Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
CAPITULO I : INTRODUÇÃO
1.1.......................................................................................................................................Deli
mitação do tema e da área de Pesquisa
a) Enquadramento Cientifico
b) Espacial
c) Temporal
O estudo foi realizado entre Agosto e Dezembro de 2014, neste período foram
recolhidos os dados que foram analisados e formulado o relatório final nos princípios do
corrente ano até final de mês de Junho de 2015.
13
Por autor residir no bairro Francisco Manyanga na Cidade de Tete, e tem Verificado
mediante uma observação direita, que no bairro há muitos Adolescentes/Jovens que optam por
consumo excessivo de bebidas alcoólicas secas nas horas de lazer e nos momentos festivais.
Observados com atenção, estes jovens/adolescentes alcoolizados são portadores de um
conjunto de sinais comuns, entre os quais se destacam: rubor e edema moderado da face;
edemas das pálpebras; olhos lacrimejantes; eritrose palmar; hálito alcoólico; e falta de
coordenação motora. Segundo por reconhecer que o álcool é a substância de abuso mais
comercializada a nível do bairro, sendo também a principal substância de abuso nos jovens. O
consumo excessivo de álcool representa um elevado impacto para a saúde e gera elevados
custos relacionados com os cuidados de saúde, segurança e ordem pública, e,
consequentemente um impacto negativo sobre o desenvolvimento económico e a sociedade
em geral.
1.3. Problematização
A história da humanidade tem-nos mostrado o gosto que o Homem, em geral, tem pela
bebida alcoólica. Esta foi, desde sempre, escolhida para aliviar angústias e libertar tensões
estando toda a nossa existência permeada pelo seu consumo. O uso de bebidas alcoólicas
começa a ser um problema social quando surgem, simultaneamente, circunstâncias sociais e
culturais que fomentam o seu uso generalizado e se desenvolvem atitudes contrárias de
repúdio incompatíveis com o uso considerado excessivo.
geralmente expressam alívio quando descobrem que seus filhos adolescentes e jovens adultos
estão “apenas bebendo”, mesmo considerando que os levantamentos mostram que é nesta
faixa etária que se encontra o maior índice de abuso de bebida alcoólica.
1.5. Hipóteses
1.6. Objectivos
Alcoólico
Alcoolismo
Whisky
Gin
Tem teor alcoólico entre 40 e 50 graus, dependendo da marca (teor semelhante a outras
aguardentes como vodca, whisky ou cachaça). Teve origem nos Países Baixos, no século
XVII, mas adquiriu sua forma actual na Inglaterra.
Adolescentes
Jovens
A Organização das Nações Unidas define juventude como a faixa de indivíduos com
15 a 24 anos de idade.
As civilizações Grega e Romana são marcadas pelo culto dos Deuses do vinho e da
vinha - Dionísio e Baco - respectivamente, adorados e festejados pelos seus povos. Os
mesmos autores salientam que também no Novo Testamento o vinho é frequentemente
símbolo da aliança entre Deus e o Homem, entre os quais salientamos a transformação da
água em vinho no Seu primeiro milagre e a Última Ceia com os Apóstolos, onde Cristo ergue
um cálice de vinho simbolizando o Seu sangue. A partir daqui, o vinho e a religião cristã
permanecem ligados assumindo esta, uma importância capital para o desenvolvimento de
técnicas da cultura da vinha e fabrico de bebidas alcoólicas.
Mello, Barrias e Breda (2001) afirmam que desde os tempos mais remotos são
conhecidos os efeitos patológicos das bebidas fermentadas. Através de estudos arqueológicos
e bibliográficos foi possível afirmar que as bebidas alcoólicas foram utilizadas e conhecidos
os seus efeitos já há algumas dezenas de milhar de anos antes mesmo da era cristã,
destacando-se Egípcios, Gregos e Romanos pelo desenvolvimento das artes do fabrico de
bebidas alcoólicas.
BABOR (1992), por sua vez, classificou o alcoolismo tipo A como aquele de início
após os 20 anos de idade, evolução lenta, com menor frequência de psicopatologia associada,
melhor prognóstico e menor frequência das perturbações e dos factores de risco na infância.
Já o tipo B foi classificado como aquele de início antes dos 20 anos de idade, com maior
frequência de alcoolismo familiar, dependência mais grave, maior frequência de associação
com outras drogas e conformidade psicopatológica e maior influência dos factores de risco na
infância, como comportamentos agressivos e impulsividade.
