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UFCD HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DA

3284 CRIANÇA
Higiene, saúde e segurança da criança

Índice

1.Saúde e higiene pessoal……………………………………………………………………...2


1.1.Higiene oral……………………………………………………………………………………………….3
1.2.Despiste de alterações visuais…………………………………………………………………….5
1.3.Alterações cutâneas…………………………………………………………………………………...7

2.Dietas alimentares…………………………………………………………………………...10
2.1.Alimentação equilibrada………………………………………………………………………..….10
2.2.Distúrbios alimentares…………………………………………………………………………..….16

3.Higiene, manutenção e preparação de equipamentos espaços e materiais…23


3.1.Conceitos fundamentais…………………………………………………………………………….23

4.Cuidados básicos de saúde……………………………………………………………..….26


4.1. Ministrar medicamentos……………………………………………………………………………26
4.2.Tratamento de pequenas feridas…………………………………………………………….…29
4.3.Acompanhamento aos serviços de saúde………………………………………………….32
4.4.Informação à família dos acidentados………………………………………………………..34

Bibliografia………………………………………………………………………………………………………….….35

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Higiene, saúde e segurança da criança

1.Saúde e higiene pessoal

A prestação dos cuidados de higiene é aproveitada como ocasião para estabelecer relação
com a criança e promover a aquisição de competências por parte desta, processando-se de
forma individualizada (p.e. as crianças não são colocadas todas ao mesmo tempo na sanita
ou a lavar as mãos).

Os colaboradores lidam com os acidentes de asseio das crianças de forma calma e


adequada.

Os colaboradores explicam à criança a razão de determinados procedimentos de higiene,


no momento em que as crianças os executam (p.e. lavar as mãos, puxar o autoclismo).

Na realização de determinadas actividades ou tarefas, as crianças devem utilizar vestuário


de protecção adequado (p.e. bata, bibe, avental de pintura).

Quando são identificadas situações que indiciam falta de higiene (p.e. fralda não foi
mudada, criança com frequentes eczemas) deve-se proceder ao seu registo.

As crianças são incentivadas a lavar as mãos antes de comer, depois de brincar na terra,
de mexer em animais, limpar o nariz e de ir à casa de banho.

As crianças são encorajadas a ser autónomas e independentes no seu arranjo pessoal (p.e.
a cooperarem na tarefa de vestir e despir, lavar as mãos, ir ao bacio/sanita sozinhas), de
acordo com as suas capacidades e desenvolvimento.

O arranjo pessoal das crianças é um período utilizado para promover experiências de


aprendizagem.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Os colaboradores procuram tornar as tarefas de cuidados pessoais agradáveis para as


crianças (p.e. cantar canções enquanto se lava a cara da criança ou penteia o cabelo).

O estabelecimento tem um plano de cuidados dentários para as crianças de acordo com as


recomendações dos especialistas (p.e. lavar os dentes depois das refeições com material
individual para cada criança).

Os colaboradores prestam informação às famílias sobre os cuidados de higiene e sobre


estratégias promotoras de uma maior autonomia das crianças neste domínio, promovendo
uma continuidade entre os cuidados prestados em casa e os prestados no estabelecimento
(p.e. informação sobre cuidados dentários, controle de esfíncteres/deixar a fralda, cuidados
com a higiene do corpo).

1.1.Higiene oral

A saúde oral começa logo no início da vida das crianças. Só assim é possível evitar cáries e
outras patologias do género. Os pais devem educar, disciplinar e alertar os filhos para os
perigos que podem surgir devido à má higiene oral.

Quando nascem os dentes as crianças começam as dores de cabeça dos pais. As noites
deixam de ser tranquilas e tornam-se num verdadeiro pesadelo.

Os «pequenotes» fazem birra atrás de birra porque os dentes estão na fase da erupção e
provocam dores horríveis.

Normalmente, os primeiros dentes nascem entre os 5 e os 8 meses de idade, mas a


dentição só fica composta com vinte dentes temporários, passados 3 anos.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Os dentes de leite
Os dentes decíduos, habitualmente conhecidos como dentes de leite, desempenham
funções muito importantes no desenvolvimento da criança, pois, permitem:
 A mastigação correcta dos alimentos;
 O crescimento da face;
 A manutenção do espaço necessário para o nascimento dos dentes definitivos ou
permanentes.

Boas práticas da Saúde Oral


Para se manter o bem-estar e auto-estima dos «pequenotes» é necessário adoptar boas
práticas de saúde oral. Os pais desempenham um papel fundamental já que cabe-lhes a
eles educar a criança para os cuidados que devem existir com os «dentinhos».

Por exemplo, «quando uma refeição termina, estes devem explicar à criança que ela deve
ir à casa de banho fazer a escovagem correcta dos dentes. Além da lavagem, os pais têm
de estar devidamente atentos ao tipo de alimentos que a criança ingere.

É necessário evitar o consumo exagerado de alimentos açucarados e de bebidas


gaseificadas», sublinha o nosso interlocutor.

Se as crianças adoptarem medidas preventivas desde muito cedo, conseguem crescer livres
de cáries. Para isso, basta fazer prevenção com a utilização de gotas de flúor, adoptar bom
controlo da higiene oral e ter cuidado com o tipo de alimentos consumidos.

Passos para uma escovagem eficaz


A limpeza dos dentes deve iniciar-se logo após a erupção do primeiro dente do bebé.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Quando existem poucos dentes erupcionados, os pais podem utilizar uma dedeira
específica para o efeito. Se optar por uma escova de dentes é necessário escolher uma que
seja macia e com tamanho adequado à boca do bebé.

Os progenitores devem educar a criança para o facto de utilizarem uma pequena


quantidade de dentífrico sem engolir o produto durante a lavagem. Por fim, é
imprescindível explicar que também é necessário escovar a língua.

1.2.Despiste de alterações visuais

Cerca de 25% das crianças em idade escolar têm problemas visuais.

