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Assim: «Definições»
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do nº 2 do Para os objectivos deste diploma e para a implementação
artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: das regras nele estipuladas devem considerar-se as
seguintes definições:
Artigo 1º
a) Abastecimento público: entrega de energia eléctrica
Objecto para clientes finais;
Os artigos 1º, 2º, 3º,4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º, 12º, 13º, b) Auto-produtor: qualquer pessoa colectiva pública
14º, 15º, 16º, 17º, 18º, 19º, 20º, 21º, 24º, 25º, 26º, 27º, 28º, ou privada ou pessoa individual que produza
30º, 31º, 32º, 33º, 34º, 35º, 36º, 37º, 39º, 40º, 41º, 43º, 45º, energia eléctrica maioritária e prioritariamente
46º, 48º, 49º, 50º, 51º, 52º, 53º, 54º, 55º, 56º, 57º, 58º, 59º, para uso próprio, devidamente licenciada para
60º, 61º, 63º, 64º, 65º, 66º, 67º, 68º, 69º, 70º, 72º, 73º, 74º, o efeito através de regime específico de acesso e
78º, 79º, 80º, 82º, 83º, 84º, 85º, 87º, 91º, 92º, 94º, 95º, 96º, de remuneração, relativos à energia
97º, 98º, 99º, 100º, 102º, 103º, 104º, 105º, 106º, 107º, 111º,e remanescente entregue à rede de transporte ou
112º passam a ter a seguinte redacção: de distribuição;
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c) Central de Produção: conjunto de sítio, edifícios, r) Entrega de Energia Eléctrica: a entrega de energia
equipamentos e instrumentos utilizados para a eléctrica a um cliente ou intermediário;
produção de electricidade qualquer que seja a
fonte primária e a tecnologia; s) Fornecedor: uma entidade autorizada a fornecer
quaisquer dos serviços previstos neste diploma;
d) Cliente: entidade que adquire energia eléctrica;
t) Instalação: as centrais ou equipamentos afectos à
e) Cogeração: produção conjunta de energia eléctrica produção, transporte ou distribuição de
e térmica através de qualquer processo electricidade, bem como edifícios e terrenos
industrial; utilizados para aqueles fins incluindo tubagens,
equipamentos de transporte, cablagem,
f) Cogerador: qualquer entidade privada ou pública instrumentos de controlo;
que produz energia através de um processo de
cogeração; u) Licença operacional: o acto administrativo pelo qual
as Entidades Reguladas ou outras têm
g) Concedente: o Estado, através do Governo de Cabo
autorização para prestar serviços não sujeitos
Verde;
a Contrato de Concessão;
h) Contrato de concessão: acordo celebrado entre o
v) Licenciado: uma pessoa colectiva pública ou privada
Concedente e o Concessionário em que o
ou indivíduo que detém uma licença para a
Concedente delega e autoriza o Concessionário
produção, transporte, distribuição e venda de
a prestar serviços de interesse público e define
electricidade;
os respectivos direitos e obrigações;
w) Ponto de Entrega: o limite de propriedade entre
i) Concessionária (o): entidade autorizada a prestar
um Produtor e Transportador ou entre um
serviços de interesse público através de um
Transportador e um Distribuidor;
Contrato de Concessão;
j) Consumidor: entidade que recebe energia eléctrica x) Ponto de Interligação: o limite de propriedade entre
para utilização própria; um Distribuidor e um Consumidor Cativo e/ou
entre um Transportador ou Distribuidor e um
k) Consumidor cativo: consumidor final a que é Produtor ou Grande Consumidor;
fornecido electricidade em baixa tensão
exclusivamente por um Distribuidor; y) Tensão de Ligação: nível de tensão ao qual uma
entidade poderá receber a electricidade;
l) Contrato tipo de fornecimento: um acordo definindo
direitos e obrigações do Distribuidor e do z) Produção: todas as actividades relacionadas com a
Consumidor Cativo, relativo às condições de produção de electricidade através de qualquer
fornecimento e uso da electricidade; fonte de energia;
m) Distribuição: todos os serviços entre o gerador ou aa) Produtor: uma entidade privada ou pública ou
o posto de transformação e o contador do indivíduo com uma licença para operar uma
consumidor, não definido como serviço de central de produção por via térmica ou através
transporte. A distribuição, para efeitos deste de fontes renováveis de energia;
diploma, inclui a venda de electricidade;
bb) Produtor Independente: entidade autorizada a
n) Electricidade: energia eléctrica ou força motriz, produzir energia eléctrica, devidamente
produzida, transportada, distribuída e vendida, licenciada para o efeito através de regime
utilizada para qualquer objectivo; específico de acesso e de remuneração, para
entrega à rede de transporte ou de distribuição;
o) Empresa de Electricidade: qualquer pessoa colectiva
pública ou privada ou pessoa individual que cc) Rede de Alta Tensão: redes de transporte e
produza, transporte, distribua e venda subestações com uma tensão igual ou superior
electricidade, qualquer que seja o seu tipo de a 35kV, utilizadas para entrega de electricidade
posse; num Ponto de Entrega ou de Interligação;
p) Entidade Regulada: empresa ou indivíduo que dd) Rede de Distribuição: rede eléctrica, incluindo
fornece serviços objecto de Regulação pela estruturas de suporte, com transformadores
Agência de Regulação no âmbito de uma associados e equipamento de interrupção
concessão e/ou uma licença; utilizados para distribuir electricidade e enviá-
la ao Ponto de Interligação;
q) Agência de Regulação: pessoa colectiva de direito
público com autonomia administrativa, ee) Serviços de Energia Eléctrica: serviços como: a)
patrimonial e financeira criada por lei para prestação de serviços de conservação de energia
regular os sectores do transporte, aviação civil, ou de armazenamento; b) prestação de serviços
comunicações, energia, água, ambiente e da gestão da procura; ou c) prestação de serviços
similares, ou seus sucessores; de gestão de qualidade de energia.
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d) Qualidade do Serviço, Eficiência e Fiabilidade: o 2. O Contrato de Concessão define, com exclusão das
fornecimento dos serviços regulados neste matérias já contidas na lei, entre outras, a área de
diploma obedece às normas de qualidade concessão, o tarifário e a qualidade dos níveis de serviço e
apropriadas, de eficiência e outras regras em outras obrigações exigíveis ao concessionário.
vigor;
«Artigo 11º»
e) Transparência: a prestação dos serviços de
electricidade por entidades reguladas e o «Concurso»
controlo de serviços fornecidos pelos serviços
1. O Concedente deve anunciar através da publicação
públicos e pela Agência de Regulação são
de anúncio no Boletim Oficial e em outras publicações
efectuados mediante regras e procedimentos
periódicas, a intenção do Estado de atribuir a concessão,
abertos e suportados em regulamentos e
através de concurso.
directivas acessíveis aos interessados;
f) Preços razoáveis e justos: a entidade prestadora 2. O Concedente deve estabelecer um Caderno de
dos serviços só presta serviços de acordo com Encargos a ser cumprido pelos vários candidatos.
