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citada a fonte.

Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
Ouvidoria.

ouvidoria@fgv.br

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SUMÁRIO

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA ........................................................................... 1


1.1 EMENTA .......................................................................................................... 1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL ................................................................................... 1
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................. 1
1.5 METODOLOGIA ................................................................................................ 1
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 1
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .......................................................................... 1
CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR ....................................................................... 2

2. OS FUNDAMENTOS .......................................................................................... 3
2.1 O QUE É? PARA QUE SERVE? ............................................................................. 3
2.2 O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO .................................................................... 3
2.3 JUROS E O PAPEL DO MERCADO FINANCEIRO ..................................................... 4
2.4 TAXAS APARENTES E TAXAS REAIS .................................................................... 5
2.5 FLUXOS DE CAIXA E SUA REPRESENTAÇÃO......................................................... 6
2.6 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NA MATEMÁTICA FINANCEIRA .................................. 7
2.7 OUTROS TERMOS E CONCEITOS IMPORTANTES ................................................... 8
2.8 REGIMES DE JUROS ......................................................................................... 8
2.9 CASO PRÁTICO ................................................................................................ 9

3. O FLUXO MAIS SIMPLES – MODELO A ........................................................... 10


3.1 O DFC E SEUS COMPONENTES .......................................................................... 10
3.2 RESOLUÇÃO DO DIAGRAMA ............................................................................. 10
3.3 EXEMPLOS APLICADOS .................................................................................... 11
3.4 TRANSFORMAÇÃO DE TAXAS ............................................................................ 12
3.5 CASO PRÁTICO ............................................................................................... 12
3.6 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ................................................................................ 13

4. AS SÉRIES UNIFORMES – MODELO B ............................................................ 14


4.1 DEFINIÇÃO E OBJETIVO DAS SÉRIES ................................................................ 14
4.2 RESOLUÇÃO DOS DIAGRAMAS ......................................................................... 14
4.3 EXEMPLOS APLICADOS .................................................................................... 16
4.4 AS PERPETUIDADES ........................................................................................ 17
4.5 CASO PRÁTICO ............................................................................................... 18
4.6 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ................................................................................ 18

5. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO ....................................................................... 21


5.1 SISTEMA PRICE .............................................................................................. 21
5.2 SISTEMA SAC ................................................................................................. 22
5.3 CASO PRÁTICO ............................................................................................... 22
5.4 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ................................................................................ 22

6. OS FLUXOS GENÉRICOS – MODELO C ............................................................ 24


6.1 DETERMINAÇÃO DO VALOR PRESENTE .............................................................. 24
6.2 DETERMINAÇÃO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO ................................................. 25
6.3 DETERMINAÇÃO DA TAXA INTERNA DE RETORNO ............................................... 26
6.4 CASO PRÁTICO ............................................................................................... 29
6.5 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ................................................................................ 30

7. TAXAS DE JUROS .......................................................................................... 31


7.1 CRITÉRIOS PARA COMPARAÇÃO ....................................................................... 31
7.2 TAXA EFETIVA VERSUS TAXA NOMINAL ............................................................. 32
7.3 TAXA EFETIVA VERSUS TAXA DE DESCONTO...................................................... 32
7.4 TAXA APARENTE VERSUS TAXA REAL ................................................................ 33
7.5 TAXA BRUTA VERSUS TAXA LÍQUIDA................................................................. 34
7.6 TAXA PRÉ VERSUS TAXA PÓS-FIXADA ............................................................... 35
7.7 CASO PRÁTICO ............................................................................................... 35
7.8 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ................................................................................ 36

8. APÊNDICE – AS FÓRMULAS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA .......................... 37


1

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA

1.1 Ementa
Juros simples. Conceito de juros simples. Desconto de títulos. Valor de face e valor de
mercado. Juros compostos. Conceito de juros compostos. Valor do dinheiro no tempo.
Valor presente e valor futuro. Valor presente liquido e taxa interna de retorno. Taxa de
desconto. Valor e custo. Problemas da TIR. Equivalência de taxas de juros. Períodos de
capitalização. Taxas anuais, mensais e diárias. Equivalência de fluxos de caixa.
Perpetuidades e anuidades. Sistemas de amortização. Tabela Price e SAC.

1.2 Carga horária total


24 horas-aula.

1.3 Objetivos
Expor de forma gradual os princípios básicos de Finanças, suas aplicações práticas,
vantagens e limitações de cada tópico. Aplicar as técnicas para a solução de problemas
financeiros mediante a utilização de ferramentas específicas.
Estimular e desenvolver nos alunos a capacidade de analisar e interpretar as informações
financeiras, fornecendo base teórica necessária para aplicação dos conhecimentos
práticos em situações do dia-a-dia e mesmo em cursos mais avançados em finanças.
É esperado que ao final desta disciplina os alunos tenham absorvido os principais
mecanismos existentes nos mercados financeiros, estando aptos a avaliar alternativas e
tomada de decisões dentro do leque de opções disponíveis.

1.4 Conteúdo programático


Juros simples. Conceito de juros simples. Desconto de duplicatas. Desconto de títulos.
Valor de face e valor de mercado. Juros compostos. Conceito de juros compostos. Valor
do dinheiro no tempo. Valor presente e valor futuro. Valor presente liquido e taxa interna
de retorno. Taxa de desconto. Valor e custo. Problemas da TIR. Equivalência de taxas de
juros. Períodos de capitalização. Taxas anuais, mensais e diárias. Equivalência de fluxos
de caixa. Perpetuidades e anuidades. Sistemas de amortização. Tabela Price e SAC.

1.5 Metodologia
Aulas participativas onde, além da teoria, serão desenvolvidos exemplos e cases
aplicados.

1.6 Critérios de avaliação


Avaliação individual ao término do programa (70%) e listas de exercícios (30%).

1.7 Bibliografia recomendada

• GITMAN, Lawrence J., Princípios de Administração Financeira, Ed Pearson, 12ª


edição, 2010.

• ZENTGRAF, Roberto, Matemática Financeira Objetiva, ZTG Editora, 2010.

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Curriculum Vitae do professor


Roberto Zentgraf, e-mail roberto.zentgraf@globo.com
Especialista em Finanças Pessoais e planejador financeiro (CFP®) certificado pelo IBCPF
atua também como consultor de investimentos, sócio da BR Advisors.
Autor de vários livros sobre o assunto, como O Futuro é Hoje, O Guia Prático de
Finanças, Matemática Financeira Objetiva, Estatística Objetiva, além de cinco títulos da
coleção Clube Saúde Financeira.

Assinou coluna semanal do jornal O Globo, do blog Você Investe (site do Globo On Line)
e do site da Losango, grupo HSBC do Brasil.

Colaborador em diversos programas – Globonews, Jornal Nacional, Sem Censura, dentre


outros – sobre questões relacionadas às finanças das famílias.

Engenheiro Civil pela UFRJ, Mestre em Engenharia de Produção pela UFF, com pós-
graduações em Análise de Sistemas (PUC) e em Finanças (Ibmec-RJ), trabalhou por oito
anos na Controladoria da Esso Brasileira de Petróleo e por 10 anos como coordenador
dos MBAs do Ibmec-RJ.

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2. OS FUNDAMENTOS

2.1 O que é? Para que serve?

• É inegável a importância que damos às Finanças nos dias de hoje... Com


efeito, de notícias relegadas a um segundo plano, as questões financeiras
passaram a ocupar posição de destaque em praticamente toda a mídia,
integrando assim o cotidiano de todos nós, independente dos campos de
atuação profissional que optamos seguir. Por quê?

♦ Exemplo 2.1: No seu entender quais as principais causas que tornam o tema
tão popular? Cite fatos e exemplos reais, no Brasil e no mundo, com base nos
últimos acontecimentos!

• No contexto das Finanças, a Matemática Financeira desempenha papel


fundamental, ao permitir que os agentes envolvidos na análise financeira
formem uma base objetiva e consistente para a sua tomada de decisão.

• Na prática, será por meio desta ferramenta, que poderemos transformar


quantias monetárias ao longo do tempo, e assim determinarmos valores
presentes e taxas de retorno (rentabilidade).

• Estuda, portanto, a evolução do dinheiro ao longo do tempo, visando


estabelecer relações formais entre quantias expressas em datas distintas.

2.2 O Valor do Dinheiro no Tempo

• Relaciona-se à ideia de que, ao longo do tempo, o valor do dinheiro muda,


quer em função de sua desvalorização devido à inflação, quer em função da
oportunidade de aplicá-lo, obtendo-se assim uma remuneração (juros) sobre
a quantia envolvida.

♦ Exemplo 2.2: Certo ou Errado? Por quê? Um automóvel custa à vista


$20.000, mas poderá ser pago em 20 parcelas de $1.500. Se a Empresa XYZ
for adquirir duas unidades e optar pelo financiamento, acabará pagando o
equivalente a três unidades!

♦ Exemplo 2.3: Quais as principais consequências do valor do dinheiro mudar


ao longo do tempo?

