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Revista

cREA pR
Uma publicação do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná
Novembro e dezembro de 2007 . Ano 10 . n0 48

>> ESTRADAS
Situação da maioria
RODOVIAS BRASILEIRAS das rodovias é

País tem profissionais e


precária, falta
recapeamento,

tecnologia apropriados,
acostamento e
sinalização

mas falta estoque de o


projetos para recuperaçã
da atual malha

O CAMI NHO DO
PLANEJA MENT O
RESPEITO INCENTIVO PROFISSÃO
Acessibilidade Incubadora Faltam engenheiros
deve ser prevista tecnológica do IEP industriais da
nos projetos auxilia empresas madeira no mercado
LEITURA RÁPIDA

1
a revista em duas páginas
Divulgação/COAMO

DESTAQUE Parque industrial


da Coamo, cooperativa de
Campo Mourão

36
Cooperativas do PR
são exemplo para BR
Referência na agricultura com recordes
de safra de grãos e produtividade, o
Estado conta com 231 cooperativas bem
estruturadas para agregar valor aos
produtos primários e aumentar a renda
dos agricultores

18 RESPEITO 20 ELÉTRICA 32 RESPONSABILIDADE


Obra em Curitiba Instalações elétricas Falta de acesso pode
prevê acessos devem seguir norma gerar denúncias
Obra da Linha Verde, em Curitiba, Não cumprimento da NBR 5410 nas Profissionais devem prever a acessi-
teve seu projeto adaptado para aten- obras pode trazer riscos de curtos-cir- bilidade em seus projetos sob risco de
der à norma de acessibilidade. cuitos, incêndios e choques. advertência, suspensão e multa.

28 MECÂNICA 29 FACILIDADE 30 TECNOLOGIA


Manutenção veicular Convênio estabelece Incubadora facilita
é fundamental procedimentos ingresso no mercado
Engenheiro mecânico fala sobre a Convênio CREA-PR e SEOP agiliza Incubadora do IEP incentiva o surgi-
importância da inspeção veicular na preenchimentos com a ART múltipla e mento de empresas com projetos ino-
prevenção de acidentes de trânsito. prevê resgate de acervos técnicos. vadores na área de engenharia.

02
18 33
Estéfano Lessa
20
Brunno Covello/SMCS

32 29
Estéfano Lessa

28
Estéfano Lessa

3034 04 DO LEITOR Não se pode apostar no biocombustível como se


fosse o único caminho viável para a produção de combustíveis

05 CARTA Presidente do CREA-PR fala sobre a importância dos


profissionais das áreas tecnológicas nos projetos de recuperação viária

06 EXPRESSO Laborsolo lança, em parceria com o CREA-PR,


33 BARULHO campanha para valorização do engenheiro agrônomo em Londrina
>> TODAS AS SEÇÕES

Projeto acústico 10 PALAVRA Jorge Miguel Samek fala sobre as obras, novas
pode ser a solução tecnologias e os desafios da Itaipu Binacional

14 GUIA CREA-PR O registro profissional é importante para


34 EXPERIÊNCIA comprovar a habilidade técnica e para coibir o exercício leigo

Residência 38 PROFISSÃO E MERCADO Engenharia Industrial Madeireira


é relativamente nova, mas tem muito campo de trabalho
técnica aprimora
conhecimentos 39 AGENDA Acontece, em Curitiba, a Jornada Ibero-Americana
de Engenharia de Segurança do Trabalho

35 PLANO DIRETOR 40 ÉTICA PROFISSIONAL Jaime Pusch aborda, em seu artigo, que
o profissional deve ter em mente o potencial ofensivo de seus projetos
Participação de 41 PLURAL Forte Netto e Moacyr Elias Fadel Junior falam sobre
profissionais é as expectativas em relação às Conferências das Cidades
fundamental 42 DE PONTA Empresa descobre nova aplicação na construção
civil para chapa de drywall tratada com Cleaneo 03
DO LEITOR
a opinião de quem lê
Escreva para esta seção: comunicacao@crea-pr.org.br

ntemente
de aeroportuária urge
ampliar capacida
A Paraná precisa
INFRA-ESTRUTUR

Mais pista
Estado, devemos verificar a demanda. atuais certamente serão sentidas no futuro
Acredito que a maioria receba aeronaves que já se apresenta; a natureza nos dá
de pequeno e médio portes, com freqü- uma amostra disso nas “ainda pequenas”
ência relativamente baixa. Portanto, não catástrofes naturais que vemos.
necessitam de pistas maiores e sim, de
melhores auxílios de navegação, baliza- Theodozio Stachera Júnior, engenheiro
mento noturno, áreas de escape, etc. e professor da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná
Estéfano Lessa

Só posso concordar com a FIEP.

PISTA CURTA do Aeroporto Afonso Pena


Engenheiro Bernardo Stamm
rísticas
Confira as caracte metros

ENGENHARIA ELÉTRICA
2.215 metros e 1.800
os
Pistas 45.000 metros quadrad
Área construída 3,5 milhões de passage
iros/ano
s
Capacidade e decolagens/mê
aeronav es 3.500 pousos

BIOCOMBUSTÍVEL
Movimentação iros 180.000 por
mês
Movimentação passage tonelad as mensais
cargas 2.000
Movimentação de 19 posições de estacion
amento
as
Pátio de manobr

Sou filiado ao Crea-PR desde 2004 e


1944
1946
Construção de
1959
nova estação A revista científica SCIENCE, número acompanho, desde então, as matérias
CONHEÇA O
passou
Com o fim da guerra de passageiros
>>

5840 do mês de agosto/2007, publicou


Aérea pela viação
Criado como Base a ser utilizado
HISTÓRICO nome de
eiros
Militar por engenh civil e ganhou o
militares. Pistas
metros de extensã
de 1.800
o por
uma estação de
ção de
Afonso Pena. Constru iros
passage veiculadas na revista. Gostaria de saber
uma pesquisa intitulada “Carbon Mitiga-
em a
Produtos atend , com
45 metros de largura X, que esteve em
uso até 1959
públicos específicos
por que a revista publica poucas matérias
em
geometria militar,
Guerra Mundial
típicas da 2ª
30

tion by Biofuels or by Saving and Res- sobre eletrônica/informática. Ficaria feliz


toring Forests?” (A Mitigação do Carbono em ver, nas edições, mais material sobre
pelos Biocombustíveis ou pela Conserva- esse assunto. Quando abro e folheio a
MAIS PISTA ção e Recuperação das Florestas?), desen- revista encontro tudo ligado à agronomia,
volvida por pesquisadores do Reino Unido. arquitetura e muito pouco sobre informá-
Parabenizo a revista pela apresentação Os pesquisadores afirmam que se produ- tica e eletrônica.
da reportagem sobre “mais pista” publi- zindo cada vez mais biocombustíveis para
cada na página 30 da edição 47. Gosta- uso no transporte agravará o aquecimento Engenheiro Diego W. Antunes
ria, porém, de retornar ao passado. Na global já que lançara na atmosfera uma
finalização do Terminal de Passageiros do quantidade ainda maior de gazes causa-
Aeroporto Afonso Pena, em 1997, foi feito dores do efeito estufa.

cREA pR
um estudo para transformar a área em um Os pesquisadores compararam durante

Revista
complexo intermodal. 30 anos a quantidade de CO2 emitido por
Além da construção de uma pista com veículos movidos á biocombustíveis com
três mil metros, que custaria 47 milhões
Paraná

a quantidade de CO2 absorvida pelas flo-


ia do Estado do 0
Arquitetura e Agronomde 2007 . Ano 9 . n 46
l de Engenharia, Julho e agosto
do Conselho Regiona
Uma publicação

de reais aos cofres públicos, com a parti- restas no mesmo período de tempo, e che-
cipação do Estado e da União, em partes garam a conclusão que medidas como o
Projetos
iguais, haveria um complexo rodoferrovi- reflorestamento, são de duas a nove vezes universitários
encaram os
ário, ao lado do aeroporto. mais eficazes para a redução de CO2 na novos desafios
do mercado
No lugar da pista auxiliar seria constru- atmosfera do que o uso de biocombustí-
ída uma estrutura viária com barracões, veis no lugar da gasolina. Para os pes- >> INFORMÁTIC
A Robô que
olvido
joga futebol, desenv replicável
gia
na UEM: tecnolo custo

para empresas de transporte rodoviário. quisadores, uma substituição de 10% do


baixo
em escolas a

Também seria construído um ramal fer- diesel exigiria, aproximadamente, 43% e


roviário. O acesso rodoviário seria fácil, 38% de área atual dos Estados Unidos e
devido à existência do anel de contorno Europa, respectivamente.
rodoviário. Em suma, seria o maior porto Diante disso, precisamos de combustíveis E
IO MEIO AMBIENT
seco da América Latina. para mover nosso estilo de vida moderno e MADEIRA
NOVO EQUILÍBR
Cresce a liderança
r do
Reserva Particularal
Patrimônio Natu dade
PR separa plantio l feminina nas Municipal é reali
Com essa obra, que não foi levada tão dependente do transporte motorizado. florestal comercia
e reflorestamen
to entidades de class
e

adiante, teria sido evitada a descentrali- Indubitavelmente, o uso de combustíveis


zação das transportadoras pela cidade de fósseis terá um fim e será substituído,
Curitiba, o que causa congestionamento seja por biocombustivel ou combustíveis
em nosso trânsito caótico. Não sei o de outras fontes. Entretanto, o aumento
motivo, mas o estudo parou. Parece que da eficiência do uso de combustíveis PRODUÇÃO ACADÊMICA
o Estado não tinha dinheiro para iniciar fósseis, nesse período de transição,
a pista. Acredito que devemos retornar a deverá ser uma constante. Além do Na revista número 46 foi publicado um
esse estudo e não fazer soluções temporá- desenvolvimento tecnológico voltado para artigo sobre sistemas de tratamento de
rias que acabam sendo definitivas, como é a máxima produção com uma mesma esgoto (página 24). Este artigo teve como
hábito do brasileiro. área plantada e o desenvolvimento de base o projeto final de minha autoria e de
Nada de aumento de pista. Vamos lem- novos motores que não emitam gases um colega (Rodrigo Alonso Fiedler), sob
brar o caso do aeroporto Congonhas. causadores do efeito estufa são questões a orientação do professor André Nagalli,
Já existe área disponível para a ter- de sobrevivência para a vida do planeta. porém em momento algum é citado o nome
ceira pista.Vamos construí-la, que será a Por isso, não se pode “apostar todas as dos autores. Gostaria que constasse uma
melhor solução e, por incrível que pareça, fichas” no biocombustivel como se fosse o errata para registrar a autoria do projeto.
a mais barata. único caminho viável para a produção de
Quanto aos demais aeroportos do combustíveis. As conseqüências das ações Engenheiro Hélio Botto de Barros

04
CARTA a palavra do presidente

INFRA-ESTRUTURA Falta de projetos retarda aplicação de recursos

Atenção às estradas brasileiras

Divulgação/ CREA-PR
As rodovias são os destaques desta edição. Levantamento da
CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostra que 73,9%
das estradas apresentam problema de pavimento, sinalização
ou de geometria da via. Nossas rodovias foram construídas há
mais de 50 anos e a necessidade de revitalização, ampliação e
manutenção é cada vez maior.
O PAC – Plano de Aceleração do Crescimento – já começa
a mostrar avanços mas a falta de projetos dificulta a aplicação
dos recursos em curto espaço de tempo. Daí a necessidade de um
planejamento adequado para o desenvolvimento destes projetos
com a participação de profissionais das áreas tecnológicas que,
em seus escritórios ou nas empresas públicas ou privadas, têm o
conhecimento técnico necessário para atender a esta demanda.
É neste sentido que o conhecimento dos nossos profissionais
fará a diferença para o desenvolvimento do setor.
Álvaro J. Cabrini Jr.,
Como contribuição a matéria traz informações relacionadas presidente do CREA-PR,
às especificidades dos projetos e das obras de arte, como são é engenheiro agrônomo
consideradas as pontes e viadutos, elementos tão presentes em e tem especialização
nossas rodovias. em planejamento e
Esta é apenas uma das oportunidades vislumbradas para a desenvolvimento agrícola
inserção profissional. O trabalho dos profissionais da área da
Engenharia Elétrica é enfatizado na matéria que aborda a NBR
5410, que trata das instalações elétricas; os da Agronomia no
texto referente ao crescimento que as cooperativas do Paraná
demonstraram nos últimos anos e o desenvolvimento propor-


cionado à economia do Estado. A atribuição dos arquitetos no INVESTIMENTO
desenvolvimento dos planos diretores e dos profissionais da
Mecânica na inspeção veicular são outros destaques, juntamen- É urgente, e cada
te com a experiência de residência técnica para os estudantes vez mais necessário,
de Arquitetura e Engenharia desenvolvida pela Universidade
Federal do Paraná em parceria com a Secretaria de Estado de o investimento em
Obras Públicas. infra-estrutura no
O nosso desafio de promover a valorização e inserção pro- País. Aeroportos,
fissional continua. Os desafios para 2008 são grandes. E, com
certeza, os esforços estarão mais do que redobrados para ga-
portos, rodovias e
rantir o atendimento dos direitos profissionais e trabalhar pela tantos outros setores
melhoria do ambiente de trabalho em todas as esferas. da economia pedem
por atenção
Boa leitura a todos!
Álvaro J. Cabrini Jr.
Presidente do CREA-PR

05
EXPRESSO um giro pelo Paraná

Divulgação/ CREA-PR
CASCAVEL Revitalização de espaço público

Parceria viabiliza obras da


PRAÇA WILSON JOFRE
A praça Wilson Jofre, no centro construção de entreposto da guarda
de Cascavel, está sendo revitalizada patrimonial, retirada dos muros e novos
e reformada. A obra é um exemplo de mobiliários urbanos.
parceria público-privada, já que está Os visitantes também poderão
sendo executada pela Companhia de fazer uma viagem pela história no
Habitação de Cascavel (Cohavel), com museu com fotografias da pró-
acompanhamento de quatro equipes de pria praça e com o memorial que
empresários ligados ao Núcleo Multis- será instalado em homenagem a
setorial da praça. Wilson Joffre, médico pioneiro
Um dos pontos turísticos da cidade, da cidade. As obras atendem
a praça será valorizada com adaptação às normas de acessibilidade
das quadras, pista de caminhada, par- e devem ser concluídas em
que infantil, reforma do calçamento, dezembro. (por Jean Paterno)

