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Medicina Veterinária, Recife, v.1, n.2, p.

86-95, jul-dez, 2007 ISSN 1809-4678

Tratamento médico do trauma e da compressão à medula espinhal


de cães e gatos

(Medical treatment of spinal cord trauma and compression in dogs and cats)

“Revisão/Review”

MS SeveroA(*), EA TuduryA, MVB AriasB


A
Setor de Neurocirurgia e Ortopedia - Área de Clínica Cirúrgica, Departamento de Medicina Veterinária da
Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900 Recife-
PE/Brasil.
B
Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR/Brasil.

Resumo
A lesão traumática e/ou compressiva à medula espinhal de cães e gatos inicia uma série de eventos destrutivos que
podem levar a conseqüências desastrosas e irreversíveis às funções motora e sensorial do animal. Estes casos devem ser
considerados emergenciais, visto que a intervenção rápida e adequada, em intervalo de tempo apropriado, pode limitar
a extensão dos danos ao tecido neuronal, favorecendo assim a recuperação neurológica. Em geral, o tratamento para a
lesão medular envolve a utilização de agentes neuroprotetores, como o succinato sódico de metilpredinisolona, visando
o controle das lesões secundárias, e em alguns casos a realização de cirurgia para descompressão da medula espinhal
lesada, associada ou não à estabilização da coluna vertebral.
Palavras-chave: medula espinhal, tratamento, cães, gatos.

Abstract
The traumatic and compressive spinal cord injury in dogs and cats begins a series of destructive events that it can take to
disastrous and irreversible consequences to the motor and sesorial function of the animal. These patient ones should be
considered as of emergency, because the fast and appropriate intervention, in an appropriate interval of time, it can limit
the extension of the damage to the neuronal tissue, favoring neurological recovery. In general, the treatment of spinal
cord involves the use of neuroprotective agents as methylprednisolone sodium succinate, objecting the control of
secondary lesions; and surgery to decompression the injured spinal cord, accomplishing or no the stabilization of the
spine.
Key-words: spinal cord, treatment, dogs, cats.

Introdução ou sem a estabilização da coluna vertebral


O médico veterinário deve sempre (MEINTJES et al., 1996). Nos casos de lesão
considerar que a lesão medular aguda é uma medular crônica o tratamento visa a redução do
emergência e a rápida instituição do tratamento edema que se desenvolve ao redor da área lesada
é um fator crítico na limitação da degeneração e o alívio da dor (JEFFERY, 1995).
e necrose do tecido neuronal após a lesão. O Tratamento da Lesão Aguda à Medula
tratamento para o trauma medular aguda deve Espinhal
ser direcionado à prevenção da destruição A prioridade no tratamento de todo
bioquímica dos tecidos nervosos, associado ou paciente traumatizado é a estabilização do seu
não à descompressão da medula espinhal, com estado geral, controlando qualquer condição que

(*)
Autora para correspondência/Corresponding author (mairasevero@yahoo.com.br).
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ameace a vida (LANZ et al., 2000). Deve-se 1. Neuroprotetores


