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Câmara Municipal de Maringá/PR

Assistente Administrativo

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de texto. ....................................................................................................................1
2. Tipologia e gêneros textuais. ......................................................................................................................................2
3. Figuras de linguagem. ............................................................................................................................................... 11
4. Significação de palavras e expressões. 5. Relações de sinonímia e de antonímia. ......................................... 14
6. Ortografia. ................................................................................................................................................................... 16
7. Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................... 20
8. Uso da crase. ............................................................................................................................................................... 22
9. Divisão silábica. ......................................................................................................................................................... 24
10. Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. ............................... 25
11. Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto. 12. Locuções verbais
(perífrases verbais). ...................................................................................................................................................... 26
13. Funções do “que” e do “se”. ................................................................................................................................... 52
14. Formação de palavras. ........................................................................................................................................... 53
15. Elementos de comunicação. .................................................................................................................................. 55
16. Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período
simples e período composto por coordenação e subordinação). ......................................................................... 57
17. Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................... 67
18. Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................... 69
19. Colocação pronominal. ........................................................................................................................................... 73
20. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto. ................................................................................ 74
21. Elementos de coesão. ............................................................................................................................................. 75
22. Função textual dos vocábulos. 23. Variação linguística. .................................................................................. 76

Raciocínio Lógico e Matemático


1. Resolução de Problemas envolvendo raciocínio lógico - matemático (proposições, conectivos, equivalência
e implicação lógica, argumentos válidos). ...........................................................................................................1 a 32

Conhecimentos Específicos
1. Conhecimentos básicos de administração: planejamento, organização, direção e controle. ..........................1
2. Atendimento ao público: comunicação, postura profissional e relações interpessoais. ..................................3
3. Organização e gestão de documentos; tipos de correspondências oficiais e suas especificações. .............. 16
4. Conhecimentos básico sobre gestão de materiais. ............................................................................................... 19
5. Organização do ambiente de trabalho. ................................................................................................................... 24
6. Aspectos gerais da redação oficial. .......................................................................................................................... 27
7. Serviços Públicos: conceitos, elementos de Definição, princípios e classificação........................................... 36
8. Atos e contratos administrativos. ............................................................................................................................ 39
8. Legislações do município de Maringá: Regimento Interno da Câmara Municipal de Maringá/PR; ............ 51
Lei Orgânica do Município de Maringá ....................................................................................................................... 81
Lei Complementar 239/98 - Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Maringá, disponíveis em:
http://www.cmm.pr.gov.br/?inc=legislacao ..........................................................................................................106

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está
escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
1. Compreensão e interpretação Erros de interpretação
de texto. É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
erros de interpretação. Os mais frequentes são:

a) Extrapolação (viagem)
Interpretação de texto
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que
não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público,
pela imaginação.
a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece
porque lhes faltam informações específicas a respeito desta
b) Redução
tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos.
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o
momento de responder às questões relacionadas a textos.
que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
desenvolvido.
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir
interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
c) Contradição
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato,
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se
fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente,
com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
errando a questão.
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação
dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
original e analisada separadamente, poderá ter um significado
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor
diferente daquele inicial.
diz e nada mais.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
tipo de recurso denomina-se intertexto.
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem
e o que já foi dito.
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade
o tempo).
de adequação ao antecedente.
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de
Os pronomes relativos são muito importantes na
diferenças entre as situações do texto.
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe
realidade, opinando a respeito.
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
em um só parágrafo.
depende das condições da frase.
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
Condições básicas para interpretar
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o
objeto possuído.
Fazem-se necessários:
como (modo)
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
onde (lugar)
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
quando (tempo)
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
quanto (montante)
texto) e semântico;
Exemplo:
Observação – na semântica (significado das palavras)
Falou tudo QUANTO queria (correto)
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre
aparecer o demonstrativo O ).
outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e
Dicas para melhorar a interpretação de textos
d) Capacidade de raciocínio.
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
Interpretar X compreender
leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
Interpretar significa
menos duas vezes;
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Inferir;
- Através do texto, infere-se que...
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
- É possível deduzir que...
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
- O autor permite concluir que...
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
compreensão;

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
questão; demais meios de transporte.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar.
Questões
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
O uso da bicicleta no Brasil objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ciclista.
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta mais seguro do que dirigir um carro.
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa no Brasil.
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de
oferecem mais vantagens. locomoção se consolidou no Brasil.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais dar prioridade ao pedestre.
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 03. Considere o cartum de Evandro Alves.
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta Afogado no Trânsito
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
espalhadas em pontos estratégicos. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de Respostas
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 1. (B) / 2. (A) / 3. (D)
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 2. Tipologia e gêneros textuais.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A Tipos Textuais
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos Para escrever um texto, necessitamos de técnicas que
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos implicam no domínio de capacidades linguísticas. Temos dois
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer)
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender e o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito).
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para Fazer um texto, seja ele de que tipo for, não significa apenas
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, escrever de forma correta, mas sim, organizar ideias sobre
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com determinado assunto.
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos E para expressarmos por escrito, existem alguns modelos de
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação.

(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) Descrição

01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de Expõe características dos seres ou das coisas, apresenta uma
locomoção nas metrópoles brasileiras visão;
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
devido à falta de regulamentação. É um tipo de texto figurativo;
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido Retrato de pessoas, ambientes, objetos;
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela Predomínio de atributos;
maioria dos moradores.

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
(II) Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole,
Uso de verbos de ligação;
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em
Frequente emprego de metáforas, comparações e outras reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta
figuras de linguagem; minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o
cérebro. Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina,
Tem como resultado a imagem física ou psicológica.
pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola
depois do pai e retiravase antes. O mestre era mais severo com
Narração
ele do que conosco.

Expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta (Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São
antes, durante e depois dos acontecimentos (geralmente); Paulo, Ática, 1974, págs. 3132.)
É um tipo de texto sequencial; Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da
Relato de fatos; escola que o escritor frequentava.
Deve-se notar:
Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo; - que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao
Apresentação de um conflito; mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha
Uso de verbos de ação; grande medo ao pai);
Geralmente, é mesclada de descrições; - por isso, não existe uma ocorrência que possa ser
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de
O diálogo direto é frequente. vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola é
cronologicamente anterior a retirar-se dela; no nível do relato,
Dissertação porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o
escritor quer é explicitar uma característica do menino, e não
Expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa; traçar a cronologia de suas ações);
- ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se), todas
É um tipo de texto argumentativo. elas estão no pretérito imperfeito, que indica concomitância em
Defesa de um argumento: relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano
a) apresentação de uma tese que será defendida, de 1840, em que o escritor frequentava a escola da Rua da Costa)
b) desenvolvimento ou argumentação, e, portanto, não denota nenhuma transformação de estado;
c) fechamento; - se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica
Predomínio da linguagem objetiva; poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar
Prevalece a denotação. e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais severo com
ele do que conosco. Entrava na escola depois do pai e retirava-se
Carta antes...

Características:
Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um - Ao fazer a descrição enumeramos características,
remetente e um destinatário; comparações e inúmeros elementos sensoriais;
É normalmente escrita em primeira pessoa, e sempre visa um - As personagens podem ser caracterizadas física e
tipo de leitor; psicologicamente, ou pelas ações;
- A descrição pode ser considerada um dos elementos
É necessário que se utilize uma linguagem adequada com constitutivos da dissertação e da argumentação;
o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a - é impossível separar narração de descrição;
visão daquele para quem o texto está sendo escrito. - O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim a
capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza;
Descrição - Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo:
“(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo
É a representação com palavras de um objeto, lugar, situação desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea
ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais particulares e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que
ou individuais do que se descreve. É qualquer elemento que seja parecem conformados expressamente para esposas da multidão
apreendido pelos sentidos e transformado, com palavras, em (...)” (Raul Pompéia – O Ateneu);
imagens. - Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não
Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus
ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não enunciados;
é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do - Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível, que
observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa se usem então as formas nominais, o presente e o pretério
forma, o que será importante ser analisado para um, não será imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferência aos
para outro. verbos que indiquem estado ou fenômeno.
A vivência de quem descreve também influencia na hora de - Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos
transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto.
pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.
A característica fundamental de um texto descritivo é essa
Exemplos: inexistência de progressão temporal. Pode-se apresentar, numa
(I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. Mas descrição, até mesmo ação ou movimento, desde que eles sejam
a penumbra dos ramos cobria o atalho. sempre simultâneos, não indicando progressão de uma situação
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, anterior para outra posterior. Tanto é que uma das marcas
pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente
pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa
meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de concomitância em relação ao momento da fala; o segundo, em
abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.” relação a um marco temporal pretérito instalado no texto.
Para transformar uma descrição numa narração, bastaria
(extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lispector) introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
estado anterior para um posterior. No caso do texto II inicial, baixo ou viceversa, do detalhe para o todo ou do todo para o
para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso detalhe cria efeitos de sentido distintos.
grande medo do pai. Mais tarde, Iibertou-se desse medo... Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de
Bocage:
Características Linguísticas:
O enunciado narrativo, por ter a representação de Magro, de olhos azuis, carão moreno,
um acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela bem servido de pés, meão de altura,
temporalidade, na relação situação inicial e situação final, triste de facha, o mesmo de figura,
enquanto que o enunciado descritivo, não tendo transformação, nariz alto no meio, e não pequeno.
é atemporal.
Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático- Incapaz de assistir num só terreno,
semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão: mais propenso ao furor do que à ternura;
- Predominância de verbos de estado, situação ou indicadores bebendo em níveas mãos por taça escura
de propriedades, atitudes, qualidades, usados principalmente de zelos infernais letal veneno.
no presente e no imperfeito do indicativo (ser, estar, haver,
situar-se, existir, ficar). Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão,1968, pág. 497.
- Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é
descrito; O poeta descreve-se das características físicas para as
- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, comparações, características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria
sinestesias). o mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer
- Uso de advérbios de localização espacial. relevo.
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a
Recursos: visualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de
- Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas. um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas características
Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva), ou
sol. suas características psicológicas e até emocionais (descrição
- Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, subjetiva).
concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos,
sereno, uma pureza de cristal. também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado
- As sensações de movimento e cor embelezam o poder da desta técnica, sugere-se que o concursando, após escrever seu
natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde transparente texto, sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou
que deslumbrava e enlouquecia qualquer um. depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva.
- A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do
texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, Descrição de objetos constituídos de uma só parte:
muito crente. - Introdução: observações de caráter geral referentes à
procedência ou localização do objeto descrito.
A descrição pode ser apresentada sob duas formas: - Desenvolvimento: detalhes (lª parte) formato (comparação
Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem com figuras geométricas e com objetos semelhantes); dimensões
são apresentadas como realmente são, concretamente. Ex: “Sua (largura, comprimento, altura, diâmetro etc.)
altura é 1,85m. Seu peso, 70 kg. Aparência atlética, ombros largos, - Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) material, peso, cor/
pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos”. brilho, textura.
Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. Exemplo: - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua
“ A casa velha era enorme, toda em largura, com porta central utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto
que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de como um todo.
guilhotina para cada lado. Era feita de pau-a-pique barreado,
dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei. Descrição de objetos constituídos por várias partes:
Telhado de quatro águas. Pintada de roxo-claro. Devia ser mais - Introdução: observações de caráter geral referentes à
velha que Juiz de Fora, provavelmente sede de alguma fazenda procedência ou localização do objeto descrito.
que tivesse ficado, capricho da sorte, na linha de passagem da - Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das
variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois partes que compõem o objeto, associados à explicação de como
a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha as partes se agrupam para formar o todo.
e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).” (Pedro Nava – Baú - Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo
de Ossos) (externamente) formato, dimensões, material, peso, textura, cor
e brilho.
Descrição Subjetiva: quando há maior participação da - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua
emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em
transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar sua totalidade.
ou expressar seus sentimentos. Ex: “Nas ocasiões de aparato é
que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações Descrição de ambientes:
gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! - Introdução: comentário de caráter geral.
Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global do
calmos, eram de um rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia) ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e
“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra aroma (se houver).
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par- - Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos
de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou
por lei, de sobregoverno.” quaisquer outros objetos.
(Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no
ambiente.
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos
descritivos: Descrição de paisagens:
Como se disse anteriormente, do ponto de vista da progressão - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer
temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente, outra referência de caráter geral.
uma vez que eles indicam propriedades ou características que - Desenvolvimento: observação do plano de fundo
ocorrem simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do (explicação do que se vê ao longe).
ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para - Desenvolvimento: observação dos elementos mais

Língua Portuguesa 4
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próximos do observador explicação detalhada dos elementos de sequencialidade e causalidade, e não simultâneos como na
que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem. descrição. Expressa as relações entre os indivíduos, os conflitos e
- Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo acerca as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo, utilizando
da impressão que a paisagem causa em quem a contempla. situações que contêm essa vivência.
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada),
Descrição de pessoas (I): o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e
- Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração
aspecto de caráter geral. predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações;
- Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de
da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas). texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem
- Desenvolvimento: características psicológicas o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de
(personalidade, temperamento, caráter, preferências, texto recebe o nome de enredo.
inclinações, postura, objetivos). As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas
- Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter personagens, que são justamente as pessoas envolvidas
geral. no episódio que está sendo contado. As personagens são
identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos
Descrição de pessoas (II): próprios.
- Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem
aspecto de caráter geral. querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar)  as ações do
- Desenvolvimento: análise das características físicas, enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre
associadas às características psicológicas (1ª parte). uma ação ou ações  é chamado de espaço, representado no texto
- Desenvolvimento: análise das características físicas, pelos advérbios de lugar.
associadas às características psicológicas (2ª parte). Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer
- Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter “quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da
geral. narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através
dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele
estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu.
Porque toda técnica descritiva implica contemplação e A história contada, por isso, passa por uma introdução
apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever, (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
precisa possuir certo grau de sensibilidade. Assim como o pintor desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita,
capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada de trama)
descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo).
sensibilidade. Aquele que conta a história é o narrador,  que pode ser pessoal
(narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª pessoa:
Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser não- Ele).
literária ou literária. Na descrição não-literária, há maior Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos
preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular. de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos
Por ser objetiva, há predominância da denotação. substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes
do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas
Textos descritivos não-literários: A descrição técnica é pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada.
um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a
linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é usado para história.
descrever aparelhos, o seu funcionamento, as peças que os
compõem, para descrever experiências, processos, etc. Elementos Estruturais (I):
Exemplo: - Enredo: desenrolar dos acontecimentos.
Folheto de propaganda de carro - Personagens: são seres que se movimentam, se relacionam
Conforto interno - É impossível falar de conforto sem incluir e dão lugar à trama que se estabelece na ação. Revelam-se por
o espaço interno. Os seus interiores são amplos, acomodando meio de características físicas ou psicológicas. Os personagens
tranquilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat podem ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais
Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de (trabalhador, estudante, burguês etc.) ou tipos humanos (o
elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do medroso, o tímido, o avarento etc.), heróis ou antiheróis,
ambiente. protagonistas ou antagonistas.
Porta-malas - O compartimento de bagagens possui - Narrador: é quem conta a história.
capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1500 - Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico.
litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado. - Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: o
Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o tempo
plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para interior, subjetivo.
evitar a deformação em caso de colisão.
Elementos Estruturais (II):
Textos descritivos literários: Na descrição literária Personagens Quem? Protagonista/Antagonista
predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de Acontecimento O quê? Fato
associações conotativas que podem ser exploradas a partir de Tempo Quando? Época em que ocorreu o fato
descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; ambientes; Espaço Onde? Lugar onde ocorreu o fato
situações e coisas. Vale lembrar que textos descritivos também Modo Como? De que forma ocorreu o fato
podem ocorrer tanto em prosa como em verso. Causa Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
Resultado - previsível ou imprevisível.
Narração Final - Fechado ou Aberto.