De acordo com Adés e Lejoyeux (2004), propuseram uma classificação que integra a
classificação de Cloninger com o alcoolismo primário e secundário, definindo como
alcoolismo primário aquele que engloba 70% das formas do alcoolismo, em que a
predominância é exclusivamente masculina, de início antes dos 20 anos de idade e derivado
dos factores de risco biológicos ou genéticos. Nessa forma de alcoolismo, os comportamentos
são bastante alterados e marcados por impulsividade, agressividade e procura de sensações
fortes, com rápida evolução para a dependência, uma vez que implicam consumo excessivo,
diário e intermitente. O alcoolismo secundário, por sua vez, engloba os 30% restantes das
formas de alcoolismo, em que a predominância masculina é menos marcada, de início após os
20 anos de idade, com factores de risco que podem ser biológicos ou genéticos, também
menos marcados. O grande factor de risco é o consumo do álcool como automedicação,
causado por perturbações ansiosas, depressivas ou esquizofrénicas, muitas vezes responsáveis
por transtornos de personalidade.
21
Alcoolismo alfa: definido como alcoolismo social, no qual o álcool é utilizado como
factor desinibitório das relações interpessoais e os sintomas são pura e exclusivamente
físicos, ou seja, decorrentes da intoxicação. Nesse tipo, não se coloca em questão a
perda de controlo, nem a dificuldade para manter abstinência. Também é definido
como a categoria de problemas decorrentes do uso do álcool;
Alcoolismo beta: tipo de alcoolismo em que as complicações físicas são maiores
(p.ex., gastrites e hepatites) e podem persistir mesmo que não haja dependência física
ou psicológica;
Alcoolismo gama: espécie de alcoolismo em que existe um aumento de tolerância ao
álcool, adaptação ao metabolismo do álcool, craving e perda de controlo sobre o
consumo. Nessa categoria, estão os alcoolistas crónicos;
Alcoolismo delta: espécie de alcoolismo que reúne as três primeiras características do
tipo gama, mas com incapacidade de manter abstinência no lugar da perda de controlo;
Alcoolismo épsilon: considerado alcoolismo periódico no indivíduo que, após
intervalos de discreta interrupção, volta a beber por dias seguidos, apresentando perda
de controlo e desenvolvimento de severa dependência psicológica.
Embora Jellinek1 não considere os dois primeiros tipos como alcoólatras, essa
classificação não foi construída como uma gradação. Ao contrário, foi concebida muito
mais para indicar os problemas sociais e terapêuticos específicos de cada tipo. A
necessidade de tratamento, no entanto, não depende do tipo de alcoolismo, sendo
estabelecida de acordo com os aspectos individuais e sociais do dependente.
Identificar as causas do consumo excessivo de álcool não é tarefa fácil, pois este
comportamento patológico tem sido motivo de numerosos estudos nas diversas ciências:
22
2) Teorias psicológicas: Também aqui se torna difícil propor uma única explicação,
sendo que uma das barreiras se relaciona com as numerosas diferenças
psicológicas existentes entre alcoólicos e a outra com a dificuldade em estabelecer
quais as características psicológicas prévias à doença e quais as que são resultado
dela. As várias teorias existentes tentam explicar o desenvolvimento da
dependência alcoólica através de influências psicológicas, que incluem processos
cognitivos e factores afectivos. Alguns estudos referidos por Formigoni et ai.
23
Muitos jovens não bebem, mesmo, nenhum álcool, ou bebem em quantidades mínimas. A sua
decisão em não beberem, ou beberem com moderação, parece resultar de uma combinação de
factores:
A ligação afectiva. Os jovens com laços familiares fortes, com amigos, ou com outras
pessoas com importância para si, tendem a beber menos. Eles têm ligações emocionais
de proximidade com os outros, preocupam-se com as expectativas dos outros, e com
as suas opiniões acerca do seu comportamento.
A responsabilidade. Os jovens que investem quantidades significativas de tempo, de
energia, e de recursos, nas actividades convencionais como estudar, trabalhar, fazer
parte de um culto religioso, e/ou participando em clubes, ou actividades desportivas,
tendem a beber menos que aqueles estudantes que não investem tanto, talvez por 15
25
causa de não terem tanto tempo disponível devido às suas actividades focadas no
consumo de álcool.
As Crenças. Os jovens que aceitam os valores convencionais, que obedecem às regras
da sociedade, e que respeitam a autoridade, tendem a beber menos que aqueles que o
não fazem. Acrescentando, muitos dos estudos sugerem que os jovens –
particularmente os estudantes universitários – bebem porque partem do princípio que
todos os outros, também, o fazem.
FONTAN (citado por Tridon, 1988) defende que o consumo de álcool nos jovens pode
ser considerado como uma reacção em consequência de uma depressão, uma experiência ou
um sintoma desta fase da vida.
