Вы находитесь на странице: 1из 2

PONTOS de UM DIÁRIO já CONDENADO

Sobre o Diário de Ir. Faustina – Por Pe. Marcelo Tenório

Todos nós sabemos que tratando-se de revelação particular ou privada nenhum fiel está obrigado a aceitar ou
acreditar. Todavia, se não há obrigação de acatamento, a Santa Igreja, no decorrer dos séculos tem zelado
pela integridade de Fé de seus filhos analisando as devoções ou revelações particulares e se pronunciando
sobre elas ora aprovando, mas sem impor, ora condenando ou exortando o nosso afastamento das mesmas.
Assim aconteceu com o diário de irmã Faustina Kowasldki, que promove a devoção à “Divina
Misericordia”. Ser devoto da Misericórdia Divina é bom e salutar e isso a Igreja sempre incentivou. Mas
uma coisa é cultuar a Misericordia Divina a partir do que nos ensina o Santo Evangelho e a Tradição
Apostólica, outra é em nome desta devoção nos trazer coisas novas ou estranhas em nome de Nosso Senhor
que, sendo a Verdade não pode se contradizer.
Foi por isso que em 1950, no reinado do Papa Pio XII, após análise do Diário, o Santo Ofício por ordem do
Papa condenou essa devoção tal qual a freira apresentava e o seu diário entrou no índice dos livros
proibidos.
Com o advento do Concílio Vaticano II foi supresso o “Index” ( lista dos livros proibidos) e em vez de
condenações buscou-se o diálogo. Era João XXIII quem dizia, respondendo aos tradicionais que pediam a
condenação do comunismo, grande mal na época: “Não mais condenações! A igreja agindo assim parece
mais uma madrasta do que uma mãe!”
Inaugurava-se a era do diálogo: dialogava-se com os protestantes e se elogiava Lutero. Dialogava-se com os
ateus, com os maçons, com os comunistas, com os artistas, com os humanistas. O próprio Paulo VI dizia, em
seu discurso de encerramento do Concílio:
“...O humanismo laico e profano apareceu, finalmente, em toda a sua terrível estatura, e por assim dizer
desafiou o Concílio para a luta. A religião, que é o culto de Deus que quis ser homem, e a religião — porque
o é — que é o culto do homem que quer ser Deus, encontraram-se. Que aconteceu? Combate, luta, anátema?
Tudo isto poderia ter-se dado, mas de facto não se deu. Aquela antiga história do bom samaritano foi
exemplo e norma segundo os quais se orientou o nosso Concílio. Com efeito, um imenso amor para com os
homens penetrou totalmente o Concílio. A descoberta e a consideração renovada das necessidades humanas
— que são tanto mais molestas quanto mais se levanta o filho desta terra — absorveram toda a atenção deste
Concílio. Vós, humanistas do nosso tempo, que negais as verdades transcendentes, dai ao Concílio ao menos
este louvor e reconhecei este nosso humanismo novo: também nós — e nós mais do que ninguém somos
cultores do homem.
O cenário humanístico e antropocêntrico que se seguiu após, torna-se terra fértil para essa devoção da Irmã
Faustina e seu Diário livre de toda condenação. E, mais ainda, no pontificado de João Paulo II, polonês e
devoto desta religiosa. O papa aberto ao diálogo e aos encontros com as falsas religiões, como vimos em
suas iniciativas dos polêmicos encontros de Oração em Assis. Foi João Paulo II quem endossou esta
devoção e canonizou a religiosa.
Mas vamos ao que de fato importa: os textos do Diário. Observe com atenção as “graves” revelações ou
exaltações que Nosso Senhor teria confiado á religiosa. Também a religiosa fala de momentos estranhos e
inusitados. Só nos lembram os falsas revelações de Medugorje.
São mais de 600 páginas averiguadas. Teria muita coisa a ser tratado, o que coloco abaixo são as que pulam
aos olhos de quem ler distraidamente. Na página 23 ela diz: "... e o anfitrião saiu da tenda e foi parar em
minhas mãos e eu, com alegria, coloquei-o de volta no tabernáculo. Isso foi repetido uma segunda vez, e eu
fiz a mesma coisa. Apesar disso, o que aconteceu pela terceira vez...". Na página 89 , ela diz:
"Quando o padre se aproximou de mim novamente, eu levantei o hóstia para ele colocar de volta no cálice,
porque quando eu já tinha recebido primeiro Jesus e eu não podia falar antes de consumir o anfitrião, e por
isso não poderia dizer-lhe que a outra hóstia tinha caído. Mas enquanto eu estava segurando a hóstia na
minha mão, eu me senti como um poder de amor que para o resto do dia eu não conseguia nem comer nem
voltar para os meus sentidos. Eu ouvi estas palavras da hóstia: eu desejava descansar em suas mãos, não só
no seu coração". Na página 168, diz: "No momento em que eu me ajoelhei para riscar a minha vontade,
como o Senhor tinha me mandado fazer, eu ouvi essa voz na minha alma: De agora em diante, não tenha
medo do julgamento de Deus, pois você não será julgada” (De 04 de fevereiro de 1935).
Na página 176, "Jesus", diz a ela: "Você é uma uva doce e um grupo escolhido, quero outros tendo uma
participação no suco que está fluindo dentro de você". Na página 191, "Jesus", diz-lhe: "Por sua causa eu
