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Legalização das drogas leves

"A pergunta que se me coloca é se será benéfico ou prejudicial a sua legalização no


nosso país (…).
Não restam dúvidas que o seu consumo é prejudicial para a saúde (provoca, em
certos casos, uma acentuação da esquizofrenia(…). Muitas vezes, verifica-se que os
consumidores, por não terem nenhuma informação acerca do que estão a consumir,
são enganados (…).
Consequentemente, o Estado devia intervir neste problema(…)."

-________________________________________

Não é por ficares feio, por te sentires melhor... Não é por te fazer sorrir,
não é porque que faz feliz, não é porque te torna uma pessoa melhor.

Não é ela que te tornará aceitável perante os outros, não é ela, nem por
ela, que farás o que é correcto.

Não sei quais os motivos que vos levam para este caminho, só sei que
dele é difícil sair.

Roubas, matas, destróis mais vidas para além da tua.

Começas porque te sentes infeliz? Porque nada te eleva como isso? Por
um bem estar momentâneo ? Faz de ti uma pessoa mais feliz? Resolve os
teus problemas?... Não... traz-te mais... bem mais.

Legalizar algo que faz mal? Algo pelo qual se mata e se rouba? É solução
legalizar? Torna a droga mais barata, de maneira a que esta possa
"manter vivos" os dependentes dela? Será assim a forma mais correcta
de agir perante um problema desta natureza?

Na minha opinião não, não tornará as ruas mais seguras, não tornará
os toxicodependentes menos dependentes.

Legalizando as drogas talvez evitasse algumas mortes... talvez a partilha


e seringas diminuísse , logo doenças como Hepatite e SIDA deixassem de
se "propagar" com tanta rapidez... talvez num desespero total estes
recorressem a um hospital para lhe darem a "dose" que eles precisam
para ficarem anestesiados da dor que sentem... talvez...

Mas eu sou contra a sua legalização, contra a legalização das drogas...


Ouvi falar nas "salas de xutos" onde essas pessoas podem recorrer, e
não é preciso legalizar as drogas para que estas existam. Assim o
atendimento dos toxicodependentes é feito por alguém que lhe dá a
dosagem que estes precisam... quem sabe se eles até lhes possam abrir
as portas para uma possível saída daquele mundo.

É obvio que muitos até tem acesso a estes espaços, no entanto não
recorrem a eles por complexos...

É uma questão complicada...

tags: drogas, eu, notícias, pensamentos, vida, videos


publicado por My Way às 17:06
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27 comentários:
De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:33
Calma:

O k se comenta é legalização de DROGAS LEVES sim ou não?


Não as drogas no geral.

Legalização de drogas leves à semelhança de outras como o tabaco, o álcool.


Nas mesmas condições, sem publicidade… ou com publicidade negativa indicando K “ o seu
consumo provoca a morte ” ( por exemplo ).

Comenta-se k o consumo de drogas leves após a sua liberalização poderá aumentar, K irá
induzir na população no consumo de drogas + pesadas…
a pergunta k se coloca é:
O tabaco e o álcool não têm as mm implicações? Igual, não? Para mim não há diferença.

O consumo de drogas “pesadas”:


O vicio, o efeito das drogas pesadas toda a gente + / - informada conhece. Kem se envolve
conhece os efeitos e as implicações futuras da droga.

Pk se envolvem? Isto para mim é um fenómeno social, comos os dependentes de álcool. Aliás
uma coisa k não se comenta mas os viciados em droga tb são viciados em álcool. Não seria
lógico proibir o álcool?

A decadência física e psicológica dos envolvidos… é real. Mulheres na prostituição, homens e


mulheres no roubo… mas qtos se aproveitam dessa situação… as prostitutas drogadas são +
baratas, idem, para os produtos roubados…
Não passará por aki tb o combate à droga, a punição dos k se aproveitam destas pessoas
fragilizadas.
Salas de chuto - finalmente à semelhança do k existe para os alcoólicos é importantíssimo k
estas pessoas sejam apoiadas psicologicamente e k alguém trabalhe para a sua reinserção
social.

E AINDA MAIS IMPORTANTE A PREVENÇÃO:


A informação sobre os ricos envolvidos no consumo de droga ( penso k esta informação
actualmente é satisfatória );
A identificação e apoio de indivíduos considerados de risco;
Criação de centros de apoio psicológico espalhados pelo país a k todas as pessoas acesso
para estes e outros problemas pessoais.

O financiamento para estas actividades através do Estado. Por exemplo com dinheiros dos
impostos provenientes de todas as drogas, álcool, tabaco, e das próximas…

Legalização de DROGAS LEVES sim ou não? Minha opinião SIM.


A droga existe e existirá sempre pk ilegal.

Abraço.
deixem lá responder a isto!!!! | discussão
De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:53
+ 1 coisita...

Acho k à semelhança do aborto, deveríamos estar a votar e debater em simultâneo outros


assuntos polémicos:

Legalização de Drogas Leves, Prostituição, “Casas de Prostituição”.

Pela razão de mtos destes casos estarem directamente ligados aos Casos de Aborto.

Abraço
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão
De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:06
Vamos lá então reflectir sobre legalizar as "Casas de Prostituição" ... :) o meu próximo post ...
será disso...

Thanks
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:58
Bem... hoje inspiraste-te ... :)

Refletindo apenas nas drogas leves... eu acho que se as legalizarmos, o consumo delas vai
aumentar exponencialmente... afinal tiram marcas de tabaco do mercado porque as
substâncias ultrapassavam um certo limite considerado por lei , e nós legalizamos as drogas
leves?! ;)

Assim parece que tiramos de um lado para meter noutro...

A diferença para mim entre o alcóol e as drogas leves e mesmo aquela em que... se tu bebes...
não prejudicas os outros... mas se fumas... prejudicas...

Vão existir fumadores passivos de... drogas leves... :)


deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão
De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:39
Mas a canábis não tem valores de nicotina acima de...

Efeitos nos passivos bem pensado.


À semelhança do tabaco é proibido fumar em locais fechados.

Deverá subir o consumo de drogas leves, sim numa 1.ª fase, mas após o 1.º impacto baixará.
Mas se subir será sempre em função da diminuição do consumo de álcool.
Haverá problemas nisso?
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De levi a 14 de Abril de 2009 às 10:52
quando dizes que se bebes n prejudicas os outros, tas enganado...
todos os dias ouvimos falar de violencia domestica muitas vezes potenciada pelo alcool,
pessoas que conduzem sob efeito de alcool provocam acidentes...
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De Rui Cruz a 2 de Fevereiro de 2007 às 15:43
Muito bem dito.
Não às drogas.

Rui
deixem lá responder a isto!!!! | discussão
De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:09
Não às drogas, consumo - concordo, os efeitos são graves…
Não às drogas, trafico - concordo, pessoas k enrikecem à custa de vida de outras…

E à legalização de drogas leves, k existem, estão por todo o lado, toda a gente tem acesso…

Hoje não se desce a Rua Augusta ( centro de Lisboa ) sem k nos seja oferecido varias vezes
droga… k fazer? A zona é extremamente policiada. Acho k só falta estarmos a trocar umas
palavras c 1 policia e aparecer alguém a interromper a conversa e a oferecer droga… A droga
é real existe, k fazer?

Abraço.
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão
De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:16
Sim...que fazer?!

Pensemos assim, se formos a legalizar... tudo aquilo que é contra a lei... mas que existe a
potes... hum... Não estaremos a dar muito trabalho ao estado?

Não sei se é correcto... por mim podem legalizar...aborto..drogas...casas de


prostituição...armas..., ...

só que legalizando, não resolverá o problema (não me perguntes o que resolve que não faço o
mais pálida ideia...)

Não as uso... nem conto usar, no entanto são problemas que existem...

deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão


De My Way a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:17
abraço...
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão
De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 16:51
K fazer? Sim, é isso k se devia debater?

Soluções?

Correctas não existem, claro.

Mas é isso k chamo democracia, fazer o k a maioria de um povo ( Portugal ) acha o mais
correcto ou o melhor.

À tua semelhança não fumo tabaco, drogas e beber só socialmente.

Abraço.

deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão


De ant.b a 2 de Fevereiro de 2007 às 19:51
Raios, aposto k ainda não foi desta k te convenci.

Espero k não tenhas levado a mal nenhum dos comentários.

Abraço e fica bem.


deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão | discussão
De My Way a 3 de Fevereiro de 2007 às 10:40
Sabes... em entendo muito bem o pessoal que não está de acordo com a minha opinião... até
porque eu própria, ás vezes, me sinto baralhada nestes assuntos...

Só que existem "valores" que não me deixam escolher "o outro lado" ... Por muitos motivos...
ou ás vezes até por motivos quase inexplicáveis ...

Toda e qualquer opinião é bem vinda ao meu blog... obvio que ás vezes aparecem pessoas
que não sabem aceitar as opiniões dos outros (o que não é o teu caso).

Felizmente nem todas as opiniões são iguais... se não este mundo seria uma seca !!!

