Вы находитесь на странице: 1из 29

Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia


Departamento de Estatística e Ciências Atuariais

Notas de Aula da Disciplina de


Introdução à Estatística Econômica
Professor: Allan Robert
Notas de Aula – Allan Robert 2

UNIDADE I
ESTATISTICA DESCRITIVA

1.1 – A pesquisa e conceitos básicos:

Para motivarmos nosso estudo vejamos algumas pesquisas realizadas recentemente no Brasil:

1. A market Analysis recentemente realizou realizada por meio de entrevistas pessoais com 800
adultos entre 18 e 69 anos nas oito principais capitais do país. Entre dezembro de 2006 e fevereiro
de 2007. Nessa pesquisa, ela descobriu que 87% dos brasileiros têm maior respeito por uma em-
presa quando o seu presidente fala por ela. Esse comportamento também se estende a investido-
res. Com isso os técnicos do estudo concluirão que os brasileiros, diferentemente dos norte-
americanos e europeus, entendem que o questionamento já não é apenas o que a companhia faz,
mas sobretudo o que o CEO(presidente) pensa.

2. O IBGE mostra que a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho não reduziu
a jornada delas com os afazeres domésticos. Pelo contrário, na faixa etária de 25 a 49 anos de
idade, onde a inserção das mulheres nas atividades remuneradas é maior e que coincide com a
presença de filhos menores, o trabalho doméstico ocupa 94,0% das mulheres. Este estudo foi rea-
lizado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/PNAD de 2001 e de 2005.
3. Em um estudo realizado pelas Universidades de Glasgow e Paisley , na Grã-Bretanha, mais de
um terço dos trabalhadores afirmam que se sentem “estressados” pelo número de emails que re-
cebem durante o trabalho e pela pressão para respondê-los, segundo a pesquisa. Apenas 38% dos
trabalhadores pesquisados se sentiam à vontade para esperar um dia ou mais antes de responder a
um email, segundo o estudo feito com 200 pessoas.

Estas e outras pesquisas têm em comum o interesse em retirar conclusões para uma população,
por meio de uma amostra. Mas será que podemos concluir, por exemplo, que mais de um terço da
população da Grã-Bretanha se sentem “estressados” pelo número de e-mails que recebem durante
o trabalho e pela pressão para respondê-los? Ou podemos afirmar que nove em cada dez brasilei-
ros têm maior respeito por uma empresa quando o seu presidente fala por ela? As respostas a es-
sas perguntas são importantes para o desenvolvimento do estudo.

Antes de responder essas e outras perguntas vamos definir alguns conceitos básicos:

Dados  são observações coletadas. (exemplo: respostas de pesquisas)

Estatística  é uma ferramenta (ou método) que no ajuda a obter, organizar, resumir, apresen-
tar, interpretar e analisar grandes conjuntos de dados.

População  é uma coleção completa de elementos (exemplo: pessoas de um local, casas de


um bairro, etc.)

Censo  conjunto de dados de toda a população.

Amostra  subconjunto de dados de uma população.


Notas de Aula – Allan Robert 3

Vejamos na primeira pesquisa os dados coletados foram às opiniões com relação do respeito
das pessoas quando o presidente da empresa fala por ela, a população pesquisada é a popula-
ção brasileira, e como foi realizada com uma parcela dessa população, logo os dados foram
obtidos a partir de uma amostra.

Ainda com relação aos dados, por terem características diferentes, recebem as seguintes classifi-
cações:

Qualitativos nominais  quando são apresentados de forma não numérica sem uma ordem natu-
ral (exemplo: informação sobre o sexo de um indivíduo, intenção de voto, etc.)

Qualitativos ordinais  quando são apresentados de forma não numérica, além disso, existe uma
ordem natural de classificação desses dados (exemplo: grau de escolaridade, porte de uma empre-
sa, etc.)

Quantitativos discretos  quando são apresentados numericamente de forma que possam ser con-
tados (exemplo: número de pessoas de uma casa, número de funcionários de uma empresa, etc.)

Quantitativos contínuos  quando são apresentados numericamente possuindo infinitos valores


em uma escala contínua de um sistema de medição (exemplo: altura de um indivíduo, nota de
uma prova, etc.)

Atenção: Um dado quantitativo pode ser transformado em dado qualitati-


vo. Como? É simples, por exemplo, é comum em alguns países classificar
um aluno por sua nota, se tirou de 0 a 4,9 tem o nível D, de 5 a 6,9 nível
C, e assim por diante. Outro cuidado importante é que é muito sucinta a
diferença entre um dado quantitativo discreto e um quantitativo contínuo.
Suponha uma pesquisa observando o número de pessoas das residências
de um bairro, se você trabalha com esse dado ele é um dado quantitativo discreto, mas se o inte-
resse é trabalhar com o número médio de pessoas por casa em cada rua desse bairro, esse dado é
quantitativo contínuo.

Antes de começarmos a calcular ou analisar alguns dados vamos entender os três ramos da estatís-
tica:

a) Estatística descritiva  descrição, organização e classificação através de tabelas e gráfi-


cos, além de análise e interpretação.

b) Probabilidade estatística  utilizada para analisar situações que envolvem o acaso (alea-
toriedade).

c) Inferência estatística  estuda as características de uma população com base em dados


obtidos de amostras, através do cálculo das probabilidades.

Estes três ramos serão abordados com mais detalhes.


Notas de Aula – Allan Robert 4

1.2 - O método estatístico

A estatística descritiva trata-se da observação de fenômenos de mesma natureza, da coleta de da-


dos numéricos referentes a esses fenômenos, da sua organização e classificação através de tabelas
e gráficos, bem como da análise e interpretação.

A realização de uma pesquisa deve passar, necessariamente pelas fases apresentadas abaixo:

Definição do Coletas Crítica


problema  Planejamento  dos  dos
Dados Dados

Apresentação dos Tabelas e Análise e


dados  Gráficos  interpretação
dos dados

1) Definição do problema  Saber exatamente o que se pretende pesquisar, ou seja, definir cor-
retamente o problema.

2) Planejamento  determinar o procedimento necessário para resolver o problema, como le-


vantar informações sobre o assunto objeto do estudo. É importante a escolha das perguntas em
um questionário, que na medida do possível, devem ser fechadas.
 O levantamento de dados pode ser de dois tipos: Censitário e Amostragem.
 Outros elementos do planejamento de uma pesquisa são:
 Cronograma das atividades;
 Custos envolvidos;
 Exame das informações disponíveis;
 Delineamento da amostra.

