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Nome:_____________________________________________ Nº _______ Turma: 1301

Data:_____/_____/2020
Professora: Valéria Rangel
Plano de Estudo Disciplina: Língua Portuguesa

Coesão referencial

A coesão referencial é um mecanismo de coesão textual que colabora com a textualidade através do uso
de elementos coesivos. Ela conecta as diversas partes de um texto sejam palavras, orações e períodos.
Trata-se de um recurso coesivo que ocorre quando um termo ou expressão que já foi citado no texto é
retomado por meio de outro termo que o substitui.

Observe as frases:

1 – O carro que comprei é automático.

2 – A mãe olhou-o e disse: - Meu filho, estás com um olhar cansado.

É possível notar que os termos destacados nas frases fazem referência a outras expressões que aparecem
antes ou depois deles, não é mesmo? Em 1, o pronome relativo “que” retoma o substantivo“carro” que o
antecede. Já em 2, o pronome oblíquo “o” apresenta o referente que só aparecerá na sequência do enunciado.

Esse tipo de mecanismo linguístico é chamado de coesão referencial e, dependendo da posição do termo a
que faz referência, pode ser classificada em anáfora ou catáfora.

Anáfora

É um mecanismo linguístico por meio do qual um termo recupera um outro termo que o antecedeu no texto.

Exemplo: Mariana comprou um novo carro. O veículo é o laçamento do ano.

Perceba a retomada do substantivo “carro” por outro substantivo, “veículo”.

Exemplo: O doutor está de férias. Ele só retornará aos atendimentos no próximo mês.

Nesse exemplo, houve a retomada do substantivo “doutor” pelo pronome “ele”.

Catáfora

É um mecanismo linguístico no qual o referente aparece depois do item coesivo.

Exemplo: Só desejamos isto: férias!

Perceba que o pronome demonstrativo “isto” antecede o referente “férias”, que aparece logo depois.

Exemplo: Pedro comprou vários ingredientes: açúcar, farinha, ovos, chocolate em pó e leite.

Note que a expressão “vários ingredientes” antecede o referente que apresenta quais itens Pedro comprou:
“açúcar, farinha, ovos, chocolate em pó e leite.”
Coesão referencial

Em vez de simplesmente repetir uma palavra já utilizada, fazemos referências que remetam a ela, no curso
do texto. Há vários mecanismos distintos para estabelecimento dessas. Vejamos:

Arthur Antunes Coimbra (1) é o maior nome da história do Flamengo. Desde a infância passada no subúrbio
carioca, o jovem Zico (2) já se revelava um talento incomum para o futebol. Só havia um problema: o
Galinho de Quintino (3) era um tanto franzino para um esporte que cada vez mais exigia preparo físico. A
saída foi submetê-lo (4) a uma intensa bateria de exercícios que o (4) tornaram um jogador completo, corpo
e mente integrados. Daí, para que ele (4) se tornasse o grande ídolo que todos conhecemos, foi apenas um
passo.
Por mais de uma década, o craque (5) colecionou títulos e alegrias para o seu (4) clube. Sua (4) única
frustração, no entanto, foi nunca ter sido campeão do mundo pela seleção brasileira. Mesmo assim, as
glórias conquistadas pelo campeão do mundo de 1981 (6) superaram de longe as decepções. Zico (7) ainda
atuou como jogador pela Udinese, da Itália, e pelo Kashima Antlers, do Japão. Como técnico, (8) coordenou
a seleção japonesa, o Fenerbahçe, da Turquia, e, atualmente, (8) comanda o CSKA de Moscou.

Voltando-nos apenas às referências feitas a Zico, no texto, podemos apontar os principais mecanismos
para a consecução da coesão referencial na superfície do texto:

(1) Uso de nome completo


(2) Apelido
(3) Epíteto, isto é, um substantivo, adjetivo ou expressão que qualifica dado nome
(4) Pronominalização
(5) Hiperônimo (Processos de sinonímia: hiperônimo e hipônimo)
(6) Dado cultural
(7) Repetição
(8) Elipse (Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados.)

