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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

Autos: ET 0000030-61.2017.5.09.3365
Agravante: Queti Ferraz da Silva
Agravado: Wesllen Fernando Krominski

RAZÕES DE AGRAVO DE PETIÇÃO, PELA AGRAVANTE QUETI


FERRAZ DA SILVA

ÍNCLITOS JULGADORES.

Em que pesem os argumentos expendidos pelo Juiz da


Coordenadoria de Conciliação e Apoio Permanente à Execução de Curitiba/Pr
– COCAPE na sentença de Ids. 03d4b5e, entende-se que o decisum de
primeiro grau merece ser reformado nos seguintes tópicos:

I. PRELIMINARMENTE

01. Das Notificações e Intimações

Por derradeiro, reitera o pedido para intimações e publicações


serem feitas em nome do advogado Sérgio Luiz da Rocha Pombo,
OAB/PR 18.933, sob pena de nulidade nos termos da Súmula 427 do TST.

02. Da Tempestividade

A sentença de Ids. 03d4b5e foi divulgado no DEJT-PR de


27.03.2019, com publicação no dia 28.03.2019, iniciando-se a contagem do
prazo, que é de oito dias úteis, no dia 29.03.2019 (sexta-feira), de modo
que o seu termo final ocorreu no dia 09.04.2019 (terça-feira), nos termos
do artigo 775 da CLT.

03. Da Ausência De Delimitação De Valores E Garantia De


Juízo
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Número do processo: AP 0000030-61.2017.5.09.3365 ID. b0d2c43 - Pág. 2
Número do documento: 19040914253161800000017184646
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O art. 897, § 1º, da CLT exige a delimitação justificada das


matérias e dos valores abordados em agravo de petição como requisito de
admissibilidade.

Assim, ao recorrer, a parte deve indicar, de forma justificada, as


matérias sobre as quais versa a sua insurgência e os valores que admite como
devidos, de modo a possibilitar o prosseguimento da execução em relação
aos itens incontroversos. Mas essa exigência é evidentemente dirigida ao
executado.

No presente caso não pode ser cobrada de quem, a princípio, vem


aos autos alegando inclusive ser parte estranha à relação processual, como
ocorre em embargos de terceiro.

Neste sentido:

Agravo De Petição Em Embargos De Terceiro. Delimitação De


Matéria E Valores Controvertidos. Não Aplicação. O
pressuposto de delimitação da matéria e valores
controvertidos não se aplica quando a hipótese é a de agravo
de petição em embargos de terceiro, em razão da natureza
autônoma dessa ação.
(TRT-2 - AP: 00010285020145020351 SP
00010285020145020351 A28, Relator: Álvaro Alves Nôga,
Data de Julgamento: 11/12/2014, 17ª Turma, Data de
Publicação: 19/12/2014)

Por fim, socorre a tese ora defendida o disposto na OJ EX SE n. 13


da Egrégia Seção Especializada deste Tribunal Regional do Trabalho da Nona
Região cuja aplicação se requer.

OJ EX SE – 13: ADMISSIBILIDADE. AGRAVO DE PETIÇÃO.


DELIMITAÇÃO DE MATÉRIAS E VALORES.
(...)

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Número do documento: 19040914253161800000017184646
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VI – DELIMITAÇÃO DESNECESSÁRIA. INALTERABILIDADE DO


VALOR EXECUTADO. As matérias exclusivamente de direito
ou mesmo de fato, mas desde que não impliquem
alteração do valor executado, prescindem da
delimitação de valores.

Pelo conhecimento do presente agravo de petição.

04. Síntese dos Fatos

O MM. Juízo a quo entendeu que a Agravante, juntamente com as


pessoas físicas e jurídicas que foram sumariamente incluídas nas execuções
promovidas contra o grupo econômico formado intitulado de Grupo Iris Collor,
formavam uma sociedade de fato porque contribuíam entre si para o exercício
de uma atividade econômica comum e, também, partilhavam os resultados
da atividade econômica, eis os termos do despacho de determinou a sua
inclusão no polo passivo:

(...)
“Foi constatado que o modus operandi dos executados Ricardo
De Almeida Cesar e Ednaldo De Almeida Cezar é a coação de
funcionários para "emprestar" seus nomes para constituição
de empresas do Grupo Iris Color, conforme reconhecido no
acórdão de fls. 202/217 proferido na RT 16954-2005-029 em
que atuou como relatora a Exma. Desembargadora Nair Maria
Ramos Gubert:
"De acordo com a prova produzida nos autos flagrante a
utilização da reclamada dos nomes de seus funcionários para
abrir empresas com a logomarca "Íris Color" escondendo seus
reais proprietários que se utilizavam de procurações
irrestritas para promover a administração dos
empreendimentos, gerando contudo dívidas em nome dos
empregados que figuravam como "laranjas" no esquema
perpetrado com evidente intuito de fraudar a legislação fiscal,
previdenciária e trabalhista."(fl. 210).

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Assim, percebe-se que apesar de algumas pessoas jurídicas,


analisadas nos itens 14. a 61. do referido Relatório, terem
quadro societário distinto, a Família Almeida Cesar é sua real
controladora. Isso porque boa parte das empresas tem o
mesmo nome fantasia - IRIS COLOR -, o mesmo objeto social
e funcionavam no mesmo endereço das executadas, como,
por exemplo, Arpejos Representacoes Ltda - Me, Hupa
Representacoes Ltda - Epp, Veu Representacoes Ltda - Me,
Siena Comercial Ltda - Me.
A participação de Anésia Consalter De Almeida Cesar na
sociedade de fato restou demonstrada no item 62. do
Relatório, pois além de ter sido sócia da Rac
Importacao E Exportacao De Materiais Fotográficos
Ltda - Me e da Usa Administração De Bens Próprios
Ltda-Me, alugou imóveis para as executadas utilizarem
por meio da USA, empresa da qual era sócia e
administradora.
Também demonstra que toda a família Almeida Cesar
partilhava os resultados da atividade econômica, o fato
de Anésia ter doado a quantia de R$ 600.000,00
(seiscentos mil reais) para Guilherme Ganem De
Almeida Cezar, filho do executado Ednaldo De Almeida
Cezar, mediante empréstimo obtido junto à USA. O que
corrobora a existência de confusão patrimonial
familiar.
Robustece a tese de sociedade de fato, em razão do que foi
explanado no item 61., a existência de escritura de compra e
venda na qual o executado Ednaldo De Almeida Cezar
compraria dois imóveis que, logo em seguida, foram
adquiridos pela USA. Sendo que na época dessa transação,
Reinaldo De Almeida Cesar Junior e Anesia Consalter De
Almeida Cesar eram sócios da USA.
Somado a isso está o fato de que tanto a USA quanto Anésia
transferiram imóveis para Wilson Jose Spinelli Andersen
Ballao, ao passo em que a família Almeida Cesar continuou a

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neles residir e sem que tenham sido localizados os


pagamentos, o que robustece a tese de ocultação patrimonial.
(...)