3) Coleta de Dados  consiste na busca ou compilação dos dados. Pode ser classificado, quanto
ao tempo em:
 Contínua (inflação, desemprego, etc);
 Periódica (Censo);
 Ocasional (pesquisa de mercado, eleitoral)

4) Crítica dos dados  objetiva a eliminação de erros capazes de provocar futuros enganos.
Faz-se uma revisão crítica dos dados suprimindo os valores estranhos ao levantamento.

5) Apresentação dos dados  a organização dos dados denomina-se “Série Estatística”. Sua
apresentação pode ocorrer por meio de tabelas e gráficos.

6) Análise e Interpretação dos Dados  Consiste em tirar conclusões que auxiliem o pesquisa-
dor a resolver seu problema, descrevendo o fenômeno através do cálculo de medidas estatísticas,
especialmente as de posição e as de dispersão.
Notas de Aula – Allan Robert 5

1.3 - Noções de Amostragem


Ilustração de amostra e população:
População (N) Amostra (n)

X θ

X: determinada característica de interesse da população;


θ: parâmetro populacional, ou seja, informação desconhecida da população;
“N” e “n” representam respectivamente o número de elementos de uma população amostra e
número de elementos de uma amostra.

Como já vimos, a inferência estatística tem como objetivo a estimação de parâmetros para
uma população tendo como base às informações extraídas através de uma amostra. Neste con-
texto, o estudo dos mais diversos tipos de procedimentos de amostragem se faz necessário.
As técnicas de amostragem podem ser classificadas em dois grandes grupos: a amostragem pro-
babilística e a amostragem não probabilística.

Amostragem Probabilística: neste grupo encontram-se os planos amostrais que utilizam meca-
nismos aleatórios de seleção dos elementos da amostra, atribuindo a cada um deles uma probabi-
lidade, conhecida à priori, de pertencer à amostra.

Amostragem Não Probabilística: neste grupo encontram-se os planos amostrais que não utilizam
mecanismos aleatórios de seleção dos elementos da amostra, e dessa forma, não existe nenhuma
probabilidade associada à seleção desses elementos.

Atenção: As duas podem ser confundidas facilmente. Por exemplo, suponha que um professor
deseja retirar uma amostra de cinco alunos de uma turma. Pergunta-se que tipo de amostragem é
essa? A resposta é depende. Se por exemplo forem selecionados os cinco primeiros alunos que
entrarem em sala de aula um dia, esse é um tipo de amostragem não probabilística, pois pode ser
que um aluno da turma não venha nesse dia, ou seja, esse aluno não tem chance de participar da
amostra ferindo o conceito de amostragem probabilística. Agora se o professor fizer um sorteio
usando a lista de chamada será garantindo que todos os alunos tenham uma chance de participar
da amostra.

Para raciocinar: Pesquisas eleitorais em que se colocam entrevistadores


em pontos estratégicos de uma cidade para perguntarem sobre intenções de
voto fazem parte de que tipo de amostragem?

Ambos os procedimentos têm vantagens e desvantagens. A grande vantagem das amostras proba-
bilísticas é medir a precisão da amostra obtida. Tais medidas já são bem mais difíceis para os pro-
Notas de Aula – Allan Robert 6

cedimentos do outro grupo, já que é não probabilística é mais simples de obter. Diante disso, a-
mostras probabilísticas são comumente utilizadas na prática.
Os tipos de planos de amostragem probabilísticos são os seguintes:

Amostragem Aleatória Simples: cada elemento da população tem a mesma


chance de ser selecionado. Os elementos são escolhidos através de sorteio
usando tabelas de números aleatórios, ou até mesmo um método computa-
cional. Por exemplo, selecionar 10 alunos de uma turma usando a lista de
chamada.

Amostragem Sistemática: os elementos são selecionados segundo uma re-


gra pré-definida. É bastante utilizada quando os elementos da população es-
tão arranjados em uma ordem. Por exemplo, se em uma concessionária dese-
ja-se estimar o preço médio dos seus carros a partir de uma amostra de car-
ros e, para tanto, possui uma listagem dos carros em ordem de preço do
maior para o menor, ou do menor para o maior. Observe que não se deve
pegar os primeiros elementos, ou os últimos, ou os do meio, deve-se percor-
rer elementos de cada parte.

Amostragem Estratificada: a população é dividida em estratos (ou grupos)


homogêneos, sendo selecionada uma amostra aleatória simples de cada es-
trato. Por exemplo, sortear duas mulheres e dois homens de uma empresa
para um passeio (Obs: seria necessário um cadastro destas pessoas). Neste
caso, o sexo corresponde a um estrato, e de cada estrato uma amostra aleató-
ria simples de cada sexo pode ser extraída.

Uma amostragem NÃO probabilística muito usada, por causa da facilida-


de de execução, é amostragem por conveniência. Onde os dados são obti-
dos sem preocupações com meios aleatórios. Por exemplo, pesquisas sobre
preferência de produtos, onde são colocados entrevistadores em locais de
grande movimento como shoppings ou avenidas.
Notas de Aula – Allan Robert 7

1.4 - Representação tabular e gráfica

1.4.1- Representação tabular

Consiste em dispor os dados em linhas e colunas, distribuídas de modo ordenado, segundo al-
gumas regras práticas e obedecendo à Resolução nº 886/66, de 26 de outubro de 1966, do Conse-
lho Nacional de Estatística. Vejamos um exemplo:

Produção de café Título


Brasil – 2001-2005
Cabeçalhos Ano Produção
(em 1.000 t) Casa ou
2001 2.535 célula

Corpo
2002 2.666
2003 2.122
2004 3.750
2005 2.007
Rodapé Fonte: IBGE

As tabelas devem apresentar:

a) Título  que deve responder: O quê? Onde? Quando?


b) Cabeçalho  especifica o conteúdo das colunas
c) Corpo  células onde são registrados os dados
d) Rodapé  notas e identificação da fonte dos dados
Notas de Aula – Allan Robert 8

1.4.2 - Séries Estatísticas

São os dados organizados em forma de tabelas. De acordo com o fenômeno, local e a época de
ocorrência classificam-se, respectivamente, em: Temporal, Especificativa e Geográfica.

a) Série Temporal (históricas ou cronológicas): os dados são organizados segundo a época de


sua ocorrência. Exemplo anterior. sobre a produção de café no Brasil.

b) Série Geográfica (espaciais, territoriais ou de localização): os dados são organizados se-


gundo o local onde ocorreram.
Total de família em residência
Particular no Brasil - 2000
Região Quantidade
Norte 3.194.290
Nordeste 12.563.463
Sudeste 21.486.555
Sul 7.638.829
Centro-Oeste 3.379.649
Fonte: IBGE

c) Série Especificativa (categóricas): os dados são agrupados segundo a modalidade, categoria


ou espécie, de ocorrência.

