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Trabalho de Direito Constitucional II

“O Parlamento Português – a qualidade do Parlamento apreciada pelo prisma


(do processo de aprovação, do conteúdo e da concretização) da
Lei n.º 50/2018, de 16 de Agosto”
Bibliografia e links:

 Alexandrino, José Melo. Lições de Direito Constitucional: Volume II. 3ª ed.


Lisboa: AAFDL Editora, 2018;

 Alexandrino, José Melo. Uma Década de Reformas do Poder Local. 1ª ed.


Lisboa: AAFDL Editora, 2018;

https://www.parlamento.pt/ArquivoDocumentacao/Documents/descentralizaca
o.pdf;

 https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/noticia?i=aprovados-novos-
Diplomas-no-ambito-da-lei-quadro-da-descentralizacao;

 http://www.fd.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2014/12/Alexandrino-Jose-de-
Melo-APreponderancia-do-Governo-no-Exercicio-da-Funcao-Legislativa.pdf;

 https://www.icjp.pt/sites/default/files/media/365-228.pdf

Questões a analisar neste trabalho:

 Quais as principais iniciativas legislativas apresentadas em sede


parlamentar, relativas à matéria de transferência de atribuições e de
competências para as autarquias locais e entidades intermunicipais?

- Projeto de Lei n.º 383/XIII (PSD): 24-01-2017. Procede à descentralização de


competências para os municípios e entidades intermunicipais e nas freguesias
no âmbito da educação, saúde, ação social, gestão territorial, gestão florestal,
gestão da orla costeira, medicina veterinária, saúde animal e segurança
alimentar;

- Proposta de Lei n.º 62/XIII (GOV) 1-03-2017. Estabelece o quadro de


transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades
intermunicipais, concretizando os princípios da subsidiariedade, da
descentralização administrativa e da autonomia do poder local;

- Projeto de Lei n.º 442/XIII (PCP) 10-03-2017 lei-quadro que estabelece as


condições e requisitos de transferência de atribuições e competências para as
autarquias locais;

- Projeto de Lei 449/XIII (CDS-PP) 10-03-2017 Procede à descentralização de


competências para os municípios e entidades intermunicipais no âmbito da
educação, saúde, ação social, proteção civil, praias, gestão florestal, saúde
animal e segurança alimentar, património e habitação.

 Qual o enquadramento constitucional da lei–quadro da transferência de


competências para as autarquias locais?
-Está consagrado no número 1 do artigo 6º da CRP “O Estado é unitário e
respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular e os
princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da
descentralização democrática da administração pública.”. Além do
suprarreferido, programa de governo do governo atual é a descentralização
como base da reforma do Estado.

 Quais os problemas que se têm verificado no desenvolvimento e


concretização da lei-quadro e dos diplomas complementares?

- A lei-quadro pressupunha que o governo aprovasse os 23 decretos-lei


setoriais e os envelopes financeiros associados a cada autarquia com a
identificação das verbas por área de competências a transferir, de modo a que
estas, até ao dia 15 de setembro de 2018, deliberassem se aceitavam exercer
as novas competências no ano de 2019. Contudo, o governo não cumpriu a
sua parte. Até essa mesma data, apenas parte desses diplomas foram
promulgados.

- A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019 tinha um artigo


específico (65.º), que regulamentava os mapas do Fundo de Financiamento da
Descentralização, que era o instrumento de distribuição das verbas do
processo. O artigo acabou eliminado nas votações na especialidade do
OE2019 que decorreram no Parlamento, pela oposição e pelos parceiros de
esquerda.

 Qual o procedimento legislativo da lei-quadro?

- Proposta de lei do governo (01/03/2017); PS e PSD votaram a favor; CDS-PP


absteve-se; PCP, BE, PEV e PAN contra.
- Aprovada a 18 de julho de 2018
- Promulgada a 2 de agosto de 2018
- Referendada a 6 de agosto de 2018
- Publicada no Diário da República a 16 de agosto de 2018

 Quais as inconstitucionalidades da lei-quadro?

- O texto aprovado pelos deputados diz que "a presente Lei produz efeitos após
a aprovação de diplomas legais de âmbito sectorial consensualizados com a
Associação Nacional de Municípios Portugueses [ANMP]". Tal, remete-nos
para o número 5 do artigo 112º da Constituição, onde se lê que "nenhuma lei
pode criar outras categorias de atos legislativos ou conferir a atos de outra
natureza o poder de, com eficácia externa, interpretar, integrar, modificar,
suspender ou revogar qualquer dos seus preceitos". Se a ANMP não
consensualizar os diplomas setoriais — que servem para concretizar caso a
caso a transferência de cada uma das competências –, a lei não produz efeitos.

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