termos adequados e condições prevista neste
diploma e subsequentes, por forma a que o seu 3. Os procedimentos do concurso devem ser claros e
equilíbrio económico-financeiro seja todas as partes interessadas são notificadas da hora e local
salvaguardado no âmbito dos contratos de onde as propostas são abertas.
concessão ou licença; «Artigo 12º»
g) Protecção ambiental: a preservação de recursos
«Critérios de Selecção dos Concessionários»
naturais e uso de fontes renováveis guia
coerentemente a gestão, desenvolvimento e 1.As propostas são avaliadas mediante critérios de
expansão do sistema eléctrico; qualificação para os candidatos à concessão, que podem
h) Concorrência: tanto quanto possível e incluir:
economicamente viável, o sistema eléctrico deve
a) Capacidade técnica;
promover a competição no fornecimento de
energia eléctrica e serviços relacionados; e b) Capacidade financeira;
i) Equilíbrio de Interesses: o sistema eléctrico deve
c) Capacidade de gestão;
assegurar um equilíbrio entre interesses dos
consumidores e fornecedores de serviços, de uma
d) Experiência em actividades relevantes e similares; e
forma coerente com os objectivos e condições
socio-económicas do país. e) Identificação de potenciais conflitos ou interesses
2. A Regulação deve, nomeadamente, promover: desfavoráveis em negócios.
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«Artigo 15º» 2. As eventuais alterações ao contrato de concessão serão
publicadas no Boletim Oficial.
«Exclusividade»
3. Doze meses antes do termo da concessão, o
De acordo com os princípios de promoção de competição, Concedente, através da Agência de Regulação, publica os
e na falta de uma resolução específica do Governo, as termos finais do novo contrato de concessão.
concessões não são exclusivas.
4. O titular da concessão tem trinta dias, após
«Artigo 16º»
publicação dos termos alterados ou adicionados à concessão
«Transferência» para manifestar a sua intenção de renovar a concessão.
1. O poder de transferir uma concessão, no âmbito deste 5. O Concessionário tem trinta dias após a manifestação
diploma, depende de autorização do Governo. do titular da concessão para avaliar o desempenho do
concessionário, incluindo parecer resultante de consulta
2. As concessões não podem ser transferidas sem prévia da Agência de Regulação.
consulta prévia à Agência de Regulação.
6. No caso em que o Concedente decidir fundadamente,
3. Para efeitos do disposto nos números anteriores, a não renovar a concessão ou iniciar um concurso de selecção,
Agência de Regulação deve apreciar as condições técnicas a Agência de Regulação deve ser previamente consultada.
e financeiras, relacionadas com as atribuições do novo «Artigo 19º»
concessionário e pode recomendar condições específicas
destinadas a salvaguardar a adequada prestação dos «Extinção da Concessão»
serviços.
1. As concessões extinguem-se por acordo entre o
«Artigo 17º» Concedente e a Concessionária, por rescisão, por resgate e
por caducidade.
«Alteração das Concessões»
2. Terminada a concessão por falta de renovação ou
1. A concessão pode ser alterada, por acordo de ambas selecção de um novo concessionário, o Concedente pode
as partes, mediante consulta prévia a Agência de estabelecer um acordo com o concessionário, de modo a
Regulação, entre outras circunstâncias: prolongar a concessão, ouvindo a Agência de Regulação ou
nomear um gestor interino até que uma nova concessão
a) A pedido do concessionário, mediante justa causa; seja concedida.
ou
3. Nas condições previstas no número 2 deste artigo,
b) Por iniciativa do Concedente, mediante justa causa. enquanto não for encontrada uma solução, a
Concessionária é obrigada a prestar os bens e serviços
2. Para as alterações ao contrato de concessão, o objectos do Contrato de Concessão.
Concedente deve notificar previamente o Concessionário
da modificação ou modificações propostas e garantir-lhe a «Artigo 20º»
oportunidade de lhe fornecer informações sobre o impacte
«Rescisão da Concessão»
das alterações indicadas.
1. O Concedente pode rescindir a concessão com
3. O concessionário tem direito a compensação por danos fundamento na falência do concessionário ou em
económicos efectivamente sofridos pela alteração ou incumprimento grave das obrigações do Concessionário
alterações ao contrato de concessão: sobre os termos da concessão.
a) Se demonstrar que os danos foram resultantes 2. O Concessionário pode rescindir o contrato de
directos das alterações ao contrato de concessão; concessão com fundamento em incumprimento grave das
obrigações do Concedente, se do mesmo resultarem
b) Se as modificações não forem objecto de parecer da perturbações graves que ponham em causa o exercício das
Agência de Regulação; ou actividades concessionadas.
c) Se os direitos de propriedade do concessionário forem «Artigo 21º»
prejudicados sem a observância dos devidos
«Resgate»
procedimentos legais.
«Artigo 18º»
1. Havendo interesse público e após notificação do
Concessionário, o Governo pode resgatar a Concessão
«Renovação da Concessão» mediante pagamento de uma indemnização equivalente
ao valor de mercado da Concessão.
1. Dezoito meses antes do termo da concessão, o
Concedente, através da Agência de Regulação, notifica a 2. Caso não haja acordo entre as partes, o valor da
Concessionária das eventuais alterações a serem feitas ao indemnização previsto no número um deste artigo, é
contrato de concessão. estipulado por tribunal competente.
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«Artigo 24º» «Artigo 27º»
1. Os bens afectos à concessão retrocedem ao Concedente O Governo, ouvida a Agência de Regulação, consoante
após termo da concessão. os casos, especifica os critérios adequados para atribuição
de licenças operacionais, os quais podem incluir:
2. A compensação só é atribuída em caso de término da
concessão sem renovação e após demonstração de que o a) Capacidade técnica;
concessionário foi privado de uma justa oportunidade de
recuperar todos os custos contraídos ao prestar serviços b) Capacidade financeira;
concessionados, durante o período da concessão.
c) Capacidade de gestão; e
3. Os critérios para determinação do montante da
compensação são afixados no contrato de concessão. d) Experiências em actividades relevantes e similares.
«Artigo 28°»
«Artigo 25º»
«Recusa de Licença»
«Serviços sujeitos a licença»
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3. A licença pode ser revogada pelo Governo ou pela 2. O licenciado deve obter a licença para cada central de
Agência de Regulação, consoante o caso, em situação de produção operada por ele ou do qual ele é proprietário.
incumprimento grave e culposo dos demais deveres do seu
titular relativos ao exercício da actividade licenciada. 3. A licença para produção inclui o direito de vender
energia eléctrica produzida pela central, sujeita às
4. Em caso algum a extinção da licença pode pôr em limitações e outras condições mencionadas na licença.
causa a prestação do bem e serviço objecto da licença.
«Artigo 40º»
«Artigo 34º» «Suspensão ou Término»
«Aprovação de Localização»
A suspensão ou término de serviços por parte do
Produtor licenciado deve ser previamente aceite pelo
As entidades reguladas devem submeter à aprovação do
Governo, ouvida a Agência de Regulação.