Assim, restou demonstrado que aquelas pessoas naturais e


jurídicas contribuíam entre si para o exercício de uma
atividade econômica comum e, também, partilhavam os
resultados da atividade econômica.
Contudo, a sociedade não é constituída sob nenhuma das
formas previstas no ordenamento, tratando-se de "sociedade
de fato", em que figuravam como sócias todas as pessoas
naturais e jurídicas que, de algum modo, ainda que de forma
oculta, viabilizaram o exercício da atividade econômica.
Não há previsão legal que respalde a separação de patrimônio
do sócio do patrimônio da sociedade quando ele age de forma
oculta, ao arrepio das formas previstas no direito. Sua
responsabilidade é, pois, ilimitada.
Amador Paes de Almeida, citando Carvalho de Mendonça,
esclarece a distinção entre a sociedade irregular e a sociedade
de fato, sendo a primeira aquela que funciona durante certo
tempo, sem a realização das solenidades legais para
constituição, registro e publicidade, isto é, não concluem a
sua constituição com o arquivamento do respectivo registro.
Já as sociedades de fato compreende aquela afetada de vícios
passíveis de nulidade, mas que apesar disso, a sociedade
funcionou, viveu, contratou, ocupando espaço no mundo dos
negócios, e gerou fatos que não podem ser negados ou
destruídos, uma sociedade que apesar de degenerada deve
ser admitida.
A sociedade de fato existente no caso, por sua própria
natureza, não tinha atos constitutivos regularmente
registrados, pelo que não há falar em atribuição de
personalidade jurídica.
De se ressaltar que o registro a que alude a lei (CC, art. 1150
e seguintes) não é suprido pela eventual existência de ajuste
particular entre as partes. Pelo contrário, constitui

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formalidade obrigatória que deve ser realizada na forma


prevista em lei para que seja garantida a publicidade da
sociedade e, por conseguinte, gerar direitos e obrigações
oponíveis em face de terceiros.
O ato sujeito a registro, antes de cumpridas as devidas
formalidades, não pode ser oposto a terceiros, nos termos do
art. 1154 do Código Civil.
Preceitua o art. 990 que "todos os sócios respondem solidária
e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que
contratou pela sociedade".
Portanto, em uma sociedade irregularmente constituída que
se utiliza de mecanismos de engenharia financeira para a
ocultação de patrimônio não há como separar os bens
particulares das pessoas naturais ou jurídicas que o integram.
Assim, todos respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais.
Essa situação também encontra respaldo na legislação
trabalhista na medida em que se reconhece a formação de
grupo econômico. Sendo que as empresas integrantes do
mesmo grupo econômico respondem pelas obrigações
assumidas de forma solidária, nos termos do artigo 2.º, § 2.º,
da CLT.
O disposto em tal norma legal não constitui regra de
desconsideração de personalidade jurídica, a atrair a
aplicação do incidente previsto nos artigos 133 a 137 do
Código de Processo Civil, mas de simples regra de imputação
de responsabilidade solidária a pessoas naturais e jurídicas.
O Código Civil enuncia que há solidariedade quando na
mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda (CC,
art. 267). Estabelece, também, que o credor tem direito de
exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou
totalmente, a dívida comum (CC, art. 275).
Em se tratando de responsabilidade solidária, é opção do
credor optar pelo devedor ou devedores que deverão

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responder pela obrigação pactuada e cobrada, assegurado o


direito de ressarcimento por aquilo que se pagou (CC, art.
283).
Outrossim, ainda que não se fosse o caso de sociedade de fato
ou grupo econômico, persistiria a ocultação patrimonial
fraudulenta praticada pelos executados RICARDO DE
ALMEIDA CESAR e EDNALDO DE ALMEIDA CEZAR, com a
concentração do patrimônio familiar em nome de ANÉSIA
CONSALTER DE ALMEIDA CESAR, REINALDO DE ALMEIDA
CESAR JÚNIOR e QUETI FERRAZ DA SILVA, a fim de
frustrar a satisfação dos créditos trabalhistas.
A movimentação de patrimônio através de pessoas
interpostas, com a finalidade de ocultá-lo, traz prejuízos não
somente no âmbito individual das pessoas físicas e jurídicas
diretamente envolvidas, mas também no âmbito da
coletividade.
Exemplificativamente, dificulta a concretização de direitos
reconhecidos pela Justiça do Trabalho que, inclusive, já se
revestem da eficácia da coisa julgada, direito fundamental
expressamente previsto no artigo 5.º, inciso XXXVI, da
Constituição da República, e, em última análise, contribui para
a ineficácia na distribuição da justiça.
A ausência de pagamento de débitos reconhecidos
judicialmente permite que o inadimplente exerça sua
atividade econômica em situação de vantagem no mercado,
gerando situação de concorrência injusta para com aqueles
que cumprem pontualmente os seus haveres trabalhistas.
e] Incluam-se no polo passivo desta ação as demais pessoas
naturais e jurídicas encontradas no curso da investigação
patrimonial:
47) RAC IMPORTACAO E EXPORTACAO DE MAT
FOTOGRAFICOS LTDA - ME.
48) USA ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA - ME.
49) ANÉSIA CONSALTER DE ALMEIDA CESAR
50) REINALDO DE ALMEIDA CESAR JUNIOR
51) QUETI FERRAZ DA SILVA;

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Número do documento: 19040914253161800000017184646
Fls.: 2267

f] Pelo poder geral de cautela, proceda-se o ARRESTO da


universalidade dos bens e direitos, materiais e incorpóreos,
de propriedade de todos os envolvidos na pesquisa
patrimonial, e anote-se a restrição perante os Órgãos
competentes, diretamente e pelos convênios RENAJUD, CNIB,
ARISP, etc.;
g] Solicite-se às Varas do Trabalho a emissão de Certidões de
Créditos Judiciais relativas às pessoas naturais e jurídicas
relacionadas no item anterior, com valores atualizados até
30/11/2017. As certidões devem ser enviadas para a COCAPE
até o dia 30/11/2017.
h] Cumpridas as determinações acima, intimem-se deste
despacho as Executadas e as pessoas relacionadas no item
"e".
(fls. 714/719 dos autos principais)

A Agravante ajuizou embargos de terceiro em face de Wesllen


Fernando Krominski, sustentando, em síntese, que não tem responsabilidade
pelos créditos devidos nos autos da reclamatória trabalhista RTOrd 0001209-
68.2012.5.09.0014 e em todas as demais ações que foram a estas reunidas,
pelo que pretendeu fosse determinada a sua exclusão da lide, com a
devolução dos bens arrestados.

Para tanto argumentou a agravante em síntese que:

01. A Agravante não configurou na fase de conhecimento do


processo principal não estando presente no título executivo
judicial, possuindo apenas união estável com o Réu Ricardo
de Almeida Cesar;
02. Que é cunhada de Ednaldo de Almeida Cesar e Reinaldo de
Almeida Cesar Junior, além de nora da Ré Anésia Consalter
de Almeida Cesar;
03. Que nunca figurou como sócia de nenhuma das empresas,
tendo sido empregada do Grupo Iris Color em quatro
oportunidades, de 02.01.2003 a 31.03.2003 pela empresa
Art Comércio de Materiais Fotográficos Ltda, de 01.04.2004
a 31.01.2005 pela Véu Comércio Fotográfico Ltda, de

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01.02.2005 a 13.09.2005 pela Flipper Comércio de