Nascidos vivos em Sergipe - 2008


Sexo Quantidade
Masculino 18.773
Feminino 17.882
Não informado 6
Fonte: DATASUS

d) Série Mista ou de Dupla Entrada: é a fusão de duas ou mais séries simples.

Estimativa de população, por sexo,


no Brasil em 2009.
Região Masculino Feminino Total
Norte 7.768.204 7.591.441 15.359.645
Nordeste 26.310.062 27.281.237 53.591.299
Sudeste 39.430.884 41.484.753 80.915.637
Sul 13.660.187 14.058.810 27.718.997
Centro Oeste 6.881.264 7.014.203 13.895.467
Total 94050601 97430444 191.481.045
Fonte: CENSO de 2000
Notas de Aula – Allan Robert 9

Exercícios

1. Cite o que há de comum e diferente entre a estatística descritiva e inferência estatística.

2. Procure três pesquisas, pela internet, jornal, etc. Identifique: o tipo de dado, a população e se
foi censo ou amostra (se foi uma amostra identifique que tipo de amostragem foi usado).

3. Classifique os dados abaixo:

a) Porte de uma empresa;


b) Número de filhos em casas de um município;
c) O ponto obtido em cada jogada de um dado;
d) Número de peças produzidas por hora de certa máquina;
e) Diâmetro externo de uma peça;
f) Número de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo;
g) Sexo dos filhos de casais residentes em certa cidade;
h) Número de volumes das bibliotecas da cidade de São Paulo;
i) Tonelagem embarcada total;
j) Volume de tráfego em um posto de pedágio por hora a cada dia.

4. De acordo com informações do IBGE, em 31.12.99, o pessoal administrativo ocupado em


estabelecimentos públicos, era, segundo o tipo de ocupação: Administração, 41.371; Serviço pes-
soal, 6.067; Contabilidade, 2.989; Estatística, 5.481; Limpeza e Conservação, 26.520; Almoxari-
fado, 3.970; Serviços Gerais, 46.073; e Outros, 15.689. Nos estabelecimentos da rede particular,
nas mesmas ocupações anteriores, as quantidades respectivas eram: 45.392, 4.555, 6.627, 3.112,
42.155, 4.019, 49.038 e 17.302. Dispor os dados acima em uma tabela de forma prática, utilizan-
do valores absolutos e percentuais.

5. Os prontuários de um paciente de um hospital estão organizados por ordem alfabética, em um


arquivo. Qual é a maneira mais rápida de amostrar 1/3 do total de prontuários usando um meca-
nismo aleatório?

6. Um pesquisador tem dez gaiolas que contém, cada uma, 12 ratos. Cada gaiola recebe uma
alimentação diferente. Deseja-se estimar o peso total dos ratos com base numa amostra de 20 ra-
tos. Como o pesquisador pode selecionar essa amostra de maneira a usar uma amostragem proba-
bilística? Justifique e comentando que plano amostral esta sendo usado.

7. Um pesquisador pretende levantar dados sobre o número de moradores por domicílio, usando
amostragem sistemática. O pesquisador visitará cada domicílio selecionado. Suponha que se não
tiver nenhuma pessoa na ocasião da visita, o pesquisador excluirá o domicílio da amostra e em
seu lugar visitará a casa mais próxima até encontrar alguém. Este tipo de amostragem continua
sendo probabilística? O pesquisador esta introduzindo tendenciosidade? Justifique suas respostas.
Notas de Aula – Allan Robert 10

1.4.3 - DISTRIBUIÇÕES DE FREQÜÊNCIAS

Tabelas com grandes números de dados são cansativas e não dão uma visão rápida e geral do
fenômeno. Dessa forma, é necessário que os dados sejam organizados em uma tabela de distribui-
ção de freqüências.

Distribuição de Freqüências: série estatística em que os dados são agrupados em classes, com suas
respectivas freqüências absolutas, relativas e percentuais, com o objetivo de facilitar ao analista o
seu estudo.

Construção de uma Distribuição de Freqüências:

Para a construção de uma distribuição de freqüências os seguintes componentes são necessá-


rios:
 Dados Brutos: são os dados apresentados desordenadamente, da forma como foram coleta-
dos.
 Rol: são os dados apresentados em ordem crescente.

Os seguintes componentes a seguir são utilizados apenas em distribuição de freqüências em


classes:

 Amplitude Total (A): é a diferença entre o maior valor do rol (LS) e o menor valor (LI).

A = LS - LI

 Número de Classes (c): corresponde à quantidade de classes, nas quais serão agrupados os
elementos do rol. Para determinar c, utiliza-se a fórmula de Sturges:

c = 1 + (3,33333.....).log(n)

onde n = número de elementos do rol.

 Amplitude ou Intervalo de Classe (i): geralmente utilizam-se intervalos iguais, obtidos atra-
vés da fórmula:

i = A/c
Outros elementos da tabela:
 Li = limite inferior de cada classe;
 Ls = limite superior de cada classe;
 x = ponto médio de cada classe  x = Li + (i/2);
 f = freqüência absoluta = número de ocorrências de cada classe;
 fr = freqüência relativa  fr  f / f ;
 f % = freqüência percentual  f % = 100.fr;
 F↓= freqüência absoluta acumulada "abaixo de";
 F↑= freqüência absoluta acumulada "acima de";
Notas de Aula – Allan Robert 11

 F%↓= freqüência percentual acumulada "abaixo de";


 F%↑= freqüência percentual acumulada "acima de";
Exemplos

1) (Dados Simples: grande freqüência de valores) Em uma pesquisa feita para detectar o número
de filhotes de fêmeas de uma raça de cães, foram encontrados os valores:

1 4 2 5 3 2 0 3 2 1
5 4 2 5 0 3 2 4 2 3
2 3 2 1 4 2 1 3 4 2
Solução:
 Rol (dados em ordem crescente):

0 0 1 1 1 1 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 3 3 3 3
3 3 4 4 4 4 4 5 5 5

 Tabela de Distribuição de Freqüências:

X F fr f% F↓ F↑ F%↓ F%↑
0 2 0,067 6,7 2 30 6,7 100
1 4 0,133 13,3 6 28 20 93,3
2 10 0,333 33,3 16 24 53,3 80
3 6 0,2 20 22 14 73,3 46,7
4 5 0,167 16,7 27 8 90 26,7
5 3 0,1 10 30 3 100 10
Total 30 1 100 - - - -

 Algumas considerações ou conclusões: Suponha x=3


a) Quantas fêmeas têm "x" filhotes? A resposta é dada através de f (freqüência absoluta sim-
ples). R. 6.
b) Quantas fêmeas têm menos de "x" filhotes? A resposta é dada através de F↓ (freqüência abso-
luta acumulada "abaixo de"). R. 16.
c) Quantas fêmeas têm mais de "x" filhotes? A resposta é dada através de F↑ (freqüência absolu-
ta acumulada "acima de"). R. 8.
d) Quantas fêmeas têm "x" filhotes ou menos? A resposta é dada através de F↓ (freqüência abso-
luta acumulada "abaixo de"). R.22.
e) Quantas fêmeas têm "x" filhotes ou mais? A resposta é dada através de F↑ (freqüência absolu-
ta acumulada "acima de"). R. 14.
f) Qual o percentual de fêmeas que tem mais "x" filhotes? A resposta é dada através de F%↑
(freqüência percentual acumulada "acima de"). R. 26,7%
Caro leitor agora faça para x=4 e x=2.
Notas de Aula – Allan Robert 12

2) (Dados Agrupados em Classes: pouca freqüência de valores) . Dose (kg do i.a./ha) dos
principais herbicidas pré e pós-emergentes recomendados para o controle de plantas dani-
nhas na cultura da mandioca, no Brasil e outros países da América Latina.

1,51 1,65 1,58 1,54 1,65 1,40 1,61 1,08 1,81 1,38 1,56 1,83
1,69 1,22 1,22 1,68 1,47 1,68 1,49 1,80 1,33 1,83 1,50 1,46
1,67 1,60 1,23 1,54 1,73 1,43 2,18 1,46 1,53 1,60 1,59 1,49
1,46 1,72 1,56 1,43 1,69 1,15 1,89 1,47 2,00 1,58 1,37 1,40
1,76 1,62 1,96 1,66 1,51 1,31 2,29 1,58 2,34 1,66 1,71 1,44
1,66 1,36 1,43 1,26 1,47 1,52 1,57 1,33 1,86 1,75 1,57 1,83
1,52 1,66 1,90 1,59 1,47 1,86 1,73 1,55 1,52 1,40 1,86 2,02

Solução:
 Rol (dados em ordem crescente):
1,08 1,15 1,22 1,22 1,23 1,26 1,31 1,33 1,33 1,36 1,37 1,38
1,40 1,40 1,40 1,43 1,43 1,43 1,44 1,46 1,46 1,46 1,47 1,47
1,47 1,47 1,49 1,49 1,50 1,51 1,51 1,52 1,52 1,52 1,53 1,54
1,54 1,55 1,56 1,56 1,57 1,57 1,58 1,58 1,58 1,59 1,59 1,60
1,60 1,61 1,62 1,65 1,65 1,66 1,66 1,66 1,66 1,67 1,68 1,68
1,69 1,69 1,71 1,72 1,73 1,73 1,75 1,76 1,80 1,81 1,86 1,86
1,86 1,86 1,86 1,86 1,89 1,90 1,96 2,00 2,02 2,18 2,29 2,34

 Amplitude Total (dá uma idéia do campo de variação dos dados):

A = LS - LI = (2,34) - (1,08) = 1,26

Houve uma variação de 1,26 kg do i.a./ha nos principais.

 Estabelecer o Número de Classes (c):

c = 1 + (3,3333.....).log(n) = 1 + (3,3333....).log(84) = 7,414


c ; 7, lembrando que precisamos de um número inteiro.

 Estabelecer o Intervalo de Classe (i): i = A / c = (1,26) / 7 = 0,18

 Construção da Tabela:

Classes fi Pm fr f% F↓ F↑ F%↓ F%↑


1,08 |-- 1,26 5 1,17 0,059 5,9 5,9 100 5 84
1,26 |-- 1,44 13 1,35 0,155 15,5 21,4 94,1 18 79
1,44 |-- 1,62 32 1,53 0,381 38,1 59,5 78,6 50 66
1,62 |-- 1,80 18 1,71 0,214 21,4 80,9 40,5 68 34
1,80 |-- 1,98 11 1,89 0,131 13,1 94,0 19,1 79 16
1,98 |-- 2,16 2 2,07 0,024 2,4 96,4 6,0 81 5
2,16 |--| 2,34 3 2,25 0,036 3,6 100 3,6 84 3
Total 84 - 1 100 - - - -
Notas de Aula – Allan Robert 13

Observações:

(1) O melhor valor para representar cada classe é o seu respectivo ponto médio (Pm), o qual se
obtém pela fórmula:
Pm = Li + (i / 2), ou de mesmo modo, Pm = (Li + Ls) / 2

(2) fi : número de elementos de cada classe.


fr : mede o quanto cada valor significa e relação a unidade.
f%: mede o quanto cada valor significa com relação a 100.

(3) 1,08 |-- 1,26, indica um intervalo fechado à esquerda (pertencem a classe valores iguais ao
extremo inferior) e aberto à direita (não pertencem a classe valores iguais ao extremo superior).

(4) Não necessariamente o último número será o limite superior da última classe, mas obrigatori-
amente as classes devem conter todos os elementos.

(5) Quando o último número for igual ao limite superior da última classe, será representado como
na tabela pelo símbolo “|--|”, senão será somente “|--”.

(6) Usando a distribuição de freqüência acima não é possível perguntar, por exemplo, em quantos
herbicidas a dose (kg do i.a./ha) foi superior a 1,8 kg, pois 1,8 é o limite inferior da classe e logo
podem existir alguns meses com esse valor. O correto é questionar em quantos herbicidas a dose
(kg do i.a./ha) foi superior ou igual a 1,8 kg.

1.5 - Representação Gráfica

A confecção de gráficos permite uma melhor visualização dos dados,


mostrando mais claramente as diferenças existentes. Os gráficos mais co-
muns são o gráfico de setor, de coluna ou de barra e o gráfico de linhas. O
tipo de gráfico a ser utilizado depende do que se deseja enfatizar. Assim, o
gráfico de coluna ou de barra mostra diferenças entre os valores absolutos
e o gráfico de linhas é utilizado quando se deseja mostrar variações ao
longo do tempo e o gráfico de setor, também conhecido como "gráfico de
pizza", é utilizado quando se deseja ressaltar diferenças entre proporções.
Esses gráficos podem ser facilmente feitos em planilhas eletrônicas como, por exemplo, o Excel.