A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se
fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo de tal forma, que não é possível compreendê-los isoladamente,
apresenta personagens que atuam em um tempo e em um como simples exemplos de uma narração. Há uma relação
espaço, organizados por uma narração feita por um narrador. de implicação mútua entre eles, para garantir coerência e
É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo, verossimilhança à história narrada.
tendo mudança de um estado para outro, segundo relações

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Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão, - uma em que a personagem executa aquilo que queria ou
obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
personagens ou o fato a ser narrado. - uma em que se constata que uma transformação se deu e
em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens
Existem três tipos de foco narrativo: (geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os
maus).
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na
qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa. pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela
alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a efetuase porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazêla.
história é contada em 3ª pessoa. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um apartamento:
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo quando se assina a escritura, realizase o ato de compra; para
e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos isso, é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever
íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece comprar (respectivamente, querer deixar de pagar aluguel ou
misturada com pensamentos dos personagens (discurso ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, por exemplo).
indireto livre). Algumas mudanças são necessárias para que outras se
deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um
Estrutura: bambu ou outro instrumento para derrubála. Para ter um carro,
- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados é preciso antes conseguir o dinheiro.
alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da
história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá. Narrativa e Narração
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia
propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narratividade
conduzindo ao clímax. é um componente narrativo que pode existir em textos que
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu não são narrações. A narrativa é a transformação de situações.
momento crítico, tornando o desfecho inevitável. Por exemplo, quando se diz “Depois da abolição, incentivouse
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações a imigração de europeus”, temos um texto dissertativo, que,
dos personagens. no entanto, apresenta um componente narrativo, pois contém
uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da
Tipos de Personagens: imigração européia.
Os personagens têm muita importância na construção de um Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto,
texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser principais ou o que é narração?
secundários, conforme o papel que desempenham no enredo, A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três características:
podem ser apresentados direta ou indiretamente. - é um conjunto de transformações de situação (o texto de
A apresentação direta acontece quando o personagem Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos, preenche
aparece de forma clara no texto, retratando suas características essa condição);
físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando - é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e fatos
os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo concretos (o texto “Porquinho-daíndia» preenche também esse
a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de requisito);
suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo. - as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal
que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e
- Em 1ª pessoa: posterioridade (no texto “Porquinhodaíndia» o fato de ganhar
Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão, que por
história e é o protagonista. sua vez é anterior ao de o menino leválo para a sala, que por seu
Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acreditar, turno é anterior ao de o porquinhoda-índia voltar ao fogão).
eu estava lá e vi.
Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre
- Em 3ª pessoa: pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear
da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no
Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira pessoa. romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas,
Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como quando o narrador começa contando sua morte para em
sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo: seguida relatar sua vida, a sequência temporal foi modificada.
No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da leitura, as relações
de anterioridade e de posterioridade.
Tipos de Discurso: Resumindo: na narração, as três características explicadas
Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente acima (transformação de situações, figuratividade e relações
para o personagem, sem a sua interferência. de anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados)
Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem devem estar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só
diz, sem lhe passar diretamente a palavra. uma ou duas dessas características não é uma narração.
Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do
personagem e a fala do narrador. É um recurso relativamente Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto
recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. narrativo:
- Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o que
Sequência Narrativa: aconteceu, quando e onde.
- Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos
Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: personagens.
uma coordenase a outra, uma implica a outra, uma subordinase - Desenvolvimento: detalhes do fato.
a outra. - Conclusão: consequências do fato.
A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
- uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um Caracterização Formal:
dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo); Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspecto
- uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetividade,
competência para fazer algo); porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função
da individualidade e do estilo do narrador. Dependendo do

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enfoque do redator, a narração terá diversas abordagens. Assim Observe-se que:
é de grande importância saber se o relato é feito em primeira - o texto é temático, pois analisa e interpreta a realidade
pessoa ou terceira pessoa. No primeiro caso, há a participação com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem
do narrador; segundo, há uma inferência do último através da particular e do que faz para chegar a ser primeiroministro, mas
onipresença e onisciência. do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder);
Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos - existe mudança de situação no texto (por exemplo, a
acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte
o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. no momento em que se tornam primeirosministros);
O narrador que usa essa técnica (característica comum no - a progressão temporal dos enunciados não tem importância,
cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade, pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a
podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no corrupção da corte implica ser corrupto depois da nomeação
espaço. para primeiroministro).

Exemplo - Personagens Características:


- ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é
“Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr. temático;
Amâncio não viu a mulher chegar. - como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;
Não quer que se carpa o quintal, moço? - ao contrário do texto narrativo, nele as relações de
Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do importância o que importa são suas relações lógicas: analogia,
passado, os olhos).” pertinência, causalidade, coexistência, correspondência,
(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: Mercado implicação, etc.
Aberto, p. 5O) - a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de
redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem
Exemplo - Espaço características próprias a cada tipo de texto.
 
Considerarei longamente meu pequeno deserto, a redondeza São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento
escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de algum rio. Não / Conclusão.
havia, em todo o caso, como negarlhe a insipidez.”
Introdução: em que se apresenta o assunto; se apresenta a
(Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto ideia principal, sem, no entanto, antecipar seu desenvolvimento.
Alegre: Movimento, 1981, p. 51) Tipos:
- Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos.
Exemplo - Tempo Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que
olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...”
“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembrase: a - Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um
mulher lhe pediu que a chamasse cedo.” fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início no começo
dos anos 80, com os conhecidos altos índices de inflação que
(Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4) a década colecionou, agravou vários dos históricos problemas
sociais do país. Entre eles, a violência, principalmente a urbana,
Tipologia da Narrativa Ficcional: cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população
- Romance brasileira.”
- Conto - Proposição: o autor explicita seus objetivos.
- Crônica - Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma
- Fábula coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na sua”? Quer
- Lenda se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano!
- Parábola Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse
- Anedota momento!
- Poema Épico - Contestação: contestar uma ideia ou uma situação. Ex: “É
importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a
Tipologia da Narrativa NãoFiccional: solução no combate à insegurança.”
- Memorialismo - Características: caracterização de espaços ou aspectos.
- Notícias - Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex:
- Relatos “Em 1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com
- História da Civilização televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque de
aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, existem
Apresentação da Narrativa: no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e
- visual: texto escrito; legendas + desenhos (história em 2.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos).
quadrinhos) e desenhos. (...)”
- auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e discos. - Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato.
- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisionadas. - Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do
texto. Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no
Dissertação fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras
que definem a vida familiar, isto é, o espaço privado. Seu poder,
A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação escreve Aristóteles, é arbitrário, pois decorre exclusivamente de
de uma determinada ideia. É, sobretudo, analisar algum tema. sua vontade, de seu prazer e de suas necessidades.”
Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, - Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que
clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento compõem o texto.
de trabalho e uma habilidade de expressão. - Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se faz a
É em função da capacidade crítica que se questionam pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entusiasmo pelo
pontos da realidade social, histórica e psicológica do mundo futebol não é uma prova de alienação?”
e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação no seu - Suspense: alguma informação que faça aumentar a
significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição curiosidade do leitor.
de uma ideia, através de argumentos, é feita com a finalidade - Comparação: social e geográfica.
de desenvolver um conteúdo científico, doutrinário ou artístico. - Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à

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distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma determinada
das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades tese.
que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira
doença do século...” Estes assuntos serão vistos com mais afinco posteriormente.
- Narração: narrar um fato.
Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são:
Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial, - toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de
de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação;
importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias formas: - em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao tema;
- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com - a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
este tipo de abordagem. - impõem-se sempre o raciocínio lógico;
- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a ideia - a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer
principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a definição. ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração
- Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original,
distintas. nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve ser impessoal
- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos (evitar-se o uso da primeira pessoa).
favoráveis e desfavoráveis.
- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar:
descrever uma cena. uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou
- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos. mais frases que explicitem tal ideia.
- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada
prováveis resultados. (ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente
- Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve graves. (ideia secundária)”.
apresentar questionamento e reflexão. Vejamos:
- Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos, Ideia central: A poluição atmosférica deve ser combatida
valores, juízos. urgentemente.
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos
porquês de uma determinada situação. Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. combatida urgentemente, pois a alta concentração de elementos
- Exemplificação: dar exemplos. tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas, sobretudo
daquelas que sofrem de problemas respiratórios:
Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fechamento
integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem todas - A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado
as ideias anteriormente desenvolvidas. muita gente ao vício.
- Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese. - A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação
- Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um criados pelo homem.
pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de - A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades
quem lê. e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido
apenas pela polícia.
1º Parágrafo – Introdução - O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise
atualmente.
A. Tema: Desemprego no Brasil. - O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a
Contextualização: decorrência de um processo histórico sociedade brasileira.
problemático.
O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras:
2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento
Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma série de
B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de características,
remetem a uma análise do tema em questão. funções, processos, situações, sempre oferecendo o complemento
C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. Pode-se
realidade. enumerar, seguindo-se os critérios de importância, preferência,
D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de classificação ou aleatoriamente.
quem propõe soluções. Exemplo:
E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição. 1- O adolescente moderno está se tornando obeso por várias
causas: alimentação inadequada, falta de exercícios sistemáticos
7º Parágrafo: Conclusão e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos
F. Uma possível solução é apresentada. de Televisão.
G. O texto conclui que desigualdade não se casa com
modernidade. 2- Devido à expansão das igrejas evangélicas, é grande o
número de emissoras que dedicam parte da sua programação à
É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar veiculação de programas religiosos de crenças variadas.
sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos é um dos
recursos que permite uma segurança maior no momento de 3-
dissertar sobre algum assunto. Debater e pesquisar são atitudes - A Santa Missa em seu lar.
que favorecem o senso crítico, essencial no desenvolvimento de - Terço Bizantino.
um texto dissertativo. - Despertar da Fé.
- Palavra de Vida.
Ainda temos: - Igreja da Graça no Lar.
Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o
assunto que vai ser abordado. 4-
Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo - Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo
discutido. brasileiro diante de tantos desmatamentos, desequilíbrios
Argumentação: é um conjunto de procedimentos sociológicos e poluição.
linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas - Existem várias razões que levam um homem a enveredar
opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer pelos caminhos do crime.

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- A gravidez na adolescência é um problema seríssimo, objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese
porque pode trazer muitas consequências indesejáveis. ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada no
- O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua desenvolvimento.
sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer. Gêneros Textuais
- O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em
várias categorias. Os gêneros textuais são classificações de textos de acordo
com o objetivo e o contexto em que são empregados. Dessa
Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver através maneira, os gêneros textuais são definidos pelas características
da comparação, que confronta ideias, fatos, fenômenos e dos diversos tipos de textos, os quais apresentam características
apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança. comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.
Exemplo:

“A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a


velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e persistente
sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a
felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real”.
(Arthur Schopenhauer)

Causa e Consequência: A frase nuclear, muitas vezes,


encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato
motivador) e, em outras situações, um segmento indicando
consequências (fatos decorrentes).

Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos marcam


temporal e espacialmente a evolução de ideias, processos. Lembre-se que existem muitos gêneros textuais, os quais
promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e
Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se receptor) de determinado discurso, seja uma resenha crítica
conceituar, exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante,
compreensíveis. bilhete ou lista de supermercado; porém, faz-se necessário
Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do considerar seu contexto, função e finalidade.
coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão umbilical e na O gênero textual pode conter mais de um tipo textual, ou
ligação entre os pulmões e o coração, todas as artérias contém seja, uma receita de bolo, apresenta a lista de ingredientes
sangue vermelho-vivo, recém-oxigenado. Na artéria pulmonar, necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto
porém, corre sangue venoso, mais escuro e desoxigenado, que o injuntivo).
coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar
gás carbônico”. Distinguindo
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero
Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação, deve literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é
delimitar-se o tema que será desenvolvido e que poderá ser referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma
enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo, o tema é a possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma
questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a partir das breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual:
seguintes ideias:
Gênero Literário – nestes os textos abordados são apenas os
- A violência contra os povos indígenas é uma constante na literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de
história do Brasil. texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma,
- O surgimento de várias entidades de defesa das populações podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc.
indígenas.
- A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta,
brasileiro. podendo ser classificado como narrativo, argumentativo,
- A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena. dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta
Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver, deve e com a finalidade para o qual foi escrito.
fazer a estruturação do texto.
Tipos de Gêneros Textuais
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura; note que
Introdução: deve conter a ideia principal a ser desenvolvida existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias
(geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura do texto, por tipológicas de texto. Em outras palavras, gênero textual são
isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos:
itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e
Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a injuntivo.
hipótese ou a tese a ser defendida.
Desenvolvimento: exposição de elementos que vão
fundamentar a ideia principal que pode vir especificada
através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da
causa e da consequência, das definições, dos dados estatísticos,
da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No
desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos
forem necessários para a completa exposição da ideia. E esses
parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas
acima.
Conclusão: é a retomada da ideia principal, que agora deve
aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já
foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação
(um parágrafo). Deve, pois, conter de forma sintética, o

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APOSTILAS OPÇÃO
Texto Narrativo “Domingo, 14 de junho de 1942
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no Vou começar a partir do momento em que ganhei você,
tempo e no espaço. Sua estrutura é dividida em: apresentação, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de
desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com
gêneros textuais narrativos: isso eu não contava.)
Romance Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que
Novela não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me
Crônica deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha
Contos de Fada curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para
Fábula esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as
Lendas boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.”
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”.
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal,
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem
forma, são textos repletos de adjetivos os quais descrevem ou intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da
locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser
Diário dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com
Relatos (viagens, históricos, etc.) a data, em seguida vem a saudação, o corpo da carta e para
Biografia e autobiografia finalizar a despedida.
Notícia
Currículo Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma
Lista de compras oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais
Cardápio características são a linguagem argumentativa e expositiva,
Anúncios de classificados pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário
se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter
Texto Dissertativo-Argumentativo algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo.
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor
um tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de
pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três desse texto é informar algo que aconteceu.
partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova
tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: Fontes: http://www.todamateria.com.br/generos-textuais/
Editorial Jornalístico http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/
Carta de opinião http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero-textual.
Resenha htm
Artigo
Ensaio Questões
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Veja também: Texto Dissertativo. 01. MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE
COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.
ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação,
informação, descrição e comparação. Assim, alguns exemplos de Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como
gêneros textuais expositivos: práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais
Seminários e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto
Palestras publicitário, seu objetivo básico é
Conferências a) definir regras de comportamento social pautadas no
Entrevistas combate ao consumismo exagerado.
Trabalhos acadêmicos b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos
Enciclopédia que visam à adesão ao consumo.
Verbetes de dicionários c) defender a importância do conhecimento de informática
pela população de baixo poder aquisitivo.
Texto Injuntivo d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é classes sociais economicamente desfavorecidas.
aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a
objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor); por isso, máquina, mesmo a mais moderna.
apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Alguns
exemplos de gêneros textuais injuntivos: 02. Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se
Propaganda a partir de características gerais de um determinado gênero,
Receita culinária identifique os gêneros descritos a seguir:
Bula de remédio I. Tem como principal característica transmitir a opinião de
Manual de instruções pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas
Regulamento revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
Textos prescritivos II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado
para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular,
Exemplos de gêneros textuais refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que
Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta possibilitam a criação de imagens;
a data e não há um destinatário específico, geralmente, é III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à
para a própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal
acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar característica é a brevidade;
as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens,
exemplo: que geralmente se movimentam em torno de uma única ação,

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APOSTILAS OPÇÃO
dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais 3. Figuras de linguagem.
de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de
produtos, entre outros.
São, respectivamente: Figuras de Linguagem
a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta
argumentativa. As figuras de linguagem ou de estilo, de acordo com Renan
b) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica. Bardine, são empregadas para valorizar o texto, tornando
c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional. a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para
d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional. expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo
e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
argumentativa.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as
03. produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A
Câncer 21/06 a 21/07 palavra empregada em sentido figurado, não-denotativo, passa
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você
falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O As figuras de linguagem classificam-se em:
que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma 1) figuras de palavra;
“desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará 2) figuras de harmonia;
de energia para se recompor. Há preocupação com a família, 3) figuras de pensamento;
e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra 4) figuras de construção ou sintaxe.
preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida
amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter 1) FIGURAS DE PALAVRA
calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem
vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança no emprego de um termo com sentido diferente daquele
virá da intimidade com os assuntos da alma. convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. mais expressivo na comunicação.

O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu São figuras de palavras:


contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo a) comparação e) catacrese
e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos b) metáfora f) sinestesia
construídos socioculturalmente. A análise dos elementos c) metonímia g) antonomásia
constitutivos desse texto demonstra que sua função é: d) sinédoque h) alegoria
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia. Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece
c) ensinar os cuidados com a saúde. aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados
d) expor a opinião de leitores em um jornal. por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como,
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos –
parecer, assemelhar-se e outros.
04. Leia o texto a seguir para responder à questão:
Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina.
A outra noite Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de
vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui
táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a outro através de uma relação de semelhança resultante da
ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser
cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo
cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal. não está expresso, mas subentendido.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou
o sinal fechado para voltar-se para mim: Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.”
Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de
torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda. uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de
- Mas, que coisa... semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva,
fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. real, realizando-se de inúmeros modos:
Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor... - A causa pelo efeito e vice-versa:
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa
noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão “E assim o operário ia
veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei. Com suor e com cimento*
Rubem Braga Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento.”
Analisando as principais características do texto lido, *Com trabalho.
podemos dizer que seu gênero predominante é:
a) Conto. - O lugar de origem ou de produção pelo produto:
b) Poesia.
c) Prosa. Comprei uma garrafa do legítimo porto*.
d) Crônica. *O vinho da cidade do Porto.
e) Diário.
Respostas - O autor pela obra:
01 (B) \02. (C)\03.(E)\04. (D)

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APOSTILAS OPÇÃO
Ela parecia ler Jorge Amado*. Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor
*A obra de Jorge Amado. e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos
- O abstrato pelo concreto e vice-versa: comprimários, quando não são o soprano e o contralto que
lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos
Não devemos contar com o seu coração*. comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a
*Sentimento, sensibilidade. orquestra é excelente… (Machado de Assis)

Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de 2) FIGURAS DE HARMONIA


um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido
usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos
sinédoque nos seguintes casos: produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda,
quando se procura “imitar”sons produzidos por coisas ou seres.
- O todo pela parte e vice-versa:
As figuras de linguagem de harmonia ou de som são:
“A cidade inteira (1) viu assombrada, de queixo caído, o
pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (2) de seu cavalo.” a) aliteração c) assonância
*1 O povo. 2 Parte das patas. b) paronomásia d) onomatopéia

- O singular pelo plural e vice-versa: Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da


mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em
O paulista (3) é tímido; o carioca (4), atrevido. posição inicial da palavra.
*3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas.
Exemplo: “Toda gente homenageia Januária na janela.”
- O indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da
Para os artistas ele foi um mecenas (5). mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
*5 Protetor.
Exemplo: “Sou Ana, da cama
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque. da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.”
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora,
“é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução
nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito
estilístico.” (Othon M. Garcia) Exemplo: “Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, quero que você ganhe que você me apanhe
montar em burro, céu da boca, cabeça de prego, mão de direção, sou o seu bezerro gritando mamãe.”
ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
Onomatopeia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações palavras imita um ruído ou som.
diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser
físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas Exemplo: “O silêncio fresco despenca das árvores.
(subjetivas). Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido…
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no Vvvvvvvv… passou.”
quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco
e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação 3) FIGURAS DE PENSAMENTO
visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.” (Augusto
Meyer) As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos
uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a São figuras de linguagem de pensamento:
distingue.
a) antítese d) apóstrofe g) paradoxo
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
especificativo etc.) do nome próprio.
Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de
Exemplos: palavras ou expressões de sentidos opostos.
“E ao rabi simples(1), que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil; Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições
*1 Cristo trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza) Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma
O Corso (= Napoleão) pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente
ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas utilizada para dar ênfase à expressão.
referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que
consiste em expressar uma situação global por meio de outra Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?”
que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas (Castro Alves)
as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é
comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação
referencial e outro metafórico. de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que

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APOSTILAS OPÇÃO
se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade e) concordância ideológica: silepse.
enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é
outra designação para paradoxo. Portanto, são figuras de linguagem de construção ou sintaxe:
a) assíndeto e) elipse i) zeugma
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver; b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto
É ferida que dói e não se sente; c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise
É um contentamento descontente; d) hipálage h) anacoluto m) silepse
É dor que desatina sem doer;” (Camões)
Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem
expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como justapostas ou separadas por vírgulas.
penosa, desagradável ou chocante.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por
Ex:“E pela paz derradeira(1) que enfim vai nos redimir exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Deus lhe pague” (Chico Buarque)
*1 paz derradeira: morte Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam
pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se,
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de fundindo-se.” (Machado de Assis)
palavras que intensificam uma mesma idéia.
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou
Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o oração que facilmente podemos identificar ou subentender no
passo.” (Castro Alves) contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções,
preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma dinamismo.
idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de
impacto. Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias
coloridas.”
Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo 1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de
Bilac) sandálias…)

Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na
pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa
ou sarcástica. Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários
dos Felipes.” 1
Exemplo: “Moça linda, bem tratada, 1 Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”
três séculos de família,
burra como uma porta: Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de
um amor.” (Mário de Andrade) palavras no início de um período, frase ou verso.

