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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS

Celcio Bone Remisse

INTEGRAÇÃO E DE DEVOLUÇÃO DE PODERES

Quelimane, 2020
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SÓCIAS E POLÍTICAS

LICENCIATURA EM DIREITO

INTEGRAÇÃO E DE DEVOLUÇÃO DE PODERES

Trabalho de Caracter avaliativo a ser entregue à


Faculdade de Ciências Sociais e Políticas –
Universidade Católica de Moçambique, no na
Cadeira de Direito de Administrativo I,
recomendado pelo docente.

Quelimane, 2020

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

1.INTEGRAÇÃO E DE DEVOLUÇÃO DE PODERES...........................................................5

1.1.Conceito de Integração e de Devolução de Poderes.............................................................5

1.2. Vantagens e Inconvenientes.................................................................................................5

1.3. Regime Jurídico...................................................................................................................5

1.4. Sujeição à Tutela Administrativa e à Superintendência......................................................6

1.5. Natureza Jurídica da Superintendência................................................................................7

1.6.Processo de acontecimento de Integração e devolução de poderes......................................8

1.6.1.Traços fundamentais do regime jurídico da devolução de poderes...................................8

Conclusão....................................................................................................................................9

Bibliografia...............................................................................................................................10

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Introdução

O presente trabalho tem como tema: INTEGRAÇÃO E DE DEVOLUÇÃO DE PODERES.


Como a devolução de poderes é sempre exercida por lei, não se presume. Os poderes
transferidos são exercidos pela pessoa colectiva, em nome dela e esta foi criada exactamente
para esse fim. Mas é o Estado que tem interesse na realização desses poderes e também é o
Estado que orienta a actividade dos respectivos órgãos da pessoa colectiva. Tanto os Institutos
Públicos como as Empresas Públicas recebem a devolução de poderes por isso estão sujeitos à
tutela administrativa e à superintendência e são organismos dependentes do Estado.

1.Objectivos

1.2.Objectivo geral:

 Conhecer o processo de integração e de devolução de poderes.

1.3.Objectivo Específicos

 Conceituar integração e de devolução de poderes


 Descrever a devolução de poderes;
 Explicar processo de integração e de devolução de poderes.

2.Metodologia

Segundo (Coelho, 2010), ao afirmar que a “metodologia corresponde em um estudo sistémico


dos métodos caracterizados em diferentes técnicas validas e avaliadas permanentemente,
métodos aqueles que devem ser planeados e apropriados aos objectivos de análise de cada
disciplina em ordem a visão permanente e crítica do conhecimento científico.”

Assim sendo, para concretização do presente trabalho recorreu-se a consulta Bibliográfica que
consistiu em leitura de livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na
internet, e digitação, com o intuito de trazer o essencial e melhorar o desenvolvimento
científico do trabalho.

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1.INTEGRAÇÃO E DE DEVOLUÇÃO DE PODERES

1.1.Conceito de Integração e de Devolução de Poderes

Os interesses públicos a cargo do Estado, ou de qualquer outra pessoa colectiva de fins


múltiplos, podem ser mantidos pela lei no elenco das atribuições da entidade a que pertencem
ou podem, diferentemente, ser transferidos para uma pessoa colectiva pública de fins
singulares, especialmente incumbida de assegurar a sua prossecução. Entende-se
por “integração” o sistema em que todos os interesses públicos a prosseguir pelo Estado, ou
pelas pessoas colectivas de população e território, são postos por lei a cargo das próprias
pessoas colectivas a que pertencem. (WEIMER, e FANDRYCH, 1998).

E consideramos como “devolução de poderes” o sistema em que alguns interesses públicos


do Estado, ou de pessoas colectivas de população e território, são postos por lei a cargo de
pessoas colectivas públicas de fins singulares.

