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Universidade Zambeze – Beira

Faculdade de ciências e tecnologia (FCT)

Licenciatura em ciências actuariais

Antonio Joaquim Dango


Elton Pires Chitsumba
Florida Zunguze
Gulamo Alige Dunia

Estudo de PIB versus inflação

Docente: Judite Msopela

Beira

2020
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Universidade Zambeze – Beira

Antonio Joaquim Dango


Elton Pires Chitsumba
Florida Zunguze
Gulamo Alige Dunia

Índice
Capitulo I: Introdução....................................................................................................4
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................4
1.1.1. Objectivos gerais..................................................................................................4
1.1.2. Objectivos específicos.........................................................................................4
1.2. Metodologia............................................................................................................5
1.2.1. Método do trabalho..............................................................................................5
1.3. Técnica usada..........................................................................................................5
Capitulo II: Referencial teórico.....................................................................................6
2.1. Produto interno bruto (PIB)....................................................................................6
2.1.1. Conceito do PIB...................................................................................................6
2.1.2. PIB Nominal.......................................................................................................7
2.1.2. PIB Real...............................................................................................................7
2.1.4. Deflator PIB.........................................................................................................8
2.1.5. Produto nacional bruto (PNB).............................................................................8
2.1.6 . Produto potencial...............................................................................................9
2.1.7. Produto efectivo..................................................................................................9
2.2. Taxas crescimento anual/global............................................................................11
2.2.1. Taxa crescimento nominal da economia (in):....................................................11
3

2.2.2. Taxa crescimento real da economia (iR):..........................................................11


2.2.3. Taxa crescimento preços (iP) ou Deflator:........................................................11
2.3. Estabilidade dos preços.........................................................................................12
2.3.1. Inflação..............................................................................................................12
2.3.1.1. Inflação moderada...........................................................................................12
2.3.1.2. Inflação galopante..........................................................................................12
2.3.1.3. hiperinflação...................................................................................................12
2.4. Índice de preços no consumidor ou índice de Laspeyres......................................14
2.4.1. Deflator do PIB ou índice de Paasche...............................................................15
2.5. Teste de auto-correlacao.......................................................................................15
Capitulo III: conclusão.................................................................................................17
3. Conclusão.................................................................................................................17
Referências bibliográficas............................................................................................19

Capitulo I: Introdução

1. Introdução

No presente trabalho científico abordar – se – a acerca do PIB versus a inflação.


Porém, há quem discorde dessa abrangência do PIB. Segundo Samuelson e Nordhaus
(2012), o PIB não demonstra os danos ambientais, o investimento na educação, mas
leva em consideração a produção de mísseis e bombas, os salários dos guardas de
prisões. Em um dos discursos de Robert Kennedy sobre o produto nacional bruto, este
não inclui a inteligência do debate público, a integridade dos funcionários públicos, nem
a sabedoria, o conhecimento, os prazeres ou as dores das pessoas em suas vidas
quotidianas. Apesar de alguns críticos apontarem algumas deficiências, ainda, quando
se deseja determinar o nível de desenvolvimento económico do país, analisa-se o PIB
per capta.

Para a análise do nível de vida, é inadequado usar apenas a taxa agregada de inflação
dos preços de bens de consumo (IPC) por causa das seguintes razões: (1) os padrões de
consumo diferem entre famílias, dependendo de elas serem mais pobres ou mais ricas;
(2) mais especificamente, a proporção do rendimento gasto no consumo de comida
diminui à medida que o rendimento aumenta (o que é conhecido como "lei de Engel")
4

O tema do presente trabalho científico e constituído pelos seguintes subtemas: Conceito


de análise numérica, seu objectivo, sua importância e aplicação da análise numérica.

O presente trabalho está estruturado da seguinte maneira: Capa, conta-capa, introdução,


desenvolvimento ou referencial teorico, conclusão e bibliografia.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivos gerais

 Falar do PIB Versus a inflação


1.1.2. Objectivos específicos

 Apresentar os conceitos de PIB e a inflação;


 Relacionar O PIB e a inflação;
 Falar da importância do PIB;
 Fazer menção a variedades do PIB e da Inflação;
 Diferenciar o PIB a inflação e o PNB.

1.2. Metodologia

1.2.1. Método do trabalho

Para realização de qualquer trabalho científico, e indispensável o uso de certos


procedimentos, chamados métodos.

Segundo Libânio (1994: 15), o método e um caminho usado para atingir um objectivo.
O presente trabalho científico foi feito pelo método de pesquisa/ análise bibliográfico.