Materiais Fotográfico em Florianópolis/SC, retornando a
trabalhar como empregada registrada em 17.03.2009 a
25.05.2009 pela Iris Color Express – Comércio de Materiais
Fotográficos Ltda;
04. Que no período dos três primeiros contratos de trabalho
(Art, Véu e Flipper) a Agravante não mantinha qualquer
relacionamento pessoal com seu atual marido, tendo
inclusive interposto uma Reclamatória Trabalhista em
Florianópolis/SC requerendo verbas trabalhistas;
05. Que o executado Ricardo era casado com a sua primeira
esposa à época, e a autora fora transferida pela empresa
para trabalhar na capital catarinense;
06. Que o último contrato de trabalho (17.03.2009 a
25.05.2009) iniciou-se como os contratos anteriores,
todavia, no transcorrer desse iniciou-se o envolvimento da
Embargante com o sócio Ricardo, motivo que levou-a a
procurar outra colocação no mercado de trabalho (Academia
Corpus Sport Center Ltda – ME, admissão em 15.08.2009),
para ser possível separar as questões de trabalho das
questões pessoais;
07. Que a união estável entre Ricardo de Almeida Cesar e a
Agravante ocorreu em 15.02.2012;
08. Que a Agravante sempre teve ciência de que seu
companheiro era uma pessoa que tinha dificuldades em
cuidar de dinheiro, mas nunca imaginou, no início de seu
relacionamento, que teria de viver com a ajuda de parentes,
pela mais absoluta falta de condições para uma
sobrevivência digna;
09. Que os relatórios do SIMBA demonstram que fora
depositado na conta corrente da Agravante somente os
valores de R$.10.275,00 oriundo do Grupon e R$ 9.234,00
da Ré Serviexpress Comercial Ltda – EPP, o que totaliza
R$.19.509,00;
10. Que os valores recebidos através do convênio do Grupon foi
para quitar despesas do casal, ante a mudança de
residência, com despesas que necessitavam ser quitadas;
11. Que os demais depósitos oriundos da Serviexpress são
valores que o esposo da Agravante transfere a mesma para
a quitação de despesas mensais da casa. E que o valor
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acima apontado é o único valor que ele colabora no


orçamento familiar.
12. Enfatizou a Agravante que foram R$ 9.234,00 num período
de 27 meses (Abr/2015 a Fev/2017), ou seja, o Réu Ricardo
colaborou nas despesas da casa com o equivalente a
R$.342,00 por mês, valor este absolutamente irrisório para
as despesas do casal;
13. Que a Agravante recebe ajuda financeira de sua sogra
Anésia e de Reinaldo, que, além de tio de sua filha, também
é padrinho da mesma infante;
14. Que a ajuda financeira nada tem haver com o
empreendimento de seu companheiro, mas se trata
de ajuda financeira para sobrevivência decorrente de
laços familiares;
15. Que nunca em sua vida a Agravante controlou
qualquer das empresas administradas por seu
cunhado Edinaldo e seu marido Ricardo visto que não
aparece em nenhum relatório do Bacen CCS como
sócia, representante ou procuradora de nenhuma das
empresas do grupo;
16. Que os fatos levantados no Relatório de Pesquisa
Patrimonial corroboram esta afirmação anterior no sentido
de que não restou demonstrado qualquer ingerência da
Agravante no Grupo Econômico Iris Color;
17. Que é exatamente por este motivo, pela ausência de
colaboração financeira do marido e pai da filha da
Agravante, que tanto a sogra Anesia quanto o cunhado
Reinaldo, auxiliam-na nas despesas da casa;
18. A Agravante adquiriu o imóvel de sua sogra, visto que a
mesma já tinha pago parte do imóvel e não tinha mais
interesse na continuidade da aquisição. Por este motivo,
deixou de pagar as prestações devidas;
19. Que houve interposição de Ação de Cobrança por parte da
construtora (autos anexos – Execução de Título Extrajudicial
n. 0053148-82.2012.8.16.0001, da 4ª Vara Cível de
Curitiba/PR e Embargos À Execução n. 0003248-
96.2013.8.16.0001, da 4ª Vara Cível de Curitiba/Pr);
20. Que em referido processo fora realizado acordo judicial com
a obrigação da Sra. Anésia ao pagamento de R$.88.000,00

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e que este débito foi quitado pela Agravante através de suas


economias;
21. Que o pagamento fora realizado através de três cheques de
R$ 2.833,33 cada, vencidos em 10.12.2015 (ch n. 000261),
10.01.2016 (ch n. 000262) e 10.02.2016 (ch n. 00263),
além da entrega de um veículo HONDA/CIVIC LXR, ano de
fabricação 2013 e modelo 2014, placa AXQ – 3037, renavam
00590208896 (anexa a declaração de entrega do carro a
Hestia e o documento de transferência do veículo para Jean
Carlo Medeiros);
22. Que a compensação dos cheques ocorreu na empresa Chac
Mool Administração e Participação de Bens – Eireli (CNPJ nº
21.308.081/0001-61, com sede na Rua Deputado Heitor
Alencar Furtato, 3415, sl. 203, 81.200-528 –
Curitiba/Paraná, e endereço eletrônico
secretaria@grupohestia.com.br, sendo sócio o Sr. Gustavo
Luis Selig, nos termos de consulta ao CNPJ perante o site da
Receita Federal) motivo pelo qual a aquisição deste imóvel
na planta foi realizada pela Sra. Anésia, e com a conclusão
e entrega do imóvel pela Construtora, o bem foi transferido
para a Agravante quitar as chaves e assumir a propriedade.
A averbação da aquisição consta na Matricula do imóvel nº
R- 2-114.580 e R – 2-114.581;
23. Que não se constata qualquer transferência econômica do
Grupo Iris Color para a aquisição deste imóvel, vez que
temos, mais uma vez, uma sogra, auxiliando a nora, que já
é mãe de sua neta e
24. Que a mera doação de parte de um apartamento com
garagem pela sogra à nora não configura sociedade nas
empresas comerciais.

Entretanto, o juízo ad quo por meio da decisão de Ids. 03d4b5e


julgou os embargos de terceiros extintos, sem análise do mérito condenando-
a em honorários advocatícios no importe de 15% sobre o valor da causa.

Merece reforma a sentença objurgada.

Inicialmente destaca-se que, ainda que se entenda que há uma


sociedade de fato, como o fez o MM. Juízo a quo, tal ilação prescindiria da
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Número do processo: AP 0000030-61.2017.5.09.3365 ID. b0d2c43 - Pág. 12
Número do documento: 19040914253161800000017184646
Fls.: 2271

instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, pois


é única forma de se perseguir patrimônio de terceiro supostamente
responsável que não integrou o título executivo judicial, qualquer que seja o
fundamento, isto é, fraude à execução, grupo econômico, sócio oculto,
sociedade de fato, etc.

O procedimento usualmente adotado no processo do trabalho era


o simples redirecionamento da execução para o sócio, não se tratando
efetivamente de real "desconsideração". A responsabilidade pessoal do sócio,
decorre de dois argumentos centrais: por um lado, (a) as disposições da
própria CLT remetem à aplicação subsidiária da Lei nº 6.830/1980, enquanto,
disposições logica e coerentemente vinculadas ao art. 10-A da CLT (incluído
pela Lei 13.467/2017), e, por outro lado, (b) o conceito mesmo de
empregador, fixado no Estatuto Laboral reafirma essa noção.

Com isso, a responsabilidade do sócio, conquanto secundária (ou


subsidiária), será sempre pessoal e direta, decorrente de lei, não se exigindo,
para sua configuração, abuso da personalidade jurídica da empresa, desvio
de finalidade ou confusão patrimonial.

Ocorre que no presente caso, não se cuida de mero


redirecionamento da execução para sócio da executada, mas de inclusão de
empresas e pessoas físicas que integrariam o mesmo grupo econômico da
executada principal.

