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interno da organização e para todos os seus stakeholders poderá potenciar maior
transparência na divulgação e apresentação dos relatórios no que tange a movimentação
do seu activo como elemento diferencial para com os diferentes clubes que militam no
Moçambola. Ѐ com a aplicação da contabilidade que os clubes iram conhecer o valor
dos do seu património e do seu desempenho durante o exercício económico, pois a
contabilidade é um instrumento necessário para todas as entidades e também para as
pessoas físicas, ajudando no processo de tomada de decisões de pequenos e grandes
negócios.
Importa aqui referir que existem informações que são difíceis de serem indicados nas
demonstrações contabilísticas como é o caso da valorização no que tange aos direitos
contratuais dos jogadores de futebol com os seus clubes.
Segundo Filipe (2013), o que diferencia o futebol amador e o profissional são as
características seguintes:
O patrocínio e as remunerações, mas estas não são as únicas características que podem
ser usadas para diferenciar o futebol amador do profissional, mas sim uma das
principais por serem as que mais dão nas vistas. Os clubes profissionais arrecadam
muitas somas financeiras através de patrocínios provenientes de grandes empresas ou
marcas que procuram aumentar suas vendas e visibilidade ao associarem-se a essas
equipes enquanto que no futebol amador a visibilidade das mesmas empresas e marcas
não será a mesma como nas equipes profissionais pelo que essas equipes arrecadam
tanto como as outras e essas equipas amadoras muitas das vezes devem ser
autossuficientes e sobreviver de subsídios próprios, quanto ao remuneração pela
explicação acima descrita já da para perceber que as equipes profissionais tem maior
capacidade de pagar melhores salários aos seus jogadores doque as equipes amadoras, e
muitas vezes as praticas desportivas dos clubes amadores não são remuneradas.
Mesmo com os Patrocínios das grandes empresas do pais e de Instituições públicas, o
futebol Moçambicano tem estado numa crise profunda tanto por resultados desportivos
como por parte dos resultados financeiros-económicos, oque é demonstrado pelo atraso
de pagamentos salários por parte dos clubes para os seus jogadores e infraestruturas
desportivas danificadas ou precisando de reabilitações profundas facto este que ocorre
em muitos clubes do nosso belo Moçambique.
Segundo o Site Oficial da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), o moçambola é
constituído por 16 equipes, que competem entre si em 30 Jornadas, destas equipes no
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ano de 2019, 7 são da zona Sul, 5 da zona Centro e 4 da zona Norte. Factos esses e
demais que me levaram a escolher o tema que será abordado na presente pesquisa.
1.2. Problema de Pesquisa
Marconi e Lakatos (2007), dizem que o problema é uma dificuldade, teórica ou pratica,
no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar
uma solução. Para se formular um problema tem que se haver clareza, concisão e
objectividade, de onde deve ser levantado de formas interrogativas e delimitas, pois a
gravidade de um problema depende da importância dos objectivos e da eficácia das
alternativas.
É importante salientar que a popularidade do futebol e o seu envolvimento dos adeptos
frénicos e apaixonados e envolvendo valores sociais trouxeram aos clubes uma maior
visibilidade em termos económicos, sociais e Políticos. Os Intervenientes da sociedade
estão preocupados com o desempenho económico e financeiro dos clubes de futebol por
estes estarem a empregar, estarem aptos a cumprirem com as suas obrigações legais.
De acordo com Tony Gravata no Jornal Domingo de 01 Fevereiro de 2014, os clubes
nacionais não respeitam o jogador de futebol como deve ser, os mesmos clubes não tem
uma gerência transparente no que diz respeito ao conteúdo dos contratos de trabalho dos
jogadores, algumas vezes os próprios jogadores pagam aos dirigentes dos clubes para
fazerem parte das mesmas.
Além dos problemas acima descritos Estevão no Jornal Desafio de 02 de Maio de 2016,
Acrescenta que um bom número de clubes do Moçambola está a atravessar graves
problemas financeiros e enfrenta grandes problemas para pagar a remuneração aos
jogadores, treinadores, pessoal de apoio e funcionários. Algumas situações agravam-se
pela situação económica que o país tem estado a atravessar, desde 2015 mas outras
arrastam-se já há anos. O Grupo Desportivo de Maputo é o clube que apresenta o
cenário mais preocupante pois desde os períodos de 2010 a 2018 tem enfrentado os
mesmos problemas. Os “alvi-negros” têm cinco salários por pagar. Três desses cinco
meses são referentes ao ano passado, sendo que os outros dois meses são do ano em
curso. E caso não seja pago o mês de Abril, até ao dia 6 de Maio a dívida passará para
seis meses de salários em atraso.
Sabendo que para os clubes de futebol os jogadores de futebol são o seu activo mais
valioso há que reparar nessa questão e analisar com enfase e conhecimento de causa
sobre o tratamento que esses devem ter por parte dos clubes.
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Para muitos clubes que militam no Moçambola a contabilização dos seus jogadores
como sendo activos tem-se mostrado muito deficitária, desta forma essas práticas
divergem com os princípios, politicas e regras estabelecidas nas normas de
contabilidade e pela FIFA. Devido a essas práticas as demonstrações financeiras dos
Clubes de Futebol de Moçambique podem não estar sendo produzidas de forma
fidedigna e Fiável no que diz respeito a contabilização dos contratos e a forma de
reconhecimento dos jogadores de futebol nas suas demonstrações financeiras (DF’s),
deste modo surgem o seguinte problema:
Qual é o tratamento contabilístico dado aos contratos de trabalho dos jogadores de
futebol por parte dos clubes de futebol da cidade de Maputo que militam no
Moçambola e o seu efeito nas Demonstrações financeiras nos períodos 2014-2017.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Geral:
Analisar o tratamento contabilístico e o efeito nas Demonstrações financeiras dos
contratos de trabalho dos jogadores de futebol por parte dos clubes de futebol da cidade
de Maputo que militam no Moçambola nos períodos 2014-2017.