1.3. Técnica usada

Segundo Seguier (1983), técnica “ e o conjunto dos processos de uma arte, de um


ofício”. No presente trabalho foi usado a técnica documental.
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Capitulo II: Referencial teórico

2.1. Produto interno bruto (PIB)

2.1.1. Conceito do PIB

Corresponde ao conjunto de bens e serviços produzidos dentro das fronteiras de Um


país, não importa por quem – critério da territorialidade.

O PIB, portanto, é considerado o melhor meio de medir a situação económica de uma


sociedade, pois abrange a renda total da população do país, mas também, a despesa total
com os bens e serviços produzidos (SAMUELSON: NORDHAUS, 2012).

Mankiw (2012) define “Produto Interno Bruto é o valor de mercado de todos os bens e
serviços finais em um país, em um dado período de tempo”. Esse indicador consiste na
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soma de diferentes tipos de produtos para uma medida de valor da actividade económica
e não inclui transacções intermediárias, apenas o bem final a fim de não ser calculado
em duplicidade. Em Senna (1980), chama-se valor adicionado, o qual calcula o valor
agregado ao longo do processo de fabricação do bem ou serviço, evitando a dupla
contagem, e resultando valor final do produto.

PIB: trata-se do valor monetário de toda a actividade produtiva desenvolvida numa


determinada área geográfica (geralmente, um país) durante um determinado período de
tempo (regra geral, um ano ou um trimestre). (GOMES, 2012, p.7).

O PIB é considerado o indicador que representa de maneira mais completa uma


economia, o seu cálculo se dá através do somatório, em valores monetários, dos bens e
serviços produzidos por um país (dentrodo país), de acordo com Vasconcelos e Garcia
(2009). É importante ressaltar que no cálculo do PIB são considerados somente os bens
e serviços finais, para evitar que um mesmo produto seja contabilizado duas ou mais
vezes (LOURENÇO e ROMERO, 2002), que o define como o indicador síntese de uma
economia.

Através do resultado do PIB é possível verificar se a economia está em


desenvolvimento ou recessão. No Brasil o valor do PIB é calculado pelo IBGE, tendo
por base uma metodologia recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O PIB pode ser calculado a preços correntes (nominais ou monetários) e constantes
(reais).

Segundo estudo realizado por Mankiw (2005), o PIB pode mensurar duas coisas

O PIB (Y) é calculado a partir de quatro componentes: consumo (C), investimento (I),
compras do governo (G) e as exportações líquidas (EL), portanto, por meio da adição
observada na Fórmula 1:

Y= C + I + G + EL

O consumo refere-se às despesas das famílias em bens e serviços, exceto compra de


imóveis. Sendo bens duráveis ou não duráveis. O investimento é a compra de bens que
serão usados no futuro para produzir mais bens e serviços. É a soma das compras de
bens de capital, estoque e estrutura. As compras do governo incluem os gastos em bens
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e serviços dos governos municipais, estadual e federal, incluindo os salários de


funcionários do governo e as despesas de obras públicas. As exportações líquidas são
iguais às compras por parte dos estrangeiros, de bens produzidos internamente
(exportações) menos as compras internas de bens estrangeiros (importações). (Mankiw,
2012).

Como os preços sofrem alterações, devido à inflação, em geral fazendo os preços


subirem. Há algumas formas de medir o PIB, devido a essa variação dos preços:

2.1.2. PIB Nominal

Medido em um determinado ano, utilizando os preços de mercado, do mesmo ano.


Calcula-se a produção de bens e serviços usando a variação dos preços, corrente.
Geralmente citado por economistas quando referem se ao crescimento de um período a
outro (MANKIW, 2012).

2.1.2. PIB Real

Medido em um determinado ano, utilizando os preços de um ano-base. Calcula a


variação de bens e serviços sem a influência da variação dos preços. Utilizado quando
se refere à capacidade da economia em atender as necessidades da população
(MANKIW, 2012).

2.1.4. Deflator PIB

Consiste na diferença do PIB nominal e do PIB real, pois assim mostra os preços dos
bens e serviços.

Deflator PIB = PIB Nominal / PIB Real x 100


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Segundo Senna (1980), não existe uma única forma de calcular essa variação, pois
envolve a colecta de informações sobre preços e produção, e é possível construir alguns
índices. O nível de produção e renda, e seu desempenho em determinado período, é
normalmente considerado como indicador de desenvolvimento económico, por isso é
importante que conheça a relevância de cada indicador.