Prosopopéia: Ocorre prosopopéia (ou animização ou Exemplo: “Depois o areal extenso…


personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, Depois o oceano de pó…
sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a Depois no horizonte imenso
seres inanimados ou imaginários. Desertos… desertos só…” (Castro Alves)

Também a atribuição de características humanas a seres Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da
animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas mesma ideia, isto é, redundância de significado.
e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O
peixinho (…) silencioso e levemente melancólico…” a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para
reforçar uma ideia, tanto do ponto de vista semântico quanto
Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico,
(Raul Bopp) enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.

Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia
Lispector) Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de de Oliveira)
palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou
situação que não se quer nomear. “Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
Exemplo: “Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil b) Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de ideias que
Cidade maravilhosa já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas.
Coração do meu Brasil.” (André Filho) Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de
reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do
4) FIGURAS DE SINTAXE sentido real das palavras.

As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de
desvios em relação à concordância entre os termos da oração, novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio
sua ordem, possíveis repetições ou omissões. exclusivo, breve alocução, principal protagonista
Elas podem ser construídas por:
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma; Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso
d) ruptura: anacoluto; que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.

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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres, 02. Identifique a figura de linguagem presente na tira
e as criadas das burguesinhas ricas seguinte:
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.”
(Manuel Bandeira)

Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples


inversão de palavras vizinhas (determinante / determinado).

Exemplo: “Tão leve estou (1) que nem sombra tenho.” (Mário
Quintana)
*1 Estou tão leve…

Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão (A) metonímia


completa de membros da frase. (B) prosopopeia
(C) hipérbole
Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” 1 (Carlos (D) eufemismo
Drummond de Andrade) (E) onomatopeia
*1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
03.
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto.
de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de
Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” 1 (Camões) linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira,
*1 A grita da gente se alevanta ao Céu. horário do dia em que o calor é mais intenso, a temperatura
do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local alcançasse
adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a aproximadamente 90 ºC.
outro, na mesma frase. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em:
22 jan. 2014.
Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” 2 (Eça de
Queiros) O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para
*2 … as lojas dos barbeiros loquazes. fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de linguagem. O
autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção (A) Eufemismo.
do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a (B) Hipérbole.
seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais (C) Paradoxo.
termos – que não apresentam função sintática definida – (D) Metonímia.
desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa (E) Hipérbato.
sensível. Respostas
01. D\02. D\03. B
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar
nelas.” (Alcântara Machado) 4. Significação de palavras
e expressões. 5. Relações de
Silepse: Ocorre silepse quando a concordância não é feita sinonímia e de antonímia.
com as palavras, mas com a ideia a elas associada.

a) Silepse de gênero: Ocorre quando há discordância entre


os gêneros gramaticais (feminino ou masculino). Significação das palavras

Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que
(Guimarães Rosa) por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como
sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente
b) Silepse de número: Ocorre quando há discordância com a ideia associada a este conjunto.
envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Exemplo:
Barreto) - Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
c) Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
se inclui no sujeito enunciado. Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por
pessoas.” (Machado de Assis) matizes de significação e certas propriedades que o escritor não
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo,
Questões aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem
01. Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética
faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
(A) metonímia. A contribuição Greco-latina é responsável pela existência,
(B) eufemismo. em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
(C) hipérbole. - Adversário e antagonista.
(D) metáfora. - Translúcido e diáfano.
(E) catacrese. - Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Moral e ética. corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e
- Colóquio e diálogo. vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese. Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:
palavra que também designa o emprego de sinônimos. - Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos: gado.
- Ordem e anarquia. - Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó.
- Soberba e humildade. - Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu
- Louvar e censurar. do palato.
- Mal e bem. Podemos citar ainda, como exemplos de palavras
polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido têm dezenas de acepções.
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/ Sentido Próprio e Figurado das Palavras
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/ Pela própria definição acima destacada podemos perceber
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial. que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada
a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que
vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos: ela traz (denominada significado).
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se
- Aço (substantivo) e asso (verbo). assim:
Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. - Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum
A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é que costumamos dar a uma palavra.
considerada uma deficiência dos idiomas. - Sentido Figurado -  é o sentido  “simbólico”,  “figurado”, que
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto podemos dar a uma palavra.
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
contextos:
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes 1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
no timbre ou na intensidade das vogais. 2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que
- Rego (substantivo) e rego (verbo). adota condutas pouco apreciáveis)
- Colher (verbo) e colher (substantivo). 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). sobre alguma coisa, “expert”)
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum
- Para (verbo parar) e para (preposição). (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). figurado.
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo). Podemos então concluir que um mesmo significante (parte
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de concreta) pode ter vários significados (conceitos).
per+o).
Fonte:
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjm-
diferentes na escrita. sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). Denotação e Conotação
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de - Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o
consertar). seu significado primitivo e original, com o sentido do dicionário;
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar). exemplo:
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
- Censo (recenseamento) e senso (juízo).
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido
- Paço (palácio) e passo (andar). próprio, comum, usual, literal.
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). - DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = se de definição literal, quando o termo é utilizado em seu sentido
anular). dicionarístico.
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão - Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o
(tempo de uma reunião ou espetáculo). seu significado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico);
usada de modo criativo, figurado, numa linguagem rica e
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. expressiva. Veja este exemplo:
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). seja tarde mais.
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada,
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações;
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). disciplina, limitação de conduta e comportamento.
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
Questões
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na
pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, 01. McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia,
séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um
(aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá
de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência
divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade

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APOSTILAS OPÇÃO
e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas a) Ainda vivemos no Brasil a  descriminação racial. Isso é
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos crime! 
participar. b) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas c) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão
em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos agora expiar seus crimes. 
usuários de distinguir essas variações como relevantes no d) Em todos os momentos, para agir corretamente, é preciso
conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para o bom censo. 
achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários e) Prefiro macarronada com molho, mas sem  estrato de
precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, tomate. 
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito
de observações e reconhecer a organização geral da rede de que 04. Assinale a alternativa em que as palavras podem servir
participam. de exemplos de parônimos:
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes a) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil).
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos b) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo).
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens c) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se senta).
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem d) Nenhuma das alternativas.
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
sentimento de pânico experimentados por um número crescente 05. Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas,
de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou seja no modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por
quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação, exemplo, assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, grafias
sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno diferentes, denomina-se homônimo homófono. Assinale a
para o espírito. alternativa em que todas as palavras se encontram nesse caso.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. a) taxa, cesta, assento
Revista USP, no 92. Adaptado) b) conserto, pleito, ótico
c) cheque, descrição, manga
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho d) serrar, ratificar, emergir
/ estimar  parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
adequados respectivamente em: Respostas
a) procurar / gostar de / ilustrar 01. B\02. A\03. C\04. A\05. A
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer
d) intrometer-se / prezar / esclarecer 6. Ortografia.
e) contrapor-se / consolidar / iluminar

02. A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os Ortografia


combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-
se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é
em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente
compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de O Alfabeto
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada
do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e
molambos... a A (á) b B (bê)
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender c C (cê) d D (dê)
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: e E (é) f F (efe)
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, g G (gê ou guê) h H (agá)
moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma i I (i) j J (jota)
fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris k K (cá) l L (ele)
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos m M (eme) n N (ene)
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; o O (ó) p P (pê)
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de q Q (quê) r R (erre)
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e s S (esse) t T (tê)
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. u U (u) v V (vê)
w W (dáblio) x X (xis)
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. y Y (ípsilon) z Z (zê)
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos? fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
a) Armistício – destruição
b) Claudicante – manco Emprego das letras K, W e Y
c) Reveses – infortúnios Utilizam-se nos seguintes casos:
d) Fealdade – feiura a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
e) Opilados – desnutridos derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
03. Atento ao emprego dos Homônimos, analise as palavras taylorista.
sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: 

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b) Em topônimos originários de outras línguas e seus 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
derivados. Exemplos:
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. laranja- laranjeira loja- lojista lisonja -
lisonjeador nojo- nojeira
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer
unidades de medida de curso internacional. jeito- ajeitar
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
(quilômetro), Watt. 4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje,
Emprego de X e Ch traje, pegajento
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo. Emprego das Letras S e Z
Exemplos: caixa, frouxo, peixe Emprega-se o S:
Exceção: recauchutar e seus derivados 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no
radical
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exemplos:
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo análise- analisar catálise- catalisador
“en-” casa- casinha, casebre liso- alisar
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
ou origem
3) Após a sílaba inicial “me-”. Exemplos:
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão burguês- burguesa inglês- inglesa
Exceção: mecha chinês- chinesa milanês- milanesa

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
inglesas aportuguesadas. Exemplos:
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, Exemplos:
xingar, etc. catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose,
metamorfose, virose
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos: 5) Após ditongos
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, Exemplos:
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, coisa, pouso, lousa, náusea
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia derivados
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem Exemplos:
da palavra. Veja os exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
gesso: Origina-se do grego gypsos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
jipe: Origina-se do inglês jeep. repus, repusera, repusesse, repuséssemos

Emprega-se o G: 7) Nos seguintes nomes próprios personativos:


1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Teresa, Teresinha, Tomás
Exceção: pajem
8) Nos seguintes vocábulos:
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada,
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene,
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem) Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no
4) Nos seguintes vocábulos: radical
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, Exemplos:
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro
Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a
Exemplos: partir de adjetivos
arranjar: arranjo, arranje, arranjem Exemplos:
despejar: despejo, despeje, despejem inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando rígido- rigidez
enferrujar: enferruje, enferrujem frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo-
viajar: viajo, viaje, viajem surdez

2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji substantivos
Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização Exemplos:
colonizar- colonização realizar- realização exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar

4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Observações sobre o uso da letra X
Exemplos: 1) O X pode representar os seguintes fonemas:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita /ch/ - xarope, vexame

5) Nos seguintes vocábulos: /cs/ - axila, nexo


azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz,
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. /z/ - exame, exílio

6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no /ss/ - máximo, próximo


contraste entre o S e o Z
Exemplos: /s/ - texto, extenso
cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender) 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) Exemplos: excelente, excitar

Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os Emprego das letras E e I
exemplos: Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i /
exame exato exausto exemplo existir exótico pode não ser nítida. Observe:
inexorável
Emprega-se o E:
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Exemplos:
Observe: magoar - magoe, magoes
continuar- continue, continues
Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir” Exemplos: antebraço, antecipar
Exemplos:
expandir- expansão pretender- pretensão verter- 3) Nos seguintes vocábulos:
versão expelir- expulsão cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico,
estender- extensão suspender- suspensão orquídea, etc.
converter - conversão repelir- repulsão
Emprega-se o I :
Emprega-se Ç: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer” Exemplos:
Exemplos: cair- cai
ater- atenção torcer- torção doer- dói
deter- detenção distorcer-distorção influir- influi
manter- manutenção contorcer- contorção
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
Emprega-se o X: Exemplos:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss Anticristo, antitetânico
Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, 3) Nos seguintes vocábulos:
trouxe aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio,
etc.
Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos Emprego das letras O e U
Exemplos: Emprega-se o O/U:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, algumas palavras. Veja os exemplos:
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. comprimento (extensão) e cumprimento (saudação,
realização)
Emprega-se Sç: soar (emitir som) e suar (transpirar)
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos: Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,
nascer- nasço, nasça moleque.
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua

Emprega-se Ss: Emprego da letra H


Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético.
“mitir”, “ceder” e “cutir” Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e
Exemplos: da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão forma devido a sua origem na forma latina hodie.
discutir- discussão
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o Emprega-se o H:
exceder- excesso repercutir- repercussão 1) Inicial, quando etimológico
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
Emprega-se o Xc e o Xs:
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Em dígrafos que soam como Ss Exemplos: flecha, telha, companhia

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APOSTILAS OPÇÃO
3) Final e inicial, em certas interjeições Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Exemplos:
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
elemento, se etimológico Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Edifício Azevedo ou edifício Azevedo

Observações: 2) Utiliza-se inicial minúscula:


1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha Exemplos:
ele não é utilizado. carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
sempre são grafados com h. Veja: Exemplos:
herbívoro, hispânico, hibernal. janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas primavera, verão, outono, inverno
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta. c) Nos pontos cardeais.
Exemplos: Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
sudoeste.
“Auriverde pendão de minha terra, Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os
Que a brisa do Brasil beija e balança, pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
Estandarte que à luz do sol encerra Exemplos:
As promessas divinas da Esperança…” Nordeste (região do Brasil)
(Castro Alves) Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
Observações: Lembre-se:
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
uso da letra maiúscula. se letra minúscula.
Exemplo:
Por Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
“Aqui, sim, no meu cantinho, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
e esquecer o mundo inteiro.” a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa- Crime e Castigo ou Crime e castigo
se letra minúscula. Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Por Exemplo: Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Exemplos:
Exemplos: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Santa Maria ou santa Maria.
Exemplos:
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
disciplinas.
d) Nos nomes mitológicos. Exemplos:
Exemplos: Português ou português
Dionísio, Netuno. Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
modernas
e) Nos nomes de festas e festividades. História do Brasil ou história do Brasil
Exemplos: Arquitetura ou arquitetura
Natal, Páscoa, Ramadã. Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
fono24.php
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Emprego do Porquê
Exemplos:
ONU, Sr., V. Ex.ª. Orações
Interrogativas Exemplo:
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
políticos ou nacionalistas. (pode ser Por que devemos nos
Exemplos: substituído por: preocupar com o meio
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, Por por qual motivo, ambiente?
União, etc. Que por qual razão)
Exemplo:
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula Equivalendo
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. a “pelo qual” Os motivos por que não
Exemplo: respondeu são desconhecidos.
Todos amam sua pátria.

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APOSTILAS OPÇÃO
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
Exemplos:
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos,
talvez seja _____ chorou.
Você ainda tem coragem de
Final de (A) porquê / porque;
Por perguntar por quê?
frases e seguidos (B) por que / porque;
Quê
de pontuação (C) porque / por que;
Você não vai? Por quê?
(D) porquê / por quê;
(E) por que / por quê.
Não sei por quê!
Exemplos: 03.
Conjunção
A situação agravou-se
que indica
porque ninguém reclamou.
explicação ou
causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa.
Conjunção de
Exemplos:
Finalidade –
equivale a “para
Não julgues porque não te
que”, “a fim de Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
julguem.
que”. padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e
Função de respectivamente, preenchidas por:
Exemplos: (A) mal ... por que ... intuíto
substantivo
– vem (B) mau ... por que ... intuito
Não é fácil encontrar o (C) mau ... porque ... intuíto
acompanhado
Porquê porquê de toda confusão. (D) mal ... porque ... intuito
de artigo ou
pronome (E) mal ... por quê ... intuito
Dê-me um porquê de sua
saída. Respostas
01. D/02. B/03. D
1. Por que (pergunta)
2. Porque (resposta)
3. Por quê (fim de frase: motivo)
7. Acentuação gráfica.
4. O Porquê (substantivo)

Emprego de outras palavras Acentuação

Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras
nenhuma senão criticar. estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais algumas particularidades, às quais devemos estar atentos,
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
desta situação crítica. consequentemente, colocando-as em prática na linguagem
escrita.
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. Regras básicas – Acentuação tônica
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão
pouco esta semana. A acentuação tônica implica na intensidade com que são
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios. forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
Traz - do verbo trazer. demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
denominadas de átonas.
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está como:
vultuosa e deformada.
Questões Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
última sílaba.
01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
........................ praticar atividade física..........................benefícios Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas evidencia na penúltima sílaba.
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade. Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
(Ciência Hoje, março de 2012) evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com: Como podemos observar, mediante todos os exemplos
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
(A) porque … trás … previnir em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
(B) porque … traz … previnir são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
(C) porquê … tras … previnir apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.
(D) por que … traz … prevenir Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
(E) por quê … tráz … prevenir em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
observar no exemplo a seguir:

Língua Portuguesa 20
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APOSTILAS OPÇÃO
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. Antes Agora
assembléia assembleia
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; idéia ideia
os demais, como átonos (que, em, de). jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Os Acentos Gráficos
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam ou não de “s”, haverá acento:
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos) Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e quando vierem depois de ditongo: Ex.:
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com feiúra feiura
artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
Ex.:
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras Antes Agora
derivadas de nomes próprios estrangeiros. crêem creem
Ex.: mülleriano (de Müller) vôo voo

til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
nasais. no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
Ex.: coração – melão – órgão – ímã como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Regras fundamentais:
Repare:
Palavras oxítonas: 1-) O menino crê em você
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, Os meninos creem em você.
“em”, seguidas ou não do plural(s): 2-) Elza lê bem!
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo!
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos Eles veem tudo!
ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há - Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas Eles vêm à tarde!
de lo, la, los, las. Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:

Paroxítonas: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz


Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
táxi – lápis – júri seguidas do dígrafo nh:
- us, um, uns ra-i-nha, ven-to-i-nha.
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps precedidas de vogal idêntica:
- ã, ãs, ão, ãos xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
ímã – ímãs – órfão – órgãos
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são serão mais acentuadas. Ex.:
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização! Antes Depois
apazigúe (apaziguar) apazigue
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. argúi (arguir) argui

água – pônei – mágoa – jóquei Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do


plural de:
Regras especiais:
ele tem – eles têm
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), ele vem – eles vêm (verbo vir)
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter,
deter, abster. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma ele contém – eles contêm
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são ele obtém – eles obtêm
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. ele retém – eles retêm
Ex.: ele convém – eles convêm

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APOSTILAS OPÇÃO
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, os outros exemplos:
como:
Conheço a aluna.
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do Refiro-me à aluna.
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”.
Ela pode fazer isso agora. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
especificados.
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
preposição por.
1-) diante de substantivos masculinos:
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, Andamos a cavalo.
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; Fomos a pé.
nos outros casos, “por” preposição. Ex:
2-) diante de  verbos no infinitivo:
Faço isso por você. A criança começou a falar.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Ela não tem nada a dizer.