1.3.2. Específicos:
Identificar os contratos de trabalho vigentes para a prática profissional do
futebol, nos clubes;
Caracterizar o sistema de transferências segundo o regulamento da FIFA e a sua
aplicação pelo Clubes;
Descrever a forma de contabilização dos contratos de trabalho no futebol
profissional;
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1.4. Justificativa
A importância do estudo deste tema será analisada nas seguintes perspectivas:
A nível social: sabe que no nosso pais as pessoas crescem num ambiente onde o futebol
é a modalidade mais praticada e acompanhada, por esse motivo, muitos desde crianças
noutrem uma paixão especial pelo futebol oque os leva a informarem-se melhor sobre o
mundo do futebol em particular quando se refere a uma informação que diz respeito ao
seu pais. Este trabalho é importante porque ira mostrar a todos, como é feita a
contabilização dos jogadores de futebol por parte dos clubes de futebol Moçambicanos,
pois vivesse ouvindo a respeito dos jogadores do exterior (Portugal, Inglaterra, etc…), a
cerca do valor dos seus contratos e dificilmente ouve-se sobre a realidade nacional, este
trabalho vem para reduzir essa expectativas e proporcionar aos amantes do futebol e
demais algumas bases de como os clubes se comportam a respeito do registo do seu
activo mais valioso, e dar a conhecer qual e o tratamento contabilístico que esses clubes
dão aos contratos de trabalho profissional dos jogadores adquiridos externamente e dos
formados internamente.
A nível científico: a realização desse trabalho é importante pois vai reforçar o forte
apelo por parte dos contabilistas dos clubes internacionais e pela comunidade
interessada na criação de uma norma internacional de contabilidade que regule de forma
universal a contabilização dos jogadores de futebol, porque com isso poderá se alcançar
a harmonização contabilística na área desportiva, facilitando a comparação entre os
diferentes clubes, nacionais e internacionais.
A nível Empresarial: este estudo a este nível ira dar maior visibilidade aos clubes, isto é,
as matérias abordadas irão mostrar aos empresários qual é o desempenho económico-
financeiro e estes podem optar por associarem a sua marca aos clubes moçambicanos, e
estas parceria não ira só alavancar os rendimentos dos clubes mas também das empresas
que estiverem associadas. No caso se os clubes de futebol não estiverem a contabilizar
segundo a IAS 38 com a adopção da mesma os seus resultados antes de imposto irão
mostrar um aumento.
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1.5. Estrutura
O presente trabalho (projecto) estará dividido em quatro (5) capítulos:
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Capitulo II: Revisão da Literatura
2.1. Os Contratos de trabalho vigentes para a prática profissional do futebol
Para Fernandes (2012; p. 107), define contrato de trabalho como sendo aquele pelo qual
uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a outra
ou outras pessoas, no âmbito de organização e sob a autoridade destas.
É de salientar que os autores acima referenciados concordam quanto ao conceito de
contrato de trabalho, eles conceituam contrato de trabalho como sendo um acordo entre
duas partes, empregador empregado, no qual este subordina-se profissionalmente ao
empregador, oferecendo serviços contínuos em troca de um salario.
Fernandes (2012; p.107), analisa o seu conceito com base nos elementos fundamentais
de um contrato de trabalho, segundo eles são os encontraremos abaixo:
O autor acima citado afirma ainda que, na verdade aquilo que o trabalhador se obriga é,
fundamentalmente, a colocar e manter a sua força de trabalho (conjunto de aptidões
psíquicas e físicas) disponível pela entidade patronal, em certos termos e dentro de
certos limites qualitativos e quantitativos, enquanto o contrato vigorar. É obvio que tal
disponibilidade contém a necessitas do serviço efectivo (se, quando, onde e como o
empregador determinar), mas o serviço efectivo não esgota o comportamento devido
pelo trabalhador com base no mesmo contrato. É oque , com toda a clareza, estabelece o
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Não é obviamente, rigoroso dizer-se que o objecto do contrato de trabalho consiste na obrigação a cargo
do trabalhador. Dele faz parte também o debito salarial. Mas, em sentido menos exacto, há muito se
salienta que a obrigação laboral é na verdade o ‘’objecto característico do contrato de trabalho’’.
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art. 197°/1 CT: tempo de trabalho é todo aquele em que “o trabalhador exerce a
actividade ou permanece adstrito à realização da prestação”.
Segundo Fernandes (2012; pp. 112-113), trabalhador é aquele que, por contrato, coloca
a sua força de trabalho a disposição de outrem, mediante retribuição enquanto que
entidade patronal, empregadora, ou empregador é a pessoa individual ou colectiva que,
por contrato, adquire o poder de dispor da forca de trabalho de outrem, no âmbito de um
empresa ou não, mediante o pagamento de uma retribuição.
c) Retribuição
d) Subordinação jurídica
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Termo usado para designar a prestação devida pela entidade patronal, também pode ser designado o por:
salario, ordenado, etc…
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2.1.2. Características do contrato de trabalho
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para si próprio e para os familiares o salario, que constitui sua base essencial de
sustento).