realizar exame físico e clínico do paciente, O uso de neuroprotetores é bem
observando principalmente as funções estabelecido no tratamento de traumas
respiratórias, freqüência e ritmo cardíaco, grau medulares, tanto em humanos quanto em
de perfusão capilar, habilidade de realizar animais (JEFFERY e BLAKEMORE, 1999),
movimentos voluntários e o nível de visando prevenir ou limitar a lesão secundária
consciência, fatores que podem influenciar no à medula espinhal (OLBY e JEFFERY, 2003).
exame neurológico subseqüente (BAGLEY et A seguir serão abordados os principais
al., 1999). neuroprotetores utilizados no tratamento de
Ao se suspeitar de lesão medular, o lesões à medula espinhal, como os
proprietário deve ser orientado a manter o bloqueadores de canais de cálcio, os
animal imobilizado, antes de transportá-lo antioxidantes e varredores de radicais livres, e
para a clínica veterinária, evitando os inibidores do ácido araquidônico, dentre
deslocamentos de fraturas ou luxações outros.
espinhais instáveis (SHORES, 1992). Isto
1.1 Bloqueadores de canais de cálcio
pode ser feito colocando-se o paciente sobre
Os íons Ca2+ têm papel importante no
uma superfície lisa e rígida, em decúbito
desenvolvimento da isquemia após o trauma,
lateral, com auxílio de fita adesiva (LANZ et
sugerindo que a utilização de bloqueadores dos
al., 2000). canais de cálcio possa ser útil na terapia da lesão
Mesmo com o animal imobilizado é espinhal (BRAUND, 1993). O bloqueador de
importante executar cuidadoso exame canais de cálcio nimodipine mostrou eficácia no
neurológico para localizar o segmento tratamento de lesões medulares, ao melhorar o
medular afetado e determinar o grau de fluxo sangüíneo e a função axonal após o trauma
severidade da lesão (LANZ et al., 2000). Na (OLBY, 1999). Este agente bloqueou o aumento
suspeita de lesão vertebral, exames do cálcio intracelular, impedindo a ativação da
radiográficos da área afetada devem ser fosfolipase A2, responsável pela cascata do
realizados (BAGLEY et al., 1999). A ácido araquidônico e conseqüente peroxidação
mielografia deve ser realizada em animais dos lipídios da membrana celular da medula
com déficits neurológicos marcantes que (BERGMAN et al., 2000). Quando o
apresentem radiografias normais (LANZ et nimodipine foi utilizado na dosagem de 0,02
al., 2000). mg/Kg em infusão contínua, por uma hora em
Na escolha do tratamento adequado, ratos, e na dosagem de 0,02 mg/Kg/h I.V. por
deve-se considerar o tipo e a severidade da duas horas e 0,04 mg/Kg/h I.V., por uma
lesão à medula espinhal. Muitas vezes esta é semana em babuínos, foram observados bons
tão discreta, que a função normal pode resultados (OLBY, 1999). A utilização de
retornar sem qualquer tratamento. Outro fator colóides, em combinação com nimodipine, foi
que deve ser considerado é o tempo de indicado para prevenir a hipotensão sistêmica
ocorrência do trauma, visto que a terapia que pode acompanhar o uso de bloqueadores de
neuroprotetora só é efetiva quando canais de cálcio (JEFFERY e BLAKEMORE,
administrada dentro de um tempo restrito após 1999).
a lesão (JEFFERY e BLAKEMORE, 1999). O pré-tratamento com diltiazem, na
No momento, o tratamento para a dose de 100 μg/Kg I.V., seguido por 5
lesão à medula espinhal limita-se à utilização μg/Kg/min I.V. em infusão contínua, 30 minutos
de agentes neuroprotetores, drogas que, em antes da indução da contusão medular, preveniu
doses adequadas, têm demonstrado benefícios a diminuição do fluxo sangüíneo após lesão
em pacientes com trauma medular. Este pode medular em gatos. Já a flunarazina (0,1 mg/Kg
ser associado ou não à cirurgia (JEFFERY e I.V.) foi administrada cinco e 120 minutos
BLAKEMORE, 1999). após contusão à medula espinhal de gatos,

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resultando em 52% de redução da amplitude ocorrência da lesão aguda à medula espinhal