♦ Exemplo 2.4: Você tem um hábito que custa R$10 diários, se pudesse
aplicá-los a 1% ao mês, quanto acumularia após 30 anos? Não faça as contas,
só “chute” a ordem de grandeza!
(a) 250.000; (b) 500.000; (c) 1.000.000; (d) 2.000.000

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2.3 Juros e o papel do Mercado Financeiro

• Se, conforme citamos na seção anterior, ao longo do tempo o valor do


dinheiro muda, uma pessoa ou empresa que disponha de recursos hoje e não
queira gastá-los, poderá emprestá-los, exigindo assim uma recompensa por
isto... será esta recompensa que denominaremos de juros.

♦ Exemplo 2.5: Se você possuir um imóvel "sobressalente", poderá emprestá-


lo a alguém, recebendo um aluguel por isto; se você possuir dinheiro
"sobressalente" também! Ou seja, juro também poderá ser entendido como o
aluguel recebido pelo uso do seu dinheiro!

• Obviamente, a transferência de recursos entre os diversos agentes não se dá


individualmente, mas sim por meio do Mercado Financeiro. A figura a seguir,
ainda que bastante simples, sintetiza diversos conceitos importantes:

Figura 2.1 - O Papel do Mercado Financeiro

♦ Exemplo 2.6: No seu entender, quais as principais funções do Mercado


Financeiro?

♦ Exemplo 2.7: Cite os principais agentes que participam do relacionamento


ilustrado na figura anterior aproveitando a classificação proposta (poupador,
tomador, mercado).

♦ Exemplo 2.8: Qual deverá ser a relação entre J1 e J2? O que você acha de
entrar no limite do cheque especial tendo saldo em caderneta de poupança?

♦ Exemplo 2.9: Sob a ótica do Mercado Financeiro, o lado esquerdo da figura


anterior corresponderá à ponta de captação de recursos, enquanto que o lado
direito corresponderá à ponta de aplicação de recursos. Quais os principais
produtos financeiros disponíveis para as pessoas e empresas em cada uma
destas áreas? Para as empresas do Mercado Financeiro, onde estará o maior
risco? Por quê?

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• Pelas respostas dos exemplos anteriores, concluímos que o Mercado


Financeiro negocia um produto muito especial - o dinheiro - e, como em todo
e qualquer mercado, possui uma cotação específica para este produto, no
caso a taxa de juros (ou o preço do dinheiro).

♦ Exemplo 2.10: Supondo que você disponha de uma quantia não


comprometida com qualquer dispêndio, presente ou futuro. O que levaria
você a investi-la? E a gastá-la?

♦ Exemplo 2.11: Suponha que você possua $100.000 para investir. Você
aceitaria aplicá-los em uma Poupança, que lhe garantisse 0,5%am? E em
uma franquia que em média rendesse 0,5%am? Por quê? E se a franquia
rendesse 2,5%am?

• Pelas suas últimas respostas você já deve ter percebido, ainda que
intuitivamente, a existência de uma relação positiva entre retorno e risco, ou
seja: quanto maior o risco incorrido, maior o retorno exigido e vice-versa.
Infelizmente ainda é comum muitos acharem que um bom negócio é um
negócio que renda acima da poupança...

♦ Exemplo 2.12: No seu entender, o que uma taxa de juros deveria oferecer
ao investidor?

2.4 Taxas Aparentes e Taxas Reais

• Um dos fenômenos que prejudica os agentes econômicos em geral é a


existência da inflação, caracterizada como o aumento sistemático dos preços
dos bens e serviços da economia...

• Logo, é razoável que as avaliações sejam feitas excluindo-se os efeitos


inflacionários, utilizando-se, portanto a taxa real de juros, pois:
• Apenas a taxa real é que tem o poder de multiplicar o seu dinheiro (a
parcela referente à inflação tenta manter o poder de compra
inalterado);

• Em planejamentos de longo prazo, o uso da taxa real de juros irá


permitir que você trabalhe com os fluxos futuros de caixa expressos a
preços de hoje (Imagine ter que corrigir os fluxos futuros de caixa pela
projeção da inflação a cada ano)...

• Uma taxa de juros será denominada real quando excluir a inflação de seu
cálculo, sendo chamada de aparente caso contrário... E elas se relacionam por
meio da expressão a seguir, onde iINFL corresponde ao fator da taxa de
inflação observada no período (veja o conceito de fator de taxa na seção
3.1.6):

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(1 + i APAR )
(1 + iREAL ) =
(1 + iINFL )
Fórmula 2.1 – Taxa Aparente vs Taxa Real

♦ Exemplo 2.13: Se a SELIC hoje está a 6,50%aa e a inflação a 2,5%aa, qual


a taxa real de juros que um investidor que obtenha 100% da SELIC irá
receber?

♦ Exemplo 2.14: Observando as taxas praticadas pelo Tesouro Nacional para a


venda de seus títulos (Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA) qual a taxa
aparente e qual a taxa real para os títulos de prazos mais longo?

2.5 Fluxos de Caixa e sua Representação

• Os Fluxos de caixa retratam a diferença entre os reais (ou qualquer outra


moeda) que entraram e os reais que saíram da empresa (ou do seu “bolso”)
em determinado período.

• Para representa-lo, é comum traçarmos o Diagrama de Fluxo de Caixa [DFC],


que funciona como importante ferramenta para planejar a resolução do
problema.

• Um DFC é basicamente um eixo horizontal graduado com a escala de tempo,


sobre o qual iremos marcar as entradas [com setas para cima] e as saídas de
caixa [com setas para baixo]. Além de todas as orientações já comentadas
anteriormente, acrescentaremos:

• Somente registrar a entrada ou saída do valor no momento em que ele


efetivamente ocorrer [regime de caixa] e não no momento da
ocorrência de seu fato gerador [regime de competência]. Vide Exemplo
2.15;

• Efetuar a análise em termos incrementais, ou seja: incluir no fluxo em


análise toda e qualquer entrada ou saída consequente da operação [na
análise de investimentos por exemplo, analisar o efeito "sem" e "com"
o projeto]. Vide Exemplo 2.16;

• Sempre que possível simplificar os fluxos de caixa, representando no


diagrama apenas o resultado líquido de entradas e saídas de caixa.
Vide Exemplo 2.17.

♦ Exemplo 2.15: Uma empresa revende por $1.000 um produto que adquire
por $600. Suponha que hoje a empresa tenha comprado e vendido apenas
uma unidade, que a conta ao fornecedor seja paga daqui a 30 dias e a venda

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tenha sido efetuada com cheque pré-datado para 10 dias. Ignore outras
variáveis e determine o lucro bruto da operação. Represente também o DFC.

♦ Exemplo 2.16: Você tem uma sala comercial que é alugada por R$ 1.500
mensais líquidos. Está pensando em utilizá-la para um novo negócio que,
após pagos os custos (empregados, serviços e outros) irá deixar R$ 3.500
líquidos no seu bolso. Se para isso você investirá R$ 20.000 na compra de
móveis, qual o DFC relevante?

♦ Exemplo 2.17: A importância do DFC como ferramenta auxiliar de análise


ficará clara neste exemplo: um indivíduo vai ao banco pedir empréstimo no
valor de $1.000 com vencimento para 180 dias. O gerente além de cobrar-lhe
juros de 10% sobre o valor do empréstimo, obriga-o a manter um CDB no
valor de $200 e remunerado a 6% durante o prazo do empréstimo. Qual a
taxa de juros da operação?

2.6 Resolução de Problemas na Matemática Financeira

• O roteiro a seguir sintetiza as principais etapas necessárias à resolução de um


problema de Matemática Financeira
• Etapa 1: Identifique e/ou estime todas as entradas e saídas de caixa
relevantes ao problema;
• Etapa 2: Represente o DFC;
• Etapa 3: Compare o DFC traçado com um dos modelos listados na
Figura 3.2;
• Etapa 4: Resolva a questão conforme as regras para o modelo.

• Os modelos de DFC para os quais contamos com resoluções prontas,


padronizadas, encontram-se listados na figura seguinte.
Modelo DFC-Padrão Descrição Resolução

Fluxos envolvendo uma


A entrada e uma saída de Seção 3
caixa

B Séries de Pagamentos Seção 4


Uniformes

Fluxos Quaisquer (não


C enquadrados nos modelos Seção 6
anteriores)

Figura 2.2 - Modelos de DFC

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• Observações:

• Na realidade, há outros dois modelos de séries que podem ser


resolvidos por meio de fórmulas: as séries com crescimento em
Progressão Aritmética (ou séries em Gradiente) e as séries com
crescimento em Progressão Geométrica;

• Optamos por não incluí-los no texto (ainda que constem no Apêndice)


já que nestes casos é possível resolvê-los por meio das técnicas
desenvolvidas para o Modelo C;

• Como o objetivo do presente curso não é torna-lo especialista em


Matemática Financeira, mas sim dar-lhe segurança em seus cálculos,
os exemplos e exercícios que se seguem serão resolvidos por meio de
calculadora financeira (tipo HP-12C ou aplicativo para smartfone) ou
por meio do Excel. Para os que se interessarem pelas formulações, o
Apêndice ao final do texto poderá ser consultado.