Fica bem...
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De eltijas a 8 de Fevereiro de 2007 às 00:36
Bem, antes de mais....eu sou a favor da legalização das drogas leves e tb das salas de xuto...
Só vejo vantagens!!!!
Eu tenho no meu blog (www.juroquepico.blogspot.com), na área de debates este tema, onde
explico, a meu ver, as vantagens da legalização das drogas leves e das salas de xuto... e tenho
um comentário que eu acho mt interessante..."onde esta a coragem e vontade politica para
isso"
todos sabemos que as drogas leves não fazem mais mal que o tabaco ou o alcool...
Por isso....legalizem as drogas leves
deixem lá responder a isto!!!! | discussão
De My Way a 8 de Fevereiro de 2007 às 10:41
E passarão a existir fumadores passivos de Drogas leves...

hum...

vou espreitar o teus argumentos...


deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De marta a 12 de Abril de 2007 às 01:23
bom eu sou a favor da legalizaçao das drogas leves...acho q com a informaçao qe temos hoje
em dia...so entranesse mundo qem qer.e se qerem qem somos nós para os impedir? vao entrar
nesse mundo qer qeiramos qer nao..por isso para qe tornar proibido? para terem qe se
esconder? para pagarem + ? se as coisas tiverem legalizadas...e com a informaçao qe
temos..sao eles proprios adizerem q nao qerem...eu sou totalmente a favor da
legalizaçao...cada um deve ser livre de escolher o caminho q qer...e ao contrario dos
comentario q tao acima..nem smp as pessoas se metem nisso para se afirmarem..mtas vezes é
um refugio ..ou uma 'fuga' aos problemas..n a mais correcta..mas temos q ser nós a cair e a
levantarmo-nos para aprendermos sozinhos...
sou e serei smp a favor da liberdade de tdas as pessoas..e n vale a pena contrariar ou
proibir..pq as pessoas fazem as coisas na mesma ..podem e faze-las escondidas..e isso ainda
é pior...pq o fruto proibido é o mais apetecido
deixem lá responder a isto!!!!
De ... a 4 de Abril de 2008 às 15:46
Queroo tentar ajudar aqueles que se perdem neste mundo da droga

Esperoo que não te importes que use algumas informações que postaste
Thanks

PEACE e que este blog ajudee aqueles que se aprisionaram aparentement perpétuament nas
drogas, mas que com esforço e a nossa ajuda, um dia, sairão dele, e começaram de novo a

viver.
deixem lá responder a isto!!!!
De ... again a 4 de Abril de 2008 às 15:48
FAÇAM TAMBÉM TRABALHOS SOBRE ESTE TEMA!

NÃO DAQUELES EM QUE EXPLIQUEM O QUE CADA DROGA REPRESENTA MAS QUE
ENFATIZAM QUE A DROGA MATA PERMATURAMENTE E MUITOO DEPRESSA.

E com esses trabalhos, alertem os que que estão dentro e os que de fora observam os seus
amigos mataram-se lentamente.

PEACE
deixem lá responder a isto!!!!
De Hugo a 31 de Julho de 2008 às 18:13
As drogas leves nunca iriam fazer o que esse filme mostra, nunca. Agora com as drogas
pesadas eu já acredito no filme...
deixem lá responder a isto!!!! | discussão
De Catarina Portela a 8 de Agosto de 2008 às 12:06
O filme foi só para assustar :)
deixem lá responder a isto!!!! | início da discussão
De Fred Green a 13 de Setembro de 2008 às 05:08
Acho que as drogas leves deveriam ser claramente legalizadas .
É infeliz , que a maioria da nova geração esteja a enverdar nesses caminhos , mas há algumas
excepções que devem ser olhadas com atenção .
Eu próprio consumo drogas , o grupo de pessoas com quem fumo não são pessoas
propriamente com a vida formada , grupos de jovens que estão ali para fumar umas ganzas .
Muito bem , agora deveriam estar a pensar , aqueles putos só fuma droga para se armarem em
frente aos outros , que é por dar estilo andar com um charro na mão e que é gratificante entre
jovens já ter fumado ganza .
Pensamento deveras errado , nós esta nova geração estamos muito mais informados que as
gerações anteriores , e afinal se porque é que nos fumamos sabendo todos os melefícios que a
droga nos trás ?
Acima de tudo não somos viciados , apenas gostamos de passar uns bons momentos de riso
entre amigos , a chamada "galhofa" . E se nós fumamos e temos a consciência do mal , mas
mesmo assim definimos limites para nós , mesmo podendo fumar quase todos os dias , e
gostamos disso , que mal tem ?
É uma opção nossa , não estou a dizer que fumar drogas leves é certo , pelo contrário , é
completamente errado , mas não é com o olhar de preconceito é que vamos aceitar as opções
dos outros , a mentalidade da maioria dos portugueses ainda está um bocado retrógrada em
relação a esse assunto .
Talvez um dia , quando alguém pensar que as drogas leves , friso , que as drogas leves não
são um acto incorrecto , mas sim uma simples opção , aí sim , poderemos ter uma legalização
de drogas leves em Portugal com um grande sucesso social e monetário .
deixem lá responder a isto!!!!
De Krutsyuk a 5 de Fevereiro de 2009 às 19:21
Boas...

Eu tenho um trabalho para fazer! É sobre a "legalizaçao de drogas". Para ser sincero, estou um
bocado confuso na minha opiniao
deixem lá responder a isto!!!!
De Pedro a 23 de Abril de 2009 às 01:33
Eu acho que o que estás a dizer é um ABSOLUTO DISPARATE, porque as drogas leves não te
causam dependencia nenhuma ninguem mata por um "charro"! Naquilo que estás certo(a) e
que há muita gente a roubar e a matar por causa de drogas PESSADAS (sao drogas que nao
podes ter nem uma grama para consumo). Se achas mal a legalização das drogas leves nao
achas que se deveria proibir o alcool e o tabaco? Tambem te destroem e fazem mal mas tu
podes consumir estes em qualquer lado? É so por fumar um "charro" que me consideram má
companhia? Sejam realistas e deixem de ser quadrados, vocês querem que volte o tempo de
Salazar! Open your mind and free your spirit! (nós só vivemos uma vez e é bom saber de tudo
um pouco e experimentar coisas novas (mas sem deixar cair na dependencia)). EU SOU A
FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS LEVES!

____________________________________________________-

A legalização das chamadas drogas, mais especificamente o cannabis tem vindo a ser
um assunto debatido em alguns países pelas suas consequências boas e más.Não
será a adopção desta medida um estereótipo por parte da sociedade, com base na
novidade de um novo estilo de vida ser considerado naturalmente como inferior?Será
que este tipo de droga leve pode trazer assim tão más consequências para a
sociedade?Será que existe também consequências positivas?O cannabis tem
benefícios como um aumento da socialização entre pessoas, uma perda do medo e do
stress, uma diminuição da dor em seropositivos, actua como uma boa medicação para
os viciados passarem a consumir drogas leves em vez de pesadas, também traz
benefícios para os doentes com a esclerose múltipla, diminui a agressividade, provoca
uma sensação constante de bem -estar, combate as alergias de pele, entre outros
benefícios como o aumento da esperança média de vida, porque o sentimento de
bem-estar/felicidade assume uma proporção considerável no período de vida de uma
pessoa, assim como, o crescimento económico que pode ser maximizado porque a
comercialização de drogas assume um peso morto no mercado, que pode ser
eliminado, assim imaginemos só por exemplo,que se uma metade do dinheiro
investido em drogas fosse investido noutras coisas, é claro que o crecimento
económico ia ser inevitável...É claro que quando falamos em consumir cannabis tem
que ser em proporções ajustadas para que alguns dos benefícios não se transformem
em malefícios. Tudo isto está provado por investigações com um grau de
conhecimento ideal para o fazer, mas também é provado que o cannábis em termos
de efeitos negativos para o cerebro é muito melhor do que as outras drogas, sobretudo
as mais pesadas, que o cannabis tem um grau de depência considerável e que o
cannabis pode causar cancro, mas é como tudo, alguns alimentos também podem
provocar cancro se não forem ingeridos nas quantidades ideais. Tendo em conta o
estatuto do alcool e do tabaco na sociedade actual, o cannabis não goza dos mesmos
direitos e não percebo o porquê de as pessoas não aceitarem a mudança...O tabaco e
o alcool são a principal causa de morte do mundo, enquanto o cannábis traz menos
perigos para o ser humano e continua ilegal...É necessário olhar às semelhanças e
diferenças entre alcool e tabaco e aos benefícios do cannabis, para de uma vez por
todas mudar para melhor, de forma a eliminar os preconceitos existentes na sociedade
e ver as coisas como elas realmente são, porque o que conta é mesmo os factos. Para
terminar, falando na primeira pessoa posso dizer que a sensação de fumar cannabis é
como um heterónio de Fernando Pessoa que diz que quer: "sentir tudo de todas as
maneiras"...