da lesão primária, contra 17% nos gatos sem parece inviável (OLBY, 1999). Estudos de
tratamento (MEINTJES et al., 1996). Mesmo microscopia eletrônica indicaram que o
com estes benefícios, demonstrou-se, dimetil sulfóxido (DMSO), administrado uma
recentemente, que não há mudança no grau de hora após a lesão medular contusiva em cães,
recuperação das lesões medulares com a protegeu a bainha de mielina e os axônios,
utilização de agentes bloqueadores dos canais reduziu o edema e acelerou o retorno da função
de cálcio, sendo os resultados observados motora (MEINTJES et al., 1996). Entretanto, em
atribuídos a efeitos não específicos. gatos com trauma medular agudo, não se
Constatou-se que o aumento da observou diferença significativa da eficácia do
concentração intracelular de cálcio depende DMSO entre os grupos de animais não tratados
do aumento das concentrações de sódio no e tratados, quando estes últimos receberam tal
axônio, e que o bloqueio de canais de sódio droga nas seguintes dosagens: 1,5 mg/Kg após
foi benéfico à recuperação de lesões axonais e 45 minutos e cinco horas da ocorrência da
metabólicas na substância branca do sistema lesão; 1 mg/Kg duas vezes ao dia (BID)
nervoso central (SNC) (JEFFERY e iniciando 24 horas após a ocorrência da lesão;
BLAKEMORE, 1999). Após o uso do 0,7 mg/Kg BID após dois dias da ocorrência
bloqueador de canais de sódio tetrodoxina, da lesão e 0,5 mg/Kg BID após três dias da
injetado diretamente no local de lesão medular ocorrência da lesão (HOERLEIN et al., 1985).
experimental em ratos verificou-se uma Em cães, com trauma medular, observou-se
melhora significante na recuperação funcional que na dosagem de 2 g/Kg, o DMSO causou
(TENG e WHATHALL, 1997). Infelizmente, hemólise significativa, com diminuição do
esta substância é muito tóxica para uso volume globular e decréscimo notório do
clínico, mas é possível que outros fluxo sangüíneo na medula espinhal (BERG e
bloqueadores de canais de sódio como, por RUCKER, 1985; OLBY, 1999).
exemplo, o mexiletine, possam produzir 1.3 Inibidores do metabolismo do ácido
efeitos clínicos satisfatórios similares araquidônico
(JEFFERY e BLAKEMORE, 1999). Agentes que previnem ou
1.2 Antioxidantes e varredores de radicais antagonizam a formação de metabólitos
livres vasoativos provenientes do ácido araquidônico,
Agentes, como as vitaminas C e E, como as prostaglandinas e os tromboxanos,
selênio, co-enzima Q e o dimetil sulfóxido podem ter valor prático no tratamento da lesão
aguda à medula espinhal. Os inibidores da ciclo-
(DMSO) têm o potencial de reduzir a
oxigenase, como ibuprofeno e meclofenamate,
magnitude da necrose tecidual após lesão,
podem prevenir a isquemia medular após o
protegendo a medula espinhal dos efeitos
trauma (BRAUND, 1993). A utilização destes
deletérios dos radicais livres induzidos pela
apresentou bons resultados em gatos, à
peroxidação lipídica (BRAUND, 1993).
medida que inibiu a diminuição do fluxo
O alfa-tocoferol (vitamina E)
sangüíneo na medula espinhal após o trauma
apresentou bons resultados ao ser
(HALL e WOLF, 1986, apud JANSSENS,
administrado a gatos (1000 UI/dia), durante
1991).
cinco dias, antes do trauma medular
experimental, porém não se conhece resultado 1.4 Barbitúricos
positivo quando administrado após a O uso de barbitúricos após trauma
ocorrência da lesão medular (BERGMAN et medular experimental em ratos foi benéfico,
al., 2000). pois essa substância atuou no SNC
Como é necessário intervalo de tempo diminuindo os níveis de potássio no local da
longo para que esses antioxidantes atinjam lesão e o dano ao endotélio microvascular,
níveis terapêuticos no SNC, seu uso após a com subseqüente redução da agregação