2.7 Outros Termos e Conceitos Importantes

• Valor Presente (Present Value): também chamado de Principal, Valor Atual


ou Capital Inicial, corresponderá ao valor do dinheiro hoje, ou seja, na data-
zero do Diagrama de Fluxo de Caixa; no texto será representado por P (ou
PV);

• Valor Futuro (Future Value): também chamado de Montante ou Capital


Acumulado, corresponderá ao valor do dinheiro em uma data futura, posterior
à data-zero do Diagrama de Fluxo de Caixa; no texto será representado por F
(ou FV);

• Fator da Taxa i: corresponderá ao valor da taxa i dada, transformado em


fator através da expressão (1+i); por exemplo: 10%, 100% e 0,02% irão
gerar 1,10; 2,00 e 1,0002;

♦ Exemplo 2.18: Você investiu em um fundo de ações e, após seis meses, a


rentabilidade acumulada foi de 18% negativos. Qual o fator de taxa? Se sua
aplicação inicial foi de $2.000, quanto você tem acumulado?

2.8 Regimes de Juros

• Dependendo da forma como calcularemos os juros, teremos os regimes de


juros simples ou juros compostos.

• No Regime de Juros Simples, a taxa de juros incidirá somente sobre o


valor inicialmente aplicado;

• No Regime de Juros Compostos, a taxa de juros incidirá sobre o


montante acumulado ao final do período anterior.

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• Os cálculos envolvendo o regime de juros simples são bastante


elementares, sendo resolvidos a partir das quatro operações básicas e,
eventualmente por regra-de-três. O único cuidado será compatibilizar
prazos e taxas quanto à unidade de tempo utilizada; por exemplo, com
a taxa ao ano e o prazo em meses, divida a taxa por 12 para
transformá-la em mensal;

• No mercado financeiro nacional, são poucas as aplicações a juros


simples, à exceção dos juros nos cheques especiais e das operações de
desconto de duplicatas e notas promissórias, razão pela qual
abordaremos rapidamente este regime, nos exemplos que se seguem.

♦ Exemplo 2.19: Você ficou com saldo negativo de R$ 800 em sua conta
bancária por 4 dias, e o banco usa 15% ao mês (juros simples para 30 dias)
na cobrança dos juros. (a) Qual a taxa diária de juros cobrada? (b) Ao todo
quanto você pagará de juros? (c) Supondo que estes 4 dias tenham ocorrido
no final do mês e você ainda não tenha recebido o seu salário, de quanto
passará a ser o seu saldo devedor? (d) Chamando por P os $800, por i à taxa
de juros diária, por n ao prazo em dias e por J os juros devidos e por F ao
saldo final, quais fórmulas você poderia desenvolver para chegar às respostas
dadas?

♦ Exemplo 2.20: Se após 75 dias uma dívida que originalmente era de $1.500
transformou-se em $1.687,50, qual a taxa mensal a juros simples praticada?

2.9 Caso Prático

♦ Exemplo 2.21: Acesse o site do Tesouro Direto e monte o DFC para os


títulos pré-fixados de prazo mais longo. Não é necessário fazer contas, apenas
representar o DFC.

• Nas seções que se seguem, apresentaremos os diferentes modelos de fluxo


de caixa com que trabalharemos ao longo do curso. Procure associá-los aos
diferentes exemplos que serão apresentados para, em seguida, resolvê-los
por meio de sua calculadora.

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3. O FLUXO MAIS SIMPLES – MODELO A

3.1 O DFC e seus componentes

Figura 3.1 - DFC - Modelo A

• P = Valor Presente ou Principal;

• F = Valor Futuro ou Montante;

• i = Taxa de Juros;

• n = Prazo

• Independente do método que você irá utilizar para resolvê-lo, lembre-se: a


taxa e o prazo deverão estar compatíveis quanto à unidade de tempo
utilizada. Ou seja, se a taxa for anual, o prazo deverá ser fornecido em anos,
se a taxa for mensal o prazo deverá ser fornecido em meses e assim
sucessivamente.

• Nos casos onde a taxa i e o prazo n estiverem incompatíveis quanto à unidade


de tempo, transforme a taxa via equivalência de taxas (veja seção 3.2.4
adiante) ou divida/multiplique prazo. JAMAIS MULTIPLIQUE ou DIVIDA a
taxa i.

3.2 Resolução do Diagrama

• Para que um problema representado pelo DFC da figura acima tenha uma
resposta, é necessário que você conheça previamente três das variáveis
envolvidas, sendo a quarta variável justamente aquela que você quer
encontrar.

• Você poderá utilizar as fórmulas citadas no Apêndice para chegar ao resultado


procurado...

• Uma alternativa mais simples será a utilização de uma calculadora financeira,


como a popular HP-12C:

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• Você fornece três variáveis, a calculadora encontra a quarta;


• P corresponderá ao [PV], F ao [FV], i ao [i%], n ao [n];

• Na inserção dos valores monetários, utilize a convenção do sinal do


fluxo de caixa, ou seja: entradas deverão ser inseridas como valores
positivos, saídas de caixa como valores negativos;
• Na HP-12C use a tecla [CHS] para mudar o sinal;
• Na HP-12C, pressione [STO] [EEX] para trabalhar com prazos
fracionários no regime de juros compostos.

• Outra opção é trabalhar com o EXCEL


• Você fornece três variáveis, o EXCEL encontra a quarta;

• P corresponderá à função [VP]; F à função [VF], i à função [TAXA], n à


função [NPER];
• Também no EXCEL é preciso usar a convenção do sinal do fluxo de
caixa, ou seja: entradas deverão ser inseridas como valores positivos,
saídas de caixa como valores negativos;

3.3 Exemplos Aplicados

♦ Exemplo 3.1: Um título de renda fixa promete o pagamento de 0,9%am de


juros (compostos). Qual o valor a ser resgatado após 3 meses por um
investidor que tenha aplicado $9.500?. E se o investidor aplicar por um ano e
meio?

♦ Exemplo 3.2: Com a taxa real de juros atual, por volta de 2,5% ao ano para
aplicações tradicionais em renda fixa, em quanto tempo você consegue dobrar
seu capital? O que você entende por taxa de juros real?

♦ Exemplo 3.3: Admitindo que hoje seja 15/05/2018, verifique em quanto se


transformarão R$100 aplicados no título Tesouro IPCA+ 2045, constante no
site do Tesouro Direto.

♦ Exemplo 3.4: Comparação entre os dois regimes de juros: Supondo a


aplicação de R$ 100 a 10%am, é possível afirmar que os JC sempre irão
render mais do que os JS? Explique.

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3.4 Transformação de Taxas

• Já sabemos que para transformar taxas no regime de juros compostos, não


podemos simplesmente dividi-las ou multiplica-las. Logo, caso seja preciso
fazê-lo (e você precisará disso na Seção 4) finja que irá aplicar R$ 100. Siga
os exemplos seguintes.

♦ Exemplo 3.5: Do prazo menor para o maior: Um empréstimo no cheque


especial custa 15% ao mês. Qual a taxa semestral? E a anual?

♦ Exemplo 3.6: Do prazo maior para o menor: Ao tomar um financiamento


para a compra de um automóvel, a concessionária informou-lhe que cobra
24% ao ano de juros. Qual a taxa mensal?

• Alternativamente, utilize a fórmula:

 nA

 i (%)  nB
i A = (1 + i B )
nA
nB −1 i A (%) =  1 + B
 − 1 × 100
 100  
 

Fórmula 3.1 - Taxas Equivalentes a Juros Compostos

♦ Exemplo 3.7: A Selic hoje está em 6,50%aa, para 252 dias úteis. Quanto irá
remunerar um título que pague esta taxa e tenha vencimento em 22 dias
úteis?

3.5 Caso Prático

♦ Exemplo 3.8: Você adquiriu um Tesouro Prefixado com vencimento em 36


meses, que remunerava – no momento da compra – a 15,6%aa. Um ano
após a compra, você precisou vendê-lo e neste momento, as taxas para
títulos similares permaneceram em 15,6%aa. (a) Por quanto você irá vender?
(b) Quanto o comprador irá ganhar (em %aa)? (c) E você, quanto terá ganho
(em %aa)?

♦ Exemplo 3.9: Refaça o exemplo anterior admitindo que ao vender, a taxa


para títulos similares tenha aumentado para 17,6%aa. (a) Por quanto você irá
vender? (b) Quanto o comprador irá ganhar (em %aa)? (c) E você, quanto
terá ganho (em %aa)?

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3.6 Exercícios de Revisão

♦ Exercício 3.1: Se você aplicar hoje $85.000,00 em um título, quanto poderá


retirar daqui a 4 meses, assumindo que o rendimento deste título é de
11,00%am?

Resp: $129.035,98

♦ Exercício 3.2: Em quanto tempo um capital de $100,00 aplicado a 5,00%am


é triplicado?