Assim, o juiz deveria ter instaurado o incidente de desconsideração


da personalidade jurídica, pois, o incidente é restrito às hipóteses de uso
ilegal da pessoa jurídica para, mesmo com aparente legalidade, causar
prejuízos a terceiros ou subverter ou elidir a aplicação da lei, com desvio de
finalidade, fraude na composição societária da pessoa jurídica, com sócios de
fachada e sócios ocultos. É o que se infere das ementas abaixo:

Agravo De Petição Da Executada. Da Necessidade De Instauração


Do Incidente De Desconsideração Da Personalidade Jurídica.
Redirecionamento Da Execução Contra Empresa Do Mesmo Grupo
Econômico. Não Cabimento. O redirecionamento da execução
contra empresa integrante do grupo econômico da executada
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Fls.: 2272

originária prescinde da instauração do incidente de


desconsideração da personalidade jurídica, previsto nos artigos
133 a 137 do CPC, eis que já reconhecida à inclusão da agravante
no polo passivo da execução por meio do Acórdão de Agravo de
Petição (fls. 823/826), transitado em julgado (fl. 827-v). Agravo
de petição improvido.
(TRT/PE, 6ª R, AP 0010013-49.2016.5.06.0020 (01071-2007-
006-06-00-0), 4ª Turma, Relator Desembargador Paulo Alcântara
in DEJTPE em 15.10.2018)

Agravo De Petição. Incidente De Desconsideração Da


Personalidade Jurídica. À inteligência da IN 39, do c. TST, aplica-
se, no processo do trabalho, o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, nos termos dos artigos 133 a 137, do CPC,
sob pena de violação ao devido processo legal. Agravo
parcialmente provido.
(TRT/RJ, 1ª R, AP 00000457020115010226 RJ, 1ª Turma, Relator
Desembargador Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha in
DEJTRJ em 09.11.2017)

Incidente De Desconsideração Da Personalidade Jurídica.


Redirecionamento Da Execução Contra Empresa Do Grupo
Econômico. Não Cabimento. O redirecionamento da execução
contra empresa integrante do grupo econômico da executada
originária prescinde da instauração do incidente de
desconsideração da personalidade jurídica.
(TRT/MS, 24ª R, 00241049520165240036, 2ª Turma, Relator
Desembargador Amaury Rodrigues Pinto Junior in DEJT em
08.08.2017)

No presente caso, fora reputada existência de relação sociedade de


fato 1entre a Agravante e o Grupo Iris Collor.

Ocorre que se olvidou o julgador ad quo a inclusão na lide de quem


não figura no título executivo somente se torna possível através da

1
Sociedades de fato são aquelas que existem apenas no plano fático, uma vez que não
possuem registro da Junta Comercial e, portanto, são não personificadas. Segundo o art. 987
do Código Civil, "os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem
provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo”.

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Fls.: 2273

desconsideração da personalidade jurídica, não havendo que se falar em


confusão patrimonial no particular. Este procedimento tem por objetivo
assegurar o devido processo legal àqueles que não participaram da relação
processual desde o início, sobretudo na fase de conhecimento, evitando
decisões surpresas, atentatórias ao direito fundamental do contraditório
prévio (art. 10º do CPC).

A instauração do incidente acarreta, por sua vez, a suspensão do


processo e dá a oportunidade àqueles que, de outra forma, seriam
sumariamente incluídos no polo passivo da ação e teriam seus bens
penhorados antes mesmo de que lhes fosse oportunizado provar, como no
presente caso, que não tem qualquer relação com a empresa devedora, de
apresentar sua defesa e de produzir as provas que entenderem pertinentes à
fim de afastar a sua responsabilização.

É o que estabelece atualmente o §2º do artigo 855-A da CLT:

“Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de


desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a
137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo
Civil.
(...)
§ 2º. A instauração do incidente suspenderá o processo, sem
prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de
que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil).”

Ao ignorar o obrigatório procedimento estabelecido 133 a 137 do


CPC à época de aplicação subsidiária ao processo do trabalho e Instrução
Normativa nº 39 do C. TST, atualmente regida nos termos do artigo 855-A
da CLT e Instrução Normativa nº 41 do C. TST, o MM. Juízo a quo violou
direitos fundamentais da agravante, como de resto, líquidos e certos,
assegurados por lei.

Entretanto, considerando-se que o mérito dos embargos de


terceiros sequer foi analisado – as conjecturas aqui traçadas como
elemento de persuasão para fins de que os embargos de terceiros aviados

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sejam no mérito analisados – e portanto não poderá ser analisado por este
Egrégio Tribunal sob pena de supressão de instância , requer-se provido o
presente agravo de petição de tal sorte que se reconheça a legitimidade
do sócio que não figurou no título executivo para ajuizar embargos
de terceiros e com isso determine a remessa dos autos à origem para
proferir análise de mérito sobre os fatos ali controvertidos, pelos motivos
abaixo aduzidos:

II. MÉRITO

01. Da Legitimidade Do Sócio Não Figurou No Título


Executivo Judicial Tem Legitimidade Para Ajuizar Embargos De
Terceiro.

Por outro lado, a decisão de piso merece reforma porquanto os


embargos de terceiros aviados encontram-se em perfeita sintonia com a OJ
EX SE nº 22 da Seção Especializada deste Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região sobre o cabimento da presente medida que assim
dispõe in verbis:

OJ EX SE – 22: EMBARGOS DE TERCEIRO


(...)
IX – Legitimidade do sócio. O sócio que não figurou no título
executivo judicial tem legitimidade para ajuizar embargos de
terceiro, ainda que citado como sócio do devedor. No mérito
se decidirá sua real condição (de terceiro ou de executado).

Como alhures dito, a agravante não participou como parte


demanda na fase de conhecimento do processo principal não estando
presente no título executivo judicial, sendo apenas mãe das pessoas físicas
incluídas no polo e sócia até 02.05.2016 de empresa também integrada ao
polo pela mesma decisão (USA Administração de Bens Próprios Ltda – ME),
eis a razão pela qual é perfeitamente cabível a presente medida.

Ocorre que a ameaça de lesão (constrição) confere interesse de


agir à agravante no ajuizamento preventivo dos embargos de terceiro, eis

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que, nenhuma lesão ou ameaça de lesão escapará à apreciação do Judiciário


(artigo 5º, inciso XXXV da CF/88).
Neste sentido cabe inclusive destacar as decisões da Seção
Especializada do E. Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região sobre o
cabimento da presente medida:

Embargos De Terceiro. Legitimidade Para Ajuizamento. Sócio


Retirante. Responsabilidade. Cônjuge. Direito À Meação. I -
Conforme entendimento consolidado no item IX da OJ 22
desta Seção Especializada, o sócio que não figurou no título
executivo possui legitimidade para ajuizar embargos de
terceiro, mesmo que citado como sócio devedor. II - Não
havendo bens penhoráveis de propriedade da sociedade, aplica-se
a desconsideração da personalidade jurídica para buscar a
satisfação do crédito sobre o patrimônio pessoal dos sócios ou ex-
sócios, que respondem pelos créditos trabalhistas devidos pela
sociedade que integram ou integraram, ainda que na condição de
cotistas ou minoritários (OJ EX SE 40, item IV). III - Os artigos 10
e 448 da CLT disciplinam a responsabilidade da empresa e a
garantia de recebimento do crédito do empregado, independente
das alterações que ocorrerem na estrutura empresarial, o que
permite concluir que todo sócio que participou da sociedade durante
o período do contrato de trabalho pode ser responsabilizado, uma
vez que se beneficiou do labor prestado pelo trabalhador, pelo que
inaplicáveis os artigos 1.003 e 1.032 do Código Civil em âmbito
trabalhista. IV - A necessidade de se preservar o direito do cônjuge
à meação não inviabiliza a penhora sobre determinado bem, uma
vez que do produto da arrematação separa-se o valor
correspondente ao limite da meação (OJ EX SE 22, item IV). V -
Agravo de petição dos embargantes a que se dá parcial provimento,
para afastar a extinção do processo sem resolução mérito quanto
ao ex-sócio e declarar sua legitimidade para o ajuizamento dos
embargos de terceiro, mantida, contudo, a penhora que recaiu sobre
a totalidade do bem.
(TRT/PR- 9ª R, 23709-2014-016-09-00-3, Acórdão 07022/2015,
Seção Especializada, Relator Desembargador Cassio Colombo Filho
in DEJT em 27.03.2015 - Sem destaques no original)

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Agravo De Petição. Embargos De Terceiro. Sócio Da Executada.


