Вы находитесь на странице: 1из 5

Dia “D” vacinação: uma análise do impacto dessa estratégia na

Campanha de Vacinação contra poliomielite e sarampo no ano de 2018,


em Chapecó/SC

Introdução
Em 1796, o médico inglês Edward Jenner descobriu a primeira vacina,
após observar por duas décadas o vírus da varíola bovina. No Brasil, em
1804, foram introduzidas as primeiras vacinas, sendo que aproximadamente
três décadas mais tarde, em 1832, foi elaborada a primeira lei versando
sobre a obrigatoriedade da imunização no país, servindo de alicerce para a
futura legislação sobre o tema (BUENO, 2005; APS et al., 2018)
No ano de 1973, o Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de
Imunizações (PNI), um importante avanço para a saúde pública do país, pois
os brasileiros têm acesso às 19 vacinas recomendadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) de forma gratuita, via Sistema Único de Saúde
(SUS). Em 1977 foi aprovado pelo PNI o modelo de caderneta de vacinação,
sendo que alguns anos depois são criados os dias nacionais de vacinações e
posteriormente as campanhas de vacinação contra poliomielite e sarampo
(NASCIMENTO & CARVALHO, 2004; BRASIL, 2015).
Então, ao avaliar a cobertura vacinal do PNI, os resultados alcançados
na abrangência nacional e estadual estão dentro das metas
preestabelecidas, porém numa parcela de municípios, superior a 30% do
total, foi detectado alto grau de heterogeneidade na cobertura vacinal,
principalmente nos extremos da população: os grupos socioeconômicos mais
baixos e os mais altos. Nesse ponto, é importante entender que a vacinação
precisa ser encarada como um fenômeno que está interligado com diversas
crenças, concepções políticas, sociais e culturais, não como apenas um ato
isolado, relacionado às ciências biomédicas (PORTO & PONTE, 2003;
MOTA, 2008; DOMINGUES & TEIXEIRA, 2013; BRASIL, 2016).
Assim, para que um programa de vacinação logre êxito é necessário
que a maior parcela da população esteja imunizada, de tal modo que a maior
cobertura vacinal leva à menor probabilidade do agente infeccioso se
propagar no meio. Visando isso, em 2012, o PNI instituiu a multivacinação e

1
o Monitoramento Rápido de Coberturas (MRC), buscando diminuir a
heterogeneidade da cobertura vacinal através do resgate daqueles indivíduos
não vacinados. Embora essas ferramentas já são utilizadas por alguns
serviços desde os anos 1990, tratava-se apenas de uma prática adotada de
acordo com o interesse do gestor local, fato que foi modificado com a
instituição das práticas pelo PNI. Em face disso, a contribuição dos
pesquisadores e instituições acadêmicas é avaliar o impacto das ações do
programa e levantar evidências científicas para seu aperfeiçoamento (LESSA
& DÓREA, 2013; SILVA JÚNIOR, 2013; BRASIL, 2016)
Nesse contexto, entre os dias 6 e 31 de agosto do ano de 2018, no
munícipio de Chapecó/SC, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação
contra a Poliomielite e o Sarampo, com a meta de imunizar 95% das crianças
locais, idade superior a 1 ano e inferior a 5 anos. Para atingir tal fim, o
terceiro sábado daquele mês, dia 18 de agosto, foi denominado de “Dia ‘D’
Vacinação”, onde os Centros de Saúde de Família (CSF) atenderam durante
o período das 8 horas até as 17 horas (CHAPECÓ, 2018).
Para avaliar o impacto gerado pelo “Dia ‘D’ Vacinação” da campanha é
fundamental que sejam analisados os números alcançados durante esse dia,
assim como os números totais de vacinas durante todo o período de
campanha, a fim de mensurar quantitativamente o sucesso da estratégia
utilizada.

Justificativa
A presente pesquisa se justifica no atual cenário social, político e
econômico, considerando que os dias “D” vacinação representam importante
instrumento do Ministério da Saúde nas campanhas de vacinação. É
fundamental a apresentação de números que corroborem o impacto dessa
estratégia, a nível de saúde local.
Ademais, a presente pesquisa também poderá quantificar a
atualização da caderneta de vacinação no dia “D”, bem como durante toda a
campanha de vacinação, levando pesquisadores e profissionais da saúde a
uma reflexão sobre a influência dessa estratégia na saúde pública.

