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Franque Delito Matsinhe

História da hidrologia

A hidrologia, entendida como uma ciência que estuda a água, é fundamentada em históricos de
processos envolvidos no meio físico natural. Para analisar a sazonalidade da ocorrência de
precipitações num determinado local, por exemplo, são utilizadas observações obtidas no
passado. (DA PAZ 2004).

A convivência com o meio físico natural existe desde a origem do homem. De acordo com
(TUCCI,1993), filósofos gregos tentaram erroneamente explicar o ciclo hidrológico, e apenas
Marcus Vitruvius Pollio (100 a.C.) apresentou conceitos próximos do entendimento actual do
ciclo hidrológico. Admitia-se que o mar alimentava os rios através do subsolo. Até no início deste
século ainda existiam pessoas que questionavam o conceito moderno do ciclo hidrológico.

Os filósofos gregos são considerados os primeiros a estudar a hidrologia como ciência. Por
exemplo, Anaxágoras, que viveu entre 500 e 428 a. C, tinha conhecimento de que as chuvas eram
importantes na manutenção do equilíbrio hídrico na Terra. (DA PAZ 2004).

Segundo TUCCI (1993), apenas a partir do século XV, com Leonardo da Vinci e Bernard
Palissy, o ciclo hidrológico passou a ser melhor compreendido. O problema era aceitar que a
precipitação tinha um volume maior que a vazão e que os rios são mantidos perenes pelo
retardamento do escoamento do subsolo.

Apenas na época de Leonardo da Vinci é que o ciclo hidrológico veio a ser melhor
compreendido. (DA PAZ 2004).

Pierre Perrault, no século XVII (1608-1680), avaliou os elementos da relação precipitação-vazão,


ou seja a precipitação, evaporação e capilaridade da bacia do rio Sena e comparou estas
grandezas com medições de vazão realizadas por Edm‚ Mariotte, constatando que a vazão era
apenas cerca de 16% da precipitação.
Durante o Século XIX, foram feitos significantes avanços na teoria da água subterrânea,
incluindo a Lei de Darcy. Neste mesmo ceculo dá-se o início de medições sistemáticas de vazão e
precipitação. (STUDART e CAMPOS).

Foi na década de 30 que surgiram os elementos descritivos do funcionamento dos fenómenos


naturais e fórmulas empíricas de processos específicos, tais como as demonstradas por Chezy:

 Equação para movimento uniforme em canais;


 Método racional para cálculo de vazão máxima em pequenas bacias.

Essa década também marcou o início da hidrologia quantitativa com alguns trabalhos, tais como:

 Conceito do hidrograma unitário utilizado para o escoamento superficial


(SHERMAN,1932);
 Equação empírica para o cálculo da infiltração, permitindo a determinação da precipitação
efectiva (HORTON, 1933);
 Teoria para a hidráulica de poços (THEISS,1935).

Nesta mesma década outros métodos quantitativos foram apresentados, o que possibilitou a
ampliação dos conhecimentos nessa ciência. Porém, mesmo com esse avanço, até a década de 50
a hidrologia se limitava a indicadores estatísticos dos processos envolvidos.

Com o advento do computador em conjunto com o aprimoramento de técnicas estatísticas e


numéricas, deu-se um grande avanço na hidrologia. Somente com o surgimento do computador,
houve o aprimoramento e experimentação das técnicas numéricas e estatísticas. Foram
desenvolvidos modelos precipitação-vazão e avanços na hidrologia estocástica, a limnologia e a
modelação matemática de processos constituem outros desenvolvimentos importantes. (DA PAZ
2004).

Alguns aspectos da hidrologia tais como o escoamento subterrâneo, fluxo em rios, lagos e
estuários desenvolveram-se com a observação e quantificação das variáveis envolvidas,
aprimoramento de técnicas matemáticas e o aumento da capacidade do computador. Foram
criadas em diversos países bacias representativas e experimentais visando ao atendimento e
quantificação de processos físicos que ocorrem na bacia, tais como reflorestamento e
desmatamento, erosão do solo e escoamento superficial.

A modelagem ajuda a entender e explicar padrões de ocorrência e possibilita simular cenários


futuros, fornecendo subsídios importantes para responder a perguntas do tipo “o que aconteceria
se...?”. Um exemplo de modelagem de processos é a simulação da circulação da água e do
transporte de poluentes em um lago ou rio. Com um modelo computacional, é possível inferir
sobre o que aconteceria se ocorresse um vazamento de óleo próximo a um lago, em termos de
áreas atingidas, tempo de deslocamento da mancha de óleo, etc. Isso tudo sem o processo estar
ocorrendo, apenas hipoteticamente, o que permite prever impactos e traçar alternativas de
combate previamente. (DA PAZ 2004).

Como a hidrologia está ligada directamente ao uso da água, ao controle da acção da mesma sobre
a população e ao impacto sobre a bacia, os estudos realizados visam o melhor entendimento
desses processos e a implantação de um planeamento adequado do uso da bacia hidrográfica.

Importância da água

A importância da água na história da humanidade é identificada quando se observa que os povos


e civilizações se desenvolveram às margens de corpos d’água, como rios e lagos.

Diversos autores citam registros de que no Egipto Antigo, na época dos faraós, existiram obras de
irrigação e drenagem. Também na Mesopotâmia, na região conhecida como Crescente Fértil,
entre os rios Tigre e Eufrates, a água já era usada para irrigação. (DA PAZ 2004).

A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da
civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e
religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente
bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como
elemento representativo de valores sociais e culturais e até como factor de produção de vários
bens de consumo final e intermediário. (GOMES, 2011)

MORAES e JORDÃO (2002) enfatizam que os ambientes aquáticos são utilizados em todo o
mundo com distintas finalidades, entre as quais se destacam o abastecimento de água (doméstico
e industrial), a geração de energia, a irrigação, a navegação, pesca, a aquicultura, a harmonia
paisagística, dessedentação de animais, preservação da fauna e da flora, criação de espécies,
diluição e transporte de despejos.

É importante para as formações hídricas atmosféricas, influenciando o clima das regiões. ( DA


SILVA e CARVALHO)

Em relação à produção agrícola, a água pode representar até 90% da constituição física das
plantas.

É o elemento essencial e indispensável à manutenção da vida, não apenas por suas características
peculiares, mas pelo fato de que nenhum processo metabólico ocorre sem sua acção directa ou
indirecta. (ESTEVES, 1998; BRAGA et al., 2002; REBOUÇAS, 2002).

A água é responsável pela regulação da temperatura corporal e na manutenção das actividades


vitais para o nosso corpo humano (MORALES et all).

A importância da água não está relacionada apenas às suas funções na natureza, mas ao papel que
exerce na saúde, economia e qualidade de vida humana. Do ponto de vista cultural, a água
também exerce papel importante fazendo parte da construção e crescimento de civilizações, como
a exemplo das civilizações mesopotâmicas e egípcias que se desenvolveram ao longo dos rios
Tigre e Eufrates e rio Nilo, respectivamente. (DA PAZ).

O homem tem usado a água não apenas para manter suas necessidades pessoais diárias
(alimentação, funcionamento adequado do corpo, higiene), mas também e principalmente para
propósitos socioeconómicos. (TOMASONI; PINTO; SILVA, 2009).

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