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para sucesso na carreira profissional, texto escrito por profissionais de áreas diversas. Vamos reproduzi-los
na seção de empregos um a um a partir da quarta semana de junho de 2001.
GILBERTO DIMENSTEIN
Colunista, membro do Conselho Editorial da Folha e presidente da ONG Cidade Escola Aprendiz
GILSON SCHWARTZ
Professor visitante da USP/Instituto de Estudos Avançados, articulista da Folha e autor do livro "As
Profissões do Futuro"
PETER DRUCKER
Consultor e professor americano, considerado o "pai da administração moderna"
ROBERT LEVERING
Americano, autor de "Um Excelente Lugar para se Trabalhar" e colaborador de revistas como a "Fortune"
ROBERT WONG
"Headhunter" (caçador de talentos) e presidente da Korn/Ferry International para a América do Sul
ROBERTO SHINYASHIKI
Psiquiatra e consultor organizacional, autor de livros como "O Sucesso é Ser Feliz" e "Os Donos do Futuro"
SIMON FRANCO
Consultor e diretor de desenvolvimento estratégico para a América Latina da Simon Franco/TMP Worldwide
STEPHEN COVEY
Autor de "Os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes", um dos maiores best-sellers da área de carreiras
nos EUA
VIVIANE SENNA
Formada em psicologia, ocupa o cargo de presidente da ONG Instituto Ayrton Senna
AS EMPRESAS foram por dois séculos os motores da sociedade industrial, a ponta prolongada que fez de
todo o sistema econômico o baricentro e serviu de exemplo para todas as outras instituições.
As universidades, as escolas, os museus, os teatros, até mesmo as Igrejas apoderaram do organismo
industrial taylor-fordista os princípios da administração científicas, correspondentes às exigências
crescentes de padronizar, sincronizar e especializar o trabalho, incrementar a produtividade, centralizar o
poder.
Esses princípios imprimiram à empresa uma estrutura piramidal com uma ampla base operária e níveis
hierárquicos cada vez mais prestigiosos e menos numerosos, até o ápice máximo constituído de diretores e
depois, acima de tudo, do presidente. Essa empresa industrial era composta predominantemente por
operários freqüentemente semi-analfabetos e por funcionários executivos dedicados a tarefas repetitivas. O
critério principal para administrar o pessoal consistia no controle.
A carreira era claramente dividida em três faixas; sem comunicação entre si: em baixo os vários níveis de
operários com a possibilidade de alguém vir a se tornar o chefe da equipe, mas era proibida a passagem
para o papel de funcionário; acima os operários eram os chefes de equipe e os chefes intermediários; ainda
mais acima estavam os "trabalhadores intelectuais": funcionários, profissionais, dirigentes, diretores.
A mobilidade vertical era muito lenta e requeria competência, mas sobretudo obediência, conformidade aos
modelos industriais, dedicação ao trabalho, fidelidade ao chefe.
Hoje as tarefas executivas do tipo repetitivo são progressivamente delegadas às máquinas automáticas e
eletrônicas, enquanto que aos trabalhadores, sempre mais intelectualizados e escolarizados, são
reservadas tarefas flexíveis em certos casos e criativas em outros. Nessa situação de todo nova, do tipo
pós-industrial, aquilo que deveria interessar à empresa não é a fidelidade e a quantidade de horas passadas
no escritório, mas a quantidade e qualidade de idéias produzidas, a capacidade de realizá-las, a atitude de
adaptar-se a situações sempre novas, a velocidade em atualizar-se profissionalmente, uma ótica
internacional dos problemas, a capacidade de comunicação, a seriedade, a ética, a estética.
Mas, na realidade, a maioria das empresas regulam as questões atuais, do tipo pós-industrial,
compreendidos os parâmetros com os quais dosar a carreira do próprio executivo, segundo velhos critérios
industriais. Assim, ao final de carreira de um executivo, a quantidade de tempo que ele fica no escritório
para fazer companhia a seu chefe é mais importante que a quantidade e qualidade das idéias que ele
consegue produzir. A fidelidade acrítica, os conselhos, os abusos, os lobbies, o cinismo, a agressividade,
passar a perna no colega para ficar com seu posto, são mais eficazes que a preparação e a ética
profissional.
O executivo dá um desconto a tudo isso por causa da renúncia à própria autonomia e à própria dignidade,
do distanciamento no que diz respeito à família e à sociedade, da unidimensionalidade, da baixa qualidade
de vida.
Nos poucos casos em que uma organização conseguiu níveis pós-industriais de convivência, e aprecia por
isso a criatividade, o carisma, a profissionalidade, a alegria, então o executivo fará carreira somente se
conseguir demonstrar fantasia e concretude, senso ético e estético, flexibilidade e internacionalidade, visão
global e respeito pela identidade, equilíbrio e sabedoria.
Mas quando um executivo é equilibrado e sábio, não dá muita importância à carreira: o que lhe interessa é a
qualidade do trabalho e a qualidade da vida porque, como disse Aristóteles, "A guerra visa a paz, o trabalho
visa o repouso, as coisas úteis visam as coisas boas".
Tradução de Anastasia Campanerut
3. Tenha visão de distância. Costumo dar o exemplo do restaurante, que ilustra bem essa idéia. O
garçom quer atender bem para ganhar gorjeta, o maître atende bem porque quer que o cliente retorne e dê
mais vezes a gorjeta, o gerente quer que o cliente volte e traga seus conhecidos. Já o dono do restaurante
está vendo onde vai abrir seu próximo restaurante. Quando você encontra um garçom que quer ser dono de
restaurante, certamente a atitude dele perante o cliente é diferente da daquele que pensa só na gorjeta.