Temos então os mecanismos de coesão referencial, aqueles que fazem remissão a outro elemento da
malha textual.
→Pronominalização, sejam os pronomes em questão retos, oblíquos, demonstrativos, possessivos,
relativos, indefinidos, de tratamento.

Epíteto significa acrescido, posto ao lado. É um termo de origem grega. Ex. Joaquim José da Silva Xavier “
Tiradentes”, Chacrinha “o Velho Guerreiro”, Raul Seixas - cantor falecido em 1989 “o Maluco Beleza”.

Hiperônimo: deriva do grego hyperonymon (hyper = acima, sobre/ onymon = nome) é uma palavra com sentido
genérico, cujo significado será mais amplo que o hipônimo. Comparativamente aos termos biológicos, hiperônimo
é o gênero, isto é, palavra que apresenta características
comuns. Vamos aos exemplos:
Animais é hiperônimo de boi e cavalo.
Legume é hiperônimo de chuchu e beterraba.
Galáxia é hiperônimo de estrelas e planetas.

Hipônimo: também tem origem grega hyponymon (hypo = debaixo, inferior/ onymon = nome), é a palavra com
sentido específico, ou seja, com significado hierarquicamente mais específico do que as demais palavras.
Laranja e morango são hipônimos de fruta.
Vermelho e azul são hipônimos de cor.
Brócolis e espinafre são hipônimos de verdura.

A etimologia de cada uma das duas palavras faz com que você se recorde: o hiper está ligado à ideia de excesso.
Já o termo hipo, com a falta, a escassez.

→Nominalização, ou seja, a utilização de um substantivo que retoma, semanticamente, um verbo utilizado


no texto.
Radares vão fiscalizar 14 faixas de trânsito em Belém
Amub diz que rodovia Arthur Bernardes terá radar de fiscalização. Via é considerada ponto de alto índice
de acidentes de trânsito.
EXERCÍCIOS

I – Use A para anáfora e C para catáfora, identificando os termos destacados:


1-Luana mora com a tia. Ela faz faculdade de direito. ( )
2- João está doente. Vi-o na semana passada. ( )
3- Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério. ( )
4- Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. ( )
5- A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado. ( )
6-Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José. ( )
7- "A verdade é esta, meus caros: estamos mal-arrumados" ( )
8- Eu pretendo fazer isto: Estudar os pronomes. ( )

II – Identifique o uso dos pronomes demonstrativos em relação ao referente textual em anafórico ou


catafórico:

a) Estas foram as últimas palavras do meu mestre: seja sincero com seus discípulos._________________

b) Quando saí de casa, meu pai me disse isto: seja bom, ame o próximo, e respeite a vida.
_________________

c) Este foi um divertido anúncio de uma revista: "Cara , se, tipo assim, o seu filho escrever como fala, ele
tá ferrado!" _________________

d) "Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia nos parece estranha."
_________________

e) Pedro foi preso como estelionatário. Esse cara nunca me enganou. _________________

f) Joana não saiu ontem. Ela preferiu ficar em casa. _________________

g) Eu pretendo fazer isto: Estudar os pronomes. _________________

h) Regência e Crase: essas são as matérias mais cobradas em concurso público. _________________

i) As matérias mais cobradas em concurso público são estas: regência e crase. _________________

CAIU NO ENEM
(ENEM 2009)

Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento conflito de
dez anos, entre os séculos XIII e XII A.C. Foi o primeiro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos
conseguiram enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de
madeira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no para dentro. À noite, os soldados gregos, que
estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para a invasão. Daí surgiu a expressão
"presente de grego".