Governo ou da Agência de Regulação, consoante o caso,
propostas de sítios para as suas instalações. «Artigo 41º»
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«Artigo 46º» 4. O município pode solicitar a instalação de rede de
iluminação pública em áreas onde não exista rede de
«Livre Acesso»
distribuição em baixa tensão ou segundo traçado diferente
1. De acordo com as disposições anteriores, os do desta rede, suportando, nestes casos, os respectivos
concessionários de transporte de energia eléctrica devem encargos.
permitir acesso às respectivas redes a qualquer operador
«Artigo 52º»
de produção licenciado, incluindo auto-produtores e
produtores independentes de energia eléctrica e a qualquer «Objectivo das Actividades»
consumidor que se qualificar a este acesso nos termos do
disposto neste diploma, mediante o pagamento de taxas De modo a estimular actividades autónomas de gestão
ou tarifas aplicáveis e cumprindo as especificações técnicas energética incluindo gestão da procura, facturação de
estabelecidas para este efeito pela Agência de Regulação. clientes e instalação e manutenção de contadores, empresas
especializadas podem operar dentro do sistema eléctrico.
2. Os termos e condições de acesso são estabelecidos e
aprovados pela Agência de Regulação. «Artigo 53º»
2. Os termos e condições de acesso são elaborados e 2. Qualquer parte interessada que seja lesada com a
aprovados pela Agência de Regulação. aprovação e aplicação dos regulamentos tem o direito de
apresentar uma queixa formal à Agência de Regulação.
«Artigo 51º»
«Artigo 57º»
«Serviços de Iluminação Pública»
«Informação»
1. O detentor de concessão ou licença de distribuição de
energia eléctrica tem a obrigação de iluminar vias públicas Todas as tarifas são publicadas no Boletim Oficial e em
dentro da área de concessão ou licença nos termos do artigo Jornais de maior circulação no País.
49º, em conformidade com as condições estipuladas no
«Artigo 58º»
contrato de concessão ou licença.
«Princípios do Tarifário»
2. Os municípios são responsáveis pelo pagamento do
consumo de iluminação pública na sua área municipal, 1. As tarifas para serviços previstos neste diploma devem
mediante tarifa fixada pela Agência de Regulação. ser justas e razoáveis.
3. Salvo indicação em contrário do município, a rede de 2. Para efeito do disposto no número anterior, aplicam-
iluminação pública acompanha a rede de distribuição em se os princípios estabelecidos nos artigos 59º e 60º deste
baixa tensão e é do mesmo tipo desta. diploma.
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«Artigo 59º» «Artigo 63º»
Existindo competitividade efectiva, as tarifas devem ser O sistema tarifário de ligação a rede estabelece os
baseadas nos valores praticados no mercado. termos, condições e valores que os produtores
independentes e auto-produtores de energia eléctrica devem
«Artigo 60º»
pagar para ligação dos respectivos sistemas aos sistemas
«Serviços Não Concorrênciais» de transporte e distribuição de energia eléctrica.
2. As tarifas devem ser estabelecidas num nível que 1. No fim de cada cinco anos, desde o início do período
garanta ao concessionário oportunidade de recuperar custos de concessão, a Agência de Regulação tem a autoridade
contraídos na prestação do serviço e outros encargos para alterar o indicador de evolução de preços utilizado,
previstos neste diploma e demais leis aplicáveis. ou o factor produtivo ou ambos, e pode ainda alterar o
cálculo de custo base a que foram aplicados o indicador de
3. As tarifas devem ser estabelecidas a um nível que evolução de preços e/ou o factor de produtividade.
garanta ao concessionário um lucro proporcionado com os
riscos assumidos. 2. No terceiro ano do Contrato de Concessão, se for
demonstrado que o sistema de cálculo está desajustado,
4. As tarifas devem ser formuladas de modo a fornecer causando prejuízos à Concessionária ou aos Consumidores,
incentivo suficiente para promover eficiência. a Agência de Regulação tem autoridade para rever o
indicador de evolução de preços utilizado, ou o factor
5. As tarifas devem ser estabelecidas por forma a produtivo ou ambos, e pode rever ainda o cálculo de custo
promover a poupança de energia. base a que foram aplicados o indicador de evolução de preços
e/ou o factor de produtividade.
6. Os reajustes tarifários, quando executados, devem
ser concretizados de forma a minimizar perturbações 3. Outras revisões à tarifa podem ser feitas em
económicas. consequência do contrato de concessão, designadamente
sempre que seja necessário repor o equilíbrio contratual.
7. As tarifas devem ser indexadas de modo a reflectirem
mudanças nos preços dos bens e serviços no país. As «Artigo 66º»
alterações significativas no índice de preços ao consumidor
podem reflectir proporcionalmente nos ajustes anuais feitos «Categorias Tarifárias»
às tarifas.
1. A Agência de Regulação tem autoridade para decidir
8. As tarifas devem reflectir os custos do fornecimento a área onde as tarifas devem ser uniformes por categoria
do serviço às várias classes de consumidores abrangidos e para criar categorias de consumidores baseadas em zonas
pelas tarifas. comuns de custos do serviço.
9. As tarifas não devem reflectir os custos associados a 2. A desagregação tarifária deve reflectir os níveis de
bens onde o concessionário não investiu ou dos que tenham tensão aplicáveis a usos diferentes e quando necessários,
sido doados ao Estado de Cabo Verde. a forma binominal.
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2. A Agência de Regulação pode aceitar que os custos As entidades reguladas têm que obter acordo do
sejam ressarcidos através de prestações ou outros Concedente, mediante consulta prévia da Agência de
mecanismos de financiamento de modo a tornar o serviço Regulação, para qualquer venda ou emissão de acções e
mais acessível. obrigações, constituição de garantias, execução de
empréstimos ou qualquer outro tipo de financiamento, com
3. O consumidor que beneficiar da expansão paga por
ónus sobre a concessão ou seus bens.
outro consumidor, contribui com parte dos custos de
expansão em proporção com a potência contratada, sendo «Artigo 80º»
o primeiro consumidor assim ressarcido do seu desembolso.
«Alteração da Razão Social ou Denominação»
«Artigo 73º»
As entidades reguladas devem obter aprovação do
«Disponibilidade dos Arquivos»
Concedente para alterar o objecto, forma ou denominação
1. As entidades reguladas devem manter livros, da empresa.
anotações, documentos e qualquer outro material escrito «Artigo 82º»
relacionados com os contratos, serviços prestados e
propriedades. «Planeamento e Expansão»
2. Todos estes documentos e registos devem ser A Agência de Regulação supervisiona o planeamento e
disponibilizados à Agência de Regulação para auditoria, expansão do Sistema Eléctrico de acordo com o previsto no
em qualquer altura, sem aviso prévio. contrato de concessão.
