na direcção em que se verifica a conjugação de fase. Isto pressupõe
uma orientação adequada das moléculas no material, evitando que se disponham de uma
forma centrossimétrica, situação em que o coeficiente χ ( 2 ) se anule. No entanto, e como já
foi referido, moléculas com centros de simetria e portanto com β = 0 , podem, em
determinadas condições, ordenar-se de uma forma não centrossimétrica originando valores
não nulos de χ ( 2 ) . Estes factos tornam difícil prever a resposta macroscópica do material
com base nos valores das hiperpolarizabilidades individuais das moléculas que o
constituem.

Capítulo II
22

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