A prestação do trabalho tem de ser ordenada temporalmente em função de
determinadas necessidades da empresa, de modo a dar respostas as exigências de
mão-de-obra suposta de funcionamento das empresas. Muitas vezes a prestação
de trabalho tem uma expressão temporal, que constitui a sua medida ou
dimensão quantitativa e que se relaciona com a retribuição.
e) Caracter Colaborativo: Qualquer relação contratual supõe a colaboração de boa-
fé de ambos os contratantes na execução do programa contratual. A acentuação
destes aspectos na civilística moderna está a retirar conteúdo ao chamado
princípio de colaboração, que se tem reclamado para o para o vinculo do
trabalho. Ainda que a colaboração esteja suposta mesmo nas simples relações de
troca e não exija qualquer perspectiva pessoal ou comunitária, parece-nos que o
princípio da colaboração tem uma acentuação especial no contrato de trabalho
pela relação organizativa duradoura na empresa que se estabelece entre os
contraentes.
f) Caracter Fiduciário: O contrato de trabalho e de caracter pessoal (intuitu
personae) e pressupõe uma relação de confiança e de colaboração estreita,
estando nele subjacente o acreditarem as partes em qualidade de honestidade,
lealdade, e confidencialidade fundamentais para a consecução da finalidade
contratual.
Segundo Amado (1995, p.11) o que sucede, com particular acuidade, no domínio do
contrato de trabalho dos praticantes desportivos, onde a necessidade de intervenção
legislativa se justifica em razão das especialidades que a actividade desportiva comporta
e a que o regime geral do contrato de trabalho não pode responder inteiramente.
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O jogador é uma pessoa singular que surge na dupla qualidade de atleta e trabalhador
(Amado, 1995, p. 13). O jogador é precisamente um trabalhador desportivo ou um
desportista profissional – alguém que pratica o futebol como meio de vida,
profissionalmente (Rei et al., 2002, p. 11).
Porque o futebol implica o confronto entre equipas, o jogador profissional de futebol
presta a sua actividade através da celebração de um contrato de trabalho. Dependendo
das circunstâncias, podemos estar perante um contrato de trabalho desportivo ou de um
contrato de formação desportiva.
A lei nº 23/2007 de, 01 de Agosto (lei do Trabalho), refere-se no seu artigo 3 que o
trabalho desportivo esta regido em legislação especial. E segundo o Decreto nº. 24/2011
de, 9 de junho no seu artigo 4º, o vinculo de trabalho entre o agente desportivo, e a
entidade empregadora desportiva ( clube futebol) e o empresário desportivo, obriga a
celebração de contrato.
Estruturalmente o contrato de trabalho desportivo pressupõe que uma das partes seja um
praticante desportivo e a outra parte tenha por objecto o desenvolvimento e a
participação em actividades desportivas (Clubes).
Todavia, a característica fundamental deste regime especial reside no conteúdo
obrigacional do praticante – prestação de uma actividade desportiva: a prestação em
competição desportiva da modalidade para que foi contratado (Candeias, 2000, pp.103-
104).
A especificidade fisionómica do contrato de trabalho desportivo, em relação a outros
contratos da mesma espécie, encontra-se na imperativa submissão aos seguintes factores
(Candeias, 2000, p. 104):
Um termo resolutivo;
Um termo estabilizador;
Um limite de duração máximo;
A eficácia do registo;
Vínculo desportivo.
2.1.3.1. Contrato de Trabalho para a pratica de futebol profissional em
Mocambique.
Para a caracterizacao do contrato de trabalho para a pratica de futebol profissional em
Mocambique iremos ter como base os factores indicados acima.
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O termo resolutivo, esta consagrado no artigo 8 do decreto nº. 24/2011 de, 9 de junho
(Regulamento do Trabalho Desportivo “RTD”), que exige a estipulação do termo de
vigência do contracto, o montante da remuneração, etc..
O termo estabilizador fundamenta-se na ilicitude da denúncia antecipada do contracto,
exceptuando a denúncia contratual com base em justa causa. O contrato de trabalho
desportivo garante (obrigacionalmente) a estabilidade de manutenção dos seus efeitos
até ao termo resolutivo (Candeias, 2000, p. 105).
O limite máximo de duração de um contracto, segundo o artigo 10º do (Regulamento do
Trabalho Desportivo “RTD”): o contracto de trabalho desportivo não pode ter uma
duração superior a 4 épocas.
O quarto elemento, sui generis, advém da obrigatoriedade do registo prévio do contrato
de trabalho desportivo na federação da modalidade que o jogador pratica (artigo 9 do
Regulamento do Trabalho Desportivo “RTD”)
Por fim o vínculo desportivo (Candeias, 2000, p. 111), último elemento caracterizador,
é de algum modo consequência da interpretação acabada de efectuar: advém da
voluntária sujeição de todos os intervenientes desportivos a normas (estatutárias e
regulamentares) emitidas por uma terceira entidade (federação da modalidade
desportiva exercida pelo praticante) aparentemente estranha ao relacionamento entre as
partes (jogador e clube) que, indirectamente, influencia a execução contractual.
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2.2. Sistema de Transferências de Jogadores
Segundo Amador (2004), as origens históricas do sistema de transferência podem ser
detectadas numa cláusula inserida nos regulamentos da Associação de Futebol Inglesa
(Football Association) em 1885 que exigia o registo anual de todos os jogadores na
associação. O registo, por sua vez, tornou-se um meio hábil para comprar e vender os
direitos dos atletas. A prática resultou na criação de um mercado de transferências onde
a inscrição do jogador surge como o meio de negociar os seus próprios direitos.