Resp: 23 meses (22,52)

♦ Exercício 3.3: Quais as taxas (a) anual, (b) semestral, (c) trimestral;
(d) bimestral; (e) mensal; (f) diária a juros compostos que transformam um
capital de $30.000,00 em $212.537,21 após 2 anos?
Resp: a) 166,17%aa; b) 63,15%as; c) 27,73%at; d) 17,72%ab; e)
8,50%am; f) 0,27%ad

♦ Exercício 3.4: Determine as taxas semestrais, quadrimestrais, trimestrais,


mensais, diárias e horárias (!!) equivalentes a 4.000,00%aa (considere o ano
com 360 dias, o mês com 30 dias, o dia com 24 horas)

Resp: 540,31%as; 244,82%aq; 153,04%at; 36,27%am; 1,04%ad; 0,04%ah

♦ Exercício 3.5: Durante os anos de 1990 e 1991, a taxa média de inflação no


Brasil foi de aproximadamente 17,45%am. A continuar este nível, qual seria a
inflação acumulada em oito anos?

Resp: 508.030.681,50% para os 8 anos

♦ Exercício 3.6: Refaça o exercício anterior supondo uma inflação” japonesa”,


de 0,10%am.

Resp: 10,07% para os 8 anos

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14

4. AS SÉRIES UNIFORMES – MODELO B

4.1 Definição e Objetivo das Séries

• Uma Série de Pagamento será toda e qualquer seqüência de entradas ou


saídas de caixa – chamadas de termos da série ou simplesmente prestações -
com um dos seguintes objetivos:

• Amortização de uma dívida;


• Acumulação de capital (ou capitalização);

• Geração de renda perpétua.

♦ Exemplo 4.1: Os financiamentos imobiliários e o crédito direto ao


consumidor são modelos típicos de séries com o objetivo de amortização;
esboce o DFC para um caso destes.

♦ Exemplo 4.2: Os títulos de capitalização, as poupanças programadas, e os


planos de previdência (em sua fase contributiva) são modelos típicos de séries
com o objetivo de capitalização; esboce o DFC para um caso destes.

♦ Exemplo 4.3: Cite exemplos de séries com objetivos de geração de renda


perpétua. Represente o DFC para um caso destes.

4.2 Resolução dos Diagramas

• Há vários modelos de séries de pagamento, mas aqui o que nos interessa são
as séries:
• Periódicas: os intervalos entre as prestações são constantes;

• Uniformes: as prestações são fixas;

• Importante: A taxa i deverá estar expressa ao período existente entre cada


uma das prestações; caso esta não seja a condição, a transformação deverá
ser efetuada na taxa, através do conceito de Taxas Equivalentes, já citado
anteriormente, na seção 3.4.

• No caso das séries para amortização, os seguintes DFC são válidos...

Figura 4.1 - DFC - Modelo B - Amortização

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15

• No caso das séries para capitalização, os seguintes DFC são válidos:

Figura 4.2 - DFC - Modelo B - Capitalização

♦ Exemplo 4.4: Para os DFC anteriores, responda:


• A que corresponde n? Quanto ele vale?

• O que caracteriza uma série de amortização? E uma de capitalização?


• Onde está o primeiro mês? E o segundo?

• Chamamos de série antecipada àquela onde os pagamentos são feitos


ao início de cada período; chamamos de série postecipada àquela onde
os pagamentos são feitos ao final de cada período. Quem são as
antecipadas e as postecipadas das figuras anteriores?

• Dica: Para evitar confusão entre os modelos postecipados e antecipados


observe:

• Nas séries envolvendo PV e PMT (objetivos de amortização): se a


primeira prestação coincide (está na data) com o PV, a série é
antecipada, se está à direita do PV em uma unidade, é postecipada;
• Nas séries envolvendo FV e PMT (objetivos de capitalização): se a
última prestação coincide (está na data) do FV, a série é
postecipada, se está à esquerda do FV em uma unidade, é antecipada.

• Pode-se resolver os DFC anteriores por diversas formas, entretanto, para se


determinar a taxa de juros, não há uma fórmula específica, mas sim um
método analítico de resolução chamado de Método das Cordas. Por esta
razão, recomenda-se o uso de calculadora ou EXCEL.

• Por meio de calculadoras financeiras, tipo HP-12C:

• Você fornece três variáveis, a calculadora encontra a quarta;


• Na grande maioria das calculadoras, P corresponderá ao [PV], F ao [FV],
i ao [i%], n ao [n] e A (a prestação) a [PMT];
• Continua válida a convenção do sinal do fluxo de caixa;

• Use [BEG] para as antecipadas, [END] para as postecipadas;

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16

• Por meio do EXCEL


• Você fornece três variáveis, o EXCEL encontra a quarta;

• P corresponderá à função [VP]; F à função [VF], i à função [TAXA], n à


função [NPER] e A à função [PGTO];

• Também no EXCEL é preciso usar a convenção do sinal do fluxo de


caixa, ou seja: entradas deverão ser inseridas como valores positivos,
saídas de caixa como valores negativos;

• Em todas as funções do EXCEL, o argumento [Tipo] servirá para definir se a


série é antecipada ou postecipada.

4.3 Exemplos Aplicados

♦ Exemplo 4.5: Um eletrodoméstico custa $500,00 se pago à vista, mas


poderá ser financiado em 4 prestações mensais de $150,00, a primeira dada
no ato da compra. Calcule a taxa de juros mensal cobrada pela loja.

Figura 4.3 – DFC para o Exemplo 4.5

♦ Exemplo 4.6: Você pretende viajar para o exterior daqui a 12 meses e para
tanto precisará levar $15.000,00. Supondo que uma aplicação de risco
remunere a 2,00%am, calcule o valor de cada uma das 6 prestações
bimestrais que deverão ser depositadas. Admita que o primeiro depósito seja
efetuado hoje.

♦ Exemplo 4.7: Séries Diferidas: Uma microempresa captou recursos no


valor de $20.000, por meio de uma linha especial de crédito. Sabendo-se que
haverá um período de carência de seis meses até o pagamento da primeira
prestação (ou seja, a primeira será paga ao final do 6o mês), calcule o valor
das oito prestações mensais que deverão ser pagas, sabendo-se que a taxa
do financiamento é de 3%am.

♦ Exemplo 4.8: Fluxo complexo: Um financiamento imobiliário prevê as


seguintes condições:

• Entrada (hoje): $25.000,00


• Escritura (em 30 dias): $25.000,00

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17

• Mensais durante a obra (primeira vencendo em 30 dias): 24 prestações


iguais a $3.200,00;

• Intermediárias trimestrais (primeira vencendo em 90 dias): 7 prestações


iguais a $9.200,00;

• Chaves (prevista ao final do 24º mês): $110.000,00;

• Saldo Devedor: 96 prestações mensais, iguais a $8.500,00, a primeira


devendo ser paga ao término do 25º mês.

Sabendo-se que nos valores acima, já estão embutidos juros da ordem de 1,00%
ao mês, determine o preço do apartamento à vista.

4.4 As Perpetuidades

• Um modelo comumente utilizado nas avaliações de investimento de longo


prazo é a perpetuidade...

• Uma perpetuidade é um fluxo de caixa onde as entradas (ou saídas) de caixa


não tem data certa de encerramento, ocorrendo indefinidamente ao longo do
tempo, conforme ilustrado na figura seguinte:

Figura 4.4 – DFC - Modelo B∞ - Perpetuidades Uniformes

• Resolve-se as perpetuidades uniformes por meio das expressões:

A A
P= (a) A = P×i (b) i= (c)
i P

Fórmula 4.1 – Perpetuidades Postecipadas Uniformes

• Observação: Nas expressões anteriores, i estará no formato decimal, por


exemplo, a taxa de 8% deve ser usada como 0,08.

♦ Exemplo 4.9: Suponha que as atuais taxas de juros SELIC e inflação,


respectivamente 6,50% aa e 3,00% aa permaneçam estáveis daqui por

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18

diante. Quanto você precisaria ter aplicado hoje nestas condições caso
desejasse uma renda anual perpétua de R$50.000?

• O segundo caso é a perpetuidade com crescimento uniforme, onde se admite


que, após a primeira prestação, as demais crescerão a uma taxa fixa g%, que
deverá ser inferior à taxa de juros i%.

• Resolva-as por meio das expressões abaixo, onde P equivale ao valor


presente, A ao primeiro fluxo de caixa perpétuo e g à taxa de crescimento
constante para os fluxos seguintes.

A
A = P × (i − g)
A
P= ; i>g (d) (e) i= +g (f)
i−g P

Fórmula 4.2 – Perpetuidades Postecipadas com Crescimento g

4.5 Caso Prático

♦ Exemplo 4.10: - Plano de Previdência Privada: A partir de hoje, e nos


próximos 30 anos você depositará mensalmente em uma aplicação (ao todo
360 depósitos) que renderá 0,25%am em termos reais (ou seja, descontada a
inflação) de acordo com projeções feitas pelo mercado. Admitindo que esta
rentabilidade permaneça estável, determine o valor do depósito mensal a ser
efetuado caso você deseje uma renda mensal vitalícia de R$ 4.000 mensais
daqui a 30 anos.

♦ Exemplo 4.11: Refaça o exemplo anterior prevendo que após a primeira


retirada de R$ 4.000, suas retiradas (a) cresçam a uma taxa de 0,05%am em
termos reais; (b) decresçam a uma taxa de 0,05%am em termos reais.