Embora o uso de drogas leves (cannabis, essencialmente) tenha sido aceite entre alguns
segmentos da população de alguns países e, assim, em muitos casos, as autoridades já quase não
ligam às proibições, o seu consumo continua a ser ilegal. Os efeitos dessas drogas leves, em
muitos casos, não são piores do que álcool e tabaco que, por ser socialmente aceite, não é
proibido.Essas proibições não fazem nada mais do que a agitar os direitos das pessoas, o direito
de escolher o que fazer com a própria vida. Proponho a legalização do consumo das drogas leves
e, portanto, também o comércio, e que o dinheiro arrecadado de impostos para o mesmo registo
seja aplicado para cobrir as lacunas no sector da saúde (hospitais, médicos, etc .). Não faz sentido
nenhum proibir o cultivo de uma planta só porque ela possui certas propriedades. O cultivo e a
comecialização desta planta deveria ter a mesma penalizaçao que o chá, o tabaco ou qualquer
outra planta que tenha comercialização e cultivo livres.
É inadmissível que pessoas estejam presas e a verem as suas vidas completamente
destruídas,pelo simples facto de cultivarem uma planta natural para seu consumo,sem lesarem
nada nem ninguém,num país que se diz livre e democrático.Quando já foram identificados todos
os criminosos que fizeram que esta planta fosse proibida por motivos económicos,em proveito
próprio. Está na hora de pedir perdão ao povo por este crime de que temos sido vítimas há
décadas.
A cannabis não pode continuar a ser tratada como um mal social ao nivel de uma droga pesada.
Num mundo regido por estatisticas , porque razão é legal uma substância responsável por
milhares de mortes anuais nas estradas portuguesas e não só, e é ilegal uma substância natural
que até hoje não está documentada com um único caso de morte associada? Não é esta a melhor
definição de hipocrisia que pode exisitir?
A cannabis tem de ser legalizada (e com isto controlada, taxada e regulamentada) não porque faz
bem, mas sim porque faz mal! Não a substância em si, mas sim a sua acessibilidade. Os perigos
que ela actualmente causa por se encontrar nesta situação ilegal, fomentam a criminalidade,
perigos de saúde e de extorsão que deveriam ser mais que suficientes para se chegar à conclusão
ao mais superior nível que as coisas tal como estão não só não resultam como também pioram e
degradam as sociedades actuais.
Não é por esta ser legal e uma pessoa a consumir que será criado um mal, o mal está na enorme
procura que ela tem, daí existirem tantos consumidores e tantos criminosos a ela associados, e o
que essa enorme procura associada a uma situação ilegal faz aparecer na sociedade.
Com tanto proibiccionismo pseudo-justificado com proteccionismo, será que ninguém no poder
chega à conclusão que o perigo está no facto de ela ser ilegal e ser vendidas às escondidas o que
provoca que menores e crianças possam ter acesso a ela, enquanto que se esta fosse legalizada e
a sua venda e posse pré-definida esta estaria muito mais no controlo de quem nos quer obrigar e
impor o que é bom ou mau para cada um?
Será mais fácil uma criança arranjar cannabis por via ilegal e escondida ou numa sociedade que
proibe limita e controla o seu acesso e proibe a sua obtenção por menores?
Chega de hipocrisia e de ideias pré-concebidas.
A humanidade já vai longa na sua evolução, está mais que na hora de ver o que realmente é ou
não é bom para cada um, e quem melhor para isso do que nós próprios!
Quem são eles para se acharem donos da verdade? Os verdadeiros criminosos são os que
reprimiram a cannabis e a criminalizaram. A quantidade de pessoas presas devido à droga é
absurda.
Já chega de andarmos atrás da Europa e dos Estados Unidos. Se Portugal é um país independente
porque não tem leis independentes?
Proibir uma planta? Tanta coisa se faz para se preservar uma espécie e neste caso tudo fazem
para a sua extinção.
Faz-me muita confusão o alcool ser legal e consumido à frente de toda a gente, por políticos e por
"gente fina" como lhes chamam... e depois vêm com falsos moralismos reprimir e marginalizar as
pessoas que usam uma planta sem fazer mal a ninguém.
Legalizem ja!
A legalização da cannabis traz beneficios em várias vertentes da nossa sociedade, nomeadamente
- Irá combater o tráfico e assim eliminar o enriquecimento de traficantes; - Irá impedir a compra
de drogas leves em locais problemáticos como acontece em bairros sociais e assim baixar a
criminalidade; - Ao não comprar ao traficante, não vai ter acesso a drogas pesadas, facto que
acontece nos dias de hoje a qualquer comprador habitual de cannabis; - Irá melhorar a economia,
pois assim as drogas leves vão ser alvo de pagamento de impostos; - Irá proporcionar uma
grande evolução túristica , como sucede na Holanda, e assim se torna em mais um factor
favorável à economia; - Irá ser possível dar reais informações acerca dos componentes químicos
que a planta possuí e quais as suas consequências como tal se sucede com os maços de tabaco; -
A cannabis como o algodão têm propriedades que podem ser utilizadas no fabrico de roupas e
afins. e existem muitos mais pontos favoráveis à sua legalização. Façam como a Holanda que
durante décadas se tem aproveitado do direito à liberdade e assim dinamizou e fez crescer a sua
economia estrondosamente. Hoje, os EUA iniciam o aceitamento da planta e na Califórnia já é
legal o consumo de cannabis a fins medicinais, sendo a Califórnia um dos grandes produtores de
cannabis do mundo..mais uma vez..fazendo assim crescer a sua economia com transacções cujos
valores são surreais. Portugal já nos habituou a ser sempre o último a tomar iniciativas... ...está
na hora de deixar de o ser! Legalizem!
Até quando vão continuar com esta proibição hipócrita sem sentido. A cannabis tem mais
propriedades positivas que negativas, e só consome quem quer. A cannabis é considerada uma
droga leve mas para droga é mesmo leve ainda mais leve que o álcool e a sálvia que é legal no
nosso país.Eu acho que as pessoas contra o consumo de cannabis deviam perder algum tempo a
procurar informações sobre a cannabis e não ouvirem só a versão dos proibicionistas que
praticamente é só o que passa nos media. Quem é que se prejudicaria com a legalização da
cannabis? Agora com a proibição o tráfico aumenta, os consumidores correm mais riscos, esses
“barões da droga” normalmente não são pessoas com quem se queira ter muito contacto. Temos
outra opção o autocultivo que é ilegal e uma pessoa está sujeita a ficar com a vida prejudicada
devido a uma planta. Quem fuma cannabis para muitas pessoas é descriminado e posto de
parte;se há pessoas que apreciam um bom copo de vinho, também pode haver pessoas que
apreciem uma boa erva, ao menos com o auto cultivo uma pessoa controla a qualidade e sabe o
que está a consumir. O "zé "diz:Tenho uma vida social normal, mas cultivo cannabis para auto
consumo, o que faz de mim um criminoso, graças às pessoas com o poder de controlar a minha
liberdade tenho de manter este " hobby " escondido e sempre com receio de ser apanhado, lá virá
o tempo em que eu direi as palavras: " Ainda sou do tempo em que se tinha de cultivar às
escondidas" Proibicionista:A cannabis pode provocar esquizofrenia! Logo vamos proibi-la. A % de
pessoas que têm esquizofrenia e consomem cannabis é pouca não passa de uma coincidência,
mas mesmo que possa ajudar a provocar não quer dizer que provoque, há pessoas que vivem até
aos 100 anos e fumam cannabis e não é por isso que ficam esquizofrénicas... Esse "pode" já estou
farto dele (pode provocar, pode fazer) por mais que nós tentemos a legalização torna-se cada vez
mais difícil lutar contra esses poderosos que controlam os media! Proíbam o álcool o ácido
sulfúrico tudo o que pode afectar as pessoas mentalmente e fisicamente... Não preciso que se
preocupem assim tanto comigo. Assim nunca mais! Apesar da Cannabis poder ter alguns aspectos
negativos que tem, já está provado que ela contem mais efeitos positivos. Está mais do que na
altura de pararem com essa perseguição sem sentido à cannabis, até um cego vê que por mais
estudos que façam nunca vão deixar de puxar cada um para o seu lado, eles "os que são a favor
da proibição " não vão apontar o que esta erva tem de bom, embora esteja errado é a vida. Acho
que é urgente eles perceberem que a proibição não leva a lado nenhum só nos prejudica mesmo
que possa ser verdade alguns factos desses estudos cabe a cada um de nós decidir se deve ou
não consumir cannabis, é que não os prejudica absolutamente nada, qual é o produto hoje em dia
que não tenha nenhum aspecto negativo? (poucos) É triste é que muitas das pessoas que têm má
imagem da cannabis graças à má imagem que fazem passar dela, deixam-se ser formatadas não
contestam não pensam: não vou acreditar em tudo o que eles dizem, vou pensar por mim faz
muito mais sentido. Mas não, a maioria das pessoas vai na "cantiga" deles, cabe a nós confrontar
o sistema e moldar com a verdade essas pessoas ao menos tentar passar a maior quantidade de
aspectos positivos possíveis para elas começarem ao menos a contestar um bocadinho o que
"esses senhores" dizem, embora a nossa luta seja contra uma rede muito forte não é em vão se
conseguirmos passar a maior quantidade de boa informação possível a essas pessoas. Fizemos o
25 de Abril por alguma coisa foi, na altura nem direito à liberdade de expressão tínhamos. Hoje
em dia temos, mas ninguém nos ouve. Só quero ser livre dentro dos possíveis, pelo menos quero
que o “povo” tenha a opção de escolha em relação à cannabis. O cultivo e consumo de cannabis
devia de ser legal com a devida informação e para maiores de 18 anos. Vamos lá: .Legalizar o
cultivo de cannabis para consumo próprio .Legalizar postos de venda de sementes .Legalizar
cannabis em cafés específicos para maiores de 18 os chamados “coffee shops” Acho que até pode
ser uma boa solução para o melhoramento da economia portuguesa: .Abertura de novas
empresas. .Mais emprego .Mais turismo .Menos trafico .Menos criminalidade Tentar custa ! Muitos
astrónomos foram queimados na fogueira por serem contra algo que outros desconheciam
completamente. Tanto para dizer...
Legal ou ilegal.. droga sempre houve e sempre haverá. o que temos a perder com a legalização da
cannabis? Eu não sei a resposta. Temos as prisões cheias de pequenos traficantes de droga, mas
por outro lado, todos temos a ideia que só os pequenos são presos, porque os grandes traficantes
ninguém lhes toca. Temos droga adulterada que faz aumentar e muito os potencias riscos da
mesma cujo único objectivo é encher os bolsos à "máquina" que gere o tráfico de droga. Os
consumidores, que embora tenham assistido há cerca de 8 anos a uma modificação na lei, que
veio e bem, retirar o estatuto de criminoso aos consumidores de drogas, e veio permitir que os
mesmos pudessem ter na sua posse uma pequena quantidade de um determinado estupefaciente
sem que isso seja considerado crime. Mas por outro lado continua a não ser legal, e os cidadãos
apanhados com a quantidade "permitida" por lei, são obrigados a faltar ao emprego, para se
deslocarem a uma ridícula consulta médica. Registe-se também, que os resultados positivos
provenientes dessa ou dessas mesmas consultas, é nulo. Os consumidores são obrigados a
deslocar-se ao perigoso mercado negro para adquirirem o produto, e nesse mercado negro
encontram não só o estupefaciente desejado, como também muitos outros que lhe são
"oferecidos" pelo traficante. etc, etc, etc... o que temos? Tráfico, corrupção, desigualdade,
criminalidade, mentira! E o que temos a ganhar com a legalização? Muito dinheiro, que virá dos
impostos (impostos pagos pelas empresas produtoras, revendedoras, e pelo consumidor final),
deixará de se gastar balurdios de euros com os investigadores das mais variadas polícias, juízes,
advogados, administrativos, etc.. encarreguados pela investigação e resoluções dos casos de
tráfico de droga. Teremos as prisões mais vazias, sobrando assim espaço para os verdadeiros
criminosos que roubam e roubam e nunca ficam presos. teremos um controlo maior sobre os
produtos consumidos, testando a sua composição, garantindo uma utilização segura e higiénica
dos produtos. Daríamos um duro golpe ao narcotráfico, pois se os consumidores puderem adquirir
o produto em locais certificados para o efeito, deixarão de se deslocar ao perigoso mercado negro.
etc, etc etc.. Para terminar, quero só relembrar que consumidores de cannabis, posso ser eu..
você, o seu pai, ou mesmo ou seu filho. Até o melhor nadador de todos os tempos fuma