1.2. Vantagens e Inconvenientes

A principal vantagem da devolução de poderes é a de permitir maior comodidade e eficiência


na gestão, de modo que a Administração Pública, no seu todo, funcione de forma mais
eficiente, uma vez que se descongestionou a gestão da pessoa colectiva principal. As
Inconveniência da Devolução de Poderes são a proliferação de centros de decisão autónomos,
de patrimónios separados, de fenómenos financeiros que escapam em boa parte ao controlo
global do Estado. (AMARAL, 2005)

1.3. Regime Jurídico

A devolução de poderes é feita sempre por lei. Os poderes transferidos são exercidos em
nome próprio pela pessoa colectiva pública criada para o efeito. Mas são exercidos no
interesse da pessoa colectiva que os transferiu, e sob a orientação dos respectivos órgãos. As
pessoas colectivas públicas que recebem devolução de poderes são entes auxiliares ou
instrumentais, ao serviço da pessoa colectiva de fins múltiplos que as criou. (AMARAL,
2005)

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1.4. Sujeição à Tutela Administrativa e à Superintendência

Importa começar por afirmar que os instrumentos públicos e as empresas públicas estão
sujeitos a tutela administrativa. Não se pense, pois, que pelo facto de essas entidades se
encontrarem, também sujeitas a superintendência não se acham submetidas a tutela. Mas as
entidades que exercem administração indirecta por devolução de poderes estão sujeitas a mais
do que isso: além da tutela administrativa, elas estão sujeitas ainda a uma outra figura, a de
um poder ou conjunto de poderes do Estado, a que a Constituição chama superintendência.
A superintendência, é o poder conferido ao Estado, ou a outra pessoa colectiva de fins
múltiplos, de definir os objectivos e guiar a actuação das pessoas colectivas públicas
singulares colocadas por lei na sua dependência. (MARINELA, 2015)
É pois, um poder mais amplo, mais intenso, mais forte, do que a tutela administrativa. Porque
esta tem apenas por fim controlar a actuação das entidades a elas sujeitas, ao passo que a
superintendência se destina a orientar a acção das entidades a ela submetidas.

Tem-se três realidades distintas:


a) A administração directa do Estado: o Governo está em relação a ela na posição de
superior hierárquico, dispondo nomeadamente do poder de direcção;
b) A administração indirecta do Estado: ao Governo cabe sobre ela a responsabilidade
da superintendência, possuindo designadamente o poder de orientação;
c) A administração autónoma: pertence ao Governo desempenhar quanto a ela a função
de tutela administrativa, competindo-lhe exercer em especial um conjunto de poderes
de controlo. A superintendência é um poder mais forte do que a tutela administrativa,
porque é o poder de definir a orientação da conduta alheia, enquanto a tutela
administrativa é apenas o poder de controlar a regularidade ou a adequação do
funcionamento de certa entidade: a tutela controla, a superintendência orienta.
A superintendência difere também do poder de direcção, típico da hierarquia, e é menos forte
do que ele, porque o poder de direcção do superior hierárquico consiste na faculdade de dar
ordens ou instruções, a que corresponde o dever de obediência a uma e a outras, enquanto a
superintendência se traduz apenas numa faculdade de emitir directivas ou recomendações.
Qual é então, do ponto de vista jurídico, entre ordens, directivas e recomendações? A
diferença é a seguinte:

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 As ordens são comandos concretos, específicos e determinados, que impõem a
necessidade de adoptar imediata e completamente uma certa conduta;
 As directivas são orientações genéricas, que definem imperativamente os objectivos a
cumprir pelos seus destinatários, mas que lhes deixam liberdade de decisão quanto aos
meios a utilizar e às formas a adoptar para atingir esses objectivos;
 As recomendações são conselho emitidos sem a força de qualquer sanção para a
hipótese do não cumprimento. (AMARAL, 2005)

1.5. Natureza Jurídica da Superintendência

Três orientações são possíveis:


