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Dossier informativo

Doenças da Coluna

2008
Índice

1. Como funciona a coluna vertebral? Pág. 3

2. O que provoca dores na coluna? Pág. 4

3. Incidência em Portugal e no Mundo Pág. 4

4. Principais doenças da coluna

4.1 Escoliose Pág. 5

4.2 Hérnia discal Pág. 6

4.3 Doença discal degenerativa Pág. 6

4.4 Espondilartrose Pág. 7

5. Diagnóstico das doenças da coluna Pág. 7

6. Fracturas da coluna Pág. 8

7. A importância do tratamento cirúrgico

7.1 Cirurgia Tradicional Pág. 8

7.2 Cirurgia minimamente invasiva da coluna Pág. 9

7.3 Dispositivos médicos para tratar as doenças da coluna Pág. 9

8. Glossário Pág. 10

9. Contactos úteis Pág. 11

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1. Como funciona a coluna vertebral?

A coluna vertebral é composta por trinta e três pequenos ossos ou vértebras que sustentam o
corpo, permitindo o movimento e protegendo a medula.

Entre cada duas vértebras típicas existe um disco intervertebral, que ajuda a absorver as pressões
e impede o atrito entre as vértebras. Para além de servirem de amortecedores, estes discos
garantem a flexibilidade da coluna vertebral.

A coluna também protege a medula, que é constituída por fibras nervosas


que ligam o cérebro com o resto do seu corpo. Trinta e três pares de raízes
nervosas saem da medula, por ambos os lados, através de espaços
existentes entre as vértebras.

A coluna vertebral possui três segmentos principais: o cervical (pescoço), o


torácico (tórax) e o lombar (cintura).

A coluna cervical é a parte superior da coluna e é formada por sete


vértebras. As duas primeiras vértebras cervicais (atlas e áxis), diferem
totalmente das outras porque são destinadas especificamente para
executarem os movimentos de rotação.

A coluna torácica constitui a parte média da coluna e é formada por doze


vértebras. Estas vértebras estão conectadas com as costelas e formam a parte posterior do tórax.

A parte mais baixa da coluna chama-se coluna lombar e é constituída por cinco vértebras.

O sacro é um osso grande e triangular que se encontra localizado na base da coluna vertebral e
articula-se com o osso da cauda da coluna ou cóccix.

Coluna cervical Coluna torácica Coluna lombar

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2. O que provoca dores na coluna?

Com a idade, o esforço ou movimentos incorrectos, a estrutura dos discos altera-se desidratando-
se e modificando a sua flexibilidade. Consequentemente, as vértebras aproximam-se, o que pode
resultar no estreitamento dos orifícios de saída das raízes nervosas na coluna e os discos
diminuem a sua capacidade de absorção podendo rasgar-se internamente.

Desgaste, uma postura errada e movimentos do corpo incorrectos podem causar, igualmente, o
enfraquecimento do disco e consequentemente provocar dores na coluna ou nos membros, bem
como problemas funcionais, tais como a dormência ou formigueiro nos membros, ou dificuldade
em andar.

Para além das lesões do disco, também as alterações das articulações entre vértebras, os
ligamentos e os músculos que estão adjacentes à coluna podem tornar-se dolorosos, contribuindo
para aumentar a intensidade da dor.

A dor lombar é muito frequente porque é nesta região que se apoia a maior parte do peso
corporal (logo o peso excessivo ser prejudicial) e onde ocorre a maior quantidade de movimentos.

3. Incidência em Portugal e no Mundo

As doenças da coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física em
idade laboral e são uma das principais causas de ausência no trabalho em todo o mundo.

As dores nas costas são a segunda causa, em números globais, em Portugal, das visitas ao
médico. Tanto homens como mulheres sofrem de dores nas costas e geralmente a dor ocorre
entre os 25 e os 60 anos. Contudo, aproximadamente 12 por cento a 26 por cento das crianças e
adolescentes também sofrem de dores nas costas (apesar de pouco intensas).