Nesta linha de orientação Adès e Lejoyeux (1997) salientam que o diagnóstico do uso
ocasional ou abusivo de álcool do jovem, raramente é o motivo de consulta e, habitualmente é
feito através de: estados depressivos/tentativas de suicídio, problemas médicos e sociais,
acidentes e comportamentos delinquentes. Os mesmos autores distinguem três formas de uso
ocasional ou abuso de álcool nos jovens, formas estas que importam destacar, dado que o seu
prognóstico é diferente, o que implica a adaptação de uma atitude terapêutica adaptada e
ajustada a cada tipo de comportamento:
Segundo Hapetian (1997), pode considerar-se uma droga toda a substância com
capacidade para modificar o funcionamento do organismo e dos sentidos. As drogas podem
ser legais e socialmente aceites, como é o caso do álcool e do tabaco, ou ilegais como a
heroína e a cocaína. Sob este ponto de vista, o álcool, ainda que legal, não deixa de ser uma
droga. Porém, o facto de o álcool fazer parte integrante da nossa cultura permite “ (…) aos
seus consumidores habituais uma gestão mais ou menos adequada dos consumos, tal como
acontece com o costume de mascar folha de coca, no Peru, e o hábito de fumar haxixe nos
países árabes ou arabizados.”
Deste modo, é a OMS que estabelece a distinção entre alcoolismo como doença e
alcoólico como doente. Assim, o alcoolismo é constituído pela totalidade dos problemas
motivados pelo álcool no indivíduo, estendendo-se em vários planos e causando perturbações
orgânicas e psíquicas, perturbações da vida familiar, profissional e social com as suas
28
inibitórias, podendo ser identificados dois receptores: GABA A – responsável por controlar
De acordo com KOLB (2002), no receptor GABA A existem cerca de cinco sítios de
ligação. No primeiro sítio temos o GABA; no segundo liga-se a família das drogas
tranquilizantes, chamadas de benzodiazepínicos, provavelmente também o álcool; no terceiro
sítio liga-se os barbitúricos; no quarto sítio os esteróides e o quinto são específicos para um
veneno encontrado em plantas da Índia chamado de picrotoxina
O álcool tem sua acção preferencial sobre as membranas celulares, que por sua vez,
funcionam como barreira ou porta de saída e entrada de substâncias específicas. Ao afectar as
células e o seu funcionamento o etanol consegue prejudicar todo o organismo. Porque a
grande quantidade ingerida, pode tornar as membranas endurecidas ou enfraquecidas,
podendo até se dissolverem. Uma vez destruídas, substâncias venenosas penetram nas células,
enquanto seu citoplasma sai.
Segundo FERREIRA (2001), quanto aos efeitos crónicos o álcool causa no sistema
límbico uma menor oxigenação, devido à diminuição da circulação do sangue nessa área.
Observação
Segundo MINON, apud RUDIO (1999) sustenta que, no sentido mais amplo, observar
não se trata apenas de ver, mas de examinar. Não se trata somente de entender mas de
auscultar. Trata-se também de ler documentos (livros, jornais, impressos diversos) na medida
em que estes não somente nos informam dos resultados das observações e pesquisas feitas por
outros mas traduzem também a reacção dos seus autores.
Entrevista
De acordo com BELL (1997:121), quanto mais estandardizada for a entrevista, mais
fácil será agregar e quantificar os resultados. Uma entrevista estruturada pode adoptar a forma
de um questionário ou de uma lista que sejam completados pelo entrevistador e não pelo
entrevistado. Se entrevistar pela primeira vez será mais fácil usar um formato estruturado.
31
3.4. Amostragem
Será utilizada uma amostragem do tipo aleatória, pois permitirá que a população seja
seleccionada ao acaso para fazer parte da amostra. A autora está consciente que a amostra é
representativa, pois, a pesquisa é mais qualitativa. Constitui amostra para esta pesquisa, 100
Adolescentes ou Jovens do Bairro Francisco Manyanga, na Cidade de Tete.
Depois de se recolher os dados a partir das técnicas mencionadas, estes foram processados
usando o Microsoft Word. Também a analise dos dados consistiu em:
Tabela 1: Concepções dos Adolescentes e Jovens sobre os efeitos fisiológico do consumo de bebidas
alcoólicas secas no organismo humano.
Questão Alternativa %
1. O que é que leva muitos adolescentes/Jovens a Falta de dinheiro 40%
Gosto pelas bebidas 28%
procurarem e tomarem bebidas alcoólicas secas?
Falta de ocupação 14%
Problemas sociais 18%
2. Quais são as marcas mais preferidas pelos jovens e Gin 55%
Whisky 15%
adolescentes?