1.5.1-Diagrama de Colunas e de barras:


Os diagramas de barras e de colunas simples são usados para representar as séries especificas e as
geográficas. As variações quantitativas da tabela são dispostas verticalmente, no caso do diagrama
de colunas, ou horizontalmente no caso do diagrama de barras, desde que sejam seguidas as se-
guintes instruções:
Notas de Aula – Allan Robert 14

As bases precisam ser de tamanhos iguais. Se as legendas forem extensas, aconselha-se o uso do
diagrama em barras.
Obs: Estes gráficos não são aconselhados no caso de séries temporais.

Exemplo 1:
Mortes por acidente no trânsito no Brasil - 1986
Tipo Freqüência Percentual
Pedestres 11712 42,89
Passageiros 7116 26,06
Condutores 8478 31,05
Total 27306 100,00
Fonte: IBGE

Diagramas de colunas e de barras:

Vítim as fatais de acidente de transito no Vítim as fatais de acidente de transito no


Brasil -1986 Brasil - 1986

14000

12000 Condut ores

10000

8000
Passageiros
6000

4000
Pedest res
2000

0
Pedest res Passageiros Condut ores 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000

1.5.2 - Diagrama de setores em circulo:

Usado para representar variáveis quantitativas e qualitativas. Para fazer este gráfico, primeiro se
traça uma circunferência que, como se sabe tem 306º. Dentro desta circunferência será represen-
tada cada uma das categorias e para isso toma-se o ângulo central da seguinte maneira: se 100%
corresponde a 360°, uma categoria com freqüência relativa de f % terá ângulo central x, tal que:

100  360
fx
o valor do ângulo central x será:

x = 360 f
100
Notas de Aula – Allan Robert 15

Ainda referente ao exemplo 1 temos o seguinte gráfico:

Vítimas fatais de acidente de transito no Brasil -1986

Pedestres
Passageiros
Condutores

1.5.3 - Diagramas de linhas:


Usado principalmente para representação em séries temporais:
Exemplo: Intenção de voto à presidência ano 2006.

I nt e nç ã o de v ot o a pr e si de nc i a no B r a si l - 2 0 0 6

50

45
40
35

30 LULA
25 ALCKIMIN

20 HELOISA HELENA

15

10
5
0
Jun Jul Ago
Notas de Aula – Allan Robert 16

1.5.4 - Representação gráfica de distribuições de freqüência em classe.

Uma distribuição gráfica pode ser representada por um histograma, por um polígono de freqüên-
cia, ou por um polígono de freqüência acumulada (conhecido também por Ogiva de Galton).
Exemplo: Quantidade de cabeças de gado em 473 municípios do Brasil.

Intervalos fi F↓
15750 |-- 29000 238 238
29000 |-- 42250 144 382
42250 |-- 55500 35 417
55500 |-- 68750 29 446
68750 |-- 82000 16 462
82000 |-- 95250 6 468
92250 |-- 10850 4 472
108500 |-- 121750 1 473
121750 |-- 135000 0 473

a) Histograma: É a representação gráfica de uma distribuição de freqüência por meio de retângu-


los justapostos onde a base colocada no eixo horizontal corresponde aos intervalos de classe e a
altura é proporcional a freqüência das classes. No exemplo, temos:

HISTOGRAMA

250

200

150

100

50

0
15750 |-- 29000 |-- 42250 |-- 55500 |-- 68750 |-- 82000 |-- 92250 |-- 108500 |-- 121750 |--
29000 42250 55500 68750 82000 95250 10850 121750 135000

b) Polígono de freqüências: É a representação gráfica de uma distribuição de freqüência por


meio de um polígono. Cada vértice do polígono tem como abscissa o ponto médio de classe com
ordenada proporcional à freqüência dessa classe. No exemplo:
Polígono de Freqüência

250
200
150
100
50
0
15750 |- 29000 |- 42250 |- 55500 |- 68750 |- 82000 |- 92250 |- 108500 121750
- 29000 - 42250 - 55500 - 68750 - 82000 - 95250 - 10850 |-- |--
121750 135000

c) Polígono de freqüência acumulada (Ogiva de Galton): Outra representação gráfica pro


meio de um polígono, onde cada vértice da poligonal tem como abscissa o limite superior da clas-
Notas de Aula – Allan Robert 17

se e ordenada proporcional a freqüência acumulada desta classe. No exemplo:

Ogiva de Galton

500
400
300
200
100
0
15750 |- 29000 |- 42250 |- 55500 |- 68750 |- 82000 |- 92250 |- 108500 121750
- 29000 - 42250 - 55500 - 68750 - 82000 - 95250 - 10850 |-- |--
121750 135000

Conclusões: Observe que, em cada gráfico, verifica-se que quando a quantidade de cabeças de
gado menor a quantidade de municípios referente a esta classe. Em partícula, na Ogiva de Galton
observe ao se aproximar das classes que representam as maiores quantidades de cabeça de gados
“os saltos” vão ficando cada vez menores, ou seja, há poucos municípios.

Atenção: Acabamos de ver que para cada tipo de série estatística existe um tipo de gráfico
específico. Lembre-se disso.
1.6 - Medidas de Tendência Central

São medidas que tendem para o centro da distribuição e tem a capacidade de representá-la como
um todo. Dão o valor do ponto em torno do qual os dados se distribuem. As principais são: Mé-
dia Aritmética, Mediana e Moda e algumas.

Atenção: Calcularemos a média, mediana e moda em dados brutos, freqüência simples e em fre-
qüência de classes. Todavia se temos os dados brutos o ideal é fazer os cálculos com estes, discu-
tiremos isso com mais detalhes em seguida.

1.6.1 - Média Aritmética

A média aritmética pode ser definida em dois tipos: populacional (  ) e amostral ( X ). Nos dois
casos existem três situações quanto aos cálculos.

a) Dados apresentados em forma de rol:

Onde á média é obtida com a soma dos valores observados dividida


pelo número desses valores:
n

x i
soma de todos os elementos
X  i 1

n número totoal de ele mentos

Notação
“x” é a variável que representa os dados
n

 x é o símbolo que representa a soma, na parte inferior o


i 1
i
Notas de Aula – Allan Robert 18

i=1 indica que a soma começa em 1 e termina em


“n” (parte superior).