4. Defina seus objetivos e tome as rédeas do seu destino. É importante não confundir objetivos com
desejos. "Quero progredir profissionalmente" não é objetivo, é desejo. O objetivo precisa ser quantificado ou
qualificado e ter um prazo para ser alcançado. Por exemplo: "Em cinco anos quero estar na posição de
presidente desta empresa". Já tomar as rédeas do destino significa não só responder aos estímulos
oferecidos ("Vou aceitar essa posição na empresa X") mas também ir "pró-ativamente" atrás do que você
realmente quer ("Quero trabalhar na empresa Y").
5. Não trabalhe por dinheiro, mas pela paixão pelo que está fazendo. O aluno que estuda pela paixão e
pelo aprendizado obtém boas notas como consequência. A mesma coisa vale para o trabalho, faça-o com
paixão: o dinheiro e o sucesso vão ser consequência.
6. Faça "networking". É famosa a expressão "nenhum homem é uma ilha". Ou seja, é fundamental cultivar
bons relacionamentos para abrir mais e melhores portas.
7. Faça o que os outros não estão dispostos a fazer; torne-se indispensável. É a melhor maneira de se
destacar e não ser mais um na multidão. É difícil ver alguém bem-sucedido que, em várias ocasiões, não
tenha trabalhado mais que os outros.
8. Procure um mentor ou guru. Isso porque não é necessário "reinventar a roda". Ter alguém que você
respeita para orientá-lo, não necessariamente seu chefe, pode encurtar seu período de aprendizado.
9. Cultive a imagem de seu chefe. Não vejo muita gente que cresceu "puxando o tapete" de seus chefes
na empresa. Se você ajuda seu superior a "subir", com certeza as chances de "subir" com ele(a) serão
maiores.
10. Tenha uma atitude vencedora. Vencer significa transformar seus sonhos em realidade. Para isso, é
necessário encarar as coisas de forma positiva. É a velha história de "ver o copo meio cheio, e não meio
vazio", ou seja, enxergar os desafios como oportunidades, e não como problemas. Boa sorte!
Mudanças e escolhas
STEPHEN COVEY
ESPECIAL PARA A FOLHA
Vivemos num mundo que se modifica numa velocidade inconcebível. A cada dia que passa, surge um novo
desafio, e cada desafio exige uma resposta que o iguale, porque constatamos que, quando um desafio
competitivo eleva o nível da disputa, os padrões, os processos e as práticas que davam certo no passado
deixam de funcionar. Como pode a força de trabalho de hoje funcionar num ambiente que exige tanto e que
se transforma tanto? Que habilidades e competências é preciso possuir para ser um funcionário bem-
sucedido hoje?
A impermanência no mercado global e a tecnologia em rápida transformação geraram uma necessidade
crítica de que os indivíduos que compõem a força de trabalho liderem a si mesmos.
Em qualquer organização, cada pessoa precisa conhecer e compreender qual é seu papel, o que e por que
precisa ser feito. Cada funcionário precisa ser capaz de responder às perguntas: "O que estamos
procurando fazer?", "Quais são os princípios que operam aqui?", "Como devo reagir?".
Creio que existam apenas três constantes na vida. A primeira é a mudança, a segunda, os princípios, e a
terceira, a opção -o poder que temos de nos adaptar às outras duas constantes e reagir a elas. Talvez a
maior necessidade que temos hoje seja de algo que não mude -um núcleo imutável.
Basear nossas vidas em princípios imutáveis e atemporais, como honestidade, confiança, justiça e respeito,
confere-nos tal núcleo -uma âncora que nos dá a chance de adaptação e reação às forças da transformação
e à nova dinâmica da economia global.
A liderança centrada em princípios é a chave para desencadear o potencial humano individual. Cada pessoa
da força de trabalho precisa empreender uma viagem para se tornar líder por opção -uma pessoa que
assume a responsabilidade por sua vida, suas escolhas e seu desempenho.
Quando você consegue fazê-lo, desenvolve a integridade e o caráter necessários para se adaptar e reagir
às transformações, para pensar de maneira criativa e encontrar as melhores soluções, para se comunicar
com eficácia, para ser alguém que pode ser ensinado, para construir confiança e ser confiável. Olhando
essas qualidades, não lhe parece que elas descrevem o funcionário ideal?
Uma forma de analisar as habilidades e as competências necessárias para a força de trabalho de hoje é
usar a lista dos sete hábitos delineados em meu livro, "The Seven Habits of Highly Effective People" ("Os
Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes").
São eles: 1. liderança própria (ser consciente de que você é responsável sobre você mesmo), 2. possuir
senso claro de objetivo, significado e rumo, 3. adaptabilidade (trabalhar com outras pessoas para buscar
situações em que sempre haverá ganho comum); 4. comunicação eficaz; 5. sinergia (possuir as habilidades
necessárias para trabalhar em equipe); 6. respeito próprio; 7. "afiar o serrote", que é a soma dos outros seis
itens (é preciso que o funcionário aperfeiçoe todos os hábitos, conservando-se aberto a novas
oportunidades e à possibilidade de ser ensinado).
É claro que também deve buscar o estudo e o treinamento necessários para fazer uma contribuição em sua
área de atuação. E você precisa se manter atualizado em matéria de habilidades tecnológicas e buscar
oportunidades para aumentar suas habilidades.
Aproveite todas as oportunidades de crescimento -participe de workshops profissionais ou de formação, leia
e mantenha-se a par de sua profissão ou área de trabalho e tire tempo para fazer uma contribuição em sua
organização ou comunidade. A liderança é uma escolha.
Qualquer pessoa que participa da força de trabalho hoje deve optar por ser líder; logo, saiba escolher o
caminho que quer seguir.
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