As alterações visuais deveriam ser detectadas ainda numa fase precoce. Afinal, uma boa
visão na infância vai influenciar directamente a apreensão cognitiva e, consequentemente,
todos os processos intelectuais e pedagógicos.

Intervenção Precoce
Os primeiros exames oculares devem ser feitos logo ao nascer, aos 6 meses, entre os 2 e
os 4 anos e aos 6 anos (fase de pré-alfabetização). «O exame oftalmológico da criança é
extremamente importante, pois, estima-se que até 10% das que se encontram em idade
pré-escolar e cerca de 25% dos menores em idade escolar têm problemas visuais», explica
o Dr. Fernando Lopes Fernandes, oftalmologista.

Em idades posteriores está indicado fazerem-se avaliações de dois em dois anos, se não
existir qualquer necessidade de correcção. Mas «a criança que necessita de óculos, ou a
quem foi detectada qualquer outra anomalia, deverá ser observada anualmente ou com a
periodicidade entendida como adequada pelo oftalmologista».

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Higiene, saúde e segurança da criança

De acordo com o especialista, apesar da sua importância, os rastreios nas escolas «não são
conclusivos como os efectuados pelo oftalmologista», sendo frequente encontrar «crianças
em idade escolar com problemas visuais de resolução mais difícil, devido ao facto de não
terem sido observadas e tratadas atempadamente».

Não há idade fixa para começar a fazer vigilância com regularidade. Mas há, pelo menos,
recomendações que podem ajudar a orientar os pais. Ou seja, «examinar a criança sempre
antes de iniciar o primeiro ano escolar ou a qualquer momento, se for detectada alguma
anomalia nos seus olhos».

Uma particular atenção devem merecer, pelas razões óbvias, as crianças diabéticas, que
correm risco de cegueira mais tarde, isto se não forem vigiadas e tratadas
convenientemente desde cedo.

Principais problemas oftalmológicos a rastrear


 Presença de erros refractivos;
 Estrabismo;
 Insuficiência de convergência;
 Alterações na acomodação;
 Alterações nos olhos e pálpebras relacionadas com alergias;
 Doenças infecciosas locais ou sinais suspeitos de doenças sistémicas;
 Cataratas e glaucoma mais raros, mas de graves consequências.

Todas as atenções devem estar concentradas nos seguintes sinais de alarme:


 Olhos vermelhos;
 Secreção;
 Pupila branca ou sem reflexo;
 Lacrimejo constante;
 Olhos grandes, estrábicos, esbranquiçados;

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Suspeitas de alteração visual se a criança se aproxima da televisão ou dos livros,


pestaneja frequentemente, esfrega ou franze os olhos quando está a fixar, inclina a
cabeça quando tenta ver melhor ou se existir história familiar de problemas
oculares;
 Uma criança que vê mal pode tornar-se desinteressada e com deficiente
aproveitamento escolar. Quando estiverem presentes dificuldades na aprendizagem,
leitura ou escrita, os seus olhos devem ser examinados para excluir uma causa
visual.

1.3.Alterações cutâneas

A pele das crianças é mais sensível que a dos adultos porque na infância ela ainda não
apresenta algumas protecções mais específicas.

Como características da pele na primeira infância destacam-se: o fato dela não produzir
óleo de forma eficiente, ser mais fina, não ter as glândulas sudoríporas totalmente
amadurecidas, ou seja, não apresentar um aspecto tão curtido no sentido de pigmentação.

Ao longo do tempo a pele vai ficando mais curtida, tem um aspecto menos homogéneo,
mais manchado, ficando mais grossa, características essas que, indirectamente a protegem
contra os factores que possam agredi-la.

Assaduras: a importância da prevenção


As assaduras estão relacionadas à irritação que a urina pode causar na pele numa área
onde há abafamento, calor e dobras. Por isso, é muito importante que as mães tomem
determinados cuidados para evitar que as crianças sofram com esse problema.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Em primeiro lugar deve-se redobrar os cuidados com a higiene, evitando que a criança
permaneça molhada por muito tempo. Além disso aconselha-se o uso de fraldas que
possam absorver e controlar a quantidade de urina. Essas fraldas, se forem de tecido,
devem ser de um algodão suave ou descartáveis, de marcas já conhecidas e aprovadas
para uso em crianças.

Outro detalhe que deve ser lembrado é que ao trocar a criança deve-se secá-la muito bem.
Na hora da troca de fraldas pode-se usar produtos protectores à base de hidratantes ou à
base de filmes oleosos e que não sejam irritantes mas, sim, que protejam a pele da
criança, tanto do contacto com a urina, quanto de fezes e até mesmo do próprio
abafamento.

Vale também destacar que a assadura não deve ser vista como um fato normal em
crianças pequenas e, sim, como um problema, uma alteração, que pode acontecer com
mais frequência na primeira infância. há crianças que apresentam mais tendência a esse
tipo de problema, como por exemplo, as crianças mais gordinhas, as que urinam mais,
aquelas que têm a urina mais ácida, ou as que estão com algum problema de diarreia, etc.

Alergia: outro problema que pode ocorrer em crianças


De uma maneira geral a alergia não é um problema típico das crianças. A criança está
sujeita à alergia tanto quanto o adulto.

A alergia só vai surgir em crianças consideradas atópicas, ou seja, aquelas que apresentam
uma predisposição ao problema. Isso pode ser tanto no aparelho respiratório - sob a forma
de rinite, sinusite ou asma - quanto na pele, quando a criança reage a algumas
substâncias, de forma diferente das crianças não atópicas.

As crianças atópicas podem reagir ao próprio suor, e apresentam muito mais potencial de
irritação na pele do que as outras crianças em geral.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Outro tipo de alergia comum em crianças atópicas é o caso da alergia à picada de insectos.
Nesse caso a criança é picada por um insecto qualquer e, de repente, ela fica com o corpo
cheio de pequenas lesões, algumas vezes até com feridas, o que incomoda muito.

Outra alergia muito comum nos atópicos é chamada de eczema atópico. Esse tipo de
alergia aparece principalmente nas dobras, onde a região fica avermelhada, coçando muito,
podendo até apresentar uma exsudação (um liquido), depois formando cascas.

