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O PÁSSARO AZUL
Obra de Maurice Maeterlinck
Adaptação de Silvianne Lima
CENA 01 – FLORESTA
MÚSICA 01 – FLORESTA
(casinha entra flutuando)
ZECA – Olha Maria Clara ali tem um pássaro!
MARIA CLARA – Aqui Rápido! (com uma arapuca na mão) Me dá a estaca! Pegue as
migalhas. (entra um pássaro e este é pego)
OS DOIS – Nós pegamos! Nós pegamos!
ZECA – Você acha que é um sabiá?
MARIA CLARA – Espero que sim. (para o pássaro) Não adianta bater as asas eu peguei
você.
ZECA – Deixa eu ver Maria Clara, deixa?
MARIA CLARA - Cuidado Zeca, não vai assustar ele.
ZECA – Um guarda florestal.
MARIA CLARA – Vamos sair daqui! (Os dois saem correndo pela floresta e param um
pouco)
ZECA – O que o guarda teria feito se tivesse pegado a gente.
MARIA CLARA – Colocaria a gente no calabouço e cortaria nossas cabeças.
ZECA – Só porque a gente pegou um passarinho? Mas ele tem uma floresta cheia deles.
MARIA CLARA – Mas é contra a lei.
ZECA – Maria Clara, que tal dar o pássaro de presente para Ângela, mamãe disse que ela
está muito doente.
MARIA CLARA – É um lindo pássaro. Nem pensar!
ZECA – É um pássaro muito bonito, você devia dar a ela.
MARIA CLARA – O que ela teria para me dá, ela só tem uma boneca velha. E além do mais
eu já tinha prometido a outra menina.
ZECA – A quem você prometeu dá o passarinho de presente?
MARIA CLARA – A quem você pensa? A mim!
MÚSICA 02 - MÚSICOS
ZECA – Então porque não disse logo!
MARIA CLARA – Da próxima vez que eu sair pra caçar vou deixar você em casa.
(Caminham para casa. No meio do caminho se deparam com uma festa numa mansão.).
MARIA CLARA – Olha! Quantos brinquedos têm aquelas crianças?
ZECA – Olha só para as crianças todas estão se divertindo!
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MÃE – A mesma coisa que causa problemas em todo lugar: a ganância, o egoísmo, pessoas
que não se conformam com o que tem...
MARIA CLARA – Mas o papai não é assim mamãe, porque tem que ir.
MÃE – É isso que está errado minha filha, quando você está infeliz, acaba deixando outras
pessoas infelizes. Lembre-se disso Maria Clara. (Maria Clara vai ao encontro de sua mãe).
MARIA CLARA – Mamãe me desculpe pelo jeito que me comportei agora.
MÃE – Sempre é assim Maria Clara, você faz as coisas pede desculpas e amanhã repete
tudo outra vez.
MARIA CLARA – Mas não sei por que sou assim.
MÃE – Tem que descobrir, senão nunca será feliz. E você quer ser feliz não quer?
MARIA CLARA – Claro, eu quero ser feliz igual a senhora! A senhora está sempre feliz não
tá?
MÃE – Nem sempre, nem sempre! (chora).
MARIA CLARA – Mamãe não chora, o papai vai voltar!
MÃE – Tudo bem minha filha... Agora vamos jantar depois escovar os dentes para dormir.
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TYLETE – Olha aqui cão, eu sei que nunca fomos amigos, mas agora temos que nos unir,
não podemos deixar que as crianças continuem essa busca.
TYLO – E porque não?
TYLETE – Será que você não percebe que estamos livres agora, se eles encontrarem esse
pássaro teremos que voltar ao que éramos, escravos do homem.
TYLO – Pois é assim que eu quero, o homem é nosso dono e nosso amigo, temos que
obedecê-lo e ajudá-lo.
TYLETE – Eu sempre soube que você era um bobão.
TYLO – Se eles vão procurar um pássaro azul ou uma coruja cor de rosa eu vou ajudá-los do
mesmo jeito.
CENA 04 – O PASSADO
MÚSICA DO CEMITÉRIO
FADA - A estrada para o passado é por aqui.
MARIA CLARA – Mas esse é o cemitério.
FADA – Mas é a única entrada para o passado. Agora vão.
ZECA – Você não vem?
FADA – O cemitério não é um lugar adequado para uma Fada iluminada como eu.
MARIA CLARA – E se a gente não encontrar o caminho.
FADA – Tem medo de tentar Maria Clara?
MARIA CLARA – Não, claro que não.
FADA – Então encontrará o caminho.
TYLO – Medo do quê?
MARIA CLARA – Vamos atravessar o cemitério Tylo.
TYLO – Ah sim... O cemitério!?