RESTAURAÇÃO Empresários acompanham obras fiscalizadas pelo CREA-PR

>>
CURITIBA Excelência em Higiene Ocupacional
CASCAVEL
APES recebe PRÊMIO NACIONAL
Vídeo divulga
A APES (Associação Paranaense de bom trabalho. “É uma luta que vai além da
Engenharia de Segurança) recebeu, em
setembro, o prêmio “Excelência Higiene
engenharia. É um trabalho incessante de
proteger da vida dos infortúnios no labor
“CASA FÁCIL”
Ocupacional” reconhecido pela Associação de cada dia”, diz Dinão. Um vídeo institucional divul-
Brasileira de Higiene Ocupacional (ABHO). Segundo ele, a APES vai continuar pro- ga a história do “Casa Fácil” em
A entrega foi feita durante o II Congresso movendo treinamentos, cursos e palestras Cascavel. O programa social de-
Brasileiro de Higiene Ocupacional e o XIV para fortalecer a Associação. Atualmente senvolvido por entidades de todo
Encontro Brasileiro de Higienistas são 1.200 engenheiros de Segurança do o Paraná foi criado pelo CREA-PR,
Ocupacionais, que aconteceram Trabalho no Paraná. O tema do evento
Divulgação/ CREA-PR

em 1989. O vídeo mostra depoi-


em Curitiba, em setembro. foi: “Em busca da Excelência na Higiene mentos de engenheiros, arquitetos
Para o presidente da APES, Ocupacional” e teve como objetivo o in- e de famílias beneficiadas. Reali-
Flávio Freitas Dinão, engenhei- tercâmbio e aperfeiçoamento dos profis- zado em parceria com entidades
ro eletricista e de Segurança sionais que se dedicam à prevenção das de classe, profissionais e órgãos
do Trabalho, receber o doenças ocupacionais. Segundo a ABHO, públicos, o “Casa Fácil” prevê gra-
prêmio da ABHO serviu de 2000 a 2005 houve um aumento de tuidade na elaboração de plan-
de motivação para con- 54,73% no número de doenças ocupacio- tas para casa própria de famílias
tinuar realizando um nais no Brasil. (por Brisa Teixeira) carentes, que se enquadram nos
requisitos do programa. A econo-
RECONHECIMENTO Dinão com o prêmio da APES: mia para as famílias pode chegar
06 excelência em higiene ocupacional a R$ 1,5 mil. (por Jean Paterno)
LONDRINA
EMPRESA VAI
TRATAR RESÍDUOS
REGIÃO NORTE Homenagem à atuação profissional DA CONSTRUÇÃO

Campanha propõe
Londrina vai contar
com o serviço de trata-
mento de resíduos da

valorização de AGRÔNOMOS
construção civil e ma-
teriais da área da saúde.
A Kurica Ambiental está
instalando um complexo
Para valorizar a atuação profissional “Essa foi uma forma de homenagear industrial na cidade para
dos agrônomos e comemorar o Dia do os profissionais dessa área, oferecendo co- o beneficiamento e trata-
Agrônomo (12/10), a Laborsolo lançou, nhecimento e informação”, afirma a direto- mento de resíduos sólidos,
em parceria com o CREA-PR, a campanha ra executiva da Laborsolo, Lia Della Libera. materiais da saúde, com-
“Todo dia é dia de Agrônomo na Laborsolo”, Para ela, o tema é de interesse dos profis- postagem e tratamento
que se estende até dezembro desse ano. sionais porque o DRIS é uma importante de resíduos industriais,
A campanha prevê a realização de ferramenta da agricultura de precisão. como vidros, baterias e
cursos sobre “A Diagnose foliar sob a ótica As inscrições do curso são gratuitas e celulares. Além disso, a
do DRIS (Sistema Integrado de Diagnose podem ser feitas pelo site, onde também empresa prestará serviços
e Recomendação)” em quatro cidades do podem ser encontradas mais informa- de lavanderia industrial
Estado. Em Londrina, o curso foi realizado ções: www.laborsolo.com.br. O partici- para limpeza de mate-
nos dias 6 e 13 de novembro. Em Maringá, pante deve levar um quilo de alimento riais de clínicas e hospi-
nos dias 20 a 27/11, em Ponta Grossa, no não-perecível, que será doado a institui- tais. (por Muriel Amaral)
dia 4/12 e, em Pato Branco, no dia 11/12. ções beneficentes. (por Muriel Amaral)

CAPITAL Preocupação ambiental

Evento discute destinação de PNEUS


MEIO AMBIENTE
Profissionais discutem O Seminário Destinação Adequada de Pneus, que todas as empresas apresentem um plano
soluções para destinação realizado em Curitiba, em outubro, reuniu pro- de gerenciamento de resíduos sólidos”, diz o
correta de pneus: fissionais para discussão de ações para mini- promotor de justiça e coordenador do Centro
preocupação
mizar os impactos ambientais causados pela de Apoio Operacional das Promotorias de Meio
destinação incorreta de pneus, que levam cerca Ambiente do Estado (CAOPMA), Saint-Clair
de 600 anos para se decompor. O evento foi Santos. Segundo ele, empresas do segmento de
organizado pela Comissão de Meio Ambiente do Curitiba enviam um relatório mensal de todo
Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e o material recolhido. “Queremos expandir isso
Agronomia (CREA-PR), com apoio da Assessoria para todo o Estado”, diz Santos.
de Qualificação Profissional (PRO-CREA). No evento foram apresentados dois cases:
O principal objetivo foi esclarecer os pro- Reciclagem de Pneus na Unidade de Negócio
Divulgação/ CREA-PR

fissionais a respeito da destinação adequada da Industrialização do Xisto da Petrobras, em


de pneus, prevista na Resolução CONAMA São Mateus do Sul, e do Uso em Cimenteira da
nº 258, de 1999, e propor a participação do Votorantim Cimentos, unidade de Rio Branco.
Ministério Público. “O Ministério Público pede (por Brisa Teixeira) 07
EXPRESSO um giro pelo Paraná

DESTAQUE Luciana Carla MARINGÁ Associação desenvolve projeto de engenharia social


Favoretto, da AEAM, em vistoria
do Projeto Casa Fácil: modelo em
Maringá
AEAM é exemplo na aplicação do

CASA FÁCIL
Divulgação/ CREA-PR
A AEAM (Associação de Enge- los de projetos completos, arquitetô-
nheiros e Arquitetos de Maringá) foi nicos e complementares – elétrico,
destaque na aplicação do projeto de hidráulico, telefônico e estrutural –,
engenharia social no I Seminário de além de quatro modelos adaptados a
Gestão nos Convênios Casa Fácil. pessoas com deficiência. O projeto é
Além do número de casas constru- desenvolvido, desde 1989, em parce-
ídas, mais de 20 mil, a associação ria com o CREA-PR, a Prefeitura do
também conta com grande variedade Município de Maringá e prefeituras
de projetos oferecidos. São 33 mode- da região. (por Diniz Neto)
>>

LONDRINA Embrapa e Basf se unem

PONTA GROSSA
Acordo para produção
UNIVERSIDADE de soja transgênica
PROMOVE
A Embrapa e Basf, uma das maiores indústrias de
FEIRA DE ESTÁGIOS produtos químicos do Brasil, firmaram acordo para pro-
Aproximar empresas dos aca- dução de variedades de soja geneticamente modificadas
dêmicos de cursos das áreas de que serão resistentes à atuação de herbicidas da classe
Engenharia, Agronomia, Geografia das imidazolinonas.
e Tecnologia. Este foi o objetivo da I Parte das pesquisas será desenvolvida na unidade da
Feira de Estágios da UEPG (Univer- Embrapa-Soja, em Londrina. O processo prevê a intro-
sidade Estadual de Ponta Grossa), dução do gene ahas, que será fornecido pela Basf, nas
promovida em outubro. O evento plantas de soja. A novidade tem previsão de estar dispo-
foi uma parceria entre CREA-PR, nível aos produtores de sementes entre 2010 e 2011, e
Empresas Júnior da UEPG (Univer- para os agricultores em 2012.
sidade Estadual de Ponta Grossa) Esse será o primeiro produto geneticamente dis-
e CREA Júnior. Foi uma oportu- ponibilizado no mercado brasileiro através da parceria
nidade das empresas divulgarem público-privada. Com o desenvolvimento da pesquisa, o
gratuitamente sua estrutura, área diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, acredita
de atuação e o perfil do profissio- que o País dará um salto na tecnologia. “Estamos mos-
nal desejado para preencher vagas trando ao mundo nossa capacidade de gerar inovação e
existentes ou a serem abertas conhecimento. E a biotecnologia, aliada aos princípios
futuramente, tanto para estágio, da sustentabilidade, traz resultados capazes de gerar ri-
programas de trainee, como para queza e bem-estar e nos coloca à frente do nosso tem-
08
8 emprego. (por Jocelaine Santos) po”. (por Muriel Amaral)
>>
PATO BRANCO Associação cobra ações governamentais PONTA GROSSA

Reivindicações para o CAMPO FORTALECIMENTO


nos Campos Gerais
A Associação dos Engenheiros Participaram o delegado do MDA,
Agrônomos de Pato Branco (AEA-PB) Reni Denardi; o diretor geral da Secre- A AEACG (Associação dos Engenheiros
foi sede de uma reunião em que os en- taria Estadual da Agricultura e do Abas- Agrônomos dos Campos Gerais) trabalha
genheiros agrônomos e autoridades da tecimento (Seab), Herlon de Almeida; o para aumentar seu número de associados.
região cobraram do governo solução diretor presidente do Instituto Parana- Segundo o presidente da entidade, enge-
para quatro questões: a ampliação da ense de Assistência Técnica e Extensão nheiro agrônomo Alexandre Nunes, a re-
equipe de pesquisa que atua na esta- Rural (Emater), Arnaldo Bandeira; e o gião possui mais de 500 engenheiros agrô-
ção experimental do Iapar e a criação deputado estadual Augustinho Zucchi. nomos em atuação, mas apenas 100 deles
de um escritório do MDA (Ministério O presidente da AEA-PB, engenhei- fazem parte da AEACG. “Nossa principal
do Desenvolvimento Agrário) em Pato ro agrônomo Carlos Scipioni, destacou a proposta é ampliar o quadro de associados,
Branco. Também reivindicaram o de- importância da região. “Representamos trazendo nossos colegas para debater as-
senvolvimento de um programa de 35% da produção de sementes da soja suntos de interesse da classe”, diz Nunes.
conservação dos solos e das águas e a no Paraná. Nós produzimos sementes Segundo ele, a entidade também pla-
importância da contratação de um nú- para um milhão e meio dos quatro mi- neja promover eventos técnicos, como
mero maior de profissionais ligados ao lhões de hectares da soja cultivada no palestras e cursos, voltados para a qualifi-
Emater, com remuneração mais justa. Estado.” (por Marielle S. Santos) cação dos profissionais e também eventos
sociais, como o Prêmio Mérito Agronômico,
para homenagear profissionais que se des-
tacam por sua atuação.
Outra proposta é ampliar o trabalho da
AEACG junto à sociedade com iniciativas
próprias e de parcerias com outras entida-
des da região. (por Jocelaine Santos)

NOROESTE Matéria-prima para o biodiesel

Divulgação/ CREA-PR
PINHÃO é alternativa
O pinhão manso, considerado muito opção de renda nas propriedades rurais.
vantajoso para a produção de biodiesel, Porém, os estudos mostram que ela não
está sendo pesquisado na fazenda experi- é tão resistente a pragas e doenças, o que
mental do Centro Universitário de Marin- vai exigir cuidados. Outra constatação é a
gá (Cesumar). boa reação à adubação nitrogenada.
O objetivo é verificar a adaptação do O pinhão manso tem vida útil de 80
arbusto na região e testar a quantidade de anos, ao contrário da mamona, por exem-
óleo que é capaz de produzir. plo, que exige replantio a cada dois anos.
O professor e pesquisador do curso de Está sendo estudada a reação da planta a
Agronomia do Cesumar, engenheiro agrô- condições rústicas e a tipos de adubação.
nomo Pérsio Sandir D’Oliveira, revela que Com os dados finais, será possível es-
foram plantados 500 pés e a primeira co- tabelecer o potencial na região, ajudan-
lheita de sementes já está acontecendo. do a definir as reais condições de uso da ALTERNATIVA Estudos vão
Caso confirmada a adaptação da planta como matéria-prima para produção apontar se pinhão manso é viá-
planta à região, ela poderá ser uma boa sustentável de biodiesel. (por Diniz Neto) vel na região: mais renda 09
PALAVRA perguntas e respostas

MODERNA Itaipu passa por ampliação para atender à demanda crescente

Energia para o
crescimento
Jorge Miguel
Samek fala sobre
os investimentos
na Itaipu, o setor
energético brasileiro por PATRÍCIA BLÜMEL
e as pesquisas para o
A Itaipu Binacional é atualmente a maior usina hidrelétrica do mundo em geração
desenvolvimento de de energia. Com investimentos em modernização e expansão, a hidrelétrica conta com
novas alternativas 20 unidades geradoras e fornece 20% da energia consumida no Brasil e abastece 95% do
consumo paraguaio. O engenheiro agrônomo Jorge Miguel Samek, diretor Geral Brasilei-
ro desde 2003, conta, nesta entrevista, como a Itaipu está se preparando para os novos
tempos em que o atendimento ao consumo e as pesquisas para alternativas energéticas


representam um desafio mundial. Ele também fala sobre a diplomacia necessária para
CAPACIDADE conciliar as diferenças nas leis trabalhistas do Brasil e do Paraguai.
Uma usina nunca está total-
mente pronta. Com a instala- Concluída a montagem das duas turbinas que completaram o parque de geração da hidre-
ção das duas unidades gera- létrica, existe alguma perspectiva de novos investimentos de grande porte no planejamento
doras, concluída neste ano, a estratégico da Itaipu?
capacidade instalada da usina JORGE MIGUEL SAMEK Uma usina nunca está totalmente pronta. Com a instalação das
passou de 12.600 Megawatt duas unidades geradoras, concluída neste ano, a capacidade instalada da usina passou
para 14.000 Megawatt. Com de 12.600 Megawatts para 14.000 Megawatts. Com as 20 unidades geradoras em ativi-
as 20 unidades geradoras em dade e o Rio Paraná em condições favoráveis, com chuvas em níveis normais em toda
atividade e o Rio Paraná em a bacia, a geração anual poderá chegar a 100 bilhões de quilowatts. Para assegurar a
condições favoráveis, com continuidade das operações com confiabilidade, iniciamos um processo de modernização
chuvas em níveis normais em que prevê investimentos de US$ 30 milhões até 2011. O início foi dado com o Plano
toda a bacia, a geração anual de Atualização Tecnológica (PAT). Para 2007/2008 devem ser concluídas as análises do
poderá chegar a 100 bilhões estado dos equipamentos da usina, que permitirão a extensão da vida útil dos que apre-
de quilowatts sentam perfeitas condições de funcionamento. Esse diagnóstico deverá orientar a ordem
de prioridades a ser observada na implementação do plano de modernização da usina.


