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ARTE E ESTÉTICA
Do realismo à abstração
Após a Revolução Industrial houve uma rápida ascensão
da modernidade, rompendo com o realismo vigente.
O ritmo acelerado da crescente urbanização e os impactos
da nova estratificação social têm reflexos nas artes em geral.
Nesse momento de tantas e tão profundas mudanças nas
cidades e nas sociedades, especialmente as do continente
europeu, a invenção da fotografia, seguida do cinema, será
mais uma causa das enormes mudanças que ocorrerão no
plano estético das expressões artísticas.
A Estética Moderna
Câmara fotográfica
de 1835 – Museu de Artes e
Ofícios de Paris, França.
O Impressionismo ocorreu
principalmente na França, tendo
como seus maiores representantes
Claude Monet, Pierre-Auguste
Renoir e Edgar Degas, na pintura;
e Claude Debussy, na música.
Muitas de suas obras encontram-
se reunidas no Museu de Orsay,
em Paris, local em que funcionava
uma estação de trens no início
do século XX.
Catedral
de Ruão –
Monet
Fonte:
fotografia de
Martins
Ferreira
A Estética Moderna
Dança na cidade e
Dança no campo –
Renoir
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
Os movimentos de vanguarda
A Revolução Industrial transformou em poucos anos
a sociedade europeia, gerando grande desigualdade entre
as classes sociais.
Os ânimos eram de euforia, ou de insatisfação, e os artistas
começaram a introduzir novas experiências com a linguagem
estética, muitas das quais expressavam os anseios sociais.
Tais artistas foram denominados de “vanguardistas” e tiveram
papel fundamental nas reflexões daquele momento.
Pelas marcantes transformações aplicadas em suas
expressividades, eles influenciaram muito a arte do século XX.
A Estética Moderna
O Cubismo
Em algumas obras que Pablo Picasso e Georges Braque
apresentaram publicamente entre 1907 e 1908, revelou-se
uma nova proposta no modo do artista se exprimir: as
pinturas retratavam figuras a partir da composição de formas
geométricas, de modo que seria sugerido aos observadores
das pinturas pontos de vista diferentes, que se somavam
em uma única figura.
O Cubismo elevou a arte moderna ao seu auge, modificando
completamente as noções de estética vigentes até então.
O quadro Les demoiselles d´Avignon, de Picasso, é
considerado um marco desse movimento vanguardista.
A Estética Moderna
Les demoiselles
d'Avignon – Picasso
Fonte: livro-texto
A Estética Moderna
O beijo – Picasso
Fonte: fotografia
de Martins Ferreira
A Estética Moderna
O Expressionismo
Entre as rupturas estéticas no campo artístico no início
do século XX, grande destaque teve o Expressionismo.
Não foi propriamente um movimento organizado, mas reuniu
diversos grupos de artistas que objetivavam criar suas obras
como manifestações expressivas do próprio interior humano,
com marcas de suas angústias e imaginações.
O artista expressionista não se preocupa tanto com questões
que se referem à forma, à luz, ou outras características do
mundo exterior, mas com a materialização das emoções.
Vejamos, como exemplos, duas pinturas de Vincent Van
Gogh, artista impressionista considerado um dos precursores
do Expressionismo.
A Estética Moderna
Fonte:
Eglise Auvers-sur-Oise
FRA 001 por Ignis
A igreja de Auvers-sur-
Oise – Van Gogh
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
Detalhes:
A igreja de Auvers-sur-Oise – Van Gogh
Fonte: fotografia de Martins Ferreira
A Estética Moderna
Quarto em Arles –
Van Gogh
(terceira versão)
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
Detalhe:
Quarto em Arles –
Van Gogh
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
A agressividade ao expor
os traços sociais da realidade,
como uma crítica à burguesia
e aos interesses econômicos
em detrimento aos valores
humanos, foi uma das
tônicas dos expressionistas.
Entre os representantes do
Expressionismo, podemos
destacar: Vincent Van Gogh,
Paul Klee, Kandinsky
e Edvard Munch. No Brasil,
temos Cândido Portinari
Criança morta – Cândido Portinari
e Anita Malfatti.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Candido_Portinari
A Estética Moderna
O Surrealismo
Surgido na França em 1924, entre duas grandes guerras
mundiais, o Surrealismo foi um movimento de vanguarda
liderado por André Breton, baseado nas experiências
de outros movimentos artísticos.