4.6 Exercícios de Revisão

♦ Exercício 4.1: Um financiamento no valor de $12.000,00 deverá ser


amortizado mediante a cobrança de uma taxa de juros mensal de 5,00%am,
incidente sobre o saldo devedor. Calcule o valor da prestação mensal se forem
previstas: (a) 8 prestações sem entrada; (b) 8 prestações com entrada.

Resp: (a) $1.856,66; (b) $1.768,25

♦ Exercício 4.2: Se uma ação A, hoje negociada em mercado por $97,00,


promete dividendos anuais de $5,00 já a partir do próximo ano e em regime
de perpetuidade, qual a taxa de juros anual que seus investidores irão
receber?

Resp: 5,15%aa

Finanças Aplicadas às IFRS


19

♦ Exercício 4.3: Utilizando os dados do exercício anterior, qual seria o preço


justo para esta ação se, a taxa de juros exigida pelo investidor fosse de
7,00%aa? Pelos resultados encontrados neste e no último exercício, esta ação
deveria ser adquirida ou não? Por quê?
Resp: $71,43; não deve ser adquirida pois seu preço justo é menor que o
preço de mercado (ou o retorno projetado de 5,15% é menor que o retorno
exigido)

♦ Exercício 4.4: Se para uma ação B, também negociada em mercado por


$97,00, houvesse previsão de que os dividendos crescessem a uma taxa de
2,00%aa, ou seja $5,00 no próximo ano, $5,10 daqui a 2 anos e assim
sucessivamente em regime de perpetuidade, qual a taxa de juros anuais que
estaria remunerando o acionista?

Resp: 7,15% ao ano.

♦ Exercício 4.5: Utilizando os dados do exercício anterior, qual seria o preço


justo para esta ação se o acionista exigisse 7,00%aa como retorno para seu
investimento ? Valeria a pena adquirir a ação B?

Resp: $100,00; deve ser adquirida pois seu preço justo é maior que o preço
de mercado (ou o retorno projetado de 7,15% é maior que o retorno exigido)

♦ Exercício 4.6: É razoável supor que em termos reais (não considerando a


inflação) a taxa de juros anual brasileira situe-se em torno dos 5%aa.
Supondo que este cenário se perpetue, qual o valor a ser depositado hoje em
uma aplicação que garanta esta taxa, caso, a partir do próximo mês, e sem
se preocupar com até quando você irá viver, você deseje uma renda mensal
da ordem de R$3.000?

Resp: R$736.354,65

♦ Exercício 4.7: A empresa onde você trabalha consegue obter rentabilidade


mensal de 5,00%am em suas operações. Ao tentar adquirir uma nova
máquina destinada ao processo produtivo, que à vista custa $120.000,00
duas propostas de financiamento foram oferecidas: pagamento em 10
parcelas mensais, sem entrada, no valor de $14.067,66 ou pagamento de
uma entrada de $60.000 e o restante em 5 parcelas mensais de $12.729,50.
Utilizando o critério da taxa de juros, determine o melhor plano de
financiamento.
Resp: Proposta 1 (10 parcelas): taxa=3,00%am; Proposta 2:
taxa=2,00%am. Como pelo critério da taxa, devemos procurar a menor,
escolheríamos financiar 60.000.

♦ Exercício 4.8: Refaça o exercício anterior utilizando o critério do valor


presente. Qual o melhor plano de financiamento? Como você deveria comprar
a máquina? Por quê?

Finanças Aplicadas às IFRS


20

Resp: Proposta 1 (10 parcelas) em t=0 vale $108.626,74; Proposta 2 vale


$115.112,07; deve comprar pela primeira proposta, menor valor presente.
Esta é a decisão adequada pois, usar o critério da taxa ao se comparar duas
ou mais propostas de financiamento, só dará certo se os valores financiados e
os prazos forem idênticos, entre as diversas propostas.

♦ Exercício 4.9: Você vai adquirir um automóvel, no valor de R$45.000, em 48


parcelas iguais, sem entrada. Se a taxa do financiamento for de 2%am,
determine: (a) o valor da prestação; (b) o saldo devedor imediatamente após
ter pago metade (24 parcelas) do financiamento.
Resp: (a) $1.467,08; (b) 27.748,29.

♦ Exercício 4.10: Se uma loja anuncia um produto em quatro prestações de


$250,00, sem entrada, de quanto deverá ser o desconto sobre o preço total
de $1.000,00, de forma a garantir uma taxa de 5,40%am no financiamento?

Resp: 12,17%.

♦ Exercício 4.11: Suponha que você tenha 37 anos e pense em aposentar-se


aos 55 anos, com uma renda mensal da ordem de $5.000,00, expressa em
moeda de hoje. Admitindo que ao se aposentar, suas economias estejam em
uma aplicação que renda 0,50%am em termos reais, determine quanto
deverá ser depositado mensalmente nesta aplicação, a partir de hoje e nos
próximos 28 anos (admita ao todo 336 depósitos e a primeira retirada ao
final do 336º mês) se você quiser não se preocupar com o número de
retiradas que serão feitas (regime de perpetuidade).

Resp: $1.151,24.

♦ Exercício 4.12: Refaça o exercício anterior supondo que você quiser fazer as
retiradas durante 20 anos (ao todo 240) por admitir que viverá até os 85
anos.
Resp: $803,45.

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21

5. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

• Vimos na Seção anterior que um dos principais objetivos das séries é a


liquidação de dívidas por meio do pagamento de prestações, operação
denominada amortização. Nos empréstimos destinados à aquisição de bens de
pequeno valor, o usual é observarmos prestações constantes, em número
reduzido, e calculadas a partir de taxas pré-fixadas, ou seja, taxas
previamente estabelecidas no momento da concessão do financiamento.

• Deve ficar claro, entretanto, que esta não é a única forma de liquidarmos os
financiamentos, principalmente aqueles destinados à aquisição de bens de
maior valor (imóveis, automóveis, bens de capital), onde os prazos são
maiores, as prestações nem sempre constantes e as taxas de juros
pactuadas, eventualmente pós-fixadas, ou seja, atreladas à variação de
algum índice específico.

• No presente texto mostraremos apenas os casos pré-fixados e utilizados com


maior frequencia em nosso mercado

5.1 Sistema PRICE

• Também conhecido como Sistema Francês de Amortização, o Sistema PRICE


caracteriza-se por apresentar prestações constantes.

♦ Exemplo 5.1: Supondo uma taxa de 10,00%am, calcule o valor da prestação


para um indivíduo que opte pelo Sistema PRICE para o financiamento de
$100,00 em 5 prestações (sem entrada)...

• Uma forma de verificarmos o que ocorreu é montando a planilha de


financiamento, onde para cada período, relacionaremos os valores:
• Dos juros;
• Das amortizações;
• Das prestações
• E do saldo devedor.

♦ Exemplo 5.2: Utilize a tabela abaixo para montar a planilha de financiamento


do sistema Price para o enunciado anterior...

Mês Juros Amortização Prestação Saldo


0 -- -- -- 100,00
1
2
3
4
5

♦ Exemplo 5.3: Estabeleça relações entre as diversas variáveis da planilha..

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22

5.2 Sistema SAC

• Bastante utilizado no financiamento da casa própria, o Sistema SAC


caracteriza-se por apresentar as Amortizações Constantes. Segue-se
portanto, que o valor da amortização existente em cada uma das n
prestações, será determinado por:

P
AMORTt =
n

♦ Exemplo 5.4: Utilize a tabela abaixo para montar a planilha de financiamento


do sistema SAC para o enunciado do Exemplo 5.1, a juros de 10%am.....

Mês Juros Amortização Prestação Saldo


0 -- -- -- 100,00
1
2
3
4
5

♦ Exemplo 5.5: Cite as vantagens e desvantagens de cada sistema...

5.3 Caso Prático

• Uma das grandes questões envolvendo financiamentos é a liquidação do saldo


devedor antes do prazo. Resolva o seguinte problema:

♦ Exemplo 5.6: Você financiou um automóvel no valor de R$ 60 mil foi


inteiramente financiado pelo Price a juros de 2%am, sem entrada e por 60
meses. (a) Qual o valor da prestação mensal? (b) Após pagar 24 meses, qual
o saldo devedor? (c) Se nesta data, você fizesse um pagamento adicional de
R$ 10 mil, qual o novo saldo devedor? (d) Se fosse dada a opção de diminuir
a prestação mantendo-se o prazo, quanto você passaria a pagar? (e) Se fosse
dada a opção de manter a prestação, em quanto tempo você liquidaria o saldo
devedor? (f) O que você preferiria?

5.4 Exercícios de Revisão

♦ Exercício 5.1: Você adquiriu um bem no valor de $36.000,00 financiando-o


pelo Sistema PRICE. Admitindo que a transação tenha sido feita sem entrada
em 36 prestações e a taxa de juros mensal seja de 8,00%am, monte a
Planilha de Financiamento para o enunciado (até a sexta linha) e responda às
questões: (a) Qual o valor acumulado dos Juros pagos até o sexto mês? (b) E

Finanças Aplicadas às IFRS


23

da amortização? (c) E o saldo devedor? (d) Se após ter pago 24 prestações,


você desejasse "liquidar" o financiamento, qual o valor a ser pago?