A partir desse mapeamento minucioso daremos início à contratação de equipamentos e
serviços. Hoje a usina está toda digitalizada.
CONFIABILIDADE Investimos nos últimos quatro anos na instalação do sistema Scada (Supervisory Control
Não importa a situação econô- and Data Acquisition), que garante um nível de eficiência grande, pois detecta o problema
mica, não mexemos nos valo- antes mesmo de acontecer, avisa em tempo real e proporciona o controle da geração de
res destinados à manutenção energia. Os dados são fornecidos por 25 mil pontos de medição em toda a hidrelétrica.
preventiva. Os investimentos Ao todo, o investimento foi de US$ 7,5 milhões, o que incluiu, além da aquisição do equi-
e o aprimoramento constante pamento, o treinamento de seis engenheiros nos Estados Unidos por um ano. Na Itaipu
dos processos nos deram um nós tratamos a manutenção como prioridade, pois isso garante uma estabilidade de pro-
grau de eficiência tão gran- dução indispensável para o setor elétrico brasileiro. Os investimentos e o aprimoramento
de que hoje as unidades são constante dos processos nos deram um grau de eficiência tão grande que hoje as unidades
paralisadas para manutenção são paralisadas para manutenção por apenas 13 dias. O tempo anterior era de 100 dias.
por apenas 13 dias. O tempo É um ganho de eficiência extraordinário, sobretudo se considerarmos que as primeiras
anterior era de 100 dias máquinas de Itaipu têm 23 anos. Essa eficiência, inclusive, já chamou a atenção dos chi-
neses que estão interessados em comprar essa tecnologia para aplicá-la em Três Gargantas
(hidrelétrica construída na China).
>> CONTINUA NA PÁGINA 12
10
PLANEJAMENTO
O engenheiro agrônomo Jorge
Miguel Samek, diretor Geral
Brasileiro da Itaipu Binacional:
modernização e desafios para
o setor energético

Carlos Ruggi/Itaipu Binacional

11
PALAVRA perguntas e respostas

A exemplo dos investimentos em projetos socioambientais e da modernização das instalações


da empresa, que outras novidades a Itaipu Binacional reserva em curto e longo prazos?
No planejamento estratégico, estabelecemos como visão de futuro tornar a Itaipu
mais que uma usina hidrelétrica. Desde 2006, investimos em tecnologia para tornar
a hidrelétrica um centro produtor de hidrogênio, um dos combustíveis do futuro.
Vamos adquirir e implantar uma estação protótipo para hidrogênio. Um combustível
alternativo que também é fonte para a produção de energia elétrica e pode atender ao


consumo de equipamentos de informática e telefones celulares. É uma proposta que
ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento, em parceria com a Unicamp. ENERGIA NUCLEAR
Quais as medidas que devem ser tomadas para ampliar a matriz energética brasileira?
Em minha opinião, a ener-
O Brasil tem a peculiaridade que nenhum outro país tem: a produção de energia gia nuclear é limpa, não
limpa baseada na hidroeletricidade. Somente um terço do imenso potencial hidráulico
dos rios brasileiro é explorado. Hoje, 87,4% da energia elétrica consumida no Brasil
contribui para o efeito
vem de fontes renováveis. É um número muito bom, já que nos países desenvolvidos estufa e é segura. Acredito
somente 13% da matriz energética é renovável. O Brasil é um espetáculo de recursos que as pesquisas avança-
ambientais e nosso megawatt/hora é muito competitivo. A disponibilidade de recursos ram e os requisitos de
e o preço do petróleo colocam o Brasil numa condição muito boa. Mas acredito que segurança também. Hoje
para ampliar a matriz é importante diversificar para fugir de um colapso energético. existe um cuidado grande
O Brasil deve investir e acelerar o desenvolvimento da energia nuclear como alter- com a segurança, também
nativa energética? em relação aos resíduos
A hidroeletricidade deverá continuar como principal vetor da matriz energética bra-
sileira nas próximas décadas. Não devemos deixar de fazer bons projetos de aprovei-
tamento do potencial hidráulico, precedidos de rigorosos estudos sobre os impactos
ambientais e sociais, o que não deve inibir esforços para desenvolver novas alternati-
vas. Em minha opinião, a energia nuclear é limpa, não contribui para o efeito estufa e
é segura. Acredito que as pesquisas avançaram e os requisitos de segurança também.
Hoje existe um cuidado grande com a segurança, também em relação aos resíduos. O
Brasil deve continuar investindo e concluir Angra 3. O Brasil não está acostumado a


crescer. O País ficou três décadas estagnado ou com crescimento lento. Agora mudou.
Precisamos cada vez de mais energia para atender à demanda crescente. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Como evitar o desenvolvimento da energia carvoeira, uma das maiores responsáveis
pela poluição global? A Itaipu é parceira na im-
plantação do programa
Com investimento em tecnologia e pesquisa para desenvolvimento de alternativas Geração Distribuída, ge-
energéticas. O aproveitamento do bagaço de cana-de-açúcar para geração distribuída
de energia elétrica é um bom exemplo das possibilidades que temos para evitar o uso
rada a partir de biomas-
do carvão. O Brasil vai por esse caminho já que grande parte de sua matriz energética sas residuais de esgoto
é baseada em energias renováveis. humano e de animais. Es-
tão nesse perfil o sanea-
Além do carro elétrico que outros projetos para uso da energia renovável estão sendo
desenvolvidos pela Itaipu?
mento, água, esgoto, lixo
e agronegócio. A idéia
A Itaipu é parceira na implantação do programa Geração Distribuída, gerada a partir
de biomassas residuais de esgoto humano e de animais. Com isso, abriremos gran-
é utilizar a biomassa,
des possibilidades de aproveitamento energético. Estão nesse perfil o saneamento, efluentes e resíduos or-
água, esgoto, lixo e agronegócio. A idéia é utilizar a biomassa, efluentes e resídu- gânicos em biodigestores
os orgânicos em biodigestores para geração de biogás, um combustível natural que para geração de biogás,
pode ser convertido em energia elétrica. São parceiras da Itaipu neste programa a um combustível natural
Eletrobrás, Eletrosul, Copel, Sanepar, Ocepar, Cooperativa Lar, Instituto Ambien- que pode ser convertido
tal do Paraná, os institutos Cepel e Lactec, além do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). em energia elétrica
Quais seriam os resultados práticos do programa de Geração Distribuída?
Dados mostram que um pequeno criador de suínos, com mil animais confinados, pode
produzir cinco vezes mais energia elétrica com biogás do que consumiria para manter
uma granja. Isso se reverteria em dinheiro, já que a compra do excedente é garantida
pela Copel. Cálculos mostram também que é possível gerar em torno de 36 Megawatts,
equivalente à produção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), com os dejetos
de 1,2 milhão de suínos, número estimado de animais que são criados na região
Oeste do Paraná. O projeto poderá beneficiar cerca de 10 mil pequenos produtores.
12
+ 3 PERGUNTAS

Divulgação/Itaipu Binacional
Produção de energia deve ser
aliada à preservação ambiental

PERFIL
ÁLVARO J. CABRINI JR. Presidente do CREA-PR
Em sua opinião o que pode ser feito para melhorar o desempenho dos órgãos licenciadores?
JORGE MIGUEL SAMEK Precisamos achar um ponto de equilíbrio para produzir
energia aliada à preservação ambiental. O tempo em que o RIMA (Relatório de
Impacto Ambiental) era malfeito acabou. Agora, os projetos são feitos com o olhar
para a sustentabilidade e a busca de alternativas. O Brasil está avançando muito na O PROFISSIONAL
questão ambiental. A elaboração dos Planos Diretores também auxilia o planeja-
mento. Uma consciência que não existia no passado quando, muitas vezes, os pro-
JORGE MIGUEL SAMEK
jetos visavam somente ao lucro, sem levar em conta o impacto ambiental. Acredito é engenheiro agrônomo e
que tem que existir os órgãos reguladores com autonomia e independência, mas especialista em orçamento
eles devem dar uma resposta rápida. Sim ou não, mas uma resposta rápida, para público e em políticas urbanas
que não se tornem um empecilho no desenvolvimento de um novo projeto.
>> Natural de Foz do Iguaçu (PR), 52
SISTEMA FIEP Federação das Indústrias do Estado do Paraná anos, foi chefe do escritório do Insti-
tuto de Terras, Cartografias e Flores-
Quais as razões que levaram a Itaipu a investir na pesquisa de um carro elétrico? E como a
tas (ITCF) de União da Vitória (1979)
empresa geradora vê a inserção da indústria paranaense neste programa?
e do litoral paranaense (1981).
JORGE MIGUEL SAMEK A idéia foi conceber carros que dispensam o uso de com-
bustíveis fósseis e que não poluem. O desenvolvimento dos protótipos foi feito em >> Ocupou a chefia de gabinete do ex-
parceria com a Fiat, que forneceu o kit mecânico e a Kraftwerke Oberhasli (KWO), secretário da Agricultura do Paraná
empresa controladora de hidrelétricas suíças e que atua no aperfeiçoamento da no governo José Richa, Claus Germer
tecnologia empregada na parte elétrica. Com um acordo de cooperação tecnológica, >> Foi secretário de Abastecimento de
assinado em 2004, foi feita pesquisa de viabilidade técnica e econômica dos veí- Curitiba e presidente do CEASA – PR
culos. Até 2011, a Itaipu pretende investir US$ 230 mil no projeto que beneficia, (l985-l988).
também, o Paraná porque o coloca em destaque nessa tecnologia. Queremos pro-
duzir em escala para exportar para a Europa. >> Foi eleito vereador em Curitiba em
Outra idéia é beneficiar os criadores de aves e suínos do Oeste do Paraná. Em par- 1988, pelo PMDB, filiou-se ao (PT), em
ceria com a Copel, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual do Oeste 1990, e foi reeleito para outros três
do Paraná e Lactec vamos desenvolver um protótipo de veículo utilitário elétrico mandatos consecutivos. É autor da Lei
movido com a energia proveniente dos biodigestores. A energia pode ser utilizada Municipal do Meio Ambiente de Curi-
na própria criação e o restante pode ser vendido para a Copel. tiba e da Lei de Taxação Progressiva de
Áreas Ociosas, além da proposta de re-
visão do Plano Diretor
ULISSES KANIAK Diretor presidente do SENGE-PR (Sindicato dos Engenheiros no Estado
do Paraná e engenheiro Eletrônico) >> Em 1994, foi candidato a governador,
Durante sua gestão, existe o objetivo de equalização de tratamento nos dois lados da fron- e, no ano seguinte, foi eleito presi-
teira, extinguindo diferenças entre contratos? dente do Partido dos Trabalhadores
do Paraná, quando consolidou o par-
JORGE MIGUEL SAMEK Como a Itaipu é binacional, temos em nosso quadro fun- tido em mais de 250 municípios
cionários do Paraguai e do Brasil e as leis trabalhistas são diferentes. Trabalhamos
para equilibrar essas questões. Achar um meio termo, com regras transparentes e >> É autor dos livros: “A Curitiba do
definidas. O Acordo Coletivo de Trabalho 2007/2008, que acabamos de concluir, Terceiro Milênio” (editora Palavra) e
prevê a implantação de um programa permanente de desligamento voluntário, “Curitiba: entre o mito e a realidade”
estabelecendo sistemas de indenização equilibrados para os trabalhadores brasi- (editora Clichepar)
leiros e paraguaios. Isso atende a uma antiga reivindicação dos trabalhadores e >> Foi o deputado federal mais votado
sindicatos. Creio, portanto, que a equalização de tratamento aos empregados das em Curitiba e Região Metropolita-
duas margens está definitivamente assegurada. Por fim, existe um mito de que os na nas eleições de 2002
funcionários da Itaipu ganham muito. Isso não corresponde à realidade. Temos um
quadro funcional altamente qualificado que desempenha atividade da mais alta >> Assumiu a diretoria Geral
complexidade e responsabilidade. Os salários pagos são compatíveis com a nature- Brasileira de Itaipu
za das funções e com os que são praticados pelo setor elétrico brasileiro. em 2003
13
GUIA CREA-PR o conselho ao seu dispôr

GARANTIA Regularização assegura responsabilidade Capacitação técnica


comprovada
por SANDRA SOLDA

O registro profissional é a comprovação da


habilitação técnica dos profissionais e, para o
CREA-PR, é um instrumento para coibir o exer-
cício leigo das profissões.
Para incentivar o registro e aprimorar esse
serviço, o CREA busca conscientizar os futuros
profissionais, por meio do CREAJr-PR. Em pa-
lestras, eventos e ações, em conjunto com cen-
tros acadêmicos, é mostrada a importância do
registro. “Durante o ano de 2007, vamos fazer
a atualização cadastral das instituições de en-
sino. Desta forma, a realização do registro ga-
nhará agilidade, porque os dados dos egressos
já estarão no banco de dados do Conselho”,
diz Jefferson Oliveira, engenheiro de teleco-
municações e gerente da Regional Londrina.

Divulgação/ CREA-PR
Os profissionais registrados têm o direito
de associar-se à Caixa de Assistência aos pro-
fissionais do sistema CONFEA/CREA. Assim,
podem ter benefícios, como: auxílio pe-
cuniário por falta de trabalho; pecúlio

REGISTRO
por morte; auxílio funeral; assistên-
cia médica e hospitalar; na aquisição
de medicamentos, entre outros.

profissional CADASTRO Jefferson Oliveira, da


Regional Londrina: atualização

REGISTROS
>>
>>

Preenchimento do Histórico Escolar e Diploma

Confira o número de
COMO requerimento específico
Quitação do Serviço Militar

FAZER
disponível na página do
profissionais por área CREA-PR Exame laboratorial com o
RG tipo sangüíneo - fator RH
Modalidade Nº de registros (opcional)
Após a formatura,
Civil 13.756 CPF
o profissional pode Técnicos de nível médio
Agrimensura 770 solicitar o registro, Título de eleitor e devem apresentar o
Agronomia 12.709 apresentando os comprovante de regularidade conteúdo das disciplinas
Arquitetura 4.925 seguintes documentos, com a justiça eleitoral cursadas, ementas
em original e cópia e a grade curricular,
Elétrica 11.167 Comprovante de residência para análise quanto à
simples ou fotocópia
Geologia/Eng. de Minas 495 Três fotos 3x4 coloridas, com concessão
autenticada
Mecânica Metalúrgica 4.498 fundo branco, recentes das atribuições
Engenharia Química 1.439
>> De posse da documentação o profissional pode se dirigir a qualquer uma das inspetorias
Outras 1.407 ou postos de atendimento do CREA-PR.
14 Total 51.166 >> Mais informações 0800 41 00 67 ou no site www.crea-pr.org.br
CURTAS
Rua Dr. Zamenhof, 35, Alto da Glória, Curitiba-PR
e-mail comunicacao@crea-pr.org.br
site www.crea-pr.org.br
PARANÁ Fortalecimento do sindicato da categoria Fones (41) 3350-6700 ou 0800-410067

DIRETORIA

Encontro reúne tecnólogos PRESIDENTE


Eng. Agrônomo Álvaro J. Cabrini Jr.
1º VICE-PRESIDENTE
Eng. Civil Gilberto Piva
2º VICE-PRESIDENTE
No final de outubro, o Sindicato dos dos Santos da Costa Nery, engenheiro de Eng. Civil Sérgio Astir Dillenburg
1ª SECRETÁRI0
Tecnólogos do Paraná (Sintepar) realizou Segurança do Trabalho. “Naquela época o Arquiteto Agostinho Celso Zanelo de Aguiar
o Encontro Estadual dos Tecnólogos, na Paraná contava com poucos tecnólogos 2º SECRETÁRIO
Eng. Mecânico Elmar Pessoa Silva
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal formados, o que inviabilizou o fortaleci- 3º SECRETÁRIO
do Paraná), em Curitiba. mento da entidade”, afirma Moreira. Eng. Agrônomo Carlos Scipioni
O presidente do Sintepar, Lirio Mo- Recentemente, representantes do sin- 1º TESOUREIRO
Eng. Civil Joel Kruger
reira, destacou a importância do encon- dicato participaram da SOEAA (Semana 2º TESOUREIRO
tro para o fortalecimento do sindicato. “A Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Eng. Agrônomo Natalino Avance de Souza
DIRETOR ADJUNTO
categoria dos tecnólogos era a única que Agronomia), no Rio de Janeiro. “O nosso Eng. Eletricista Aldino Beal
não possuía entidades associativas e sin- objetivo é aprovar o projeto de lei que
dicais fortalecidas e atuantes e o encontro regulamenta a profissão de tecnólogo da
é prova de que essa realidade mudou.” área de engenharia no Brasil e, para isso,
CÂMARAS ESPECIALIZADAS
O Sintepar foi criado em 1993, pelo buscamos apoio no Congresso Nacional”,
tecnólogo em Construção Civil Carlos José explica Moreira. (por Brisa Teixeira) CEEC Eng. Civil Francisco José Coelho Ladaga
CEEE Eng. Eletricista Paulo Sérgio Walenia
CEEM Engenheiro Mecânico William Alves Barbosa
CEEQ Eng. Químico René Oscar Pugsley Júnior
CEGEM Geólogo Mauro Monastier
CEARQ Arquiteta Ana Carmen de Oliveira
CITRICULTURA NOVA PERSPECTIVA CEA Eng. Agrônomo José Croce Filho