concordo plenamente com esta proposta, é uma hipocrisia penalizar o cultivo e consumo de
cannabis
Legalizem-na é natural faz tão bem como sabe! É das drogas mais antigas do mundo.. Não
percebo porque é ilegal.. A não ser que seja para dar dinheiro a certas e determinadas pessoas
que não o querem dividir com o estado e assim juntam o util ao agradavel, proibem-na e depois
comercializam-na iligalmente.. Neste mundo parece-me mais isso! Amanhã vou á MGM LISBOA
que é a Marcha Global pela Marijuana, vou lutar por um direito que todos nós deviamos ter! Tenho
esperança de um dia poder dizer (como disse outro opinador mais em cima) Ainda sou dou tempo
em que se tinha de cultivar ás escondidas por ser ilegal! FORÇA MGM! Parece impossivel num País
livre lutar pela liberdade de uma planta!!!!! LEGALIZEM JÁ =)

O MANIFESTO DA LEGALIZAÇÃO
6 Razões porque a Proibição das Drogas deveria acabar
1. A proibição é de longe a maior causa do crime. Em todo o mundo, os criminosos ganham
anualmente uns surpreendentes 1000 biliões de dólares. Isto é, um sexto da economia
mundial. 80 % dos quais resultam do tráfico de droga. 80% dos pequenos crimes resultam da
droga.

2. Os prejuízos económicos causados pela proibição são enorm es. Uma enorme parte do
dinheiro dos cidadãos é gasta numa política falhada. Os custos da guerra contra a droga nos
EUA é de 400 biliões dólares, o dobro do défice nacional.

3. A proibição causa prejuízos pessoais e sociais à escala mundial. Doentes e desalojados,


prostitutas toxicodependentes, jovens que acabam detidos em cadeias estrangeiras, famílias
separadas, o medo de sair à rua de noite, duplas e triplas fechaduras de segurança - e muito,
muito mais. Todos são prejudicados com isto - nem que seja por ter de levar o seu auto-rádio
quando sai do carro.

4. A proibição não atinge nenhum dos seus efeitos pretendidos. O número de


toxicodependentes aumenta e o problema de saúde agrava-se - enquanto a taxa criminal sobe.
Quando a "Guerra contra a Droga" começou os lucros dos traficantes subiram de 100 para 500
biliões de dólares. Anualmente, e desde os últimos 10 anos, o estado de saúde dos
heroínomanos degradou-se tanto que muitos comissários de polícia americanos passaram a
concordar com o fornecimento de heroína por parte do estado.

5. Os conceitos morais estão-se a degradar devido à proibição. O consumo e a posse de droga


coloca os cidadãos numa posição criminosa, o que os leva a rejeitar a moral que a sociedade
estabelece. Nós vivemos numa sociedade em que 70 a 80 % de todos os crimes se relacionam
com a proibição. Se estamos mesmo interessados em restaurar os conceitos morais, devemos
primeiro eliminar as causas de todo este crime.

6. O problema de saúde que a proibição supostamente deveria resolver é insignificante em


comparação com outros como o tabagismo e o alcoolismo. O tabaco é a causa de 6 % de
todas as mortes. Nos E.U. 400.000 pessoas morrem devido ao tabaco anualmente, 100.000
devido ao álcool, enquanto 5000 morrem devido às drogas (a maior parte heroinómanos). Na
Inglaterra os números são, respectivamente, 110.000, 30.000 e 1000.

Mas ... o que é a legalização ?

Legalização significa que as leis serão feitas de modo a condicionar o modo como as drogas
serão utilizadas e comercializadas, tal como as leis que regulam outras substâncias como o
álcool e o tabaco, as quais são potencialmente mais perigosas que a maior parte das drogas.
Isto não significa que tudo será acessível a toda a gente.

Para controlar o álcool, as drogas e o tabaco, pedimos aos nossos políticos que façam leis
racionais e consistentes !
...
O tráfico

Temos de perceber o problema da droga e da proibição, logo pela primeira falha do sistema,
que é o tráfico. O proibicionismo engorda o tráfico e os barões que se alimentam dele. Não
serve a sociedade, nem os toxicodependentes. Pelo contrário. A repressão não é o caminho
indicado. Em Portugal a droga não consegue ser controlada nas prisões, muito menos o será
noutro qualquer sítio. E isto é situação comum no resto do mundo.
É urgente debater o assunto com argumentos sérios, com os políticos sem medo de tomar
decisões por causa dos votos que lhe caem nos bolsos.
É urgente que a discussão dê lugar a soluções e o problema possa ser explicado ao povo e
compreendido pelos professores.
É necessário encontrar soluções para o beco sem saída onde a sociedade vive encurralada.
É recomendada a imediata despenalização de posse e consumo das drogas leves, que aliás no
caso de derivados da cannabis, como o haxixe ou erva (marijuana), se sabe não existirem
mortes por excesso de dose, ou dependência física (decisão apoiada pela Comissão Nacional
de Combate à Droga, no relatório entregue ao Governo no final de 1998).
De qualquer forma esta droga leve, de efeitos menos desastrosos que o álcool, também deve
ser compreendida culturalmente. Nos países arábes, onde o consumo se encontra muito
difundido desde tempos remotos, diz a lenda que as propriedades da substância foram
divulgadas por dois anjos a uma assembleia de crentes.
O cânhamo (cannabis sativa L.), tem uma uma história rica, de 10.000 (dez mil) anos a servir a
humanidade. Como matéria-prima para fazer tecidos e cordas, velas que levaram as naus aos
descobrimentos, papel onde muita sabedoria foi registada e onde Gutemberg imprimiu o seu
primeiro livro, por sinal uma bíblia. As primeiras Levi's eram feitas de cânhamo devido à maior
resistência do que o algodão; o líquido utilizado para iluminar muitas casas era óleo de
sementes da cannabis.
Um estudo apresentado no final de 1998 pela O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), mas
não divulgado devido a alegadas pressões políticas, revelou que o consumo de cannabis chega
a ser menos prejudicial do que o álcool! Este, em caso de dependência, transmitia um risco
maior de acidentes e suicídios, e danos mais graves na saúde, como a cirrose (segundo a
revista britânica New Scientist).
A experiência holandesa, de liberalização das drogas leves, em 1975, foi seguida este ano
(2001), pela Bélgica, que descriminalizou o consumo e posse privado. O uso médico começa a
tornar-se cada vez mais relevante face às últimas descobertas científicas, que apresentam
diversas situações em que o consumo controlado de cannabis produz efeitos positivos.
Casos de ajuda no tratamento da SIDA e anorexia (provoca aumento de apetite), no tratamento
de esclerose múltipla (alivia a dor e as contracções), ansiedade e stress (tem efeitos
ansiolíticos e relaxantes), na quimioterapia - no tratamento em casos de cancro - (evita o
vómito e outros efeitos secundários muito chatos).
O PROBLEMA só poderá ser resolvido através da EDUCAÇÃO e da PREVENÇÃO, com
esclarecimento adequado e não com histórias do bicho papão. Ou então estaremos
condenados a viver na fantasia e a tapar o sol com a peneira. «A vida não é uma droga», mas
também não é um mundo cor-de-rosa. Entre o uso e abuso existe o direito de estar informado e
de escolher.
PEQUENO GLOSSÁRIO

Marijuana (ou erva, maconha [Brasil], liamba [Angola],


kif [Norte de África] )
É obtida a partir das pequenas folhas e flores secas da planta feminina,
na sua extremidade (inflorescências).
3% < Quantidade de THC < 24%

Haxixe (ou haxe, chamon, chocolate, porro)


É a resina extraída das plantas femininas.
3,6% < Quantidade de THC < 28%

Óleo de haxixe
Raro líquido resinoso, destilado do haxixe.
16% < Quantidade de THC < 43%

Cannabis
Abreviatura de cannabis sativa L.
ou cannabis sativa var. Indica
O cânhamo industrial (também cannabis,
tem um índice muito baixo de THC, por isso
não é adequado ao uso recreativo).