Os clubes passaram deter um controlo considerável sobre os seus jogadores, a sua força
de trabalho. Depois de um jogador assinar o contrato com um clube e este ser inscrito
pelo clube na associação só poderia vir a jogar noutro clube, mesmo após a cessação do
contrato, se este último chegasse ao acordo com aquele clube quanto à verba de
transferência a pagar pela compra do jogador. Era a existência de uma verba de
transferência e a dificuldade de os jogadores se libertarem dos seus clubes, já depois de
expirado o contrato, que permitia caracterizar estes profissionais como empregados
diferentes (Morrow apud Constantino, 2006)
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Na época desportiva de 1978/79 foi instituída a liberdade de contrato, significando isto
que, tendo terminado um contrato, o jogador, mesmo que o clube mantivesse a oferta
remuneratória do contrato anterior, podia procurar outro clube; todavia, o seu clube
anterior continuaria a ter direito a uma verba de transferência. Se esta verba de
transferência não fosse acordada entre os clubes intervenientes, caberia a um tribunal
decidir sobre a verba de transferência que o clube comprador teria de pagar ao clube
vendedor. Era este o sistema que vigorava até à data da decisão Bosman.
Em 1990 surgiu o caso Bosman. Este caso terminou com uma sentença proferida pelo
Tribunal Europeu de Justiça, em 1996, que determinou como ilegal a existência de uma
verba de transferência de jogadores (trabalhadores) em final de contrato (por contrariar
o art.º 39.º (ex art.º 48.º) do Tratado de Roma) e da limitação quanto ao número de
jogadores de um estado membro da união europeia que poderiam jogar no campeonato
de outro estado membro. Esta decisão teve repercussões directamente em todos os
Estados membros e indirectamente nos normativos da Union Européenne de Football
Association (UEFA) e Fédération Internationale de Football Association (FIFA).
Em 2001 surgiu um outro caso em que o jogador Tibor Balog tendo terminado o seu
contrato com o clube Belga Charleroi pretendia jogar pelo clube francês do Nantes. No
entanto, devido à elevada comissão de transferência exigida pelo Charleroi ao Nantes, a
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sua transferência não foi concretizada, não se lhe podendo aplicar a sentença Bosman
pela circunstância de o jogador não ser nacional de nenhum Estado-membro. No
entanto, chegou-se ao acordo entre a FIFA, a UEFA e a Comissão Europeia de que
qualquer jogador independentemente da nacionalidade, depois de expirado o seu
contrato com um clube, poderia vir a jogar num outro qualquer clube, sendo obrigatório
o pagamento de uma comissão somente se o jogador tivesse menos de 23 anos, relativa
aos custos com a sua formação.
Neste mercado activo é possível comprar e vender jogadores de futebol num ambiente
organizado, em analogia, no qual os clubes e os empresários dos jogadores podem expor
os seus atletas e os clubes interessados nesses jogadores podem comprar os seus passes.
Segundo o jornal abola do dia 5 de julho de 2019, uma startup portuguesa criou uma
plataforma que facilita a contratação de atletas profissionais ou amadores. O programa
aplica-se a diversas modalidades mas o seu foco é o futebol por causa da sua
popularidade. Os clubes podem inscrever anúncios e dando conta do tipo de atletas e
staff4 que pretende contratar. Os atletas e staff que estão disponíveis e que procuram um
clube podem inscrever-se de forma gratuita na plataforma, preencher os seus perfis,
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WWW.transfermarket.com
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Staff – Funcionários
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características e de forma automática a plataforma ira permitir que os clubes encontrem
os atletas adequados as suas necessidades.
É portanto e de referenciar que o mercado do futebol esta tao evoluído, que ate pode ser
comparado a um mercado financeiro, isto é, onde os preços oscilam segundo o
desempenho das empresas ou da situação do mercado, quando se refere aos jogadores
ao seu desempenho fora de dentro do campo.
A respeito dos jogadores de futebol Rezende (2004) argumenta que pode se partilhar da
relação entre o activo e o seu agente, onde o activo é o jogador e o agente é o clube que
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usufrui desses benefícios, a medida em que pode trazer benefícios económicos futuros
para a entidade.
Para se poder afirmar que determinado elemento é um activo, empresa tem que
controlar os benefícios económicos futuros decorrentes do mesmo e poder impedir o
acesso por outros a esses mesmos benefícios.
Mas como é que se afere o controlo? Usualmente a empresa obtém o controlo dos
benefícios económicos futuros através de direitos legais (contractos). No entanto, este
não é um requisito indispensável se a entidade tem a possibilidade de obter e controlar
os benefícios de outra forma.
As transacções ou eventos que se espera venham a ocorrer no futuro não originam, por
si próprias, o surgimento de activos (IASB, 1989, §58). O corolário, conforme a SFAC
6 (1985, §197), é o de que a empresa continua a possuir o activo se a transacção ou
evento que destruir, retirar ou remover o controlo sobre os benefícios económicos só
ocorrer no futuro.
O importante é que os direitos existam numa data específica. Os direitos que ainda não
tenham sido obtidos ou controlados não podem ser considerados como activos. E os
meios pelos quais os direitos foram obtidos, não modificam a natureza dos direitos
como activos.
Ijiri (1967, p. 71) diz-nos que a contabilidade não reconhece as existências a serem
recebidas no futuro como activos da empresa, mesmo que tenham sido assinados
contratos. Se foi pago algum valor pelas existências isso é tratado como um pré-
pagamento e não como existências futuras.
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individualmente ou em conjunto com outro contrato, activo ou passivo relacionado, ou
que é um activo que resulta de um contrato ou de outro direito legal, independentemente
de os direitos poderem ou não ser transferidos ou separados da entidade ou de outros
direitos ou obrigações.