Cerca de 70 a 80 por cento da população acaba por recorrer ao médico nalgum período da sua
vida por queixas dolorosas ao nível da coluna, sendo a patologia degenerativa da coluna a
primeira causa de baixa laboral e de incapacidade transitória e permanente para o trabalho.

Estima-se que mais de metade de todos os pacientes com dores cervicais e lombares melhora
após 1 semana; 90 por cento apresenta melhoria após 8 semanas; e os restantes 7 por cento a
10 por cento continuam a apresentar sintomas por mais de 6 meses.

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4.Principais doenças da coluna

As doenças da coluna vertebral são inúmeras e, no seu conjunto, constituem situações


incapacitantes para o quotidiano de quem as possui. Entre as doenças da coluna encontram-se a
escoliose, a hérnia discal, a doença discal degenerativa, a espondilartrose entre outras. As lesões
da coluna por traumatismo são relativamente comuns, principalmente nos casos de acidentes de
trânsito e quedas de altura. A coluna pode também ser afectada por tumores benignos ou
malignos, necessitando de intervenção cirúrgica.

4.1. Escoliose

A escoliose é uma deformação em que existe uma curvatura lateral da coluna, fazendo com que o
corpo fique assimétrico. A escoliose pode ter várias causas como genética, problemas
neuromusculares ou comprimento desigual dos membros inferiores, mas o mais comum são as
escolioses de causa desconhecida (idiopáticas), que se manifestam ainda na infância. Quando
necessário, a única maneira de a corrigir é através de cirurgia e estima-se que a escoliose afecte
2% das mulheres e 0.5% dos homens.

Os principais sintomas da escoliose são:

- ombros que se encontram a alturas diferentes,


- uma das ancas parecer levantada em relação à outra,
- cintura desigual,
- inclinação de todo o corpo para um dos lados, e,
- ao dobrar o corpo, proeminência de costela.

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4.2. Hérnia discal

Durante os movimentos do tronco nas várias direcções a pressão nos discos da coluna torna-se
irregular. A repetição destes movimentos, especialmente se o movimento for brusco e a pessoa
não estiver preparada para o executar pode causar lesões no disco. Após várias destas lesões
podem surgir rupturas da parte externa do disco e o interior do disco intervertebral pode
exteriorizar-se por essas fendas, produzindo uma hérnia discal.

A prevalência das hérnias discais sintomáticas estima-se em cerca de 2 a 3% da


população, embora o número de hérnias discais assintomáticas seja muito
superior. O aparecimento de uma hérnia discal é mais usual entre os 35 e 50
anos de idade.

As alterações degenerativas relacionadas com a idade tendem a provocar a


perda de flexibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais e, consequentemente, a sua
fragilidade e ruptura.

Os principais sintomas de uma hérnia discal são a dor, sensação de formigueiro, dormência ou
falta de força num membro superior ou inferior.

Como factores de risco são também considerados, para além da idade, actividades repetitivas e
traumatismos na coluna.

4.3. Doença discal degenerativa

A doença discal degenerativa é um processo natural de envelhecimento que


conduz a uma alteração da estrutura do disco intervertebral e
secundariamente a um colapso discal, muitas vezes associado a dores
lombares e nos membros.

Pode ser simplesmente resultado do natural processo de envelhecimento,


que provoca a perda de flexibilidade, elasticidade e a capacidade de
absorção do choque ou resultado de um traumatismo na coluna.

Devido à perda progressiva de água, os discos intervertebrais perdem a sua capacidade de


actuarem como amortecedores das pressões exercidas sobre a coluna, fazendo com que as
vértebras vizinhas se aproximem umas das outras.

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Os principais sintomas são dor nas costas e/ou nos membros e por vezes dificuldade em andar.

Também neste caso são considerados como factores de risco, para além da idade, actividades
repetitivas e traumatismos na coluna.

A maioria dos doentes com doença discal degenerativa responde aos tratamentos não cirúrgicos,
entre os quais, a fisioterapia e exercícios para o fortalecimento dos músculos lombares e
abdominais, medicação anti-inflamatória e evitando actividades repetitivas agressivas. No
entanto, se esta abordagem não resultar, a cirurgia poderá ser necessária.