Resp: (a) J(1 a 6)=$17.022,96; (b) AMORT(1 a 6)=$1.411,50; (c)


SD(6)=$34.588,50; (d) SD(24)=$23.153,80.

♦ Exercício 5.2: Refaça o exercício anterior considerando o Sistema SAC.


Resp: (a) J(1 a 6)=$16.080,00; (b) AMORT(1 a 6)=$6.000,00; (c)
SD(6)=$30.000,00; (d) SD(24)=$12.000,00.

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24

6. OS FLUXOS GENÉRICOS – MODELO C

• Todos os demais fluxos de caixa que não possam ser enquadrados em uma
dos modelos que já definimos poderão ser resolvidos por meio dos métodos
que apresentaremos a seguir.

• Fluxos deste tipo são comuns na avaliação de projetos onde as entradas e


saídas futuras de caixa nem sempre apresentam um comportamento regular.

• Para estes casos, abordaremos três situações distintas:

• Determinação do Valor Presente a partir das futuras entradas/saídas de


caixa e da taxa de juros conhecidas (Seção 6.1);

• Determinação do Valor Presente Líquido a partir das futuras


entradas/saídas de caixa, do fluxo inicial e da taxa de juros conhecidas
(Seção 6.2);
• Determinação da Taxa de Juros a partir do fluxo inicial e das futuras
entradas/saídas de caixa conhecidas (Seção 6.3).

6.1 Determinação do Valor Presente

• Conceitualmente consistirá em trazermos todos os futuros fluxos de caixa à


data t=0, através de sua correspondente descapitalização pela taxa de juros,
operação denominada de Desconto do Fluxo de Caixa.

♦ Exemplo 6.1: Determine o valor presente do DFC ilustrado na Figura 6.1,


supondo uma taxa de juros de 20,00%aa..

Figura 6.1 – DFC Modelo C - Fluxo Genérico - Caso Simples

Poderíamos desmembrar o DFC anterior em três outros DFC (Modelo A) e,


com o auxílio de uma calculadora financeira, faríamos: 300 <FV> 20 <i> 1
<n> <PV> 100 <FV> 2 <n> <PV> <+> 500 <FV> 5 <n> <PV> <+>.
Mas imagine agora que fôssemos mudar a taxa para 15%... Seríamos
forçados a repetir toda a sequencia anterior.

Finanças Aplicadas às IFRS


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Tanto as calculadoras financeiras como o Excel dispõem de funções de fluxo


de caixa que permitem a inserção de valores diferenciados como os
constantes no DFC anterior.
Assim, em uma HP-12C, faríamos:

[f] [REG] 0.00 (Limpar)


300 [g] [CFj] 300.00(Fluxo 1)
100 [g] [CFj] 100.00(Fluxo 2)
0 [g] [CFj] 0.00 (Fluxo 3)
2 [g] [Nj] 2.00 (Ocorreu 2 vezes)
500 [g] [CFj] 500.00 (Fluxo 5)
20 [i] 20.00 (Taxa)
[f] [NPV] 520.38 (Resposta)

No Excel a função VPL trará o mesmo resultado.

♦ Exemplo 6.2: Qual o valor presente do DFC anterior se usássemos 15%


como taxa? E se usássemos 10%?

♦ Exemplo 6.3: Certo ou errado? Por quê? Dados os fluxos de caixa futuros em
um DFC qualquer, quanto maior a taxa de juros utilizada no cálculo, maior o
valor presente.

6.2 Determinação do Valor Presente Líquido

• Supondo um projeto de investimento, o Valor Presente Líquido (VPL) ou Valor


Atual Líquido (VAL) [Net Present Value-NPV em inglês] equivale ao valor
presente do projeto P subtraído do investimento inicial I0.

VPL = VP – I0

Fórmula 6.1 – Definição do VPL

• Observações:

• No cálculo do valor presente – VP, a taxa i a ser utilizada é chamada de


custo de oportunidade;

• A definição anterior vale para qualquer tipo de DFC, inclusive as


perpetuidades;

• Atenção aos sinais dos fluxos de caixa: entradas são positivas, saídas
negativas;

• No caso de um projeto de investimento, I0 será uma saída de caixa, e


os fluxos seguintes, em sua maioria, entradas de caixa;

Finanças Aplicadas às IFRS


26

• No caso da avaliação de um financiamento, os sinais se invertem: I0


(correspondente ao valor recebido) será positivo, e as parcelas que irão
amortizar o empréstimo serão negativas.

♦ Exemplo 6.4: Suponha que o projeto ilustrado na Figura 6.1 esteja sendo
oferecido por $500. Qual seria o VPL se utilizássemos 20% como custo de
oportunidade? E se usássemos 15%? E se usássemos 10%?

6.3 Determinação da Taxa Interna de Retorno

• Conceitualmente, a Taxa Interna de Retorno (TIR) de um DFC equivalerá a


encontrarmos a taxa de juros periódica que fará com que o valor presente das
entradas/saídas futuras de caixa seja igual ao fluxo de caixa existente em
t=0. Posto de outra forma: significará calcularmos o valor de i quando esta
for a incógnita do problema.

• Ou, usando a notação já citada:

Se [VP = I0] i = TIR

• Mas observe na equação entre colchetes, que se passarmos o termo I0 para a


esquerda, ficaremos com:
VP – I0 = 0
E, como já citado na definição, VPL – I0 é a própria definição de VPL; logo,
encontrarmos a TIR de um DFC equivalerá também a encontrarmos a taxa de
juros do diagrama que faz com que o VPL seja zero, ou seja:

Se [VPL = 0] i = TIR

♦ Exemplo 6.5: Determine a taxa de juros para o DFC ilustrado na Figura 6.2.

Figura 6.2 – DFC Modelo C - Fluxo Genérico - Caso Simples

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• Para fixarmos o conceito de TIR, vamos tentar estimar a taxa de forma


iterativa, por meio da tabela a seguir...

Taxa P VPL=P-$500
0,00% $900,00 $400,00
5,00% $768,18 $268,18
10,00% $665,83 $165,83
15,00% $585,07 $85,07
20,00% $520,38 $20,38
25,00% $467,84 –$32,16

• Percebe-se pela tabela anterior que a TIR deve se situar entre 20 e 25%, o
que também pode se concluir pelo exame do gráfico abaixo que ilustra o valor
do VPL para diferentes taxas de juros i. O ponto onde o gráfico cruza o eixo
horizontal, correspondente a VPL=0 equivale à TIR.

Figura 6.3 – Gráfico VPL versus I% - TIR

• Pela HP-12C:

[f] [REG] 0.00 (Limpar)


500 [CHS] [G] [CF0] -500.00 (Fluxo 0)
300 [g] [CFj] 300.00(Fluxo 1)
100 [g] [CFj] 100.00(Fluxo 2)
0 [g] [CFj] 0.00 (Fluxo 3)
2 [g] [Nj] 2.00 (Ocorreu 2 vezes)
500 [g] [CFj] 500.00(Fluxo 5)
[f] [IRR] 21.82 (TIR)
20 [i] 20.00 (Taxa)
[f] [NPV] 20.38 (VPL)

• No EXCEL a função TIR chegará à resposta.

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• O que acabamos de ver nos dá as bases para avaliarmos um ativo qualquer:


chamando por k à taxa equivalente ao custo de oportunidade para aplicar
neste ativo, e I0 o investimento inicial, teremos:
• Utilizando k para calcularmos o valor presente VP do ativo, invista se
VP > I0;

• Utilizando k para calcularmos o valor presente líquido VPL do ativo,


invista se VPL > zero;
• E finalmente no caso da TIR, o critério será: Invista se a TIR for
superior ao custo de oportunidade k.

♦ Exemplo 6.6: Uma empresa dispõe de recursos para investir em um projeto


que, ao longo dos próximos 20 anos terá as receitas distribuídas da seguinte
forma: $74.000/ano para os primeiros 10 anos; $90.000/ano para os 7 anos
seguintes e $110.000 para os 3 anos finais. Sabendo-se que o custo de
oportunidade da empresa é de 20%aa e o projeto custará $500.000,
determine: (a) VPL; (b) TIR; (c) O projeto deverá ser feito?

♦ Exemplo 6.7: Você irá investir $800.000 em um projeto que prevê entradas
futuras anuais de caixa no valor de $100.000, já a partir do próximo ano e em
horizonte perpétuo. Se a taxa a ser utilizada na avaliação como custo de
oportuidade é de 10% ao ano, determine: (a) VPL; (b) TIR; (c) O projeto
deverá ser feito?

♦ Exemplo 6.8: Refaça o exemplo anterior admitindo que após o primeiro ano,
há uma previsão de que as entradas líquidas de caixa caiam a uma taxa de
4%ao ano (ou seja, no ano 2 a entrada será de $96.000, no ano 3 de
$92.160 e assim sucessivamente. Determine: (a) VPL; (b) TIR; (c) O projeto
deverá ser feito?