Questões Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos


exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
A) Tem a última sílaba como tônica. 3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
B) Tem a penúltima sílaba como tônica. tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
D) Não tem sílaba tônica. Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um: Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
A) hiato podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
B) dígrafo por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
C) ditongo decrescente ocorrerá crase. Por exemplo:
D) ditongo crescente
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
mesmo motivo que: Cláudio para sair mais cedo.)
A) túnel
B) voluntário 4-) diante de numerais cardinais:
C) até Chegou a duzentos o número de feridos
D) insólito Daqui a uma semana começa o campeonato.
E) rótulos
Respostas Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
1-B / 2-C / 3-B
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
8. Uso da crase. Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Crase Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
A palavra crase é de origem grega e significa «fusão»,
«mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção» 2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos 3-) na indicação de horas:
e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a Acordei às sete horas da manhã.
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência Elas chegaram às dez horas.
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.  Foram dormir à meia-noite.

Observe: 4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de


Vou a + a igreja. que participam palavras femininas. Por exemplo:
Vou à igreja.
à tarde às ocultas às pressas à medida que
No exemplo acima, temos a ocorrência da à noite às claras às escondidas à força
preposição  “a”,  exigida pelo verbo  ir (ir a algum lugar) e a
ocorrência do artigo  “a” que está determinando o substantivo à vontade à beça à larga à escuta

Língua Portuguesa 22
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APOSTILAS OPÇÃO
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
Veja outros exemplos:
à direita à procura à deriva à toa
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
à proporção Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
à luz à sombra de à frente de
que Várias alunas  às quais  ele fez perguntas não souberam
responder nenhuma das questões.
à
A sessão à qual assisti estava vazia.
semelhança às ordens à beira de
de
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
Crase diante de Nomes de Lugar
A ocorrência da crase com o pronome
demonstrativo  “a”  também pode ser detectada através da
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
substituição do termo regente feminino por um termo regido
artigo  “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
masculino. 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
Veja:
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
Minha revolta é ligada à do meu país.
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo
Meu luto é ligado ao do meu país.
regente por um verbo que peça a preposição  “de”  ou  “em”. A
As orações são semelhantes às de antes.
ocorrência da contração  “da”  ou  “na”  prova que esse nome de
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Suas perguntas são superiores às dele.
Por exemplo:
Seus argumentos são superiores aos dele.
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou  na [em+a]
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
França.)
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
A Palavra Distância
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.) 
Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a
crase deve ocorrer.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A
Por exemplo:
volto DE, crase PRA QUÊ?”
Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
determinada)
Vou à praia. = Volto da praia.
Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja:
Se a palavra  distância  não estiver especificada, a
Retornarei  à  São Paulo dos bandeirantes. =
crase não pode ocorrer. 
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Por exemplo:
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Ensinou a distância.
Aquela (s), Aquilo
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade,
Refiro-me a + aquele atentado. pode-se usar a crase.
Veja:
Preposição Pronome Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Refiro-me àquele atentado. Dizem que aquele médico cura à distância.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo: 1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
Aluguei aquela casa. próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos: Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
Quero agradecer àqueles que me socorreram. escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a
Roberto.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao
Roberto.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes 2-) diante de pronome possessivo feminino:
exigir a preposição «a», haverá crase. É possível detectar a Observação: é facultativo o uso da crase diante de
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
termo regido feminino por um termo regido masculino.  artigo. Observe:
Por exemplo: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. esperando por você.

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APOSTILAS OPÇÃO
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
esperando por você. - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe,
flor, lá, meu;
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í,
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as trans-por;
frases abaixo das seguintes formas: - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-
xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. - Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos:
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
go-lo-gis-ta.
3-) depois da preposição até:
Fui até a praia. ou Fui até à praia. Divisão Silábica
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta. Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou seguintes normas:
A palestra vai até às cinco horas da tarde. - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce,
a-ve-ri-guou;
Questões - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-
ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar- - Não se separam os encontros consonantais que iniciam
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-
e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo el, sa-ú-de;
questões de saúde pública como programas de esclarecimento - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos:
e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te;
desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas,
ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r.
própria família? Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car.

(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, Acento Tônico


17.09.2012. Adaptado) Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-
se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e demais.
respectivamente, com: calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
(A) aos … à … a … a faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
(B) aos … a … à … a sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
(C) a … a … à … à Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras,
(D) à … à … à … à em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos
(E) a … a … a … a que dão melodia à frase.
 
02. Leia o texto a seguir. Classificação da sílaba quanto à intensidade
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do - Átona:  é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu- - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre,
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à
que fez. tônica da palavra primitiva. 
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de
Janeiro: Globo, 1997, p. 6) Classificação das palavras quanto à posição da sílaba
tônica
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos
ordem dada: da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas são
A) à – a – a classificados em:
B) a – a – à - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos:
C) à – a – à avó, urubu, parabéns
D) à – à – a - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.
E) a – à – à Exemplos: dócil, suavemente, banana
Respostas - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a
1-B / 2-A antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo

Saiba que:
9. Divisão silábica. - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel,
novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
Divisão Silábica boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico,
Sílaba inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia
(alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia,
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a).
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro,
pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano,
Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não trânsfuga.
existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em  - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/
de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e zângão/zangão.
e o) podem representar semivogais.

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APOSTILAS OPÇÃO
Questões: in - findo
om - bomba
01-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: on - desponta
A) gra-tui-to; um - atum
B) ad-vo-ga-do; un - profundo
C) tran-si-tó-ri-o;
D) psi-co-lo-gi-a; Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um
E) in-ter-stí-cio. elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa
o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra
02-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta: corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la.
A) psi-có-ti-co; Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é,
B) per-mis-si-vi-da-de; quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras.
C) as-sem-ble-ia; Certos fonemas podem ser representados por diferentes
D) ob-ten-ção; letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representado por: s
E) fa-mí-li-a. (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc
(excelente) – c (cinto) – sç (desço)
03-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fonema,
corretamente separadas: como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons,
A) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e
B) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; cinco fonemas.
C) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum
D) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora,
E) mis-té-ri-o, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas
para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta,
Respostas etc.
01-E / 02-C / 03-E
Classificação dos Fonemas
10. Fonética e Fonologia: som e Vogais: são fonemas que saem livremente pelo canal bucal.
fonema, encontros vocálicos e (a, e, i, o, u)
Consoantes: são fonemas produzidos com obstáculos à
consonantais e dígrafos. passagem da corrente expiratória (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q,
r, s, t, v, x, w, y, z).

Letra e fonema Semivogais: são as vogais I ou U, quando acompanhadas de


outra vogal na mesma sílaba, formando, assim, um ditongo ou
Fonema é som da fala. Letra é o sinal gráfico que representa tritongo.
o som da fala. Exemplo: CASEIRO
O sistema fonético do português falado no Brasil registra um
número aproximado de 33 fonemas. Já o alfabeto português é Sílaba: fonema ou grupo de fonemas emitidos de uma só vez.
constituído de 26 letras. Exemplo: Acaso (a - ca - so).
O número de fonemas nem sempre é igual ao número de
letra em uma palavra: ENCONTROS VOCÁLICOS
Duas letras podem representar um só fonema - carroça; Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou
assalto; chave... vice-versa na mesma sílaba.
A letra x pode representar dois fonemas ao mesmo tempo - Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou
fixo (/k//s/); táxi (/k//s/) decrescentes.
Há letras que não representam fonemas, mas são apenas Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais.
símbolo de nasalidade - canto [cãto], santo [sãto]; falam [falã] Exemplo: pai - fui - partiu
Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais.
Observação: Exemplo: mãe - muito - quando
A letra H não corresponde a nenhum som. É apenas um Ditongos crescentes: quando constituído por uma
símbolo de aspiração, que permanece em nosso alfabeto por semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a
força da etimologia e da tradição. semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história
Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e
DÍGRAFO uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo:
Dígrafo - é o conjunto de duas letras que representam um só pai - mau
fonema. São dígrafos: Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais
ch - chave, achar na mesma sílaba.
lh - lhama, telha Tritongos orais: quais - averiguei - enxaguei
nh - ninho, menininho Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságuem
rr - terra, carro Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes:
ss - isso, pássaro Exemplo: vôo (vô - o) - saúde (sa - ú - de)
gu - guincho, joguinho
qu - quiabo, aquilo CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS
sc - nascer, descer 1. Quanto a zona de articulação
sç - cresça, desça * anteriores ou palatais: quando à língua se eleva
xc - excelente, excêntrico gradualmente para a frente. (/ É / - / Ê / - / I /)
*média: quando o fonema vocálico é emitido coma língua
Também são dígrafos os grupos que servem para representar baixa, quase em repouso. (/ A /)
as vogais nasais. São eles: *posteriores ou velares: quando a língua se eleva para trás.
am - campo (/ Õ / - / Ô / - / U /)
an - anta
em - embora 2. Quanto à intensidade
en - tentar * átonas - são aquelas que se pronunciam com menor
im - importar intensidade ( casa, rosa, Pelé).

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APOSTILAS OPÇÃO
* tônicas - são as que se pronunciam com maior intensidade, CONTAGEM DE FONEMAS
isto é, onde cai o acento tônico (casa, rosa , Pelé). 1.dígrafo: vale 1 fonema
2.x - ks: vale 2 fonemas
3. Quanto ao Timbre 3.letra etimológica: não valem fonema algum
*abertas: maior abertura do tubo vocal. (pá, pé, pó) 4.Exemplos: (chave -> 5 letras e 4 fonemas) (fixo -> 4 letras e
*fechadas: menor abertura do tubo vocal. (vê, vinda, avô, 5 fonemas) (hoje -> 4 letras e 3 fonemas).
mundo) Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2445/1/
CLASSIFICACAO-DOS-FONEMAS/Paacutegina1.html
4. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: as vogais
podem ser orais e nasais Questões
* orais: são aquelas cuja ressonância se dá na boca: ( par, fé,
negro, vida, voto, povo, tudo) 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as
* nasais: são aquelas cuja ressonância se dá no nariz (lã, letras que a compõem é:
pente - cinco - conto - mundo) (A) importância
(B) milhares
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES (C) sequer
1.Quanto ao modo de articulação: (D) técnica
* oclusivas: quando a corrente expiratória encontra um (E) adolescente
obstáculo total (oclusão), que impede a saída do ar, explodindo
subitamente. / P / - / T / - / K / - / B / - / D / - / G / 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um,
* constritivas: quando há um estreitamento do canal bucal, mas dois fonemas?
saindo a corrente de ar apertada ou constrita, ou melhor, quando (A) exemplo
o obstáculo é parcial. (B) complexo
* fricativas: quando a corrente expiratória passa por uma (C) próximos
estreita fenda, o que produz um ruído comparável a um fricção. (D) executivo
/F/-/S/-/X/-/N/-/Z/-/J/ (E) luxo
* laterais: quando a ponta ou dorso da língua se apóia
no palato (céu da boca), saindo a corrente de ar pelas fendas 03. Marque a opção que apresenta uma palavra classificada
laterais da boca. / L / - / LH / como trissílaba.
* vibrantes: quando a ponta mantém com os alvéolos contato (A) Alimentação
intermitente, o que acarreta um movimento vibratório rápido, (B) Carentes
abrindo e fechando a passagem à corrente expiratória. / R / - / (C) Instrumento
RR / (D) Fome
(E) Repetência
2. Quanto ao ponto de articulação: Respostas
* bilabiais: quando há contato dos lábios.
* labiodentais: quando há contato da ponta da língua com a 01. (D) (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
arcada dentária superior. demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
* alveolares: quando há contato da ponta da língua com os fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11
alvéolos dos dentes superiores. letras).
* palatais: quando há contato do dorso da língua com o
palato duro, ou céu da boca. 02. (B) (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).
* velares: quando há contato da parte posterior da língua
com o palato mole, o véu palatino. 03. (B)
(A) Alimentação = a-li-men-ta-ção - polissílaba
3.Quanto ao papel das cordas vocais: (B) Carentes = ca-ren-tes - trissílaba
* surdas:quando são produzidas sem vibração as cordas (C) Instrumento = ins-tru-men-to - polissílaba
vocais. / P / - / T / - / K / - / F / - / S / - / X / (D) Fome = fo-me - dissílaba
* sonoras: quando são produzidas por vibração das cordas (E) Repetência = re-pe-tên-cia – polissílaba
vocais. (/ B / - / D / - / G / - / V / - / Z / - / J / - / L /- / LH / - /
R / - / RR / - / M / - / N / - / NH /) 11. Morfologia: classes de
palavras variáveis e invariáveis
4.Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: e seus empregos no texto. 12.
* nasais: quando a corrente expiratória se desenvolve pela
boca e pelo nariz, em virtude do abaixamento do véu palatino. /
Locuções verbais (perífrases
M / - / N / - / NH / verbais).
*orais: quando a corrente expiratória sai exclusivamente
pela boca.
Classes de Palavras
ENCONTRO CONSONANTAL
É o encontro de duas ou mais consoantes na mesma sílaba Artigo
ou em sílabas diferentes Exemplo: su-bli-me
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
DÍGRAFO OU DIGRAMA se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos. número dos substantivos.
Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ. XC, XS,
QU, GU. Classificação dos Artigos
Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou
ON, UM ou UN. Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
LETRAS (DIACRÍTICA E ETIMOLÓGICA)
Diacrítica: é a segunda letra de dígrafo. Exemplo: chave - Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos
campo de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
Etimológica: é o h sem valor fonético . Exemplo: hoje - haver. matei um animal.

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APOSTILAS OPÇÃO
Combinação dos Artigos Eles estavam na casa dos amigos.
É muito presente a combinação dos artigos definidos e Os marinheiros permaneceram em terra.
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
assumida por essas combinações:
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento,
Preposições Artigos com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
- o, os Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
a ao, aos - Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome
de do, dos de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
em no, nos
por (per) pelo, pelos Morfossintaxe
a, as um, uns uma, umas Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
à, às - - com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
da, das dum, duns duma, dumas a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
na, nas num, nuns numa, numas substantivo:
pela, pelas - - A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida Questões
por crase.
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se A) Estes são os candidatos que lhe falei.
manifestam: B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
“ambos”: E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do A) O Amazonas é um rio imenso.
artigo, outros não: B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar E) Os Lusíadas são um poema épico
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem. 03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está
substantivando uma palavra.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
O Pedro é o xodó da família. C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas... Respostas
1-B / 2-C / 3-D
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o Substantivo
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
(qualquer classe) os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. -sentimentos: raiva, amor...
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de -estados: alegria, tristeza...
aproximação numérica: -qualidades: honestidade, sinceridade...
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. -ações: corrida, pescaria...
- O artigo também é usado para substantivar palavras Morfossintaxe do substantivo
oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
cujo (e flexões). direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar
Este é o homem cujo amigo desapareceu. como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como
Este é o autor cuja obra conheço. núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que funções são desempenhadas por grupos de palavras. 
venham especificadas.
Eles estavam em casa.

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APOSTILAS OPÇÃO
Classificação dos Substantivos Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
1-  Substantivos Comuns e Próprios espécie.
Observe a definição: Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e radical. É um substantivo simples.
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada  cidade. Substantivo Simples: é aquele formado por um único
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. elemento.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
mesma espécie de forma genérica. O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
Estamos voando para Barcelona. elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie  
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é Substantivos Primitivos e Derivados
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma Meu limão meu limoeiro,
particular. meu pé de jacarandá...

Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de


nenhum outro dentro de língua portuguesa.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
LÂMPADA MALA O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão.
Os substantivos lâmpada e mala  designam seres com Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
existência própria, que são independentes de outros seres. São palavra.
assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, Flexão dos substantivos
independentemente de outros seres. O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo Plural: meninos
real e do mundo imaginário. Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, Diminutivo: menininho
etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. Flexão de Gênero
  Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
Observe agora: sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao
Beleza exposta gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
O substantivo beleza designa uma qualidade. Um Natal inesquecível
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que Os reis da praia
dependem de outros para se manifestar ou existir.  
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. A história sem fim
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. Uma cidade sem passado
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, As tartarugas ninjas
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
e sem os quais não podem existir. Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).   Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado
3 - Substantivos Coletivos ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem
abelha, mais outra abelha. – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário feminino. Classificam-se em:
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
abelha... a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. fêmea.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
(abelhas). o indivíduo.
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por Comuns de Dois Gêneros:
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Saiba que: Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
são masculinos. que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
variam em seu significado. artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o o colega - a colega
capital (dinheiro) e a capital (cidade) um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a. - A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
aluno - aluna gêneros.
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
masculino. preferência pelo masculino:
freguês - freguesa O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
carochinha.
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
formas: O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa a personagem.
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana fotográfico Ana Belmonte.

d) Substantivos terminados em -or: Observe o gênero dos substantivos seguintes:


- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz Masculinos
o tapa
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: o eclipse
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa o lança-perfume
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa o dó (pena)
o sanduíche
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final o clarinete
por -a: o champanha
elefante - elefanta o sósia
o maracajá
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e o clã
no feminino: o hosana
bode – cabra boi - vaca o herpes
o pijama
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: Femininos
czar – czarina réu - ré a dinamite
a áspide
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes a derme
a hélice
- Epicenos: a alcíone
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a filoxera
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre a clâmide
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar a omoplata
o masculino e o feminino. a cataplasma
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para a pane
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de a mascote
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade a gênese
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. a entorse
A cobra macho picou o marinheiro. a libido
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
- São geralmente masculinos os substantivos de origem
Sobrecomuns: grega terminados em -ma:
o grama (peso)
Entregue as crianças à natureza. o quilograma
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, o plasma
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem o apostema
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que o diagrama
se refere a palavra. Veja: o epigrama
A criança chorona chamava-se João. o telefonema
A criança chorona chamava-se Maria. o estratagema
Outros substantivos sobrecomuns: o dilema
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa o teorema
criatura. o apotegma
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O o trema
cônjuge de Marcela faleceu o eczema

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APOSTILAS OPÇÃO
o edema Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
o magma indica um ser ou um grupo de seres, e
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. característica do plural é o “s” final.

Gênero dos Nomes de Cidades: Plural dos Substantivos Simples

Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
A histórica Ouro Preto. fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
A dinâmica São Paulo. pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
A acolhedora Porto Alegre. plural).
Uma Londres imensa e triste. Exceção: cânon - cânones.

Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”.
Gênero e Significação: homem - homens.

Muitos substantivos têm uma significação no masculino e c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
outra no feminino. pelo acréscimo de “es”.
Observe: revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) no plural, trocando o “l” por “is”.
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
proibição de trânsito) Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

o cabeça (chefe) e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas


a cabeça (parte do corpo) maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
o cisma (separação religiosa, dissidência) - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
a cisma (ato de cismar, desconfiança) Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão) f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras:
o capital (dinheiro) - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
a capital (cidade) de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis:
o coma (perda dos sentidos) o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
a coma (cabeleira)
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) maneiras.
a coral (cobra venenosa) - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
de outros sacramentos) h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
a crisma (sacramento da confirmação) látex - os látex.

o cura (pároco) Plural dos Substantivos Compostos


a cura (ato de curar) A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o estepe (pneu sobressalente) o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
a estepe (vasta planície de vegetação) são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples:
o guia (pessoa que guia outras) aguardente e aguardentes girassol e girassóis
a guia (documento, pena grande das asas das aves) pontapé e pontapés malmequer e malmequeres

o grama (unidade de peso) O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
a grama (relva) ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos) a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
o lente (professor) substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
a lente (vidro de aumento) adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética) b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
o nascente (lado onde nasce o Sol) verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
a nascente (a fonte) palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes
Flexão de Número do Substantivo palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

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APOSTILAS OPÇÃO
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Este jogador faz gols toda vez que joga.
formados de: O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia Plural com Mudança de Timbre
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor Certos substantivos formam o plural com mudança de
substantivo + substantivo que funciona como determinante timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo chamado metafonia (plural metafônico).
anterior.
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio Singular Plural Singular Plural
notícia-bomba - notícias-bomba corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó)
homem-rã - homens-rã esforço esforços ovo ovos
fogo fogos poço poços
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: forno fornos porto portos
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora fosso fossos posto postos
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas imposto impostos rogo rogos
olho olhos tijolo tijolos
e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
o bem-te-vi e os bem-te-vis
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
o bem-me-quer e os bem-me-queres
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Plural das Palavras Substantivadas
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
a) Há substantivos que só se usam no singular:
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
b) Outros só no plural:
O aluno errou na prova dos noves.
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
(naipes de baralho), as fezes.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
Plural dos Diminutivos
títulos)
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
sentido de plural:
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
Aqui morreu muito negro.
animai(s) + zinhos = animaizinhos
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
improvisadas.
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
Flexão de Grau do Substantivo
tren(s) + zinhos = trenzinhos
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
normal. Por exemplo: casa
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
pé(s) + zitos = pezitos
Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
Plural dos Nomes Próprios Personativos
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
aumento. Por exemplo: casarão.
que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
As Raquéis e Esteres.
Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
Plural dos Substantivos Estrangeiros
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
diminuição. Por exemplo: casinha.
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
terminam em “s” ou “z”).
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
Questões
as regras de nossa língua:
os clubes os chopes
01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
os jipes os esportes
ocorre com o plural de
as toaletes os bibelôs
(A) reco-reco.
os garçons os réquiens
(B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
Observe o exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO
(D) célula-tronco. Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-
(E) sem-vergonha. americanas
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
flexionadas de acordo com a norma-padrão. franco-italianas
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. portuguesas
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-
portuguesa
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
errada: Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-
A) Catalães. brasileiras
B) Cidadãos.
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
C) Vulcães.
D) Corrimões.
Flexão dos adjetivos
Respostas
1-D / 2-D / 3-C
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Adjetivo
Gênero dos Adjetivos
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
classificam-se em: 
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
outra para o feminino.
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
Morfossintaxe do Adjetivo:
americana. 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
Adjetivo Pátrio
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
político-social.
alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Número dos Adjetivos

Alagoas alagoano Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
Amapá amapaense
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
Aracaju aracajuano ou aracajuense simples.
Por exemplo:
Amazonas amazonense ou baré
mau e maus
Belo Horizonte belo-horizontino feliz e felizes
ruim e ruins
Brasília brasiliense boa e boas
Cabo Frio cabo-friense
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
Campinas campineiro ou campinense de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
Adjetivo Pátrio Composto  ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Observe alguns exemplos: Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Motos vinho (mas: motos verdes)
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Competições teuto-inglesas Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
América américo- / Por exemplo: Companhia
américo-africana Adjetivo Composto
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo- É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
franceses esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano- formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
português todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a

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APOSTILAS OPÇÃO
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver O superlativo expressa qualidades num grau muito
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um
ficará invariável. Por exemplo: ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Camisas rosa-claro. Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
Ternos rosa-claro. que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
Olhos verde-claros. secretário é muito inteligente.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. sufixos.
Por exemplo:
Observe O secretário é inteligentíssimo.
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. Observe alguns superlativos sintéticos: 
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
benéfico beneficentíssimo
Grau do Adjetivo bom boníssimo ou ótimo

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a comum comuníssimo


intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: cruel crudelíssimo
o comparativo e o superlativo.
difícil dificílimo
Comparativo doce dulcíssimo

Nesse grau, comparam-se a mesma característica fácil facílimo


atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características fiel fidelíssimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
abaixo: é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
pode ser:
1) Sou tão alto como você.  = Comparativo de Igualdade De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de igualdade, o segundo termo da De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Note bem:
2) Sou  mais alto  (do) que  você.  = Comparativo de 1)  O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
Superioridade Analítico dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois antepostos ao adjetivo.
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é 2)  O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
3) O Sol é  maior (do) que  a Terra.  = Comparativo de latino +  um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
Superioridade Sintético fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
São eles: seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
bom-melhor hiato i-í.
pequeno-menor
mau-pior Questões
alto-superior
grande-maior 01. Leia o texto a seguir.
baixo-inferior
Violência epidêmica
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas epidêmicas.
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
pequeno. centros urbanos e se dissemina pelo interior.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de As estratégias que as sociedades adotam para combater a
dois elementos. violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
qualidades de um mesmo elemento. ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
enfermidades.
4) Sou  menos alto  (do) que  você.  = Comparativo de A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
Inferioridade nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
Sou menos passivo (do) que tolerante. agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
Superlativo seus desejos.

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APOSTILAS OPÇÃO
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que alguma forma.
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
desenvolvimento psicológico pleno. [substituição do nome]
A revisão de estudos científicos permite identificar três
fatores principais na formação das personalidades com maior A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
inclinação ao comportamento violento: [referência ao nome]
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida. Essa moça morava nos meus sonhos!
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes [qualificação do nome]
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não Grande parte dos pronomes não possuem significados
lhes impuseram limites de disciplina. fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
3) Associação com grupos de jovens portadores de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
comportamento antissocial. daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social, apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
violência crescente nas cidades. dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a específica para cada pessoa do discurso.
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
preso. [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
superlotadas. Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a variáveis  em gênero (masculino ou feminino) e em número
criminalidade e tratar os que ingressaram nela. (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. do pronome seja coerente em termos de gênero e número
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que este se apresenta ausente no enunciado.
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e
construir cadeias novas para substituir as velhas. Fala-se de Roberta. Ele  quer participar do desfile
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas da nossa escola neste ano.
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los adequada]
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das [neste: pronome que determina “ano” = concordância
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento adequada]
artístico. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado) inadequada]

Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,


corresponde a – características de epidemias. demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada. Pronomes Pessoais
A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro. São aqueles que substituem os substantivos, indicando
C) vida rupestre – vida do campo. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
E) costela bovina – costela de porco. “você”  ou  “vocês”  para designar a quem se dirige e  “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: quem fala.
A) azul-celeste Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
B) azul-pavão que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
C) surda-muda oblíquo.
D) branco-gelo
Pronome Reto
03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
estão no grau superlativo absoluto sintético: Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
A) Arquimilionário/ ultraconservador; exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
B) Supremo/ ínfimo; Nós lhe ofertamos flores.
C) Superamigo/ paupérrimo;
D) Muito amigo/ Bastante pobre Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
Respostas flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
1-B / 2-C / 3-D quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
Pronome - 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele - 1ª pessoa do plural: nós
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de - 2ª pessoa do plural: vós

Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO
- 3ª pessoa do plural: eles, elas -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como Por exemplo: fiz + o = fi-lo
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi fazei + o = fazei-os
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, dizer + a = dizê-la
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”. viram + o: viram-no
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome repõe + os = repõe-nos
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas retém + a: retém-na
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do tem + as = tem-nas
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós) Pronome Oblíquo Tônico

Pronome Oblíquo Os pronomes oblíquos tônicos são sempre


precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
indireto) ou complemento nominal. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
oração. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
Pronome Oblíquo Átono são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca. pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
Ele me deu um presente. contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: Não há mais nada entre mim e ti.
- 1ª pessoa do singular (eu): me Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
- 2ª pessoa do singular (tu): te Não há nenhuma acusação contra mim.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Não vá sem mim.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos Atenção:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
Observações: verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
O “lhe”  é o único pronome oblíquo átono que já se expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o reto.
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
função de objeto indireto na oração. Não vá sem eu mandar.

Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos - A combinação da preposição  “com” e alguns pronomes


diretos como objetos indiretos. originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
objetos diretos. frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.
Saiba que: Ele carregava o documento consigo.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no- nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
nos exemplos que seguem: algum numeral.

Você terá de viajar com nós todos.


- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
vocês? Ele disse que iria com nós três.
- Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
pouco. Pronome Reflexivo

No português do Brasil, essas combinações não são usadas; São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.  como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
Atenção: verbo.
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,

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APOSTILAS OPÇÃO
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. na 3ª pessoa.
Eu não me vanglorio disso. Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. c) Uniformidade de Tratamento:  quando escrevemos ou


Assim tu te prejudicas. nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
Conhece a ti mesmo. texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
Guilherme já se preparou. na terceira pessoa.
Ela deu a si um presente. Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
Antônio conversou consigo mesmo. cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. cabelos. (correto)
Lavamo-nos no rio. Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (correto)
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. Pronomes Possessivos

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Eles se conheceram. (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
Elas deram a si um dia de folga. possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
A Segunda Pessoa Indireta
Observe o quadro:
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso Número Pessoa Pronome
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na singular primeira meu(s), minha(s)
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte: singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
Pronomes de Tratamento
plural primeira nosso(s), nossa(s)
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques plural segunda vosso(s), vossa(s)
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos plural terceira seu(s), sua(s)
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
universidades o objeto possuído.
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores difícil.
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento Observações:
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus 1 -  A forma  “seu”  não é um possessivo quando resultar da
alteração fonética da palavra senhor.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a - Muito obrigado, seu José.
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
no tratamento cerimonioso;  “você”  e  “vocês”, no tratamento 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português Podem ter outros empregos, como:
do Brasil; em algumas regiões, a forma  tu  é de uso frequente; a) indicar afetividade.
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à - Não faça isso, minha filha.
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
Observações: c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
a) Vossa Excelência X Sua Excelência:  os pronomes de Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
tratamento que possuem “Vossa (s)”  são empregados em
relação à pessoa com quem falamos. 3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
encontro. Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, átonos assumem valor de possessivo.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
Pronomes Demonstrativos
b)  3ª pessoa:  embora os pronomes de tratamento dirijam- Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar discurso.

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APOSTILAS OPÇÃO
No espaço: f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso,
está perto da pessoa que fala. nisso, no, etc.
Compro esse carro (aí). O pronome  esse  indica que o carro Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
fala. Pronomes Indefinidos
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
  dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto indeterminada.
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro plantadas.
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação Não é difícil perceber que  “alguém”  indica uma pessoa
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade não se quer revelar. 
destinatária).
Reafirmamos a disposição  desta  universidade em participar Classificam-se em:
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem). - Pronomes Indefinidos Substantivos:  assumem o lugar
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
No tempo: eles:  algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere outrem, quem, tudo.
ao ano presente. Algo o incomoda?
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a Quem avisa amigo é.
um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se - Pronomes Indefinidos Adjetivos:  qualificam um ser
referindo a um passado distante. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
  aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Cada povo tem seus costumes.
invariáveis, observe: Certas pessoas exercem várias profissões.

Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
Invariáveis: isto, isso, aquilo. pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.) Menos palavras e mais ações.
- mesmo(s), mesma(s): Alguns se contentam pouco.
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
- próprio(s), própria(s): Os pronomes indefinidos podem ser divididos
Os próprios alunos resolveram o problema. em variáveis e invariáveis. Observe:

- semelhante(s): Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,


Não compre semelhante livro. outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
- tal, tais: tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
Tal era a solução para o problema. todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Note que: Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
cada.
a)  Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para São  locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
b)  O pronome demonstrativo neutro  ou  pode representar Cada um escolheu o vinho desejado.
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Indefinidos Sistemáticos
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c)  Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
de). afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. todo/tudo,  que indicam uma totalidade afirmativa, e  nenhum/
d)  Em frases como a seguinte,  este  se refere à pessoa nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro que se referem à pessoa, e  algo/nada, que se referem à coisa;
lugar. certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; Essas oposições de sentido são muito importantes na
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado] construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
A menina foi a tal que ameaçou o professor? expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes

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APOSTILAS OPÇÃO
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem Ele fez tudo quanto havia falado.
parte: (antecedente)
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
prático. f)  O pronome  “quem” se refere a pessoas e vem sempre
Certas  pessoas conseguem perceber sutilezas: não são precedido de preposição.
pessoas quaisquer.
É um professor a quem muito devemos.
Pronomes Relativos (preposição)

São aqueles que representam nomes já mencionados g)  “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
orações subordinadas adjetivas. A casa onde morava foi assaltada.
O racismo é um sistema  que  afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros. h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = que.
oração subordinada adjetiva). Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
O pronome relativo  “que” refere-se à palavra  “sistema”  e exterior.
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
é antecedente do pronome relativo que. i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome - como (= pelo qual)
demonstrativo o, a, os, as. Não me parece correto o modo como você agiu semana
Não sei o que você está querendo dizer. passada.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem - quando (= em que)
expresso. Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
Quem casa, quer casa.
j)  Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
Observe: numa só frase.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, O futebol é um esporte.
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. O povo gosta muito deste esporte.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Note que: k)  Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode


a)  O pronome  “que”  é o relativo de mais largo emprego, ocorrer a elipse do relativo “que”.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for (que) fumava.
um substantivo.
Pronomes Interrogativos
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
b)  O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são preferes.
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
ou depois de determinadas preposições: passageiros desembarcaram.

Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o Sobre os pronomes:


qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade.) O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas desempenha função de complemento. Vamos entender,
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
função exerce. Observe as orações:
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
refere a uma oração. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-
lo.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
sua vocação natural. Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
das quais. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
(antecedente) (consequente) ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
Emprestei tantos quantos foram necessários. estiver no infinitivo ou gerúndio.
(antecedente) Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.

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APOSTILAS OPÇÃO
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente superficial de amizade.
dos segundos que são sempre precedidos de preposição. III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere-
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu se aos pronomes eu e você.
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que Quais estão corretas?
eu estava fazendo. (A) Apenas I.
(B) Apenas II.
Questões (C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
01. Observe as sentenças abaixo. (E) I, II e III.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo- 03. Observe a charge a seguir.
nos inimigas desde aquele episódio.
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.

O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma


culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.

02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou


que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada.
transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam (A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos uma fala de Cristo.
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais (B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a
que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos pessoas distintas.
mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são (C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no
mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem poder.
fora dela. (D) A posição dos braços do personagem na charge repete a
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito de Cristo na cruz.
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo (E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles forma equilibrada.
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe Respostas
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando 01. A\02. E\03. B
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das Verbo
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização ocorrência (nascer); desejo (querer).
do conceito de amizade. O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu Estrutura das Formas Verbais
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. apresentar os seguintes elementos:
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu essencial do verbo. Por exemplo:
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
si.
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: São três as conjugações:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet- 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
estamudando-amizade-619645.shtml>. 2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
se referem. tempo e o modo do verbo.
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a Por exemplo:
amizades. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)

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APOSTILAS OPÇÃO
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou - Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
plural). apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) A fruta amadureceu.
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) As frutas amadureceram.