Conselheira federal

Cultura Desenho Arquiteta Angela Canabrava

comercial urbano
Revista
cREA pR
no noroeste cidadão CONSELHO EDITORIAL
Engenheiro agrônomo Álvaro J. Cabrini Jr. (membro nato),
engenheiro civil Gilberto Piva, arquiteto Agostinho Celso Zanelo
O livro “O Sucesso da Citricultura Comer- Mostrar uma proposta cidadã do dese- de Aguiar, engenheiro agrônomo Natalino Avance de Souza,
cial no Norte e Noroeste do Paraná” (Edi- nho urbano com foco no enfrentamento engenheiro eletricista Aldino Beal, engenheiro químico Marcos
José Marques dos Santos e geólogo Mauro Monastier. Assessoria
tora Midiograf), do engenheiro agrônomo das causas da insustentabilidade é o que de Comunicação Social: Anna Preussler.
e mestre em Produção Vegetal Valdomiro propõe o arquiteto com mestrado em Ges-
Tormem, mostra a importância da cultura tão Urbana Carlos Domingos Nigro em Coordenação Anna Preussler (jornalista)

comercial da laranja para a região. O livro, seu livro “[In] Sustentabilidade Urbana” Editor Flávio Arantes
Editor-adjunto Patrícia Blümel
produzido com apoio da Cocamar, também (Editora IBPEX). O autor aborda o risco da Colaboram nesta edição
CREA-PR Rolf Gustavo Meyer
aborda os modernos padrões de tecnolo- favelização para a qualidade de vida das Reportagem Brisa Teixeira, Diniz Neto,
gia e qualidade, a geração de riqueza e os cidades como resultado de um projeto Jean Paterno, Jocelaine dos Santos,
Marielle Santos, Muriel Amaral, Patrícia
benefícios econômicos e sociais que foram urbanístico que interliga fatores que estão Blümel, Sandra Solda, Julio Cesar Lima
obtidos com o cultivo comercial da fruta. além das formas ou da construção arqui- e Vanda Ramos
Fotos Estéfano Lessa, Leandro Taques,
Mais do que retratar a história, a obra regis- tetônica das fave- Stock.XCHNG e divulgação (CREA-PR,
tra o trabalho de las. Segundo o livro, IEP, Brasil Telecom, SMCS Curitiba, Senai)
Diagramação Letícia Junqueira
engenheiros, pro- existe uma neces- Arte Daniela Baumguertner
Tratamento de imagens Paulo de Arazão
dutores, empresas sidade urgente de Revisão Andrea Vizzotto
e empreendedores as cidades focarem Pós-produção Daniel Nunes
Jornalista responsável Cláudia Tavares
que emprestam suas perspectivas e
Sua opinião é importante para nós.
sua vocação para projetos na “huma- Escreva para a seção de cartas:
o desenvolvimento nidade” como alter- comunicacao@crea-pr.org.br
e aperfeiçoamento nativa de fuga do
* TIRAGEM 52.000 exemplares
da citricultura. caos urbano.
Realização Toda Editora R. México, 20, conj. 31,
Curitiba (PR) (41) 3236-2141 e 3356-1696 15
toda@todaeditora.com.br / www.todaeditora.com.br
INDÚSTRIA Cerâmica vermelha gera empregos e renda
Estéfano Lessa

Em busca da
EXCELÊNCIA
Setor aposta na pesquisa e tecnologia para
melhorar a qualidade dos produtos derivados

por JULIO CESAR LIMA resulte em produtos de qualidade, aten-


dendo ao Código de Defesa do Consu-
A cerâmica vermelha é um dos midor e às especificações das Normas
principais produtos do Paraná, tanto Técnicas”, informou Loyola.
em geração de renda como de empre- Segundo ele, o Paraná ainda apre-
gos. Segundo dados do Sindicato das senta carência de laboratórios para dar
Indústrias de Olaria do Estado do suporte à indústria nas pesquisas geo-
Paraná, são 700 empresas no Estado, lógicas. Os que atuam no Estado são os
que geram cerca de 12 mil postos de do Senai, da Universidade Estadual de
trabalho. Para algumas regiões do Maringá, da própria Mineropar e alguns
Estado, essas empresas representam a particulares, além dos creditados, como
principal fonte geradora de recursos. é o caso do laboratório da Universidade
Para dar maior visibilidade aos Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
produtos e desenvolver técnicas de Para enfatizar a importância do
manejo, a Mineropar desenvolveu o setor, o pólo oleiro de Umbará, Tatu-
Pró-Cerâmica. Segundo o gerente do quara, Campo Santana, Caximba e
programa, geólogo Luciano Loyola, Ganchinho deve ganhar o Portal das
>>

um dos objetivos é fazer com que as Olarias. Uma proposição do vereador


NÚMEROS empresas desenvolvam os produtos de
forma racional e legalizada.
Geraldo Bobato. “Graças às fábricas
instaladas naquela região muitos edi-
EXPRESSIVOS “É propor que a matéria-prima fícios foram erguidos na capital e no
que a natureza dispôs seja utilizada interior e essa história precisa ser pre-
Dados de um estudo da de forma tecnologicamente correta e servada”, afirmou.
Mineropar mostram que:

atualmente são 700 fáb


ricas de
me lha no Par aná VOCAÇÃO Empresa comercializa cerâmica há mais de um século
cerâmica ver

455 mil toneladas deorargporilamês


são utilizadas pelo set Um exemplo de SUCESSO
era a
650 toneladas/mêsver melha
produção de cerâmica A Cerâmica Colle, fundada em 1871, é a presa, o mercado está mais exigente. “Sempre
em 1996 indústria mais antiga do Paraná em ativida- trabalhamos com o objetivo de buscar a exce-
de. A empresa fabrica conexões e tubos ce- lência na qualidade dos produtos, sem perder
mês era
150 milheiros de peçl as/
em 1996
râmicos com junta elástica, com custo 30% a competitividade comercial. Nos últimos anos
o total de produto fina a 50% menor em relação aos tubos de PVC. investimos para garantir um diferencial de du-
Segundo Achilles Colle, proprietário da em- rabilidade e resistência dos tubos”, disse.

16
ECONOMIA Pequenos projetos podem reduzir custo da energia

Bioenergias bem
DISTRIBUÍDAS
Geradores particulares poderão fornecer
energia para as concessionárias

por SANDRA SOLDA

Um novo conceito foi desenvolvido para a geração de


energia elétrica a partir de energias alternativas: o BIOE-
NEREDE - energias distribuídas. O objetivo é gerar energia
elétrica com energias definitivas e distribuídas e aproveitar
a capacidade ociosa das redes de distribuição. Pelo projeto,
milhares de consumidores podem ser fornecedores de ener-
gia elétrica com geradores particulares.
Elementos como o biogás, resíduos agroflorestais, óleo
vegetal, etanol, vento e sol, bagaço de cana, palha de mi-
lho, palha de soja, casca de arroz, fibra de coco, cascas de
árvores reflorestadas, galhos, folhas, entre outros podem
ser utilizados para gerar calor e energia elétrica.
O engenheiro mecânico Thomas Fendel, que idealizou
o projeto, explica que esse novo conceito viabiliza milha-
res de pequenos investimentos particulares, que elevam a
confiabilidade e a qualidade do sistema elétrico nacional.
IDÉIA VISIONÁRIA “Entre os benefícios econômicos e ambientais estão o en-
volvimento do comércio, engenharia, prestação de servi-
Veja como funciona ços, retorno do homem para o campo, entre outros”, diz.
Cada fonte de energia renovável tem um tipo de equi-
a Bioenerede pamento específico. Segundo Fendel, os equipamentos
para potências elevadas existem no Brasil e são conhe-

Leandro Taques
Os hotéis precisam de água quente. E o cidos como geradores eólicos, turbinas hidráulicas, cal-
Brasil precisa de energia das seis da tarde às deiras de alta pressão com turbinas a vapor. “O que
nove da noite, no horário de pico. “Seria óti- ainda não existe no País é a conexão de pequenas
mo se os pequenos pudessem gerar energia máquinas geradoras na rede elétrica pública”.
neste horário”, afirma Fendel. O engenheiro explica que nos países desenvol-
O hotel pode gerar sua energia elétrica vidos as concessionárias são obrigadas a comprar
com álcool ou com óleo vegetal e aproveitar qualquer fração de microenergia elétrica disponí-
o calor residual. Isto se chama co-geração. vel e a pagar bem por elas. A pequena geração
“Assim, no horário de pico, se o hotel gera eólica, por exemplo, é comprada e remunerada
50 kwh e gasta 5 kwh, injeta 45 kwh na com 90% do valor de venda da energia elé-
rede. Se gasta R$ 0,40 por kwh recebe R$ trica pelas concessionárias.
0,30 de volta. Isto é totalmente automático.
Seria justo e todo mundo sairia ganhando”,
explica Fendel. ALTENATIVA O engenheiro
Fendel: idealizador do projeto

17
TRAVESSIA Projeto prevê acessibilidade
ACESSIBILIDADE Projeto na BR 476,
em Curitiba, segue normas da ABNT:
34 pontos de travessia

Imagens: Divulgação/PMC

LINHA VERDE
Obra é equipamentos e edificações; distân-
cia padrão entre estes equipamen-
acompanhada tos e meio-fio, o que significa que
placas, telefones e postes de ilumi-
pelo CREA-PR e nação, por exemplo, ficarão todos
teve adaptações em linha reta.
“Felizmente, a sociedade já in-
no projeto para corporou este conceito. É uma ques-
tão abrangente, para que todas as
atender às normas pessoas tenham boas condições de
mobilidade. Piso antiderrapante, por

>>
exemplo, é necessário em qualquer
por JULIO CESAR LIMA situação”, afirma Célia Bim.
Na opinião do prefeito Beto
A Linha Verde, trecho de dez Richa, que é engenheiro civil, to- PROJETO
quilômetros da rodovia BR-476 (an- dos os direitos previstos nas obras
tiga BR-116), em Curitiba, que será públicas serão garantidos na obra. PREVÊ ACESSO
transformado em avenida, tem seus “Estamos trabalhando para adequar
34 pontos de travessia construídos toda nossa cidade às normas atuais PARA TODOS
conforme as normas da ABNT 9050. da ABNT. Promovendo uma revisão
A norma regulamenta e especifica das condições atuais e incluindo Detalhes vão fazer a
todos os materiais e formatos a se- num grande plano todos os elemen-
tos de mobilidade. E a Linha Verde
diferença para a segurança e
rem aplicados na obra para garan-
será uma obra exemplar, também mobilidade dos usuários
tia do conforto e da segurança para
pessoas com deficiência. neste aspecto”, explica o prefeito.
Segundo a supervisora de Pla- Iniciada em janeiro deste ano, a
nejamento do Ippuc (Instituto de construção da Linha Verde deverá
s
Pesquisa e Planejamento Urbano terminar até meados de 2008. São >> INTEGRAÇÃO entre bairroBR-116
separados pela antiga
de Curitiba), arquiteta Célia Bim, dez quilômetros de avenida que vai
há um cuidado para esses aspectos. passar por dez bairros entre o Pi- ra
“Em alguns casos fizemos adap- nheirinho e o Jardim Botânico e vai >> TRAVESSIA segura pa
pedestres e ve ícu los
tações nos projetos e procuramos permitir a implantação de novas
atender a todas as necessidades e linhas da Rede Integrada de Trans-
critérios para que a obra seja con- porte e de oito novas estações de >> SEIS QUILÔMETROS de
transporte. O investimento da Pre- ciclovia exclusiva
cluída com rampas, acessos e, em
feitura de Curitiba na obra é de R$ OS de
>> QUATRO QUILÔMETR a
alguns locais, elevadores automá-
ticos ou plataformas que auxiliem 121 milhões, com financiamento art ilhad
ciclov ia co mp
nas travessias”. parcial do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID).
Em alguns casos, as rampas pré-
>> PISOS diferenciados
fabricadas foram trocadas por outras
que têm um tipo de piso que aten- >> NOVOS CAMINHOS no
da às exigências legais. “O projeto EM AÇÃO Calçadas trânsito da cidade
é acompanhado pelo CREA-PR, que antiderrapantes vão garantir
orienta para que a obra atenda a to- mais segurança para pessoas com >> RAMPAS de acesso a
dos os cidadãos de forma deficiência: benefício equipamentos
indiscriminada”, afirmou.
, pis ta
A norma ABNT 9050 >> RAMPAS entre calçada
estabelece tipos de pisos, e meio-fio
que precisam ser lisos e
dores
antiderrapantes; incli- >> PLATAFORMAS e eleva
nação das rampas, de
no máximo 8 graus;
detalhes como piso de
relevo no entorno de

19
SETOR ELÉTRICO Falta fiscalização e punição

Instalações
Norma ainda
não é cumprida elétricas
seguras
na maioria das
construções e
coloca em risco
a segurança
em prédios e
residências
por SANDRA SOLDA

A ABNT NBR 5410 é considerada a mais impor-


tante norma do setor elétrico para instalações elétricas
de baixa tensão, abaixo de 1.000 volts, o que inclui as
residências, estabelecimentos comerciais e até indús-
trias. O engenheiro eletricista João Gilberto Cunha, co-
ordenador da Comissão CE 6411 da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) explica que o não-cum-
primento da norma pode acarretar curtos-circuitos, in-
cêndios e choques, entre outros problemas elétricos.
O mais grave, segundo ele, é a falta de fiscaliza-
ção e de mecanismos para verificar se a norma está
sendo cumprida. Como exemplo, ele cita uma lei que
foi sancionada pelo governo federal há um ano e que
proíbe a instalação de tomada de dois pinos. “Até
hoje ela não é cumprida por não existir a fiscalização,
nem a punição”, afirma.
Para realizar as instalações elétricas cumprindo o
que prevê a NBR 5410, é necessário que o profissional
seja engenheiro eletricista ou técnico eletricista. “São os
profissionais tecnicamente habilitados e com conheci-
mento para realizar esse tipo de serviço”, conta Cunha.
A NBR 5410 foi revisada e está em vigor desde 31
de março de 2005 e substituiu a versão anterior, lan-
çada em 1997. A versão atual incorpora a evolução
tecnológica e as atualizações ocorridas principalmen-
te na norma internacional utilizada como referência,
a IEC 60364.
20
EXEMPLO Capital paranaense é a única no País que prevê as normas na legislação