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plaquetária, atuando também na redução do 1.7 Progesterona


edema vasogênico diminuindo os efeitos da Esse esteróide foi efetivo no
peroxidação lipídica (COLTER e RUCKER, tratamento do trauma medular agudo em
1998). ratos, possivelmente devido a efeito
neuroprotetor, prevenindo a morte celular pela
1.5 Antagonistas dos opióides
modulação do N-metil-D-aspartato (NMDA),
A utilização de altas doses de
um dos receptores do L-glutamato, um
naloxona, um antagonista de opióides,
neurotransmissor excitatório. Ela atuou
melhorou o fluxo sangüíneo seguinte ao
reduzindo a severidade da fase aguda da lesão
trauma medular experimental em gatos,
espinhal, diminuindo a permeabilidade da
aumentando a recuperação da função
barreira hematoencefálica, possuindo efeitos
neurológica (BRAUND, 1993). Quando
antioxidantes e inibidores da peroxidação
administrada uma a quatro horas após o
lipídica (BERGMAN et al., 2000).
trauma, mostrou alguns benefícios, sendo o
efeito dose-dependente (BERGMAN et al., 1.8 Antagonistas do NMDA
2000). Entretanto, em gatos com lesão em Os bloqueadores de NMDA foram
medula espinhal lombar, tratados com usados para inibir o potencial neurotóxico dos
naloxona 45 minutos após o trauma, na aminoácidos excitatórios como o glutamato
dosagem de 2 mg/Kg I.V. e em infusão (BERGMAN et al., 2000). O aumento desses
contínua durante mais quatro horas, utilizando neurotransmissores na área da lesão medular
a mesma dosagem, Hoerlein et al. (1985) não pode ativar dois tipos de receptores
observaram resultados significativos, quando excitatórios: o ácido propiônico α-amino-3-
comparados ao grupo controle. Os hidroxi-5-metil-4-isoxazole (AMPA) e o
antagonistas de opióides também podem ser NMDA. Em alguns estudos em ratos observou-
administrados logo após o trauma, em única se redução da isquemia após lesão medular
dose, podendo proteger a medula durante o experimental, bloqueando a ativação dos dois
transporte do paciente, até a realização do receptores. Enquanto, apenas o bloqueio do
procedimento cirúrgico (BRAUND, 1993). receptor NMDA não apresentou efeito benéfico
(JEFFERY e BLAKEMORE, 1999). A
1.6 Hormônio liberador da tirotropina utilização de antagonistas de NMDA, como o
O hormônio liberador da tirotropina MK801, tienilfenciclidine e NBQX, em modelos
(TRH) regula a liberação de secreções de lesões espinhais isquêmicas, concussiva e
pituitárias de TSH (BERGMAN et al., 2000) compressiva em ratos, demonstram que, mesmo
e, no SNC, funciona como antagonista parcial havendo melhora da recuperação funcional,
de muitos efeitos dos opióides endógenos. O estas drogas podem causar efeitos adversos,
TRH também pode bloquear a hipotensão incluindo sedação, ataxia, estimulação motora
induzida pelos leucotrienos (BRAUND, 1993) e alterações cardiovasculares (OLBY, 1999).
e inibir o fator de ativação plaquetária. Em
gatos, apresentou ótimos resultados quando 1.9 Glicocorticóides
administrado na dosagem de 2 mg/Kg I.V., em Os glicocorticóides foram usados
infusão contínua, durante uma hora (BRAUND, extensivamente no tratamento clínico do
1993). Porém, mesmo mostrando efeitos trauma medular, com o intuito de reduzir o
positivos, esta droga apresentou um tempo edema, a inflamação e as lesões vasculares
reduzido de meia-vida, devendo ser que ocorrem após o trauma agudo à medula
administrada dentro de uma hora após a espinhal (JEFFERY, 1995), melhorando o
ocorrência da lesão medular. Infelizmente, fluxo sangüíneo e protegendo o tecido
humanos tratados com este medicamento neuronal contra os efeitos citotóxicos dos
mostraram resultados insignificantes na radicais livres (MEINTJES et al., 1996).
melhoria da recuperação funcional A dexametasona não demonstrou
(BERGMAN et al., 2000). qualquer efeito benéfico na recuperação de

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lesões medulares agudas (JEFFERY, 1995). para inibir o desenvolvimento de lesões