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a pessoais na linguagem figurada:
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver Teu irmão amadureceu bastante.
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
verbo: põe, pões, põem, etc. animais; eis alguns:
bramar: tigre
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos coaxar: sapo
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com cricrilar: grilo
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas Os principais verbos unipessoais são:
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
Classificação dos Verbos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
Classificam-se em: É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações conjunção que.
no radical.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse fumar.)
b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
no radical ou nas desinências. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. - Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
principais verbos impessoais são: provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
a)  haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se contextos.
ou fazer (em orações temporais). verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. tempos, modos e pessoas.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia. d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
escurecer,  etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci  mal- curtas (particípio irregular). Observe:
humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal. Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Anexar Anexado Anexo
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
Dispersar Dispersado Disperso
d) São impessoais, ainda: Eleger Elegido Eleito
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis. Envolver Envolvido Envolto
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, Imprimir Imprimido Impresso
indicando suficiência. Ex.: 
Basta de tolices. Chega de blasfêmias. Matar Matado Morto
3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem, Morrer Morrido Morto
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, Pegar Pegado Pego
classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos, Soltar Soltado Solto
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
possível”. Por exemplo: em sua conjugação.

Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO
Por exemplo:  ESTAR - Modo Indicativo

Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,


Ir Pôr Ser Saber
eles estão.
vou ponho sou sei Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
vais pus és sabes estávamos, vós estáveis, eles estavam.
ides pôs fui soube Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
fui punha foste saiba esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
foste seja Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
f) Auxiliares
estiveram.
São aqueles que entram na formação dos tempos
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Futuro do Presente Composto: terei estado.
                        
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele
  Vou                       espantar           as          moscas.
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo)
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
Está                    chegando            a         hora     do    debate.
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
(verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
                   
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
haver.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles
Conjugação dos Verbos Auxiliares
estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
SER - Modo Indicativo
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
estiverdes, quando eles estiverem.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
Futuro Composto: Tiver estado.
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,
fomos, vós fostes, eles foram.
estai vós, estejam eles.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Formas Nominais
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Infinitivo: estar
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
Gerúndio: estando
vós sereis, eles serão.
Particípio: estado
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
ESTAR - Formas Nominais
SER - Modo Subjuntivo
Infinitivo Impessoal: estar
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
estarem.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
Gerúndio: estando
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Particípio: estado
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.

Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
HAVER - Modo Indicativo
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
hão.
SER - Modo Imperativo
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele
vós, sejam eles.
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
houveram.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
SER - Formas Nominais
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Formas Nominais
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Infinitivo: ser
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele
Gerúndio: sendo
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Particípio: sido
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
nós, serdes vós, serem eles.

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APOSTILAS OPÇÃO
Modo Subjuntivo verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós no radical do verbo. Por exemplo:
hajamos, que vós hajais, que eles hajam. Arrependi-me de ter estado lá.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
houvessem. pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
houverdes, quando eles houverem. expressa pelo radical do próprio verbo.  
Futuro Composto: tiver havido. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes): 
Modo Imperativo Eu me arrependo 
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, Tu te arrependes 
hajam eles. Ele se arrepende 
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não Nós nos arrependemos 
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles. Vós vos arrependeis 
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver Eles se arrependem
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que
HAVER - Formas Nominais a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos, faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos
haverdes, haverem. transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
Infinitivo Pessoal: haver conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
Gerúndio: havendo chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
Particípio: havido A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria
TER - Modo Indicativo penteou-me.
 
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, Observações:
eles têm. 1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
tínhamos, vós tínheis, eles tinham. sintática.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós 2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
tivemos, vós tivestes, eles tiveram. oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido. são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram. exercem funções sintáticas.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido. Por exemplo:
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
teremos, vós tereis, eles terão. direto) - 1ª pessoa do singular
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria, Modos Verbais
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido. Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
Modo Subjuntivo Eu sempre estudo.
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham. exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem. exemplo: Estuda agora, menino.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, Formas Nominais
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido. Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
Modo Imperativo advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais.
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, Observe: 
tende vós, tenham eles. - a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles. substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
termos nós, por terdes vós, por terem eles. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)

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APOSTILAS OPÇÃO
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós) em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles) Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
Por exemplo: terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
advérbio. Por exemplo:  Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
advérbio) indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) levará as encomendas.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. visitaremos.

- d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos Presente do Indicativo


tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência
grau. Por exemplo: pessoal
Terminados os exames, os candidatos saíram. CANTAR VENDER PARTIR
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma cantO vendO partO O
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo cantaS vendeS parteS S
(adjetivo verbal). Por exemplo: canta vende parte -
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
Tempos Verbais cantaM vendeM parteM M

Tomando-se como referência o momento em que se fala, Pretérito Perfeito do Indicativo


a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja: 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência
pessoal
1. Tempos do Indicativo CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
- Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: cantaSTE vendeSTE partISTE STE
Eu estudo neste colégio. cantoU vendeU partiU U
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente cantaSTES vendeSTES partISTES STES
terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi cantaRAM vendeRAM partiRAM AM
interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido Pretérito mais-que-perfeito
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. 1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve 1ª/2ª e 3ª conj.
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. CANTAR VENDER PARTIR - -
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
(forma simples) cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Pretérito Imperfeito do Indicativo
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve 1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado CANTAR VENDER PARTIR
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, cantAVA vendIA partIA
os alunos já terão terminado o teste. cantAVAS vendIAS partAS
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode CantAVA vendIA partIA
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
- Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que cantAVAM vendIAM partIAM
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria Futuro do Presente do Indicativo
viajado nas férias.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
2. Tempos do Subjuntivo CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento cantar ás vender ás partir ás
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. cantar á vender á partir á
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas cantar emos vender emos partir emos
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que cantar eis vender eis partir eis
ele vencesse o jogo. cantar ão vender ão partir ão

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APOSTILAS OPÇÃO
Futuro do Pretérito do Indicativo Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
CANTAR VENDER PARTIR Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
cantarIA venderIA partirIA Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA Imperativo Negativo
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantarIAM venderIAM partirIAM negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a Que tu cantes Não cantes tu
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do Que ele cante Não cante você
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou Que nós cantemos Não cantemos nós
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
1ª conj. 2ª/3ª conj. Observações:
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø - No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
cantES vendAS partAS E A S (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
cantE vendA partA E A Ø ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
cantEIS vendAIS partAIS E A IS - O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
cantEM vendAM partAM E A M sede (vós).

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Infinitivo Impessoal

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, CANTAR VENDER PARTIR
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número Infinitivo Pessoal
e pessoa correspondente. 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal cantar vender partir
1ª /2ª e 3ª conj. cantarES venderES partirES
CANTAR VENDER PARTIR cantar vender partir
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø cantarMOS venderMOS partirMOS
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S cantarDES venderDES partirDES
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø cantarEM venderEM partirEM
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS Questões
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos
Futuro do Subjuntivo ___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo- alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a do texto.
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa (A) sejam … mantesse
correspondente. (B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess. (D) seja … mantivessem
1ª /2ª e 3ª conj. (E) seja … mantêm
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø 02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão
cantaRES vendeRES partiRES R ES apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
cantaR vendeR partiR R Ø verbal em destaque expressa ação
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS (A) concluída.
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES (B) atemporal.
cantaREM vendeREM PartiREM R EM (C) contínua.
(D) hipotética.
Imperativo (E) futura.

Imperativo Afirmativo 03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar,


mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:  (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo (D) julgar de acordo com normas legais.
Eu canto --- Que eu cante (E) classificar segundo ideias preconcebidas.

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas de designação: Eis
1-B / 2-C / 3-E de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
Advérbio para quê?(finalidade)

O  advérbio, assim como muitas outras palavras existentes Locução adverbial 


na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, Exemplo:
contiguidade. Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias Há locuções adverbiais que possuem advérbios
em que esse processo se desenvolve.  correspondentes.
Exemplo:
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
modifica o  adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
exemplos: flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
é a de grau:
Para quem se diz  distantemente alheio  a esse assunto,
você está até bem informado.
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
alheio, representando uma qualidade, característica. inconstitucionalissimamente, etc;
Diminutivo: diminui a intensidade.
O artista canta muito mal. Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
devagarinho, 
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos Questões
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por 01. Leia os quadrinhos para responder a questão.
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial,
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.

Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das


circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
distintas categorias, uma vez expressas por:    
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
muito, por completo.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
em breve, hoje em dia
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, (Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, Único)
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, advérbios: AÍ e ainda.
ao lado, em volta Considerando que advérbio é a palavra que modifica
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe circunstâncias expressas por eles.
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, A) Lugar e negação.
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, B) Lugar e tempo.
indubitavelmente C) Modo e afirmação.
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, D) Tempo e tempo.
simplesmente, só, unicamente E) Intensidade e dúvida.
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente

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APOSTILAS OPÇÃO
02. Leia o texto a seguir. prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
Impunidade é motor de nova onda de agressões para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
técnicas.
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
repercussões. assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria para compreender as novas pesquisas que trazem informações
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação relevantes para nossa saúde e bem-estar.
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher. A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que eficaz para exprimir as leis da física.
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não Releia os trechos apresentados a seguir.
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao - Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras
cair no chão. podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se - Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
quebrou ao cair no chão. ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos parágrafo)
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
ajudar a polícia na investigação. Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se respectivamente, circunstâncias de
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões A) afirmação e de intensidade.
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que B) modo e de tempo.
eles sejam julgados e condenados. C) modo e de lugar.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que D) lugar e de tempo.
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil E) intensidade e de negação.
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões. Respostas
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar. 1-B / 2-C / 3-B
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle Preposição
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos. Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado) termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente
há uma subordinação do segundo termo em relação ao
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
circunstância adverbial de modo. da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em Tipos de Preposição
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem 1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente
sucesso, de duas amigas… como preposições.
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
de um engano... para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí… 2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
gramaticais que podem atuar como preposições.
03. Leia o texto a seguir. Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto.
Cultura matemática
Hélio Schwartsman 3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas.
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito trás de.
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
quais os números não encontravam muito espaço, como direito, A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente. unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou preposição, mas das palavras às quais ela se une.
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na Esse processo de junção de uma preposição com outra
manga da camisa. palavra pode se dar a partir de dois processos:
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida 1. Combinação: A preposição não sofre alteração.

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APOSTILAS OPÇÃO
preposição a + artigos definidos o, os 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
a + o = ao preposições:
preposição a + advérbio onde Destino = Irei para casa.
a + onde = aonde Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Preposição + Artigos Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
De + o(s) = do(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
De + a(s) = da(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
De + um = dum tratamento.
De + uns = duns Instrumento = Escreveu a lápis.
De + uma = duma Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + umas = dumas Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Em + o(s) = no(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
Em + a(s) = na(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Em + um = num Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Em + uma = numa Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Em + uns = nuns Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Em + umas = numas Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
A + à(s) = à(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s) Questões

Preposição + Pronomes 01. Leia o texto a seguir.


De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s) “Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s) João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois
De + esse(s) = desse(s) meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos
De + essa(s) = dessa(s) preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros,
De + aquele(s) = daquele(s) grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos
De + aquela(s) = daquela(s) em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
De + isto = disto O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula
De + isso = disso de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o
De + aquilo = daquilo que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
De + aqui = daqui “Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar
De + aí = daí duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada,
De + ali = dali pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate,
De + outro = doutro(s) instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça
De + outra = doutra(s) errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha
Em + este(s) = neste(s) vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema
Em + esta(s) = nesta(s) maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.
Em + esse(s) = nesse(s) O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos
Em + aquele(s) = naquele(s) em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez
Em + aquela(s) = naquela(s) que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar
Em + isto = nisto a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de
Em + isso = nisso Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
Em + aquilo = naquilo o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi
A + aquele(s) = àquele(s) implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da
A + aquela(s) = àquela(s) disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
A + aquilo = àquilo não é o mais importante.
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
Dicas sobre preposição esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
oblíquo e artigo. Como distingui-los? ao bom comportamento”.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
e feminino. por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade,
A dona da casa não quis nos atender. já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e
Como posso fazer a Joana concordar comigo? pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma
atitude”.
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos
Cheguei a sua casa ontem pela manhã. já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
um tratamento adequado. minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ “Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
ou a função de um substantivo. egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso
da família tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Creio que a conhecemos melhor que ninguém. Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.

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APOSTILAS OPÇÃO
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que- Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado) ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo Morfossintaxe da Conjunção
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o
termo em destaque expressa relação de As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar propriamente uma função sintática: são conectivos.
do projeto “Xadrez que liberta”.
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções
de falar. Subordinativas
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez. Conjunções coordenativas
D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou Dividem-se em:
muito feliz, porque eu não esperava.
E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma.
a revisão da minha pena. Ex. Gosto de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
02. Considere o trecho a seguir. não só...como também.
O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio,
garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham, de compensação.
é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na Ex. Estudei, mas não entendi nada.
instituição. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
todavia, no entanto, entretanto.
As preposições que preenchem o trecho, correta,
respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são: - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
A) a ...com Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
B) de ...com Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
C) de ...a quer, já...já.
D) com ...a
E) para ...de - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex.
Estudei muito, por isso mereço passar.
03. Assinale a alternativa cuja preposição em destaque Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
expressa ideia de finalidade. (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$
957,70 para R$ 1.915,40. - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes
comprovar o crime. do verbo), porquanto.
C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer
o exame clínico”... Conjunções subordinativas
D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz - CAUSAIS
Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma
embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”. vez que, como (= porque).
E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
policial de dizer quem está embriagado...
- COMPARATIVAS
Respostas Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
1-B / 2-B / 3-B mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio.
Conjunção
- CONCESSIVAS
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar
cansada)
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as Apesar de ter chovido fui ao cinema.
amiguinhas
- CONFORMATIVAS
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: Principais conjunções conformativas: como, segundo,
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: conforme, consoante
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e  mostrou Cada um colhe conforme semeia.
3ª oração: quando viu as amiguinhas. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As - CONSECUTIVAS
palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”,
Observe: Gosto de natação e de futebol. “tão”, “tamanho”).
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes Falou tanto que ficou rouco.
ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está
ligando termos de uma mesma oração. - FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.

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APOSTILAS OPÇÃO
Todos trabalham para que possam sobreviver. saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould,
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu
(=para que), que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical.
- PROPORCIONAIS (Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)
mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos,
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
- TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o
que. elemento grifado pode ser substituído por:
Quando eu sair, vou passar na locadora. A) Porém.
B) Contudo.
Importante: C) Todavia.
D) Entretanto.
Diferença entre orações causais e explicativas E) Conquanto.

Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) 02. Observando as ocorrências da palavra “como” em –
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos Como fomos programados para ver o mundo como um lugar
com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção
explicativa. Veja os exemplos: (A) comparativa nas duas ocorrências.
(B) conformativa nas duas ocorrências.
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser (C) comparativa na primeira ocorrência.
atropelado”: (D) causal na segunda ocorrência.
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou (E) causal na primeira ocorrência.
uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes 03. Leia o texto a seguir.
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
vêm marcadas por vírgula. Participação
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar
Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de
explicativa. nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo) junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes”
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos
porque não havia cemitério no local.” da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê- expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um
la é colocá-la no início do período, introduzida pela convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes
conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa. é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos
em outra cidade. Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente estrofe:
dependentes uma da outra. “Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de
vida ou morte − será arte?”
Questões
O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte
01. Leia o texto a seguir. na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de
A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse
mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma
disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão
de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse
entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa
Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem identidade social.
rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria
ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação,
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô, de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa
o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção.
Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de (Belarmino Tavares, inédito)
um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no
passado. Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, relação de causa e efeito:
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor A) ser poeta e militante político / confronto entre
da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para subjetividade e atuação social
os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a B) ser poeta e militante político / divisão permanente em
tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam cada um de nós
que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas
a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de E) participar ativamente da política / formular hipóteses
concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem com ar de convicção
de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão

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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
1-E / 2-E / 3-A
Classificação das Interjeições
Interjeição
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
Atenção!, Olha!, Alerta!
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
mais elaboradas. Observe o exemplo:
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
raiva se traduz numa palavra: Droga!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
- Desculpa: Perdão!
em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma
Eh!
ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
Ora!
sentença.
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Veja os exemplos:
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
Bravo! Bis!
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
bravo  e  bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
bom! Repitam!»
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
“Estou com dor!”
Deus!
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é,
um estado da alma decorrente de uma situação particular, um não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes,
momento ou um contexto específico. Exemplos: nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
Ah, como eu queria voltar a ser criança! verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! não se trata de um processo natural dessa classe de palavra,
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
O significado das interjeições está vinculado à maneira
Locução Interjetiva
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
enunciação. Exemplos:
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
Psiu!
Ora bolas!
contexto:  alguém pronunciando essa expressão na rua;
Quem me dera!
significado da interjeição (sugestão):  “Estou te chamando! Ei,
Virgem Maria!
espere!”
Meu Deus!
Psiu!
Ai de mim!
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um
Valha-me Deus!
hospital; significado da interjeição (sugestão):  “Por favor, faça
Graças a Deus!
silêncio!”
Alto lá!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
Muito bem!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
Observações:
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
exemplo:
a)  Sintetizar uma frase  exclamativa, exprimindo alegria,
Ué! = Eu não esperava por essa!
tristeza, dor, etc.
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
Você faz o que no Brasil?
Eu? Eu negocio com madeiras.
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
Ah, deve ser muito interessante.
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
b) Sintetizar uma frase apelativa
podem aparecer como interjeições.
Cuidado! Saia da minha frente.
Viva! Basta! (Verbos)
As interjeições podem ser formadas por:
Fora! Francamente! (Advérbios)
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
porque sozinha pode constituir uma mensagem.
bolas!
Socorro!
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes
Ajudem-me! 
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que
Silêncio!
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Fique quieto!
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)

