Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
SÃO PAULO
2020
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
Levantamento bibliográfico
5. ANÁLISE
2
Embora o mesmo contexto temporal apresente outros aspectos não menos
marcantes, está mais ou menos estabelecido o consenso de que se trata de
um século cuja característica maior é a da “Iluminação”, do “Iluminismo”, como
dizem alguns, ou ainda das “Luzes”, por causa do vulto que nele tornam as
idéias racionalistas. ANATOL ROSENFELD
ARISTÓTELES > “It has been well said of Aristotle, ‘Solet Aristoteles
quaerere pugnam’ (in. pg. 433); ‘Aristotle has a habit of seeking a fight.’ He is
seeking a fight not because he loves fight and enmity but because he loves
peace and friendship; but true peace and friendship can only be found in the
truth.” Leo Strauss1
3
ST rebate que a ideia de unidade estava presente nas bases do
pensamento aristotélico, que “transfere a realidade das ideias gerais para
dentro dos indivíduos”, panteísmo:
Deus e universo são uma única coisa, Deus não é um espírito separado.
ST sugere que o espírito, por mais absoluto que seja, nunca deve tornar-
se advogado da reação (WH?), NPH diz que, PORÉM (INFLEXÃO que sugere
um desvio do lugar do espírito, elemento retórico a qual ST se atém) espírito é
advogado da liberdade > ST: “A liberdade é a lei do amor humano, e não o
niilismo e a maldade.” NPH: “Que evidentemente lhe causam medo.”
doutrina que se baseia no Tao Te Ching que traz uma série de preceitos
para alcançar uma vida harmônica. Yin yang.
5
contradizer NPH na sua tentativa de estabelecer os ideais taoístas e
quietistas?) > ST se mostra satisfeito,
6
Hans Castorp intervém fazendo uma analogia entre o serviço militar
(que é representado aqui por Joachim Ziemssen) e o sacerdócio, segundo
Hans ambos são “ascéticos” e não incorrem no ganho econômico.
Passagem 3: Militarismo
7
específicos da época, e ele vê a Revolução da Turquia como uma ação que
dificultaria as ações da Grã-Bretanha na colônia. NPH demonstra pouco apreço
a proposta política dos partidos de esquerda, como a Implementação das
Repúblicas Balcânicas. Ambos se rendem a alguns comentários acerca da
situação política dos países baixos, ST cita as Convenções de Haia, que se
deram em 1899 e 1907 e estão na mesma linha das Convenções de Genebra,
figurando entre os primeiros tratados internacionais sobre leis e crimes de
guerra. Aqui fica claro o posicionamento reacionário de NPH que ST descreve
como uma “zombaria do desejo de aperfeiçoamento social que sente a
humanidade”. ST configura como “ostracismo moral” o descaso com ideias
progressistas. NPH faz pouco caso e diz que o papel da política é dar espaço
para que as pessoas “se comprometam moralmente”. ST questiona NPH se
esse estaria adotando a causa do pangermanismo
8
ST crítica o Monarquia de Habsburgo no território Austríaco que existia
como um legado do Império Romano-Germânico
Hans Castorp: “Settembrini mais de uma vez nos falou com grande
entusiasmo do princípio do movimento, da rebelião e do aperfeiçoamento do
mundo, que, por natureza, não é um principio muito pacífico, segundo me
parece. E ele afirmou que esse princípio teria ainda de vencer grandes
obstáculos antes de triunfar em toda parte e antes de se realizar a república
universal, geral e feliz. (...) Acrescentou que era precisa aniquilar a Áustria,
para abrir caminho à felicidade. Não se pode, portanto, dizer que o sr.
Settembrini reprove a guerra em si.” (pg. 441)
9
NPH aponta a contraditória posição antibelicista de ST se utilizando da
declaração de Hans. ST recorre a Voltaire, que sugere a ação bélica como um
caminho para a conciliação.
NPH cita a guerra (e aqui fica sugerido que NPH colocaria junto a
segregação como um instinto natural do homem), e ST interrompe-o e diz que
a própria guerra já surgiu na história da humanidade como instrumento
progressista, logo em seguida refere-se as Cruzadas, movimentos militares de
inspiração cristã que buscavam civilizar a Europa Ocidental sob o comando da
10
instituição cristã. ST argumenta que as Cruzadas foram favoráveis para o
intercâmbio econômico e político-comercial pois foram responsáveis por uma
unificação de diferentes povos sob um mesmo ideal, um princípio
internacionalista e não de segregação.