O manifesto do Surrealismo fundamentou sua ação na
construção de uma utopia de sociedade livre. Tal ação foi
influenciada pelos estudos freudianos do inconsciente,
como forma de liberdade de associação das ideias.
Para o movimento, o instinto era uma das fases da criação,
necessário na busca de um caminho de acesso ao profundo
psiquismo humano. A partir daí, seria possível encontrar
a imaginação e fundi-la à razão.
A Estética Moderna
Criança geopolítica
assistindo ao nascimento
do novo homem
– Salvador Dali
Fonte:
https://en.wikipedia.org/
wiki/Salvador_Dal%C3%
AD
A Estética Moderna
A gigante
– Magritte –
Museu Ludwig de
Colonia, Alemanha
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
O trabalho de Alexandre
– Magritte – Museu de Belas
Artes de Bruxelas, Bégica
Fonte: fotografia de
Martins Ferreira
A Estética Moderna
O Dadaísmo
Considerado o movimento de vanguarda mais radical,
por seu caráter de negação de todos os valores culturais
estabelecidos, o Dadaísmo surgiu na Suíça, em 1916, em
saraus musicais, literários e exposições organizadas
por Hugo Ball e Tristan Tzara.
Ante o clima de instabilidade gerado pelo temor e pela
comoção social durante Primeira Guerra Mundial, o conflito
bélico foi um importante estímulo para o surgimento
do Dadaísmo.
A Estética Moderna
Geralmente, os artistas
dadaístas utilizavam, de
maneira irreverente, objetos
comuns do cotidiano em
suas criações, pretendendo
transformá-los em arte,
de modo a exprimir
a liberdade de criação
e o espírito contestador.
Entre os principais
representantes desse
movimento estão Max Ernst,
Marcel Duchamp
e Tristan Tzara. Roda de bicicleta – Marcel Duchamp
Fonte: livro-texto
A Estética Moderna
A fonte
– Marcel Duchamp
Fonte: livro-texto
A Estética Moderna
O Futurismo
Em 1909, o escritor ítalo-francês Filippo Marinetti publicou
no jornal francês Le Figaro um manifesto no qual, de modo
entusiasmado e explícito, enaltecia um mundo novo,
fundamentado nas virtudes do progresso científico e técnico.
Desse modo, chamando a atenção para a velocidade dos
transportes e das comunicações, bem como da superposição
de informações em um mundo massificado, surgia o
Futurismo como nova proposta estética para a arte.
A adesão de artistas de diversas áreas ao manifesto foi
imediata e seus esforços foram principalmente objetivando
mudanças nas maneiras de ser e de sentir e na ânsia de
se alcançar o futuro.
A Estética Moderna
Oswald de Andrade –
Tarsila do Amaral – 1922
Fonte: livro-texto
O número de interessados
nas mudanças estéticas
e na busca de uma identidade
artística nacional para a arte
brasileira aumentou.
Desse modo, tomou corpo
um movimento, ao qual se
aliaram artistas e intelectuais
como Emiliano Di Cavalcanti,
Victor Brecheret, Heitor
Villa-Lobos, Manuel Bandeira
e Paulo Prado, por exemplo.
São Jorge e o
Dragão – Cândido
Portinari
Fonte: fotografia
feita por Martins
Ferreira da sala da
casa em que viveu o
pintor, na cidade de
Brodowski, SP, Brasil
A Estética Moderna
O batismo de Jesus
– Cândido Portinari
Fonte: fotografia
feita por Martins
Ferreira na igreja de
Batatais, SP, Brasil
A Estética Moderna
O batismo de Jesus –
Cândido Portinari
Igreja de São
Francisco, em Belo
Horizonte, MG, Brasil
A Estética Moderna
A função estética
Especulando um pouco a respeito da arte e da estética, é
interessante, neste momento, retomar a obra Guernica, de
Pablo Picasso para análises.
Ela marca o traço inovador e vigoroso do artista espanhol,
modificando os rumos tomados da estética na história da
Arte, marcando uma espécie de materialização do movimento
e promovendo uma simbologia da paz.
A influência dessa obra nas gerações de artistas posteriores
foi grande e relevante.
Guernica e a “morte” da mímese