Legitimidade. Na presente hipótese, o sócio da Reclamada não
figurou no título executivo judicial, pois sua inclusão no polo
passivo somente ocorreu quando o processo já estava em
fase executória. Destarte, aplica-se o entendimento
consubstanciado na OJ EX SE 22, item IX, desta E. Seção
Especializada, pelo qual "O sócio que não figurou no título
executivo judicial tem legitimidade para ajuizar embargos de
terceiro, ainda que citado como sócio do devedor". Agravo de
petição de que se conhece e a que se dá provimento.
(TRT/PR, 9ª R, 00736-2014-094-09-00-3, Acórdão 36180/2014, –
Seção Especializada, Relator Desembargador Luiz Celso Napp in
DEJTPR em 04.11.2014 - Sem destaques no original)

Este entendimento tem se mantido hígido e inalterado na hodierna


jurisprudência da Egrégia Seção Especializada do Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região conforme se depreende do julgamento proferido nos
autos AP 0000377-19.2018.5.09.0016 cujos fundamentos pede-se vênia
para transcrever in verbis:

“MÉRITO
cabimento dos embargos de terceiro
Constou da decisão de ID. 54699e1:
1. Não é cabível embargos de terceiro, uma vez que o
embargante já é réu nos autos de RTOrd 02392-2011-016-
09-00-9, tendo oposto o incidente de exceção de pré-
executividade naqueles autos, o qual foi julgado
IMPROCEDENTE pelo Juízo, na data de 11 abril de 2018. 2.
Assim, julgo extinto o presente feito, sem resolução de
mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VI, do CPC. 3.
Custas pelo embargante, no importe de R$ 20,00, calculadas
sobre o valor atribuído à causa de R$ 1.000,00, a serem
recolhidas e comprovadas no prazo de 5 dias, sob pena
de execução. 4. Intime-se.
O agravante alega que "...não participou da fase cognitiva,
sequer da liquidação e execução até a decisão proferida em
07 de dezembro do ano de 2016, fls. 424/425, quando a

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empresa sucessora já havia sofrido com a desconsideração de


sua personalidade jurídica". Argumenta que, nestas
condições, "mesmo que se acredite na tese de "sócio oculto",
ele ainda seria legítimo para opor embargos de terceiro".
Entende que "as condições da ação devem ser analisadas de
forma abstrata, firme na teoria da asserção, de modo que o
embargante que se alega terceiro e apresenta um fundamento
consistente - fático e jurídico - neste sentido, apresenta
legitimidade para opor Embargos Declaratórios [sic]".
Defende, por isso, que "qualquer outro fundamento que se
apresente já é analise de mérito, que poderá até ensejar a
improcedência da ação, nunca a exclusão sem apreciação de
mérito, previsão do artigo 485, I, CPC/2015". Pede a reforma.
Pois bem.
Questão absolutamente igual foi julgada por esta
Especializada nos autos de AP 0000432-07.2017.5.09.0015,
no qual também figura como agravante o Sr. Helio Marcengo.
Assim, adoto como razões de decidir as razões expostas em
tal decisão, proferida pelo MM. Des. Cassio Colombo Filho, nos
seguintes termos:
...Nos termos do art. 674 do CPC/2015, tem legitimidade para
apresentar embargos de terceiro aquele que não é parte do processo
no qual sofre constrição, ou ameaça de constrição, sobre bens que
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato
constritivo. Assim dispõe o referido dispositivo legal:Art. 674.
Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça
de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.§ 1º
Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário,
ou possuidor.§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos
embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse
de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art.
843;II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão
que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à
execução; III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força
de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não
fez parte; IV - o credor com garantia real para obstar expropriação
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judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido


intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos. Na
situação em análise, pretende o embargante sua exclusão do polo
passivo da reclamatória trabalhista principal (RTOrd nº 37036-
2010-015-09-00-9), por entender que não participou de nenhum
ato do processo, além de não ter incorrido em qualquer fraude, não
sendo sócio oculto da executada SONIPLAST COMÉRCIO DE
PLÁSTICOS-EIRELI.Compulsando os autos, constata-se que o
embargante HELIO MARCENGO foi incluído em 07.12.2016 no polo
passivo da relação processual por força da decisão cuja cópia consta
à fl.58:"A executada SONIPLAST INDÚSTRIA E C OMÉRCIO DE
PLÁSTICOS LTDA requer a inclusão do Sr. Hélio Marcengo no polo
passivo da execução, o qual alega ser sócio de "fato" da executada.
Para tanto, junta aos autos os documentos de fls. 309/337.Com
efeito, os documentos juntados pela parte comprovam que o Sr.
Hélio Marcengo realmente possui poderes de administração da
empresa executada.Explica-se: a troca de e-mails nas fls. 311-314
demonstra que o Sr. Hélio encontrase na posse de um cartão que
parece ter sido utilizado para a compra de uma máquina junto à
executada.Ato contínuo, nas fls. 315-318 verifica-se que o Sr. Hélio
Marcengo efetuou o pagamento de FGTS decorrente de uma
rescisão junto à empresa.De acordo com o teor de fls. 323/324,
evidencia-se que o Sr. Hélio Marcengo marcou uma reunião com
outros funcionários da executada para discutir números da empresa.
Como se vê, há fortes indícios de que há fraude na constituição da
empresa executada, pois as provas trazidas aos autos levam a crer
que o Sr. Hélio Marcengo encontra-se na condição de sócio de fato.A
participação de sócio de fato na gerência da empresa executada
repercute na esfera trabalhista como fraude aos direitos dos
trabalhadores, consoante artigo 9ºda CLT . Assim, responde o sócio
oculto solidariamente pelos haveres contraídos pela sociedade e
devidos ao exequente.Retifique-se a autuação mediante a inclusão
do sócio HÉLIO MARCENGO - CPF: 203.759.219-15 (fls. 307) no
polo passivo.Após, cite-se através do endereço indicado às fls. 307
(Rua Conselheiro Laurindo nº 490, sala 122, bairro Centro, Curitiba,
Paraná, CEP 80060-100), ficando autorizada, desde já, a consulta
junto aos convênios Bacen, Copel, TRE e Infojud, na hipótese de
diligência negativa." (...)
Assim sendo, e de acordo com o entendimento firmado por esta
Seção Especializada o agravante HELIO MARCENGO possui
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legitimidade para o ajuizamento de embargos de terceiro, a fim de


