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Português – 9º ano

Análise do episódio “Inês de Castro”, d’Os Lusíadas

Divisão do episódio “Inês de Castro” em partes

• Localização espácio-temporal,
1 – Introdução (est. 118 - 119)
• Apresentação da matéria a narrar (espécie de crónica de uma morte
anunciada);
• Responsabilização do Amor por esta morte.
2 – Inês nos campos do Mondego (est.120-121) • Felicidade e «engano de alma».

3 – Condenação de Inês e sua apresentação ao rei. • Razões da sua morte: (recusa de D. Pedro em casar-se de acordo
(est. 122 -_124) com a conveniência do Reino; o murmurar do povo)
• Apresentação de Inês ao rei.
• Referência aos filhos e à sua orfandade
4 – Súplicas e defesa de Inês. (est. 125-129) • Relação crueldade /humanidade
• Fragilidade e inocência
• Pedido de clemência
• Sugestão de exílio
5 – Hesitação do rei e confirmação da sentença. • Hesitação do rei
(est. 130-132) • Oposição do povo e dos algozes
• Morte de Inês
• Alusão ao futuro castigo dos algozes
6 – Considerações finais do poeta (est. 133-135) • Referência a horrores célebres
• Constatação da morte injusta e prematura de Inês
• Lembrança eterna de Inês na Fonte dos Amores
7 – Vingança de D. Pedro (est. 136-137) • Subida ao trono de D. Pedro
• D. Pedro, o Justiceiro
Narrador e o narratário deste episódio

Narrador Narratário

Vasco da Gama Rei de Melinde


Plano narrativo deste episódio

Este episódio insere-se no plano da História de Portugal, porque Vasco da Gama, a pedido do rei de Melinde, conta
alguns acontecimentos da nossa História e, entre eles, está o caso de amor de Inês de Castro com o príncipe D. Pedro,
herdeiro do trono português.

Localização da ação no espaço e no tempo (est. 118).

Espaço Tempo

«na lusitana terra» (est. 118, V. 2), isto é, em Portugal «Passada esta tão próspera vitória (est.118, v. 1), ou seja, depois da
batalha do Salado.

Estrofe 119

O narrador atribui a responsabilidade da morte de Inês ao «Amor». Porque ele é tirano, não se contenta com
lágrimas, exige sacrifícios humanos.
Adjetivos que o narrador usa para caracterizar o amor

«força crua»; «fero amor»; «áspero e tirano»

Recursos expressivos usados para evidenciar a importância do amor no desencadear deste episódio.

Recursos estilísticos

Apóstrofe «Tu, só tu, puro amor»; «fero amor»

Comparação «Como se fora pérfida inimiga»

Personificação Personificação do amor em toda a estância

Adjetivação «puro»; «crua»; «pérfido»; «fero»; «áspero»; «tirano»

Situações em que a personagem nos é apresentada e os sentimentos que aí vive (est.120-129).

Inês surge nos campos do Mondego, onde gozava de grande tranquilidade numa vida pacata e feliz, com espaço para
grandes sonhos de amor.
Ela foi arrastada pelos algozes até à presença do rei D. Afonso IV (pai de D. Pedro) , no palácio; aqui teme pelo destino
dos filhos e pelo seu; proclama, apavorada, a sua inocência e, com visível sofrimento contra a injustiça de que se acha
vítima, pede o exílio em troca da sua morte.
Expressões do texto que permitem caracterizar a protagonista como uma mulher bela, jovem, feliz, tranquila e
ingénua (est. 120 – 121)

Adjetivos Expressões do texto


Bela «linda Inês»; «fermosos olhos».
Jovem «De teus anos colhendo doce fruito».
Feliz «doces sonhos»; «pensamentos que voavam»; «memórias de alegria».
Tranquila «posta em sossego»
Ingénua «engano de alma, ledo e cego»; «doces sonhos que mentiam».

1. Atenta nos versos: «Naquele engano de alma ledo e cego/ Que a Fortuna não deixa durar muito» (est. 120, v. 3 e 4).
1.1. De que forma estes versos anunciam a tragédia que se vai seguir?