a) A superintendência como tutela reforçada: é a concepção mais generalizada entre os
juristas. Corresponde à ideia de que sobre os institutos públicos e as empresas públicas
os poderes da autoridade responsável são poderes de tutela. Só que, como comportam
mais uma faculdade do que as normalmente compreendidas na tutela, isto é, o poder
de orientação, entende-se que a superintendência é uma tutela mais forte, ou melhor, é
a modalidade mais forte da tutela administrativa.
b) A superintendência como hierarquia enfraquecida: é a concepção que mais influencia
na prática a nossa Administração. Considera nomeadamente que o poder de
orientação, a faculdade de emanar directivas e recomendações, não é senão um
certo “enfraquecimento” do poder de direcção, ou a faculdade de dar ordens e
instruções;
c) A superintendência como poder de orientação: é a concepção que preconizamos.
Consiste fundamentalmente em considerar que a superintendência não é uma espécie
de tutela nem uma espécie de hierarquia, mas um tipo autónomo, sui generis, situado a
meio caminho entre uma e outra, e com uma natureza própria. (MADUREIRA, e
RODRIGUES, 2006.)
A superintendência também não se presume: os poderes em que ela se consubstancia são, em
cada caso, aqueles que a lei conferir, e mais nenhum. A lei poderá aqui ou acolá estabelecer
formas de intervenção exagerada; a Administração Pública é que não pode ultrapassar, com os
seus excessos burocráticos, os limites legais. A superintendência tem natureza de um poder de
orientação. Nem mais, nem menos: não é um poder de direcção, nem é um poder de controlo.

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1.6.Processo de acontecimento de Integração e Devolução de Poderes

Integração de poderes enquanto sistema de organização administrativa é o sistema em que


todos os interesses públicos a prosseguir pelo Estado ou pelas pessoas colectivas de população
e território são postos por lei a cargo das próprias pessoas colectivas a que pertencem.
Por sua vez, a devolução de poderes é o sistema em que alguns interesses públicos do Estado
ou de pessoas colectivas de população e território são postos por lei a cargo de pessoas
colectivas de fins singulares.
A devolução de poderes apresenta vantagens, sendo a mais proeminente o facto de permitir
responder melhor ao cada vez mais complexo, amplo e diversificado interesse público,
mediante o congestionamento da gestão da coisa pública pelo Estado e da desburocratização
do processo de satisfação das preocupações dos administrados. (MADUREIRA e
RODRIGUES, 2006)

1.6.1. Fundamentais do regime jurídico da devolução de poderes

I. A devolução de poderes é sempre feita por lei, não se presume;


II. Os poderes transferidos são exercidos em nome próprio pela pessoa colectiva pública
criada para o efeito, mas no interesse da pessoa colectiva que os transferiu e sob a
orientação dos respectivos órgãos.
É por isso que as pessoas colectivas públicas que recebem devolução de poderes são entes
auxiliares ou instrumentais, ao serviço da pessoa colectiva de fins múltiplos que as criou, e
sem prejuízo da autonomia administrativa e, por vezes, financeira de que normalmente dispõe.
Não confundir esta autonomia com a auto-administração.

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Conclusão

Na administração a encontra-se subordinada à devolução de poderes, onde se inserem a tutela


administrativa e a superintendência, a primeira, defende a maioria da doutrina que se trata de
um poder de controlo, a segunda de que se trata de um poder de orientação. Tanto os
Institutos Públicos como as Empresas Públicas estão sujeitas a estes poderes porque embora
sejam pessoas colectivas diferentes da pessoa colectiva Estado também prosseguem
essencialmente interesses deste então sentiu-se a necessidade de gerir a sua conduta, exercer
um controlo e orientação. Assim podemos referir que a principal vantagem da devolução de
poderes é a de permitir maior comodidade e eficiência da gestão de modo que Administração
Pública funcione de forma mais eficiente e célere. Como principal desvantagem é o fenómeno
de proliferação de centros de decisão autónomos que escapam muitas vezes ao controlo do
Estado.

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Bibliografia

WEIMER, B. e FANDRYCH, S. (1998a). Reforma administrativa e eleições para o governo


local em Moçambique: descentralização democrática com obstáculos

MARINELA, F. (2015) Direito Administrativo.. São Paulo: Saraiva,.

MADUREIRA, C; RODRIGUES M. (2006.) A Administração Pública do século XXI:


Aprendizagem organizacional, mudança comportamental e reforma administrativa.
Comportamento Organizacional e Gestão,

COELHO, E. P. (2010). Introducao a metodologia das ciencias sociais . Lisboa: Ediçes


silaba.

AMARAL, Diogo Freitas do, (2005) Curso de Direito Administrativo,

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