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«Artigo 83º» «Artigo 87º»
1. As entidade reguladas devem submeter a Agência de 1. As entidades reguladas estão proibidas de discriminar
Regulação, em cada dois anos, um relatório perspectivando consumidores no que diz respeito às tarifas, condições e
os cinco anos seguintes, incluindo: qualidade do serviço.
a) Procura prevista e respectivo nível previsional de 2. A discriminação pode resultar da diferenciação dos
satisfação; termos, condições ou preço dos serviços fornecidos a um
cliente em comparação a outro na mesma situação, sem
b) Previsão de investimento; justificação na lei, nos contratos de concessão ou licença.
«Suspensão de Fornecimento»
d) Previsão dos preços de combustível;
1. As entidades reguladas podem cortar o serviço a um
e) Explicação completa da metodologia utilizada nas cliente por falta de pagamento de facturas com mais de
previsões; e sessenta dias em atraso e desde que tenha sido comunicado,
após esse período, com quinze dias de antecedência em
f) Oportunidades para ganhos de eficiência e de
relação à data do corte.
qualidade de serviço, designadamente através
de interligações de redes, desenvolvimento 2. A Agência de Regulação define as regras para o corte
tecnológico e outras fontes primárias do serviço por falta de pagamento e o processo e custos
alternativas. para nova ligação.
2. A Agência de Regulação avalia se as previsões e os 3. As entidades reguladas podem igualmente cortar o
planos são adequados. serviço por furto, fraude ou uso negligente do equipamento
instalado, sem prejuízo do disposto no artigo 107º.
3. Se a Agência de Regulação entender que as previsões
e os planos não são adequados, notifica as entidades «Artigo 92º»
reguladas das insuficiências a suprir em relatório a
«Transferência e Revenda dos Serviços pelo Consumidor»
concluir em prazo por ela definido.
«Artigo 84º»
1. Os consumidores não podem transferir ou revender
os serviços recebidos de uma entidade regulada, sem o
«Responsabilidade em Situações de Crise» consentimento desta, e mediante parecer favorável da
Agência de Regulação.
1. Em situações de crise ou emergência que afecte a
disponibilidade de energia eléctrica ou caso a segurança 2. Os consumidores não podem utilizar, nem deixar que
física das pessoas, instalações ou a integridade do sistema os equipamentos e instalações da concessionária sejam
seja ameaçado, o Governo toma as medidas necessárias e utilizados, fora das especificações técnicas e contratuais.
poderá impor limitações temporárias de consumo de
energia eléctrica e de alteração da operação de centrais de 3. A Agência de Regulação aprova o modelo de contrato
produção e das demais instalações relacionadas com o a utilizar pelo Concessionário com o Cliente.
fornecimento de energia eléctrica.
«Artigo 94º»
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A Agência de Regulação pode emitir, no âmbito da sua e) Se o concessionário ou licenciado não cumprir as
jurisdição, regras e orientações que digam respeito às ordens ou instruções da Agência de Regulação; e
responsabilidades das entidades reguladas para problemas
relacionados com o serviço de energia eléctrica prestado. f) Se o concessionário ou licenciado não prestar os
serviços pelo qual a concessão ou licença foram
«Artigo 99º» obtidos, sem razão justificável, por mais de doze
meses ou outro período definido pela Agência de
«Acesso a Propriedades»
Regulação.
1. Os consumidores devem permitir às entidades
«Artigo 103º»
reguladas e seus representantes autorizados acesso às suas
instalações para inspeccionarem e retirarem contadores e «Contra-Ordenações»
outros equipamentos, para inspeccionarem violações ou
outras circunstâncias onde a segurança de indivíduos ou 1. Constitui contra-ordenação a prática dos seguintes
propriedade esteja envolvida. actos ilícitos pelas entidades reguladas:
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222 I SÉRIE — Nº 8 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE FEVEREIRO DE 2006
b) A aplicação a clientes de tarifas ou de preços que ou como medida de precaução ou como penalidade
não tenham sido aprovados pelas entidades acessória, propor ao concedente a suspensão da actividade
competentes; do concessionário ou do licenciado.
e) O não envio à entidade reguladora, no prazo legal, 2. Todas as penalidades devem ser avaliadas na proporção
dos Planos de Expansão do Sistema Eléctrico; e razoável das faltas ou irregularidades cometidas pelo
concessionário ou licenciado.
f) A não observância das regras de compra pelos
«Artigo 107º»
concessionários das redes de transporte ou
distribuição da produção excedentária dos auto- «Furto de Electricidade e Outras Violações»
produtores ou de produtores independentes.
O furto de electricidade, vandalismo em instalações de
2. As contra-ordenações previstas no número anterior energia eléctrica assim como a violação de equipamento
são punidas com as seguintes coimas: de contadores é punível segundo o código civil e criminal
em vigor no País e de acordo com qualquer outra
a) De 5.000.000$00 (cinco milhões de escudos) a
regulamentação de execução deste diploma.
8.000.000$00 (oito milhões de escudos) no caso
da alínea a); «Artigo 111º»
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I SÉRIE — Nº 8 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE FEVEREIRO DE 2006 223
Artigo 3º 2. O disposto neste diploma aplica-se a todas as entidades
Vigência públicas, incluindo municípios, ou privadas ou indivíduos
que forneçam esses serviços, com o objectivo de criar
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao progressivamente um mercado eficiente e competitivo no
da sua publicação. Sistema Eléctrico.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. Artigo 3º
José Maria Pereira Neves - João Pereira Silva - João
Definições
Pinto Serra
Promulgado em 20 de Janeiro de 2006 Para os objectivos deste diploma e para a implementação
das regras nele estipuladas devem considerar-se as
Publique-se seguintes definições:
O Presidente da República (Interino), ARISTIDES a) Abastecimento público: entrega de energia eléctrica
RAIMUNDO LIMA para clientes finais;
Referendado em 20 de Janeiro de 2006
b) Auto-produtor: qualquer pessoa colectiva pública
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves ou privada ou pessoa individual que produza
energia eléctrica maioritária e prioritariamente
Decreto-Lei nº 54/99
para uso próprio, devidamente licenciada para
de 30 de Agosto o efeito através de regime específico de acesso e
de remuneração, relativos á energia
CAPÍTULO I
remanescente entregue à rede de transporte ou
Disposições Gerais de distribuição;
Artigo 1º
c) Central de Produção: conjunto de sítio, edifícios,
Objectivos e princípios gerais equipamentos e instrumentos utilizados para a
produção de electricidade qualquer que seja a
O presente diploma que estabelece as bases do Sistema
fonte primária e a tecnologia;
Eléctrico tem como objectivos fundamentais o fomento do
desenvolvimento económico e social nacional e a d) Cliente: entidade que adquire energia eléctrica;
preservação do ambiente, em observância estreita aos
seguintes princípios: Assegurar um fornecimento de e) Cogeração: produção conjunta de energia eléctrica
energia eléctrica seguro e fiável, assim como um aumento e térmica através de qualquer processo
da cobertura de serviço a todos os consumidores, a um industrial;
preço razoável, justo e não discriminatório no uso:
f) Cogerador: qualquer entidade privada ou pública
a) Assegurar um fornecimento de energia eléctrica
que produz energia através de um processo de
seguro e fiável, assim como um aumento de
cogeração;
cobertura de serviço a todos os consumidores, a
um preço razoável, justo e não discriminatório; g) Concedente: o Estado, através do Governo de Cabo
b) Aumentar o uso de fontes energéticas renováveis e Verde;
a cogeração para a produção de electricidade;
h) Contrato de concessão: acordo celebrado entre o
c) Promover a eficiência e inovação tecnológica na Concedente e o Concessionário em que o
produção, transporte, distribuição e uso de Concedente delega e autoriza o Concessionário
energia eléctrica no País; a prestar serviços de interesse público e define
os respectivos direitos e obrigações;
d) Atrair investimentos privados nacionais e
estrangeiros para o Sistema Eléctrico, nele se i) Concessionária (o): entidade autorizada a prestar
incluindo os auto-produtores e produtores serviços de interesse público através de um
independentes, pela definição de condições Contrato de Concessão;
estáveis, equitativas, favoráveis e transparentes
para o investimento; j) Consumidor: entidade que recebe energia eléctrica
e) Estimular a sã competição e concorrência no para utilizaçäo própria;
Sistema Eléctrico.