discutir a possibilidade de execução de seus bens. A questão sobre
a existência de fraude e a possível responsabilidade do recorrente,
deve ser analisada no mérito (caso cabível), ocasião em que será
possível verificar qual sua real condição, se devedor ou
terceiro.Nesta senda, a OJ EX SE nº 22, item IX, aplicável ao
caso por analogia:OJ EX SE - 22: EMBARGOS DE TERCEIRO
(RA/SE/005/2008, DJPR 22.12.2008)[...]IX - Legitimidade
do sócio. O sócio que não figurou no título executivo judicial
tem legitimidade para ajuizar embargos de terceiro, ainda
que citado como sócio do devedor. No mérito se decidirá sua
real condição (de terceiro ou de executado).No mesmo sentido,
cito o precedente nº 0001153-41.2016.5.09.0096, publicado
em 01.08.2017, de relatoria do Ex.mo Des.ARCHIMEDES
CASTRO CAMPOS JUNIOR, a quem peço vênia para
acrescentar suas razões de decidir:"(...)Pretendem os
agravantes, SIBILA ZAROWNY e SIBILA ZAROWNY - ME, a reforma
do julgado para que seja determinado o julgamento do mérito dos
presentes embargos de terceiro. Para tanto, aduzem que:a) o artigo
674 do Código de Processo Civil preconiza que "quem, não sendo
parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre
bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com
o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição
por meio de embargos de terceiro";b) uma das hipóteses de
cabimento dos Embargos de Terceiro é a da constrição de bens em
razão da desconsideração da personalidade jurídica. Que é aplicável
à presente situação concreta.Examino.Os presentes embargos de
terceiro decorrem da RTOrd 02075/2012.096.09.00-1 ajuizada pelo
embargado, NELSON CORREIA DOS SANTOS, contra as empresas
HEZAR CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA e COAPAR.A terceira embargante
SIBILA ZAROWNY esclareceu na inicial que é filha do proprietário da
1ª executada na reclamatória principal, sendo que, diante da
frustração da execução, foram incluídos no polo passivo da ação os
sócios da 1ª executada, HENRIQUE ZAROWNY e RANIERI
ZAROWNY. Mais adiante, constatou-se que o sócio HENRIQUE
ZAROWNY mantém/manteve relacionamentos bancários, na
qualidade de representante, responsável ou procurador, com HEZAR
COMERCIO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E COMPLEMENTOS PARA
FAMÍLIA LTDA - ME, pelo que foi determinada a desconsideração
inversa da personalidade jurídica da empresa HEZAR COMERCIO DE
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ARTIGOS DO VESTUÁRIO E COMPLEMENTOS PARA FAMÍLIA LTDA -


ME e SIBILA ZAROWNY, dentre outras. Concluiu o Juízo que o
executado HENRIQUE ZAROWNY atuava na qualidade de
representante, responsável ou procurador em contas bancárias da
sua filha, SIBILA ZAROWNY, e que aquele possuía o caráter de sócio
oculto da empresária individual SIBILA ZAROWNY - ME. Assim,
determinou a inclusão no polo passivo da demanda da pessoa
jurídica SIBILA ZAROWNY - ME, bem como da pessoa física Sra.
SIBILA ZAROWNY.O despacho proferido na RTOrd
02075/2012.096.09.00-1 (fls. 303-305), evidenciam a inclusão das
terceiras embargantes, ora embargantes, como executadas
naqueles autos e a determinação de "bloqueio, via sistema BACEN
JUD, de importâncias eventualmente existentes em contas
correntes e/ou aplicações financeiras das reclamadas ora incluídas
no polo passivo da presente demanda".Evidente, portanto, que as
agravantes foram incluídas no polo passivo da demanda principal
somente em sede de execução, por força da declaração de
desconsideração inversa da personalidade jurídica de
terceiro.Dispõe o art. 674 do NCPC:"Quem, não sendo parte no
processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por
meio de embargos de terceiro".Esclarece referido artigo, em seu
§2º, que se considera terceiro, para ajuizamento dos embargos: "I
- o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens
próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843; II -
o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que
declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de
desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez
parte; IV - o credor com garantia real para obstar expropriação
judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido
intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos" -
gn.Assim, possuem as agravantes legitimidade ativa para
apresentar embargos de terceiro buscando justamente a discussão
a respeito da existência ou não de
responsabilidade.Analogicamente, aplica-se, a Orientação
Jurisprudencial nº 22, IX, desta Seção Especializada, in verbis:"OJ
EX SE - 22: EMBARGOS DE TERCEIRO. (...) IX - Legitimidade do
sócio. O sócio que não figurou no título executivo judicial tem
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Número do processo: AP 0000030-61.2017.5.09.3365 ID. b0d2c43 - Pág. 22
Número do documento: 19040914253161800000017184646
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legitimidade para ajuizar embargos de terceiro, ainda que citado


como sócio do devedor. No mérito se decidirá sua real condição (de
terceiro ou de executado). (ex-OJ EX SE 56)"Diante do exposto,
DOU PROVIMENTO AO AGRAVO DE PETIÇÃO para, nos termos da
fundamentação, reconhecer a legitimidade das agravantes para
ajuizarem embargos de terceiro, e, por conseguinte, determinar o
retorno dos autos ao Juízo de origem para prosseguimento do feito
e posterior julgamento do mérito, se for o caso.Nesse sentido tem
decidido esta especializada, conforme precedentes TRT-PR-
01274-2015-585-09-00-2, publicado em 10/03/2017, com
relatoria da Exma. Desª. Nair Maria Lunardelli Ramos, a quem peço
vênia para transcrever as razões de decidir:"(...)É incontroverso que
as autoras foram incluídas no polo passivo da execução que se
processa nos autos principais, após o trânsito em julgado da
sentença proferida na fase de conhecimento.Esta d. Seção
Especializada entende que o executado incluído no polo passivo
apenas depois de iniciada a fase de execução, sem que tenha
participado da fase de conhecimento, ostenta a condição de terceiro,
sendo parte legítima para opor embargos de terceiro.Neste sentido,
cite-se o julgamento proferido nos autos TRT-PR-AP 02203-
2015-022-09-00-3, publicado em 17/6/2016, de Relatoria do
Exmo. Des. Benedito Xavier da Silva, a quem peço vênia para
transcrever e adotar os fundamentos do voto, por economia
processual:"Os embargos de terceiro são assim disciplinados pelo
caput do art. 1.046 do CPC: "Quem, não sendo parte no processo,
sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de
apreensão judicial, (...) poderá requerer lhe sejam manutenidos ou
restituídos por meio de embargos".Prevalece nesta Seção
Especializada o entendimento de que o sócio incluído no polo passivo
da relação processual na fase de execução detém legitimidade ad
causam para ajuizar embargos de terceiro, a fim de discutir sua
situação jurídica (se responsável pelo débito trabalhista ou se
terceiro), devendo sua responsabilidade ser discutida com a análise
do mérito. Tal entendimento, a meu juízo, também deve se estender
às empresas do alegado grupo econômico, bem como para os casos
de sucessão.É o que se extrai, mutatis mutandi, da OJ EX SE 22:"OJ
EX SE - 22: EMBARGOS DE TERCEIROIX - Legitimidade do sócio. O
sócio que não figurou no título executivo judicial tem legitimidade
para ajuizar embargos de terceiro, ainda que citado como sócio do
devedor. No mérito se decidirá sua real condição (de terceiro ou de
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Número do documento: 19040914253161800000017184646
Fls.: 2282