Sua utilização é associada ao aparecimento de secundárias (BERGMAN et al., 2000).
úlceras e hemorragias gastrointestinais, Mesmo apresentando benefícios,
pancreatite e imunossupressão (MEINTJES et questiona-se a eficácia do SSMP, devido à
al., 1996). Devido à freqüência dos efeitos existência de erros nas análises estatísticas dos
adversos e à incerteza de sua eficácia, o uso dados obtidos em algumas pesquisas. Foram
da dexametasona para o tratamento da lesão observadas falhas relacionadas aos resultados
aguda à medula espinhal não foi recomendado alcançados e omissão de alguns dados
(LECOUTEUR, 1998). importantes referentes a complicações e efeitos
O succinato sódico de negativos do uso do SSMP, como por exemplo,
metilpredinisolona (SSMP) é, até o presente os altos índices de mortalidade resultantes de
momento, o fármaco de eleição no tratamento complicações respiratórias (HURLBERT,
da lesão aguda à medula espinhal, devido aos 2000).
seus efeitos neuroprotetores, contra a cascata Questiona-se também os valores
dos eventos secundários que se desenvolvem referentes à dose e à freqüência de
após o trauma medular (BRAUND, 1993). O administração do SSMP em animais, visto que
mecanismo de ação da SSMP envolve tal droga vem sendo administrada, baseando-
inibição da peroxidação lipídica, prevenção da se em resultados obtidos na espécie humana e
isquemia progressiva, diminuição da as diferenças entre a fisiologia humana e
concentração de cálcio intracelular, prevenção animal devem ser consideradas. Além disso, a
da degradação do tecido nervoso e inibição da dose empregada não deve ser determinada
hidrólise lipídica da membrana celular, via apenas a partir do peso do animal, mas
ácido araquidônico e conseqüente formação também deve ser influenciada por outros
da prostaglandina PGF2α e tromboxano A2 fatores, como por exemplo, a severidade da
(HALL, 1992). lesão (COLEMAN et al., 2000).
Os efeitos benéficos do SSMP são Observou-se que a utilização de doses
observados somente com doses altas (30 muito altas de SSMP pode interferir na
mg/Kg), muito maiores do que a dose anti- proteção neuronal normal, pela inibição da
inflamatória (0,5 mg/Kg). Deve ser atividade das células do sistema imunológico,
administrado dentro das primeiras 8 horas incluindo os macrófagos, inibindo o processo de
após o trauma, na dosagem de 30 mg/Kg, pela regeneração neuronal (BRACKEN e
via intravenosa (I.V.), seguida por infusão HOLFORD, 1993), além de aumentar os
constante de 5,4 mg/Kg/h por 24 horas; ou riscos de sepse e pneumonia. A dose de 80
ainda em uma dose inicial de 30 mg/Kg I.V., mg/Kg, I.V., por cinco dias, pode induzir a
também dentro das primeiras 8 horas pós- perda severa de musculatura respiratória e
trauma, seguida por duas outras doses de 15 esquelética e atrofia muscular, podendo levar
mg/Kg, duas e 6 horas após a primeira dose, e ao quadro de miopatia corticosteróide aguda
posterior infusão constante de 2,5 mg/Kg/h, (QIAN et al., 2000).
por 18-24 horas (OLBY e JEFFERY, 2003). 1.10 Aminoesteróides
Segundo Bracken et al. (1997), pacientes que Os 21 aminoesteróides ou lazaróides
iniciaram o tratamento dentro de três horas têm propriedades antioxidantes sem efeitos
após a lesão medular devem manter o secundários nos receptores esteróides, sendo
tratamento por 24 horas e pacientes que 100 vezes mais potentes que o SSMP na
iniciaram o tratamento dentro de três a oito inibição da peroxidação lipídica. O tirilazade é
horas após a lesão, devem mantê-lo por até 48 um 21-aminoesteróide desenvolvido para uso
horas. O tratamento mantido por até 48 horas, clínico (BERGMAN, 2000) sendo efetivo nas
mantém as concentrações teciduais do reações catalizadas pelo ferro, além de inibir a
medicamento em níveis terapêuticos úteis ação dos radicais livres e dos metabólitos da