2
Objetivos
Geral:
⦁ Avaliar o impacto do dia “D” na campanha de vacinação contra
poliomielite e sarampo no ano de 2018, em Chapecó/SC.
Específicos:
Sobre a Campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo no ano
de 2018, em Chapecó/SC:
⦁ Indicar o número de crianças vacinadas no dia “D” e durante
toda a campanha.
⦁ Indicar o número de crianças que atualizaram as vacinas no dia
“D” e durante toda a campanha.
⦁ Avaliar quantitativamente o impacto gerado pelo dia “D” na
campanha.

Metodologia
Trata-se de uma análise quantitativa e para a descrição dos resultados
alcançados no dia “D” e durante toda a campanha de vacinação contra
poliomielite e sarampo no ano de 2018, em Chapecó/SC serão analisados
dados secundários, obtidos juntos à Divisão de Vigilância Epidemiológica
(DIVE) da Secretária de Saúde do munícipio.
Os dados recebidos serão consolidados em planilhas, analisados
quantitativamente com estatística descritiva e apresentados em forma de
gráficos, utilizando-se o Microsoft Office Excell 2016®.
O projeto será enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Chapecó e terá a
Carta de Anuência da Secretária Municipal de Saúde de Chapecó/SC.

Referências
APS, L.; PIANTOLA, M. A.; PEREIRA, S.; CASTRO, J.; SANTOS, F.;
FERREIRA, L. C. Adverse events of vaccines and the consequences of non-
vaccination: a critical review. Revista de Saúde Pública, v. 52, p. 40, 5 abr.
2018.

3
BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Brasília
(DF); 2014. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-
ministerio/principal/leiamais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-
calendario-nacional-de-vacinacao

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa


Nacional de Imunizações: aspectos históricos dos calendários de
vacinação e avanços dos indicadores de coberturas vacinais, no
período de 1980 a 2013. Bol Epidemiol. 2015.;46(30):1-13.

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.


Multivacinação 2016: ação estratégica para atualizar a situação vacinal
de crianças e adolescentes em relação as vacinas do calendário
nacional de vacinação; 2016.

BUENO, Eduardo. À Sua Saúde - A Vigilância Sanitária na História do


Brasil. Brasília: ANVISA, 2005.
CHAPECÓ. PMC. SMS. Dia “D” vacinação será neste sábado. 2018.
Disponível em: <https://chapeco.sc.gov.br/noticia/1111/dia-%E2%80%9Cd%
E2%80%9D-vacinacao-sera-neste-sabado>. Acesso em: 03 abr. 2018.

DOMINGUES, Carla Magda Allan S; TEIXEIRA, Antônia Maria da Silva.


Coberturas vacinais e doenças imunopreveníveis no Brasil no período
1982-2012: avanços e desafios do Programa Nacional de Imunizações.
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 22, n. 1, p. 9-27, mar. 2013

LESSA, SC; Dórea, JG. Bioética e vacinação infantil em massa. Rev.


Bioét. (Impr.). 2013; 21 (2): 226-36

NASCIMENTO, DR; CARVALHO, DM (orgs). Uma história brasileira das


doenças. Brasília, Paralelo 15, 2004.

4
MOTA, Eduardo. Inquérito domiciliar de cobertura vacinal: a perspectiva do
estudo das desigualdades sociais no acesso à imunização básica infantil.
Rev Bras Epidemiol, 2008; 11(supl 1): 125-8

PORTO, A.; PONTE, C. F.: Vacinas e campanhas: imagens de uma história


a ser contada. História, Ciências, Saúde Manguinhos, vol. 10 (suplemento
2): 725-42, 2003

SILVA JUNIOR, Jarbas Barbosa da. 40 anos do Programa Nacional de


Imunizações: uma conquista da Saúde Pública brasileira. Epidemiol. Serv.
Saúde, Brasília , v. 22, n. 1, p. 7-8, mar. 2013

Вам также может понравиться