Essas alergias podem estar relacionadas com as substâncias utilizadas na pele, como
cremes, cosméticos, produtos repelentes de insectos, etc.

Evitando problemas futuros


Para evitar problemas futuros na pele é importante que sejam tomados alguns cuidados,
tais como, evitar o excesso de sol, evitar lugares muito quentes e ambientes fechados, e
em caso de assaduras, evitar que a pele fique com feridas mais profundas nas áreas das
dobras, para que não surjam cicatrizes.

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Higiene, saúde e segurança da criança

2.Dietas alimentares

2.1.Alimentação equilibrada

A alimentação consiste em obter do ambiente uma série de produtos, naturais ou


transformados, que conhecemos pelo nome de alimentos. A alimentação é, assim, um
processo de selecção de alimentos de acordo com os seus hábitos e condições pessoais.

Este processo é importante ao longo de toda a vida, particularmente em determinados


períodos, como sejam a infância e a adolescência, a gravidez ou a terceira idade.

A criança, por se encontrar em fase de crescimento, é extremamente dependente de uma


alimentação saudável e, por isso, mais sensível às carências, desequilíbrios ou
desadequação alimentares.

A quantidade de alimentos, que se deve ingerir, depende das necessidades energéticas de


cada indivíduo e de um balanço entre aquilo que se perde ou elimina por diversos
mecanismos e aquilo que se ingere.

Para uma alimentação saudável há que escolher alimentos seguros, do ponto de vista da
sua qualidade e higiene, e diversificados, por forma a satisfazer todas as necessidades de
nutrientes essenciais.

A variedade na alimentação é a principal forma de garantir a satisfação de todas as


necessidades do organismo em nutrientes e de evitar o excesso de ingestão de eventuais
substâncias com riscos para a saúde, por vezes presentes em alguns alimentos.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Por outro lado, há que garantir a manutenção da proporcionalidade entre os diferentes


grupos alimentares, tendo em consideração as necessidades nutricionais ao longo da vida.
Neste sentido, o tipo de alimentos, os métodos de preparação e as refeições devem ser
adequadas às condições e necessidades particulares de cada indivíduo, tendo em
consideração, entre outros factores, a sua idade, sexo, grau de actividade física e estado
de saúde.

Se a alimentação da criança não for adequada quer em quantidade, quer em qualidade, o


seu crescimento pode ser afectado, podendo surgir diversas situações de doença ou de
comprometimento global do desenvolvimento.

Necessidades nutritivas
A dieta da criança deve conter um equilíbrio razoável de todos os nutrientes principais:
proteínas, hidratos de carbono (amidos), gorduras, fruta, vegetais, de modo que obtenha
todas as vitaminas e sais minerais de que necessita.

As quantidades exactas e necessárias variam – uma criança pode ser muito mais activa do
que outra -, mas, como regra básica, entre 1 e 3 anos, a dieta deve fornecer cerca de 45-
50 kcal por cada 0,5kg de peso.

Proporcionalmente, as crianças necessitam de mais proteínas do que os adultos para


compensar o crescimento – cerca de 14,5g de proteínas por dia entre 1 e 3 anos de idade.
Cerca de 6g desta quantidade devem ser proteínas com uma qualidade elevada, do tipo
obtido de fontes animais e vegetais concentradas. As restantes podem ser obtidas de
cereais, pão e alimentos menos concentrados. Todos os seguintes alimentos fornecem
cerca de 6g de proteínas: 1 ovo; 25g de carne magra; 25g de queijo rijo; 100g de feijão
cozido; 100g de lentilhas.

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Higiene, saúde e segurança da criança

O total dos alimentos, ingeridos ao longo do dia, deve respeitar as proporções da roda dos
alimentos, incluindo hortaliças, legumes e frutos, não esquecendo os alimentos do grupo
do leite, os cereais e derivados como o pão, passando pelas leguminosas.

O consumo de carne deve ser moderado, sendo de retirar as gorduras visíveis e de preferir
o peixe uma vez por dia. Reduzir o sal, as gorduras e o açúcar na confecção e no tempero
dos alimentos. Usar gorduras com moderação, preferindo o azeite.

E, finalmente, variar tanto quanto possível, dando primazia aos produtos de cada estação
do ano.

Os alimentos devem distribuir-se ao longo do dia, por 5 a 6 refeições diárias, a intervalos


regulares.

O pequeno-almoço é uma refeição fundamental para a criança, nunca devendo ser omitido.
O leite, acompanhado de pão ou cereais, deve fazer parte desta refeição. A quantidade
diária de leite recomendada ronda o ½ litro, podendo ser gordo ou meio-gordo.

A meio da manhã deve ser fornecida uma pequena refeição, a fim de evitar que a criança
fique mais de 3 horas sem comer. Meia carcaça ou papo-seco, duas ou três bolachas sem
creme ou uma peça de fruta são suficientes.

As duas principais refeições devem começar com uma sopa de legumes da época. Os
produtos hortícolas devem ser predominantes nas sopas e no prato. Em conjugação com a
fruta, devem ser consumidos diariamente. Pão de mistura e cereais escuros podem ser
fornecidos à vontade. Carne e peixe não precisam de ultrapassar os 50g limpos a cada uma
das duas principais refeições, os ovos podem chegar aos 3 por semana.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Sal e açúcar, o mínimo possível. Água e sumos naturais são as bebidas mais adequadas. A
sobremesa deve ser constituída por fruta. Em dias especiais pode ser fornecida uma
sobremesa doce.

A meio da tarde deve ser fornecida uma merenda, em que o leite ou derivados e o pão não
devem faltar.

O jantar será semelhante ao almoço, devendo começar também com uma sopa de legumes
e terminar com uma peça de fruta.

Grupos de nutrientes presentes da Roda dos Alimentos:

1) Hidratos de Carbono Amiláceos, que incluem pão, arroz, massas, cereais


e batatas, devem ser servidos em todas as refeições:

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Utilize muitas batatas, incluindo puré de batata e batata-doce.


