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1ª Edição
Palestra de Projetos de
“Matemática & Psicologia B
Magia”
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Olimpíadas Arte em 3 etapas e
Portuguesas da trabalhos dos
Matemática e de alunos
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Olimpíadas Portuguesas de
Biologia
No passado dia 15 de janeiro ocorreram as Olimpíadas
Portuguesas de Biologia, pelas 14:30h na Escola
Secundária de Lousada.
Muitos parabéns a todos os alunos que participaram.
Arte em 3 etapas
Os alunos da turma do 12ºI foram desafiados pela sua professora, Graça Solha, a “tirarem da gaveta”
os seus trabalhos, uma vez que nunca tinham feito nenhuma exposição fora da área escolar. O
objetivo desta exposição é escolher os trabalhos que mais gostaram, ao longo dos três anos do
secundário, e mostrá-los a toda a gente.
A exposição teve lugar no Espaço AJE, em Lousada, no dia 6 de janeiro pelas 15:30h.
Eis alguns exemplares:
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Projetos de Psicologia B
As alunas Cátia, Anabela, Sabrina e Inês Margarida, da turma 12ºB
realizaram idas periódicas aos sem-abrigo da cidade do Porto em parceria
com os Escuteiros e a Associação Movimento de Jovens Cristãos. O objetivo
deste projeto é não só levar-lhes algum tipo de conforto, seja a nível
alimentar ou de roupas/ agasalhos, mas também conversar um pouco com
eles, entender as razões que os levaram à rua e perceber as medidas que
estão a ser implementadas para reverter e prevenir a existência de sem
abrigos em Portugal.
As
alunas Bruna Teixeira, Cátia Ferreira, Luísa Silva e Maria Trigo do 12°F de
Humanidades criaram um projeto que ajuda de alguma forma a sociedade.
Face à falta de empatia cada vez mais visível na mesma, decidiram abordar
esse tema no âmbito escolar, criando o projeto "Empatizar". O projeto tem
como principal objetivo criar uma rede de empatia na escola e para tal as
alunas criram a sala "empatizar" onde pretendem desenvolver a empatia,
ouvindo os alunos e ajudando-os a tornarem-se pessoas mais empáticas
através de atividades ligadas ao tema em questão. A sala localiza-se no
polivalente debaixo das escadas e estará aberta aos alunos todas as terças,
das 14h às 18h. O funcionamento da sala começou no passado dia 28.
Ensaios filosóficos
“É uma obrigação moral combater a pobreza extrema?”
Neste ensaio filosófico irei falar sobre o consultei o “dicionário” de modo a ter noção
problema da obrigação moral do combate à do que aqui vou falar, já é possível começar a
pobreza extrema, respondendo à pergunta minha aventura. Acho de grande importância
subjacente a este problema: “Será uma realçar que os argumentos da minha tese estão
obrigação moral combater a pobreza expressos nas objeções aos possíveis
absoluta?” contraargumento. Agora, vamos começar.
A importância do problema que aqui irei “Será que é uma obrigação moral combater a
debater consiste na reflexão e conscialização pobreza absoluta?” Se sim, deves fazê-lo e
dos nossos atos. Nós, seres racionais, dotados incentivar os outros a fazer o mesmo? Se não,
de razão e com capacidade para distinguir o deves descartar a ideia de tentar evitar que
bem do mal, estamos aptos a decidir sobre o alguém o faça?
correto e o errado? Peter Singer diz que sim, defendendo que é
Antes de me aventurar nesta caminhada uma obrigação moral combater a pobreza
filosófica, onde se procura responder à questão absoluta, sendo, desta forma, um opositor à
primeiramente referida, é importante e tese que defendo. Este filósofo propõe-nos
fundamental saber a definição de obrigação uma situação hipotética, que consiste na
moral bem como de pobreza absoluta. O seguinte: Imagina que estás a caminho da
estatuto moral dos atos divide-se entre escola e reparas que uma criança se está a
impermissíveis (aqueles que não se pode afogar. Questionas-te se deverás salvá-la uma
fazer) e permissíveis. Estes últimos podem ser vez que trazes contigo os teus sapatos novos.
classificados entre facultativos e obrigatórios. De seguida chegas à conclusão de que aquilo
Por sua vez, os facultativos podem ser neutros, que irás sacrificar não é nada comparado à
recomendáveis e reprováveis. Deste modo, a vida de uma criança e então decides salvá-la.