III – Em "puseram-no", a forma pronominal "no" refere-se:

a) ao termo "rei grego".


b) ao antecedente "gregos".
c) ao antecedente distante "choque".
d) à expressão "muros fortificados".
e) aos termos "presente" e "cavalo de madeira".
Nome:_____________________________________________ Nº _______ Turma: 1301
Data:_____/_____/2020 Nota:_______
Professora: Valéria Rangel
Plano de Estudo Disciplina: Língua Portuguesa

COESÃO SEQUENCIAL

Além da referência a outros termos dentro do nosso texto, o encadeamento é uma das grandes
preocupações, por isso, é importante trabalhar a coesão sequencial.

Um texto não é um amontoado de frases. Essas se conectam por meio de mecanismos que garantem fluxo de
informação e continuidade ao texto. A coesão sequencial é, assim, a “argamassa” textual, criando os
pontos de junção que garantem justamente que o texto não seja uma sucessão descontínua de frases.
Vejamos uma exemplificação:

No meio do caminho (Carlos Heitor Cony)

O homem ia andando e encontrou uma pedra no meio do caminho. Milhões de homens encontram uma
pedra no caminho e dela se esquecem. Um poeta, que talvez nunca tenha encontrado pedra nenhuma, que
fatalmente esqueceu muitas coisas, esqueceu caminhos que andou e pedras que não encontrou, fez um
poema dizendo que nunca esqueceria a pedra encontrada no meio do caminho.
Se a rosa é uma rosa, a pedra deveria ser uma pedra, mas nem sempre é. No meu primeiro dia de escola, da
qual seria expulso por não saber falar o mínimo que se espera de uma criança, minha tia e madrinha, que
nos chamávamos de Doneta, mas tinha outro nome do qual me esqueci, levou-me pela mão em silêncio, e
em silêncio ia eu, sem saber o que representava o primeiro dia de escola.
Quando percebi o que seria aquilo – misturar-me a meninos estranhos e ferozes, ficar longe de casa e da
mão da minha tia e madrinha –, entrei a espernear, aos berros – aos quais mais tarde renunciaria por
inúteis.
Foi então que a tia e madrinha definiu a situação, dizendo com sabedoria: “São os abrolhos, meu filho”.
Sim, os abrolhos começaram e até hoje não acabaram. Não sei bem o que é um abrolho, mas deve ser uma
pedra no caminho da gente. A diferença mais substancial é que bastou uma pedra no meio do caminho
para que um poeta dela não se esquecesse.
Não sendo poeta, não me lembro de ter topado com pedra nenhuma no meio do caminho. Mas, em
matéria de abrolhos, sou douto. Mesmo não sabendo em que consiste um abrolho.
Como disse acima, tiraram-me daquele abrolho inicial porque não sabia falar. Aprendi a escrever mal e
porcamente, e os abrolhos vieram em legião. Faço força para esquecê-los, mas volta e meia penso que
seria melhor encontrar uma pedra no meio do caminho.
Abrolhos: Espinhos, estrepes.Escolhos, recifes.[Figurado] Dificuldades, amarguras: vida cheia de abrolhos.
Douto: Culto; aquele que tem um conhecimento excessivo sobre uma ou muitas coisas.

***Valores semânticos dos conectivos

***Todos os vocábulos em destaque, no texto acima, correspondem a conectivos, palavras ou


conjuntos dessas que propriamente estabelecem conexões entre o que se disse e o que se vai dizer no
texto. Tais conexões manifestam relações semânticas, sendo as principais:

1) Relação de causalidade ou de explicação – porque, uma vez que, visto que, já que, dado que, como,
pois etc.
2) Relação de condicionalidade – se, caso, desde eu, contanto que, a menos que, sem que, salvo se,
exceto se, a não ser que, em caso de etc.
3) Relação de temporalidade – quando, enquanto, mal, logo que, antes que, depois que, assim que,
sempre que, até que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, à medida que, à proporção que, etc.
4) Relação de finalidade – para, para que, a fim de, a fim de que, etc.
5) Relação de alternância – ou, ou...ou, ora...ora, seja..seja, quer...quer, etc.
6) Relação de conformidade – conforme, consoante, segundo, como, de acordo com, etc.
7) Relação de adição – e, também, ainda, não só...mas também, além de, nem, nem...nem, além do
mais, ademais, etc.
8) Relação de oposição – mas, porém, contudo, entretanto, no entanto / embora, se bem que, ainda
que, apesar de, etc.
9) Relação de conclusão – logo, portanto, pois, por conseguinte, então, assim, etc.
10) Relação de comparação – como, feito, mais..do que, menos...do que, tanto...quanto, tal como, tal qual,
etc.