 Experimente pão integral e de cereais alternativos, já que são por norma mais ricos
em fibras que o clássico pão branco.
 Tente também dar à sua criança pães étnicos, como chapata, nan ou pita.
 As massas também são muito importantes - muitas crianças adoram esparguetes ou
lasanhas servidas com tomate, queijo ou molho à bolonhesa.
 Sirva pequenos-almoços fortificados de cereais.

2) Frutas e legumes devem ser consumidos com bastante regularidade, cerca de 4 ou 5


vezes ao dia.
 Utilize fruta em pudins, bolos ou outros doces e sobremesas
 Frutas e legumes enlatados ou congelados podem ser tão nutritivos como os
frescos, saiba escolher.
 Os legumes podem ser comidos crus ou cozinhados (se cozinhados, não exagere no
tempo da confecção de modo a manterem o máximo de vitaminas e outros
nutrientes).
 Se a criança detesta legumes, tente disfarçá-los em sopas, molhos e pizzas.

3) O leite e seus derivados são fontes muito importantes de cálcio. Entre 500-600 ml por
dia é a dose recomendada para estas idades.
 Não tenha medo de dar à criança, leite gordo.
 O leite meio-gordo pode ser dado a partir dos dois anos de idade, desde que a dieta
geral contenha energia suficiente.
 O leite pode ser usado em bebidas, cereais, pudins e molhos
 Queijos curados, queijo fresco ou em creme e iogurtes podem ser excelentes
substitutos do leite
 Acrescente queijo ao puré de batatas, pudins, esparguete, pratos de ovos, etc.
 Utilize queijo em torradas e tostas
 Experimente dar à criança um iogurte como sobremesa ou snack entre as Refeições

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Higiene, saúde e segurança da criança

4) Carne, peixe e outras alternativas devem ser consumidos duas vezes por dia
 Bifes de vaca, peru, galinha, carne de porco, empadas de carne, esparguete à
bolonhesa ou almôndegas são boas opções.
 Muitas crianças preferem que a carne seja macia e húmida, servida com um molho
 Sardinhas, salmão ou atum esmagados, carnes frias ou patés, são muito bons em
sanduíches.
 O peixe num molho branco ou de queijo é muito nutritivo.
 Utilize ovos como acompanhamento, sejam cozidos, estrelados, mexidos ou
omeletas.
 Use leguminosas na dieta da criança, como lentilhas, ervilhas, feijão e grão

5) Alimentos "gordos" e guloseima: incluem azeite, óleos vegetais, açúcar, biscoitos,


bolos, chocolate, gelados e sumos.
 Estes alimentos não devem ser dados em demasia à criança, já que podem
comprometer o apetite para outros alimentos mais nutritivos.
 Complementarmente, alimentos doces podem contribuir significativamente para
cáries dentárias e outros problemas relacionados. Tente limitar a quantidade de
doces que a sua criança come. Ofereça-lhe um doce no final das refeições como
sobremesa em intervalos regulares de modo a satisfazer o desejo por açúcar

Os nutrientes particularmente importantes para crianças entre 1 e 4 anos são:

Ferro
A deficiência em ferro é bastante comum nesta faixa etária, já que os requerimentos em
ferro são elevados, e a ingestão de alimentos reduzida, especialmente em peixe ou carne.

Alimentos ricos em vitamina C, comidos em simultâneo, ajudam a absorção do ferro, por


isso deve incluir um copo de sumo natural de laranja ao jantar, por exemplo.

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Cálcio
Este mineral é vital para o crescimento de ossos e dentes, por isso é fundamental que a
criança consuma leite e produtos derivados do leite em quantidade suficiente.

Vitaminas A, C e D
A vitamina A é necessária para uma pele saudável e desenvolvimento celular, podendo
faltar muitas vezes na alimentação de crianças nestas faixas etárias.

A vitamina C é importante para o sistema imunitário e crescimento. Ajuda a absorção de


ferro, em particular de fontes vegetais. As frutas e legumes são excelentes fontes de
vitamina C.

A vitamina D é essencial para o metabolismo do cálcio e pode até ser sintetizada pela
acção do sol através da pele. No Inverno, e se a sua criança está sempre coberta por
roupas no exterior, assegure-se que inclui boas fontes de vitamina D, ou suplementos
alimentares que a contenham.

2.2.Distúrbios alimentares

Principais distúrbios alimentares


Os distúrbios alimentares em crianças e adolescentes causam sérias mudanças nos hábitos
alimentares que podem levar ao mesmo risco de vida e problemas de saúde. Os três
principais tipos de distúrbios alimentares são:
 Anorexia, uma condição na qual a criança se recusa a comer quantidades
adequadas de calorias de um medo intenso e irracional de ficar gordo
 Bulimia, um estado em que uma criança come compulsivamente e depois retira a
comida por vómito ou usa laxantes para evitar ganho de peso

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Compulsão alimentar, uma condição na qual uma criança pode engordar


rapidamente, (não vomita)

Em crianças e adolescentes, os transtornos alimentares podem se sobrepor. Por exemplo,


algumas crianças alternam entre períodos de anorexia e bulimia.

Os distúrbios alimentares geralmente desenvolvem-se durante a adolescência ou início da


idade adulta. No entanto, eles podem começar na infância, também.

Anorexia em crianças e adolescentes


Crianças e adolescentes com anorexia têm uma imagem distorcida do corpo. Pessoas com
anorexia vêem-se como obesos, mesmo quando eles estão perigosamente magros. Eles
são obcecados por ser magros e se recusam a manter um peso normal, mesmo
minimamente.