A NCRF 14 tal como a IAS 38 além de definir o conceito de activo intangível ainda
identifica 3 atributos que os activos intangíveis têm de cumprir:
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2.3.2.1. Activos Intangíveis nos clubes de Futebol
Parece inquestionável serem os jogadores de futebol os principais elementos geradores
de receitas para as clubes, na medida em que é sobre eles que se apoia todo o negócio.
Solana (2000), afirma que o valor desportivo da equipa técnica e o valor económico do
serviço espectáculo (que constitui o objecto de venda no mercado) estão fortemente
relacionados.
Na secção de definição dos padrões contabilísticos, a IASB estabelece ―a team of
skilled staff como exemplo onde benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade,
mas que a entidade não tem controle sobre esses benefícios para reconhece-los como
activos intangíveis. Porém, a natureza incomum de um contrato com um jogador de
futebol significa que o clube tem o controlo sobre o atleta durante o termo contratual, e
consequentemente sugere que jogadores adquiridos devem ser reconhecidos como
activos intangíveis.
A Contabilização dos jogadores de futebol como activos e de difícil percepção por parte
de muita gente não aprofunda no assunto, diferentemente das instalações e outros
activos. O sistema de transferência e ou o mercado de transferência em que os contratos
dos jogadores podem ser negociados colmata qualquer equívoco em relação ao
tratamento contabilístico desses jogadores, pois actualmemte estamos num mercado
activo na negociação dos jogadores de futebol que pode ser comparado a um mercado
financeiro onde os preços oscilam.
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2.3.2.2. Contabilização dos Contratos dos Jogadores Adquiridos
Externamente
Segundo Nogueira e Ribeiro (2007), Dois clubes podem chegar ao acordo quanto à
venda e compra definitiva de um determinado jogador, ainda com contrato em vigor,
desde que este último manifeste, igualmente, o seu consentimento. Estabelecido o valor
da transferência entre o clube vendedor e o clube comprador, extingue-se o contrato
desportivo entre o jogador e o seu antigo clube e novo contrato desportivo é
formalizado.
Roberto (2003, p. 35) refere que nestas circunstâncias o contrato subscrito entre o
jogador de futebol e o clube de futebol satisfaz a definição de activo: o contrato é
identificável; existe separabilidade do activo, pois o contrato pode ser vendido ou
trocado; existe controlo, uma vez que o clube de futebol controla os benefícios
económicos futuros obtidos do jogador, pois tem o direito legal de fazer cumprir o
contrato por um tribunal, projectam-se os benefícios económicos futuros, pois é com
base nessa expectativa que os clubes adquirem os jogadores numa base continuada,
usualmente por mais de um ano.
Segundo Constantino (2006), A prática tradicional de contabilizar os jogadores de
futebol excluía qualquer forma de valorização dos mesmos no balanço patrimonial, quer
fossem eles adquiridos no mercado de transferências, quer fossem desenvolvidos
internamente pelos clubes. Segundo esta prática, as verbas de transferências (e demais
custos associados) eram imputados directamente a custos ou proveitos no exercício em
que a transferência acontecia.
De acordo com Michie e Verna (1999, pp. 146-147) apud Constatino (2006), referem
dois métodos alternativos para a capitalização dos direitos sobre os jogadores de
futebol: os métodos baseados no custo (custo histórico, custo de reposição, custo de
oportunidade) e métodos baseados no valor de mercado (por exemplo, o valor
económico dos recursos humanos). Os autores entendem que, para os jogadores
adquiridos pelos clubes de futebol, o montante pago pela transferência é uma
importância que pode ser considerada como o valor do jogador num determinado
momento.
Constantino (2006) Afirma ainda que a consequência da valorização através do custo de
aquisição é a de dificultar o reconhecimento dos direitos desportivos dos jogadores de
futebol profissional,
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Procedentes de outros clubes, sem que tenha sido efectuado o pagamento de qualquer
verba de transferência como por exemplo: os jogadores terem terminado o seu contrato
terem saído a custo zero, e dos jogadores desenvolvidos internamente nas escolas dos
clubes.
Mas com o crescimento do mercado de Transferência dos jogadores de futebol já é
possível estimar o custo de aquisição de um jogador que terminou o contrato e saiu a
custo zero.
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de formação levada a efeito com a perspectiva de detectar e obter potenciais jogadores
de futebol profissionais; por desenvolvimento a fase de selecção e descoberta de um
jogador derivado da pesquisa nas escolas de formação que assina um contrato de
formação desportiva.
De acordo com a IAS 38 (2014) nos parágrafos §54 a §58, todas as despesas de
pesquisa são consideradas gastos do exercício no qual foram ocorridas. No entanto, em
relação às despesas de desenvolvimento, permite a sua capitalização, quando cumpridos
cumulativamente os seguintes critérios:
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Segundo o estabelecido no § 65 da IAS 38 (2004), o custo de um activo intangível
gerado internamente, será igual à soma dos dispêndios incorridos desde a data em que o
activo intangível satisfaz os critérios de reconhecimento, anteriormente apresentados.
Roberto (2003, p. 39) apud Constatino (2006) acrescenta ainda que todos os dispêndios
anteriores a essa data, serão reconhecidos como custos dos exercícios em que foram
incorridos, não podem ser novamente imputados ao activo.