obrigação moral que aqui falo deriva de atos Peter Singer constrói um argumento, sendo
permissíveis e obrigatórios. A obrigação moral este derivado da situação hipotética a que nos
sofre uma granda pressão pela razão, que tem propôs: (1) Se posso evitar um mal sem
a capacidade de nos fazer refletir sobre certos sacrificar algo de grande importância
valores. Em relação à pobreza absoluta, é comparável, devo fazê-lo. (2) A criança a
crucial distinguí-la de pobreza relativa. afogar-se é um mal. (3) Não sacrifico algo de
Enquanto a pobreza absoluta é uma pobreza grande importância comparável para salvar a
incomparável, baseando-se na falta de criança. Logo, é uma obrigação moral salvar a
cuidados básicos e primeiras necessidades, criança. Depois de formular este argumento, o
como comidade e higiene e medicamentos, a filósofo transpô-lo para o problema que estou
pobreza relativa é comparável em regiões a debater da seguinte forma: (1) Se é possível
diferentes, apresentando, assim, um peso impedir um mal sem sacrificar algo de grande
menor que a pobreza absoluta. Agora que já importância comparável, devo fazê-lo. (2) A
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pobreza absoluta é um mal. (3) Não sacrifico a premissa (1). Relativamente à premissa (3),
algo de grande importância comparável no Garret Hardins pediu-nos para imaginar a vida
combate à pobreza absoluta. Logo, é uma como um naufrágio, através da alegoria.
obrigação moral combater a pobreza absoluta. Obviamente que queríamos salvar todas as
Para refutar o argumento, irei refutar cada pessoas que estivessem em perigo. No entanto,
premissa. Relativamente à premissa (1), temos de ter noção que o bote salva vidas tem
Singer, como utilitarista que é, defende que um limite. Imagine então que se esquece desse
não há uma diferença relevante entre atos e limite e procura salvar o maior número de
omissões. Atos consiste em algo que fazemos, pessoas
nas ações em si, enquanto que omissões se possív
baseia na permissão de algo, na falta de el. Chegaria à conclusão de que provocaria,
intervenção. Singer defende mesmo assim, número de mortes,
certo? Ao tentar evitar um mal, provocaria um
qu outro, inconscientemente. Agora pense no
e como, por exemplo, matar e deixar matar naufrágio como a vida e na quantidade de
apresentam as mesmas consequências, não há pessoas que pretende salvar, contribuindo para
uma diferença relevante entre elas. Já eu, a superpopulação. A ajuda no combate à
deontologista, defendo que há sim uma pobreza absoluta, desta forma, não é possível a
diferença entre atos e omissões, pelo que longo prazo uma vez que, ao estar a salvar
matar é geralmente considerado pior que vidas das gerações de hoje, estará a provocar a
deixar matar. Podemos ter dúvidas morte das gerações de amanhã. Assim, haverá
relativamente a alguém que não interfira na o sacrifício de algo de grande importância
vida dos pobres. Mas não teremos dúvidas moral.
relativamente a alguém que doa comida Para finalizar, gostaria de falar sobre o
envenenada. Acredito que se não fui eu a argumento da integridade, sendo,
pessoa a produzir o mal, não tenho de ser pessoalmente, um dos argumentos mais
criticado por não o ter evitado. Assim, pelo plausíveis à minha tese. Como Kant dizia, os
argumento contra à responsibilidade negativa, humanos não têm um valor, um preço e se o
defendo que, como há uma diferença relevante têm, é apenas o seu valor íntimo, que é a sua
entre atos e omissões, é falso dizer que «Se é dignidade. A única finalidade de uma pessoa é
possível impedir um mal sem sacrificar algo a preservação da sua dignidade, constituindo
de grande importância comparável, devo fazê- esta a sua integridade. A integridade de cada
lo». Ainda relativamente à primeira premissa, um de nós nunca poderá ser questionada.
imagine que todas as pessoas do mundo Assim como tu, eu sou alguém, tendo o direito
começam a contribuir particularmente para a de me valorizar como ser individualista,
erradicação da pobreza absoluta, fazendo enquanto ser que tem as suas próprias
donativos, não tendo a certeza se chegam ao realizações pessoais. O ser humano não pode
destinatário e se mesmo que assim aconteça, ser instrumentalizado ou servir de meio para
não sabem se serão utilizados para os fins atingir certos fins sendo que ele, por si só, é
pelos quais foram enviados. Sem qualquer um fim. Um fim que vive e que tem o direito
dúvida chegará à conclusão de que o apoio de se amar e de se valorizar enquanto um só.
governamental se tornará desfuncional, devido Assim, posso concluir que o problema que
ao desincentivo que a população global lhe aqui debati é supererrogatório, uma vez que,
deu. Desta forma, a população estará a apesar do ato ao combate à pobreza extrema
comprometer a realização da função do apoio ser de grande altruísmo e humildade, é um ato
governamental, sacrificando algo de grande que ultrapassa o meu dever e de certa forma, a
importância comparável. Assim, é falso alegar minha humanidade, que me é desvalorizada
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quando a minha integridade é apenas algo fútil
e efémero. Cláudia Ribeiro 12ºA
Ficha Técnica:
Colaboração:
jornalaelousa1920@gmail.com