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peroxidação lipídica, promovendo a A utilização de inibidores da caspase


diminuição da quantidade de ácido (BAF e AcYVAD-cmk) em ratos, preveniu a
araquidônico liberado no local do trauma morte de diversos tipos celulares, inclusive
(FRANCEL et al., 1993). Segundo LeCouteur neurônios (CHENG et al., 1998). É possível
(1998), pacientes com lesão medular tratados que a redução da inflamação e do edema
com tirilazade na dose de 2,5 mg/Kg, a cada cerebral tenha ocorrido secundariamente à
seis horas, durante 48 horas, e SSMP, na dose inibição da caspase específica, com
de 30 mg/Kg I.V., apresentaram recuperação subseqüente diminuição na formação da
motora equivalente à de pacientes que interleucina 1β, principal responsável pelo
receberam SSMP por 24 horas. desencadeamento do processo de apoptose
Entretanto, quando Coates et al. celular (CHENG et al., 1998).
(1995) testaram o aminoesteróide em 41 cães, O inibidor da calpaína CEP 4143,
nas dosagens de 30, 15, 10, 5 e 1,5 mg/Kg quando utilizado diretamente na medula
I.V., não observaram melhora na recuperação espinhal de ratos, por meio de microinjeções,
neurológica dos animais, quando comparados antes da lesão aguda, possibilitou melhora
ao grupo controle. Isto mostrou que os significante da função neurológica seis
benefícios obtidos com o uso do tirilazade não semanas após o trauma. Houve inibição da
foram comparados com os observados com a ativação da calpaína, resultando em
administração de SSMP (BERGMAN et al., preservação do tecido adjacente ao local da
2000). lesão, sugerindo que os inibidores da calpaína
são neuroprotetores eficientes, que
1.11 Gangliosídeos
futuramente poderão ser utilizados como
Segundo Olby (1999), a utilização de
limitantes dos eventos secundários, após a
gangliosídeos (GM1) tem atenuado os efeitos
lesão primária à medula espinhal
dos aminoácidos excitatórios, indicando a
(SCHUMACHER et al., 2000).
possibilidade de possuírem ação
neuroprotetora na lesão medular aguda. Em 2. Polietilenoglicol
seres humanos, foram observados efeitos A solução de polietilenoglicol (PEG),
benéficos quando administrado pelo menos 48 a utilizada na medula traumatizada de cobaias,
72 horas após a lesão, na dose de 100 mg por promoveu recuperação imediata da condução
dia, pela via intramuscular, durante três a quatro dos impulsos nervosos e de algumas funções
semanas (OLBY, 1999). Sua utilização neurológicas próprias da substância branca. A
juntamente com o SSMP apresentou bons medula espinhal foi cirurgicamente exposta e
resultados em humanos, quando estes a solução de PEG foi diretamente aplicada 15
receberam inicialmente o SSMP, e em seguida minutos após a lesão medular no grupo 1 e,
o GM1 (10 mg por dia) durante 26 dias oito horas após a lesão medular no grupo 2. O
(BERGMAN et al., 2000). Todavia, em ratos, PEG promoveu a conexão ou reconexão das
não foi observado melhora, devido ao membranas celulares, restaurando a
antagonismo do efeito do SSMP pelo GM1 excitabilidade da membrana e inibindo a
(OLBY, 1999). destruição de axônios durante o processo de
Opções Promissoras de Tratamento lesão secundária (BORGENS e SHI, 2000). Já
em cães a utilização de PEG não apresentou
1. Inibidores da caspase e da calpaína bons resultados. Este tratamento pode ser
As caspases são importantes eventualmente usado junto com a cirurgia
mediadoras da morte celular numa variedade descompressiva e a estabilização da coluna
de condições neurológicas (FINK et al., 1999). vertebral (BERGMAN et al., 2000).
Seus inibidores mostraram-se alternativa
promissora no tratamento do trauma medular, 3. Sulfato de magnésio
retardando a lesão celular e reduzindo o Em ratos apresentando contusão
edema e a inflamação subseqüentes ao trauma. medular, observou-se que a administração de

