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CAPITÃO POÇO - PA
2019
RUTH KERLEN RODRIGUES DE SOUSA
CAPITÃO POÇO - PA
2019
RUTH KERLEN RODRIGUES DE SOUSA
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Prof. Dra. Luciane Cristina Soares – UFRA/TOMÉ-AÇÚ
Orientadora
_____________________________________________________
Profa. Dra. Fernanda Carneiro Romagnoli – UFRA/CCP
Membro da banca
_____________________________________________________
Profa. Msc. Ana Paula Dias Costa – UFRA/CCP
Membro da banca
CAPITÃO POÇO - PA
2019
À Deus, por sua graça e misericórdia;
A minha família por ser minha base e meu alicerce;
A minha mãe, Noélis Rodrigues por ser o motivo pra eu seguir caminhando;
Aos meus amigos por se permitiram serem anjos na minha vida;
Aos meus “mestres” por serem minha inspiração;
Aos agricultores e agricultoras familiares por serem minhas motivação.
Dedico!
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida e por sempre cuidar de mim.
A minha mãe, Noélis Rodrigues, por sua dedicação, por confiar nas minhas
decisões e se fazer em todos os momentos da minha vida. Aos meus avôs, Nilza Rodrigues
e Ariston Sousa pelo suporte e amor, a toda minha família.
A Aparecida Soares, pela sua amizade, carinho e cuidado e por ser uma referência
de força feminina no âmbito profissional e pessoal e por me guiar na construção da minha
carreira profissional.
A minha orientadora, prof.ª Dra. Luciane Soares por sua generosidade, paciência,
compreensão e importantes contribuições no processo de construção deste trabalho.
Ao professor Henderson Nobre, por me apresentar a Agroecologia e me inspirar a
buscar novas formas de fazer ciências com ética e responsabilidade social. Bem como a
todos os companheiros desse movimento que me mostraram que é possível “fazer ciência”
com compromisso com as causas sociais, alegria e amor. A todos os parceiros do Núcleo
de Estudos em Agricultura Familiar e Agroecologia UFRA/CCP pelo companheirismo,
experiências e conhecimentos compartilhados.
Aos meus mestres educadores pelo “brilho nos olhos” e amor à arte de educar aqui
representados por professores que me acompanharam ao longo da minha vida estudantil
Nilza Rodrigues, Rosa Nildes, Rosivaldo Miranda, Michel Pinho, Joana Vieira e Ana Paula
Dias.
A todos os agricultores e agricultoras familiares de Capitão Poço, Garrafão do
Norte e Irituia, que abriram suas portas e compartilharam seu lar e sua sabedoria. Em
espacial, aos agricultores (as) da Feira da Agricultura Familiar que contribuíram
diretamente com este trabalho e meu crescimento profissional.
Aos meus amigos Tiago Farias, Krishna Oliveira, Karolainy Gomes, Socorro Pires,
Ana Silvia e Geane Guedes por não soltar a minha mão nesse percurso e mostrar que
muitas vezes Deus se faz presente em nossa vida por meio de “anjos” que coloca no nosso
caminho.
A Universidade Federal Rural e aos professores desta instituição que possibilitaram
oportunidades a fim de permitir que nós cresçamos enquanto profissionais. A meus
companheiros de turma, Agronomia 2014, pelas experiências compartilhadas ao longo do
curso.
Gratidão!
Os conceitos com os quais trabalhamos não são de
forma alguma neutros, temos sempre que ter em conta
a responsabilidade social que nos cabe enquanto
pesquisadores.
Larissa Bombardi
RESUMO
Key words:
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 11
2.1. Agricultura Familiar ................................................................................................... 11
2.2. Circuitos Curtos de Comercialização ....................................................................... 13
2.3. Agricultura familiar, contexto local .......................................................................... 14
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 16
3.1. Área de estudo .............................................................................................................. 16
3.2. Considerações metodológicas ..................................................................................... 17
3.3. Procedimentos metodológicos .................................................................................... 18
3.3.1. Levantamento bibliográfico ................................................................................... 18
3.3.1. Seleção dos agricultores ......................................................................................... 19
3.3.2. Ferramentas de pesquisa ........................................................................................ 19
3.4. Sistematização e análise dos dados coletados .......................................................... 20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 20
4.1. Contexto de construção da Feira da agricultura familiar ..................................... 20
4.2. Aspectos socioeconômicos dos agricultores feirantes ............................................. 25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 31
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1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Para Guzzatti (2014) a distribuição de alimentos está cada vez mais baseada nas
grandes redes varejistas e, muitas vezes, os produtos percorrem longas distâncias para
estarem nas gôndolas dos supermercados. Com isso Jacquiau (2000) afirma que há
tendência de fortalecimento das grandes cadeias, nacionais ou internacionais, em
detrimento dos canais locais de venda de alimentos.