k) Consumidor cativo: consumidor final a que é
Artigo 2º fornecido electricidade em baixa tensão
Âmbito
exclusivamente por um Distribuidor;
1. Este diploma é aplicado a todos os processos e l) Contrato tipo de fornecimento: um acordo definindo
actividades relacionados com a produção, transporte, direitos e obrigações do Distribuidor e do
distribuição e venda de energia eléctrica, incluindo a Consumidor Cativo, relativo às condições de
prestação de serviços de eficiência e de gestão de procura. fornecimento e uso da electricidade;
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224 I SÉRIE — Nº 8 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE FEVEREIRO DE 2006
m) Distribuição: todos os serviços entre o gerador ou bb) Produtor Independente: entidade autorizada a
o posto de transformação e o contador do produzir energia eléctrica, devidamente
consumidor, não definido como serviço de licenciada para o efeito através de regime
transporte. A distribuição, para efeitos deste específico de acesso e de remuneração, para
diploma, inclui a venda de electricidade; entrega à rede de transporte ou de distribuição;
n) Electricidade: energia eléctrica ou força motriz, cc) Rede de Alta Tensão: redes de transporte e
produzida, transportada, distribuída e vendida, subestações com uma tensão igual ou superior
utilizada para qualquer objectivo; a 35kV, utilizadas para entrega de electricidade
o) Empresa de Electricidade: qualquer pessoa colectiva num Ponto de Entrega ou de Interligação;
pública ou privada ou pessoa individual que
produza, transporte, distribua e venda dd) Rede de Distribuição: rede eléctrica, incluindo
electricidade, qualquer que seja o seu tipo de posse; estruturas de suporte, com transformadores
associados e equipamento de interrupção
p) Entidade Regulada: empresa ou indivíduo que utilizados para distribuir electricidade e enviá-
fornece serviços objecto de Regulação pela la ao Ponto de Interligação;
Agência de Regulação no âmbito de uma
concessão e/ou uma licença; ee) Serviços de Energia Eléctrica: serviços como: a)
prestação de serviços de conservação de energia
q) Agência de Regulação: pessoa colectiva de direito
ou de armazenamento; b) prestação de serviços
público com autonomia administrativa,
da gestão da procura; ou c) prestação de serviços
patrimonial e financeira criada por lei para
de gestão de qualidade de energia.
regular os sectores do transporte, aviação civil,
comunicações, energia, água, ambiente e As Empresas com licença para prestar esses serviços
similares, ou seus sucessores; são definidas como Empresas de Serviços
r) Entrega de Energia Eléctrica: a entrega de energia Energéticos;
eléctrica a um cliente ou intermediário;
ff) Serviços Regulados: todos os serviços e actividades
s) Fornecedor: uma entidade autorizada a fornecer mencionados neste diploma e regulados pela
quaisquer dos serviços previstos neste diploma; Agência de Regulação;
t) Instalação: as centrais ou equipamentos afectos à
gg) Sistema Eléctrico: o conjunto de entidades públicas
produção, transporte ou distribuição de
e privadas, empresas, utilizadores, instalações
electricidade, bem como edifícios e terrenos
e equipamentos envolvidos na produção,
utilizados para aqueles fins incluindo tubagens,
transporte, distribuição e venda de electricidade;
equipamentos de transporte, cablagem,
instrumentos de controlo; hh) Sistema Interligado: vários sistemas de transporte
u) Licença: o acto administrativo pelo qual as e distribuição de energia eléctrica ligados
Entidades Reguladas ou outras têm autorização através de um ou mais pontos de entrega;
para prestar serviços não sujeitos a Contrato
ii) Transportador: uma pessoa colectiva pública ou
de Concessão;
privada ou pessoa indivídual que possui uma
v) Licenciado: uma pessoa colectiva pública ou privada concessão para transportar energia eléctrica
ou indivíduo que detém uma licença para a entre o Ponto de Entrega do Produtor e o ponto
produção, transporte, distribuição e venda de de recepção do distribuidor ou Grande
electricidade; Consumidor;
w) Ponto de Entrega: o limite de propriedade entre jj) Transporte: todas as actividades de transporte de
um Produtor e Transportador ou entre um energia eléctrica em alta tensão do ponto de
Transportador e um Distribuidor; transformação até ao ponto de recepção, por
x) Ponto de Interligação: o limite de propriedade entre empresas de distribuição ou consumidores com
um Distribuidor e um Consumidor Cativo e/ou nível de tensão definido pela Agência de
entre um Transportador ou Distribuidor e um Regulação.
Produtor ou Grande Consumidor;
CAPÍTULO II
y) Tensão de Ligação: nível de tensão ao qual uma
entidade poderá receber a electricidade; Estrutura e funções relacionadas
com o sistema eléctrico
z) Produção: todas as actividade relacionadas com a
produção de electricidade através de qualquer Artigo 4º
fonte de energia;
Estrutura
aa) Produtor: uma entidade privada ou pública ou
indivíduo com uma licença para operar uma 1. O Sistema Eléctrico compreende as actividades de
central de produção por via térmica ou através produção, transporte, distribuição e venda de energia
de fontes renováveis de energia; eléctrica.
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Regulamentos específicos
c) A eficiência na produção, transporte, distribuição
e uso de energia eléctrica, se necessário através 1. Todo o processo de concessão obedece as regras
de incentivos apropriados e efectivos; contidas, sendo objecto de regulamento específico
estabelecido pelo Governo, com prévia consulta à Agência
d) Um ambiente envolvente onde entidades bem de Regulação.
geridas têm uma vasta oportunidade de obter
resultados financeiros positivos; e 2. As decisões que dizem respeito à atribuição de
concessão são publicadas no Boletim Oficial.
e) O uso eficiente e favorável do ambiente e dos
recursos naturais do país. Artigo 14º
Duração da Concessão
CAPÍTULO IV
1. O Governo concede concessões de serviços regulados
Concessões/Princípios por este diploma por um período inicial não superior a
cinquenta anos.