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sulfato de magnésio (100 mg/Kg e 600 crônicas que causam compressão à medula
mg/Kg), pela via intraperitoneal, imediatamente espinhal para redução do edema, diminuindo
após o trauma, resultou em rápida recuperação o efeito compressivo, apresentando ainda,
funcional. O sulfato de magnésio pode causar efeito anti-prostaglandina (JEFFERY, 1995).
vasodilatação na medula espinhal, estimulando a Em humanos, a lesão medular crônica
liberação de prostaglandinas do endotélio dos é tratada também com drogas como o
vasos, podendo assim, inibir a peroxidação blacofen, o clonidine e a ciproheptadine,
lipídica e prevenir trombose nos vasos do fármacos que reduzem a espasticidade dos
segmento atingido (por inibir a reativação membros, favorecendo o retorno à função
plaquetária). Os efeitos neuroprotetores do motora (BAGLEY, 1999).
magnésio envolvem o bloqueio dos canais de O 4-aminopiridine, atuando nos
cálcio regulados pelos receptores NMDA, a canais de potássio expostos após a lesão,
inibição da produção de lactato e a ajudou a equilibrar o balanço iônico em
manutenção da integridade da membrana axônios com transecção incompleta e
celular (KAPTANOGLU et al., 2003). melhorou a locomoção de pacientes com um
4. Transplantes ano de ocorrência da lesão (BERGMAN et al.,
Os transplantes celulares representam 2000).
uma alternativa promissora na recuperação Anti-inflamatórios [anti-inflamatórios
funcional de pacientes vítimas de trauma não esteroidais (AINEs) e glicocorticóides]
medular. Muitas técnicas visam à reconstituição podem ser utilizados como parte da terapia
do tecido nervoso lesionado, através do implante para animais que apresentam dores espinhais
de células diferenciadas, promovendo o ou leve paresia, animais com perda crônica da
desenvolvimento de um meio permissivo à dor profunda nos membros pélvicos e em cães
regeneração tecidual. cujos proprietários não autorizam o
A implantação de blocos de tecido do tratamento cirúrgico (JEFFERY, 1995;
SNC fetal nas áreas de tecido nervoso lesadas TOOMBS e WATERS, 2003). O maior
possibilita o desenvolvimento de meio problema do uso de AINEs é observado
favorável ao crescimento axonal (JEFFERY e quando os mesmos não surtem efeito,
BLAKEMORE, 1999). Células nervosas da necessitando-se da administração de
bainha olfatória, encontradas no bulbo e nervo corticosteróides, surgindo sérias complicações
olfatórios, local de contínuo crescimento celular, gastrointestinais com o uso seguido dessas
utilizadas com o objetivo de promover duas drogas. Da mesma forma que os
regeneração axonal funcionaram como uma base corticosteróides, o uso de AINEs deve ser
de suporte para a mielinização dos axônios, cauteloso, visto que o alívio da dor pode levar
contribuindo assim para recuperação à atividade excessiva do animal, resultando na
neurológica de pacientes vítimas de lesão exacerbação dos sintomas (JEFFERY, 1995).
medular (JEFFERY et al., 2001). A dexametasona tem sido
As células-tronco de medula óssea historicamente utilizada no tratamento de
representam, hoje, outro tipo celular lesões à medula espinhal. Entretanto
promissor, pela sua capacidade de crescer e se observou-se que esta não apresentou qualquer
diferenciar nas células que compõem os
efeito benéfico, além de promover alta
diferentes tecidos do organismo. São utilizadas
incidência de efeitos colaterais como
em diversos estudos na espécie humana, com o
ulcerações e hemorragias gastrointestinais
objetivo de reconstituir a região de
(JANSSENS, 1991; MEINTJES et al., 1996;
comunicação entre o cérebro e os membros
OLBY, 1999).
(COLAVITTI, 2002).
Opióides como morfina, oximorfina e
Tratamento da Lesão Medular Crônica butorfanol (WHELLER e SHARP, 1996) e a
Os glicocorticóides podem ser acupuntura (CHAN, et al., 1996) são opções
utilizados no tratamento de condições adequadas para o combate à dor.