FADA – Ah, mais uma coisa e isso é muito importante. Agora são quase meia-noite, vocês
têm que voltar dentro de uma hora, senão ficarão no passado para sempre.
ZECA – É melhor não irmos Maria Clara, eu estou com medo.
MARIA CLARA – Quieto Zeca! Agora vamos!
TYLO – Eu acho esse lugar mais simpático durante o dia.
MARIA CLARA – Não há nada para ter medo aqui.
TYLETE – Eu venho sempre aqui, só para passear é claro.
TYLO – Quando não está passeando nos becos escuros não é? (ruídos)
ZECA – Que barulho foi esse?
TYLETE – Pode ter sido os fantasmas.
MARIA CLARA – Fantasmas não existem.
TYLETE – Existem sim eu já vi uma vez. (Tylo corre)
MARIA CLARA – Tylo o que vai fazer?
TYLO – Me lembrei de algo que tenho que fazer.
MARIA CLARA – O que é? Você não pode nos abandonar agora.
TYLO – Pois é então eu digo o que irei fazer, vou pular o muro e dar a volta no cemitério, aí
depois eu volto... (Tylo sai correndo)
TYLETE – Lá se vai o nosso “bravo” protetor.
ZECA – Vamos para casa Maria Clara.
MARIA CLARA – Ah, não banque o covarde também Zeca.
TYLETE – Temos que ter cuidado à meia-noite.
MARIA CLARA – Por quê?
TYLETE – Porque meia-noite é uma hora enfeitiçada. Os túmulos se abrem...
MARIA CLARA – Pare Tylete, só está querendo nos assustar.
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VOVÔ – Como poderia se estou sempre dormindo. Querem rever minha oficina?
ZECA – Claro vovô.
MARIA CLARA – Não demore muito Zeca.
VOVÓ – Ora não tenha tanta pressa.
MARIA CLARA – É que temos que voltar dentro de uma hora. Que horas são vovó.
VOVÓ – Está vendo vovó é só pensar nele que ele volta a trabalhar. Vamos sente-se são
apenas meia noite e vinte.
MARIA CLARA – Mas o sol tá brilhando.
VOVÓ – Ele aqui sempre brilha quando vocês pensam em nós.
MARIA CLARA – Vovó nós estamos aqui porque temos que encontrar um pássaro azul, é
muito importante.
VOVÓ – Um pássaro azul, sim claro, aço que temos um sim.
MARIA CLARA – É verdade vovó? Onde, me mostra!
VOVÓ – Está bem Maria Clara, se é assim que quer. Aqui está querida, temos todas as cores,
pode escolher o que quiser.
MARIA CLARA – Ora vovó, aqui não tem nenhum pássaro azul.
VOVÓ – Tem sim, é claro que tem aquele ali em cima que está cantando.
MARIA CLARA – Aquele não é azul vovó, aquele é preto.
VOVÓ – preto? Que estranho, para mim sempre foi azul. Um destes aqui não serve?
MARIA CLARA – Não, a Fada Berylune disse que tinha que ser azul e que tínhamos que
procurara em todo lugar, aqui é o passado não é!?
VOVÓ – Sim, aqui é o passado, mas talvez o seu pássaro azul não esteja no passado, e terá
que procurá-lo em outro lugar.
MARIA CLARA – Então preciso ir.
VOVÓ – Não ainda não, não vá.
ZECA – O senhor vai me ensinar a esculpir também não é vovô!?
VOVÔ – Claro se vocês voltarem aqui com mais freqüência.
ZECA – Veja o que o vovô fez Maria Clara.
MARIA CLARA – Tá, tá bom, mas temos que ir.
VOVÔ – Ora vocês não podem ir.
VOVÓ – Não querem ficar mais um pouquinho?
MARIA CLARA – Não devemos vovó.
VOVÓ – Ora ainda quero ver você cantarem.
MARIA CLARA – Que tal? (diz uma música)
VOVÔ – Tenho uma melhor, que tal... (diz outra música)
MARIA CLARA – Claro, vovó sempre cantava no berço pra me ninar.
MÚSICA DA MARIA CLARA (com letra)
(Maria Clara canta com seus Avós enquanto isso Tylete atrasa o relógio)
VOVÓ – Que lindo querida! Como nos velhos tempos
MARIA CLARA – Agora temos que ir mesmo vovó, vamos Zeca. Que horas são?
VOVÓ – Continua sendo meia-noite e vinte.
MARIA CLARA – Tem alguma coisa errada! Vamos Zeca temos que sair correndo.
VOVÓ – Não vão, se ficarem farei a melhor torta de maçã que já comeram.
MARIA CLARA – Não podemos vovó, de verdade.
ZECA - Adeus vovô!