vou reter a mão que pune, por sua causa eu vou abençoar a Terra" (Consulte também a página 378). Na
página 247, "Jesus" diz: “... O minha filha, se você quiser, eu vou neste instante criar um mundo novo, mais
bonito do que este, e você vai viver lá para o resto de sua vida". Na página 260, "Jesus" diz: "Para muitas
almas vai voltar dos portões do inferno e adorar Minha misericórdia". Na página 374, "Jesus" diz: "Se eles
não adorarem Minha misericórdia, perecerão por toda a eternidade". Na página 382, "Jesus" diz: "Eu desejo
que a Minha misericórdia seja adorada". Na página 288, "Jesus" diz: "É por isso que estou me unindo com
você tão intimamente como com nenhuma outra criatura". Na página 400, "Jesus" diz: "Eu vejo o seu amor
tão puro, mais puro do que a dos anjos, e todos tanto mais porque você continuar lutando. Para o seu bem eu
vou abençoar o mundo". Na página 417, lemos que "Jesus" supostamente deu Irmã Faustina esta instrução:
"Diga ao Superior Geral para contar com você como a filha mais fiel na Ordem". Na página 583, lemos que
Irmã Faustina disse: "Quando eu levei o Mensageiro do Sagrado Coração na minha mão e ao ler o relato da
canonização de Santo André , minha alma encheu-se instantaneamente de um grande desejo de que a nossa
congregação, também, podesse ter um santo e chorei como uma criança porque não tinha nenhum santo em
nosso meio. E comecei outra vez a chorar como uma criança. E o Senhor Jesus me disse: 'Não
chore. Você será esse santo". Na página 602, lemos que "Jesus" teria dito: "Eu não posso suportá-los, porque
eles não são nem boas nem más". Na página 612, lemos que "Jesus" teria dito: "eu carrego um amor especial
para a Polónia, e se ela for obediente à Minha vontade, vou exaltar o seu poder em santidade. Dela sairá a
centelha que preparará o mundo para a Minha última vinda”. Na página 643, lemos que Irmã Faustina disse
depois de receber a Comunhão: "Jesus me transforma em outro hóstia ... Você é um grande e todo-poderoso
Senhor;! você pode conceder me esse favor. E o Senhor me respondeu: 'Você é um hospedeiro vivo".
Notem: 1. Há uma grande promoção da Comunhão na Mão. Do manusear a santíssima Eucaristia algo
terminantemente proibido pela Igreja, sobretudo na época de Ir. Faustina. A prática da comunhão na mão vai
aparecer a partir dos “fervores” pós concílio 2. Há um louvor desnecessário de “Jesus” à religiosa que mais a
levaria à soberba que á prática da humildade. Se olharmos a história mística de alguns santos, incluindo
Santa Teresa, Nosso Senhor nunca perde o momento de promover a humildade da eleita, mostrando-lhe seus
defeitos. Aqui não só ele a exalta como coloca acima dos anjos e ainda ordena que a religiosa diga aos seus
superiores que ela mesma é a Melhor religiosa de sua congregação. Coisa parecida acontece quando irmã
Faustina, desejosa de ter em sua ordem uma grande santa, escuta de “Jesus” a certeza de que ela será esta
desejada e grande santa. 3 – A devoção à divina misericórdia como relata Irmã Faustina é muito próxima da
novidade teológica, já presente em sua época ,da Salvação Universal. Ora a “teologia” que a irmã nos traz é
algo relativo e frouxo. Um Deus que não mais condena o pecador mas que tem uma misericórdia
extremamente condescendente. Isso tudo estranho ao momento de seu diário, onde o mundo se afastava cada
vez mais de Deus, onde o ódio à Fé e o desprezo à Igreja era acentuado. 4 -“Jesus” à Ir. Faustina teria
ensinado uma nova forma de rezar o rosário no lugar do modelo tradicional, justamente no período em que a
Virgem em Fátima vem ressaltar a devoção ao Santo Rosário e a necessidade de reza-lo todos os dias, como
ela mesma ensinou a S. Domingos. Vale salientar que a mensagem de Fátima, o anuncio do castigo, a fala
sobre um Deus que premia e que castiga,a devoção à Misericórdia Divina que Nossa Senhora faz ecoar na
Cova da iria, tem uma teologia oposta ao diário da religiosa.
Segue a nota do Santo Ofício no reinado de Pio XII: Sagrada Congregação do Santo Ofício
Ata da Santíssima Congregação
Notificação
Faz-se notar que a Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício, tendo examinado as supostas visões e
revelações da Irmã Faustina Kowalska, do Instituto Nossa Senhora da Piedade, falecida em 1938, na
Cracóvia, resolveu da seguinte forma: 1 – dever-se proibir a difusão das imagens e dos escritos que
apresentam a devoção da Divina Misericórdia “nas formas propostas pela mesma Irmã Faustina”;
2 – ser delegada à prudência dos Bispos o dever de remover as imagens acima referidas, que eventualmente
tivessem já sido expostas ao culto. Do Palácio do Santo Ofício, 6 de Março de 1959.
Na época muitos bispos poloneses resistiram à condenação desta devoção, evitando a retirada do quadro,
entre eles D. Karol Wojtilla. Já como João Paulo II, anulou essa condenação e canonizou a Ir. Faustina.

Вам также может понравиться