Norma é prevista em lei em CURITIBA


Em Curitiba, o Código de Postura município de Curitiba, incluindo as nor- mas. “A lei dá a direção em todas as
(lei nº 11.095/2004) estabelece as dis- mas de instalação elétrica. construções e em todos os sentidos que
posições gerais para regulamentação, De acordo com o engenheiro civil precisam ser contemplados durante as
aprovação de projetos, licenciamento e vereador Felipe Braga Côrtes, relator obras. Também colocamos uma série
de obras e atividades, além da execução, do Código de Postura, a lei representa de modificações e emendas relativas às
manutenção e conservação de obras no um avanço, já que contempla as nor- instalações elétricas”, completa.
Arquivo/Banzzatto

NORMA Exemplo de instalações elétricas que trazem riscos para residências e prédios (à esquerda e meio) e instalação bem-feita (à direita)

COMPETÊNCIA Dorival Heeren é o primeiro brasileiro a ter posto na IEC

BRASILEIRO na comissão internacional


O engenheiro eletricista, eletrônico e A IEC prepara e publica normas in-
de telecomunicações Dorival Heeren as- ternacionais para todos os equipamentos
PIONEIRO sumiu, em janeiro de 2007, um dos doze elétricos, eletrônicos e de tecnologias cor-
Engenheiro postos da Diretoria da Avaliação da Con- relatas. O objetivo principal da Comissão é
Dorival Heeren: formidade, da IEC (International Electro- uniformizar a Avaliação de Conformidade
representação technical Comission). É a primeira vez que mundialmente aceita para cada produto
abre importante um brasileiro ocupa cargo na Diretoria de ou equipamento, de modo a facilitar o livre
Estéfano Lessa

canal de Avaliação da Conformidade da entida- comércio internacional no mais alto grau


comunicação de. O Brasil participa da IEC por meio do de desenvolvimento tecnológico mundial.
Cobei (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Heeren ficará no cargo por três anos
Eletrônica, Iluminação e Telecomunica- e foi eleito por representantes de 70 pa-
ções), em convênio com a ABNT. íses membros votantes. Eles levam em
Segundo Heeren, a representação abre consideração uma distribuição geográfica
um canal direto de comunicação entre a equilibrada, a participação de seus comitês
entidade e a comunidade especialista em nacionais em atividades da avaliação de
tecnologia, além de inserir o Brasil em um conformidade e as qualificações pessoais
seleto grupo de profissionais responsáveis dos candidatos. Eram oito países candida-
pela preparação e publicação de normas tos e apenas quatro foram eleitos, entre
internacionais para o setor elétrico. eles o Brasil, China, Coréia e Reino Unido.
21
rodovias brasileiras necessitam de projetos
ALERTA Mais do que dinheiro, as

RECU PER A ÇÃ O
PLA NEJA DA

22
DER Técnicos acompanham projetos
Há profissionais e conhecimento no País
para projetos, mas prazos curtos para obras Fiscalização
dificultam planejamento supervisionada
por SANDRA SOLDA falarmos sobre indisponibilidade de O DER (Departamento de Estra-
recursos, precisamos de planeja- das de Rodagem) é o órgão respon-
Os principais eixos rodoviários mento adequado. Os projetos rodo- sável pela fiscalização, execução e
do País foram construídos há mais viários são contratados em prazos entrega das obras. O secretário de
de 50 anos. Uma pesquisa divul- muito curtos e com foco na execu- Transportes do Paraná, Rogério Ti-
gada recentemente pela CNT (Con- ção imediata da obra, o que impede zzot, explica que todos os projetos
federação Nacional do Transpor- o bom planejamento”, afirma. são acompanhados por técnicos.
te), avaliou 87.592 quilômetros de Djalma cita como exemplo o “Mesmo quando contratamos ter-
rodovias do Brasil e mostrou que PAC (Plano de Aceleração do Cres- ceiros para desenvolvimento de
73,9% (64.699 quilômetros) das cimento), programa do governo projetos ou fiscalização, os técnicos
estradas apresentaram algum pro- federal que prevê o investimento do DER participam ativamente das
blema no pavimento, sinalização de R$ 24,6 bilhões até 2010 em decisões”, afirma.
ou de geometria da via. transporte. “A inexistência de um No Paraná, as obras em exe-
Para piorar a situação, a in- estoque adequado de projetos tem cução são fiscalizadas pelo Tecpar
dústria desenvolve caminhões sido fator limitador para a execu- (Instituto de Tecnologia do Paraná).
com capacidade de carga cada vez ção de parte das obras previstas”, “O convênio possibilitou a recupe-
maior, acima da capacidade su- diz Djalma. Mas o engenheiro re- ração de mais de cinco mil quilô-
portada pelas rodovias brasileiras. força que o Brasil tem muitos pro- metros de estradas em todas as re-
Para o engenheiro civil Djal- fissionais e conhecimento. “Temos giões do Estado”, explica.
ma Martins Pereira, é preciso um know-how suficiente para a for-
levantamento periódico da situa- matação de projetos adequados às
ção das estradas. “Para ter conhe- nossas necessidades”.
cimento efetivo da situação atual, O engenheiro civil Edmundo
precisamos de dados periódicos so- Talamini Filho estima que a obra

Divulgação/SESCS
bre volume, classificação de tráfego, de construção de uma rodovia de
parâmetros estruturais e funcionais aproximadamente 30 quilômetros
ligados ao pavimento e demais ele- de extensão necessita de dois anos
mentos da estrada”, afirma. para ser executada. Para a recu-
Segundo ele, a solução para a peração de uma rodovia da mes-
malha rodoviária começa por um ma extensão, o tempo necessário
planejamento adequado. “Antes de é de um ano.

FISCALIZAÇÃO Rogério Tizzot:


técnicos do DER acompanham projetos

e mostram a situação das estradas brasileiras


AS Números e mapa qu
NAS PRÓXIMAS PÁGIN
23
>>
Rede de BURACOS
>> Confira o mapa da
Pesquisa Rodoviária
CNT 2007

IMPRUDÊNCIA
A maioria dos acidentes ocorre:

em pista boa 80,75%

nas retas 69,48%


ÓTIMO
BOM
de dia 59,44%
REGULAR
RUIM
PÉSSIMO com tempo bom 67,05%

FONTE: Polícia Rodoviária Federal

SEGURANÇA Manutenção deve ser constante


Leandro Taques

Obras são projetadas


para dez anos
As obras de engenharia são projetadas para um período de dez
anos e devem ser permanentemente conservadas. “Após este período
de vida útil, a rodovia precisa ser submetida a uma intervenção mais
robusta”, explica o engenheiro civil Djalma Martins Pereira.
Geralmente os projetos rodoviários são elaborados por empresas
de consultoria especializadas, que dispõem de corpo técnico treinado
e recursos adequados. “É necessário que as empresas invistam em la-
boratórios de solos, agregados, concreto e asfaltos, além de sistemas
informatizados de apoio e gestão de projetos”, afirma Djalma.

CONSERVAÇÃO O engenheiro civil


Djalma Pereira: manutenção permanente

24
INOVAÇÃO Projetos modernos

Projetos de engenharia
proporcionam soluções
NÚMEROS
As condições das estradas bra-
sileiras contribuem para o alto índi-
tões ambientais e de seguranças dos
usuários. “Mas para que isso se torne alarmantes
ce de acidentes no País. Segundo a uma realidade é necessária uma re-
Polícia Rodoviária Federal, até o mês muneração adequada e prazos condi- Confira os dados da Pesquisa
de outubro deste ano aconteceram zentes para a concepção, maturação, Rodoviária CNT 2007
99.449 acidentes nas rodovias de discussão e revisão dos projetos.”
todo o País. Segundo ele, somente com con-
O engenheiro Djalma destaca que dições de trabalho adequadas pode- 54,5% da malha rodoviária analisada
um projeto de engenharia inovador se chegar à elaboração de projetos de (47.777 km) estão com o pavimento em
tem muito a contribuir para as ques- excelência nessa área. estado regular, ruim ou péssimo

65,4% da extensão pesquisada têm


sinalização com problemas (57.253 km)

8,5% possuem placas total ou


>>
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS parcialmente cobertas por mato (7.642 km)

Trabalham em uma obra vários profissionais: 39% da extensão avaliada têm placas com
a legibilidade deteriorada (31.880 km)
ENGENHEIRO RESIDENTE TOPÓGRAFO
37,5% não possuem placas de limite de
ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO LABORATORISTA velocidade (32.815 km)

ENGENHEIRO DE SEGURANÇA VÁRIOS ASSISTENTES 42,5% da extensão analisada não têm


TÉCNICOS acostamento (37.259 km)
ENCARREGADOS DIVERSOS

Estéfano Lessa
Leandro Taques

ão nas estradas
PERIGO Falta de manutenç
contribui para acidentes

caliza condições das estradas paranaenses


CREA-PR fis
>> NA PRÓXIMA PÁGINA 25
VISTORIA Pontes e viadutos precisam de atenção HISTÓRIA

Viadutos e pontes são APOSTA


obras de arte da Engenharia rodoviária
As pontes e viadutos, considera- É fundamental a conscientização A implantação da indústria auto-
das obras de arte da engenharia, em- sobre a importância dos cuidados mobilística no final da década de 50
bora não aparentem e a maioria ache e da reparação de obras de arte da pressionou a expansão da rede rodovi-
que não precisa de recuperação, pre- engenharia, principalmente em São ária brasileira, que alcançou seu auge
cisam freqüentemente ser vistoriadas. Paulo. No Paraná, o movimento ain- dos anos 60 até 75. A idade média das
Wilson Pichet Gheur, engenheiro civil da é pequeno, excetuando os viadu- rodovias é superior a 30 anos.
especialista em Estrutura de Pontes, tos e pontes que ficam nas rodovias “A extinção dos recursos vincu-
afirma que uma ponte, por exemplo, é concessionadas, que, até mesmo pelo lados aos da União, em 1982, levou
quase que um elemento vivo. “A cada contrato de concessão, são obrigadas à deterioração da infra-estrutura ro-
cinco anos, precisa de uma vistoria a deixar tudo em ordem. doviária, além de onerar os custos de
simples e, nos décimo ano, uma vis- O engenheiro ressalta uma par- transportes”, explica o engenheiro ci-
toria de profundidade”, explica. ticularidade que está acontecendo na vil José Alberto Pereira Ribeiro, presi-
Wilson já fez projetos de pontes área: com o surgimento das hidrelétri- dente da ANEOR (Associação Nacional
para todo o Brasil. Ele conta que 90% cas, está sendo necessário fazer muitos das Empresas de Obras Rodoviárias).
das obras que foram construídas nos projetos de pontes para o País inteiro. Segundo ele, apenas em 2003,
últimos 20 anos precisam urgente- Apaixonado pelo que faz, ele comple- com a criação do CIDE-Combustível
mente ser recuperadas. “Há um enga- ta: “A ponte é uma obra sui generis, (Contribuição de Intervenção no Do-
no muito grande de todos em relação à é quase que poética. “Também tem o mínio Econômico), foi restabelecido o
informação de que pontes de concreto grande apelo emocional, que é ser a investimento do setor.
armado não precisam ser reparadas”. ligação entre comunidades”.

IRREGULARIDADES Em defesa das estradas e seus usuários

EDITAIS DE CONCESSÃO são verificados


O CREA-PR e o Ministério Público Fede- Após elaboração de laudo de análise “Resta saber se com o aumento de fluxo
ral do Paraná contestaram o recente proces- técnica – que apontou a falta de projeto de tráfego real, o que reflete diretamente
so de concessão de sete trechos rodoviários básico, orçamento e cronograma – e de na receita da rodovia, haverá a contrapar-
federais e conseguiram a revisão dos editais uma Ação Civil Pública – questionando as tida proporcional das concessionárias para
e preço justo pelas tarifas. O processo lici- audiências públicas realizadas apenas em a adequação da infra-estrutura necessária,
tatório foi elaborado pelo DNIT e pela ANTT Brasília e São Paulo –, o primeiro edital foi visto que o fluxo da tarifa projetado neste
(Agência Nacional de Transportes Terrestres), cancelado e apresentado um novo. Nova- modelo é decrescente em todo o período”,
para sete trechos, sendo três deles no Para- mente foram encontradas irregularidades. questiona o presidente do CREA-PR, enge-
ná: BR-116 (Curitiba - Rio Grande do Sul); Finalmente o processo licitatório acon- nheiro agrônomo Álvaro J. Cabrini Jr.
BR-116 (Curitiba - São Paulo) e BRs-376 e teceu com um preço módico de tarifas.
101 (Curitiba - Florianópolis).

26
Divulgação/CREA-PR
IN

>>
LOCO
Confira as ações
em cada região

NOROESTE
TECERAM em 22
AS FISCALIZAÇÕES ACON
das rod ovi as BR-487, entre
quilômetros
e na PR-556, nas
Campo Mourão e Iretama,
vaí , entre São João do
proximidades de Parana
Caiuá.
Caiuá e Santo Antônio do

CAMPOS GERAIS
PREVENÇÃO CREA-PR realiza ações de fiscalização em parceria
U que a Rodovia
com entidades em 300 quilômetros de rodovias: trechos perigosos A FISCALIZAÇÃO REVELO
Estadual PR-092, ent re os municípios de
e Ara pot i, est á em péssimo estado
Jaguariaíva
verificou que em
de conservação. A equipe
DE OLHO Laudos apontam precariedade ovi a foram feitas obras
alguns trechos da rod
rar as condições
emergenciais para melho
situação ainda é
de trafegabilidade, mas a
CREA-PR fiscaliza precária, colocando em
motoristas.
risc o a segurança dos

Representantes das regionais do CREA-PR realizaram fiscaliza-


ções preventivas em 300 quilômetros de rodovias de todo o Estado. NORTE
Os trabalhos integram o programa Fiscalização Preventiva Integra- do o trecho
Veja cNO DO WWESTADO, foi analisa
da (FPI), realizado em parceria com o DER-PR, Instituto de Enge- o RTE
omNO aos
ju d arlôm
neetr 20 da PR-431,
nharia (IEP), DNIT, polícias Rodoviária Federal e Estadual, além de entre qui rosceess
e pdoi
ssos o ho e Ribeirão
que liga as cidades de Jacarezin
sindicatos e associações ligadas às entidades profissionais. , a estrada ainda tem
Claro. Segundo os fiscais
Após a coleta de dados das condições das rodovias, cada órgão em bora seja necessário
condições de tráfego,
participante fará as suas considerações. No caso do CREA-PR um o. Os ma iore s problemas
o recapeament
relatório será encaminhado para a análise das Câmaras Especializa- ação deficiente e a
constatados foram a sinaliz
das. A partir daí, uma das ações pode ser a notificação ao DER para falta de acostamento.
que regularize as situações das não-conformidades encontradas.
Passaram por fiscalização nove trechos rodoviários:
Estadual PR-423 (trecho km 4 ao km 17 entre Araucária e Cam- OESTE
po Largo), Federal BR-116 (trecho km 116 ao km 206 entre Curitiba CHO de 30 quilômetros
e Rio Negro), Federal BR-153 (trecho km 465 ao km 477 em União A FISCALIZAÇÃO NO TRE
ípios de Marechal
da PR-495, entre os munic
da Vitória), Estadual PR-163 (trecho km 35 ao km 39 entre Santo o Bra gad o e Santa Helena
Cândido Rondon, Pat
Antônio da Platina e Pranchita), Estadual PR-092 (trecho km 206 nte e insegura, com
revelou uma rodovia deficie
ao km 216 entre Jaguariaíva e Arapoti), Federal BR-487 (trecho km ntal e vertical, trechos
pouca sinalização horizo
198 ao km 248 entre Iretama e Campo Mourão), Estadual PR-495 falt a de manutenção. A
críticos com buracos e
(trecho km 26 ao km 136 entre Iguiporã e Pato Bragado), Estadual desnível entre a pista
falta de acostamento e o
risco adicional.
PR-556 (trecho km 14 ao km 26 entre São João do Caiuá e Santo e a lateral representam um
Antônio do Caiuá) e Estadual PR-431 (trecho km 2 ao km 12 entre
Ribeirão Claro e Cambará).