VOVÔ – Adeus Zeca, não demore muito a voltar.
MARIA CLARA – Adeus Vovó.
VOVÓ – Adeus queridos, pensem na gente, não sabem o quanto isso é importante.
MARIA CLARA – Pensaremos vovó. Vamos Zeca! (Maria Clara e Zeca saem)
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CENA 08 – CANIL
MÚSICA DO TYLO
(Maria Clara entra chorando)
MARIA CLARA – Tylo!
TYLO – Você aqui.
MARIA CLARA – Oh Tylo, senti saudades suas.
TYLO – Sentiu saudades? Sabia que eu estava aqui não sabia!
MARIA CLARA – O que eu você tem feito?
TYLO – Nada, nem os cachorros daqui não brincam comigo.
MARIA CLARA – E porque não Tylo?
TYLO – É que eu não tenho pedigree.
MARIA CLARA – Ah Tylo eu também estou tão infeliz.
TYLO – Ora minha querida Maria Clara.
MARIA CLARA – Ninguém aqui é bom, não bom de verdade, não é como o papai e a
Mamãe, eu não trocaria eles nem por todas as senhoras farturas do mundo.
TYLO – Mesmo eles sendo pobres?
MARIA CLARA – Mamãe e papai não são pobres, eles apenas não tem dinheiro. É diferente.
TYLO – E que tal a gente sair daqui, onde está Zeca.
MARIA CLARA – Não sei a gente não tá se falando.
TYLO – Ah bobagem, esse lugar está deixando a gente diferente. Precisamos sair daqui.
MARIA CLARA – Mas não podemos nos afastar da Senhora Fartura.
TYLO – Pois eles que tentem nos impedir. Vamos, chame o Zeca.
MARIA CLARA – Zeca! Zeca! (Zeca aparece)
ZECA – O que você quer hein?
MARIA CLARA - Estou arrependida de tudo.
ZECA Não adianta dizer que está arrependida agora.
MARIA CLARA – Por favor, faça as pazes comigo fiquei tão solitária sem você.
TYLO – É sim, um beijinho e tudo se resolve. Vamos, vamos. (os dois se abraçam)
MARIA CLARA – Vamos Zeca, vamos sair daqui agora mesmo.
ZECA – Vamos! Vamos.
TYLO – Eu tomarei de conta de vocês.(todos comemoram e Tylete entra)
TYLETE – O que é isso? Uma conspiração?
MARIA CLARA – Estamos saindo daqui Tylete.
TYLETE – Saindo? E por quê?
MARIA CLARA – Porque não gostamos desse lugar é isso.
TYLETE – Acho que tudo isso é um grande engano. Aqui é tudo tão bom.
TYLO – Se quiser ficar fique. Estaremos melhor sem você.
MARIA CLARA – Ah não, não podemos deixar Tylete.
TYLETE – Não se preocupe Maria Clara, só irei por sua causa.
TYLO – Então vamos, e com cuidado. Vamos. (Tylete grita)
MARIA CLARA – Tylete!
TYLETE – O que foi?
MÚSICA DA FUGA
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CENA 10 - FLORESTA
TYLETE – Aqui não é sereno e calmo?
MARIA CLARA – Mas não vejo nenhum pássaro azul, aliás não vejo pássaro nenhum.
TYLETE – Na certa estarão nas árvores, você verá.
ZECA – Olha essa árvore velha, não sei como não foi cortada.
TYLO – Acho que teremos uma tempestade.
MARIA CLARA – Vamos embora daqui, vem Zeca.
TYLO – É vamos.
(galho bate em Tylo ele cai)
TYLO – Ai, é a primeira vez que sou atacado por uma árvore.
MARIA CLARA – Você está machucado Tylo?
ZECA – É uma tempestade, eu sabia.
TYLO – Está parecendo mais um tornado.
TYLETE – Não se preocupem, fiquem tranqüilos. (cai um galho)
MARIA CLARA – Vamos é melhor sairmos daqui.
MÚSICA DA TEMPESTADE
TYLETE – Vamos por aqui.
MARIA CLARA – Ai. (Maria Clara tropeça e cai)
ZECA – Maria Clara!
MARIA CLARA – Estou bem vamos continuar.
TYLO – Vamos eu cuidarei de vocês.
TYLETE – Sigam-me eu conheço o caminho.
MARIA CLARA – vamos voltar!
TYLO – A tempestade pro outro lado está muito pior.
TYLETE – Por aqui, vamos.
TYLO – Não dêem ouvidos a ela, está nos levando pra uma armadilha.
(Tylete fica presa pelas árvores, nesse momento é envolvida pelo fogo e o vento,
desaparece)
TYLETE – - Socorro ajude-me.
MARIA CLARA – Tylete!