Segundo Heineck (2010) o PIB é calculado por meio de três ópticas:

a) Do produto - mede a produção, ou seja, o valor da produção menos o valor


adicionado ao longo do processo de fabricação;

b) Da renda - mensura o rendimento dos agentes económicos, ou seja, a soma das


remunerações pagas aos factores de produção;

c) Da despesa - mede o consumo, ou seja, a soma dos gastos finais da economia - sejam
estes em bens de consumo ou formação de capital.

Para Heineck (2010), essas ópticas expressam valores iguais do produto, pois respeita o
conceito básico do fluxo circular da economia em que todos os recursos ficam
circulando pelos vários mercados e a sua medição em qualquer um dos canais de
circulação resultam, nos mesmos valores, porque não há acréscimo ou perda.

2.1.5. Produto nacional bruto (PNB)

Corresponde ao conjunto de bens e serviços produzidos por nacionais de um país, não


importa onde – critério da nacionalidade.

2.1.6 . Produto potencial

Corresponde à capacidade produtiva de um país. Equivale ao conjunto de bens e


serviços que podem ser produzidos quando todos os recursos (naturais, trabalho e
capital) estão a ser eficientemente empregues. O produto potencial equivale ao pleno
emprego dos recursos. O PIB potencial apresenta uma trajectória ascendente ao longo
do tempo no suposto que os recursos de uma economia aumentam de ano para ano. O
aumento de recursos pode ocorrer, por exemplo, através de avanços tecnológicos ou
crescimento demográfico. O PIB potencial representa a tendência evolutiva a longo
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prazo da economia. Este conceito de PIB potencial pode ser, na microeconomia,


traduzido pela fronteira de possibilidades de produção (FPP).

2.1.7. Produto efectivo

Corresponde à riqueza gerada no país, em cada momento.

À diferença entre o PIB potencial e o PIB efectivo chama-se Hiato. Os hiatos podem ser
(i ) positivos, se o PIB efectivo está acima do potencial, o que pode acontecer se houver
recurso, por exemplo a horas extras ou ao uso intensivo de equipamentos (laboração em
vários turnos) ou (ii ) negativos, se o PIB efectivo está abaixo do potencial. Aos pontos
assinalados com A e B (ou C), chamam-se de «pico» e «cava», respectivamente.

A oscilação do PIB efectivo em torno do potencial é conhecida por ciclo económico.


Essas flutuações vão desde a «cava» ao «pico». Os ciclos económicos pode ser de:

• Recessão – período de decréscimo do PIB efectivo pelo menos durante dois ou três
trimestres consecutivos com um hiato negativo pequeno (ponto B);

• Depressão – período de decréscimo do PIB efectivo com um hiato negativo grande


(ponto C);

• Expansão – período de crescimento do PIB efectivo com um hiato positivo (ponto A).

O cálculo do produto, requer a agregação das produções. Esta agregação faz-se em


termos monetários, convertendo as produções físicas de bens e serviços em unidades
monetárias (por exemplo €). Neste processo de medição surgem dois novos conceitos de
produto: o produto interno bruto nominal e real.

Exemplo: O quadro abaixo sintetiza a produção dos bens A e B e C de uma economia

Produto Ano 2011 Ano 2012


Quantidade Preço Valor Quantidade Preço Valor
unitário unitário
A 100 15 1500 95 18 1710
B 150 8 1200 140 12 1680
Total 2700 3390
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Da análise do quadro é possível concluir que o PIB desta economia foi no ano de 2011
avaliado em 2700 u.m. e em 2012 avaliado em 3390 u.m. Estes resultados parecem
indicar que a economia registou um crescimento económico. Esta conclusão está errada
porque só existe crescimento económico quando o que se produz em termos reais ou
físicos aumenta (exemplo, se na economia são produzidas mais unidades do bem A ou
do bem B). Olhando para as colunas das quantidades nos dois anos percebe-se que a
quantidade produzida de ambos os bens diminuiu de 2011 para 2012. Enquanto em
2011 se produziam 100 unidades do bem A em 2012 só se produziram 95 unidades.
Então se em termos físicos a produção diminuiu o que explica ainda assim o aumento
do PIB (de 2700 u.m. para 3390 u.m.)? Este aumento do produto é explicado pela
inflação. Deste modo a redução da produção, em termos de volume, foi compensada por
um aumento mais que proporcional dos preços.