4.4 Espondilartrose (vulgo espondilose)

Da mesma forma que as várias articulações do corpo (ombro, anca, joelhos, etc.) sofrem de
processos de desgaste/envelhecimento (ou degenerescência) conhecidos por artroses, também às
articulações entre as vértebras sucede o mesmo. A artrose das articulações intervertebrais
chama-se espondilartrose e pode causar crises dolorosas muito intensas, normalmente associadas
a fenómenos inflamatórios.

Na espondilartrose ou espondilose observa-se vulgarmente a associação de discartrose


(degenerescência do disco), artrose das articulações posteriores (chamadas interfacetárias) e de
osteofitose que significa o desenvolvimento de “esporões” ósseos nas vértebras, muito conhecidos
como bicos de papagaio, por a eles se assemelharem nas radiografias da coluna.

5. Diagnóstico das doenças da coluna

Para confirmar o diagnóstico das doenças da coluna é necessário realizar


um exame físico completo à coluna vertebral e aos membros superiores e
inferiores.

Será examinada a flexibilidade, o nível de movimento e sinais indicadores


de lesão de nervos ou da coluna e serão registados os sintomas relatados.

O médico poderá solicitar a realização de exames complementares como a


radiografia (raio-X) da coluna, a ressonância magnética, ou a tomografia
computadorizada.

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6. Fracturas da coluna

O tipo de fracturas mais comum, na zona das costas, é a fractura por compressão, que
geralmente resulta de uma queda. Esta pode ser diagnosticada com um raio-x e trata-se
habitualmente com repouso, fisioterapia e cuidados médicos adequados.

No entanto, quando as vértebras são sujeitas a forças mais intensas, podem


surgir fracturas mais graves, que podem originar compressão da medula e uma
eventual lesão neurológica que geralmente exige um tratamento cirúrgico.

As fracturas do tipo flexão-compressão ocorrem com mais frequência


na transição tóraco-lombar.

7. A importância do tratamento cirúrgico

Quando surgem problemas na coluna, quer sejam devido a lesões, à idade ou a deformação, as
opções de tratamento devem focar-se na fonte do problema, com a preocupação de condicionar o
menos possível o normal desenrolar da vida dos doentes. Medicação, fisioterapia ou mudanças de
estilo de vida podem tratar com sucesso problemas causados por hérnias discais. No entanto,
para muitas pessoas a cirurgia pode ser a melhor opção para tratar a dor, aliviar a compressão
nervosa ou corrigir a deformação.

Assim, existem dois tipos de cirurgia, descritos sucintamente em baixo.

7.1. Cirurgia Convencional macroscópica


Este tipo de intervenção cirúrgica utiliza maiores incisões (cortes) na pele e músculos com
desvantagem no efeito estético e dores pós-operatórias. Pode implicar ainda maiores períodos de
internamento hospitalar e mais prolongados períodos de recuperação. Contudo, em várias
doenças vertebro-medulares este método tem de ser utilizado para permitir o tratamento correcto
da situação que o doente apresenta.

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7.2. Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna

O recente desenvolvimento de procedimentos que minimizam os efeitos da


cirurgia convencional através de métodos chamados minimamente invasivos,
permitem em várias circunstâncias um regresso mais rápido e uma evolução
menos dolorosa até retomar a vida normal.

As cirurgias minimamente invasivas da coluna podem permitir aos cirurgiões


tratar com sucesso causas de dores e deformações, com interrupções mínimas na
vida dos pacientes. Estas tecnologias têm vindo a ser desenvolvidas nas últimas
duas décadas, fornecendo alternativas às cirurgias tradicionais da coluna.

7.3 Dispositivos médicos para tratar as doenças da coluna

No tratamento da escoliose é implantado ao longo da coluna um


dispositivo que vai corrigir a curvatura da coluna. O tipo de metal do
aparelho será escolhido pelo cirurgião de acordo com a severidade da
doença e os objectivos de correcção. Esta solução é recomendada para
pacientes com uma curvatura na coluna superior a 45º.