Sintomas da anorexia incluem:


 Ansiedade, depressão, perfeccionismo, ou ser muito auto-crítica
 Dieta mesmo quando se é magro ou magro
 Excessivo ou compulsivo exercício
 Medo intenso de se tornar gordo, mesmo que seja um peso
 Menstruação que se torna pouco frequentes ou pára
 Rápida perda de peso, o que a pessoa pode tentar se esconder com roupas soltas
 Estranhos hábitos alimentares, tais como evitar as refeições, comer em segredo, o
acompanhamento a cada mordida do alimento, ou comer apenas determinados
alimentos em pequenas quantidades
 Interesse incomum em alimentos
 
A Anorexia pode levar a vários problemas de saúde graves. Esses problemas incluem:
 Danos a órgãos importantes, especialmente o cérebro, coração e rins
 Arritmia cardíaca

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Diminuição da pressão arterial, pulso, temperatura corporal , respiração e taxas


 Sensibilidade ao frio
 Enfraquecimento dos ossos

Bulimia em crianças e adolescentes


Como as crianças e adolescentes com anorexia, os jovens com bulimia também temem o
ganho de peso e sentem-se extremamente infelizes com os seus corpos.

Eles repetidamente comem muito num curto espaço de tempo. Mas muitas das vezes a
criança ou o adolescente sente uma perda de controlo. Sentindo-se revoltado e
envergonhado depois de comer compulsivamente, os jovens com bulimia tentam evitar o
ganho de peso através da indução de vómitos ou uso de laxantes, pílulas de dieta,
diuréticos. Depois de vomitar os alimentos, eles sentem-se aliviados.

Sintomas da bulimia incluem:


 Abuso de drogas e álcool
 Abuso de laxantes e outros tratamentos para evitar o ganho de peso
 Ansiedade
 Exagerou no consumo de grandes quantidades de alimentos
 Comer em segredo ou ter hábitos alimentares incomuns
 Exercício excessivo
 Regularmente passar o tempo na casa de banho depois de comer
 Tristeza
 Vómitos após comer

As complicações podem ser graves. Os ácidos do estômago de vómito crónico pode causar:
 Danos ao esmalte dos dentes
 Inflamação do esófago
 Inchaço das glândulas salivares nas bochechas

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Higiene, saúde e segurança da criança

Além disso, a bulimia pode também diminuir os níveis sanguíneos de potássio. Isso pode
levar a perigosos, ritmos cardíacos anormais.

Compulsão alimentar em crianças e adolescentes


Compulsão alimentar é semelhante à bulimia. A ingestão descontrolada de grandes
quantidades num curto espaço de tempo, até o ponto de desconforto. Como resultado, eles
tendem a ficar acima do peso ou obesos.

O excesso de peso causado pela compulsão alimentar coloca o a criança em risco desses
problemas de saúde como:
 Doenças cardíacas
 Pressão alta
 Colesterol elevado
 Diabetes tipo 2

Obesidade e excesso de peso


A epidemia da obesidade é especialmente evidente nos países industrializados, onde a
maioria das pessoas tem um estilo de vida sedentário e, cuja ingestão alimentar se baseia
em produtos de conveniência, que são tipicamente ricos em calorias e pobre em valor
nutricional.

As crianças necessitam de nutrientes e calorias extra, para um correcto crescimento e


desenvolvimento. Se consumirem apenas a quantidade calórica que necessitam para as
actividades diárias, crescimento e metabolismo, estão evoluir de acordo com o seu
percentil de massa corporal.

No entanto, as crianças que ingerem mais calorias do que necessitam, ganham mais peso
do que o desejado e que se vai acumulando. Nestes casos, o ganho de peso aumenta o
risco de obesidade e os problemas relacionados.

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Higiene, saúde e segurança da criança

A obesidade infantil é particularmente preocupante devido a uma série de complicações


crónicas que se desenvolvem até à fase adulta, como a hipertensão, diabetes e colesterol.
Uma das estratégias no combate do excesso de peso das crianças é o cuidado com a
alimentação e o aumento do exercício físico e, para toda a família. Assim, contribui-se para
proteger a saúde das crianças (e da família), agora e no futuro.

A obesidade infantil pode surgir por factores hormonais ou genéticos. Contudo, a causa
mais frequente para o ganho de peso é a ingestão alimentar excessiva e, a falta de
exercício físico. Se as crianças consumirem mais calorias do que o seu gasto diário, com as
actividades físicas normais, vão ganhar mais peso do que o recomendado.

Muitos factores, que normalmente actuam em conjunto, contribuem para o risco de as


crianças adquirirem um peso excessivo:
 Dieta – O consumo regular de alimentos muito calóricos, doces, snacks e muitos
dos produtos contidos nas máquinas de venda automática, contribuem para o
ganho de peso. Também alimentos com muita gordura e algumas bebidas ricas em
açúcar, são muito calóricos e vão contribuir para uma ingestão excessiva.
 Sedentarismo – A falta de exercício nas crianças, contribui para o ganho de peso,
uma vez que não há aumento dos gastos diários. As actividades de lazer
sedentárias, como ver televisão ou jogos no computador contribuem para este
agravamento.
 Genética – Se os familiares da criança já têm problemas de excesso de peso, pode
haver uma predisposição genética para este ganho de peso. E, especialmente se a
criança estiver num ambiente com oferta de alimentos muito calóricos e, onde a
actividade física não é encorajada.
 Factores psicológicos – Algumas crianças comem demasiado como forma de superar
os problemas ou, para lidar com as emoções, como o stress ou a tristeza.
Normalmente, os familiares também têm estas tendências.

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Factores familiares/ Sociais – A maioria das crianças não vai às compras com os
pais. Como tal, os pais são os verdadeiros culpados por haver alimentos menos
saudáveis nas prateleiras da cozinha e pelos alimentos que as crianças levam para
os lanches na escola.

Outros distúrbios alimentares

Peso insuficiente
Se a criança não estiver a ganhar peso suficiente, fale com o pediatra sobre possíveis
problemas de saúde que estejam na origem do fenómeno.

Como as crianças têm apetites muito reduzidos, certifique-se que todas as refeições são as
mais completas e nutritivas possíveis.

Pode dar à criança uma maior quantidade de gorduras e açucares (por exemplo, utilize
manteiga como gordura para cozinhar em vez de azeite e acrescente natas ou açúcar aos
cereais do pequeno almoço).

