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DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE
CONSTANTE DE PLANCK
USANDO LED
24/10/2009
Realizado por: Cidália Martins Torres
Maria João Carvalhal
Mónica Segadães Meireles
Determinação da constante de Planck usando LED FORMAÇÃO CONTÍNUA – 2009
ÍNDICE
ANEXO:
Semicondutores ............................................................................................................ 15
Díodos emissores de luz ............................................................................................... 16
INTRODUÇÃO TEÓRICA
Um díodo emissor de luz, ou LED (Light Emitting Diode), emite luz quando é percorrido por uma cor-
rente eléctrica, isto é, utiliza o efeito oposto ao efeito fotoeléctrico.
Figura 1 – LED – em polarização directa, o terminal maior deve ser ligado ao pólo positivo do gerador.
Um LED (como qualquer díodo) é formado por dois semicondutores diferentes: um de tipo p e outro
de tipo n, unidos. Quando se estabelece uma diferença de potencial entre estes dois materiais, de
modo a que o pólo positivo de LED fique ligado ao pólo positivo do gerador – polarização directa –, a
resistência é praticamente nula, o LED é atravessado pela corrente eléctrica e, nestas condições,
ocorre a emissão de luz.
A luz emitida por um LED não é monocromática; contudo, a banda de emissão é estreita, pelo que os
fotões emitidos terão todos aproximadamente a mesma frequência (figura 2). É possível fabricar LED
que emitem luz de diferentes cores, na gama do visível e do infravermelho, alterando a composição
do material semicondutor.
560
580
465
630
940
LED azul
1 LED verde
LED amarelo
LED vermelho
LED infravermelho
Intensidade
=ℎ∙ [1]
Esta emissão de luz ocorre quando os portadores de carga transitam entre diferentes estados de
energia ao passarem na junção entre os dois materiais semicondutores diferentes que constituem o
LED. A energia envolvida nesta transição é convertida em energia do fotão.
A curva característica de um LED ( = ( )) é uma curva exponencial (figura 3). Contudo, a porção
linear dessa curva é semelhante à de um receptor não puramente resistivo, para o qual:
= + ′ ∙ [2]
A ordenada na origem (obtida por extrapolação da curva característica do LED) é a força contra-
electromotriz, , isto é, a energia eléctrica, por unidade de carga, que é transformada em luz no
LED.
Figura 3 – Curva característica do LED (a tracejado, extrapolação da parte linear da curva para
determinação de ).
∙ = ℎ ∙ [3]
onde é carga eléctrica elementar, é a velocidade da luz e a frequência da luz emitida, que pode
ser obtida a partir da relação:
= [4]
declive =
Figura 4 – Força contra-electromotriz do LED em função da frequência do fotão.
O gráfico que relaciona a força contra-electromotriz, , com a frequência do fotão emitido (figura 4)
é uma recta cujo declive é proporcional à constante de Planck.
OBJECTIVOS
MATERIAL NECESSÁRIO
QUESTÕES PRÉVIAS
SOFTWARE
Caso a aplicação não conste na lista (após efectuar a ligação da calculadora ao CBL2), pressione em
sequência as teclas 2nd e LINK; com as setas de navegação, seleccione a opção RECEIVE e pressione
a tecla ENTER: surgirá a mensagem WAITING... No CBL2, pressione a tecla TRANSFER e aguarde a
transferência da aplicação para a calculadora. Esta operação só tem de ser realizada na primeira utili-
zação.
PROCEDIMENTO PRÉVIO
Figura 6.a – Circuito eléctrico para determinação do comprimento Figura 6.b – Espectro da radiação
de onda de máxima emissão dos LED utilizados. emitida.
3. Feche o circuito e faça variar a intensidade de corrente que o atravessa diminuindo progressiva-
mente a resistência do potenciómetro.
4. Observe o espectro da radiação emitida (figura 6.b), procure o valor de comprimento de onda ao
qual ocorre o máximo dessa emissão e registe-o.
Registe na Tabela 1 o valor do comprimento de onda da radiação emitida por cada um LED.
PROCEDIMENTO
Legenda:
2 1
5 1. LED
3
2. Sensor de tensão
3. Resistências de 100 Ω
4 4. Potenciómetro 470 Ω
7
5. Sensor de corrente
6. Pilha de 9 V
8 7. Fios condutores
6 8. Placa de contactos
(breadboard)
Não feche, para já, o circuito e coloque o cursor do potenciómetro na posição de resistência
máxima.
2. Ligue o sensor de corrente ao canal 1 e o sensor de tensão corrente ao canal 2 da interface CBL 2.
Use o cabo fornecido para ligar a interface à calculadora gráfica; empurre firmemente ambas as
extremidades do cabo para efectuar a ligação.
5. É conveniente calibrar o zero dos sinais recebidos nos dois canais. Para isso, mantendo o circuito
aberto:
a. No menu principal seleccione SETUP.
b. Seleccione ZERO no menu SETUP.
c. Seleccione ALL CHANNELS no menu SELECT CHANNEL.
d. Prima ENTER.