Ex.: Peso em gramas de ratos (50, 62, 70, 86, 60, 64, 66, 77, 58, 55, 82, 74)
Análise: o peso médio dos 12 ratos observados é de 67 gramas.

b) Dados apresentados em distribuição de freqüência simples:

x i fi
A média será: X  i
média ponderada.
f i

Ex.: Número de cáries em crianças de um município.

X 0 1 2 3 4 Total
fi 2 4 10 6 5 27

x i fi
0.2  1.4  2.10  3.6  4.5
X    2,3
27
f i

Análise: Verifica-se que a média de cáries das 27 crianças observadas no estudo é de 2,3.

Observação: Se pusermos os dados em forma de Rol veremos que o cálculo é o mesmo.


0 0 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4

Então a média ponderada é uma simplificação da média aritmética simples.

c) Dados apresentados em distribuição de freqüência em classes:

P m fi
A média será: X 
f i
Notas de Aula – Allan Robert 19

Ex.: Altura de uma determinada árvore, em metros, de uma região.

Classes Pm fi
1,5 |-- 2,0 1,75 3
2,0 |-- 2,5 2,25 16
2,5 |-- 3,0 2,75 31
3,0 |-- 3,5 3,25 34
3,5 |-- 4,0 3,75 11
4,0 |-- 4,5 4,25 4
4,5 |--| 5,0 4,75 1
Total 100

Agora não temos um número que represente bem o valor da variável (dado), pois temos clas-
ses de valores. A solução é pegar um valor para representar essa classe. Esse valor é o Ponto
médio da classe (Pm).

P m fi
(1,75).(3)  (2,25)(16)    (4,75) * (1)
X   3
100
f i

Análise: Verifica-se que o em média a altura das árvores dessa espécie é cerca de 3 metros.
Atenção: Estamos representando uma classe de valores por um número (Ponto médio), mas será
que ele representa bem essa classe? Talvez sim ou talvez não, o que pode afetar a estimativa da
média. Logo se tivermos acesso aos dados brutos é mais seguro usá-los para o cálculo. Contudo, é
importante saber lidar com esse tipo de situação já que nem sempre temos acesso a esses dados
brutos.

1.6.2 - Mediana

A mediana é o valor que divide a distribuição em duas partes iguais, em relação à quantidade de
elementos. Isto é, é o valor que ocupa o centro da distribuição, de onde se conclui que 50% dos
elementos ficam abaixo dela e 50% ficam acima.
Colocados em ordem crescente, a mediana (Med ou Md) é o valor que divide a amostra, ou popu-
lação, em duas partes iguais.

Representação gráfica.

0 Med 100%
Notas de Aula – Allan Robert 20

a) Dados apresentados em forma de rol.

Aqui dividiremos em dois casos:

 Se "n" for ímpar:

Med = elemento central (de ordem [(n + 1)/2]º)

Ex1: Seja a amostra: 1, 3, 6, 8, 9 Med = 6

Análise: Metade dos valores então abaixo de 6.

 Se "n" for par:

Med = média aritmética dos dois elementos centrais (de ordem (n/2)º e [(n/2) + 1]º)

Ex2.: Seja a amostra: 1, 3, 7, 10

(4 / 2)° + (4 / 2 + 1)° (2)° + (3)° 3 + 7


Med = = = =5
2 2 2
Análise: Metade dos valores então abaixo de 5.

b) Dados apresentados em distribuição de freqüência simples:

Ex3.: Suponha a seguinte distribuição de freqüência simples.

X fi F↓
1 1 1
2 3 4
3 5 9
4 2 11
Total 11 -
n = 11 (ímpar)

Elemento mediano: [(n+1)/2]º = 6º elemento

Observe que a 3ª classe contém do 5° até o 9° elemento (ver F↓ ), logo contém o 6º elemento,
onde a Med é o valor 3.
Ex4.: Suponha agora a seguinte distribuição de freqüência simples.

X fi F↓
82 5 5
85 10 15
87 15 30
89 8 38
90 4 42
Total 42 -
Notas de Aula – Allan Robert 21

n = 42 (par)

Elemento mediano: (n/2)º = 21º elemento


(n/2)º + 1 = 22º elemento
3ª classe contém o 21º e o 22º elemento logo

Med = (87 + 87)/2 = 87

c) Dados apresentados em distribuição de freqüência em classes:

Passos a seguir:

(1º Passo) Calcular a ordem (n/2)º. Não importa se é par ou ímpar;


(2º Passo) Através da F↓, iremos identificar a classe que contém a mediana; isto é, a posição
da mediana.
(3º Passo) Utilizar a fórmula:
 PMed  F   
Med  LI Med   .i

 f Med 

 LIMed = limite inferior da classe que contém a mediana;


 PMed = posição da mediana =  f i / 2 = xº elemento;
OBS: Não confundir com Pm, ou seja, ponto médio.
 F ¯- = freqüência absoluta acumulada "abaixo de" da classe anterior a classe que contém a
mediana;
 fMe = freqüência absoluta da classe que contém a mediana;
 i = intervalo da classe.

Ex.: No exemplo sobre altura de uma determinada árvore, em metros, de uma região, a mediana
é dada por:

Classes Pm fi F↓
1,5 |-- 2,0 1,75 3 3
2,0 |-- 2,5 2,25 16 19
2,5 |-- 3,0 2,75 31 50
3,0 |-- 3,5 3,25 34 84
3,5 |-- 4,0 3,75 11 95
4,0 |-- 4,5 4,25 4 99
4,5 |--| 5,0 4,75 1 100
Total - 100 -

PMe = 50º elemento na 3ª classe: [2,5; 3,0)


 P  F  
.i  2,5  
50 -19 
Med  LI Med   Med  .(0,5)  3
 f Med   31 
Notas de Aula – Allan Robert 22

Obs: Por coincidência, a média foi igual, porém nem sempre isso acontece.

1.6.3 - Moda (Mo)

É o valor que ocorre com maior freqüência, ou seja, aquele que mais se repete.

a) apresentados em forma de rol

 Série Unimodal (tem uma única moda)


Ex.: Na série 3, 5, 6, 6, 6, 7, 8 Mo = 6

 Série Bimodal (ocorrem duas modas)


Ex.: Na série 2, 5, 5, 5, 6, 7, 9, 9, 9, 10, 10 Mo1 = 5 e Mo2 = 9

 Série Amodal (não existe moda)


Ex.: Na série 0, 1, 3, 4, 7, 8, não existe moda

b) Dados apresentados em distribuição de freqüência simples.