Artigo 10º
2. Mediante autorização do Governo, e após consulta
Serviços sujeitos a Contratos de Concessão
prévia à Agência de Regulação, o concessionário pode
1. A prestação de serviços de Transporte e Distribuição transferir a concessão ou estabelecer uma sub-concessão
de energia eléctrica para uso público requer nos termos referidos no artigo 16º.
estabelecimento prévio de um Contrato de Concessão, Artigo 15º
outorgado pelo Governo.
Exclusividade
2. O Contrato de Concessão define, com exclusão das
matérias já contidas na lei, entre outras, a área de De acordo com os princípios de promoção de competição,
concessão, o tarifário e a qualidade dos níveis de serviço e e na falta de uma resolução específica do Governo, as
outras obrigações exigíveis ao concessionário. concessões não são exclusivas.
Artigo 16º
Artigo 11º
Transferência
Concurso
1. O poder de transferir uma concessão, no âmbito deste
1. O Concedente deve anunciar através da publicação diploma, depende de autorização do Governo.
de anúncio no Boletim Oficial e em outras publicações
periódicas, a intenção do Estado de atribuir a concessão, 2. As concessões não podem ser transferidas sem
através de concurso. consulta prévia à Agência de Regulação.
2. O Concedente deve estabelecer um Caderno de 3. Para efeitos do disposto nos números anteriores, a
Encargos a ser cumprido pelos vários candidatos. Agência de Regulação deve apreciar as condições técnicas
e financeiras, relacionadas com as atribuições do novo
3. Os procedimentos do concurso devem ser claros e concessionário e pode recomendar condições específicas
todas as partes interessadas são notificadas da hora e local destinadas a salvaguardar a adequada prestação dos
onde as propostas são abertas. serviços.
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1. Dezoito meses antes do termo da concessão, o 2. Caso não haja acordo entre as partes, o valor da
Concedente, através da Agência de Regulação, notifica a indemnização previsto no número um deste artigo, é
Concessionária das eventuais alterações a serem feitas ao estipulado por tribunal competente.
contrato de concessão.
Artigo 22º
2. As eventuais alterações ao contrato de concessão serão Caducidade da Concessão
publicadas no Boletim Oficial.
A caducidade da concessão ocorre por decurso do prazo
3. Doze meses antes do termo da concessão, o inicial ou prorrogado.
Concedente, através da Agência de Regulação, publica os
termos finais do novo contrato de concessão. Artigo 23º
4. O titular da concessão tem trinta dias, após Dominialidade dos Bens Afectos a Concessão
publicação dos termos alterados ou adicionados à concessão
Os bens parte da concessão são de domínio público.
para manifestar a sua intenção de renovar a concessão.
Artigo 24º
5. O Concessionário tem trinta dias após a manifestação
do titular da concessão para avaliar o desempenho do Reversão de e compensação
concessionário, incluindo parecer resultante de consulta
prévia da Agência de Regulação. 1. Os bens afectos à concessão retrocedem ao Concedente
após termo da concessão.
6. No caso em que o Concedente decidir fundadamente,
não renovar a concessão ou iniciar um concurso de selecção, 2. A compensação só é atribuída em caso de término da
a Agência de Regulação deve ser previamente consultada. concessão sem renovação e após demonstração de que o
concessionário foi privado de uma justa oportunidade de
Artigo 19º recuperar todos os custos contraídos ao prestar serviços
Extinção da Concessão concessionados, durante o período da concessão.
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228 I SÉRIE — Nº 8 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE FEVEREIRO DE 2006
Artigo 27°
1. A licença extingue-se por caducidade ou por revogação.
Critérios de qualificação
2. A caducidade da licença ocorre por decurso do seu
O Governo, ouvida a Agência de Regulação, consoante prazo inicial ou renovado ou quando tenha sido declarado
os casos, especifica os critérios adequados para atribuição o estado de falência ou insolvência do licenciado.
de licenças operacionais, os quais podem incluir:
3. A licença pode ser revogada pelo Governo ou pela
a) Capacidade técnica; Agência de Regulação, consoante o caso, em situação de
incumprimento grave e culposo dos demais deveres do seu
b) Capacidade financeira; titular relativos ao exercício da actividade licenciada.
Recusa de Licença
Licenças de Construção
Artigo 34º
1.O Governo ou a Agência de Regulação, consoante os
casos têm de fundamentar as razões de recusa de uma Aprovação de Localização
licença operacional.
As entidades reguladas devem submeter à aprovação do
2.O Governo ou a Agência de Regulação podem recusar Governo ou da Agência de Regulação, consoante o caso,
uma licença operacional, entre outras circunstâncias propostas de sítios para as suas instalações.
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Artigo 35º 2. O licenciado deve obter a licença para cada central de
Competência para emitir Licenças
produção operada por ele ou do qual ele é proprietário.
1. O órgão competente do Governo emite licenças para a 3. A licença para produção inclui o direito de vender
construção de instalações nos sítios aprovados nos termos energia eléctrica produzida pela central, sujeita às
do artigo anterior. limitações e outras condições mencionadas na licença.
Artigo 40º
2. A construção de instalações é autorizada de acordo
com o disposto no artigo 26º deste diploma. Suspensão ou Término
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I SÉRIE — Nº 8 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE FEVEREIRO DE 2006 231
Artigo 55º 3. As tarifas devem ser estabelecidas a um nível que
garanta ao concessionário um lucro proporcionado com os
Não Discriminação e Neutralidade
riscos assumidos.
Todas as operações, despacho, segurança de sistema e
optimizações das redes, sejam de transporte ou distribuição 4. As tarifas devem ser formuladas de modo a fornecer
de energia eléctrica, são feitas numa base de não- incentivo suficiente para promover eficiência.
discriminação e respeito pela equidade de direitos e
5. As tarifas devem ser estabelecidas por forma a
obrigações.
promover a poupança de energia.
Artigo 56º
6. Os reajustes tarifários, quando executados, devem
Regulamentos ser concretizados de forma a minimizar perturbações
económicas.
1. A Agência de Regulação estabelece regulamentos
relativos à operação, despacho e optimização das redes. 7. As tarifas devem ser indexadas de modo a reflectirem
mudanças nos preços dos bens e serviços no país. As
2. Qualquer parte interessada que seja lesada com a alterações significativas no índice de preços ao consumidor
aprovação e aplicação dos regulamentos tem o direito de podem reflectir proporcionalmente nos ajustes anuais feitos
apresentar uma queixa formal à Agência de Regulação. às tarifas.
CAPÍTULO XIII 8. As tarifas devem reflectir os custos do fornecimento
do serviço às várias classes de consumidores abrangidos
Tarifas
pelas tarifas.