Os parafusos, barras e conectores implantados ao longo da coluna têm


como objectivo impedir a progressão da doença e reduzir o ângulo da
curvatura anormal.

A hérnia discal pode actualmente ser tratada com a implantação de um disco


protésico inserido entre as vértebras, recurso técnico desenvolvido nos últimos
anos. Nesta cirurgia o disco alterado é removido na totalidade e substituído por
um “disco” artificial (prótese).

Para substituir um disco danificado na coluna lombar, o cirurgião acede à coluna


vertebral através de um orifício aberto no abdómen; caso o disco a substituir se encontre na
coluna cervical, a incisão cirúrgica é feita na face anterior do pescoço.

No caso de certo tipo de fracturas da coluna, inovadores dispositivos médicos


permitem que seja depositado cimento ósseo dentro da vértebra fracturada que
permitirá a estabilização da fractura.

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8. Glossário

Estenose Degenerativa – hipertrofia progressiva da


Cartilagem – camada fina e rígida de tecido branco que margem do corpo vertebral, das articulações e
cobre as terminações dos ossos, nas articulações. Este ligamentos resultando em estenose.
tecido permite a realização de movimentos com o
mínimo de fricção. Estenose do canal – termo usado para designar um
estreitamento do canal raquidiano (canal no interior da
Corpo vertebral – de um ângulo lateral, é a parte coluna) resultando na compressão dos nervos e
rectangular da coluna, de um ângulo visual de cima, é causando dor.
oval.
Fractura – ruptura da continuidade normal do osso.
Discectomia – remoção cirúrgica de parte de material
discal que se encontra a exercer pressão sobre raízes Fractura-Deslocação – fractura óssea também
nervosas. resultante em deslocação do osso da sua posição normal
na articulação.
Disco – o disco intervertebral é a “almofada” de
cartilagem situada entre as vértebras da coluna. Fusão da coluna cervical, via Anterior – o acesso à
coluna é realizado frontalmente, o disco e/ou parte da
Doença Discal Degenerativa – deterioração rápida e vértebra são removidos e substituídos por um excerto
progressiva da composição química e de propriedades ósseo.
físicas do espaço discal.
Fusão Lombar Intervertebral Anterior – cirurgia em
Enxerto ósseo – osso transplantado podendo o dador e que o acesso à coluna é feito através de uma incisão no
o receptor ser indivíduos diferentes ou o mesmo. abdómen. O disco afectado é removido da coluna e
substituído por um implante e osso.
Escoliose Congénita – escoliose devida a
anormalidades ósseas presentes durante o nascimento e Fusão Lombar Intervertebral Posterior – cirurgia
envolvendo formação deficiente de vértebras ou idêntica à anterior mas em que o acesso à coluna é feito
separação de vértebras adjacentes. através de uma incisão na zona lombar.

Escoliose Funcional – qualquer escoliose que seja Lumbago – termo (arcaico) não médico utilizado para
causada por diferentes alturas das pernas ou por outra designar a dor na região lombar.
disfunção funcional e não devido a curvatura primária da
coluna. Mialgia – dor muscular.

Escoliose Idiopática – curvatura lateral da coluna de Raquialgia – dor na coluna vertebral.


causa desconhecida.
Tecido – conjunto de células similares e de substâncias
intracelulares circundantes.

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9. Contactos úteis

Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia


Rua dos Aventureiros, Lote 3.10.10-Loja B, Parque das Nações, 1990-024 Lisboa
Tel.: 218 958 666 | Fax.: 218 958 667
E-mail: spot@spot.pt | Web-site: http://www.spot.pt/

Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral


Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, Av. República 34, 1º, 1050-193 Lisboa
Tlm: 962 539 452
E-mail: sppcv_secretariado@yahoo.com ; secretaria@sppcv.org | http://sppcv.org/

Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia


Av. 5 de Outubro, 151, 5º A, 1050-053 Lisboa
Tel/Fax.: 217 977 457 | Tlm: 968 900 358
E-mail: spneurocirurgia@netcabo.pt ; spneurocirurgia@mail.telepac.pt

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