THC
Delta-9-tetrahidrocannabinol, o cannabinóide
mais activo
_____________________________________________________________________

To: Assembleia da República


Considerando que:

1. Não existem razões objectivas para proibir o consumo de cannabis:

- Não existem riscos assinaláveis de saúde pública ou individual;


- As consequências nefastas a nível físico são mínimas, a nível neuro-fisiológico são,
mesmo no longo prazo, negligenciáveis e a nível psicológico limitam-se, em casos
extremos, a um défice motivacional reversível;
- O consumidor de cannabis não representa um perigo para a sociedade. Ao contrário do
álcool, o consumo de cannabis induz a comportamentos pacíficos;
- A adição à cannabis existe estritamente a nível psicológico e é comparável e inferior,
respectivamente, às dependências causadas pelo café e tabaco;
- A tolerância à substância desenvolve-se e desvanece-se com relativa rapidez (2 a 4
dias);
- A síndrome de abstinência manifesta-se apenas nos consumidores excessivos.

2. O proibicionismo provou ser não só ineficaz como pernicioso:

- Em qualquer país ocidental que proíba a cannabis, continua a ser possível adquiri-la
sem dificuldades;
- Nos EUA, país mais repressivo nesta matéria, o consumo tem vindo a aumentar
progressiva e consistentemente, apesar da declarada "guerra às drogas";
- A Holanda, país desde sempre tolerante na matéria, tem dos mais baixos índices de
consumo;
- A proibição leva a que o produto final tenha qualidade inferior, sendo frequentemente
adulterado com excipientes prejudiciais para a saúde.

3. Se for legalizada e regulamentada a produção, a venda, o consumo e a posse de


cannabis:

- A produção será controlada e de acordo com as normas de segurança em vigor,


melhorando a qualidade e a segurança;
- Consegue-se uma efectiva separação dos mercados de drogas duras e leves não mais
passando a mensagem que a cannabis está ao mesmo nível que as drogas duras;
- Através de um imposto especial sobre o consumo (como acontece com o tabaco), os
lucros que o tráfico actualmente gera deixariam de ser reinvestidos em actividades
criminosas e poderiam ser usados pelo Estado para, por exemplo, políticas de prevenção
do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes, campanhas de
informação ou outras actividades;
- Os recursos aplicados no combate ao consumo e tráfico de cannabis poderiam ser
direccionados para o combate às drogas duras, nomeadamente as sintéticas.

Por tudo isto, os cidadãos e cidadãs abaixo-assinados vêm por este meio requerer a
legalização e regulamentação da venda, produção consumo e posse de drogas leves
derivadas da cannabis nas seguintes condições:

- A venda de cannabis estará restrita a cidadãos maiores de 18 anos;


- A venda de cannabis será sujeita a impostos pesados, porém não tão altos que tornem
atractivo para os consumidores a sua aquisição de forma ilegal;
- A cannabis será vendida apenas em locais devidamente regulamentados e fiscalizados,
sendo os produtos aí vendidos sujeitos a controlo de qualidade;
- As autoridades locais terão poder de decisão relativamente à atribuição de licenças,
horários, localização e dimensão dos estabelecimentos;
- Será proibida a produção e venda de cannabis com um teor de THC superior a 13\% e
em doses superiores a 5 grama;
- Será interdito qualquer tipo de publicidade e a utilização de logomarcas
______________________________________________________________________
_______-

Cannabis: O que é?
Ora bem, hoje venho aqui falar-vos da Cannabis, o que é, o que faz, e porque é que a
queremos legal.
Em primeiro lugar vou-vos deixar aqui uma definição de droga, sendo que não só a
cannabis, heroína, cocaína, LSD, entre outras, são drogas. Neste grupo temos ainda
incluído o álcool, tabaco e o café.
DROGA
Entende-se por droga qualquer substância que possui propriedades farmacológicas, que
conduzem a uma tolerância e a uma dependência do organismo e não só, e que na
maioria dos casos conduz à toxicodependência. A droga é uma substância legal ou ilegal
utilizada com um objectivo não farmacêutico de busca de prazer ou para evitar a dor
física ou psicológica.
As drogas que se conhecem nem sempre foram substâncias consideradas nocivas. Na
verdade, muitas delas começaram por ser usadas em tratamentos específicos de certas
doenças e como paliativo (aliviar, ou atenuar o problema temporáriamente). Outras
fizeram parte de contextos sócio-culturais de outras épocas. Existem vários tipos de
drogas: as depressoras, as estimulantes e as psicadélicas.
As drogas depressoras são consideradas as mais perigosas. Este tipo de droga deprime o
sistema nervoso central e pode causar dependência física. Leva, muitas vezes, à morte
por consumo exagerado. Temos, a título de exemplo, a heroína e o álcool.
As drogas estimulantes têm em comum o facto de acelerarem o funcionamento do
sistema nervoso central, reduzirem o apetite e tirarem o sono a quem as consome. São
estas as anfetaminas, o ecstasy, a cocaína e a nicotina.
Por último, as drogas psicadélicas confundem as mensagens que os sentidos enviam ao
cérebro, alterando, assim, a percepção da realidade. Os objectos ficam distorcidos e as
cores mais brilhantes. São disto exemplo a cannabis, o LSD e o nitrato de amyl/butyl.
Este último caso é uma droga menos conhecida, vendida em líquido, geralmente, numa
garrafa pequena. Os seus vapores são inalados e provocam uma agitação no utilizador
que os leva a um estado de euforia passageira.
Agora que têm uma definição de droga vamos perceber o que é, de facto, a cannabis.
CANNABIS OU MARIJUANA
Estes dois termos referem se, normalmente, à Cannabis Sativa (sendo que pode ser
constituída por várias espécies: Indica, Sativa, Rudelaris e mistas), esta é uma planta
originária da Ásia e da América do Sul, sendo cultivada em várias partes do mundo, dos
EUA à Europa. A sua popularidade entre os consumidores de drogas deve-se à presença
de um químico psicoactivo nos elementos que formam a planta feminina (folha, fruto e
caule), o delta-9-tetrahidrocanabiol (THC). No entanto, a Cannabis sativa é uma planta
polifacetada, sendo múltiplos os seus usos, para além da produção de drogas: dela se
extraem fibras têxteis para a elaboração de tecidos, desde os jeans às velas das caravelas
com que Colombo descobriu a América, fibras para a elaboração de papel, substratos
para a elaboração de sabão, tintas, calçado e produtos de beleza, entre outras utilizações
possíveis.
Estão presentes na Cannabis mais de 60 substâncias psicoactivas (canabinóides), entre
as quais o THC (Delta9Tetraidrocanabinol), responsável pelos efeitos mais típicos da
Cannabis e especialmente das Sativas e o CBN (canabinol), responsável por efeitos
mais tranquilizantes das variedades Indica, além do CBD (canabidiol), que reduz a
intensidade da experiência e aumenta a sua duração, sendo mais sedativo. Plantas pouco
maduras tendem a conter elevada concentração de THC e baixa concentração de CNB e
CBD e com o amadurecimento a tendência inverte-se. A concentração do THC é
variável consoante as condições de cultivo e as variedades da planta, sendo que o
cânhamo usado na produção industrial praticamente não possui o princípio psicoactivo.
A Cannabis pode ser usada para a produção de estupefacientes sob três formas distintas:
“erva”, haxixe e óleo de haxixe (sendo que estas duas últimas têm uma maior
concentração de THC).
A “erva”, formada por folhas e flores secas da planta, apresenta uma cor castanho-
esverdeada e um cheiro adocicado, tendo um efeito alucinogénico suave, mais
acentuado quanto maior a quantidade de THC. É conhecida por diferentes nomes, sendo
marijuana, liamba e maconha os mais vulgares. O consumo faz-se de um modo idêntico
ao de um cigarro de tabaco ou cachimbo.
O haxixe é uma resina obtida a partir das folhas e do caule, comprimida em blocos, de
cor (castanho-claro a preto) e consistência (quebradiço a semelhante a goma) variáveis.
Normalmente é misturado com tabaco, num cigarro enrolado (charro) e fumado,
podendo também ser consumido em cachimbo ou comido, tal como a “erva”,
adicionado a alimentos.
O óleo da haxixe é produzido a partir da resina da planta, misturada com um solvente,
que, após evaporação e filtragem, liberta um óleo espesso com cheiro a plantas podres,
variando de verde a preto. É consumido enrolado em mortalhas e fumado, geralmente
misturado com tabaco.
A marijuana pode também ser utilizada em aplicações culinárias, sendo empregue na
produção de pequenos bolos com efeitos alucinogéneos ou, ainda, em infusões, na
preparação de chás, nos quais a concentração da molécula com efeitos psicotrópicos é
muito mais baixa.
EFEITOS
O consumo provoca olhos vermelhos, boca seca e um aumento do apetite, levando a
uma intensificação do modo como a pessoa se sente, aumentando a desinibição, gerando
alegria, verborreia e euforia ou, então, passividade e sonolência. Como efeitos
secundários podem surgir alucinações (quando consumidas variedades potentes e em
quantidades elevadas), alterações de humor exageradas e o desencadear de problemas
mentais, em indivíduos com predisposição. Ao contrário de outras drogas, como a
heroína, não provoca dependência física, podendo surgir dependência psicológica,
geradora de grande ansiedade, insónias e a sensação do consumidor achar que só se
pode desinibir, ou concentrar, com a droga.
DESPENALIZAÇÃO
Utilizada na Ásia e América do Sul durante largos séculos pelas culturas tradicionais, a
marijuana – tal como o haxixe e o óleo do mesmo – é uma substância actualmente
proibida na maioria dos países. Embora considerada uma droga ilegal, existem vários
movimentos que advogam a liberalização do consumo de derivados de Cannabis
sativum, com base em argumentos de que esta droga não provoca dependência, tem
menos consequências negativas que o álcool e o tabaco, não gerando problemas sociais
nem de saúde pública. Na medicina têm-se desenvolvido, com sucesso, terapias que
recorrem à Cannabis (geralmente sob a forma de erva) para o alívio dos enjoos causados
pela quimioterapia, redução da pressão intraocular nos doentes com glaucoma e para
estimular o apetite em doentes com SIDA.
A engenharia genética tem tentado produzir variedades da Cannabis sem o THC, dado
que esta apresenta inúmeras possibilidades económicas para países desfavorecidos,
dadas a sua elevada facilidade de cultivo e a diversidade de aplicações industriais dos
seus produtos.