Recusas em comer
Muitas crianças atravessam fases em que se recusam a comer determinados alimentos.

Isto é particularmente comum em crianças até aos cinco anos de idade, e é uma
componente normal do crescimento e da independência da criança.

As crianças não se vão magoar ou prejudicar se não comerem tudo o que os pais querem
durante um período de tempo.

Ofereça refeições regulares ou snacks em vez de permitir que a criança "escolha". Torne as
horas das refeições divertidas.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Use pratos e alimentos coloridos, apresente a comida de forma original e atractiva, e tente
manter-se relaxada.

Alergias
Se verificar inchaços na boca ou cara da criança, ou dificuldades em respirar ao ingerir
determinados alimentos, procure conselho médico especializado imediatamente.

Mantenha um registo de todos os alimentos e bebidas consumidos e em que ponto


despoletaram a reacção alérgica.

Sintomas como erupção cutânea ou vómitos também podem sugerir alergias aos alimentos.

Não diagnostique você mesma alergias ou corte alimentos da dieta da criança sem
conselho médico, já que pode estar a comprometer a qualidade da alimentação sem razões
válidas.

Para reduzir o risco de alergia a amendoins, todos os alimentos que contenham amendoins
devem ser só dados às crianças a partir dos três anos de idade.

Diarreia
A diarreia é um problema relativamente comum em crianças pequenas.

Os grandes culpados são normalmente grandes quantidades de sumos ou alimentos com


grande concentração de açúcar.

Mantenha a criança longe destes alimentos por uns dias, reintroduzindo-os gradualmente.

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Higiene, saúde e segurança da criança

3.Higiene, manutenção e preparação de equipamentos espaços


e materiais

3.1.Conceitos fundamentais

Higiene e limpeza dos colaboradores


Os colaboradores mantêm uma higiene pessoal cuidada, lavando as mãos como rotina (p.e.
sempre que chegam à creche, antes de começar a trabalhar, antes e depois de
administrarem primeiros socorros, antes de dar de comer às crianças, antes e depois de
cada muda de fraldas, depois de irem à casa de banho ou de terem ajudado a criança
nessa tarefa, depois de utilizarem um lenço, depois de manusear lixo, depois de tocarem
nos olhos, orelhas, nariz, cabelo ou boca, sua ou da criança, depois dos intervalos de
descanso, depois de mudar os bebés, depois de tocar em animais).

Os colaboradores usam vestuário e calçado, adequado e confortável à realização das


actividades com as crianças.

O estabelecimento disponibiliza contentores de toalhas em rolo ou toalhas de papel para


secar as mãos. Poderão ser utilizados toalhetes em situação de emergência (p.e. falta de
água), de forma a manter uma barreira protectora dos germes.

Está estabelecido um Plano de Limpeza e Higiene das Infra-estruturas que prevê a


periodicidade de limpeza dos espaços, equipamento/utensílios.

Sempre que os serviços de higiene das instalações e equipamento são subcontratados, o


estabelecimento deve assegurar que a entidade prestadora do serviço respeita os
procedimentos e a legislação em vigor.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Higiene e limpeza dos espaços


• Os espaços onde são realizadas as actividades com as crianças (salas e
refeitórios), são limpos e arrumados no final de cada dia.
• Nos espaços destinados às crianças mais pequenas (berçário) só é permitida a
utilização de sapatos com uma protecção, por parte dos adultos;
• A área de mudança das fraldas deve estar separada da área de refeições e deve;
• ser utilizada só para esse efeito;
• ser limpa e desinfectada depois de cada muda;
• estar junto de uma área com água quente corrente;
• estar próxima da área de arrumação do equipamento e utensílios
necessários para o efeito (p.e. toalhetes, fraldas, pomadas, contentor de
fraldas sujas).
• O contentor destinado às fraldas sujas e toalhetes encontra-se selado e fora do
alcance das crianças.
• Os espaços de preparação e confecção da alimentação dos bebés (p.e. bancada,
esterilizador de biberões) e os respectivos utensílios individuais (p.e. biberão) são
arrumados após cada utilização.
• A desinfestação das instalações é efectuada, no mínimo, anualmente, de acordo
com o Plano de Desinfestação.

Higiene e limpeza equipamento/utensílios


O Plano de Limpeza e Higiene das Infra-estruturas prevê:
• A mudança semanal da roupa de cama (i.e. catre e berço) das crianças ou sempre
que necessário;
• A limpeza e desinfecção semanal dos berços e catres ou sempre que necessário;
• A limpeza e desinfecção diária dos objectos utilizados nos cuidados de higiene das
crianças (p.e bacios, contentor de fraldas, sanitas).

Esta tarefa deverá ser realizada num local específico, separado do espaço onde se realizam
as actividades com crianças;

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Higiene, saúde e segurança da criança

 A limpeza semanal do material lúdico-pedagógico ou sempre que necessário;


 O estabelecimento deve garantir que este material se encontre nas condições de
higiene e segurança estipulados na legislação em vigor e seja avaliado, pelo menos,
uma vez por ano, para verificação da manutenção das condições iniciais.

Os objectos individuais para os cuidados de higiene das crianças devidamente identificados


e mantidos em perfeitas condições de limpeza, conservação e arrumação (p.e. bacios,
copos, escovas de dentes, pastas de dentes são lavados depois de cada utilização).

Os berços e os catres nunca são utilizados por outra criança sem antes serem lavados.
Os berços e os catres são colocados de forma a evitar a propagação de germes. Os catres
devem ser colocados de forma a permitir que as crianças, quando colocadas a dormir, se
encontram separadas, no mínimo, por 70 centímetros.

Depois de todas as crianças terem acordado, os catres são arrumados e o espaço é


arejado. Os lençóis e mantas de cada criança são sacudidos e colocados dobrados dentro
de sacos individuais e arrumados.

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Higiene, saúde e segurança da criança

4.Cuidados básicos de saúde

4.1. Ministrar medicamentos

O estabelecimento só deverá administrar medicamentos mediante a apresentação de


prescrição ou declaração médica pelas famílias.