A crise do modelo agroalimentar dominante abre espaço para a discussão de novas
proposições de desenvolvimento local que incorporem não apenas variáveis técnico-
produtivas, econômicas e ambientais, mas também valores sociais, éticos e culturais.
Princípios como autonomia, solidariedade, segurança alimentar, justiça social, respeito à
cultura e tradição locais, assim como a reconexão entre produtores e consumidores, são
observados nos circuitos curtos (DAROLT, 2013).
Nesse contexto, o autor afirma que existem iniciativas de valorização da origem dos
alimentos e que são marcadas pela persistência de um sistema agroalimentar tradicional,
em geral de responsabilidade de pequenos produtores rurais que buscam valorizar a
identidade e a cultura alimentar local, dentre estas os chamados Circuitos Curtos de
Comercialização de Alimentos (CCCA) com dinâmica socioprodutiva recente no que tange
a pesquisas acadêmicas.
Os CCCA é modo de comercialização de produtos agrícolas que busca o
estabelecimento de relações mais diretas entre agricultores e consumidores (GUZZATTI,
2014). Os circuitos curtos podem acontecer com a venda direta do produtor ao consumidor
e também pela venda indireta, na condição de que haja apenas um único intermediário
(DECOOX; PRÉVOST, 2010).
De acordo com Darolt (2013), no Brasil ainda não há uma definição oficial para
circuitos curtos, mas o conceito aponta para uma proximidade entre produtores e
consumidores.
Estes circuitos apelam a um amplo leque de valores sociais: origem, saúde,
tradição, forma de produção, igualdade social, etnicidade, religiosidade, artesanalidade,
sustentabilidade. Em comum, estes novos mercados revelam uma crítica aos processos de
globalização, padronização e artificialização ensejados pela indústria alimentar. Ao mesmo
tempo, eles apontam para a emergência de experiências inovadoras a partir da valorização
de alimentos com forte enraizamento sociocultural nos territórios (NIEDERLE, 2017).
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portuguesa e o segundo ocorreu com a construção das grandes rodovias que cortaram o
Território nas décadas de 60 e 70, como a BR-010 (Belém-Brasília), a BR-316 (Pará-
Maranhão) e a BR-222 (que liga a BR-010 a Marabá) onde houve um grande fluxo
migratório para a região.
Segundo PDTRS (2006) é habitado principalmente por agricultores, sejam eles
descapitalizados, em transição ou consolidados. São eles: agricultores (as) familiares,
agroextrativistas, pescadores artesanais, artesãos, assalariados rurais, quilombolas, grupos
indígenas; localizados a maioria em lotes individuais, em lotes familiares ou arrendados,
em projetos de assentamentos; estabelecimentos de pequeno e médio porte (agricultura
familiar), com uma produção destinada, primordialmente, aos mercados locais, regionais e
nacionais. A formação étnica predominante no Território tem caracterização indígena e
portuguesa, com forte influência da cultura nordestina e ainda alguns remanescentes de
quilombolas.
Um dos municípios que compõem esta região é Capitão Poço, este, desmembrado
do município de Ourém, recebeu o status de município pela Lei Municipal Nº 2460 de 29
de dezembro de 1961. A história de Capitão Poço está ligado ao segundo ciclo de ocupação
territorial do nordeste paraense, sob a influência da construção da Rodovia Belém –
Brasília.
A economia está fortemente ligada à agricultura, predominando a agricultura
familiar, sendo esta bem diversificada tanto em atores sociais quanto em produção.
Atualmente predominam as culturas da pimenta do reino (Piper Nigrum), feijão (Phaseolus
vulgaris L.), mandioca (Manihot Esculenta), laranja (Citrus sinensis) dentre outras frutas e
legumes. A principal cultura ligada à economia do município é a laranja, corresponde a
maior plantação do norte do país, sendo que 70% dos produtores são agricultores
familiares, a maior parte desta produção destina-se ao Centro Estadual de Abastecimento –
CEASA de Belém e da região nordeste do Brasil (SOARES, 2016).
De acordo com dados do SIT (Sistema de Informações Territoriais, 2018), 91,19%
das propriedades rurais do município de Capitão Poço são de agricultores (as) familiares.