27
SEGURANÇA Falta de manutenção pode causar acidentes

MECÂNICA em ordem
Cerca de 46% dos veículos inspecionados apresentam algum defeito
por SANDRA SOLDA to voltou a ser discutido atualmente Código de Trânsito, há dez anos –,
com os grandes acidentes que ocor- dos custos desses acidentes para a
Manter os veículos com um mí- rem por falta de manutenção dos sociedade, da importância da ins-
nimo de condições de segurança. veículos. “Os manuais do proprie- peção veicular e dos benefícios que
Esse é o principal objetivo da inspe- tário têm um plano de manutenção ela pode trazer para a segurança. O
ção veicular periódica, prática ain- que deveria ser seguido”, afirma. objetivo é determinar qual seria o
da não obrigatória no Brasil, mas O engenheiro vai apresentar seu impacto, em curto e médio prazos,
adotada há mais de 50 anos nos trabalho “Programa de Inspeção e da implantação do controle da con-
países da comunidade européia. No Manutenção de Veículos em Uso - dição de trafegabilidade no Brasil.
Rio de Janeiro é realizada a inspe- Custos da não implantação” em no- Paulo Gottlieb é assessor geral
ção anual obrigatória de emissões vembro, no XVI Congresso e Expo- do Grupo Consultivo Regional para
de poluentes. sição Internacionais de Tecnologia América Central e do Sul da Cita (Co-
Paulo Gottlieb, engenheiro me- da Mobilidade SAE BRASIL. mitê Internacional de Inspeção Vei-
cânico que há 18 anos atua no setor O trabalho trata dos altos índi- cular), que reúne empresas e gover-
automotivo e há 15 anos com ins- ces de acidentes de trânsito – mes- nos onde está implantada a inspeção
peção veicular, explica que o assun- mo após a implantação do Novo veicular obrigatória no mundo.
Imagens: Leandro Taques

DADOS
>>

de inspeção ALERTA Inspeção irregular


no Brasil
EMPRESAS atuam sem ética
Veja os principais
problemas encontrados Segundo Paulo Gottlieb, todas as “Porém, mesmo com quadro técnico
nas inspeções realizadas empresas que realizam inspeção veicu- completo, o que se constata é que al-
lar têm profissionais como responsável gumas empresas atuam de forma irre-
técnico (engenheiro me- gular, por exemplo, aprovando veículos
ionados cânico), técnicos de com defeitos graves”, alerta. Para ele, é
46% dos veículos inspec
tipo nível médio (mecâ- importante que a qualidade técnica se
apresentaram algum
de defeito nica, automotiva e sobreponha aos interesses comerciais.
eletromecânica), e Em relação ao custo de uma inspe-
43% dos veículos reprovados têm também tecnólo- ção especial (sinistro, alteração nas ca-
problemas nos freios go em mecânica racterísticas, alteração do combustível
em seu quadro para gás natural), varia de acordo com o
21% têm problemas de direção funcional. tipo da inspeção e o tipo do veículo.

10% têm defeitos na suspensão


QUALIDADE Paulo defende a necessidade da atuação
esenta,
Cada veículo reprovado apr ética das empresas de inspeção: responsabilidade
28 em média, 4,5 def eito s
FACILIDADE Secretaria terá nova sistemática para preenchimento de ARTs

Acervo técnico
Convênio entre CREA-PR e SEOP valoriza profissionais da área técnica

por SANDRA SOLDA

A Secretaria Estadual de Obras Públicas


(SEOP) e o CREA-PR assinaram convênio para
a adoção de procedimentos para registro das
ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica)
das atividades desenvolvidas pelos profissio-
nais vinculados à SEOP.
Assinado em setembro deste ano, pelo se-
cretário Julio Cezar de Souza Araújo Filho e
o presidente Álvaro J. Cabrini Jr., o convênio
estabelece uma sistemática para o resgate de
acervos do passado para emissão de Certidões
de Acervo Técnico. “Essa parceria favorece os
profissionais da área e a sociedade em geral,
porque traz a garantia de que os serviços téc-
nicos são realizados por profissionais habilita-
dos”, afirma o secretário.
A SEOP terá mais facilidades com o convê-
nio, uma vez que foi estabelecida a ART múl-
tipla. Para Renato Gubert, engenheiro civil e
coordenador de engenharia da SEOP, a apro-
ximação dos dois órgãos é muito importante.
>>

“Para nós, o convênio foi muito bom, é mais RESPONSABILIDADE


DAS PARTES
fácil comprovar que estamos recolhendo ARTs.
E a fiscalização ficou mais fácil também, por-
que, por exemplo, a cada dez obras, preenche-
mos apenas uma ART”, explica. O que o convênio estabelece
para cada órgão
SEOP
Estéfano Lessa

> SOLICITAR EM TODOS os serviços feitos por profissionais, fun-


GUBERT Convênio cionários, contratados ou conveniados, empresas prestadoras de
facilita comprovação serviços, públicas ou privadas, a apresentação das ARTs
de ART: facilidade
> FORNECER ATESTADOS dos serviços feitos no passado pelos pro-
fissionais integrantes de seu quadro técnico ou vinculados, para
os quais não foram feitas as devidas ARTs à época da realização
dos serviços, para que sejam resgatadas do Acervo Técnico para
preenchimento das respectivas ARTs

CREA-PR
> VIABILIZAR O RESGATE do Acervo Técnico das atividades exerci-
das no passado conforme as determinações normativas vigentes na
data do requerimento, atualmente estabelecidas na Resolução nº
394/95 do CONFEA, desde que, à época, o profissional empregado
da SEOP ou a ela vinculado, através do convênio, estivesse com seu
registro regular e em dia com suas obrigações perante o CREA-PR.
29
EMPREENDEDORISMO Incubadora tecnológica incentiva projetos inovadores

Experiência inédita do IEP apóia a criação de empresas de engenharia

por JULIO CESAR LIMA As empresas incubadas contam empresa está em fase de expansão e
com assessoria de marketing, jurídica logo será graduada, quando deixa-
O IEP (Instituto de Engenharia e administrativa, além de consultoria rá as dependências da incubadora.
do Paraná) inovou com a criação de especializada, cursos de capacitação, “Com o aprendizado de novas téc-
uma incubadora tecnológica (a IE2P), participação em feiras e eventos. Es- nicas, consegui expandir atividades
em setembro de 2003. Foi a primeira tratégias para inserir o empresário no e vislumbrar oportunidades”, disse.
entidade de classe do Brasil a ofere- mercado. Ricardo Luiz Araújo, enge- Com os projetos de sua empresa, vol-
cer incentivo a projetos inovadores nheiro eletricista, trabalhou durante tados para a área de software, Táci-
na área de engenharia. Além de fo- 11 anos no Lactec, antes de criar a to tem participado de concorrências
mentar a pesquisa com o apoio a sua empresa, a Emfield, especializa- públicas e venceu, recentemente,
profissionais e alunos de engenharia. da na área de ensaios elétricos. “Eu processo licitatório da Eletronorte.
“A realidade do nosso País, com fazia mestrado quando soube da in- O engenheiro mecânico Roberto
grande carga tributária, dificulta o cubadora e resolvi concorrer a uma Gregório da Silva Jr., presidente da
surgimento de novos empreendi- vaga. Desde então desenvolvo pro- Engenova, empresa gestora da in-
mentos. Por meio da incubadora os jetos na estrutura física da incuba- cubadora, acredita que é um desafio
profissionais recebem o incentivo dora, um apoio fundamental”, disse. criar condições para que as empresas
que faltava para desenvolver seus O engenheiro eletricista Tácito se desenvolvam.“Temos necessida-
trabalhos”, disse a gerente da incu- Fieker está com sua empresa, Cad- des financeiras para prosseguir com
badora, advogada Silvana Chociay. graph, na incubadora, desde 2004. A esse incentivo às empresas”, concluiu.

30
>> PRIMEIRO OPORTUNIDADE
PASSO
Para participar
Confira quais são as empresas incubadas
Para ingressar na IE2P, o candi-
e o que desenvolvem dato precisa agendar uma entrevis-
ta. Caso o projeto seja enquadrado
dentro do escopo da incubadora, a
CADGRAPH SOLUÇÕES EMFIELD CONSULTORIA proposta será submetida à análise de
PARA ENGENHARIA EM ENSAIOS ELÉTRICOS uma Comissão de Avaliação, formada
LTDA. atua no LTDA. atua na área de ensaios por consultores e engenheiros asso-
desenvolvimento de elétricos especializados, ciados ao IEP.
aplicativos gráficos para investigação e solução de A incubação de empresas é rea-
engenharia elétrica em problemas de compatibilidade lizada através das seguintes moda-
lidades: Empresa Residente, aquela
projetos de subestações de magnética em instalações
que reside na incubadora, e Empresa
energia, usinas hidrelétricas dos setores elétrico, de
Associada, que desenvolve suas ati-
e plataformas de petróleo. telecomunicações, industrial
vidades em instalações externas e/ou
e de petróleo. próprias. Ambas contam com os mes-
AGNES ELETRÔNICA mos serviços de apoio.
E AUTOMAÇÃO THINKTECH ENGENHEIROS
A incubadora possui capacidade
INDUSTRIAL LTDA. ASSOCIADOS LTDA. para atender, simultaneamente, oito
desenvolve soluções de Empresas Residentes e um número ili-
atua na área de automação
engenharia e gestão de mitado de Empresas Associadas. Todas
industrial no projeto
processos para o setor de rochas as empresas incubadas na IE2P devem
e desenvolvimento de
ornamentais. estar formalmente constituídas. Mais
Sistemas Eletrônicos
Customizados de Automação informações pelo telefone 41 3079-
GHIBLI DO BRASIL LTDA. 5671 ou e-mail silvana@iep.org.br
(CAES), equipamentos trabalha na área de Soluções
eletrônicos para medição Tecnológicas para Limpeza
de nível e umidade e Industrial. Seus principais
Sistemas de Processamento produtos são Aspirador com Alto SERVIÇOS
de Imagens para Indústria Poder de Limpeza e a Lavadora de Tácito Fieker
(I2PS), especificamente na Alta Pressão. está na
Granulometria de Materiais incubadora
e Imageamento. ROVTEC INDÚSTRIA E desde 2004:
COMÉRCIO desenvolve e apoio essencial
ASPECT AUTOMAÇÃO comercializa produtos e projetos para lançar
LTDA. atua com soluções de sistemas de base tecnológica empresa no
Leandro Taques

para o segmento de aplicados à área educacional mercado


automação. Configura (soluções em robótica) e de
e integra sistemas acessibilidade (deficientes visuais).
distribuídos de controle
e controladores lógicos NRGA CONSULTORIA E
programáveis. Projeta INFORMÁTICA LTDA.
sistemas eletrônicos com desenvolve serviços na área
hardware, firmware e de soluções em engenharia e
software, abrangendo as informática. Tem como principal
fases de engenharia de produto o Software PowerDomus
requisitos, modelagem, - Programa de Simulação para
projeto, implementação, Estudos de Conforto e de Eficiência
documentação e testes. Energética em Edificações.

31
RESPONSABILIDADE Normas de acessibilidade devem ser previstas

FALTA DE
ACESSIBILIDADE
gera denúncias
Profissional responsável pela obra
corre o risco de ser advertido
por JULIO CESAR LIMA

A acessibilidade está prevista em lei e é


amplamente divulgada. Mesmo assim, ain-
da existem casos de desrespeito às normas
previstas no Decreto 5.296/04 e na ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Desde março de 2003, o Ministério Públi-
co Estadual recebeu, aproximadamente, 45
denúncias de falta de acessibilidade em pré-

FISCALIZA
dios públicos, além de outra em prédio par-
ticular, todos na cidade de Curitiba. Foram
instaurados 29 processos administrativos e
ÇÃO
>>
ajuizada uma ação civil pública.
Os profissionais responsáveis pelas obras Veja como a
judar nesse
que não prevêem a acessibilidade correm ris- processo
cos de receber advertência, suspensão e mul- TODO CIDAD
ta. Segundo o assessor jurídico do Crea-PR,
ÃO pode fazer de
n
úncias de falt
Kristian Cobra, a entidade não diz como o ELAS PODEM a de acessibi
SER feitas aos lidade
profissional deve realizar seu trabalho, pois esta dual e munic ór gãos da adm
ipal inistração pú
há a sua responsabilidade na ART (Anotação blica federal,
OS CONSEL
de Responsabilidade Técnica). “O profissio- HOS NACIO
Portadora de NAL, Estadual
nal deve prever o direito ao acesso às pesso- Def iciência e as eM unicipal dos
deficiência ta organizações Direitos da Pe
as com deficiência e evitar qualquer tipo de mbém têm le representativa ssoa
Ministério Pú gitimidade e s de pessoas co
constrangimento, mas no caso dos prédios blico podem ser ac m
ionados, assi
mais antigos existe a possibilidade de adap- APÓS AS DE m como o
tação às novas normas, também prevista em
NÚNCIAS, os
implementar do
as soluções pa nos dos imóveis precisam
lei”, disse. Segundo ele, é uma questão de ra eliminação apresentar e
NO CASO D das barreiras
n
ética o profissional assumir riscos por causa E DE o prazo estabe
de uma obra que desrespeita esses direitos. justiça a subm NÚNCIA ao Ministério lecido
ete à apreciaç Pú blico Estadual
O CREA-PR promove ações de fiscaliza- ão técnica e , o pr omotor de
CASO SEJA jurídica
ção em prédios públicos e locais de grande PROCEDENT
solicitando ao E, é instaurado
circulação. Recentemente acompanhou essa proprietário um processo
das barreiras. do imóvel as administrativ
questão na obra da Linha Verde e fiscalizou Se necessário, adequações o,
de Conduta (T será celebrad para eliminaç
os aeroportos de Londrina e o Afonso Pena, AC) o um Termo ão
de Ajustamen
em Curitiba to
32
ACÚSTICA

LONGEDOS
RUIDOS
Falta de projeto inicial de acústica
compromete funcionalidade do ambiente

por VANDA RAMOS acessório do proje-


to original, é comum SOLUÇÃO
O ruído dos carros incomoda, que este serviço seja Marcos Segala
o som do avião é ensurdecedor e contratado posterior- com a família ao
a movimentação de pessoas na rua mente. Com isso, per- lado da janela
parece estar dentro de casa. Essas de-se a oportunidade emoldurando
situações, comuns aos moradores de fazer um proje- o terminal do
de regiões movimentadas, podem to mais funcional”, Cabral, um dos
ser contornadas com um bom iso- explica o professor. seus vizinhos
lamento acústico. A execução de um As construtoras barulhentos
projeto específico de acústica não é estão, aos poucos, dan-
exigida pela Prefeitura para a apro- do importância ao conforto ambien-
vação do projeto geral de uma obra. tal em seus projetos, o que pode ser
ção Civil. “Infelizmente existe uma
Na opinião do engenheiro Mecâ- uma oportunidade aos profissionais
lacuna na graduação em Engenha-
nico Aloísio Leoni Schmid, professor da área. Dos cursos diretamente
ria Civil, cujo programa básico não
do departamento de Arquitetura e ligados a edificações da UFPR, so-
inclui esta disciplina, nem as dis-
Urbanismo da UFPR (Universidade mente no curso de Arquitetura e
ciplinas de cálculos, preparatórias
Federal do Paraná), este fato com- Urbanismo a acústica integra o cur-
para o estudo de vibrações e acús-
promete o conforto ambiental de rículo obrigatório de graduação. O
tica”, afirma o professor Schmid.
estabelecimentos e moradias. “Se o conteúdo ainda é tratado no progra-
Segundo Luis Fernando Lasca,
projeto acústico for considerado um ma de Pós-Graduação em Constru-
técnico ambiental do Setor de Fis-
calização de Poluição Sonora da
Secretaria de Meio Ambiente de
Curitiba, as edificações com mais
de dez anos não contemplam o con-
forto acústico. A saída é investir na
instalação de isolamentos acústicos.
Foi o que fez o ortodontista Mar-
cos Segala. Morador de um edifício
construído há 13 anos próximo a
ssa

um terminal de ônibus, ele decidiu


téfano Le

investir após o nascimento da filha.