Na ausência de declaração médica, deve ser solicitado às famílias um termo de


responsabilidade, identificando a forma e horário de administração do medicamento.

Os medicamentos são guardados em local seguro, nas embalagens originais,


salvaguardando-se as suas condições de preservação e de validade.

O responsável pela assistência efectua os registos da assistência medicamentosa.

No final do dia, deve ser transmitida à família informação relativa ao estado de saúde da
criança e como decorreu a administração de medicamentos à criança.

Quando a administração de medicamentos envolve conhecimentos técnicos específicos ou a


execução de determinados procedimentos, os colaboradores directamente envolvidos
devem ter formação adequada (p.e. na administração de insulina, que fazer perante um
ataque de epilepsia).

Vacinação
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo
quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência
na eventualidade da doença surgir.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso
receber várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz. Outras vezes é também
necessário fazer doses de reforço, nalguns casos ao longo de toda a vida.

A vacinação, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a comunidade,
pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da
doença.

O Plano Nacional de Vacinação (PNV) é da responsabilidade do Ministério da Saúde e


integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população
portuguesa.

As vacinas que fazem parte do PNV podem ser alteradas de um ano para o outro, em
função da adaptação do Programa às necessidades da população, nomeadamente pela
integração de novas vacinas.

IDADE VACINA

Recém-nascido BCG (Tuberculose)


VHB – 1.ª dose (Hepatite B)
2 meses DTPa – 1.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)
VIP – 1.ª dose (Poliomielite)
VHB – 2.ª dose (Hepatite B)
Hib – 1.ª dose (doenças causadas por Haemophilus
influenzae tipo b)
3 meses MenC - 1ª dose (meningites e septicemias causadas pela
bactéria meningococo)
4 meses DTPa – 2.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)
VIP – 2.ª dose (Poliomielite)
Hib – 2.ª dose (doenças causadas por Haemophilus
influenzae tipo b)

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Higiene, saúde e segurança da criança

5 meses MenC - 2ª dose (meningites e septicemias causadas pela


bactéria meningococo)
6 meses DTPa – 3.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)
VIP – 3.ª dose (Poliomielite)
VHB – 3.ª dose (Hepatite B)
Hib – 3.ª dose (doenças causadas por Haemophilus
influenzae tipo b)
15 meses VASPR – 1.ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola)
MenC - 3ª dose (meningites e septicemias causadas pela bactéria
meningococo)
18 meses DTPa – 4.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)
Hib – 4.ª dose (doenças causadas por Haemophilus
influenzae tipo b)
5-6 anos DTPa – 5.ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)
VIP – 4.ª dose (Poliomielite)
VASPR – 2.ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola) - Nos
nascidos em 1993, esta dose da VASPR deverá ser
tomada aos 13 anos de idade
10-13 anos Td – 1.ª dose (Tétano, Difteria – dose reduzida)
VHB – 3.ª dose (Hepatite B) - aplicável aos
nascidos antes de 1999 e ainda não vacinadas
De 10 em 10 anos Td – doses seguintes (Tétano, Difteria – dose (toda a
vida) reduzida)

4.2.Tratamento de pequenas feridas

Ferimentos na pele

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Higiene, saúde e segurança da criança

Como actuar:
 Lave a região com água e sabão, preferencialmente de glicerina ou de coco, por
dois minutos. Depois cubra-a com uma gaze limpa ou curativo adequado.
 Evite movimentos bruscos, mantendo a parte ferida em posição normal, sem o
apoio de tipóias ou algo semelhante.
 Havendo sangramento intenso, comprima o local afectado com outra gaze limpa até
que a vítima pare de sangrar.
 Quando o objecto que causou o acidente estiver sujo ou enferrujado, caso a
carteira de vacinação não esteja em dia, será necessária a vacina antitetânica, que
pode ser aplicada em hospitais ou postos de saúde.

Cortes

Como actuar:
 Em casos de pequenos cortes, lavar com água e sabão, retirando a sujidade
 Fazer compressão local com pano limpo, até parar o sangramento.
 Cobrir com um curativo hipoalergénico e semipermeável
 • Em caso de ferimentos maiores, lavar com água e sabão, comprimir com pano
limpo, encaminhando a criança para a emergência médica.

Queimaduras em geral

Como actuar:
 Para aliviar a dor, humedecer a região queimada com compressas ou toalhas
dobradas embebidas em água fria.
 Mãos e braços podem ser mergulhados na água, mas não coloque o acidentado sob
o chuveiro frio. Sacos de gelo não têm eficácia. Após estes procedimentos, deixe a
queimadura livre, sem nada por cima.

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Objectos que ainda estejam na região afectada (anéis, relógios, pulseiras) devem
ser removidos antes que o inchaço crie mais problemas. Porém, se a retirada for
traumática, deixe que um médico o faça. Não use cremes ou anti-sépticos. Se
formarem-se bolhas, não mexa nelas.

Queimaduras químicas (pele e olhos)

Como actuar:
 Materiais químicos na pele devem ser lavados com água corrente, sem esfregar, até
que todos os resíduos sejam retirados.
 Se algum produto cair nos olhos, tente manter as pálpebras da vítima abertas e
escorrer água corrente sobre o globo ocular afectado. Esta lavagem do globo ocular
deve ser feita por 20 minutos, pois algumas substâncias, como a cal, são
extremamente agressivas e demoram para ser removidas.
 Tome cuidado para que esta lavagem não atinja o olho são. Água corrente não
causa danos e ainda pode salvar da cegueira.

Corpos estranhos

Na pele

Como actuar:
 Se a região estiver suja, limpe suavemente em volta do ferimento, com um pano
macio e sabão.
 O procedimento correcto nesses casos é procurar assistência médica.
 Não tente retirar qualquer objecto que esteja preso à pele. Ele pode estar próximo
de alguma artéria, veia ou nervo.
 Esse tipo de ferimento precisa ser bem tratado, para evitar problemas, como
infecções no local atingido, gangrena ou hemorragia.