Sexta-feira, 10 de Abril de 2009


Liberalização das drogas...sim ou não...

Nas últimas décadas a “droga” tem vindo a difundir-se nas sociedades contemporâneas com
um enorme cortejo de prejuízos sociais e individuais. O negócio da “droga” tornou-se num dos
mais rentáveis domínios da actividade económica, mobilizando grandes interesses
internacionais, tanto ao nível da produção como da comercialização.
O alastramento internacional do fenómeno provocou por todo o mundo uma onda de
preocupações e esforços no sentido de refrear quer o tráfico quer o consumo de “droga”,
empenhando-se particularmente os governos nesse combate.
As Nações Unidas firmaram uma convenção contra o tráfico ilícito de estupefacientes e
substâncias psicotrópicas, em 1988, o mesmo fazendo o Conselho da Europa em Novembro de
1991, visando o tráfico da droga. Apesar desta multiplicidade de esforços, alguns dos quais
nem sempre sinceros e consequentes, a “droga” não desapareceu das sociedades, antes
continua a constituir um dos maiores flagelos sociais do nosso tempo. Em Portugal, o
fenómeno conheceu, tal como no resto do Mundo, um preocupante desenvolvimento, desde os
primeiros anos de 70, atingindo expressões por vezes dramáticas, mobilizando-se por isso
energias e recursos para o combater, tanto ao nível do tráfico ilegal e clandestino, como ao
nível do consumo proibido e punido por lei.
Nos últimos tempos, têm começado a surgir na sociedade portuguesa, tal como aliás noutros
países, opiniões que põem em causa a eficácia e o mérito das estratégias adoptadas para
debelar o fenómeno, e esboçam, alternativamente, a defesa de uma mudança de atitudes e
medidas legais, para minorar os efeitos perversos da difusão da “droga”. Entre elas, algumas
vozes chegam mesmo a preconizar a liberalização do tráfico e do consumo da “droga”, como
forma de melhor controlar o fenómeno nas suas manifestações, e melhor o atacar nas suas
causas e efeitos nocivos.

Concorda com a despenalização do consumo de drogas "leves"? Para que fins?

Publicada por Sílvia Costa em 4/10/2009 06:40:00 PM


5 COMENTÁRIOS:

Lili disse...

Eu não concordo com a despenalização do consumo de drogas


leves, porque de seguida pensar-se-ia na despenalização das
restantes drogas e isso levaria ao flagêlo total.
Eu sou da opinião que deveria haver mais informação sobre o
assunto, levando as pessoas a perceber as consequências que o
consumo de drogas pode trazer para a vida e para a saúde das
pessoas, para não falar que deveria haver uma fiscalização
mais apertada sobre o consumo e mais importante sobre o
tráfico.

13 de Abril de 2009 09:43

jamadocastro@gmail.com disse...

Não concordo com a despenalização do consumo de drogas


leves, porque para mim isso é um passo para que as drogas
sejam todas livres.
O que eu penso é que deveria haver mais informação sobre os
malefícios que as drogas fazem á saúde.
E também todos nós sabemos que é uma vontade política não
acabar com as drogas porque envolve muitos milhões de euros,
todos sabem a onde é plantada a onde é vendida

14 de Abril de 2009 12:11

estrelalunar disse...

Não concordo com a despenalização , porque a droga não nos


dá nada de bom pelo contrário só provoca dor, sofrimento,
solidão, doenças como a sida e hepatites etc. Por isso e para
podermos defender quem cai nessa armadilha difícil de livrar--
se dela . Devemos de mostrar aos jovens pessoas que
passaram por esse trauma e contar-lhes como foi a sua vida
nesse pesadelo que por vezes leva ao roubo, aos maus tratos
de familiares para conseguirem dinheiro para a sua dose.Por
isto e muito mais: Eu NÃO SOU A FAVOR DA DESPENALIZAÇÃO
DE DROGAS LEVES OU NÃO.

21 de Abril de 2009 16:56

david disse...

Eu até concordo com a legalizaçao das drogas leves,mas ,


realmente os meus colegas referiram e bem, seria um caminho
para legalizar outras drogas.
Legalizar sim,mas colocar bem a questão,para não deixar
alastrar caminhos errado

22 de Abril de 2009 00:17

Rui Costa disse...


Sou a favor da despenalização das drogas leves, mas apenas
essas. Não atribuo ao simples facto de fumar um charro, em
que a droga usada é o haxixe, qualquer inconveniente ou
drama.
Claro que devemos assumir um autocontrole sobre as
quantidades e variedades consumidas, para assim nunca
ficarmos reféns dessas mesmas drogas e problemas a elas
associados.
O consumo de drogas ilícitas tem registado um aumento crescente nas
sociedades contemporâneas e tornou
-se numa
das mais rentáveis actividades económicas a nível mundial, mobilizando
grandes interesses internacionais tanto ao
nível
da
produção
como
da
comercialização.
Apesar dos esforços desenvolvidos, tanto a nível interno como externo, as
Nações Unidas adoptaram, em 1988, uma
convenção contra o tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias
psicotrópicas, tal como o Conselho da Europa, em
1991, o facto é que muitos países, sobretudo europeus, questionam cada vez
mais a eficácia das estratégias e das
políticas adoptadas nos últimos anos e defendem uma mudança de atitude e
da moldura legal como forma de tentar
debelar este problema.
TRÁFICO E CONSUMO DE DROGA AUMENTAM A NÍVEL MUNDIAL
De acordo com o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas
sobre o consumo de drogas no mundo, publicado no fina l de Junho, cerca
de 200 milhões de pessoas, representando cerca de 5% da população
mundial com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, consumiram
drogas ilícitas no último ano. Este número representa um acréscimo de 15
milhões de consumidores relativamente às estimativas do ano anterior,
mas
ainda assim é muito menor do que a percentagem da popula ção mundial
que, de acordo com o mesmo documento, abusa de substâncias psico
-activas
lícitas, como é o caso do tabaco (30%) e do álcool (50%).
Em relação às drogas ilícitas, a cannabis é a mais consumida, com cerca de
160 milhões de utilizadores, o que rep resenta aproximadamente 4% da
população mundial entre os 15 e os 64 anos, e a que maior crescimento tem
registado. O número de utilizadores de drogas sinté ticas, como as
anfetaminas e o ecstasy, calculados respectivamente em 26,2 milhões e 7,9
milhões, decresceram relativamente ao ano passado, em especial no
sudeste asiático e na América do Norte.
No que se refere ao consumo de opiáceos, dos quais a heroína é a face
mais visível, calcula -se que o número de utilizadores ronde os 15,9
milhões
(10,6 são considerados dependentes), tendo havido um ligeiro acréscimo
do seu consumo no continente asiático. Também o número de
consumidore s
de cocaína, estimado em 13,7 milhões, aumento u relativamente ao ano
passado.
As análises estatísticas realizadas pela ONU, em colaboração com os
organismos nacionais de cada país, sugerem, aliás, um aumento
generalizado do
consumo de drogas.
Ainda de acordo com este relatório da ONU, apesar de o número de países
que assistiram ao crescimento do consumo de drogas co ntinuar a suplantar
aqueles cujo índice diminuiu, a proporção entre os dois tem tido uma
evolução favorável a favor dos últimos. Assim, se em 200 0 a percentagem
do
número de países onde o consumo tinha aumentado era de 53%, em 2003
ela tinha diminuído para 44%. Paralelam ente, a proporção de países onde o
consumo declinou aumentou de 21% em 2000 para 25% em 2003.
Um negócio de milhões
Em 2003, o valor global estimado para o mercado de drogas ilícitas era de
13 mil milhões de dólares no sector de produção, 94 mil milhões no sector
intermediário e 322 mil milhões ao nível do sector retalhista, montantes que
representam cerca de 0,9% do Produ to Interno Bruto (PIB) mundial.
Para se ter um termo de comparação com alguns dos sectores da economia
mundial, pode dizer -se que aqueles valores foram equivalentes a 12% das
exportações da indústria química, 14% das exportações agrícolas,
excedendo mesmo, em termos absolutos, o valor total das expo rtações
agrícolas
provenientes da América Latina.
De acordo com as estimativas das Nações U nidas, o maior mercado é o da
erva de cannabis, com uma fatia de mercado de aproximadamente 113 mil
milhões de dólares, seguida pela cocaína (71 mil milhões de dólares), os
opiáceos (65 mil milhões de dólares) e a resina de c annabis (29 mil
milhões de
dólares). O mercado de drogas sintéticas, como as anfetaminas e o ecstasy,
está calculado em 44 mil mil hões de dólares.
Apesar de a indústria ilícita de droga operar oficialmente à margem da lei,
as suas empresas não estão presentes no mercado de acções e não têm
contabilidade organizada. Sabe-se que o mercado da droga actua, à
semelhança dos mercados oficiais, nos mesmos termos de oferta e de
procura, e
que em muitos países os principais traficantes têm aliados no seio do poder
político e financeiro.
Liberalizar ou proibir?
Os custos sociais e económicos decorrentes do consumo de drogas fazem
com que este seja um problema de primeira ordem na agen da
internacional.
E nele se debatem duas grandes posições: os defensores da liber alização
e os proibicionistas. Os primeiros argumentam que o mercado negro das
drogas ilícitas propicia a existência de uma economia clandestina e
proporciona grandes margens de lucro a quem a comercializa, gerando,
por
inerência, a prática criminosa por parte de quem a procura. Através da
legalização do comércio e consumo das drogas, os abolicionistas defendem
que
se diminuiria largamente as margens de lucro dos cartéis de traficantes e
se banalizaria o seu consumo em termos simbólicos, levando, em princípio,
à
sua crescente diminuição; ou seja, o fruto proibido deixaria de ser tão
apetecido.
A corrente liberalizadora sustenta, sobretudo, o princípio de que as
pessoas devem ter o direito de consumir aquilo que desej arem desde que
não
prejudiquem terceiros, assumindo esta questão como um pr oblema de
liberdade, de responsabilidade individual, sobre a qual o Estado não
deveria
intervir.
No entanto, nem todos os abolicionistas vêm a questão da liberalização da
mesma forma. Assim, enquanto alguns defendem que a liberalização se
deveria restringir às chamadas drogas leves (como a erva e a resina de
cannabis) criticando, neste sentido, a incongruência da legalidade do
consumo
de drogas lícitas como o tabaco e do álcool, outros advogam a
liberalização do consumo socialmente integrado, o que pressuporia uma
educação para o
consumo das drogas, que, em última an álise, controlaria o seu abuso.