Mo = elemento que tenha maior freqüência


Ex1.:
X fi
1 13
3 15
6 25
10 8
Total 61
Mo = 6

Ex2.:

Tipo de Sangue fi
O 547
A 441
B 123
AB 25
Total 1136

Mo = sangue do tipo "O"

c) Dados Apresentados em distribuição de freqüência de classes.

Nesse caso, a moda pode ser determinada através de quatro processos.


Notas de Aula – Allan Robert 23

 Moda Bruta (MoB)

Corresponde ao ponto médio da classe modal, ou seja, MoB = (li + ls)/2

Ex.:

Classes fi
1,08 |-- 1,26 5
1,26 |-- 1,44 13
1,44 |-- 1,62 32
1,62 |-- 1,80 18
1,80 |-- 1,98 11
1,98 |-- 2,16 2
2,16 |--| 2,34 3
Total 84

MoB = (li + ls)/2=(1,44+1,62)/2=1,53

 Moda de Pearson (MoP)

Utilizada mais especificamente, juntamente com X e Med, para mostrar o comportamento da


distribuição, em relação à concentração ou não de seus elementos.

Mo = 3.Med - 2. X
Utiliza-se a MoP para a análise da assimetria. Suponha que estamos verificando notas de 100 alu-
nos de uma escola. Essas notas podem apresentar as seguintes características:

 Assimetria à esquerda: X < Med < M oP (concentração à direita ou nos valores maiores)
Assimétrica à Esquerda e Normal ( 7 ) Assimétrica à Esquerda e Afunilada ( 8 ) Assimétrica
70
30

20
60
25

50

15
20
Frequência

Frequência

Frequência
40
15

10
30
10

20

5
5

10
0

2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2

notas notas
X Med Mop

 Assimetria à direita: M oP < Med < X (concentração à esquerda ou nos valores menores)
Frequên

Frequên

Frequên
15

20

10
10

10

5
5
0

0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 0 2

notas
Notas de Aula – Allan Robert notas
24
Assimétrica à Direita e Normal ( 4 ) Assimétrica à Direita e Afunilada ( 5 ) Assimétric

70
30

20
60
25

50

15
20
Frequência

Frequência

Frequência
40
15

10
30
10

20

5
5

10
0

0
0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 0 2

notas notas
Mop Med X

 Simétrica: M
oP
@Med @ X (concentração no ecentro)
Simétrica Normal ( 1 ) Simétrica e Afunilada ( 2 ) Simé

40

20
25

30
20

15
Frequência

Frequência

Frequência
15

20

10
10

10

5
5
0

0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 0 2

notas notas

M oP  Med  X
Assimétrica à Direita e Normal ( 4 ) Assimétrica à Direita e Afunilada ( 5 ) Assimétric
70
30

20
60
25

50

Ex.: Agora calcule à moda de Pearson para os seguintes dados: X = 1,61 e Med = 1,57.

15
20
Frequência

Frequência

Frequência
40
15

10
30

Mop = 3.(1,57) - 2.(1,61) = 1, 49


10

20

5
Análise: MoP < Med < X , o que indica uma assimetria à direita, isto é, uma maior concentração à
5

10

esquerda (ou em direção aos valores menores).


0

0
0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 0 2


notas notas
Moda de King (MoK)

 f post 
M oK  li Mo   .i
f f 
 ant post 

 liMo = limite inferior da classe modal;


 fpost = freqüência absoluta da classe posterior à classe modal;
 fant = freqüência absoluta da classe anterior à classe modal;
 iMo = ls - li = intervalo da classe modal;

 Moda de Czuber (MoC)

 d1  d1 = f máx - f ant
M oC  li Mo   .i ,
 d1  d 2
d 2 = f máx - f post

Notas de Aula – Allan Robert 25

Ex.: Baseado no exemplo da distribuição de freqüência apresentada no primeiro processo (moda


bruta) calcule as modas de King e de Czuber.

Moda de King:
Classe Modal = 3ª classe [1,44; 1,62) com fi = 32
fant = 13
fpost = 18
iMo = (1,62) - (1,44) = 0,18

 f post 
M oK  li Mo   .i 1,44   18 .0,18 1,54
f f   13  18 
 ant post   
Análise: valores próximos ou iguais a 1,54 ocorrem com maior freqüência.

Moda de Czuber:

Classe Modal = 3ª classe [1,44; 1,62) com fi = 32


fant = 13 fmáx = 32
fpost = 18 d1 = 32 - 13 = 19
iMo = (1,62) - (1,44) = 0,18 d2 = 32 - 18 = 14

 d1   19 
M oC  li Mo   .i Mo 1,44   .0,18 1,55
 d1  d 2   14  19 

Análise: valores próximos ou iguais a 1,54 ocorrem com maior freqüência.


1.7 – Medidas de dispersão

Introdução:Utilizaremos o termo dispersão para indicar o grau de afastamento de um conjunto


de números em relação a sua média, pois apesar de que consideremos a média como um número
que pode representar uma série de valores ela não pode por si mesma, destacar o grau de homoge-
neidade ou heterogeneidade existente entre os valores que compõem o conjunto. O nosso objetivo
é construir medidas que avaliem a representatividade da média para isto usaremos as medidas de
dispersão.
Uma breve reflexão sobre as medidas de tendência central permite-nos concluir que elas não
são suficientes para caracterizar totalmente uma seqüência numérica.
Se observarmos as seguintes seqüências:
X: 10, 10, 10, 10, 10
Y: 9, 8, 11, 10, 12
Z: 1, 21, 10, 2, 18

O que essas seqüências têm em comum? Basta calcular a média aritmética de cada um desses
conjuntos, e verificaremos:

X
 x i  X  50  10 ; Y   y i  Y  50  10 ; Z   z i  Z  50  10
n 5 n 5 n 5
Notas de Aula – Allan Robert 26

Observações: Os três conjuntos de dados apresentam mesma média aritmética. No entanto, são
seqüências completamente distintas do ponto de vista da variabilidade de dados. Na seqüência X,
não há variabilidade dos dados, logo a média representa perfeitamente qualquer valor da série.
Na seqüência Y, a média representa bem a série, mas existem elementos da série levemente dife-
renciados. Na seqüência Z, existem muitos elementos bastante diferenciados da média, ou seja, a
média não representa esta seqüência.
Nosso objetivo é construir medidas que avaliem a representatividade da média. Para
isto, usaremos as medidas de dispersão. As principais medidas de dispersão absolutas são:
amplitude total (já vista), variância, desvio padrão e coeficiente de variação.