Solana (2002, p. 133) apud Constatino (2006), afirma que o procedimento aplicável
para a atribuição de custos de formação aos jogadores desenvolvidos internamente não
implicaria maiores dificuldades que as que normalmente se verificam em qualquer
processo de imputação de custos na empresa, como acontece com as existências. Esta
última circunstância, ao exigir adequados e importantes recursos técnicos e financeiros
para a implantação do sistema de contabilidade de gestão específico, pode constituir um
obstáculo para os clubes com menores recursos.
Segundo Constantino (2006), o problema com a utilização de métodos a custo histórico,
capitalizando todos os custos relacionados com o treino e desenvolvimento de
jogadores, é que esses custos podem ser de difícil identificação. Ainda que os custos de
formação de um jogador possam ser identificados de forma objectiva, isso não significa
que os mesmos reflictam o valor do jogador bem-sucedido. No entanto, a inexistência
de mecanismos minimamente objectivos para a valoração dos direitos de formação,
antes da normativa FIFA (Regulamento sobre os estatuto e a transferência de jogadores)
sobre os direitos de formação, dificultava consideravelmente a possibilidade de
capitalização daqueles mesmos direitos, por suscitar a presença de apreciações
puramente subjectivas. Com efeito o normativo da FIFA veio colmatar estas
dificuldades todas.
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artigo n.º 21 do Regulamento estabelece que deve ser paga uma indemnização por
formação, ao clube ou clubes formadores, nas seguintes situações:
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Factor jogador = Relação entre o número de jogadores que se devem formar para obter
um jogador profissional.
Como se pode observar, será fácil calcular a indemnização que terá de ser paga aos
clubes formadores, no entanto podem surgir ainda algumas questões. Para a resolução
dessas questões o artigo 5.º do Anexo estabelece mais algumas condições:
Como regra geral, considera-se que para o cálculo da indemnização por
formação, será necessário considerar os custos que o novo clube teria no caso de
ter formado o jogador;
Na primeira vez que o jogador for inscrito como profissional, a indemnização
será calculada, com os custos de formação do novo clube, multiplicados pelo
número de anos de formação;
Para que as indemnizações, por formação de jogadores muito jovens, sejam
garantidas, os custos de formação dos jogadores entre os 12 e os 15 anos, serão
os estabelecidos para a categoria 4.
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Época do 19.º aniversário, 10% (i.e. 0,5% da compensação total)
Época do 20.º aniversário, 10% (i.e. 0,5% da compensação total)
Época do 21.º aniversário, 10% (i.e. 0,5% da compensação total)
Época do 22.º aniversário, 10% (i.e. 0,5% da compensação total)
Época do 23.º aniversário, 10% (i.e. 0,5% da compensação total)
E ainda no mesmo anexo mas no seu artigo 2.º nos seus n˚s. 1 a 4 afirmam que o novo
clube deve pagar a contribuição de solidariedade ao(s) clube(s) formador(es), em
conformidade com as disposições acima estabelecidas, o mais tardar no prazo de 30 dias
após a inscrição do jogador ou, em caso de pagamentos parcelares, 30 dias após a data
de tais pagamentos. É responsabilidade do novo clube calcular o montante da
contribuição de solidariedade e a forma como deve ser distribuído de acordo com a
história da carreira do jogador. O jogador deve, se necessário, apoiar o novo clube no
cumprimento desta obrigação.
Se não puder ser estabelecida uma ligação entre o Profissional e qualquer um dos clubes
dos quais recebeu formação, no prazo de 18 meses após a sua transferência, a
contribuição de solidariedade é paga à Federação ou Federações do país (ou países) no
qual o jogador recebeu formação. Esta contribuição de solidariedade será afecta aos
programas de desenvolvimento do futebol jovem na Federação ou Federações em
questão. No caso de os clubes não seguirem a risca oque estipulado a FIFA poderá
tomar medidas disciplinares.
27
de acordo com Roberto (2003, p. 39) apud Constantino (2016), não existem
compradores e vendedores dispostos a negociar a qualquer momento, os preços não
estão disponíveis ao público e não é possível afirmar que os jogadores sejam
homogéneos. Portanto, não existe um mercado activo como o que determina a IAS 38,
pelo que apenas parece ser possível a aplicação do tratamento de referência.
Mas segundo as ultimas notícias do mundo do futebol, já existe um mercado activo de
jogadores de futebol, pelo que o valor dos jogadores de futebol é sempre actualizado
sempre que o mercado de transferência dos jogadores de futebol abre e quando o mesmo
esta num bom e mau momento de forma o seu valor de mercado vai oscilando, pelo que
para se saber o valor actual dos jogadores de deve se visitar o site: Transfer market
(www.transfermarket.com).
Ѐ de salientar que durante as visitas feitas ao site acima referenciado, não vemos o valor
actual dos jogadores Moçambicanos pelo que podemos afirmar que o site ainda não
contempla jogadores que militam no campeonato moçambicano.
Mas continuando a analisar o ponto acima Roberto (2003, p. 39) apud Constantino
(2006) afirma que no tratamento de referência, após o reconhecimento do activo
intangível pelo custo de aquisição, o activo é amortizado numa base sistemática de
acordo com o período do contrato. E se o jogador se lesiona ou deixa de fazer parte da
equipa principal, passando a jogar e a integrar a equipa B (como acontece em muitos
clubes), isso pode presumir que o jogador perdeu valor. Nesta situação será necessário
proceder a um teste de imparidade, de acordo com a IAS 36.