executado)".Sob essa ótica, o fato de o embargante já ter sido


citado para compor o polo passivo da execução não obsta a que se
reconheça a sua legitimidade ativa para manusear embargos de
terceiro, bem como, o seu interesse processual para defender sua
condição de terceiro, não responsável pelo débito.Cito, como
precedente em caso análogo, versando sobre admissibilidade de
embargos de terceiro opostos por sócio que já fora citado para
integrar o polo passivo da execução, o acórdão proferido nos autos
01257-2014-303-09-00-7, de relatoria do Excelentíssimo
Desembargador Luiz Celso Napp, publicado em
24.03.2015.Ante o exposto, reformo para afastar a extinção do
processo por ausência de legitimidade ativa e e determinar o retorno
à origem, para prosseguimento conforme se entender de direito.
Prejudicada a análise dos demais itens trazidos em agravo de
petição, sob pena de supressão de instância."Assim, REFORMO a r.
sentença para declarar a legitimidade das autoras para propor
embargos de terceiro e determinar o retorno dos autos à origem
para o prosseguimento do feito, conforme entender o Juízo de
Origem."Reformo." Destarte, em que pese o agravante já figure
como parte no polo passivo da execução trabalhista, tal
circunstância não lhe retira a legitimidade para manejar embargos
de terceiro.Nesta linha, citam-se os seguintes julgados deste
Colegiado:
EMBARGOS DE TERCEIRO. LEGITIMIDADE ATIVA. EMPRESA
INCLUÍDA NO POLO PASSIVO DA EXECUÇÃO EM RAZÃO DE GRUPO
ECONÔMICO. Nos termos do art. 1046 do CPC, possui legitimidade
para ajuizar embargos de terceiro aquele que não é parte do
processo no qual sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens
por ato judicial, ou aquele que, mesmo na condição de parte,
defende bens que não podem ser constritos por ordem judicial. No
caso, a agravante é parte legítima para ajuizar embargos de terceiro
com intuito de discutir a formação de grupo econômico e eventual
responsabilidade pelos valores executados, ocasião em que será
possível averiguar a real condição da recorrente, se efetivamente
devedora ou apenas terceira. Aplicação analógica da OJ EX SE 22,
IX. Agravo de petição provido para reconhecer a legitimidade ativa
da agravante, determinando-se o retorno dos autos à origem
prosseguimento da ação, na forma como entender de direito. TRT-
PR-02064-2015-022-09-00-8-ACO-16586-2016 - SEÇÃO

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ESPECIALIZADA - Relatora: Ex.ma Des. THEREZA CRISTINA


GOSDAL. Publicado no DEJT em 13.05.2016EMBARGOS DE

TERCEIRO. LEGITIMIDADE. EMPRESA INCLUÍDA NO POLO PASSIVO


DA EXECUÇÃO ANTE A DECLARAÇÃO DE SUCESSÃO. Conforme o
entendimento vogante nesta Seção Especializada, aplicável
analogicamente ao caso o item IX, da Orientação Jurisprudencial nº
22, deste Colegiado, possibilitando assim a discussão acerca da real
condição da agravante, se devedora ou terceiro. Não parece
coerente postergar a oportunidade de discussão acerca da sucessão
da executada para fase posterior, qual seja: embargos à execução,
passíveis de serem opostos somente após a integral garantia do
juízo. Isto porque, sendo possível o remédio processual eleito pelo
agravante, fere o princípio da celeridade que rege o Processo do
Trabalho o adiamento da análise do mérito da insurgência. Adoção
de formalismo exacerbado acarreta somente a perda de atos
processuais já praticados, em evidente prejuízo aos jurisdicionados.
Ademais, não se pode perder de vista que, caso a embargante
comprove sua tese de que não é devedor e, por conseguinte, não
deve sofrer constrição judicial de seu patrimônio, a situação de se
exigir primeiramente a garantia do juízo para oposição de embargos
à execução revelar-se-ia extremamente onerosa à ora agravante,
ante sua condição de terceira. Assim, não constando a empresa no
título executivo, sendo incluída apenas em fase executória, cabível
a oposição de embargos de terceiro para comprovar que não é
devedora. Diante da decisão, os autos devem retornar à origem para
decisão de mérito, sob pena de supressão de instância. TRT-PR-
03028-2014-303-09-00-7-ACO-24464-2015 - SEÇÃO
ESPECIALIZADA Relator: Ex.mo Des. CÉLIO HORST WALDRAFF
Publicado no DEJT em 18.08.2015
Ainda, cabe esclarecer que a decisão proferida em exceção de pré-
executividade não possui o condão de impedir o manejo dos
embargos de terceiro, porquanto a objeção apresentada foi
rejeitada, tratando-se, portanto, de decisão interlocutória, não
sendo possível a interposição imediata de agravo de petição,
conforme preconiza a OJ EX SE 26, inciso I, deste Regional:"OJ EX
SE - 26: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (RA/SE/002/2009,
DEJT divulgado em 27.01.2010)I - Agravo de Petição. Hipótese de
cabimento. Cabe agravo de petição de decisão que acolhe exceção
de pré-executividade ou que não a admite (CLT, artigo 897, "a");
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não cabe da decisão que a rejeita, por possuir natureza


interlocutória, que não comporta recurso imediato. (ex-OJ EX SE
74)"Por fim, com todo o respeito ao entendimento do MM. Juiz de
origem em sentido contrário, o fato de não ter havido a constrição
judicial de bens de propriedade da agravante não afasta o interesse
processual. Ante o exposto, dou provimento ao agravo de petição
do terceiro embargante HELIO MARCENGO para afastar o
reconhecimento de ilegitimidade ativa e, por conseguinte, afastar a
extinção do processo sem resolução do mérito, bem como
determinar o retorno dos autos à origem para prosseguimento do
feito como entender de direito.Tendo à vista que as questões
relacionadas à fraude, prestação de serviços de factoring,
inexistência de sócio oculto, cerceamento de defesa e
responsabilidade subsidiária não foram analisadas pelo Juízo a quo,
não cabe nesse momento tal enfrentamento meritório, sob pena de
supressão de instância.Sendo assim, fica prejudicada a análise das
demais questões aventadas no agravo de petição do embargante.
Reforma-se, nos termos postos.
Muito embora atualmente a Seção Especializada admita o agravo
contra decisão de exceção de pré-executivade, quando se trate da
discussão referente à responsabilidade do sócio, a OJ 26 ainda
afirma o contrário.
Do exposto, dou provimento ao recurso para afastar a extinção do
processo sem resolução do mérito e determinar o retorno dos autos
à origem para prosseguimento do feito, como entender de direito.
(TRT/PR, 9ª R, AP 0000377-19.2018.5.09.0016 (AP), Seção
Especializada, Desembargador Relator Marco Antonio Vianna
Mansur n DEJTPR em 05.04.2019 – acórdão em anexo)

No mesmo sentido se posiciona os demais tribunais trabalhistas


conforme se observa da transcrição das ementas in verbis:

Agravo De Petição. Embargos De Terceiro. Legitimidade. É


parte legítima para a oposição de embargos de terceiro aquele
cuja inclusão no polo passivo da ação principal apenas ocorreu
na fase de execução, não tendo integrado a lide originária,
notadamente quando a ação tem por escopo demonstrar a
inexistência de responsabilidade pelos créditos trabalhistas
em execução. Aplicação da OJ n. 74 da SEEx. Recurso provido
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para determinar o retorno dos autos à origem para regular


prosseguimento dos embargos de terceiro.
(TRT/RS, 4ª R, 0000018-06.2016.5.04.0234 AP, Seção
Especializada em Execução, Relatora Desembargadora Ana
Rosa Pereira Zago Sagrilo n DEJTRS em 25.05.2017)