TYLO – Volte aqui.
MARIA CLARA – Eu tenho que salvá-la Tylo.
TYLO – Não pode entrar nesse fogo.
MARIA CLARA – Mas é preciso.
TYLO – Temos que voltar senão seremos todos queimados. Rápido Por aqui. (eles correm)
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(surge a fada)
MARIA CLARA – Fada, você nos perdoa, não devíamos ter ido sem você.
FADA – O que importa é que estão seguros agora.
MARIA CLARA – Um raio atingiu a Terra e toda a floresta se incendiou
FADA – O Raio e o Fogo são meus parentes. Eles podem ser muito malvados.
MARIA CLARA – Quase morremos queimados.
ZECA – Tylete é que se queimou.
TYLO – Ela teve o que mereceu.
MARIA CLARA – Não fale assim Tylo, pobre Tylete.
FADA – Vamos querida não fique infeliz. E o pássaro azul.
MARIA CLARA – Não vimos nenhum, nenhum. Não tivemos tanto tempo pra procurar.
TYLO – Quer saber de uma coisa, eu acho que esse pássaro azul não existe.
MARIA CLARA – Existe sim. Tem que existir.
FADA – É claro que existe. Vocês não procuraram em todos os lugares. Há ainda o reino do
Futuro.
TODOS – O futuro?
FADA – Claro, há muitas coisas maravilhosas no futuro.
TYLO – Eu não vou, eu já vi coisas maravilhosas demais.
ZECA – Ah não Tylo.
MARIA CLARA – Você tem que vir com a gente.
TYLO – Ah não, tudo o que vejo no meu futuro é o um reumatismo.
MARIA CLARA – Então você espera por nós.
TYLO – Com prazer, e não tenham pressa. (Tylo sai)
FADA – Então vão.
MARIA CLARA – O futuro fica longe.
FADA – Não, fica logo depois da colina. Continuem subindo, subindo, até não agüentarem
mais.
MARIA CLARA – Você não vem com a gente?
FADA – Não precisam de mim, quando tiverem pronto para voltar eu irei buscá-los.
CENA 12 – FUTURO
MÚSICA DO FUTURO
ZECA – Maria Clara já tinha visto tantas crianças assim?
MARIA CLARA – Será que são todas da mesma família?
CRIANÇA 01 – Vejam crianças vivas!
ZECA – Porque ele nos chamou de criança viva.
MARIA CLARA – Eu não sei.
CRIANÇA 01 – Vocês são crianças vivas não são?
MARIA CLARA – É claro que somos crianças vivas, vocês não são?
CRIANÇA 01 – Não, não! Ainda estamos esperando pra nascer.
ZECA – Que roupa engraçada!
CRIANÇA 01 – A sua também é. O que é isso nos seus pés?
MARIA CLARA – são os meus sapatos.
CRIANÇAS – Sapatos? E pra que servem?
MARIA CLARA – Pra proteger os pés dos espinhos, das pedras e do frio.
CRIANÇA 01 – Estou confuso, mas acho que entenderei melhor quando eu nascer.
MARIA CLARA – E porque você não nasce?
CRIANÇA 01 – Eu vou nascer sim, mas estou esperando a minha vez. Eu vou nascer daqui a
uns três anos. É bom lá na Terra?
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TEMPO – Vamos para a chamada de hoje, temos muita coisa a fazer, o caminho é longo e
não podemos perder tempo e o primeiro é: João... Segundo: Lucas... Terceiro: Maria...
MARIA CLARA (Vê uma criança chorando)- Porque você está chorando?
CRIANÇA 05 – Eu estou com medo.
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ÂNGELA – Agora vou contar minha novidade! Tenho uma ótima noticia! Minha mãe ouviu no
rádio que a guerra acabou! Nossos pais vão voltar pra casa! (todos comemoram)
ÂNGELA – Eu também tenho outra novidade! Olhem o que a mãe de vocês mandou!
(Maria Clara vai buscar o pássaro azul)
MARIA CLARA – Zeca veja , é o pássaro azul! Nós conseguimos!
ZECA – Nós conseguimos!
MARIA CLARA – Ângela, quando nós pegamos esse pássaro ele era cinza, agora ele ta azul,
nós procuramos em todos os lugares, e o tempo todo ele esteve aqui.
ZECA – Maria Clara, lembra ... (olhando para Ângela)
MARIA CLARA – Claro que lembro!Ângela, eu e o Zeca temos um presente pra você!
ÂNGELA – Um presente!
MARIA CLARA - Esse pássaro azul é seu, pode ficar com ele!
ÂNGELA – Pra mim? Obrigada! Vamos soltá-lo?
TODOS – Vamos!
(vôo do pássaro)
MÚSICA FINAL
FIM
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