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Higiene, saúde e segurança da criança

 Não tendo sido vacinada contra o tétano, a vítima corre o risco de contrair a
doença. O mesmo risco existe, se o objecto estiver sujo ou enferrujado, sendo
imprescindível a vacina antitetânica.

No olho

Como actuar:
 Não permita que a vítima mexa ou esfregue o olho.
 Coloque-a sentada numa cadeira, sob boa iluminação, e incline a sua cabeça para
trás. Dessa maneira, você terá condições de observar onde está o objecto.
 Depois, pegue uma haste flexível com algodão nas pontas, humedecido em água
limpa e tente, com muita delicadeza, retirar o corpo estranho, tocando
delicadamente apenas nas laterais do globo ocular e na pálpebra inferior com
movimento suave, sem oferecer pressão. Faça este procedimento apenas se a
criança colaborar.
 Se a primeira tentativa falhar, não insista. O objecto pode estar encravado e só um
profissional poderá retirá-lo em segurança.
 Também não faça nada se ele estiver na íris, a parte colorida do olho, ou na parte
superior da pálpebra. Estas regiões são muito sensíveis e importantes. Uma pessoa
inexperiente pode causar danos irreversíveis à visão da criança, como lesões e
embranquecimento da córnea, o que leva a infecções e cegueira.
 Nesses casos, a única atitude correcta é levá-la rapidamente a um hospital que
tenha oftalmologista.

No ouvido

Como actuar:

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Higiene, saúde e segurança da criança

 É muito comum a criança aparecer com corpos estranhos no ouvido: desde bolinhas
e caroços até pequenos insectos (mosquitos e moscas). Em ambos os casos,
somente o médico pode resolver o problema.
 Não pingue líquidos ou introduza objectos no ouvido, pois existe a possibilidade de
o tímpano ter-se rompido, causando infecções e danos à audição.

No nariz

Como actuar:
 A tentativa de remover corpos estranhos (milho, feijão, sementes e caroços de
pequeno tamanho, alfinetes, grampos, palitos) do nariz pode empurrá-los para a
parte mais profunda. Isto só irá agravar o problema.
 Leve a criança ao médico que, em certos casos, poderá retirar o objecto com uma
rápida manobra.

4.3.Acompanhamento aos serviços de saúde

As famílias têm conhecimento das regras de actuação do estabelecimento em situações de


emergência médica ou de doença da criança.

Para prestar cuidados de saúde o estabelecimento dispõe de apoio de um médico ou


enfermeiro (p.e. através do estabelecimento de protocolos de colaboração com o centro de
saúde da área do estabelecimento).

No estabelecimento existe um colaborador com formação na área de primeiros socorros.


Na sua ausência deve estar nomeado um substituto.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Os colaboradores possuem formação para a identificação e detecção de doenças


contagiosas, sobretudo para as mais frequentes nesta faixa etária (p.e. sarampo, varicela,
papeira).

Em todas as situações de acidente, o colaborador respeita as normas de higiene


estabelecidas no âmbito dos cuidados de primeiros socorros.

Nas situações em que a criança fique doente ou ocorra um acidente durante a sua
permanência no estabelecimento, o responsável realiza uma avaliação sumária da
gravidade da situação:
• Se a criança necessitar de cuidados médicos urgentes, o responsável entra em
contacto com a família e dirige-se ao serviço de saúde. Caso a criança regresse ao
estabelecimento, deve permanecer em local destinado para o efeito e se necessário
acompanhada até à chegada da família;
• Se a criança não necessitar de cuidados médicos urgentes, o estabelecimento
entra em contacto a família, para a entregar aos seus cuidados.

Para prevenir situações de contágio a criança deve permanecer acompanhada num espaço
destinado para o efeito.

No caso em que a criança tenha que permanecer em casa por motivos de saúde, o
estabelecimento entra em contacto com a família para tomar conhecimento da situação de
saúde da criança.

No caso de doença contagiosa deve ser avaliada a situação de possível contágio a outras
crianças e serem tomadas as medidas necessárias, nomeadamente, alertar as entidades
responsáveis.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Em situação de doença prolongada que implique a permanência da criança em casa por


mais de três dias úteis, esta só poderá voltar a frequentar o estabelecimento após
apresentação de uma declaração médica que ateste a sua situação de saúde.

Existe uma caixa de primeiros socorros em todas as salas de actividades para as crianças,
acessível aos colaboradores e fora do alcance das crianças. O seu conteúdo é verificado
regularmente (p.e. prazos de validade e respectivo conteúdo) e reconhecido pelas
autoridades nacionais de saúde.

4.4.Informação à família dos acidentados

Existe um colaborador responsável pelos procedimentos necessários em situação de


acidentes ou de doença.

Estes procedimentos estão sempre acessíveis a todos os colaboradores.

O estabelecimento disponibiliza informação às famílias sobre cuidados de saúde e de


desenvolvimento das crianças (p.e. nutrição, doenças relacionadas com crianças e
respectivos procedimentos, serviços e locais de saúde, reconhecimento de problemas de
saúde, encaminhamento das situações e despistagem de saúde gratuitos).

Todos os contactos necessários para resolução de situações de emergência de uma criança


(p.e. contactos da família, do médico assistente, de seguros de saúde, do número de
emergência nacional, do serviço de bombeiros, do hospital), estão em local acessível aos
colaboradores.

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Higiene, saúde e segurança da criança

Bibliografia

AA VV., Orientações curriculares para a educação pré-escolar , Ministério de Educação:


Departamento de Educação Básica, 1997

AA VV., Pensar formação – Formação de pessoal não-docente (animadores e auxiliares/


assistentes de acção educativa), Ministério de Educação: Departamento de Educação
Básica, 2003

AA VV., Qualidade e projecto na educação pré-escolar , Ministério de Educação:


Departamento de Educação Básica, 1998

Webgrafia

 Portal da criança
http://4pilares.zi-yu.com

 Associação para a promoção da segurança infantil


http://sitio.dgidc.min-edu.pt/

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