7. Terá agora de escolher o modo de recolha de dados, de modo a que apenas sejam guardados
valores quando assim o desejar:
a. No menu principal seleccione SETUP.
b. Use as setas de navegação para seleccionar MODE e prima ENTER.
c. Escolha SELECTED EVENTS no menu SELECT MODE.
d. Seleccione OK para voltar ao ecrã principal.
12. Existe uma proporcionalidade entre a diferença de potencial e a intensidade da corrente, para o
LED? Em caso afirmativo, faca um ajuste linear aos dados:
a. Pressione ENTER e seleccione 1: MAIN SCREEN para regressar ao ecrã principal.
b. Seleccione 4: ANALYZE no ecrã principal.
c. Seleccione 2: CURVE FIT em ANALYZE OPTIONS.
d. Seleccione 6: LINEAR (CH2 VS CH1) no ecrã CURVE FIT.
e. Registe os valores do declive e ordenada na origem, da recta de ajuste, na Tabela 1.
Registe também o coeficiente de regressão linear.
f. Pressione ENTER para ver o gráfico, com a recta de ajuste sobreposta.
2. Para construir uma nova lista a partir da lista anterior coloque o cursor (usando as setas de nave-
gação) na linha de cabeçalho da lista L2 e faça ENTER.
a. Escreva a expressão que lhe permite calcular a frequência de radiação a partir do
conhecimento do comprimento de onda. [L2 = 3x108 / (L1 x 10-9)].
b. Faça ENTER. A lista dos valores é automaticamente gerada.
3. Crie uma terceira lista, L3, com os valores da força contra-electromotriz, , determinados na
experiência acima. Siga o procedimento descrito no ponto 1.
6. Prima GRAPH.
7. Ajuste a janela do gráfico premindo WINDOW e modifique os valores dos limites mínimos e
máximos de X e de Y.
Nota: Para introduzir Y1 prima VARS. Na primeira linha, usando as setas de navega-
9. Determine o valor da constante de Planck a partir do declive da recta obtida (equação [3]). Regis-
te-o na Tabela 2.
TABELAS
Coeficiente de
LED /m / V / Ω
regressão linear
vermelho
amarelo
verde
azul
infravermelho
Constante de Planck
Ordenada na Constante de Planck Erro experi-
Declive valor obtido
origem valor tabelado mental
experimentalmente
QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS
SUGESTÕES
No âmbito do programa de Física do 12º ano, a experiência pode ser realizada integrada no estudo
da corrente eléctrica, para comparar a curva característica de um condutor óhmico (que pode ser
construído, por exemplo, com um fio de constantan ou de manganina) com a de um condutor não
óhmico, o LED.
Ainda no contexto do programa de Física do 12º ano, a experiência pode ser integrada no estudo da
Física Quântica.
No âmbito do programa de Física do 10º ano, a experiência pode ser utilizada para discutir qualitati-
vamente a relação entre a energia envolvida na emissão e o comprimento de onda da luz emitida.
Nesta actividade, usa-se o efeito oposto ao efeito fotoeléctrico. Pode complementar-se este estudo,
verificando que no LED ocorre também o efeito fotoeléctrico. Para tal, basta ligar os terminais do LED
(de preferência, LED vermelho) ao sensor de tensão e analisar a variação da tensão nos seus termi-
nais quando se faz variar a intensidade da luz incidente. Pode assim avaliar-se qualitativamente a luz
transmitida por alguns materiais ou reflectida por diferentes superfícies.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Abreu, M.C.; Matias, L.; Peralta, L.F. (1994). Física Experimental – Uma Introdução. Lisboa: Editorial
Presença.
Maciel, N.; Villate, J.; Azevedo, C.; Barbosa, F.M. (2009). Eu e a Física 12 – Guia de Laboratório. Porto:
Porto Editora.
Tipler, P.A.; Llewellyn, R.A. (2001). Física Moderna, 3ª edição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientí-
ficos Editora S.A.
SÍTIOS VISITADOS
ANEXO
SEMICONDUTORES
E3
E2
E1
Átomo isolado Sólido
Figura 1 – Níveis de energia de um átomo isolado e correspondentes níveis de energia num sólido.
A banda ocupada por electrões da última camada dos átomos – os electrões de valência – designa-se
por banda de valência. A banda permitida imediatamente acima é chamada banda de condução. Um
condutor é um sólido cuja banda de valência está apenas parcialmente completa ou cuja banda de
condução coincide parcialmente com a banda de valência.
Um sólido com a banda de valência totalmente ocupada é um isolante quando a largura de banda
proibida, que separa a banda de valência da banda de condução, é elevada (maior do que 2 eV).
