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O documento discute o controlo do comércio mundial pela Holanda nos séculos XVI e XVII, o mercantilismo como doutrina econômica vigente na época, e as disputas coloniais entre os estados europeus motivadas pelas políticas mercantilistas de protecionismo econômico.
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MODULO 1 - O controlo do comércio mundial pelo Norte da Europa
O documento discute o controlo do comércio mundial pela Holanda nos séculos XVI e XVII, o mercantilismo como doutrina econômica vigente na época, e as disputas coloniais entre os estados europeus motivadas pelas políticas mercantilistas de protecionismo econômico.
O documento discute o controlo do comércio mundial pela Holanda nos séculos XVI e XVII, o mercantilismo como doutrina econômica vigente na época, e as disputas coloniais entre os estados europeus motivadas pelas políticas mercantilistas de protecionismo econômico.
MÓDULO 1 – DINAMISMOS ECONÓMICOS DA EUROPA NOS SÉCULOS XVI A XVII
3. O controlo do comércio mundial pelo Norte da Europa
Objetivo 1 – Relacionar os ritmos de desenvolvimento económico da
Holanda com fatores de bloqueio ou de abertura social e política O arranque económico dos holandeses ficou a dever-se ao desenvolvimento da sua produção agrícola e manufatureira, apoiado numa modernização técnica e tecnológica; no crescimento da construção naval e da marinha mercante; na apropriação das redes comerciais e dos fretes intereuropeus e interasiáticos; no crescimento demográfico e na predominância da burguesia e das instituições “democratizantes” na República Holandesa. O centro económico da Holanda foi Amesterdão, cidade onde se encontravam as instituições comerciais, financeiras e institucionais (mercados, bolsas, bancos e companhias monopolistas por ações...) que apoiavam ou controlavam as relações e os interesses económicos da Holanda em todas as suas áreas. Predominantemente mercantil, a ação económica dos Holandeses consistiu em fazer render a seu favor as trocas comerciais entre as várias zonas da Europa e do Mundo. Isto foi conseguido pelo controlo dos preços dos produtos e dos fretes, pelo aumento do volume dos negócios e pelo abaixamento dos custos, o que aniquilou a concorrência. Por este espírito empreendedor e de lucro foram os holandeses que lançaram as raízes do capitalismo moderno.
Objetivo 2 – Enunciar os princípios mercantilistas
O mercantilismo foi a doutrina económica vigente nos séculos XVI, XVII e XVIII, segundo a qual a riqueza e o poderio de um país assentavam na quantidade de metais preciosos de que este dispunha. Deste princípio fundamental decorrem os seguintes: - balança comercial positiva ou superavitária; - protecionismo económico; - fomento da produção industrial; - regulamentação do comércio externo.
Objetivo 3 – Explicar a sua coerência interna
O mercantilismo foi aplicado em diversos países europeus nos séculos XVII e XVIII como meio de fortalecer as monarquias e de aumentar a riqueza nacional. A intervenção do Estado na economia consistia em aumentar a quantidade de dinheiro em circulação no reino. Para atingir esse objetivo, a relação entre as importações e as exportações (balança comercial) devia ser favorável, ou seja, devia exportar-se mais do que se importava, de maneira a impedir a saída de metal precioso do país. Ora, para exportar mais era necessário produzir mais, razão pela qual as políticas económicas mercantilistas tentaram implementar atividades industriais (manufaturas) que libertassem o país da necessidade de importação. Além disso, para reforçar a restrição às importações, sobregarregava-se de direitos alfandegários (impostos) a entrada de produtos estrangeiros, de maneira a que os produtos nacionais ficassem mais baratos, logo, mais competitivos (protecionismo económico). Muitas das vezes, o protecionismo era reforçado com leis que impediam o uso de produtos de luxo, geralmente importados (leis pragmáticas). Por último, a vontade de auto-suficiência económica levou os países que adoptaram o mercantilismo a reorganizar o comércio externo (em particular, com as colónias) de modo a dispor de matérias-primas para as manufaturas e de mercados onde pudessem vender os excedentes do setor manufatureiro.