Por outro lado, os defensores da manutenção da proibição legal, quer do


tráfico quer do consumo, tanto de drogas leves como d e drogas pesadas,
argumentam que a abolição da proibição não diminui a dimensão do
problema, alegando a experiência mal sucedida de alguns países europeus
como
evidência.
De acordo com esta corrente, estas experiências de liberalização apenas
contribuíram para aumentar o tráfico, nã o tendo conseguido diminuir os
lucros
ilícitos, acabando por favorecer também o consumo das drogas duras, dand
o fundamento aos defensores da teoria da escalada , segundo os quais o
uso
das primeiras conduz, a prazo, à i niciação e abuso das segundas.
Por outro lado, afirmam que não é sustentável a comparação entre as
drogas ilícitas e o tabaco e o álcool, já que aquelas se revela m mais tóxicas
e
acarretam mais efeitos nefastos na saúde individual e pública.
Além disso, afirma-se que é ilegítimo sustentar o fracasso da estratégia
proibicionista na medida em que este modelo está longe de estar esgotado,
e
que a ineficácia da luta contra o crime não é motivo para passar a admi ti-
lo como norma aceitável. Assim, concluem, a legalização e liberalização do
tráfico não resolveria nenhum dos graves problemas associad os à droga,
antes os agravaria.
Uma solução a meio termo
Em termos internacionais, as opiniões dividem -se entre a posição
europeia e a política norte -americana de combate repressivo ao
narcotráfico. Apes ar
dos argumentos contra e a favor serem igualmente legítimos, o facto é que
a realidade demonstra que as políticas repressivas e proibicionistas já
mostraram não produzir efeitos prático s na resolução deste problema.
Aliás, segundo o Relatório Anual sobre a Evolução do Fenómeno da Droga
na União Europeia de 2004, do Observatório Europeu da Droga e da
Toxicodependência, o consumo problemático de droga é menor na
Alemanha e na Holanda, este último país conhecido pela sua polí tica
liberalizadora,
com dois a três indivíduos em cada mil, com idades compreendidas entre os
15 e os 64 anos, a demonstrarem ter consumos problemáticos, ao contrário
da Itália, do Luxemburgo, de Portugal e do Reino Unido, com cinco a oito em
cada mil indivíduos afectados.
Actualmente, calcula-se que existam em Portugal cerca de 50 mil
consumidores de drogas ilícitas pesadas, o que coloca o nosso país na
linha da fre nte
deste problema na Europa. O primeiro rastreio nacional sobre a utilização
de drogas, realizado em 2001, mostrou que 7, 8% dos inquiridos entre os
15 e
os 64 anos tinha, pelo menos uma vez na vida, consumido uma droga
ilícita. A mais referida foi a cannabis (7,6% consumia -a regularmente), ao
passo
que as restantes drogas (cocaína, heroína, ecstasy, anfetaminas e LSD)
eram c onsumidas regularmente por menos de 1% da população. A
proporção
de homens que referiram o consumo deste tipo de substância pelo menos
uma vez na vida é mais elevada do que as mulheres (11.5 % / 3.9% para
cannabis; 1.2% / 0.2% para heroí na e 1.5% / 0.3% par a cocaína).
Apesar destes números, Portugal desde sempre optou sempre por uma
política proibicionista e repressiva relativamente aos cons umidores. No
entanto,
em meados da década de 90, começou a questionar -se se esta seria de
facto a política mais adequad a, já que se tornou relativamente consensual
que
a política de repressão e de proibição utilizada no combate ao tráfico de
droga obtinha resultados apenas ao nível da apreens ão de
estupefacientes. A
droga, essa, continuava, e continua, a ser vendida e cons umida,
acarretando enorme s custos sociais e económicos.
Em Julho de 2001, o governo socialista aprovou legislação que foi ao encon
tro das políticas discriminalizadoras seguidas em países como a Holanda, a
Espanha ou, mais recentemente, o Reino Unido. A pr incipal novidade
nesta nova estratégia de luta contra a droga baseou -se precisamente no
esforço
de alterar a tradicional política reactiva e dogmática no sentido de uma
abordagem fundad a na informação e na prevenção.
Apesar de manter o estatuto ilegal de todas as drogas, previsto nas
convenções das Nações Unidas, esta política passou a não condenar
judicialmente
a posse de pequenas doses de drogas para consumo individual, encarando
os consumidores como indivíduos a necessitar de tratam ento e não como
criminosos de delito comum, atribuindo-lhes penas administrativas ou
multas -, acentuando, ao mesmo tempo, a pro ibição e repressão do tráfico.
A moldura penal para o tráfico de droga em Portugal prevê penas de prisão
que podem ir de um a doze anos de cadeia, havendo, no entanto, diferentes
critérios consoante a natureza da substância em causa. Nos casos em que o
toxicodependente vende droga para financiar o seu p róprio consumo a
pena é reduzida.
Para avaliar individualmente cada situação foram criadas Comissões para a
Dissuasão do Uso de Drogas a nível local, compostas por um advogado, um
médico e um assistente social, que encaminham os prevaricadores para
tratamento. O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, João
Goulão, refere que a politica que tem vindo a ser seguida neste domínio é
um passo importante na intervenção dissuasora, mas que não responde ao
problema na sua globalidade. Apesar de tudo, recusa uma visão
catastrofista da política de descriminalização, nomeadamente a hipótese
de
transformação de Portugal num paraíso das drogas, já que, explica, o lapso
de tempo decorrido permite -nos afirmar que tal não se verifica.

Legalizar as drogas: diminuiria a


violência sim ou não? Por que?
• 4 anos atrás
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by Gabi
Membro desde:

23 de outubro de 2006

Total de pontos:

626 (Nível 2)

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Melhor resposta - Escolhida por votação


Olha só eu tenho 16 anos e to vivendo essa onde de ter alguns amigos que
usam drogas, outros fumam e outras naum fazem nada assim como eu....

Mais de fato se legarizarem as drogas naum vai mudar muita coisa pq quem
fuma ai continuar fumando e quam naum se interessa por isso ia continuar
assim tambem...

O que diminuiria é o numero de pessoas mortas pelo trafico de drogas pq se


fosse legal qualquer um iria chegar em qualquer lugar e fumar de boa ou
seja os traficantes venderiam paraum numero reduzido de pessoas...
O que diminuiria seus lucros impedindo assim q eles comprassem armas e
munição.... Mas é claro que muitos de nos sabemos que tem pessoas
poderosas envolvidas nisso... por isso que esse pais naum muda...

• 4 anos atrás
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Outras Respostas (12)

• by Daska
Membro desde:
15 de setembro de 2006

Total de pontos:

14.704 (Nível 6)

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Não! Só os problemas psíquico,família desistuturada a má gestão
politica, já fazem esse estrago,imagine liberação...