R.: Nestes versos afirma-se que o destino («Fortuna») não permitirá que aquele estado de alma feliz e ingénuo dure
muito tempo.

O recurso expressivo presente no verso «tirar Inês ao mundo» é o eufemismo: = matar.

De acordo com o texto, quem deseja a morte de Inês é o povo e o destino.

Razões que motivaram a condenação de Inês (est. 122- 123)


a) O murmurar do povo por razões de Estado, visto que D. Inês era uma dama galega e isso poria
em causa a soberania portuguesa;
b) O amor proibido de D. Pedro e D. Inês, pois D. Afonso IV acredita que esta paixão é a causa de
D. Pedro recusar casar com outra mulher mais conveniente para Portugal.
Expressões que, nas estrofes 120-125 e 130-132, denotam simpatia do narrador pela situação de Inês e
repulsa pelos agentes da sua condenação.

Expressões que denotam simpatia por Inês Expressões reveladoras de repulsa e indignação pelos agentes
da condenação de Inês
• «horríficos algozes»;
• «com falsas e ferozes/Razões (do povo)»
• «fraca dama delicada»; • «duros ministros»;
• «tristes e piedosas vozes»; • «avô cruel»;
• «olhos piedosos»; • «peitos carniceiros»;
• (meninos) «tão queridos e mimosos». • «brutos matadores»;
• «férvidos e irosos»;
• «Contra hûa dama, ó peitos carniceiros/feros vos amostrais e
cavaleiros»

Argumentos de Inês de Castro para persuadir o rei D. Afonso IV a poupar-lhe a


vida (est.126- 129):

1. Até os animais selvagens e as aves de rapina demonstraram piedade para com as crianças.
2. Apelo à humanidade do Rei, pois não é humano matar uma «donzela fraca e sem força» só por amar a
quem a conquistou.
3. A sua inocência («culpa que não tinha») por amar D. Pedro.
4. Pedido de clemência para os filhos que ficariam órfãos;
5. Devia saber dar a vida, tal como soube dar a morte na guerra com os Mouros.
6. Se, apesar da sua inocência, a quiser castigar, que a desterre para uma região gélida ou tórrida ou para
junto das feras, onde possa criar os filhos de D. Pedro.
D. Afonso IV não fica indiferente às palavras de Inês
Evolução psicológica do rei
a) Primeiro D. Afonso IV toma a decisão de mandar matar Inês, atendendo ao «murmurar do povo» (est. 122-123)
b) Quando os «horríficos algozes» trazem Inês à presença do Rei, este já está inclinado a perdoar («já movido a
piedade»), mas o povo incita-o a matá-la (est. 124).
c) No fim do discurso de Inês, comovido pelas suas palavras, «Queria perdoar-lhe o Rei benino», mas o povo e o
destino dela não deixaram (est. 130).

Estrofes 134 e 135

Caracterização de Inês após a sua morte


Inês está pálida, sem cor no rosto: «A pálida donzela/ Secas do rosto as rosas e perdida/ A branca e viva cor.»

Recurso expressivo a que recorre o poeta para a sua caracterização


Camões usa uma comparação. O aspeto de Inês, depois de morta, é comparado ao de uma flor campestre que, colhida e
maltratada por uma criança para a pôr numa grinalda, perde o perfume e a cor.

De que forma a lembrança desta história é imortalizada na cidade de Coimbra?

Durante muito tempo, as ninfas do rio Mondego recordaram Inês com lágrimas que transformaram numa fonte a que
chamaram «dos amores».
Forma como a morte de Inês se refletiu no comportamento de D. Pedro depois de este se tornar rei de Portugal
(136-137)
Vingança de D.Pedro

• Logo que subiu ao trono, D. Pedro fez um acordo com outro Pedro, o crudelíssimo (o rei de Castela), tendo
conseguido que os homicidas de Inês lhe fossem entregues (est. 136).
• Durante o seu reinado, D. Pedro foi implacável com os criminosos, defendeu as cidades contra a opressão dos
poderosos e mandou matar muitos ladrões (est.137).

Bom trabalho!
Noémia Cristina Diogo

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