Apresentamos de seguida alguns cálculos do produto real e nominal:

PIB nominal de 2011 = Q2011 × P2011 = 2700

PIB nominal de 2012 = Q2012 × P2012 = 3390

PIB real de 2011 = Q2011 × P2011(ano base) = 2700. No ano base e só neste ano o
PIB real = PIB nominal.

PIB real 2012 = produto das quantidades produzidas em 2012 e dos preços do ano base
(2011): PIB real 2012 = Q2012 × P2011 = 95 × 15 + 140 × 8 = 2545.

Constata-se assim que o PIB calculado em termos nominais incorpora sempre dois
efeitos:

• Efeito crescimento físico, real ou em volume – Quantidades.

• Efeito variação dos Preços.

2.2. Taxas crescimento anual/global

Valor final−Valo r inicial


Taxas de crescimento calculam-se sempre pela fórmula:
Valor inicial
*100

Para calcular as variações podemos recorrer a taxas de crescimento anual ou


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global:

2.2.1. Taxa crescimento nominal da economia (in):

PIB nominal 1−PIB nominal 0


In = PIB nomi nal 0
*100

2.2.2. Taxa crescimento real da economia (iR):


PIB real 1−PIB real 0
Ir = PIB real 0
*100

2.2.3. Taxa crescimento preços (iP) ou Deflator:

PIB nominal 1−PIB real 1


Ip = PIB real 1
*100

Estas taxas de crescimento nominal, real e de preços podem ser sintetizadas


pela identidade:
(1 + in ) = (1 + iR ) × (1 + iP )

Apresentamos de seguida cálculos destas taxas para os dados iniciais (no quadro):

3390−2700
In = 2700
*100

In = 25, 55%

Em termos nominais a economia registou um crescimento de 25,55%. Este valor pouco


nos diz pelo que temos de calcular o crescimento real ou crescimento económico:
2545−2700
IR = 2700
*100

IR = -5, 74%

Em termos reais a economia não registou um crescimento económico. A produção em


volume em 2012 reduziu-se em 5,74%. O crescimento económico é medido pela taxa de
crescimento real do produto.

Assim o crescimento nominal foi explicado pela inflação:

3390−2545
Ip = 2545
*100
12

Ip = 33, 2%

Esta economia registou uma inflação de 33,2% entre 2011 e 2012.

2.3. Estabilidade dos preços

Numa economia os preços devem evidenciar um padrão evolutivo estável ao longo do


tempo. A economia não deve registar surtos de subida generalizada do nível de preços –
fenómeno conhecido por inflação, nem episódios de descidas generalizadas dos preços –
processo conhecido por deflação.

2.3.1. Inflação

O aumento nos preços, conhecido como inflação, e estatisticamente demonstrado pelo


IPC (Índices de Preços ao Consumidor), busca mensurar o aumento que deve haver na
renda para obter o mesmo padrão de vida (MANKIW, 2012).

Para Sandroni, inflação é

O aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma


contínua perda do poder aquisitivo da moeda. É um fenômeno
monetário, e isso coloca uma questão básica: se é a expansão da
oferta de moeda que tem efeito inflacionário ou se ela ocorre como
resposta à maior demanda de moeda provocada pela inflação
(SANDRONI, 1999, p.301 e 302)

A inflação pode ser de diferentes graus:

2.3.1.1. Inflação moderada

quando os preços sobem poucos pontos percentuais anualmente.

2.3.1.2. Inflação galopante

Quando Ha elevadas taxas anuais de crescimento dos preços.

2.3.1.3. hiperinflação
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Quando os preços crescem mensalmente a taxas elevadas A existência de inflação


acarreta vários problemas:

• Funciona como um imposto que retira poder de compra – penaliza sobretudo as


classes com rendimentos fixos (com salários ou pensões não ajustados/ as).

• Favorece os devedores em detrimento dos credores – em clima de inflação, é mais


arriscado conceder empréstimos (taxa juro nominal = taxa de juro real + inflação). Num
processo de concessão de empréstimo é negociado a taxa de juro nominal. Mas o valor
que, efectivamente, interessa, que é recebido (ou pago) por quem concedeu o
empréstimo (pediu o empréstimo) é a taxa de juro real.

• Alteração nos preços relativos e eficiência económica – a inflação distorce a


percepção dos agentes económicos quanto aos sinais emitidos pelos preço decisões
distorcidas  ineficiência económica  inflação causa «ruído» na informação emitida
pelos preços relativos e gera incerteza.

