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1.
1.1.1. Tomás de Alencar personifica o romantismo agonizante, que não vê com bons
olhos o Realismo/ Naturalismo por estes questionarem tudo aquilo que ele defende.
Por isso, quando se refere ao Naturalismo Alencar qualifica-o depreciativamente e
utiliza expressões como: “pústula e pus”; “excremento” e “literatura latrinária”.
Segundo o ponto de vista de Alencar, as senhoras podiam ler literatura romântica sem
corar, o que não acontecia com a literatura naturalista e realista que alimentava o
gosto por situações obscenas e escabrosas (“(…) nesses tempos podia-se emprestar
romances a senhoras, ainda não havia a pústula e o pus…”). Para Alencar, assim como
para os outros Românticos, esta nova estética literária, com as novas abordagens
científicas e que se opunha aos valores tradicionais, correspondia à corrupção dos
princípios do Romantismo.
Ega considera o Naturalismo uma ciência (“A forma pura da arte naturalista devia ser a
monografia, o estudo seco de um tipo, de um vicio, de uma paixão, tal qual como se se
tratasse de um caso patológico sem pitoresco e sem estilo…”), não distinguindo a
Ciência da Literatura.
Craft e Carlos criticam o naturalismo: Craft censura a forma crua como o naturalismo
apresenta a realidade nos livros e defende a arte como idealização do melhor que
existe na natureza (“ Craft não admitia também o naturalismo, a realidade feia das
coisas e da sociedade estatelada nua num livro. A arte era uma idealização…que se
mostrasse os tipos superiores de uma humanidade aperfeiçoada, as formas mais belas
do viver e do sentir”); Carlos ataca o realismo por considerar exagerado o cientificismo
na literatura realista e as suas bases filosóficas (“Carlos declarou que o mais intolerável
no realismo eram os seus grandes ares científicos(...) e a invocação de Claude Bernard,
do experimentalismo, do positivismo, de Stuart Mill e de Darwin, a propósito de uma
lavadeira que dorme com um carpinteiro!”). No entanto ambos recusam o
ultrarromantismo de Alencar, por serem apologistas da moderação.
1.3.
2.
Segundo Cohen, a causa da crise não pode ser atribuída aos banqueiros (“o
empréstimo tinha de se realizar”), mas sim à necessidade de “reformas” por parte do
país, tendo em conta que os empréstimos são a principal fonte de receita (“Os
empréstimos em Portugal constituíam hoje uma das fontes de receita, tão regular, tão
indispensável”). Para além disso, Cohen considera que a bancarrota é natural e
inevitável (“A bancarrota é inevitável”).
3.
3.1. - Em duas ocasiões, durante o jantar, o narrador caracteriza Jacob Cohen a partir
de referências à sua esposa: “o marido da divina Raquel” e “pela influência do seu
banco, dos belos olhos da sua mulher e da excelência do seu cozinheiro”. Estas alusões
a Raquel Cohen contribuem para a caracterização do marido, na medida que
condicionam a forma como era visto. Apesar de ser o diretor do Banco Nacional e de
ter um cargo importante, é mencionado tendo em conta a beleza de sua mulher.