♦ Exemplo 6.9: Refaça o exemplo anterior admitindo que após o primeiro ano,
há uma previsão de que as entradas líquidas de caixa cresçam a uma taxa de
4%ao ano (ou seja, no ano 2 a entrada será de $104.000, no ano 3 de
$108.160 e assim sucessivamente. Determine: (a) VPL; (b) TIR; (c) O projeto
deverá ser feito?

♦ Exemplo 6.10: Você conseguiu um empréstimo de R$ 400.000 para a sua


empresa, que deverá ser devolvido em 24 parcelas mensais, consecutivas e
iguais a R$ 35.000. Ocorre, entretanto, que a primeira parcela somente será
paga ao final do 13º mês. De quanto foi a taxa do financiamento em termos
mensais? E em termos anuais?

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29

6.4 Caso Prático

• Uma das grandes discussões acerca da avaliação de investimentos recai sobre


qual o melhor método: o da TIR ou o do VPL. Deixo a conclusão para você,
mas veja alguns problemas que a TIR enfrenta nos exemplos que se seguem.

♦ Exemplo 6.11: Reaplicação dos Fuxos de Caixa: Suponha que o custo de


oportunidade para se investir nos projetos A e B seja de 10,00%aa.
Determine o VPL e a TIR de cada uma das alternativas e confirme a
incapacidade da TIR de identificar a melhor alternativa nestas condições

Figura 6.4 - TIR × VPL - Reaplicação dos Fluxos de Caixa

♦ Exemplo 6.12: Maximização da Riqueza versus Maximização da


Rentabilidade: Suponha que uma empresa disponha de $200,00 para
aplicação em novos projetos e que o custo de oportunidade para este tipo de
investimento seja de 20,00%ap. Dois projetos mutuamente exclusivos estão
disponíveis:

• A - Investir hoje $50,00 para resgatar $75,00 no próximo período;


• B - Investir hoje $200,00 para resgatar $280,00 no próximo período.

Determine o VPL e a TIR de cada alternativa e decida em qual dos dois


projetos deverá a empresa investir. Justifique sua escolha.

♦ Exemplo 6.13: Existência de mais de uma TIR: Determine a Taxa Interna


de Retorno para o diagrama a seguir (suponha que a escala de tempo seja
mensal).

Figura 6.5 - Exemplo de DFC com mais de uma TIR

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6.5 Exercícios de Revisão

♦ Exercício 6.1: Sua empresa recebeu $150.000 para o financiamento de


novas máquinas. Por ter sido uma operação agenciada por organismo federal,
haverá um prazo de carência até o pagamento da primeira prestação, que
será paga somente ao final do 13º mês (t=13). Sabendo-se que a partir daí
serão pagas 24 prestações mensais no valor de $10.000, determine a taxa de
juros mensal da transação.
Resp: 1,975%am.

♦ Exercício 6.2: Uma empresa dispõe de recursos para investir em um projeto


que, ao longo dos próximos 20 anos terá as receitas distribuídas da seguinte
forma: $74.000/ano para os primeiros 5 anos; $75.000/ano para os 5 anos
seguintes, $76.000/ano para os 5 anos seguintes e $77.000/ano para os 5
anos finais. Sabendo-se que o custo de oportunidade da empresa é de
20%aa, determine qual o preço que ela deveria pagar por este fluxo.
Resp: 363.099,08.

♦ Exercício 6.3: Qual o VPL e a TIR para o DFC do problema anterior se o


investimento inicial for de $300.000?

Resp: VPL: 63.099,08; TIR: 24,51%aa.

♦ Exercício 6.4: Um projeto prevê um investimento inicial de $150.000,00 e, a


partir do primeiro ano, entradas anuais de caixa no valor de $20.000,00 em
regime de perpetuidade. Admitindo o custo de oportunidade de 10,00%aa,
qual seu VPL? Qual sua TIR?

Resp: $50.000,00; 13,33%aa

♦ Exercício 6.5: No enunciado anterior, qual o VPL e a TIR se houver


expectativas de que, já a partir do segundo ano, as receitas cresçam a uma
taxa fixa de 2%aa?

Resp: $100.000,00; 15,33%aa

♦ Exercício 6.6: : O que você pode concluir ao comparar os resultados dos


dois exercícios anteriores?
Resp: Crescimento tem valor!

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31

7. TAXAS DE JUROS

• Em todos os enunciados com que trabalhamos até agora, não apenas


assumimos que as taxas utilizadas eram efetivas, (correspondendo ao <i> da
calculadora), sem também tratamos da questão da tributação ou dos modelos
pré ou pós fixados, dentre outros aspectos.

• Este será justamente o objetivo da presente seção.

7.1 Critérios para Comparação

• Na comparação entre duas taxas de juros quaisquer, será necessário


obedecermos a alguns critérios, dentre os quais destacamos:

• Critério 1: As taxas objeto de comparação deverão estar expressas no


mesmo prazo – use a equivalência;
• Critério 2: As taxas deverão ser do mesmo tipo – veja a tabela a seguir;

• Critério 3: As aplicações a que se referem as taxas, deverão ter o mesmo


número de dias úteis – use o ano com 252 dias úteis;

• Critério 4: Os valores sobre os quais as taxas de juros incidem deverão ser


idênticos – já discutido na seção 6.4, Exemplo 6.12;

• Critério 5: Quando referenciadas a índices, os índices deverão ser os


mesmos (por exemplo %do CDI, %do Ibovespa, etc).

• Quanto ao segundo critério, é importante sabermos de antemão os tipos de


taxas que nos estarão oferecendo para, antes da comparação, podermos
convertê-las a um único tipo. No quadro abaixo ilustramos as diversas
categorias de taxas e suas "contrapartidas"; note que as categorias não
necessariamente serão mutuamente exclusivas: uma taxa poderá ser efetiva
e líquida por exemplo.

Taxa Efetiva Taxa Nominal


Taxa Efetiva Taxa de Desconto
Taxa Aparente Taxa Real
Taxa Bruta Taxa Líquida
Taxa Pré Taxa Pós

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7.2 Taxa Efetiva versus Taxa Nominal

• No Brasil as taxas nominais (de acordo à definição abaixo) são ainda pouco
utilizadas, se compararmos com o mercado norte-americano. Limitam-se aos
juros ofertados pela poupança e aos empréstimos imobiliários.

• A tabela abaixo resume as características de cada uma. O mais importante é


não confundir uma com a outra, evitando assim comparações indevidas.

Item Taxa Nominal Taxa Efetiva


Símbolo iNOM i
Definição Prazo da Taxa não coincide Prazo da Taxa coincide ou
com prazo da capitalização trata-se de taxa
equivalente à taxa dada;
Exemplo 6,00%aa capitaliz.mens. 45,00%aa
Produtos SFH, Poupança, etc. CDB, empréstimos, etc.
Importante Não paga (ou cobra) o que Aparentemente
anuncia cobra/paga

♦ Exemplo 7.1: Os juros anunciados no âmbito do SFH estão em 12% ao ano,


cobrados (ou capitalizados) mensalmente. (a) Qual a taxa efetiva mensal? (b)
E a efetiva nominal? (d) Se você tomasse de $10.000 a esta taxa, para pagar
em 24 parcelas sem entrada, de quanto seria o valor de sua prestação?

7.3 Taxa Efetiva versus Taxa de Desconto

• Descontar um fluxo de caixa futuro significa trazer a valor presente o capital,


utilizando uma taxa de juros e considerando o prazo do fluxo.

• Uma das formas que podemos fazer isso não é diferente do que fizemos até
agora, o chamado desconto racional ou desconto por dentro.

♦ Exemplo 7.2: Querendo antecipar uma dívida de $1.000 a vencer daqui a


um mês, se a taxa de desconto for de 10% ao mês, pelo desconto racional
você ofereceria $909,09 (verifique!)

• Note que a taxa utilizada no exemplo anterior foi a nossa conhecida taxa
efetiva <i>: Os 10% do enunciado transformaram o valor presente de
$909.09 no valor futuro de $1.000.

• Mas não é exatamente isso que é praticado no comércio ou nos bancos, nas
operações de desconto de duplicatas e/ou promissórias, onde se usa o
chamado desconto comercial, bancário ou desconto por fora.

♦ Exemplo 7.3: Querendo antecipar uma dívida de $1.000 a vencer daqui a


um mês, se a taxa de desconto for de 10% ao mês, pelo desconto comercial
você ofereceria $900,00 (verifique!)

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• O diagrama abaixo ilustra a diferença básica entre i e d, admitindo que ambas


estejam expressas ao período:

Figura 7.1 - Relacionamento entre i% e d%

Item Taxa de Desconto Taxa Efetiva


Símbolo d i
Definição Transforma Valor Futuro Transforma Valor Presente em
em Valor Presente Valor Futuro
Regime Juros Simples Juros Compostos
Produtos Duplicatas, Promissórias,
Operações Comerciais, CDBs, empréstimos, etc.
etc.
Observação Também chamada de
taxa de deságio, Explicita a taxa sendo cobrada ou
esconde a taxa efetiva paga.
sendo paga ou cobrada;

♦ Exemplo 7.4: Desconto de Duplicata: Suponha que uma empresa possua


uma duplicata no valor de $20.000,00 com vencimento para daqui a 75 dias.
Calcule o valor que a empresa receberá ao descontar a duplicata sabendo que
a taxa d% cobrada pelo banco é de 5,00%am. Determine ainda as taxas
efetivas, para o período e em termos mensais.