• Ilusão monetária – fenómeno que faz com que os agentes tendam a cometer erros
sistemáticos ao compararem variações nominais com variações reais.

Ex. Comparação do salário do ano anterior com o do ano corrente.

• Custos de «Menu» – os custos de menu são custos associados ao ajustamento de


preços por parte das empresas. São o caso do custo de:

⎯ Decidir sobre os novos preços.

⎯ Imprimir novas listas de preços e catálogos.

⎯ Enviar essas novas listas para os clientes.

⎯ Anunciar esses novos preços.

⎯ Lidar com o aborrecimento dos clientes com a mudança dos preços.

• Shoe-Leather Costs («custo de sola de sapato») – custo de reduzir a detenção de


liquidez (idas consecutivas ao banco desgastam as solas dos sapatos). Na presença de
inflação, cada unidade monetária comprará menos bens, pelo que a forma de evitar a
erosão do poder de compra será levantar menores quantidades de dinheiro e,
consequentemente, ir mais frequentemente ao banco. O custo real de reduzir a
quantidade de moeda mantida em mãos não é (evidentemente) o desgaste dos sapatos
mas sim o tempo e a comodidade sacrificadas para ter menos moeda que teria se não
houvesse inflação.
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• Distorções tributárias – a inflação exerce um sistema erosivo sobre o sistema


tributário. Na elaboração das leis tributárias a inflação é, frequentemente, descurada. Os
economistas denotaram que a inflação tende a aumentar, por exemplo, a carga fiscal
sobre o rendimento obtido das poupanças (exemplo, tributação das mais valias)  as
taxas de imposto incidem sobre valores nominais, e como estes crescem com a inflação
 a receita nominal dos impostos aumenta.

A deflação é um problema tão ou mais grave que a inflação porque pressupõe

um adiamento das decisões de compra por parte dos consumidores desencadeando um


ciclo vicioso de recessão económica. Para medir a inflação usam-se médias ponderadas
dos preços ou Índices de Preços. Os índices mais usuais são o Índice de Preços no
Consumidor ou Índice de Laspeyres e o Deflator do PIB ou Índice de Paasche.

2.4. Índice de preços no consumidor ou índice de Laspeyres

Reflecte as variações de preços de um cabaz fixo de bens adquiridos pelo consumidor.

Fazem parte desse cabaz, bens onde o consumidor gasta a maior parte do seu
rendimento, nomeadamente, alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, lazer.
As variações de preços dos diferentes bens são ponderadas pelo peso económico e
proporcional à despesa de cada produto no cabaz. Estas ponderações são fixas
(quantidades do ano base). A composição do cabaz é revista a longo prazo. Este índice
mede o nível de preços de um determinado ano relativamente ao nível de preços do ano
base (para o qual se define um índice 100).

IL =
∑ ( pa∗Qb) = IPC
∑ (¿ Pb∗Qb)¿

Onde:

Pa – preços ano atual


Pb – preços ano base
Qa – quantidades ano atual
Qb – quantidades ano base

O índice de preços no consumidor (IPC) ou índice de Laspeyres (IL) sobrestima a


inflação pois ao usar uma ponderação fixa (quantidades do ano base) não comporta a
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substituição que os consumidores tendem a fazer dos bens mais caros pelos mais
baratos.

2.4.1. Deflator do PIB ou índice de Paasche

Reflecte as variações de preços de um cabaz não fixo de bens (quantidades do ano


corrente). O deflator mede os preços de todos os bens produzidos no território nacional,
abrangendo um leque maior de produtos que o IPC. O cabaz de bens no Deflator varia
anualmente ao contrário do cabaz usado no IPC que só varia de temos a tempos.

Ip =
∑ (Pa∗Qa) = IL =
PIB nominal
= Deflator
∑ (¿ Pb∗Qa) ¿ PIB real

Onde:

Pa – preços ano actual


Pb – preços ano base
Qa – quantidades ano atual
Qb – quantidades ano base

O Deflator ou o índice de Paasche (IP) subestima a inflação porque usa as quantidades


do ano atual. Numericamente, os dois índices distinguem-se pelas quantidades que
empregam. Enquanto o índice de Laspeyres utiliza as quantidades do ano base o índice
de Paasche utiliza as quantidades do ano actual ou corrente. Adicionalmente, o IPC ao
refletir a variação dos preços dos bens adquiridos pelos consumidores incorpora as
variações de preços dos bens importados. O Deflator só reflecte a variação dos preços
dos bens produzidos em território nacional. Exemplo: Se os automóveis da marca
Toyota registarem um aumento, essa variação de preços será contemplada no IPC e não
no Deflator porque se trata de um produto importado.