11
qualquer corpo de lei que é percebido como derivado de uma
fonte transcendente, como a vontade de Deus ou deuses - em contraste
com a lei feita pelo homem ou a lei secular
12
horrendos que eram praticados na Idade Média e traz a figura de Conrado de
Marburgo, sacerdote e nobre medieval da Alemanha, que, segundo ST,
operava em nome da tirania do sobrenatural. ST se refere a espada e ao fogo,
o segundo indicando o ritual conhecido como Ordália que consistia de um
julgamento por fogo onde o inocente, ao ser atirado nas chamas, não arderia,
ao passo que o culpado seria consumido pelo fogo. NPH intervém,
argumentando que os métodos usados pela Convenção (?) existiam com o
intuito de purificação, eliminando os maus cidadãos, algo que reverbera na
ideia anterior de NPH de que a guerra teria cunho positivo por eliminar parte da
população. NPH acrescenta que tanto a fogueira quanto a excomunhão,
quando um indivíduo é expulso de um núcleo social, eram feitas para livrar as
almas da punição eterna da vida após a morte, algo que a justiça penal e
capital não é capaz pois opera sob a ótica de justiça do homem. NPH
prossegue com um comentário anticientificista ao tratar com desprezo sobre a
descoberta de Nicolau Copérnico de que a terra orbita o sol e não o contrário,
segundo NPH transformando o centro do embate entre Deus e o Diabo em um
“planetazinho”. NPH julga essa teoria como provisória, argumentando que
sinais apontam para uma reabilitação da escolástica, que conciliava astronomia
e astrologia, e NPH classifica esse movimento como uma coerção filosófica à
ciência por parte do dogma eclesiástico que colocava o homem no centro do
universo. ST se opõe recorrendo ao valor do conhecimento epistemológico, a
qual NPH argumenta não existir, pois não existiria “conhecimento puro”, e
exemplifica o caráter eclesiástico da ciência nas palavras de Santo Agostinho:
“creio para compreender”. Para NPH, a fé é o órgão principal do conhecimento
e o intelecto seria um complemento dela, ou seja, a razão trabalharia em
função da crença, e não o contrário. NPH recorre a ideia de que é contrário ao
conceito de humanidade o reconhecimento de uma verdade natural que nega
os próprios fundamentos dessa humanidade, e encerra dizendo que o tribunal
da igreja católica denominado Santo Oficio julgava absurda a sua observação
cósmica.
13
que seja capaz, de maneira absoluta, de elevar o espírito humano,
questionamento ao qual NPH responde alegando que isso não seria possível
pois a verdade estaria subjugada a autoridade do homem, responsável por
dizer se essa verdade é realmente “verdadeira” ou não. NPH volta a posicionar
o ser humano no centro do universo, e a verdade estaria relacionada ao seu
meio de salvação, ou seja, para NPH, algo que se coloca no caminho da
salvação espiritual do homem não pode ser considerado verdadeiro. Em
seguida, NPH cita a filosofia da escola de Platão, que pregava uma ideia de
dualidade entre corpo e humano onde a existência abstrata do ser humano se
oporia ao mundo sensível, da matéria, uma concepção fundamental do
pensamento filosófico que percorreu toda a história da do Ocidente. Segundo
NPH, esse pensamento “esse pensamento não se preocupava com a natureza
e sim com o conhecimento de Deus.” (pág. 459). Logo em seguida, NPH
sugere que a humanidade esteja prestes a reencontrar o caminho que levaria a
esse ponto de vista, e aqui pode ser suposto que NPH já antecipasse os
conflitos armados que varreriam boa parte da Europa. Para NPH, finalmente, a
funcionalidade da ciência é oferecer meios para que o ser humano percorra o
caminho da salvação, e o que conhecimento é infundado quanto não se propõe
a tal esforço.
14
reitera ST, não é uma forma de idolatria ao Estado, mas sim um avanço na
busca por “personalidade, direito dos homens e liberdade!”.
15
ideais da Igreja contra a instituição da propriedade privada, considerada
“usurpação e roubo”, citando até a deturpação capitalista do tempo,
essencialmente divino, na forma de juros. NPH cita São Tomás de Aquino e a
sua intenção educacional e ética no que diz respeito ao comércio ao propor
que a compra e venda com o simples intuito de obter lucro era um horror do
ponto de vista moral. NPH baseia sua retórica na concepção de que a
existência do homem não está a serviço da vida, mas de Deus. Aqui,
novamente, é muito importante ressaltar como todos os ideais que NPH sugere
se encontram nos princípios do comunismo, “que reivindica que quem exerça
soberania e domínio não seja a corporação internacional de comerciantes e
especuladores, mas o trabalho internacional, o proletariado do mundo, que hoje
opõe à depravação burguesa-capitalista a humanidade e os critérios do Estado
divino”. Naphta sugere uma profunda correlação entre os ideais comunistas e a
busca pela relação filial com Deus ao abolir a sociedade de classes, supondo o
comunismo e o cristianismo como movimentos milenaristas que visam a
instituição do Reino de Deus.
16
média, NPH denomina sua identidade como “anônima e coletiva”, adjetivos que
Hans Castorp vai se utilizar para cunhar a individualidade que NPH propõe.
6. RESULTADOS
17