Segundo Constantino (2006), usualmente não existe um valor residual para estes
activos, pois representam o direito à utilização dos serviços do jogador, o qual termina
com o final do contrato. No entanto, nos contratos de formação desportiva, ele pode
existir, porque os clubes têm direito a uma indemnização por formação, mesmo que o
jogador, com idade inferior a 23 anos, tenha terminado o seu contrato. Podem verificar-
se, também, cessões temporárias de jogadores. Nestas situações, mantém-se o vínculo
contratual entre o jogador e o clube cedente, continuando aquele reflectido no Balanço,
os gastos com o jogador por parte do clube cessionário são reconhecidos como custo do
exercício em que ocorrem. Ainda no caso de jogadores não adquiridos e com contratos
vencidos, Constantino (2006) indica que o valor da à renovação de contratos com os
jogadores poderá ser ser reavaliado, considerando-se para efeitos de amortização o
período do novo contrato.
28
Capitulo III: Metodologia
Segundo Mutimucuio (2008), a metodologia de investigação trata de estratégias para
responder adequadamente as perguntas de pesquisa ou testar as hipóteses de pesquisa.
Em outras palavras, a metodologia permite definir o meio pelo qual o pesquisador irá
atingir os objectivos propostos para a pesquisa.
29
Qualitativa-quantitativa, neste estudo a investigação qualitativa aparece primeiro
como um estudo exploratório no qual se conduzem entrevistas e observações
com participantes e se definem conceitos e hipóteses, neste estudo exploratório
faremos ainda a validação dos pressupostos teóricos deste trabalho, no qual se
buscou evidências na literatura para demonstrar se o jogador de futebol cumpri
com os requisitos para ser tratado como um activo para o clube. Na segunda fase
identificam-se as variáveis a partir dos conceitos derivados da análise qualitativa
e as hipóteses são testadas com técnicas quantitativas com finalidade explicativa,
nesta fase faremos uma comparação entre contabilização segundo a IAS 38 e a
forma usada pelo clube para a contabilização dos jogadores de futebol, e ai
diremos qual dos dois métodos e mais eficaz para a o bom desempenho
económico- financeiro do clube.
30
nesses documentos possa-se tirar conclusões adequadas e fazer-se uma análise
comparativa do desempenho financeiro dos clubes.
Estudo de Comparativo: que irá consistir num estudo profundo e exaustivo dos
clubes de futebol que militam no Moçambola, de maneira que permita seu amplo
e detalhado conhecimento, isto é, comparar as suas Demonstrações financeiras
de modo a perceber se os jogadores de futebol são contabilizados como activos e
se não, fazer uma comparação dessas demonstrações e outras por forma a
perceber se os jogadores fossem tratados como activos como qual será o
desempenho financeiro- económico dos clubes, isto é, qual será o impacto do
registo dos jogadores como activos nas Demonstrações financeiras. O estudo
comparativo ira se basear numa comparação das demonstrações financeiras dos
clubes Ferroviário de Maputo, Clube dos Desportos da Maxaquene, Clube dos
Desportos do Costa do Sol e Grupo Desportivo de Maputo.
31
3.1.3.1. Instrumento de Colecta de Dado
As técnicas e instrumentos a aplicar dependem de estudo para estudo e, sobretudo, dos
objectivos de cada pesquisa, como técnica de colecta de dados para esses trabalho será o
da entrevista mas dependendo da disponibilidade dos entrevistado poderá ser alterada
para um questionário, o instrumento que será utilizado nesta pesquisa é Guião de
Entrevista ou Questionário.
3.2.1. Amostra
É a parte do universo (população) escolhida por algum critério de representatividade. Se
não tiver uma amostra representativa, não se pode declarar que os resultados obtidos
podem ser generalizados à população alvo.
Para o trabalho que se segue, como será difícil trabalhar com todos os clubes da cidade
de Maputo, convencionou-se que se trabalharia com os clubes da cidade de Maputo que
tem maior historia no moçambola e que estão quase sempre no campeonato, querendo
dizer que o sistema do moçambola da a possibilidade de alguns clubes da segunda
divisão possam subir para a primeira divisão (Moçambola) no fim de cada época desde
que estejam em primeiro lugar nos campeonatos regionais e os três últimos classificados
do moçambola descem de divisão com isto quer-se dizer que os clubes selecionados
como a amostra são os que demonstraram ao longo dos anos maior consistência e
frequência no moçambola. Pelo que foram selecionados 5 clubes que já foram
identificados acima.
32
cientificamente válido, propõe-se uma resposta "suposta, provável e provisória", isto é,
uma hipótese. Ambos, problemas e hipóteses, são enunciados de relações entre variáveis
(fatos, fenômenos); a diferença reside em que o problema constitui sentença
interrogativa e a hipótese, sentença afirmativa mais detalhada.
Hₒ: Os contratos de trabalho dos jogadores de futebol dos clubes da cidade de Maputo
que militam no Moçambola são reconhecidos como custo do exercício, isto é nas contas
de resultados.
Hₐ: Os contratos de trabalho dos jogadores de futebol dos clubes da cidade de Maputo
que militam no Moçambola são reconhecidos nas contas do balanço e amortizados
durante a vigência do contrato.
Apêndices e Anexos
Apêndice 1: Orçamento da pesquisa
Apêndice 2: Cronograma
Descrição 2018
Jan. Fev Mar Abri. Mai. Jun. Jul. Ago Set
. . .