Artigo 57º
9. As tarifas não devem reflectir os custos associados a
Informação bens onde o concessionário não investiu ou dos que tenham
sido doados ao Estado de Cabo Verde.
Todas as tarifas são publicadas no Boletim Oficial e em
Jornais de maior circulação no País. 10. As tarifas não devem reflectir insuficiências dos
sistemas de produção, transporte e distribuição,
Artigo 58º
designadamente resultante de obsolescência tecnológica.
Princípios do Tarifário
Artigo 61º
1. As tarifas para serviços previstos neste diploma devem
Separação de Custos
ser justas e razoáveis.
Os custos podem ser separadas ou integradas de modo a
2. Para efeito do disposto no número anterior, aplicam-
melhor, em cada caso, reflectir serviços específicos de
se os princípios estabelecidos nos artigos 59º e 60º deste
acordo com as necessidades de consumidores e de
diploma.
produtores de energia.
Artigo 59º
Artigo 62º
Serviços Concorrênciais
Recursos Renováveis e Uso Eficiente da Energia
Existindo competitividade efectiva, as tarifas devem ser
As tarifas devem ser utilizadas para promover a
baseadas nos valores praticados no mercado.
conservação de energia eléctrica, a gestão da procura e
Artigo 60º eficiência da sua utilização, assim como promover o
aproveitamento de recursos renováveis.
Serviços não Concorrênciais
Artigo 63º
1. As tarifas para serviços não competitivos devem ser
baseadas no sistema de preço máximo por um período de Tarifas de Interligação
cinco anos, sujeito a uma revisão intercalar após três anos,
se a Entidade Regulada e a Agência de Regulação assim O sistema tarifário de ligação a rede estabelece os
acordarem. Outros reajustes, embora mínimos, podem ser termos, condições e valores que os produtores
feitos conforme permitido pelo contrato de concessão. Os independentes e auto-produtores de energia eléctrica devem
reajustes permitidos devem reportar-se a custos para a pagar para ligação dos respectivos sistemas aos sistemas
expansão da rede quando não previstos, a alterações de transporte e distribuição de energia eléctrica.
extraordinárias no custo de combustível, ou de outro factor Artigo 64º
de custo significativo.
Produtores de Energia Cativa
2. As tarifas devem ser estabelecidas num nível que
garanta ao concessionário oportunidade de recuperar custos O produtor que seja cativo a um comprador pode solicitar
contraídos na prestação do serviço e outros encargos a aprovação de tarifas de venda através da Agência de
previstos neste diploma e demais leis aplicáveis. Regulação.
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Artigo 65º Artigo 69º
1. No fim de cada cinco anos, desde o início do período 1. As tarifas para cada categoria de cliente devem
de concessão, a Agência de Regulação tem a autoridade reflectir, no máximo possível, o custo total de fornecer um
para alterar o indicador de evolução de preços utilizado, serviço a essa categoria.
ou o factor produtivo ou ambos, e pode ainda alterar o 2. Os subsídios de uma categoria de clientes para outra
cálculo de custo base a que foram aplicados o indicador de são desaconselhados.
evolução de preços e/ou o factor de produtividade.
Artigo 70º
2. No terceiro ano do Contrato de Concessão, se for Tarifas Sazonais e Horárias
demonstrado que o sistema de cálculo está desajustado,
causando prejuízos à Concessionária ou aos Consumidores, As tarifas podem ser estabelecidas de modo a reflectir a
a Agência de Regulação tem autoridade para rever o diferença no custo de fornecer serviços em diferentes
indicador de evolução de preços utilizado, ou o factor períodos do ano e a horas diferentes do dia, assim como os
produtivo ou ambos, e pode rever ainda o cálculo de custo custos diferentes de fornecer tipos e qualidades diferentes
base a que foram aplicados o indicador de evolução de preços de serviços quando os clientes têm acesso técnico a
e/ou o factor de produtividade. alternativas.
Artigo 71º
3. Outras revisões à tarifa podem ser feitas em
consequência do contrato de concessão, designadamente Valoração
sempre que seja necessário repor o equilíbrio contratual.
As tarifas devem, de preferência, ser fixadas sobre uma
Artigo 66º base de Kilowatt hora ou outra medida aprovada pela
Agência de Regulação.
Categorias Tarifárias
Artigo 72º
1. A Agência de Regulação tem autoridade para decidir
Expansão e Custos de Ligação
a área onde as tarifas devem ser uniformes por categoria
e para criar categorias de consumidores baseadas em zonas 1. A Agência de Regulação tem autoridade para aprovar
comuns de custos do serviço. taxas de ligação para consumidores fora das áreas de
serviço, reflectindo o custo de ligar tais consumidores.
2. A desagregação tarifária deve reflectir os níveis de
tensão aplicáveis a usos diferentes e quando necessários, 2. A Agência de Regulação pode aceitar que os custos
a forma binominal. sejam ressarcidos através de prestações ou outros
mecanismos de financiamento de modo a tornar o serviço
Artigo 67º mais acessível.
Categorias de Clientes
3. O consumidor que beneficiar da expansão paga por
1. A Agência de Regulação pode dividir clientes em outro consumidor, contribui com parte dos custos de
categorias para diferenciar preços. expansão em proporção com a potência contratada, sendo
o primeiro consumidor assim ressarcido do seu desembolso.
2. A separação de categorias deve reflectir as diferenças
CAPÍTULO XIV
no uso de energia e custo do serviço. As categorias de
clientes podem discriminar consumidores do tipo Arquivos e contabilidade
residencial, comercial, industrial, iluminação pública e
Artigo 73º
de produção de água.
Disponibilidade dos Arquivos
3. Os clientes podem, com prévia aprovação da Agência
de Regulação, celebrar contratos especiais com 1. As entidades reguladas devem manter livros,
concessionários ou licenciados. anotações, documentos e qualquer outro material escrito
relacionados com os contratos, serviços prestados e
4. A aprovação prevista nos termos do número anterior, propriedades.
só é concedida em casos onde a Agência de Regulação esteja
2. Todos estes documentos e registos devem ser
segura que o custo de fornecer o serviço não é representado
disponibilizados à Agência de Regulação para auditoria,
em nenhuma categoria de clientes referida neste artigo.
em qualquer altura, sem aviso prévio.
Artigo 68º
Artigo 74º
Regras de Cálculo Contabilidade
1. A Agência de Regulação pode apurar os custos e 1. A Agência de Regulação deve, dentro dos limites da
rendimentos entre as diferentes categorias a fim de sua jurisdição, assegurar que o Plano Nacional de
estabelecer as tarifas. Contabilidade é aplicado por todas as entidades reguladas.
2. A Agência de Regulação deve separar as tarifas em 2. A Agência de Regulação pode emitir regras de
elementos fixos e variáveis. contabilidade suplementares.