Abraço afetuoso.
○ 4 anos atrás
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25% 1 Voto

• by marciobo...
Membro desde:
03 de março de 2007

Total de pontos:

527 (Nível 2)

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não diminuiria ,só iria aumentar a oferta e encaminhar o país para
uma guerra civil declarada,se o governo não consegue controlar as
drogas chamadas lícitas ,como vai ter o controle sobre essas drogas
que pretende legalizar,os governos devem reprimir com firmeza os
narcotraficantes e pararem de jogar a responsabilidade para a
sociedade.
○ 4 anos atrás
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25% 1 Voto

• by akksonli...
Membro desde:
04 de fevereiro de 2007

Total de pontos:

15.732 (Nível 6)

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nao sei
○ 4 anos atrás
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• by welpitic...
Membro desde:
20 de outubro de 2006

Total de pontos:

5.452 (Nível 5)

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É brincadeira cogitar isto, um país onde a maioria do povo não tem
estudo e muito menos cultura.Seria a mesma coisa que jogar
bananas em jaula de macacos e proibir de come-las.
○ 4 anos atrás
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• by Eu
Membro desde:
16 de janeiro de 2007

Total de pontos:

27.981 (Nível 7)

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Droga não...maconha. Claro que vai diminuir, pois os traficantes vão
ficar com menos mercadoria para vender, consecutivamente, com
menos grana para armas. É a mesma coisa que tirar o pão da
padaria. Cargo chefe!
○ 4 anos atrás
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• by Eduardo
Membro desde:
07 de janeiro de 2007

Total de pontos:

812 (Nível 2)

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Conserteza não, dizem que pra ver se o cara é loco é só mandar ele
rasgar uma nota de R$50, se ele rasgar é que ele é loco, um cara
viciado não rasta, ele transforma em pó e tudo que ele tem na casa
dele vira pó, a Droga além de deixar o cara locão ela faz a pessoa
mudar de comportamento quando esta normal, a maioria dos
assaltos que se tem na rua é feito por drogados, e estes caras não
pensa 2x em meter uma bala na cabeça de alguém porque já estão
em um estado agravado. droga hj em dia é meio que moda, a
molecada tudo usa pra se destacar, mas depois se viciam, eu já usei
droga quando tinha uns 15 anos, contava para as pessoas como se
fosse vantagem, queria q as pessoas me achassem doido, cresci e vi
q é eu era um bobão querendo se aparecer.
Muitas pessoas se acham independente"livres" usando drogas, como
pode ser livre se vc depende dela depois.
○ 4 anos atrás
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• by meloli
Membro desde:
14 de setembro de 2006

Total de pontos:

3.677 (Nível 4)

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Sim e não - acredito que em partes sim - mas drogas pesadas
deveriam ser controlodas em vendidas em locais específicos fora do
alcance de menores - Não - veja o álcool que é um droga que
massacra famílias a anos não tem controle nenhum, tudo é uma
bagunça as vezes penso que é esta a finalidade do alto consumo de
drogas alienar pessoas mante-las fora de qualquer tipo de
organização social
○ 4 anos atrás
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• by Gis
Membro desde:
09 de março de 2007

Total de pontos:

766 (Nível 2)

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O que diminuiria a violência é a extinção de tantas desigualdades...e
principalmente a concientização de que drogas não levam a nada de
bom.
○ 4 anos atrás
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• by Caldeira
Membro desde:
05 de outubro de 2006

Total de pontos:

2.394 (Nível 3)

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Com a legalização das drogas leves como a Canabis Sativa, com
certeza iríamos ter uma redução significativa do índice de violência
no Brasil, porem continuaríamos a ter problemas com o trafico de
drogas pesadas como a cocaína, pois, seria desculpa para os
"policiais" tidos como vermes de entrar nas comunidades carentes
dando tiros a esmo sem preparo nenhum para o manuseio de armas
de fogo, como vemos diariamente noticias nos jornais, infelizmente
parece que temos o alto escalão das policias envolvidos indireta ou
diretamente com a criminalidade no Brasil, o que vemos são
banqueiros assassinos do jogo do bicho contrabandeando
equipamentos para maquinas de bingos e videobingos os quais tem
um envolvimento com traficantes de drogas e armas contando
inclusive com a conivência das corregedorias de policias do Brasil,
caso contrario veríamos esses banqueiros assassinos vagabundos
presos ou nas valas, o que não ocorre, somente cortando o mal pela
raiz vamos conseguir um pouco mais de segurança e Paz no Brasil,
porem acho que ta faltando Generais, Almirantes, Magistrados,
parlamentares e Brigadeiros machos, Homens de verdade para impor
a esses marginais medidas mais duras; FARBIL já!!! BANDIDO BOM É
BANDIDO MORTO!!!
○ 4 anos atrás
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• by Prof. Lindolpho
Membro desde:
21 de outubro de 2006

Total de pontos:

8.458 (Nível 5)

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COM CERTEZA NÃO. PRIMEIRO QUE O CONTROLE APENAS IRIA
MUDAR DE MÃOS, SEGUNDO PORQUE A IMPUNIDADE E A INJUSTIÇA
IRIAM CONTINUAR NO MESMO PATAMAR, PORTANTO, ENQUANTO
HOUVER IMPUNIDADE, POLÍTICOS PROFISSIONAIS, JUSTIÇA
TENDENCIOSA, E DESIGUALDADE SOCIAL, A VIOLÊNCIA SÓ TENDERÁ
A AUMENTAR, INDEPENDENTE DA LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS OU
NÃO.
○ 4 anos atrás
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• by alemaoes...
Membro desde:
01 de março de 2007

Total de pontos:

2.915 (Nível 4)

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a violência não,a corrupção sim,penso que o ser humano tem
fascinação pelo proibido,com alegalização perde a graça,na verdade
já está legalizada,nunca se usou tanta droga no planeta,pelo menos
com a legalização a corrupção acabaria,como espírita tenho certeza
que tudo isso passará,basta a humanidade evoluir,tenhamos
paciência.
○ 4 anos atrás
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• by COMANDO DE CAÇA a terroristas


Membro desde:
02 de fevereiro de 2007

Total de pontos:

20.480 (Nível 6)

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.
Uma pessoa não pode viver drogada dentro de nossa sociedade.
Se liberassem o uso de drogas o governo teria que fazer estoques
reguladores para forçar preços e o produto não faltar.
Drogas poderosas e até de nível médio, por ser consumida em grande
quantidade levariam os consumidores à morte rapidamente.
Os drogados vão causar mais problemas que um consumidor de
álcool ou até piores. Não teriam controle sobre si, ou ao volante de
um automóvel, só para citar algumas situações.

Já existe um monte de coisas que diminui a violência, como


EDUCAÇÃO, TRABALHO, ESPORTES.

Falta PENA DE MORTE, TRABALHO DURO NAS CADEIAS E JUSTIÇA


EFICIÊNTE
Narcotizantes, estimulantes ou simples liberadores de endorfina são, historicamente,
parte da vida de homens e mulheres de diferentes grupos sociais.
Se nem todos os exemplos citados podem ser classificados como drogas, uma vez
tomado como referência o significado tradicional do termo – algo como “substância
que leva à alteração do estado de consciência” –, ao menos se pode dizer que todos são
igualmente desnecessários ao adequado funcionamento do organismo e psiqué
humanos.
No caso dos programas de entretenimento de massa mencionados, estes sequer têm
alguma relação fisiológica (direta) com o corpo dos telespectadores, embora, no longo
prazo, seu “uso” constante e excessivo possa levar a complicações físicas, como a
obesidade e atrofia muscular, e psicológicas, como o desenvolvimento mental
insatisfatório para os padrões mercadológicos e acadêmicos atuais.
Mesmo a par dessas informações, as pessoas – do ignorante ao erudito – seguem
fazendo uso dessas substâncias ou produtos, sem que isso represente necessariamente
uma escalada rumo à decadência ou morte. Tais drogas são aceitas com naturalidade, ou
melhor, sequer são classificadas como narcotizantes, embora seu princípio, no final das
contas, seja produzir algum tipo de efeito ou resposta física e mental por parte do
“usuário”. Além dessa alteração, que é, sem dúvida, prevista pelo fabricante, não raro
esses produtos geram consequências sobre a saúde e vida social dos consumidores, seja
direta ou indiretamente.
No entanto, cumpre perguntar: é, por isso, imprescindível que se proíba seu consumo?
A vida seria efetivamente melhor sem esses e tantos outros produtos que aqui não foram
mencionados? Não oferecem, todos eles, benefícios (ainda que relativos) à sociedade?
O bicho homem não é apenas animal, é sujeito. É dotado de linguagem, cultura e
desejos. Diferencia passado, presente e futuro. Não basta, por conseguinte, apenas viver
a vida de modo saudável – embora essa seja a maior preocupação de todos, mesmo
daqueles que consciente ou inconscientemente se matam. É preciso mais.
“A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte”, já diziam os Titãs.
Será que as drogas classificadas como ilícitas não têm, da mesma maneira, um papel a
cumprir neste mundo? Se foram inventadas, desenvolvidas e consumidas com tamanha
intensidade, por mais desnecessárias e nocivas que sejam, deve haver alguma razão para
isso, não?
Produtos inteiramente inseridos na celebrada lógica do consumo e busca pelo prazer, as
drogas são uma consequência perversa do capitalismo, incorrigdrogasível estimulador
daquele modelo de vida e bem-estar. A questão é que o que aparece nos comerciais é
tão somente um ideal fantasioso em que todos consomem na justa medida o que quer
que esteja sendo vendido. Senão vejamos: algum obeso aparece nos comerciais de verão
do McDonald’s? Quantas barrigas de chop, acidentes de trânsito ou vidas destruídas são
mostrados em anúncios de cerveja? Nas telenovelas, porém, aqueles que se aventuram
pelas drogas ditas ilícitas acabam sempre no fundo do poço, como nas propagandas do
Ministério da Saúde.
Ainda assim, apesar da avalanche de informações sobre os efeitos degradantes dessas
drogas e da repressão cada vez mais violenta, os índices de consumo aumentam em todo
o mundo. Por que isso ocorre? Porque tal uso não é algo da ordem do racional, mas do
desejo, que corre por entre às diversas operações subjetivas que estão por trás do
comportamento humano.
A estratégia de combate às drogas – se é que deve haver uma – precisa ser revista, bem
como o próprio conceito de “droga” e o ordenamento das substâncias que podem ou não
ser consumidas legalmente. A constar pelo frequente uso de produtos comerciais
legalizados que geram efeitos sobre os corpos e mentes, fica a impressão de que a
proibição de algumas drogas não é mais que um ato atravessado pela arbitrariedade e
preconceito.

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