AGRAVO DE PETIÇÃO DA TERCEIRA EMBARGANTE. LEGITIMIDADE


ATIVA. REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO. GRUPO ECONÔMICO.
Hipótese em que o redirecionamento da execução contra a
Agravante não possui o condão de caracterizar a sua
ilegitimidade para a oposição dos Embargos de Terceiro. No
caso dos autos, a Recorrente afirma que não faz parte de
grupo econômico. Assim, a ação incidental tem por objeto
a própria legitimidade da Embargante para responder
pela dívida trabalhista, ou seja, a sua condição de
terceiro ou não, sendo cabível a oposição de Embargos
de Terceiro por aquele contra quem foi determinado o
redirecionamento da execução. Agravo de Petição
provido.
(TRT/RS, 4ª R, 0000008-59.2016.5.04.0234 AP, Seção
Especializada Em Execução, Desembargador Relator Luiz
Alberto de Vargas in DEJTRS em 25.10.2016

EMBARGOS DE TERCEIRO: LEGITIMIDADE: OPOSIÇÃO POR


SUJEITO ESTRANHO À LIDE INCLUÍDO EM RAZÃO DE
DESCONSIDERAÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA SEM TER
PARTICIPADO DE REGULAR INCIDENTE: REGRA EXPRESSA:
CPC/2015, ARTIGO 674, § 2º, III: APLICABILIDADE AO
PROCESSO DO TRABALHO. Não tendo sido instaurado incidente
com formação de regular contraditório, o sócio assim atingido
pela desconsideração da personalidade jurídica da empresa
considera-se terceiro para fins de oposição de embargos,
dada a previsão legal expressa que o qualifica. Agravos de
petição conhecidos e providos.

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Número do documento: 19040914253161800000017184646
Fls.: 2286

(TRT/DF, 10ª R, 0001157-37.2016.5.10.0812, Relator


Desembargador Mario Macedo Fernandes Caron in DEJTDF em
04.07.2017)

Na mesma linha de raciocínio sinaliza a jurisprudência perfilhadas


pelo C. TST in verbis:

I - Agravo De Instrumento - Recurso De Revista Interposto


Sob A Égide Da Lei Nº 13.015/2014 - Execução -
Redirecionamento Da Execução - Embargos De Terceiro -
Sócio Da Empresa - Legitimidade Ativa Vislumbrada violação
ao artigo 5º, inciso LIV, da Constituição da República, dá-se
provimento ao Agravo de Instrumento para mandar processar
o Recurso de Revista. II - Recurso De Revista - Execução
- Embargos De Terceiro - Redirecionamento Da
Execução - Sócio Da Empresa - Legitimidade Ativa
Conforme jurisprudência desta Corte, deve ser reconhecida a
legitimidade do sócio da empresa executada para opor
Embargos de Terceiro, quando redirecionada a execução para
seu patrimônio, sob pena de afronta direta ao princípio
inscrito no artigo 5º, inciso LIV, da Constituição da República.
Recurso de Revista conhecido e provido.
(TST RR 647-25.2012.5.01.0065, 8ª Turma, Relatora Ministra
Maria Cristina Irigoyen Peduzzi in DEJT em 10.03.2017)

Agravo De Instrumento. Admissibilidade. Recurso De Revista.


Embargos De Terceiro. Legitimidade Ativa. Logra o agravante
êxito em demonstrar o desacerto do despacho de
admissibilidade do recurso de revista. Agravo de instrumento
a que se dá provimento. Desconsideração Da Personalidade
Jurídica. Sócio. Embargos De Terceiro. Legitimidade Ativa.
Consoante o entendimento jurisprudencial desta Corte,
o sócio tem legitimidade ativa para opor embargos de
terceiros, sob pena de violação do artigo 5º, LIV e LV,
Constituição Federal. Recurso de revista parcialmente
conhecido e provido.

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Número do documento: 19040914253161800000017184646
Fls.: 2287

(TST-RR 820407520065040007, 82040-75.2006.5.04.0007,


5ª Turma, Relator Ministro Emmanoel Pereira in DEJT em
15.05.2009 – sem destaques no original)

Assim, seja pelo disposto no CPC/2015 (artigos 133 a 137), seja


pelo disposto no artigo 855-A da CLT e instrução normativa nº 39 do TST em
vigor à época, atualmente nº 41, o entendimento de parte da jurisprudência
e doutrina coloca uma pá de cal sobre a legitimidade de sócio para opor os
Embargos de Terceiro.

Note-se que o julgador ad quo ao afastar a legitimidade da


agravante para o ajuizamento dos embargos de terceiros o fez pautado no
caput do artigo 674 do CPC.

Ocorre que o dispositivo legal deve ser lido e interpretado como


um todo, pois, entre o rol expresso de legitimados pelo mesmo dispositivo,
especificamente no inciso III do § 2º do art. 674 do CPC alberga a hipótese
em comento, veja-se a redação:

Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição


ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais
tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer
seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
(...)
§ 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
(...)
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de
desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente
não fez parte;

Portanto, a lei diz exatamente o contrário do decidido: sócio que


não participou do incidente de desconsideração da personalidade jurídica é
terceiro!

Ademais, cabem embargos de terceiro em face de ordem judicial


que determina a realização de atos expropriatórios em face de sócios inclusos
na lide somente em execução de julgado como por exemplo consulta de

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saldos em contas-correntes e aplicações financeiras junto ao Banco Central


(Bacen fl. 0cdaac8); quebra do sigilo bancário e fiscal em relação a todas as
executadas/devedoras (ids. ea94148, dd63d98, c848534, 2084a59, dac4b0c,
8c91928); arresto de bens (fl. 846/879); pesquisa de relacionamento
BACENCSS (fls.1371 em diante); declaração de indisponibilidade de bens (fls.
897 em diante, 989 em diante); bloqueio de valores mediante BACENJUD e
RENAJUD (Ids. db2ee79, 36f3a1f, 94bed69); consulta a DOI - Declaração
sobre Operações Imobiliárias (fls. 585, 689,780,819 até 839) dentre outas
determinações e diligências realizadas no processo originário/piloto.

A regra do art. 674 do CPC, no sentido de que pode se valer dos


embargos quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho da
posse de seus bens por ato de apreensão judicial, deve ser interpretada em
harmonia com o direito de ação, bem como o contraditório e a ampla defesa,
assegurados pela Carta Magna (art. 5º, XXXV e LV).

Diante do exposto requer seja reformada a decisão de piso para


ver reconhecida a legitimidade da agravante para interpor embargos de
terceiro.

Por corolário requer seja determinado o retorno dos autos para que
o juízo ad quo profira julgamento de mérito sobre as matérias aventadas nos
embargos de terceiro manejados pela Agravante.

III. CONCLUSÃO

Diante do exposto, requer seja julgado procedente o Agravo ora


apresentado, para que seja reformada a decisão ora atacada nos termos
acima propostos como forma de se proferir a mais lídima Justiça.

Requer todas as intimações à reclamada, mediante publicações em


Diário da Justiça, sejam realizadas em nome de seu procurador SÉRGIO
LUIZ DA ROCHA POMBO, OAB/PR 18.933, sob pena de nulidade nos
termos da Súmula 427 do TST.

Nestes Termos,
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Pede Deferimento.
Curitiba, 08 de abril de 2019.

SÉRGIO LUIZ DA ROCHA POMBO


OAB/PR 18.933

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Número do processo: AP 0000030-61.2017.5.09.3365 ID. b0d2c43 - Pág. 31
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