EXERCÍCIOS

Reescreva as orações utilizando os conectivos entre parênteses, fazendo as modificações necessárias.


Em seguida, indique as relações semânticas por eles estabelecidas:

Exemplo: Como dizia minha avó, o tempo passa voando (consoante)


Consoante minha avó dizia, o tempo passa voando. (CONFORMIDADE)

a) Não foi possível continuar a viagem porque a chuva estava muito forte (como)

b) Quase não o reconheci, tão envelhecido estava (porque)

c) O governo atenderá as reivindicações dos grevistas se eles terminarem a greve (exceto se)

d) Com a proximidade das provas, os alunos vão ficando impacientes (à medida que)

e) Ainda trabalha, não obstante seus oitenta anos (mas)

f) Treinou muito, pois queria conquistar o primeiro lugar (a fim de)

g) Por estar gripado, não viajei neste feriado (porque)

h) Fez de tudo para reconquistá-la, mas sua decisão de terminar foi definitiva (embora)

i) Os cubanos são alegres como os brasileiros (tão/quanto)

1- (ENEM 2011) (0,3)

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também
de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar
atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda
a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto.
Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23
mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do


sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”.
Nome:_____________________________________________ Nº _______ Turma: 1301
Data:_____/_____/2020 Nota:_______
Professora: Valéria Rangel
Plano de Estudo Disciplina: Língua Portuguesa

Produção textual

Texto dissertativo argumentativo (estrutura)

Para se dar bem na redação é preciso ler e escrever constantemente. A leitura irá garantir o conhecimento
das estruturas de linguagem, conectivos e vocabulário.

Para começar a estudar a estrutura da redação, é preciso desmembrá-la em três partes:


introdução, desenvolvimento e conclusão.

ESTRUTURA CONTEÚDO OBSERVAÇÕES


As contextualizações podem
ser: revoluções sociais,
Contextualização + Tema delimitado documentos (Constituições,
Introdução + Tese + Exposição dos argumentos LDB, ECA, etc.), músicas, filmes,
livros, etc.

A contextualização deve vir no


início da redação.

O desenvolvimento não é para


fazer uma segunda introdução,
Desenvolvimento Argumento 1 + dados do cotidiano + mas é para expor seus
Aprofundamento do argumento 1 argumentos, para comprovar
sua tese.

Desenvolvimento Argumentar é, basicamente, a


opinião sobre as causas ou
consequências do problema
que o tema traz.
Argumento 2 + citação +
Aprofundamento do argumento 2 Argumentos gerais que se
encaixam em qualquer tema:
governo, educação e cultura.

Conclusão Conclusão dos argumentos:


frase que resume seus
argumentos.

Conclusão dos argumentos + A solução deve conter os cinco


solução + fechamento do texto elementos:
o agente (quem fará a ação);
a ação ( o que deverá ser feito);
o meio/o modo (como vai ser
feita a ação); a finalidade (para
que será feita a ação) e o
detalhamento de um dos
quatro elementos anteriores.

***Favor deixar uma cópia desta última folha em seu caderno para usarmos em sala.
EXERCÍCIOS

1 – A coesão textual compõe qual competência para avaliação da correção da redação do ENEM?

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2 – Qual a importância da coesão para o texto dissertativo?

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3 – Qual a diferença entre tema e tese?

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4- O que é contextualização?

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