Para testar as hipóteses com relação ao PIB e Inflação usa – se o teste de auto-
correlacao

2.5. Teste de auto-correlacao

Observaçã PIB Inflaçã (x- (y-γ ) (x- χ). (x- χ )2 (y-γ )2 γ2


o o χ) (y-Y)
2011 2700 0 77, - - 6006,2 178506,2 0
5 422, 32743 5 5
5
16

2012 2545 845 - 422, - 6006,2 178506,2 714025


77, 5 3274 5 5
5 3
∑n 5245 845 0 0 - 12012, 357012,5
6548 5 714025
7
μ 2622, 422,5
5

Y = β 1+ β 2 x + ei

−65487,5
β 2= = -5,4516
12012,5

β 1=Y −β 2 X = 422,5 + 14296,821 = 14719,321

e1 = Y1-β 1−β 2 X1= 0 – 14719, 321 + (5,4516.2700) = -0,001

e2 = Y2 - β 1−β 2 X 2 = 845 – 14719,321+(5,4516.2545) = 0, 001

e1 – e1-1 = -0,001 – 1000 = -1000,001

e2 – e2-1 = -999,999

(e1 – e1-1)2 = 1000002

(e2 – e2-1)2 = 999,998


n
D = ∑ (ei – ei . 1−1)12/∑ ei¿ ¿ = 1001001,99/0,000002 = 5,005
i=2

Capitulo III: conclusão

3. Conclusão

Chegado o final do trabalho conlui – se portanto que Um aspecto importante relaciona-se


com o primeiro elemento da definição, ou seja, que o PIB corresponde a um valor
monetário. Efectivamente, quando é calculado o valor total da produção, o primeiro passo
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consiste em medir o valor em unidades monetárias de cada bem ou serviço produzido – não
podemos somar laranjas e maçãs, computadores portáteis e serviços de consultoria, uma
refeição e uma viagem de autocarro, mas a economia de mercado em que vivemos permite
efectivamente que somemos o valor de todos estes bens e serviços; para tal basta utilizar
uma mesma unidade monetária, que pode perfeitamente ser aquela que utilizamos como
meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor na nossa actividade diária: metical.

A partir do momento em que medimos o valor de todos os bens produzidos em metical, o


PIB será também ele medido em metical;

No entanto O valor de cada bem e serviço é medido a preços de mercado, ou seja, tendo
em conta os preços a que efectivamente os bens produzidos foram transaccionados no
mercado.

Um outro aspecto que requer alguma reflexão respeita à expressão ‘toda a actividade
produtiva’, que também surge na definição de PIB que apresentámos.

Será que o PIB consegue mesmo medir tudo o que é produzido? Já ficou claro que mesmo
que assim fosse, o PIB não é, nem pretende ser, uma medida perfeita do bem-estar da
população de um país. Este agregado é um indicador da quantidade (devidamente
ponderada pelo respectivo valor relativo) de bens e serviços que a economia produz e que
potencialmente podem contribuir para o bem-estar.

Aqui, o termo potencialmente é relevante, porque como sabemos nem sempre aquilo que
tem maior valor económico é aquilo que mais nos ajuda a satisfazer necessidades ou a
garantir um maior nível de utilidade.

Uma dificuldade que é frequentemente mencionada na forma como o PIB mede a produção
relaciona-se com o facto de esta medida apenas poder contabilizar o valor gerado pelas
entidades que existem precisamente com o objectivo de criar valor: as empresas.
Desta forma, fica excluído do PIB a produção doméstica, ou seja, tudo aquilo que
produzimos para nosso próprio usufruto ou para usufruto daqueles com quem coabitamos.
Se dada família tem de decidir entre tomar uma refeição em casa ou no restaurante, esta
decisão tem impacto sobre a actividade produtiva que é efectivamente contabilizada: a
concepção da refeição em casa não se traduz numa transacção de mercado e, portanto,
apesar de gerar valor não gera valor passível de contabilização.
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Referências bibliográficas

PINHO Micaela. Macroeconomia – Teoria e Prática Simplificada. 1ª Ed Lisboa: Abril


de 2015

Instituto de Estudos sociais e económicos. Maputo: Abril de 2011.


GOMES Orlando. Macroeconomia – noções Básicas. Fevereiro de 2012

ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 20.ed. São Paulo: Atlas, 2003.


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