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Nietzsche: O filosofo da suspeita.

Rodolfo Ramos 1

O Filosofo Friedrich Nietzsche ( 1844-1900), é considerado um dos grandes


críticos da Metafísica clássica ,e sua filosofia é considerada como uma desconstrução
dos antigos valores, impostos e erigidos ao logo da historia da filosofia. Como nos fala
Oswaldo Giacoia Junior em seu texto, que Nietzsche como sua filosofia busca através
de uma transvaloração dos supremos valores da cultura ocidental, buscar superar a
metafísica clássica, sobretudo do pensamento platônico.

A filosofia de Nietzsche como também é apresentada pela Professora Sacarlett


Marton, se caracteriza por uma “filosofia há golpes de martelo, quer dizer, uma filosofia
iconoclasta”, que tem como seu centro á quebra de paradigmas e superação de
determinadas doutrinas tradicionais ao longo do pensamento filosófico, como também
poderíamos dizer, um pensamento que não se apoia no dogmatismo filosófico.

Ainda seguindo a apresentação da Professora Marton, temos três palavras que


caracterizam bem o pensamento Nietzscheano, a saber, pluralismo, perspertivismo e
experimentalismo. Quer dizer que o pensamento do Filosofo, sobretudo suas obras
segue uma diversidade de estilos, por exemplo, escreve por aforismos, mas não
apresenta um principio único, ou seja, não contém um conceito chave que norteia seu
pensamento; pelo contrário sua filosofia é Perspectivista , não deseja chegar a um ponto
culminante, isto é , descarta a possibilidade de formar uma doutrina acabada. Por fim é
experimentalista porque busca uma experiência do pensar.

Uma das grandes chaves do pensamento de Nietzscheano é sua critica a religião


quando declara a morte de Deus, em muitos de seus escritos. Porem seguindo a linha de
pensamento de Giacoia Junior , o termo “Deus” utilizado por Nietzsche não faz alusão
ao Deus cristão ao a seu sentido puramente religioso, mas sim a toda base que dava
sustentação a Metafísica, desta forma estaria defendendo a sua superação.

A metafísica de Platão como já é de nosso entendimento, está dividida em duas


realidades ou mundos, quer dizer, o mundo das Ideias e o mundo sensível. O mundo das
Ideias é o mundo real e verdadeiro, uma realidade imutável, onde habita a verdadeiras
formas e ideias das coisas, que é atingido através do intelecto, da razão. Já o mundo
sensível é o mundo passageiro e mutável, ou seja, mundo da imitação e farsa. Para
Platão o homem uma vez formado de corpo e alma, deveria buscar se aproximar cada
vez mais do mundo das Ideias através do exercício do conhecimento, desprezando o
mundo sensível, que se configurava também como um desprezo ao material e apego ao
ideal, desprezo do corpo e valorização da alma. A alma deve se elevar para o inteligível,
pois lá habita os valores, o bem, o belo e o verdadeiro.

1
Graduando em Filosofia pela Centro Universitario Católica de Quixada- Ce. Cursando o terceiro
semestre.
Nietzsche por sua vez em sua filosofia faz uma forte critica ao pensamento
metafisico platônico, como afirma Urbano Zilles (2019): “Segundo Nietzsche, Platão
errou ao descobrir um mundo além do sensível porque lhe faltou a coragem de enfrentar
a realidade concerta.” Ou seja, Nietzsche propõem em sua filosofia um afastamento do
platonismo , negando a dicotomia existente na metafísica clássica de Platão e apostando
no devir de Heráclito, uma mudança em relação ao imutável .

Desta forma “Nietzsche rejeita a metafisica idealista e diz que os valores


suprassensíveis dominavam ate agora, devendo ser sacrificados por uma inversão de
valores.” (ZILLES 2019). Conforme apontado por Giacoia Junior, estaria assim
Nietzsche propondo uma trasnvaloração de todos os valores supremos, chegando a
questionar o Bem, o Belo e Verdadeiro; pondo assim em cheque a Metafísica. Seguindo
a linhagem de pensamento da professora Marton, em Nietzsche é possível ver um critica
a Moral, onde o filosofo lança um questionamento aos valores supremos (bem , belo e
verdadeiro) chegando afirmar que os valores são uma construção humana e não
transcendental. Para Nietzsche “os valores são humanos, demasiadamente humanos”.

Com sua critica aos valores supremos, Nietzsche faz uma genealogia ao
Niilismo, uma corrente filosófica que defende a ausência de fundamentos últimos. Para
Giacoia Junior “Desse modo, a transvaloração de todos os valores seria a catástrofe da
metafísica: um processo que obedece a uma lógica imanente, cujo conceito Nietzsche
formulou como Niilismo.” Por sua vez, afirmar a morte de Deus era, pois a pregação do
nada, da ausência de um mundo suprassensível de valores. A definição de niilismo
afirmada por Nietzsche é a seguinte: “Niilismo é a falta de meta, falta à resposta para o
„por quê? ‟ o que significa niilismo- que os supremos valores se desvalorizaram”.

Sobre o niilismo de Nietzsche afirma Urbano Zilles (2019): “É coisa para


Homens fortes que, por meio de seu juízo, condenam o mundo ao nada.” Esses homens
devem buscar superar novos valores. Com a firmação da morte de Deus e negação do
mundo das ideias, é preciso agora busca novos valores afirmativos para superar a moral
escrava pelo super-homem. Nietzsche narra a historia dos dois séculos do homem
ocidental, “que caminha em direção a uma catástrofe inquieta, violenta, precipitada,
com uma corredeira para chegar ao fim, que não mais reflete que tem medo de refletir.”.

Portanto o pensamento Nietzscheano nos faz questionar nossos fundamentos,


nos instiga, a buscar um o real sentido dos valores que temos, convida-nos a deixarmos
a terra firme dos fundamentos e embarcarmos, em mar aberto do questionamento da
própria existência. Como também a aceitar a existência e valorizar o homem como ser
de vontade e potencia, sair do homem frustrado e ser um supre- homem.

Referências Bibliográficas

JUNIOR, Oswaldo Giacoia , Texto : Nietzsche : Fim da metafísica e os pós-modernos.


(p. 13- 45).
ZILLES, Urbano. Discurso sobre o fim da metafísica . São Paulo: Paulus,2019. P.71-78.

Vídeo : Friderich Nietzsche Sacarlett Marton. Link: https://youtu.be/NVMjJWekoIk.

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