1.7.1-Variância

È a medida de dispersão mais utilizada. É definida como sendo o quociente entre a soma
dos quadrados dos desvios e o número de elementos. É classificada em dois tipos:
 Variância populacional , representada por uma letra grega chamada sigma elevada ao qua-
drado:

 X   X  
2   2
X 1 
  N 
i i
 2
   X i2
N N
 
 Variância amostral, representada pela letra “S” elevada ao quadrado:
 X   X  
2   2
X
  n 
i 1  i
S 2
   X i2
n 1 n 1 
 

Exemplo: Calcular a variância amostral das notas obtidas por quatro alunos em cinco avaliações.

Alunos Notas x i x 2
i S
2

Antônio 5 5 5 5 5 25 0
Aline 6 4 5 4 6 129 1
Marcos 10 5 5 5 0 25 12,5
Maria 10 10 5 0 0 225 25

Observação: Preencha os espaços em branco realizando os cálculos necessários.

Conclusões:

 As notas de Antônio não variaram  s2 = 0;


 As notas de Aline variaram menos que as notas de Marcos;
 As notas de Maria variaram mais que as notas dos outros alunos.

Atenção: Quando os dados estão dispostos em uma tabela de distribuição de freqüência, utiliza-se
a fórmula:
Notas de Aula – Allan Robert 27

1º Caso – Freqüência Simples

  x  f 
2

  f  n 
1  i
s 
2
xi2
n 1 
 
  x  f   2

   
1 i
2
 f 
xi2
N N 
 

2º Caso – Freqüência em Classes

  Pm  f  
2   Pm  f  
2

 Pm  Pm
1    
1
s 
2 2
f  2 2
f 
n 1  n  N N 
   

Para raciocinar: No cálculo da variância, quando elevamos ao quadrado a


diferença ( xi - x ) , pois senão fizéssemos isso a soma destes valores seria
zero (caro leitor, confira isso), mas nesse caso essa medida da série fica
elevada ao quadrado. Será justo isso?

Não amigo leitor, a variância é dada sempre no quadrado da unidade de medida da série.
Se os dados são expressos em metros, a variância é expressa em metros quadrados.
Em algumas situações, a unidade de medida da variância nem faz sentido. É o caso, por
exemplo, em que os dados são expressos em litros, logo a variância será expressa em litros qua-
drados. Portanto, o valor da variância não pode ser comparado diretamente com os dados da série,
ou seja: não há interpretação para a variância.

1.7.2-Desvio Padrão

Eis aqui a solução, ou seja, a raiz do problema. Exatamente a raiz quadrada da variância.
Ora se estamos elevando cada diferença ao quadrado, nada mais justo que extrair a raiz quadrada
da soma dessas diferenças. Assim voltaremos à mesma unidade de medida dos dados originais.

 Desvio padrão populacional , representada por uma letra grega chamada sigma:

 
 X i X  2

N
 Desvio padrão amostral, representada pela letra “S”:

 X 
2
i X
S 
n 1
OBS: Quanto maior o valor do desvio padrão significa que mais dispersos estão os elementos em
torno da média.
Notas de Aula – Allan Robert 28

No exemplo anterior:

Alunos Notas S
2 S

Antônio 5 5 5 5 5 0 0
Aline 6 4 5 4 6 1 1
Marcos 10 5 5 5 0 12,5
Maria 10 10 5 0 0 25

Observação: Preencha os espaços em branco realizando os cálculos necessários.

Interpretação do Desvio Padrão

O desvio padrão é, sem dúvida, a mais importante das medidas de dispersão.

É fundamental que o interessado consiga relacionar o valor obtido do desvio padrão


com os dados da série. Quando uma curva de freqüência representativa da série é perfeitamen-
te simétrica, ou seja,
( X = Med = Mop ), podemos afirmar que os intervalos:

[ x- s , x + s ] Contém aproximadamente 68% dos valores da série.


[ x - 2s , x + 2s ] Contém aproximadamente 95% dos valores da série.
[ x - 3s , x + 3s ] Contém aproximadamente 99% dos valores da série.
Quando a distribuição não é perfeitamente simétrica, estes percentuais apresentam peque-
nas variações para mais ou para menos, segundo o caso.

Exemplo: Suponha uma série com média x= 100 e desvio padrão s=5, se temos a relação
X = Med = Mop , podemos interpretar estes valores da seguinte forma:

O intervalo [95, 105] contém aproximadamente 68% dos valores da série. O intervalo [90, 110]
contém aproximadamente 95% dos valores da série, já o intervalo [85, 115] contém aproximada-
mente 99% dos valores da série.

Para raciocinar: O que varia mais: o desvio padrão de um quilo ou o desvio


padrão de um metro? Não sabemos informar qual variável tem mais dispersão
somente com o desvio padrão, pois estamos trabalhando com escalas de medi-
das diferentes.

1.7.3-Coeficiente de Variação (CV)


Notas de Aula – Allan Robert 29

Quando as medidas de duas ou mais variáveis são expressas em unidades diferentes como pe-
so/altura, capacidade/comprimento, etc. não se pode compará-las através do desvio padrão, por
este ser uma medida absoluta de variabilidade. Usa-se então o CV, que é uma medida relativa,
que expressa o desvio padrão como uma porcentagem da média aritmética. Quanto mais próximo
de zero, mais homogênea é a distribuição. Quanto mais distante, mais dispersas.
O CV mede a dispersão em relação à média. É a razão entre o desvio padrão e a média. O
resultado obtido dessa operação é multiplicado por 100, para que o coeficiente de variação seja
dado em porcentagem.
S
CV = *100
X
Observação : CV alto indica que a dispersão dos dados em torno da média é muito grande.
Exemplo: Calcule a média, o desvio padrão e o coeficiente de variação dos dados apresenta-
dos na tabela abaixo. Comente os resultados, apontando quais os dados que apresentaram
menor variabilidade, ou seja, qual a variável mais homogênea (peso ou comprimento).
Peso (em kg) e comprimento (em cm) de 10 cães
Peso(X) Comprimento(Y) X2 Y2
23 9 529 81
22 9,5
21 8,7
21 8
17 6,5
28 10
19 6
14 7
19 8
19 7,5

Вам также может понравиться