“O barulho dos ônibus era muito in-
Fotos: Es

tenso. Tínhamos duas opções: mudar


ou dar um jeito no barulho”, afir-
ma. Segala investiu no isolamento
das janelas dos quartos e da sala.

CONFORTO ACÚSTICO
Projetos de acústica podem ser uma
oportunidade para profissionais da área 33
RESIDÊNCIA TÉCNICA Impulso ao mercado de trabalho

Oportunidade prática
Programa de educação continuada agrega novos
conhecimentos e experiência para profissionais

por VANDA RAMOS Os profissionais atuam diretamente


na Secretaria Estadual de Obras Públi-
Um programa de educação pioneiro cas do Paraná e os alunos residentes
no País tem se destacado na formação cumprem carga horária de 30 horas
e aprimoramento do exercício profis- semanais, sendo que a realização de
sional de engenheiros civis e arquite- serviços técnicos é acompanhada por
Leandro Taques

tos. É o programa de residência técnica engenheiros seniores.


criado há cerca de três anos pela Escola A bolsa-auxílio é de R$ 1.100 men-
de Engenharia e Arquitetura da UFPR sais. “O objetivo não é fornecer mão-de-
(Universidade Federal do Paraná). obra barata ao Estado, mas promover
INOVAÇÃO Para Lacerda, Destinado aos profissionais com a troca de informações e qualificar os
programa deve ser replicado: até três anos de formados, o programa profissionais para que tenham mais
exemplo para outros estados tem duração de 24 meses e, ao final da oportunidades no mercado de trabalho”,
residência, o aluno recebe um certifi- explica Lacerda. A primeira turma, com
cado de especialista e outro do Acervo 60 alunos, se forma em março de 2008.
>>

Técnico. “A iniciativa do programa foi Segundo ele, o programa deve ser


ousada e inovadora e está dando certo. estendido para outras áreas da enge-
Tanto que o CONFEA o inseriu como nharia como química e mecânica. O
PARA SABER diretriz para implantação em outros setor de Agronomia também está inte-

MAIS
estados”, ressalta o engenheiro civil ressado. “Pretendemos, em um futuro
Mauro Lacerda, coordenador do pro- próximo, oferecer esta oportunidade
grama e diretor da Escola de Engenha- aos nossos profissionais”, enfatiza o
ria e Arquitetura da UFPR. O Governo engenheiro agrônomo Luis Lucchesi,
Conheça os detalhes do Estado investiu R$ 400 mil no pro- presidente da Associação dos Enge-
grama, por meio do Fundo Paraná. nheiros Agrônomos do Paraná.
do Programa de
Residência Técnica
NA PRÁTICA Engenheiros civis e arquitetos da primeira turma da residência: aperfeiçoamento

PROFISSIONAIS
Engenheiros civis ou arquitetos

PRÉ-REQUISITO
Ter até três anos de formado

CARGA HOR ÁRIA


30 horas semanais

BOL SA-AUXÍLIO
R$ 1.10 0

PRÓXIMA TURMA
2008
Estéfano Lessa

INFORMAÇÕES
34 www .tecnologia.ufpr.br
desenho urbano

Estéfano Lessa
CONTRA O CRIME
Espaço
Residencial
No livro “A prevenção
do crime através do
desenho urbano”, o co-
ronel da Polícia Militar
do Paraná Roberson
Luiz Bondaruk dá dicas
CONTRIBUIÇÃO Arquitetos devem participar da elaboração dos planos diretores importantes sobre como os projetos
podem trazer segurança para resi-
dências e espaços comerciais.

DESENVOLVIMENTO DICA

PLANEJADO
Não basta investir na chamada segu-
rança de fachada, que ocorre quando se
coloca um aparato de segurança na par-
te frontal da residência, deixando-se as
laterais ou fundos desguarnecidos. Além
de não melhorar efetivamente a segu-
rança da residência, costuma desafiar a
Formação ampla coordenadora da Câmara Especia- inteligência do delinqüente, que sempre
lizada de Arquitetura do CREA-PR, verifica as possibilidades de acesso fur-
da categoria é os profissionais podem e devem tivo na residência que pretende atacar,
fundamental opinar na elaboração e nos ajustes antes de praticar um delito.


do Plano Diretor. “Os arquitetos
para reduzir as e urbanistas têm o conhecimento
disparidades espaciais para integrar as ações com atenção Os profissionais devem estar
especial para as dezesseis diretri- atentos e prever as condições de segu-
e a concentração de zes da legislação federal, visando à rança nos projetos de residências. Uma
oportunidades de redução das disparidades espaciais das principais ações seria a definição
e da concentração de oportunida-
desenvolvimento des no desenvolvimento”, diz.
territorial do espaço, em que todas as
áreas internas e externas estariam sob
No Paraná, essas intervenções
o controle ou a influência dos residen-
urbanas nos planos diretores são
tes. Acredito que a integração das resi-
por JULIO CESAR LIMA realidade. Cerca de 300 municí-
dências urbanas com áreas comerciais
pios estão com seus planos em an-


Criado para dar autonomia no e sociais também auxilia no fortaleci-
damento, sendo que a metade foi
direcionamento e planejamento de mento da segurança dessas casas.
aprovada nos legislativos locais,
diretrizes para ocupação das cida- segundo dados da Secretaria de
des, o Plano Diretor dos Municípios Desenvolvimento Urbano (Sedu- Arquiteta Zenaide Narciso Basso,
é elaborado de maneira democrática, Paranacidade). Esse número supe- presidente da Sociedade de Arquitetura
com envolvimento de representantes ra a meta federal. e Urbanismo de Cascavel
da sociedade. Todos os municípios do “Agora vamos avaliar se essa
Paraná são obrigados a elaborar seu recente produção de Planos Dire-
Divulgação/CREA-PR

Plano Diretor, conforme estipulado em tores teve de fato uma contribui-


Decreto Estadual de 2004 e os profis- ção urbanística dos arquitetos e se
sionais de Arquitetura e Urbanismo atendem às diretrizes nacionais, de
têm muito a colaborar nesse processo. modo a ampliar as possibilidades
Para a presidente do Sindicato locais e regionais de desenvolvi-
dos Arquitetos do Estado do Paraná, mento para todos os cidadãos”,
arquiteta Ana Carmen de Oliveira, conclui Ana Carmem.

35
COOPERATIVAS Importante papel econômico e social no Paraná

Divulgação/OCEPAR
EXEMPLO DE
ORG A N I Z A Ç Ã O
No Estado existem 231 direto. O faturamento previsto para o Segundo Koslovski, o desafio atu-
final de 2007 é de R$ 18 bilhões. al das cooperativas é oferecer produtos
cooperativas, que geram “Estas cooperativas são funda- com maior valor agregado, que che-
773 mil postos de mentais para a implantação de novos guem direto ao consumidor. O objetivo
projetos, que agregam valor aos pro- é ter uma participação crescente desde
trabalho e são destaque dutos primários e melhoram a renda a produção até a prateleira.
em todo o País do cooperado”, explica o engenheiro As cooperativas expandiram as
agrônomo João Paulo Koslovski, pre- fronteiras agrícolas e passaram a de-
sidente do Sindicato e Organização senvolver-se também no meio urbano
por VANDA RAMOS das Cooperativas do Estado do Paraná nas áreas da saúde, trabalho, turismo
(Sistema Ocepar). e lazer, consumo, educação, habitação
Divulgação/OCEPAR

Líder nacional de produção e pro- Segundo ele, 850 engenheiros agrô- e crédito.
dutividade agrícola, o Paraná ocupa nomos trabalham nas cooperativas do As cooperativas de crédito também
lugar de destaque no ranking de or- Estado. “O trabalho da assistência téc- têm uma participação representati-
ganizações cooperativas do País. nica das cooperativas paranaenses é es- va no Estado, sendo 65 no total, com
Os números justificam esta sencial para o desenvolvimento da nos- uma receita bruta de R$ 760 milhões
posição: são 231 cooperativas sa agricultura. Dentro desta estrutura em ativos e movimentação de apro-
em todo o Estado, totalizando técnica existem diversos profissionais, ximadamente R$ 2 bilhões, em 2006,
mais de 451 mil associados entre os quais, os engenheiros agrôno- ano em que foram feitos mais de 252
e 773 mil postos de trabalho mos, verdadeiros difusores da tecnolo- mil empréstimos. No Paraná, há três
gia no campo”, afirma Koslovski. sistemas de crédito organizados em
As mais representativas são as 77 centrais e filiadas ao Sistema Ocepar:
DESAFIO O engenheiro agrônomo cooperativas agropecuárias, respon- Sicredi, Sicoob e Unicred. Há ainda
João Paulo Koslovski sáveis por 55% do Produto Interno cooperativas de crédito urbano e rural
ressalta a importância Bruto (PIB) agrícola brasileiro e 16,5% não vinculadas às centrais. O CREA-
do cooperativismo: do PIB do Estado. Elas respondem pela PR estuda a possibilidade de criação de
produtos com maior exportação de mais de 40 produtos uma cooperativa de crédito para aten-
36 valor agregado para cerca de 70 países. der aos profissionais vinculados.
>>
IMPORTÂNCIA Atendimento a cerca de 1/3 da população rural
EM

Presentes em todas as regiões do PR NÚMEROS


Veja em quais setores as
As cooperativas estão presentes em Também é forte fornecedora de sementes cooperativas investiram
todas as regiões do Estado e em muitos e insumos para a região. Criada em 1960, em 2007
municípios são as mais importantes em- por imigrantes holandeses, hoje a coope-
presas econômicas, maiores empregado- rativa foca seus investimentos em tecno- TO total foi de
R$ 1
ras e geradoras de receitas, atendendo logia, capacidade e qualidade. Merecem O INVESTIMEN maior que em 2006)
%
cerca de 1/3 da população rural do Esta- destaque os investimentos de R$ 12,5 bilhão (26,5
do. A seguir alguns exemplos de coopera- milhões na nova Unidade de Wenceslau PE CUÁRIO
R A O SE TOR
36% PAad
tivas do Paraná e sua representatividade. Braz, na construção de silos graneleiros,
os à ca deia industrial de
armazém para ensacados e a instalação direcion –, lácteos
rn es – fr an gos e suínos
> COAMO a Cooperativa Coamo, de balança rodoviária e escritório admi- ca
ções
criada em 1970, na cidade de Campo nistrativo. A capacidade de armazenagem e fábrica de ra
está planejada para 30 mil toneladas de
Mourão, foi a responsável pelo cresci- TOR AGRÍCOLA
mento da produção de trigo na região. grãos e a previsão já é receber a safra a 23 % PAR A O SE
s no setor
Hoje conta com entrepostos em 53 partir de janeiro de 2008. investimento
o
municípios do Paraná, Santa Catarina sucroalcooleir
e Mato Grosso do Sul e 87 unidades de > CASTROLANDA situada na STRIA

recebimento de produtos e está entre as cidade de Castro, região dos Campos 25% PAReAceAGvaRdaOIN, frutas e
maiores empresas exportadoras do País. Gerais, a Cooperativa Agropecuária Cas- do malte gia,
ação de ener
Recebe cerca de 3% de toda a produção trolanda, foi fundada, em 1951, por imi- sucos, co-ger área
orestamento,
nacional de grãos e fibras e 17% da safra grantes holandeses que, em uma área de logística, refl a
a, informátic
paranaense. Em 2006 a receita alcança- cinco mil hectares, instalaram a colônia administrativ
dos
da foi de R$ 2,6 bilhões. Outros números e a cooperativa. Mais de 50 anos depois, e supermerca
também impressionam: são mais de 19 a cooperativa conta com parque fabril e
IAÇ ÃO da área
mil cooperados e mais de 100 mil pes- operacional, fábrica de rações e escritó- 16 % PAR A AMPL
construção de
soas recebem benefícios diretos do co- rios administrativos, com faturamento de plantio e na
operativismo. anual de US$ 250 milhões. É modelo novas usinas
na produção de grãos. Mais de 100 mil
S é feita
> CAPAL com unidades instaladas hectares são cultivados no verão, com DOS RECURSO
A APLICAÇÃO o da região
soja, milho, feijão e batata, no sistema a vocaçã
em municípios da região norte do Esta- de acordo com
do e sudoeste de São Paulo, os principais de plantio direto, utilizando as mais mo-
S
dernas tecnologias agrícolas disponíveis S AGRÔNOMO
produtos e serviços da cooperativa Capal
são a recepção, armazenagem e secagem para atender aos padrões de qualidade 850 ENGENHEIRO
m na s cooperativas do Esta do
trabalha
de grãos e produção de rações fareladas. dos mercados brasileiro e internacional.