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Tratamentos Cirúrgicos clinical assessment and initial management.


Nos casos decorrentes de trauma Veterinary Neurology, v.21, n.12, p.1138-1143,
medular, as indicações para o tratamento 1999.
cirúrgico são a presença de instabilidade BERG, R.J.; RUCKER, N.C. Pathophysiology and
espinhal e compressão à medula espinhal medical management of acute spinal cord
(BAGLEY et al., 1999). A gravidade do injury. Compendium on Continuing Education
trauma espinhal obrigará a utilizar as drogas for the Practice Veterinary, v.7, n.8, p.646-652,
neuroprotetoras anteriormente citadas, para 1985.
interromper a evolução das lesões
BERGMAN, R. et al. A review of experimental
secundárias, associado ao tratamento cirúrgico and clinical treatments for acute spinal cord injury.
indicado. Veterinary Medicine, p.855-866, 2000.
A cirurgia descompressiva está
indicada nos casos de doença do disco BORGENS, R.B.; SHI, R. Immediate recovery
intervertebral, espondilectomia cervical from spinal cord injury through molecular repair of
(Wobbler), em casos graves ou recidivantes de nerve membranes with polyethylene glycol. The
instabilidade atlantoaxial e na síndrome da FASEB Journal, v.14, p.27-35, 2000.
cauda eqüina (LECOUTEUR, 1998; PRATA, BRACKEN, M.B. et al. Administration of
1998; SHIRES, 1998; FOSSUM, 2002; methylprednisolone for 24 or 48 hours or tirilazad
TOOMBS e WATERS, 2003). A mesylate for 48 hours in treatment of acute spinal
descompressão cirúrgica também é indicada cord injury: results of the third national acute
quando há compressão grave extradural à spinal cord injury randomized controlled trial.
medula, como resultado do deslocamento de Journal of American Medical Association,
partes vertebrais fraturadas ou luxadas, da v.277, n.20, p.1597-1604, 1997.
hemorragia e da extrusão traumática do disco
BRACKEN, M.B.; HOLFORD, T.R. Effects of
intervertebral. timing of methylprednisolone or naloxone
Várias técnicas para descompressão administration on recovery of segmental and long-
medular, estabilização de fraturas e/ou tract neurological function in NASCIS 2. Journal
luxações e outras afecções que gerem of Neurosurgery, v.79, p.500-507, 1993.
instabilidade vertebral são revisadas na
literatura. Diante disto, o objetivo principal BRAUND, K.G. Acute spinal cord trauma. In:
BOJRAB, M.S. et al. Diseases Mechanisms in
desta revisão é o tratamento médico do trauma
Small Animal Surgery, 2ª ed, Lippincot:
medular. Williams & Wilkins, 1993. p.1140-1157.
Considerações Finais CHAN, W. et al. A review of acupuncture therapy
As lesões traumáticas e/ou of canine paralysis and lameness. Veterinary
compressivas da medula espinhal podem Bulletin, v.66, n.10, p.999-1011, 1996.
ocasionar disfunções e incapacidades graves e
permanentes. O conhecimento e a utilização CHENG, Y. et al. Caspase inhibitor affords
neuroprotection with delayed administration in a
precoce de medicamento e/ou procedimentos
rat model of neonatal hypoxic-ischemic brain
cirúrgicos específicos, que preservem a injury. Journal of Clinical Investigation, v.101,
integridade estrutural do neurópilo medular, n.9, p.1992-1999, 1998.
poderá fazer a diferença entre o retorno a
ambulação ou a paralisia. Esta revisão mostra a COATES, J.R. et al. Clinicopathologic effects of a
importância de novos estudos na tentativa de 21-aminosteroid compound (U74389G) aand high-
solucionar este problema ainda não resolvido dose methylprednisolone on spinal cord function
tanto na medicina humana quanto na after simulated spinal cord trauma. Veterinary
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