Criação de um problema
de pesquisa
Revisão dos objectivos
Localização e
identificação das fontes
de obtenção dos dados ou
documentos
Determinação de
categoria para tratamento
dos dados documentais
33
Análise e interpretação
dos dados documentais
Digitação da Monografia
Análise e discussão de
dados
Revisão da Monografia
Conclusão da monografia
34
2° Objectivo específico: Descrever a forma de contabilização segundo a IAS 38 e as
regras da FIFA para a contabilização dos jogadores formados internamente;
35
Questionário
36
1. Quais foram as razões que levaram a criação deste clube?
Razões Sociais
Razões Económicas
Razões Politicas
Outra
Se outra qual?_________________________________________________
Se outra qual?____________________________________________
2.2.1. Enque regime de tributação está sujeito o clube?
Regimes Simplificado
Contabilidade Organizada
Nenhuma das anteriores
Outra forma
Se outra qual?__________________________
37
2.3. Segundo o artigo 63˚ do Regulamento lei do Desporto moçambicano, os
clubes de futebol profissional são obrigados a ter uma contabilidade, mas como
não existe um plano de contabilidade específico da actividade desportiva, os
clubes estão sujeitas as regras aplicáveis as sociedades constituídas de acordo
com a lei comercial, em matéria de organização e publicação de contas, neste
âmbito:
2.3.1. Entre os anos 2014 a 2018, o vosso clube fez o registo contabilístico dos
seus jogadores?
Sim: _______ Não: _______
2.4. Se sim. Como é feita a contabilização dos jogadores filiados ao vosso
clube?
Custo com o pessoal
Como Activo Intangível
Investimento
Outra forma
Se outra qual?_____________________________________________
38
Se outra qual? _________________________________________
2.4.3. O clube tem elaborados os relatórios de contas (Relatório Financeiro) dos
anos em estudo (2014 a 2018)?
Sim: ________ Não: _______
Se sim, dos elementos que se seguem indique os que corporizam o vosso relatório de
contas:
Balanço, DR5, DFC6, Capitais Próprios, Mapa de Amortizações, Notas
explicativas
Balanço, DR, DFC, Capitais Próprios
Balanço, DR, DFC
Nenhum
2.4.4. Parte dos clubes moçambicanos detém na sua carteira, mais de uma
modalidade desportiva. Para o vosso caso, qual das estruturas abaixo
descritas melhor se adequa a vossa realidade na contabilização aplicada em
cada uma das modalidades entre os anos 2014 e 2018.
A contabilidade é única para todas modalidades existentes na carteira do clube
A contabilidade é separada para cada uma das modalidades
A contabilidade é separada e no fim do exercício da lugar a consolidação:
Outra Forma
3. Sabe-se que a os jogadores são os maiores activos dos clubes de futebol, pelo
que a sua contratação carece de planeamento:
3.2. O clube teve um plano para a contratação de jogadores nos anos em
estudo?
Sim: _______ Não:________
5
Demonstração de Resultados
6
Demonstração de Fluxo de Caixa
39
3.4. Qual foi a média da duração dos contratos de trabalho dos jogadores do
clube nessas épocas (2014 a 2018):
3.4.1. Com jogadores dos 06 aos 23 anos de idade?
De 0 a 3 anos
De 3 a 4 anos:
De 4 em diante (renovações sucessivas):
3.5.2. Para casos ligados a alínea anterior. Quais tem sido os critérios usados para
passar de um escalão para outro?
Idade dos Jogadores
Avaliação Técnica (Desempenho do Jogador em Campo)
Disciplina e Profissionalismo
Todos os critérios acima
Outros
3.5.3. Quantos atletas dos 06 aos 22 anos passaram pelos escalões de formação do
clube nos períodos de 2014 a 2017?
50 – 100 Atletas
100 – 200 Atletas
200 – 500 Atletas
500 Atletas em diante
Nenhuma Opção
40
3.5.3.1. Quantos desses Atletas já têm/tiveram contratos assinados?
25 – 50 Atletas
50 – 100 Atletas
100 – 200 Atletas
Nenhuma das Opções
3.6. Existe um plano de incentivos para que os jogadores jovens não saiam
do clube?
Sim:_______ Não: _______
Se sim: quais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________
41
5.2. Como é determinado o preço de venda dos jogadores de futebol ao nível
do vosso clube?
42
Outra forma
43
Como Activo Intangível
Custo com o pessoal
Ativos Tangíveis
Investimento
Outra forma
44
Nível de procura por outros clubes
Avaliação Técnica (Desempenho do Jogador em Campo)
Nenhuma das duas
8. Nos últimos anos, temo-nos deparado com a evolução do futebol, tanto a nível
técnico, como a nível económico- financeiro, esta evolução é acompanhado pelo
mercado de transferências dos jogadores.
8.2. Acreditam que já existe um mercado activo de Jogadores de Futebol em
Moçambique?
Sim: ______ Não: _____
8.3. Há algum Jogador do clube que esta cotado nesse mercado activo?
Sim: _______ Não: _______
8.4. O clube serve-se desse mercado para a negociação dos seus jogadores:
como para a compra tanto para a venda?
Sim______ Não: _______
SECÇÃO II
Se o contrato do jogador de futebol for contabilizado como activo intangível, por
favor, responda as perguntas abaixo.
9. A IAS 38 (2014), que vem esclarecer os métodos aceitáveis de depreciações e
amortizações obriga as entidades a amortizarem um activo numa base
sistemática de acordo com o período do contrato.
9.2. Em caso de activo intangível: qual é o método usado para amortização
do contrato
Quotas constantes
Desgaste funcional
Outra forma
45
Se sim, terá havido uma situação de perda por imparidade?
Sim: ________ Não:________
……………………………………………xxxx………………………………………….
Deseja receber o resultado desta pesquisa: ( ) sim ( ) não
email: ______________________________________
OBRIGADO PELA SUA PARTICIPAÇÃO!
Em caso de dúvida contacta: 843719184 ou frzmacuacua@gmail.co.mz
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