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Artigo 75º Artigo 79º
As entidades reguladas devem conceder acesso à Agência As entidades reguladas têm que obter acordo do
de Regulação e seus representantes, em qualquer altura e Concedente, mediante consulta prévia da Agência de
sem pré-aviso, a todos os seus escritórios, instalações, Regulação, para qualquer venda ou emissão de acções e
registos, livros e arquivos. obrigações, constituição de garantias, execução de
empréstimos ou qualquer outro tipo de financiamento, com
Artigo 76°
ónus sobre a concessão ou seus bens.
Separação de Contas
Artigo 80º
Alienação de Bens
3. As receitas para outros serviços prestados pelas
actividades que as entidades reguladas executam, tais como As entidades reguladas necessitam de obter aprovação
a produção de água dessalinizada por empresas de do Concedente, com prévia consulta da Agência de
electricidade, devem ser devidamente individualizadas. Regulação, antes de alienar qualquer bem, objecto de
Artigo 77º
concessão.
Auditorias CAPÍTULO XV
Relatórios Anuais
A Agência de Regulação supervisiona o planeamento e
expansão do Sistema Eléctrico de acordo com o previsto no
1. As entidades reguladas devem preparar e submeter à contrato de concessão.
Agência de Regulação um relatório anual auditado,
Artigo 83º
incluindo o Balanço e Contas.
Previsão de Expansão
2. Outras informações podem ser solicitadas,
nomeadamente sobre: 1.As entidade reguladas devem submeter a Agência de
Regulação, em cada dois anos, um relatório perspectivando
a) Contratos de construção, manutenção e uso de os cinco anos seguintes, incluindo:
instalações, incluindo os respectivos
orçamentos; a) Procura prevista e respectivo nível previsional de
satisfação;
b) Contratos entre fornecedores de serviços regulados
para uso comum; b) Previsão de investimento;
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Artigo 86º
Suspensão de Fornecimento
Consumidores Fora das Áreas de Serviço
1. As entidades reguladas podem cortar o serviço a um
O Governo tem autoridade para emitir normas cliente por falta de pagamento de facturas com mais de
destinadas a assegurar serviços a consumidores fora das sessenta dias em atraso e desde que tenha sido comunicado,
áreas de serviço, tomando em consideração os legítimos após esse período, com quinze dias de antecedência em
objectivos do país, sem prejuízo do equilíbrio económico relação à data do corte.
dos concessionários ou detentores de licença.
2. A Agência de Regulação define as regras para o corte
CAPÍTULO XVII do serviço por falta de pagamento e o processo e custos
para nova ligação.
Relação com consumidores
Artigo 87º
3. As entidades reguladas podem igualmente cortar o
serviço por furto, fraude ou uso negligente do equipamento
Discriminação instalado, sem prejuízo do disposto no artigo 107º.
2. A discriminação pode resultar da diferenciação dos 1. Os consumidores não podem transferir ou revender
termos, condições ou preço dos serviços fornecidos a um os serviços recebidos de uma entidade regulada, sem o
cliente em comparação a outro na mesma situação, sem consentimento desta, e mediante parecer favorável da
justificação na lei, nos contratos de concessão ou licença. Agência de Regulação.
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Acesso a Propriedades
c) Horário em que as queixas do consumidor podem
ser resolvidas; 1. Os consumidores devem permitir às entidades
reguladas e seus representantes autorizados acesso às suas
d) Critérios relativos ao formato das facturas e instalações para inspeccionarem e retirarem contadores e
informação nelas contida; outros equipamentos, para inspeccionarem violações ou
outras circunstâncias onde a segurança de indivíduos ou
e) Ensaio e calibragens dos contadores; propriedade esteja envolvida.
f) Direitos e obrigações dos clientes; 2. Salvo situações de emergência, as inspecções previstas
nos termos do número anterior carecem de aviso prévio ao
g) Promoção do uso eficiente de energia; consumidor.
Expropriações e Servidões
i) Pagamentos especiais para clientes com
necessidades especiais; e
1. No estabelecimento das suas instalações, as entidades
reguladas têm direito a utilizar os bens do Estado e das
j) Segurança e fiabilidade do serviço.
autarquias locais, incluindo os do domínio público, nos
Artigo 95º
termos da lei, em consequência da aprovação dos projectos
ou atribuição das concessões ou licenças, sem prejuízo da
Controlo formalização da respectiva cedência nos termos da lei.
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3. No caso referido no número anterior, o concessionário c) Impedir ou dificultar o acesso das entidades de
é obrigado a pagar como indemnização o valor apropriado fiscalização previstas neste diploma às
de mercado. instalações, auditorias, arquivos, registos, livros
ou documentos;
4. Se a expropriação ou servidão for contestada, a
entidade regulada deve fundamentar a indispensabilidade d) A inobservância das regras na relação com os
do uso coerente com a concessão ou licença. consumidores;
CAPÍTULO XXI e) O não envio à entidade reguladora, no prazo legal,
Violações e Penalidades dos Planos de Expansão do Sistema Eléctrico; e
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Artigo 106º Artigo 112º
1. As decisões que aplicam multas ou penalidades 1. Todos os indivíduos ou entidades que actualmente
acessórias podem ser objecto de recurso a um tribunal em fornecem serviços regulados neste diploma, incluindo redes
cuja jurisdição a contra-ordenação foi cometida. autónomas têm que requerer uma licença ou concessão
até 120 (cento e vinte) dias após a sua entrada em vigor,
2. Todas as penalidades devem ser avaliadas na proporção de modo a poderem continuar a prestar serviços.
razoável das faltas ou irregularidades cometidas pelo
concessionário ou licenciado. 2. As entidades que sejam, à data de publicação deste
diploma, detentoras de licença para o exercício de
Artigo 107º actividades enquadráveis no regime de Produção
Independente ou de Auto-Produção deverão requerer o seu
Furto de Electricidade e Outras Violações enquadramento no prazo de 90 (noventa) dias contados
desde essa data, no novo regime aplicável a essas mesmas
O furto de electricidade, vandalismo em instalações de
entidades, sem prejuízo dos termos das licenças de que
energia eléctrica assim como a violação de equipamento
sejam já detentoras.
de contadores é punível segundo o código civil e criminal
em vigor no País e de acordo com qualquer outra Artigo 113º
regulamentação de execução deste diploma.
Entrada em Vigor
Artigo 108°
Este diploma entra em vigor após 5 dias da sua
Indemnizações publicação.
1. A Electra SARL continua a prestar, até à sua Com vista a obviar a acção de fiscalização da Direcção
privatização, serviços regulados neste diploma sob forma da Fiscalização Turística da Direcção Geral do
e nos locais onde os serviços são prestados à data da Desenvolvimento Turístico concede-se, pelo presente
promulgação deste diploma. diploma, ao seu pessoal que desempenhe funções de
fiscalização, e quando se encontrem no exercício efectivo
2. Com a privatização, a Electra SARL obtém das suas funções, algumas prerrogativas e atribui-se ao
automaticamente concessão e licenças para continuar a mesmo um cartão de identificação, cujo modelo e condições
prestar os serviços regulados referidos no número anterior, de emissão serão objecto de portaria do membro do Governo
nas condições actuais. responsável pela área da economia.
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