Proibida
Sobrepostas
Permitidas vazias
Permitida ocupada
O movimento de um electrão, no interior de um sólido, por acção de um campo eléctrico, pode ser
descrito como a ausência de electrões (buracos ou lacunas) movendo-se em sentido oposto. Pode
então falar-se em portadores de carga negativa (electrões) e portadores de carga positiva (lacunas).
Se se fornecer energia a um electrão da banda de valência, suficiente para provocar a sua transição
para uma banda de energia superior, deixando uma lacuna na banda de valência, este efeito é visto
como a criação de um par electrão-lacuna. A criação de pares electrão-lacuna só tem interesse se a
vida média destes portadores de carga for suficiente para que o seu efeito seja sentido nas proprie-
dades eléctricas do material. É o que ocorre nos semicondutores.
A energia da banda proibida, que é elevada nos semicondutores puros como o silício ou o germânio
(elementos do grupo 14), pode ser reduzida se estes forem «dopados» com átomos de outros ele-
mentos. Pode, deste modo, alterar-se a concentração de portadores existentes, que é aproximada-
mente proporcional à concentração de impurezas no material. É portanto possível controlar a condu-
tividade eléctrica controlando a concentração de impurezas introduzidas. Nos semicondutores, este
controlo pode ser feito com precisão.
Se o semicondutor contém impurezas que lhe dão electrões excedentes (átomos de elementos do
grupo 15, como o fósforo ou o arsénio), portadores negativos, diz-se do tipo n; se tem impurezas que
lhe dão lacunas (átomos de elementos do grupo 13, como o gálio ou o índio), portadores positivos,
diz-se do tipo p.
Os díodos são constituídos por dois semicondutores numa junção p-n. Qualquer dos materiais é elec-
tricamente neutro porque no conjunto dos seus átomos, há igual número de cargas positivas e nega-
tivas. Na junção dos semi-condutores, ocorre a difusão de electrões do semicondutor n para o semi-
condutor p e de lacunas no sentido oposto; cria-se então uma zona de deplecção – pequena região
sem portadores de carga – que impede o fluxo dos portadores de carga. De um lado e de outro da
junção verifica-se um excesso de cargas, negativas de um e positivas de outro, que dá origem a uma
diferença de potencial electrostático, (figura 3). Esta zona corresponde a uma barreira de poten-
cial, que só pode ser vencida por aplicação de uma tensão exterior.
Tipo p Tipo n
⊕ ⊕ ⊕ ⊕ − +
⊕ ⊕ ⊕
⊕ ⊕ ⊕
⊕ ⊕ ⊕
⊕
⊕ ⊕
⊕ ⊕
Figura 3 – Junção p-n; formação da zona de deplecção.
Os LED são díodos emissores de luz. Quando se aplica à junção uma tensão exterior, de modo a que o
pólo positivo de LED fique ligado ao pólo positivo do gerador – polarização directa –, a resistência é
praticamente nula, o LED é atravessado pela corrente eléctrica e acende; no sentido oposto (polari-
zação inversa), o LED tem uma resistência quase infinita.
A luz emitida por um LED não é monocromática; contudo, a banda de emissão é estreita, pelo que os
fotões emitidos terão todos aproximadamente a mesma frequência (figura 4). Os mais comuns são
constituídos por ligas de gálio, alumínio e arsénio. Diferentes proporções de gálio e alumínio permi-
tem fabricar LED que emitem diferentes cores na região do visível e do infravermelho.
560
580
630
940
465
LED azul
1 LED verde
LED amarelo
LED vermelho
LED infravermelho
Intensidade
Quando os portadores de carga transitam entre diferentes estados de energia ao passarem na junção
p-n, a energia envolvida nesta transição é convertida em energia do fotão. A energia de cada fotão
emitido, , é directamente proporcional à sua frequência, ν:
=ℎ∙
A tensão aplicada ao LED corresponde à energia por unidade de carga fornecida aos electrões para
vencerem a barreira de energia:
=∙
Na prática, ocorrem outros efeitos na propagação da corrente através do LED: efeitos térmicos e de
difusão de portadores de carga. Se estes efeitos não fossem considerados, a condução da corrente
apenas seria iniciada quando a tensão fosse superior à barreira de potencial, , e a curva caracterís-
tica seria a representada na figura 5.a. Na prática, há uma corrente reduzida no LED, e a curva carac-
terística é uma exponencial (figura 5.b) que se aproxima assimptoticamente da recta
= +∙
O método utilizado corresponde a traçar a tangente à parte linear da curva característica do LED,
obtendo-se por extrapolação o valor de . A variação de com a frequência da radiação emitida
pelos LED fornece uma relação linear a partir da qual pode ser estimada a constante de Planck.
Figura 5.a – Curva característica do LED, se se desprezar Figura 5.b – Curva característica real do LED.
os efeitos térmicos e de difusão
Para aquisição dos dados que permitem construir a curva característica, usa-se um circuito com um
potenciómetro ligado em série (que permite fazer variar a tensão nos terminais do LED) semelhante
ao representado na figura 6.