Objetivo 4 – Enquadrar na teoria mercantilista o conjunto de medidas
encetado por Cromwell Oliver Cromwell (chefe do governo republicano inglês entre 1649 e 1658) encarnou uma faceta do mercantilismo mais flexível, porém, igualmente empenhada na supremacia da economia nacional. As suas medidas económicas centravam-se na valorização da marinha e do sector comercial, através da publicação dos Atos de Navegação.
Objetivo 5 – Enquadrar na teoria mercantilista a política económica de
Colbert O mercantilismo francês foi implementado por Colbert (ministro do rei Luís XIV no séc. XVII). A sua política económica, muito dirigista, concedeu o principal relevo ao desenvolvimento das manufaturas como meio de substituir as importações de produtos estrangeiros por produtos franceses. O Colbertismo salientou-se ainda pelo desenvolvimento da frota mercante e da marinha de guerra e pela criação de companhias monopolistas (associações económicas que tinham o direito exclusivo de comerciar numa dada zona). Objetivo 6 – Distinguir entre o mercantilismo inglês, centrado no comércio, e o mercantilismo francês, centrado nas manufaturas O mercantilismo francês caraterizou-se, no sector manufatureiro, pelas seguintes medidas: – criação de novas indústrias (às quais o Estado concedia privilégios, tais como benefícios fiscais e subsídios); – importação de técnicas (por exemplo, mandar curtir à maneira inglesa as peles de boi da França); – criação das manufaturas reais (protegidas pela realeza, fabricavam sobretudo produtos de luxo para a corte como, por exemplo, as famosas tapeçarias da família Gobelins) – controlo da atividade industrial por inspetores do Estado (que avaliavam a qualidade e os preços do trabalho realizado) Em Inglaterra, o mercantilismo, de feição comercial, distingui-se pelas seguintes medidas: - publicação (entre 1651 e 1663) dos Atos de Navegação. De acordo com estas leis de caráter protecionista o transporte de mercadorias para Inglaterra e suas colónias era efetuado em navios ingleses ou do país de origem. Deste modo, só a marinha inglesa podia transportar as mercadorias coloniais e a tripulação dos navios deveria ser constituída, maioritariamente, por ingleses. Assim, a marinha inglesa desenvolveu-se, contribuindo para a supremacia marítima desta nação. - política de expansão comercial (dirigida, em especial, às Antilhas e à América do Norte) - criação de grandes companhias comerciais, entre as quais a Companhia das Índias Orientais inglesa (a mais rica e poderosa das companhias monopolistas), que detinha o exclusivo de comércio com o Oriente e amplos poderes a nível de administração, defesa e justiça.
Objetivo 7 – Relacionar o protecionismo económico com o agudizar das
tensões internacionais Uma vez que todos os países seguidores do mercantilismo adoptaram medidas de caráter protecionista registou-se, naturalmente, uma contração do comércio entre os países europeus. Como alternativa, esses países comerciavam com as suas próprias colónias, num regime (também protecionista) de exclusivo colonial. A importância dada ao comércio como fonte de riqueza e poderio traduziu-se em intensas rivalidades entre os Estados europeus, que disputaram entre si rotas e áreas de comércio. A Holanda, a Inglaterra e a França foram as principais protagonistas destes conflitos. A vitória obtida pela Grã-Bretanha na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) determinou a supremacia colonial e marítimas deste país, que se manteve ao longo do século XIX.
Objetivo 8 – Identificar as áreas coloniais disputadas pelos estados
atlânticos No século XVIII, os estados atlânticos abarcavam regiões muito ricas, por exemplo: – o império espanhol abarcava os territórios da América espanhola e Filipinas; – a Holanda, a província mais rica das Províncias Unidas, estendeu o seu poderio até à Ásia (arquipélago indonésio e Ceilão), África (o Cabo) e continente americano (Guianas holandesas); – a Inglaterra, graças à vitória na Guerra dos Sete Anos (Tratado de Paris), ocupou as possessões francesas nas Índias, territórios na América (nomeadamente, o Canadá) e feitorias em África (Senegal); – o império português retirava proventos do Brasil, das suas colónias em África (sobretudo Angola e Moçambique) e na Índia (Goa, Damão e Diu).