CASTROLANDA
Fábrica de rações
em Piraí do Sul:
mais valor à
Divulgação/OCEPAR

matéria-prima

37
PROFISSÃO E MERCADO um guia de oportunidades

POTENCIAL Engenheiros industriais madeireiros têm campo de trabalho

Mercado Profissionais
formados são
insuficientes para

promissor atender à demanda


das indústrias
paranaenses
VALORIZADO André trabalha há
dois anos na Arauco: conhecimento

ATRIBUIÇÕES
por SANDRA SOLDA

O trabalho de um engenheiro in- PROFISSIONAIS

Fotos: Estéfano Lessa


dustrial madeireiro começa no mo-
mento em que a madeira entra no SÃO VALORIZADOS
pátio de uma empresa. Todos os pro-
cessos por que a matéria-prima passa pelo mercado de
até se transformar em produto final
e chegar ao consumidor são acom- trabalho
panhados por esses profissionais.
A profissão é relativamente nova A principal função do engenhei-
e a primeira instituição de ensino do ro industrial madeireiro é transfor-
País a oferecer o curso foi a Univer- mar a madeira nos mais diversos
sidade Federal do Paraná (UFPR), em insumos, como carvão, móveis,
1999. De lá para cá se formaram 86 casas, utensílios e papel e energia
alunos e todos receberam propostas através da biomassa. O resultado é
de empresas. “É um mercado promis- um melhor aproveitamento da ma-
sor que tem campo de trabalho não deira, com redução de perdas, o que
só nas empresas diretamente ligadas agrega mais valor ao produto e gera
à madeira, mas em todas que utili- melhor resultado financeiro.
zam a matéria-prima em seus pro- André Keinert é engenheiro in-
cessos”, diz o doutor em Engenharia dustrial madeireiro e trabalha há
Florestal Umberto Klock, vice-coor- dois anos na Arauco do Brasil. “Há
denador do curso da UFPR. espaço no mercado de trabalho e
Dados da Federação das Indús- as empresas nos valorizam, porque
trias do Estado do Paraná (FIEP) aliamos os conhecimentos da enge-
mostram que o Paraná conta com LABORATÓRIO Umberto Klock (no alto) nharia com os da madeira, um ma-
quatro mil empresas ligadas à e os alunos Diogo Ribeiro e Luciana Leal terial bastante complexo”, explica.
madeira. Essas empresas têm 80 fazendo testes: qualidade
mil trabalhadores e são responsá-
>>

veis pela exportação de US$ 1,1


bilhão por ano.
Segundo Klock, o Brasil tem se
ONDE ESTUDAR
desenvolvido muito nos produtos
florestais. “Tenho uma visão muito Instituições de ensino que oferecem o curso no Brasil
otimista para o futuro. Com mais
engenheiros formados na área o se- > UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (Curitiba - PR)
tor madeireiro será profissionalizado > UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (Itapeva - SP)
com novos conceitos de gestão, de
> UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE (Lages - SC)
desenvolvimento de produtos e, com
isso, novas portas devem se abrir > UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (Pelotas - RS)
para o mercado brasileiro”, explica. > CENTRO UNIVERSITÁRIO DE UNIÃO DA VITÓRIA (União da Vitória - PR)
38
> UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (Vitória - ES)
AGENDA para você se programar

CURSOS, CONGRESSOS E WORKSHOP

09 A 13/12
2º SIMPÓSIO BRASILEIRO
DE DESASTRES NATURAIS E
TECNOLÓGICOS
O simpósio acontece em Santos (São
Paulo) e tem por objetivo reunir a
iniciativa privada, poder público,
comunidade científica e terceiro
setor para discutir riscos relativos
aos desastres naturais e tecnológicos,
sua ocorrência, controle, custos
e aspectos correlatos. Mais
informações pelo telefone (11) 3522-
8164 ou no site www.acquacon.com.
br/2sibraden

Jornada Ibero-Americana de 17/12


Engenharia de Segurança do Trabalho PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
E CIÊNCIA DE MATERIAIS
11 A 13/12 Estão abertas as inscrições para o
Programa de Pós-Graduação em
A jornada acontece em Curitiba. Paralelamente acontece a Exposição
Engenharia e Ciência de Materiais,
de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva e os cursos: “Como
da UEPG, até 17 de dezembro.
Gerenciar Ergonomia na Empresa” e “O Novo Contexto da NR4”. Os
A área de concentração é no
eventos serão no Instituto de Engenharia do Paraná (Rua Emiliano
desenvolvimento e caracterização
Perneta, 174). Informações: (41) 3322-9129 – ramal 215.
de materiais. Mais informações
podem ser obtidas pelo telefone (42)
3220-3160, no site www.uepg.br ou
mecm@uepg.br

GOVERNANÇA COOPERATIVA CREA-PR


Próximas reuniões do programa que aproxima 25/01/08
o Conselho dos profissionais ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DE TRABALHO
13/12
>>

REGIONAL CASCAVEL O XVI curso de Engenharia de


Segurança de Trabalho, realizado
14/12 REGIONAL MARINGÁ
pela UTFPR, está com inscrições
17/12 REGIONAL LONDRINA abertas até o dia 25 de janeiro
de 2008. O objetivo é melhorar
18/12 REGIONAL PONTA GROSSA o desempenho de engenheiros e
19/12 REGIONAL PATO BRANCO arquitetos e formar profissionais
com condições técnicas para
20/12 REGIONAL CURITIBA contribuir decisivamente nas fases
de planejamento, implantação,
O QUE É? Compreendem a Governança Cooperativa, Reuniões Modais, utilização e manutenção de obras.
Colégio de Inspetores, Audiências com o Presidente, Reuniões de Gestão, Mais informações pelo telefone
CREAjr-PR e Reuniões com Entidades de Classe. (41) 3310-4676 ou e-mail
kaibava@utfpr.edu.br
39
ÉTICA PROFISSIONAL por Jaime Pusch

EFEITO Cautela enquanto promotores de mudanças

Ato e conseqüência
Há uma teoria que diz alegoricamente que uma causa camadas mais profundas de solo, ser arrastada pela chuva
não se limita ao seu primeiro efeito. É a teoria da asa e incorporar-se a lençóis e cursos de água. E a coisa por aí
da borboleta. Seu enunciado pode ser resumido em uma vai fazendo novos efeitos que, dois ou três passos adiante
frase: “o simples farfalhar das asas de uma borboleta, aqui já se mostram imprevisíveis.
em meu jardim, desencadeia uma sucessão de eventos Aquele engenheiro que projetou o software de comuni-
atmosféricos que pode resultar em uma tempestade lá no cações da torre de controle de Brasília – que falhou em
Oceano Pacifico”. determinado momento – poderia imaginar que uma crian-
Vale dizer, todo evento é uma causa que produz um ça em São Paulo viria a ficar sem um salvador transplante
efeito. Todo efeito é uma nova causa de outro efeito e de fígado? Com certeza tal conseqüência dramática jamais
assim, em cadeia, ao infinito. As circunstâncias, adidas poderia ter lhe passado pela cabeça. Mas, aconteceu. E a
de outras causas convergentes, podem potencializar o causa primeira talvez tenha sido o mau funcionamento
impacto de um efeito lá, mais adiante. Esta mísera borbo- do equipamento aeronáutico que atrasou todos os vôos,
letinha pode derrubar um Boeing no Taiti. E, o pior, é que inclusive o que levaria o órgão a ser transplantado.
nem sempre podemos prever tal catástrofe. A imprevisi- Com certeza, o arquiteto que planejou o calçadão do
bilidade das cadeias de eventos trabalha contra a procura centro de sua cidade em petit-pavé não desejou, nem
de um efeito desejado e circunscrito a ele mesmo. imaginou que alguém, um dia, muitos anos depois, nele
Lepidópteros esvoaçantes não são do interesse apenas escorregaria e se lesionaria gravemente. A pedra calcá-
de entomologistas e eventualmente de meteorologistas. ria, com o uso intenso, tornou-se perigosamente polida
Isto vale para o exercício de nossas profissões que são e mostrou-se inviável de receber manutenção antiderra-
proativas e resolutivas. Ao menos como alegoria, merecem pante do órgão público responsável.
a atenção de todos os promotores de mudanças. Nós, Em nenhum caso podemos esticar o dedo e apontar
engenheiros, arquitetos e agrônomos buscamos resultados culpados. Todos agiram de boa-fé. Todos foram impeca-
antecipando o futuro. Somos buscadores de transforma- velmente corretos em seus projetos e prescrições. Casos
ções no meio, com vistas ao processo civilizatório, pois fortuitos não são obras da tecnologia. Nenhuma borbole-
esta é a razão ética de nossas profissões. Todo dia fazemos ta voa com a intenção de derrubar aviões do outro lado
com que nossas asas tecnológicas batam em nosso quintal do mundo.
profissional promovendo vôos resolutivos para a satisfa- No entanto, o que se espera é que cada profissional
ção de nossos clientes, pois esta é a nossa missão. tenha em mente o potencial de ofensividade de seus atos.
O agrônomo, ao prescrever um defensivo para Que em cada solução anteveja um novo problema que ela
erradicar uma lagarta, visa à fitossanidade da lavoura pode causar. Que a cadeia de eventos, ainda que impre-
que atende. É nobre a intenção a de proteger o produto visível, seja cercada de cautelas iniciais para amenizar
de seu cliente para assegurar rentabilidade e qualidade possíveis efeitos danosos. É nosso dever ético contri-
do alimento no mercado. Porém, deve ter em mente as buir com a incolumidade pública, com a preser-
possíveis conseqüências desta sua boa intenção. A lagarta vação ambiental, com a paz e a segurança
incorpora uma cadeia alimentar natural. O aplicador da das pessoas.
química é um ser humano também suscetível ao contato Nenhuma borboleta, por propó-
com o pesticida. A molécula é solúvel e pode atingir sito, é um animal daninho.

“ “O que se espera é que cada


profissional, quando desenvolve uma
solução, anteveja um novo problema
que ela pode causar”
40
PLURAL um tema, duas opiniões

GESTÃO Luiz Forte Netto, da SEDU, e Moacyr Fadel Júnior, da AMP, opinam sobre a Conferência das Cidades

Conferência das Cidades


Espaço permanente
de discussão
As conferências das cidades são um dos principais
instrumentos da gestão democrática. Elas compreendem

Alavanca para
momentos em que o poder público e a sociedade civil se
encontram para definir as diretrizes da construção de
cidades mais igualitárias.
Mais do que um espaço aberto ao debate franco sobre a
política urbana entre todos os cidadãos, as conferências são o
o desenvolvimento
primeiro passo para que cada esfera governamental – municipal,
estadual e nacional – elabore e execute ações e programas Não poderia ser mais relevante o debate que o governo fede-
adequados às suas necessidades e demandas sociais. ral, o governo estadual, os municípios e a sociedade civil estão
Espaço que assume caráter permanente. De acordo com fazendo por meio das Conferências das Cidades. Não há instru-
o Decreto nº 1.483, de 26 de setembro de 2007, o Paraná mento mais eficaz e democrático para definir as políticas de
regulamenta a implantação dos seus conselhos municipais, desenvolvimento urbano das 5,5 mil prefeituras brasileiras.
regionais e Estadual das cidades, cujas representações são Isto ficou claro quando participamos, no dia 26 de setembro,
referendadas no processo das conferências. da 3ª Conferência Estadual das Cidades, em Foz do Iguaçu. Na
Estes órgãos colegiados – formados por representantes ocasião, definimos dez propostas do Paraná para todo o País,
do poder público, movimentos sociais e populares, que foram apresentadas no encontro nacional, em Brasília.
trabalhadores, empresários, profissionais acadêmicos e A formulação destas propostas só foi possível porque os
de pesquisa e organizações não-governamentais – serão 1.092 representantes do poder público que participaram do
indispensáveis para a distribuição dos recursos do Plano de encontro, todos eles eleitos nas conferências municipais e regio-
Aceleração do Crescimento (PAC). nais, entenderam a seriedade e a importância da participação
No Paraná, o Conselho Estadual das Cidades será ativa de suas entidades no processo.
responsável pela definição das normas e prioridades para As Conferências das Cidades têm extrema importância
formulação da Política de Desenvolvimento Econômico do porque permitem uma plena interação entre os diferentes
Estado (PDE) e poderá emitir orientações e recomendações órgãos governamentais e a sociedade. Constituem-se em
relacionadas ao desenvolvimento urbano e regional, por um momento privilegiado para a formulação, articulação e
meio de resoluções. discussão de propostas que conduzam ao desenvolvimento
Além de sugerir e recomendar a aplicação dos recursos democrático e justo dos municípios. Foi isto o que aconteceu
para a criação e execução de novos programas relacionados em Foz do Iguaçu. É isto o que acontece em todas as cidades
às políticas públicas, os conselhos vão garantir a utilização onde as Conferências têm se realizado.
responsável de instrumentos como os fundos Nacional Este debate torna-se ainda mais relevante na medida em
e Estadual de Habitação de Interesse Social (FHIS); a que o Estatuto das Cidades completa seis anos de existência.
regulamentação de projetos de regularização urbana, As Conferências das Cidades têm papel crucial na garantia da
com a Lei de Responsabilidade Territorial Urbana e o execução das políticas públicas definidas na lei. Por isso, os
desenvolvimento de ações da Política Federal e do Plano prefeitos do Paraná são e serão sempre parceiros da União e do
Nacional de Saneamento Básico – resoluções retiradas de Estado nas Conferências. Mais do que espaços democráticos,
conferências das cidades anteriores. elas são uma ferramenta poderosa para alavancar o desenvol-
vimento nas nossas cidades.
Luiz Forte Netto é secretário de Estado do Desenvolvimento
Urbano, superintendente do Paranacidade e sua formação é em Moacyr Elias Fadel Junior é presidente da Associação dos
Arquitetura e Urbanismo Municípios do Paraná e prefeito de Castro
41
DE PONTA novidades a seu favor

Imagens: Divulgação/Knauf Drywall


TECNOLOGIA Chapa para teto alia conforto acústico à purificação do ar

Valor agregado

>>
ODORES
Tratamento por PATRÍCIA BLÜMEL
de chapa Redução de
Durante pesquisas com diferentes ma- partículas nocivas
com Cleaneo, térias-primas para o desenvolvimento do
que inclui drywall, sistema construtivo que substitui as
paredes internas de tijolos ou blocos, técnicos
o mineral da Knauf Drywall descobriram uma nova apli-
100% 100%
zeolito, cação para o produto. O tratamento das cha-
pas Delta, do drywall, com Cleaneo, uma com-
recebe nova posição especial de gesso e outros agregados,
aplicação como entre os quais se destaca o zeolito, um mineral
catalisador de rocha vulcânica, funciona como um catali-
sador, um purificador de ar. 28% 22%
“A descoberta foi feita em fevereiro de 2007
e, em outubro, o produto foi lançado, oficial-
mente, em todo o mundo. Foi uma inovação
porque nunca foi usado um produto parecido
na construção civil”, explica o engenheiro ci- Nível inicial de
vil Omair Zorzi, gerente técnico da Knauf. Formaldeídos 100%
Segundo ele, o crescimento da aplicação
do produto na construção civil tem sido de Nível inicial de Benzol 100%
40% ao ano. As chapas Delta com Cleaneo
têm aplicação em ambientes fechados, como Nível de compensação
escritórios, escolas, hotéis e restaurantes, onde
nem sempre o ar tem a qualidade ideal ou é
suficientemente renovado.
>>

APLICAÇÃO
Confira as características do produto

TEM A PROPRIEDADE de absorver TEM GRANDE ABSORÇÃO


determinados gases e elementos tóxicos, acústica, devido a sua
presentes no ar, funcionando como um superfície perfurada, contendo
catalisador — dispensando, para isso, a fibra de vidro na parte
luz solar — , transformando, por exemplo, superior. Fornecidas com
formaldeídos em água e dióxido de carbono furação redonda e quadrada,
(CO2). Cleaneo tem também propriedades com disposição em blocos INOVAÇÃO Produto alia conforto
desodorizantes, eliminando odores ou aleatória, são ideais para acústico à eliminação de odores
desagradáveis, inclusive de fumo. ambientes fechados.
42
43
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