Junior et al (2016) constata que uma das características da agricultura familiar é a
diversificação da produção, atributo importante na soberania e segurança alimentar, bem
como para constituição da renda dos agricultores, uma vez que, permite aos mesmos
atender as demandas de mercado ao longo do ano, garantindo renda por igual período.
16
3. MATERIAL E MÉTODOS
abordagem da investigação qualitativa exige que o mundo seja examinado com a ideia de
que nada é trivial, que tudo tem potencial para construir uma pista que nos permite
estabelecer compreensão mais esclarecedora do objeto em estudo.
Metodologias de pesquisa de caráter participativo fundamentam-se na preocupação
de garantir a participação ativa dos grupos sociais no processo de tomada de decisões sobre
assuntos que lhe dizem respeito, com vistas à transformação social, não se tratando,
portanto, de uma simples consulta popular, mais sim do envolvimento dos sujeitos da
pesquisa em um processo de reflexão, análise da realidade, produção de conhecimentos e
enfrentamento dos problemas (TOLEDO, 2013). Ao refletir sobre a importância da
reflexão crítica dos sujeitos sobre suas práticas e da problematização da realidade para seu
enfrentamento sob a perspectiva de Paulo Freire, a autora afirma que fica evidente a
presença de seus pressupostos teórico-metodológicos na consolidação da pesquisa-ação,
principalmente no campo da educação.
A ação desencadeada pelo processo de pesquisa-ação, conforme já mencionado,
pode ser de caráter prático, educativo, comunicativo, político, cultural, etc., e ser originada
e desenvolvida no decorrer do processo de pesquisa, em função das necessidades
encontradas, e não ao seu término, como ocorre usualmente em outros tipos de pesquisa
(TOLEDO, 2013). Tozoni-Reis (2007) reforça ainda que a articulação entre a pesquisa e a
educação é uma das características mais importantes da pesquisa-ação, onde a troca de
conhecimentos possibilitada pelo processo de participação ocorrerá não apenas por maio
dos conhecimentos já existentes, mas contribuirá para a produção de novos.
do percurso se anotam todos os aspectos que surgem pela observação do participante. Com
o intuito de compreender a percepção da realidade a partir desta caminhada e das
informações levantadas foi possível realizar a construção de um mapa mental da área.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
um espaço de interação, nesse caso, feira livre, onde esta pudesse proporcionar, para além
da relação comercial, a troca de saberes com espaços de construção do conhecimento
protagonizados agricultores e agricultoras.
A 1ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária ocorreu na Universidade
Federal Rural da Amazônia/Campus Capitão Poço, em dezembro de 2015. Ângulo (2003)
afirma que, as feiras são, geralmente, empreendimentos locais que buscam a valorização da
produção agroalimentar, principalmente em municípios de pequeno e médio porte.
Os estudos sobre feiras têm destacado que a atratividade das feiras em relação a
outras formas de varejo centra-se no maior frescor dos produtos, mas, sobretudo, na
dinâmica característica de negociação do preço e o atendimento diferenciado (face-a-face
com o produtor). Ademais, as feiras também se constituem em uma importante estratégia
de reprodução social da agricultura familiar” (SILVA et al, 2017).
A partir de então, coube ao sindicato à tarefa de mobilizar os agricultores para
participarem da feira e, ao NEA, encaminhar a divulgação da mesma na comunidade
acadêmica e na cidade.
Na figura 3, podemos observar a realização da Feira da Agricultura Familiar no
campus da cidade de Capitão Poço, na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Esta conta com a participação de agricultores de diferentes comunidades da região
comercializando seus produtos (b), bem como com a participação de estudantes do campus
realizando um bazar com venda e troca de diversos produtos (a).
Figura 3- Feira com a participação dos estudantes, agricultores (as) no campus da UFRA.
Paróquia Santo Antônio Maria Zacaria, a feira passou a ser realizada na praça (figura 3),
localizada no entorno da igreja matriz, inicialmente com frequência quinzenal e,
posteriormente, passou a ser realizada todos os sábados no período da manhã.
COMUNIDADES PRODUTOS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOMBARDI, Larissa Mies. O papel da geografia agrária no debate teórico sobre os conceitos
de campesinato e agricultura familiar. GEOUSP Espaço e Tempo, São Paulo, N° 14, pp. 107-
117. 2003.
VERDEJO, M. E. Diagnóstico rural participativo: guia prático DRP. Brasília, DF: MDA /
Secretaria da Agricultura Familiar, 2010. Disponível em:
<http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_64/Guia_DRP_Parte_l.pdf>
Acesso em: novembro 2018.
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