Gin e Whisky 20%
Não sabe 10%
3. Quais são os efeitos negativo que as bebidas secas Explica claramente 20%
podem causar no funcionamento do organismo Explica 30%
Explica c/dificuldade 26%
humano?
Não sabe 24%
34
A maior parte dos entrevistados cerca de 55% afirmam que muitos dos
adolescentes ou jovem gostam mais de Gin em relação a outros tipos de bebidas alcoólicas
secas.
0.6
0.5
0.2
0.25
0.34 0.14
0.26
55%
0.25 0.13 0.06
0.24 0.12
0.30.26
0.15
0.2
0.4 20%
Q1 Q2 A3 A4 A5 Q6
Boss, Royal e Black são bebidas alcoólicas preferidas com 15% dos
adolescentes/jovens entrevistados. Estas bebidas secas possuem em média 43% de volume de
álcool. Portanto alguns preferem estas bebidas alcoólicas em deferimento das bebidas
alcoólicas com menor teor de volume de álcool a título de exemplo das cervejas, como as
marcas de cervejas nomeadamente: 2M com 4,5% de volume de álcool, MANICA com 5% de
volume de álcool, MILSTRAUT com 6% de volume de álcool e entre outras bebidas que não
chegam a 10% de volume de álcool, como LAITE, ENIKER, SPIN, PREMMIUM e etc.
A maior parte dos entrevistados cerca de 55% afirmam que muitos dos adolescentes
ou jovem gostam mais de GIN em relação a outros tipos de bebidas alcoólicas secas. Poucos
jovens gostam de bebidas alcoólicas de marca WHISKY. As marcas de GIN mais vendidas no
bairro Francisco são; TENTAÇÃO, DOUBLE PUNCH e BLAC CAT.
Para além destas marcas, existem outras marcas que são fabricadas dentro do
Município da Cidade de Tete TAWIRANI. Outras bebidas que também contribuem para o
consumo de bebidas alcoólica secas são de fabrico caseira vulgo KACASSO.
5.1. Conclusões
5.2. Recomendações
42
BIBLIOGRAFIA
43
Addiction Medicine to Study the Definition and Criteria for the Diagnosis of
Alcoholism. JAMA 1992; 268:8
18. National Institute on Alcohol and Alcoholism – NIAAA. Helping patients who drink
too much: a clinician’s guide, National Institute on Alcohol and Alcoholism. 2005.
Disponível em:
pubs.niaaa.nih.gov/publications/Practitioner/CliniciansGuide2005/guide.pdf.
19. SEVERINO, António Joaquim, Metodologia de Trabalho Cientifico, 21ª Ed., São
Paulo: Revista Ampliada, Cortez Editora, 2000
20. Silveira CM, Pang W, Andrade A, Andrade LH. Heavy Episodic drinking in the São
Paulo epidemiologic catchment area study in Brazil: gender and socio-demographic
correlates. J of Stud on Alcohol 2007; 68:18-27.
21. World Health Organization – WHO. Global status report on alcohol. Genebra: WHO,
2004.
22. ALARCÃO, Madalena (2003) – Do uso ao abuso do álcool: fragmentos de vidas
familiares. In Álcool, tabaco e jogo – do lazer aos consumos de risco. Coimbra:
Editora Quarteto.
23. ALARCÃO, Madalena (2000) – (Des)Equilíbrios Familiares. 1ª ed. Coimbra:
Quarteto Editora. ISBN: 972-8535-21-X.
24. ALMEIDA, João Ferreira de; PINTO, José Madureira (1995) – A Investigação nas
Ciências Sociais. 4ª ed. Lisboa: Editorial Presença. Dep. Leg. Nº 25712/89.
25. ANTUNES, Maria T. C. – Os jovens e o consumo de bebidas alcoólicas. Referência.
Coimbra: nº 1. 1998.
26. BARDIN, Laurence (2000) – Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70. BELL, Judith
(1997) – Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva. Boletim do
Centro Regional de Alcoologia de Coimbra (1997) – Álcool e o organismo. Número 2.
Coimbra [s. n.].
27. BORGES, Luis, [et al] (1993) – Os adolescentes e o álcool: Revista da Sociedade
Portuguesa de Alcoologia, ISSN. Vol. II, nº 1.
28. BREDA, João (1997) – Bebidas alcoólicas e jovens escolares: um estudo sobre
consumos, conhecimentos e atitudes. Boletim do Centro Regional de Alcoologia de
Coimbra. ISSN Ano 0, nº 0.
29. CARVALHO, Alvaro A. (2003) – Bebidas alcoólicas – problema de saúde pública
Álcool, tabaco e jogo: do lazer aos casos de risco. Coimbra: Editora Quarteto.
45