♦ Exemplo 7.5: Debênture: Uma debênture tem valor de face de $.1000 no


vencimento, que ocorrerá daqui a 20 anos. Para tornar o título atrativo, a
empresa emissora, irá pagar um cupom de juros de 6% ao ano calculados
sobre o valor de face do título. Se hoje a debênture estiver sendo vendida
com um deságio de 20% sobre o valor de face, qual a rentabilidade anual
oferecida ao investidor?

7.4 Taxa Aparente versus Taxa Real

• Uma taxa de juros será denominada real quando excluir a inflação de seu
cálculo, sendo chamada de aparente caso contrário. Ora, considerando que a
inflação é definida como o aumento sistemático dos preços e serviços da
economia, é razoável que as avaliações de investimento sejam feitas
excluindo-se tais efeitos, evitando-se assim as falsas noções de ganhos
(ilusão monetária).

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• Já vimos como converter estes dois tipos de taxa na Seção 2.4, utilizando a
fórmula aqui reproduzida...

(1 + i APAR )
(1 + iREAL ) =
(1 + iINFL )
Fórmula 2.2 – Taxa Aparente vs Taxa Real

♦ Exemplo 7.6: Quando a SELIC estavaa 14,75%aa e a inflação a 9,5%aa,


qual a taxa real de juros que um investidor que obtivesse 100% da SELIC iria
receber?

7.5 Taxa Bruta versus Taxa Líquida

• Para as aplicações financeiras, diremos que uma taxa é líquida quando todos
os impostos, tarifas e demais encargos incidentes sobre a aplicação já tiverem
sido descontados do rendimento total; caso os descontos não tenham sido
efetuados, a taxa será denominada bruta.

♦ Exemplo 7.7: A rentabilidade de um fundo de renda fixa foi de 105% do CDI,


após 365 dias. Se neste período a variação do CDI foi de 8,5%, quais as taxas
bruta e líquida que o investidor irá receber?

♦ Exemplo 7.8: Você está na dúvida entre investir em um CDB e uma LCI no
banco onde tem conta. O CDB remunera a 95% do CDI, enquanto uma LCI
remunera 84% do CDI. Supondo que ambos os títulos tenham três anos
(alíquota do IR de 15%), qual o melhor investimento?

• Observe que no caso das aplicações, a taxa líquida, por conta dos impostos,
será sempre menor que a taxa bruta. Em uma operação de empréstimo tal
não ocorrerá, pois os eventuais impostos irão encarecer os recursos tomados
emprestados. Para evitar confusão na terminologia, prefiro utilizar neste caso
a nomenclatura amplamente divulgada (e obrigatória) que é o Custo Efetivo
Total (CET).

♦ Exemplo 7.9: Você contraiu um empréstimo no valor de $10.000 a serem


pagos em 24 parcelas, sem entrada. A taxa cobrada pelo banco é de 4,00%
ao mês, e há a incidência de IOF calculado à alíquota de 2% sobre o valor
total das parcelas. Sabendo que o IOF virá descontado dos $10.000 que você
receberá, qual o CET mensal? Qual o CET anual?

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7.6 Taxa Pré versus Taxa Pós-Fixada

• Uma taxa é pré-fixada quando for inteiramente conhecida no início da


operação. Já uma taxa pós-fixada somente será conhecida ao término da
operação.

♦ Exemplo 7.10 – Taxa Pré-Fixada: Em 01/12/15, a LTN (Tesouro Pré-


fixado) ofereceu 15,91%aa para quem permanecesse investido até seu
vencimento, em 01/1/2018... Observe que no momento da aquisição o
investidor desse título já sabia quanto iria ganhar, não importando o que
acontecesse.

♦ Exemplo 7.11 – Taxa Pós-Fixada: Em 01/02/17 você adquiriu um CDB de


três anos de prazo, com rentabilidade equivalente a 95% do CDI. Como o
título somente vencerá em 01/02/20, você precisará esperar até o
vencimento (01/02/20) para só então conhecer qual foi a variação do CDI.

• Há ainda o modelo de taxa (que informalmente eu chamo de híbrida) que


combina uma parte pré-fixada e outra pós-fixada.

♦ Exemplo 7.12 – Taxa Híbrida: Em 06/07/18, a NTN-B (Tesouro IPCA) com


vencimento em 15/05/35 oferecia 5,70% ao ano além da variação do IPCA
aos investidores que com ela permanecessem até o vencimento. Um aplicador
que tenha adquirido este título e pretenda permanecer com ele até o
vencimento, já conhece parte do rendimento que irá receber (a parcela pré-
fixada), correspondente aos 5,70% ao ano oferecidos. Porém, para
determinar qual será o valor do resgate, precisará esperar até o vencimento
para conhecer a variação acumulada do IPCA até esta data (a parcela pós-
fixada).

7.7 Caso Prático

♦ Exemplo 7.13 – Taxa Pré ou Pós-Fixada? Em jan/2018 você contraiu um


empréstimo no valor de $80.000 a serem pagos em 60 parcelas, sem
entrada. Há duas opções de taxa: pré-fixada de 18% ao ano ou pós-fixada,
de 12% ao ano, acrescidos da variação do IPCA. Caso você opte pelo
financiamento pós-fixado, as correções pelo índice serão em bases anuais,
pela variação ocorrida nos 12 últimos meses, sendo que no primeiro ano não
haverá correção. Calcule (a) o valor da prestação para o caso pré-fixado; (b)
o valor das prestações para cada um dos cinco anos do financiamento
supondo que a variação anual do IPCA esteja projetada em 5,36% ao ano; (c)
Qual dos dois casos lhe parece mais interessante? (d) Em quais situações o
pós-fixado é melhor (ou pior) que o pré-fixado?

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7.8 Exercícios de Revisão

♦ Exercício 7.1: Calcule a taxa efetiva anual associada a uma taxa nominal de
60,00%aa com capitalização: semestral, trimestral, mensal, diária
Resp: 69,00%; 74,90%; 79,59%; 82,12%

♦ Exercício 7.2: Um financiamento de $150.000,00 deverá ser pago em 24


prestações mensais uniformes, a primeira vencendo em 30 dias. Qual o valor
de cada prestação se a taxa de juros pactuada for de 24,00%aa capitalizados
mensalmente? E se a taxa for efetiva?

Resp: $7.930,66; $7.759,90

♦ Exercício 7.3: Qual o valor total de duplicatas (ou promissórias) que um


cliente deverá dar como garantia para receber $108.000,00 hoje, líquidos em
sua conta ? Admita duplicatas com vencimento para 45 dias, ausência de
impostos e taxa de desconto a juros simples de 11,70%am.

Resp: $130.988,48

♦ Exercício 7.4: Você tomou um empréstimo no valor de $2.500,00,


comprometendo-se a devolver $3.000,00 daqui a 60 dias. Sabendo-se que
sobre o principal acrescido dos juros incidirá um imposto de 1,50%, a ser
cobrado por ocasião da liberação do empréstimo, determine as taxas brutas e
líquidas da operação.

Resp: 20,00% (Br); 22,20% (Líquida)

♦ Exercício 7.5: Qual o CET (ao mês) para um financiamento de $15.000 em


24 parcelas fixas, sem entrada, à taxa de 3%am, se na liberação do
financiamento for cobrada uma tarifa de $600?

Resp: 3,38% am.

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8. APÊNDICE – AS FÓRMULAS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA

F = P × (1 + i)
n
(a)

F 1
P= = F× (b)
(1 + i)n (1 + i)n

( )
i = F
 P
1
n  
− 1 ⇔ i(%) =  F
  P
( ) 1
n 
− 1 × 100

(c)

n=
( P)
log F
log(1 + i)
(d)

Seção 3 - Cálculos no Regime de Juros Compostos

A  1  (1 + i)n − 1
P = × 1 − ou P = A ×
i  (1 + i)n 
(a)
i × (1 + i)n
i × (1 + i)n
A = P× (b)
(1 + i)n − 1
 P × i
log 1 −
 A 
n=− (c)
log [1 + i]

F = A×
(1 + i) n
−1
(a)
i
i
A = F× (b)
(1 + i)n − 1

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F × i 
log  + 1
n=  A  (c)
log [1 + i]

Seção 4 – Séries Finitas Postecipadas - Capitalização

PA = PP × (1 + i)
FA = FP × (1 + i)
A A = A P ÷ (1 + i)

Seção 4 - Relações entre as Séries Postecipadas e as Séries Antecipadas

n CFj CF1 CF2 CFn


P=∑ = + + .... +
i=1 (1 + i) j
(1 + i) (1 + i)2
(1 + i)n

Seção 6 – Valor Presente de um Fluxo de Caixa Qualquer

n CFj CF1 CF2 CFn


Y ≡ VPL = ∑ = CF0 + + + .... + =0
j=0 (1 + i) j
(1 + i) (1 + i)2 (1 + i)n
Seção 6 – Taxa Interna de Retorno para um Fluxo de Caixa Qualquer

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