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APOSTILAS OPÇÃO
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte
que exprimem ruídos e vozes. e seis.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Flexão dos numerais
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
homônima  “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em
depois do “ó” vocativo. diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac)  milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas primeiro segundo milésimo
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no primeira segunda milésima
diminutivo ou no superlativo. primeiros segundos milésimos
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! primeiras segundas milésimas
Interjeições, leitura e produção de textos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam
Usadas com muita frequência na língua falada informal, em funções substantivas:
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante flexionam-se em gênero e número:
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou Teve de tomar doses triplas do medicamento.
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número.
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens partes
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
racional fazem das interjeições presença constante nos textos É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
publicitários. numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ É o que ocorre em frases como:
morf89.php “Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
Numeral O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
divisão de futebol)
Numeral é a palavra que indica os seres em termos
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa Emprego dos Numerais
em determinada sequência.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a
Eu quero café duplo, e você? partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] substantivo:
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Ordinais Cardinais
[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
“fila”] D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
de numerais, mas sim de algarismos. *Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a até nono e o cardinal de dez em diante:
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena. *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente
Classificação dos Numerais empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez
referência.
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância
um, dois, cem mil, etc. da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: comunitárias de seu bairro.
primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática.
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
dobro, triplo, quíntuplo, etc. um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
Leitura dos Numerais três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
Separando os números em centenas, de trás para frente, cinco quinto quíntuplo quinto
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no seis sexto sêxtuplo sexto
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos sete sétimo sétuplo sétimo
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. oito oitavo óctuplo oitavo

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APOSTILAS OPÇÃO
nove nono nônuplo nono Quando equivale a alguma coisa virá sempre antecedida
dez décimo décuplo décimo de artigo ou outro determinante, e receberá acento por ser
onze décimo primeiro - onze avos monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa
doze décimo segundo - doze avos também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for
treze décimo terceiro - treze avos substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe
catorze décimo quarto - catorze avos de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
quinze décimo quinto - quinze avos etc.)
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos EX.: Há nisso um quê de mistério. (=alguma coisa)
dezessete décimo sétimo - dezessete avos Há paixões que dominam os impérios. (Sujeito)
dezoito décimo oitavo - dezoito avos Sofro as penas que eu próprio busquei… (Objeto direto)
dezenove décimo nono - dezenove avos A pessoa a que me referi, chegou. (Objeto indireto)
vinte vigésimo - vinte avos “Não conheço que fui no que hoje sou.” (Predicativo)
trinta trigésimo - trinta avos Que horas são? (Adjunto adnominal)
quarenta quadragésimo - quarenta avos O projeto a que sou favorável é este e não aquele.
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos (Complemento nominal)
sessenta sexagésimo - sessenta avos Esta é a escola em que estudo. (Adjunto adverbial)
setenta septuagésimo - setenta avos Encontrou-se a arma por que ela foi ferida. (Agente da
oitenta octogésimo - oitenta avos passiva)
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo 2- Pronome
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo Adjetivo interrogativo:
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo EX.: Que matérias você perdeu? (= quais)
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo Substantivo interrogativo:
setecentos septingentésimo - septingentésimo EX.: O que viste por onde viajaste? (= que coisa)
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo Adjetivo indefinido:
ou noningentésimo - nongentésimo EX.: Veja que horas são. (= quantas)
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo Substantivo indefinido:
bilhão bilionésimo - bilionésimo EX.: Não compreendo por que não me escutas. (= que
motivo)
Questões
Relativo:
01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais” EX.: Os amigos que me restam são de data recente.
temos exemplos de numerais:
A) ordinais; 3 – Preposição (de)
B) cardinais; EX.: Ele tem que aparecer para conversar comigo.
C) fracionários; Doença é pior que todas as coisas.
D) romanos;
E) Nenhuma das alternativas. 4 – Advérbio de intensidade
Refere-se sempre a um adjetivo.
02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem
empregados. EX.: Que maravilhoso é o amor! (=quão)
A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. Que difícil foi a conversa! (=quão)
B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro. 5 – Interjeição
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono. EX.: Quê! Foi roubado!
E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.
6 – Partícula expletiva (ou de
03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 realce)
são, respectivamente EX.: Quase que ela perdeu.
A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno, O último que chegar que feche a porta.
nongentésimo
B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo 7 – Conjunção subordinativa
C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo Integrante:
EX.: É justo que ele pague pelo que fez.
Respostas
1-B / 2-D / 3-B Final:
EX.: Faço votos que seja feliz.
13. Funções do “que” e do “se”. Causal:
EX.: “Trevas, caí, que o dia é morto.”
“Antes que cases, olha o que fazes, que não é nó que
Funções do “Que” e do “Se” desates.”

Há muitas dúvidas quanto ao emprego do que e do se, pois Comparativa:


podem ser empregados em várias funções morfossintáticas. EX.: Os homens são menos detalhistas que as mulheres.
Portanto, iremos analisar cada termo individualmente, a fim de
que as análises se tornem mais claras. Temporal:

Funções do QUE EX.: “Porém já cinco sóis eram passados que dali nos
1 – Substantivo partíramos.”

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APOSTILAS OPÇÃO
Consecutiva: Questões
EX.: Estudou tanto, que acabou perdendo a hora
01. Na frase “Comentava-se muito sobre aquela senhora
Concessiva: misteriosa.” assinale a única alternativa correta quanto à função
EX.: Muito que ele come, nunca engorda. sintática do “SE”.
(A) partícula apassivadora espaço
8 – Conjunção coordenativa (B) agente da passiva espaço
(C) índice de indeterminação do sujeito
Aditiva: (D) sujeito
EX.: “Maravilha feita de Deus que não de humilde braço.” (E) objeto indireto

Explicativa: 02. “Na ata da reunião, registraram-se todas as opiniões dos


EX.: Não saiam, que vai chover. presentes.” Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
classificação da partícula “SE”:
Adversativa: (A) índice de indeterminação do sujeito
EX.: Façam eles, que não eu. (B) pronome reflexivo (objeto direto)
(C) partícula apassivadora
Alternativa: (D) conjunção subordinativa integrante
EX.: Que permitam, que não permitam, irei vê-la. (E) palavra de realce

Funções do SE 03. No verso “se faz uma jangada”, o SE funciona como:


(A) pronome reflexivo
Funções morfológicas (B) índice de indeterminação do sujeito
(C) pronome apassivador
1 – Conjunção subordinativa (D) parte integrante do verbo
(E) pronome recíproco
Integrante:
EX.: Não sei se vocês já leram Guimarães Rosa. Respostas

Condicional: 01. (C) - Nesse caso, a partícula “se” exerce a função de índice
EX.: Se você pretende ser universitário, estude. de indeterminação do sujeito, porque está ligada a um verbo
transitivo indireto (comentar (sobre) a fim de indeterminar seu
Concessiva: sujeito.
EX.: “Se não teceu o Próprio enxoval, ganhou-o, fio a fio, no
tear.” 02. (C) - Reescritura da frase na voz passiva analítica: Todas
as opiniões dos presentes foram registradas.
Causal:
EX.: “Se a morte sabes dar com fogo e ferro, sabe também dar 03. (C) - Reescritura da frase na voz passiva analítica: uma
vida com clemência.” jangada é feita.

2 – Conjunção coordenativa alternativa


EX.: Se há lágrimas, se há risos, o amor brilha nos seus 14. Formação de palavras.
lábios.

3 – Pronome (ou partícula) apassivador


EX.: Nota-se que eles estão animados. Estrutura e formação das palavras

4 – Partícula (ou índice) de indeterminação do sujeito Observe as seguintes palavras:


EX.: Vive-se brigando nesta casa. escol-a
escol-ar
5- Parte integrante de verbo escol-arização
EX.: Ela se arrependeu de ter esperado tanto. escol-arizar
sub-escol-arização
6 – Partícula expletiva ou de realce (junto a verbos
intransitivos) Percebemos que há um elemento comum a todas elas: a
EX.: Passam-se os anos e nada mudou. forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis,
responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
7 – Pronome Reflexivo: exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar
EX.: Ele feriu-se gravemente. pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas
Recíproco: palavras que selecionamos, podemos depreender a existência
EX.: Abraçaram-se, mas já era tarde. de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos
formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento
Funções sintáticas significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Como pronome, o se pode exercer as seguintes funções Classificação dos morfemas:


sintáticas de objeto direto, objeto indireto e sujeito de uma Radical
oração definitiva. Há um morfema comum a todas as palavras que estamos
EX.: Ela se trancou por dentro, calada, esperando. (Objeto analisando: escol-.
direto)
“O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.” É esse morfema comum – o radical – que faz com que as
(Objeto indireto) consideremos palavras de uma mesma família de significação –
“Sofia deixou-se estar à janela.” (Sujeito) os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua
significação principal.
Fonte: http://www.diegomacedo.com.br/funcoes-do-que-e-do-se/

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APOSTILAS OPÇÃO
Afixos mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais
Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam
nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, vogal temática.
o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam
afixos. três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
Quando são colocados antes do radical, como acontece Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como conjugação; aqueles cuja vogal temática é  -e pertencem à
arização, surgem depois do radical os afixos são chamados segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à
de sufixos. terceira conjugação.
Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe  
gramatical, são capazes de introduzir modificações de primeira conjug. segunda conjug. terceira conjug.
significado no radical a que são acrescentados. govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra
atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
Desinências realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como
amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas Vogal ou consoante de ligação 
modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado
em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que
terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo
do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o - i - entre
as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros
das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira,
desinências nominais e desinências verbais. chaleira, tricota.

Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos Processos de formação de palavras:


nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as 1-) Composição
desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição;
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de justaposição e aglutinação.
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; 1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que
menino/meninos; menina/meninas. formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos:
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
plural assume a forma -es: 1.2-) Aglutinação: ocorre quando os elementos que
mar/mares; formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde
revólver/revólveres; sua integridade sonora: Aguardente (água + ardente), planalto
cruz/cruzes. (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)

Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Derivação por acréscimo de afixos 


verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas)
o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode
indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número- ser: prefixal, sufixal e parassintética.
pessoais): 1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
  cant-á-va-mos acréscimo de prefixo.
cant-á-sse-is In------ --feliz        des----------leal
cant: radical Prefixo radical  prefixo radical
cant: radical
-á-: vogal temática 2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
-á-: vogal temática acréscimo de sufixo.
Feliz---- mente    leal------dade
-va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito Radical sufixo   radical sufixo
imperfeito do indicativo)
-sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito 3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
imperfeito do subjuntivo) simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem o
-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não “existiria”).
pessoa do plural) Por parassíntese formam-se principalmente verbos.
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda En-- -----trist- ----ecer
pessoa do plural) Prefixo radical  sufixo

Vogal temática en----- ---tard--- --ecer 


Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, prefixo radical sufixo
surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado Outros tipos de derivação
de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo
o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que
acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a
apresentam vogais temáticas. derivação imprópria.
1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca está
combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar)
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa,
escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas 2-) Derivação imprópria:  a palavra nova (derivada)
vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra

Língua Portuguesa 54
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APOSTILAS OPÇÃO
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de
na classe gramatical. comunicação consiste na transmissão de informação entre
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma
da conjunção porque) determinada mensagem.
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos
substantivo) que podem ser gestos, sons, indícios, uma língua natural
(português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que
Outros processos de formação de palavras: possuem um significado (por exemplo, as cores do semáforo),
e transportada até o destinatário através de um canal de
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos comunicação (o meio por onde circula a mensagem, seja por
de línguas diferentes. carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).
automóvel (auto: grego; móvel: latim) Nesse processo podem ser identificados os seguintes
sociologia (socio: latim; logia: grego) elementos: emissor, receptor, código (sistema de sinais) e canal
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) de comunicação. Um outro elemento presente no processo
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e- comunicativo é o ruído, caracterizado por tudo aquilo que afeta
formacao-de-palavras-i.htm o canal, perturbando a perfeita captação da mensagem (por
exemplo, falta de rede no celular).
- Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta- Quando a comunicação se realiza por meio de uma
se por meio da eliminação de um segmento de uma palavra linguagem falada ou escrita, denomina-se comunicação verbal.
no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente É uma forma de comunicação exclusiva dos seres humanos e a
aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos:  mais importante nas sociedades humanas.
As outras formas de comunicação que recorrem a sistemas
metropolitano – metrô de sinais não-linguísticos, como gestos, expressões faciais,
extraordinário – extra imagens, etc., são denominadas comunicação não-verbal.
otorrinolaringologista – otorrino Alguns ramos da comunicação são: a teoria da informação,
telefone – fone comunicação intrapessoal, comunicação interpessoal,
pneumático – pneu marketing, publicidade, propaganda, relações públicas, análise
do discurso, telecomunicações e Jornalismo.
- Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando O termo “comunicação” também é usado no sentido de
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- ligação entre dois pontos, por exemplo, os meios de transporte
zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. que fazem a comunicação entre duas cidades ou os meios
  técnicos de comunicação (telecomunicações).
- Siglas: As siglas são formadas pela combinação das
letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um Tipos de comunicação
nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e É possível classificar a comunicação conforme o número de
Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). pessoas que estão envolvidas por ela.
As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não
ser que haja mais de três letras e  a sigla seja pronunciável sílaba Comunicação Intrapessoal = a pessoa se comunica com
por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras.  ela mesma por meio de pensamentos, ou da escrita em diários
  pessoais.
Questões
Comunicação Interpessoal = refere-se à troca de
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam informações entre duas pessoas. Pode ocorrer em conversas
pelo mesmo processo: presenciais, por carta, e-mail ou telefone.
A) ajoelhar / antebraço / assinatura
B) atraso / embarque / pesca Comunicação em Grupo = indica o processo de comunicação
C) o jota / o sim / o tropeço entre três pessoas ou mais. Acontece no ensino, em palestras,
D) entrega / estupidez / sobreviver teleconferências ou discursos.
E) antepor / exportação / sanguessuga
Comunicação de Massa = tem a pretensão de atingir um
02. A palavra “aguardente” formou-se por: grande público não especificamente identificado, é realizada de
A) hibridismo forma coletiva e não focalizada a uma única pessoa. É conhecida
B) aglutinação como sendo “um-para-muitos”, possibilitando respostas
C) justaposição limitadas do público. Exemplos desse tipo de comunicação:
D) parassíntese jornais, revistas, filmes e televisão.
E) derivação regressiva
Comunicação Dirigida = é caracterizada pela seleção prévia
Respostas de públicos (ou segmentos de mercado), ou seja, direciona-se a
01. (B) / 2. (B) um público homogêneo identificado (por exemplo, mala-direta
para um grupo de gestores).

15. Elementos de comunicação. Comunicação Integrada = por meio de uma única mensagem
ocorre a utilização de uma forma conjugada de todas as formas
de marketing, sendo elas: Publicidade e Propaganda, Venda
Pessoal, Promoção de Vendas, Relações Públicas, Assessoria
Comunicação de Imprensa, Marketing Direto e Internet. Todas essas áreas do
marketing irão contribuir de forma particular para o alcance dos
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino objetivos.
“communicare”, que significa “partilhar, participar algo, tornar A comunicação integrada busca cercar o público-alvo em
comum”. todos os canais comunicativos existentes, por isso utilizam-se
Através da comunicação, os seres humanos e os animais diversos tipos de mídia ao mesmo tempo e de forma conjugada.
partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de
comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade. Elementos da comunicação
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de Todas as formas de comunicação envolvem os seguintes
importância vital, sendo uma ferramenta de integração, elementos:

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APOSTILAS OPÇÃO
Emissor – quem inicia o processo; sempre é claramente entendida e, mais importante, não existe a
Código – sinais para se construir uma mensagem; possibilidade do diálogo. A transmissão da informação é passiva.
Mensagem – aquilo que se quer comunicar; A comunicação verbal, ao contrário é mais poderosa e versátil.
Canal – o veículo que leva a mensagem;
Receptor – quem recebe, decodifica e interpreta o significado. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
Sabe-se que existe hoje um sistema de comunicação A comunicação verbal serve para transmitir informações
complexo, com transmissões de mensagens através de códigos entre indivíduos, tendo estas informações um caráter
variados, canais e veículos cada vez mais rápidos e eficientes. informativo. Já a comunicação não-verbal é caracterizada
pelo uso de gestos, da mímica, do olhar, da voz e dos sinais
Comunicação humana paralingüísticos, da organização espacial e da localização.
Estes, que são determinantes de uma relação interpessoal dos
Na comunicação humana, o código é a linguagem, que na indivíduos.
conversação é complementada por elementos da comunicação
não-verbal (gestos, expressões faciais, movimentos dos olhos Organização espacial
e do corpo, etc) e o canal utilizado é o ar que respiramos. No É a distância que separa o emissor do receptor e se acha
processo de conversação, existe o feedback, representado pela determinada por um conjunto de regras que refletem a mensagem
resposta do receptor no momento em que responde, o receptor e as interações dos interlocutores. O espaço é convencionado
inverte o processo e passa a ser o emissor, e aquele que antes por todo um sistema de sinais que varia conforme os grupos
emitia passa a ser o receptor, que irá decodificar e interpretar a sociais e culturais.
nova mensagem. É esta inversão do processo que permite a uma A distância é um grau regulador de intimidade na relação
pessoa saber se a outra entendeu a sua mensagem. dos interlocutores, ela exerce influência na transmissão da
informação pela utilização de diversos canais.
Linguagem
A linguagem é, ao mesmo tempo, uma função e um Localização
aprendizado: uma função no sentido de que todo ser humano A localização é um indicador do tipo de relação que a pessoa
normal fala e a linguagem constitui um instrumento necessário deseja ter com seu interlocutor, ela também modula a mensagem
para ele; um aprendizado, pois o sistema simbólico lingüístico, transmitida e indica status privilegiado. Indica também que
que a criança deve assimilar, é adquirido progressivamente estas pessoas gostariam ou detém um certo prazer no grupo.
pelo contato com o meio. Essa aquisição ocorre durante
toda a infância, no que o aprendizado da linguagem difere, Os gestos
fundamentalmente, do aprendizado da marcha ou da preensão, Os gestos precedem ou acompanham o comportamento
que constituem a seqüência necessária do desenvolvimento verbal. São controlados pelas normas sociais e estão ligados
biológico; A linguagem é um aprendizado cultural e está ligada aos modos. Cada emoção exprime-se num modelo postural que
ao meio da criança. reflete essa tensão ou esse relaxamento. Por exemplo, pessoas
em uma determinada postura que costumam freqüentemente
COMUNICAÇÃO VERBAL mexer um ou os dois pés, é um dos indicativos de ansiedade.
Existem inúmeras formas de se trocar informações, ou seja, Assim como a postura dos braços cruzados é um indicativo de
de se comunicar. Uma das mais eficazes para o ser humano é a fechamento racional.
comunicação verbal, que ocorre quando um grupo de indivíduos
com interesses comuns ou correlatos se reúne. A mímica
As mímicas são os “gestos do rosto”. Um observador pode ver
A comunicação oral no rosto informações sobre a personalidade e a história de seu
Em reuniões sociais, sejam elas formais ou informais, as interlocutor, mas isso gera também muitos erros.
informações são trocadas através da comunicação oral, a mais As mímicas são específicas do meio social, da região em que
importante para a transmissão das idéias. Existe a oportunidade a pessoa foi educada.
de aprofundar os detalhes de maior interesse relacionados Por exemplo, é comum o japonês sorrir quando está
à informação oferecida, bem como a possibilidade de se embaraçado, enquanto no brasileiro o sorrir é uma manifestação
obter a repetição ou o detalhamento de uma informação não comum de alegria.
completamente entendida. Podem também ser apresentadas
observações ou pontos de vista capazes de enriquecer a O olhar
informação inicial, tornado-a mais clara, concisa e completa. A expressão do olhar é tão variada e difícil de controlar que é
O desembaraço na conversa informal do dia a dia, pouco também difícil dominar as intenções mais ocultas.
tem a ver com o desempenho na comunicação verbal, como O olhar parece ter dupla função:
forma de intercambiar informações. É difícil para a maioria dos Indica a quem se dirige a comunicação.
profissionais de qualquer área, utilizar adequadamente essa Constitui um indício da atenção dada.
potente modalidade de comunicação. Isto é conseqüência do Não existe interação na comunicação sem troca de olhar, o
simples fato de que a formação e o treinamento das pessoas são contato com os olhos marca a interação intensa.
incompletos. Nós não somos ensinados a organizar e registrar o Um exemplo de interação feito com o do olhar é o do
nosso trabalho diário, analisá-lo criticamente, tirar conclusões e vendedor frente a seus clientes. Ele fixa o olhar no seu cliente
discuti-las de forma ordenada. submetendo a este uma condição de submissão na comunicação.
De um modo geral, as pessoas evitam falar em público,
por uma série de razões, como vergonha, medo de enfrentar a A voz e os sinais paralinguísticos
audiência, medo de não saber responder a alguma pergunta, A voz transmite aspectos da personalidade assim como
receio de parecer ridículo ou de dizer besteiras, etc. Essas estado de espírito da pessoa que se fala. Um indivíduo traz no
razões, contudo, não tem o menor fundamento; elas apenas seu registro e voz a marca quase irreversível de seu grupo social
servem para esconder a única e real razão: a falta de treino ou e cultural.
de familiaridade com a comunicação verbal. É perfeitamente O timbre de voz, o ritmo, a fluência, a intensidade dependem
normal que algumas pessoas pareçam mais naturais ou à do controle emotivo.
vontade do que outras, ao falar em grupo. A diferença, contudo,
reside apenas no quanto uns conseguem desligar dos falsos e CONCORDÂNCIA E DISCORDÂNCIA ENTRE A COMUNICAÇÃO
infundados receios e concentrar-se na comunicação. VERBAL E A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
O código verbal possui o objetivo de transmitir um conteúdo
A comunicação escrita de valor informativo. Já o código não verbal é quase sempre
A leitura, por mais atenta que possa ser, não tem o poder utilizado para manter a relação interpessoal.
de transmissão da informação que a comunicação verbal tem. Se houver concordância entre elas, o impacto da mensagem
Na leitura, o autor é desconhecido ou distante; a sua idéia nem é mais forte e a recepção é melhor.

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APOSTILAS OPÇÃO
Se houver discordância entre elas, ocorre uma desorientação A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.
do receptor, o sentido da mensagem é alterado e o conteúdo se
torna preponderante. Os termos da oração da língua portuguesa são classificados
Exemplo: uma pessoa ao dar um abraço numa criança em três grandes níveis:
demonstrando afeto por ela ao mesmo tempo que chama esta - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
de querida e meiga, fortalece a mensagem. O mesmo não ocorre
se, ao dar o abraço, a pessoa chama a criança de chata. Para a - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
criança, o abraço será mais significativo e ela fará uma distorção Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente
da palavra chata. da Passiva).

Fontes: http://www.portaleducacao.com.br/marketing/ - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,


artigos/36851/tipos-de-comunicacao#ixzz3zyJfUYMH Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
http://www.significados.com.br/comunicacao/
http://pedagogiaaopedaletra.com/comunicacao-verbal-e-nao- Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais
verbal/ (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos:

16. Sintaxe: relações sintático- Sujeito Predicado


semânticas estabelecidas entre
Pobreza não é vileza.
orações, períodos ou parágrafos
(período simples e período Os sertanistas capturavam os índios.
composto por coordenação e Um vento áspero sacudia as árvores.
subordinação).
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica
uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao
Oração fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico
do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido, (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma
porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
período, completando um pensamento e concluindo o enunciado com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal,
através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o
casos, através de reticências. núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes - estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, - apresentar-se como elemento determinante em relação ao
não podem ser analisadas sintaticamente frases como: predicado;
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo
Socorro! ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
Com licença!
Que rapaz impertinente! Exemplo:
Muito riso, pouco siso.
A padaria está fechada hoje.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como está fechada hoje: predicado nominal
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração a padaria: sujeito
desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma
coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante,
predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo: ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição
A menina banhou-se na cachoeira. de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire
A menina – sujeito sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma
banhou-se na cachoeira – predicado sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado) Exemplo:

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em As formigas invadiram minha casa.
número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara as formigas: sujeito = termo determinante
algo», «o tema do que se vai comunicar». invadiram minha casa: predicado = termo determinado
O predicado é a parte da oração que contém “a informação Há formigas na minha casa.
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. sujeito: inexistente

Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma
algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse
seja, o predicado, é «é eterno». nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu,
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa,
que identificamos por ser o termo que concorda em número e sua representação pode ser feita através de um substantivo, de
pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”. um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras,
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um Exemplos:
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de Eu acompanho você até o guichê.
sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente: Vocês disseram alguma coisa?
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
desembarcar.” (Aníbal Machado) Marcos tem um fã-clube no seu bairro.

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APOSTILAS OPÇÃO
Marcos: sujeito = substantivo próprio Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.
Ninguém entra na sala agora.
ninguém: sujeito = pronome substantivo - Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o
O andar deve ser uma atividade diária. verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.

Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa
oração substantiva subjetiva: língua.
Exemplos:
É difícil optar por esse ou aquele doce... É fácil este problema!
É difícil: oração principal Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva “Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.”
(José de Alencar)
O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos: Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a
O sino era grande. nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª
Ela tem uma educação fina. pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo.
Vossa Excelência agiu com imparcialidade. Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos
Isto não me agrada. de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear,
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer fenômenos meteorológicos.
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um
voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) segmento extraído da estrutura interna das orações ou das
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse
O sujeito pode ser: sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico
que estabelece concordância com outro termo essencial
Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos; da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou
“Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.” subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal).
Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo
cavalo nadavam ao lado da canoa.” que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua
Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno
amanhã. da concordância entre esses dois termos essenciais da oração.
Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando Então têm por características básicas: apresentar-se como
não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã. elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um
(sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito.
saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está
expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) Exemplo:
aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito:
vocês) Carolina conhece os índios da Amazônia.
Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo sujeito: Carolina = termo determinante
fertiliza o Egito. predicado: conhece os índios da Amazônia = termo
Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa determinado
pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso;
Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se Nesses exemplos podemos observar que a concordância é
açudes. (= Açudes foram construídos.) estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos
Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e “conhece”;
por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque
dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto
trancou-se no quarto. é, que são responsáveis pela principal informação naquele
Indeterminado: quando não se indica o agente da ação segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da
a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso,
bem naquele restaurante. temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por
Observações: um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu
- Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto. núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou
- Sujeito formado por pronome indefinido não é termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o
indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho. verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do
Ninguém lhe telefonou. predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos:
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com Minha empregada é desastrada.
admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De predicado: é desastrada
qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.” núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo tipo de predicado: nominal
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O
pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
Pode ser omitido junto de infinitivos. do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
Aqui vive-se bem. característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
Devagar se vai ao longe. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.

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APOSTILAS OPÇÃO
A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido.
predicado: demoliu nosso antigo prédio As orações formadas com verbos intransitivos não podem
núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o “transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos
sujeito passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com
tipo de predicado: verbal o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
Os manifestantes desciam a rua desesperados. - “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
predicado: desciam a rua desesperados - “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o - “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo
sujeito; desesperados = atributo do sujeito que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
tipo de predicado: verbo-nominal
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
responsável também por definir os tipos de elementos que chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta
para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto
é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo:
constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar,
forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
do predicado. Comprei um terreno e construí a casa.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por Maricá)
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos: “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.”
(Guedes de Amorim)
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os
depois de algozes) que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe) Consideramos o caso extraordinário.
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina Inês trazia as mãos sempre limpas.
Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente) O povo chamava-os de anarquistas.
Julgo Marcelo incapaz disso.
Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo
forma o predicado. Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem
Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, ser usados também na voz passiva; Outra característica desses
podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes
de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo: o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente
As flores murcharam. com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico:
Os animais correm. arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta;
As folhas caem. tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar,
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar,
o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar,
predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos: receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.

João puxou a rede. Transitivos Indiretos: são os que reclamam um


“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara complemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
Resende) Exemplos:
“Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.” “Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma
(Camilo Castelo Branco) adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou, neutros.” (Érico Veríssimo)
invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas: “Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José
puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê? Américo)
Os verbos de predicação completa denominam-se “Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.”
intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os (José Geraldo Vieira)
verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa
(bitransitivos). distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe,
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe,
uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem-
ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal, lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir
relacionando o predicativo com o sujeito. os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele,
pois têm sentido completo. depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis) Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar) a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.” pouco mais, usados também como transitivos diretos: João
(Marquês de Maricá) paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado,
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como
Observações: Os verbos intransitivos podem vir atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua

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APOSTILAS OPÇÃO
vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira. ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta;
(tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado
variam de significação conforme sejam usados como transitivos considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo
diretos ou indiretos. inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas
vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele
dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. choque com o mundo me causara.”
Exemplos:
No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres. Termos Integrantes da Oração
A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva. Chamam-se termos integrantes da oração os que completam
Ceda o lugar aos mais velhos. a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram,
completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou compreensão do enunciado. São os seguintes:
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);
formação do predicado nominal. Exemplos: - Complemento Nominal;
A Terra é móvel. - Agente da Passiva.
A água está fria.
O moço anda (=está) triste. Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação
A Lua parecia um disco. incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:
As plantas purificaram o ar.
Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de “Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro)
anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais Procurei o livro, mas não o encontrei.
se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por Ninguém me visitou.
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. O objeto direto tem as seguintes características:
(aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria - Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma - Normalmente, não vem regido de preposição;
princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um
dificuldades.; Parece que vai chover. verbo ativo: Caim matou Abel.
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação por Caim.
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam
na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos: O objeto direto pode ser constituído:
O homem anda. (intransitivo) - Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador
O homem anda triste. (de ligação) cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável.
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos:
O cego não vê. (intransitivo) Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.;
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) “Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto) quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de
objeto. plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do
livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos
Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo, meus escritos?”
um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um
verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando-
A bandeira é o símbolo da Pátria. se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma
A mesa era de mármore. esfera semântica:
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na (Vivaldo Coaraci)
constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos: “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal
O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava Machado)
atrasado.) “Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado
O menino abriu a porta ansioso. de Assis)
Todos partiram alegres. Em tais construções é de rigor que o objeto venha
acompanhado de um adjunto.
Observações: O predicativo subjetivo às vezes está
preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto
mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem
estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre
verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes, principalmente:
os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
coisas.; Onde está a criança que fui? Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
um verbo transitivo. Exemplos: hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o
O juiz declarou o réu inocente. seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
O povo elegeu-o deputado. - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos;
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com
certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente aquele homem a quem na realidade também temia, como todos
se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se ali”.

Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em
que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é
construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados
“Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a adjuntos adverbiais.
um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
- Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa
eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos:
duas criaturas que só tinham uma à outra”. Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-
principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é
eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a
todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele
estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”. só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao
direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais
médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os
conheço desde os seus mais tenros anos”. obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com
- Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro quem conto são poucas.
caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
ambos...”. Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
- Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a representado pelos substantivos (ou expressões substantivas)
pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a,
outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos com, contra, de, em, para e por.
outros.; A quantos a vida ilude!.
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto,
da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase.
livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”; Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa
“Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões,
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos,
preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição.
do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao
quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe, mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”;
lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê- “Ah, não fosse ele surdo à minha voz!”
lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com
verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões Observações: O complemento nominal representa o
ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de
expressão. assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor
de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas
Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que
pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a
chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo;
O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa. perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais,
O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem. obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc.
“Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado)
Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz
Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo
preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos
ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal: frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos
“Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era
significação dos verbos: conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.”

- Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou
à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma. pelos pronomes:
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): As flores são umedecidas pelo orvalho.
Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a
verdade ao moço.) O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz
ativa:
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Observações:
Frase de forma passiva analítica sem complemento agente
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade.
Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para (Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas.
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto (Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara

Língua Portuguesa 61
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APOSTILAS OPÇÃO
o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos substantivo:
pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele Foram os dois, ele e ela.
pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
ruas. (certo)
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
Termos Acessórios da Oração seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do
sujeito:
Termos acessórios são os que desempenham na oração Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São cores.
três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
adverbial e aposto. Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia;
(Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
– vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
adnominal). (Graciliano Ramos)
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, vezes, está elíptico. Exemplos:
este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço, Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto; Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, alma humana.
posse, origem, fim ou outra especificação:
- presente de rei (=régio): qualidade O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem tempestade iminente.
- fio de aço, casa de madeira: matéria O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
Um aposto pode referir-se a outro aposto:
Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)
o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do
presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto
de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor é, a saber, ou da preposição acidental como:
de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai,
o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém não são banhados pelo mar.
ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
matas, cheiro de petróleo, amor de mãe. nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:

Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas coisas.” (Raquel Jardim)
numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.
é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.;
Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título,
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou
esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às a coisa personificada a que nos dirigimos:
vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu
pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
de repente. de Lourdes Teixeira)
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes Assis)
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa.
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio, prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso,
assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade
adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de
complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj. apelo (ó, olá, eh!):
adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: (Graciliano Ramos)
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio. “Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” Castelo Branco)
(Carlos Drummond de Andrade) O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome

Língua Portuguesa 62
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões As orações independentes de um período são chamadas
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade orações coordenadas é chamado de período composto por
em: coordenação.
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
(B) enfrentamos MUITAS novidades sindéticas.
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
(E) assumimos MUITO conflito e confusão não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há OCA OCA OCA
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
respectivamente: “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(A) sujeito – objeto direto; Assis)
(B) sujeito – aposto; “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(C) objeto direto – aposto; (Antônio Olavo Pereira)
(D) objeto direto – objeto direto; “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
(E) objeto direto – complemento nominal. (Coelho Neto)

03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm
indireto. introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana) O homem saiu do carro / e entrou na casa.
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca OCA OCS
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando
Pessoa) As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas
/ Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de que as introduzem. Pode ser:
Guimarães)
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só...
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para mas também, não só... mas ainda.
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa) Saí da escola / e fui à lanchonete.
OCA OCS Aditiva
Respostas
01. D\02. C\03. D Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à
Período oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.

Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um A doença vem a cavalo e volta a pé.
período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de As pessoas não se mexiam nem falavam.
interrogação ou com reticências. “Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até
O período é simples quando só traz uma oração, chamada nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma (Machado de Assis)
oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.) porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Existe uma maneira prática de saber quantas orações há Estudei bastante / mas não passei no teste.
num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num OCA OCS Adversativa
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
locuções verbais nele existentes. Exemplos: Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração) que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) uma conjunção coordenativa adversativa.
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração) A espada vence, mas não convence.
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
verbais, duas orações)
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
Há três tipos de período composto: por coordenação, por por isso, pois, logo.
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
tempo (também chamada de misto). Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
OCA OCS Conclusiva
Período Composto por Coordenação – Orações
Coordenadas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração
Considere, por exemplo, este período composto: anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos
de infância. Vives mentindo; logo, não mereces fé.
1ª oração: Passeamos pela praia Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
2ª oração: brincamos
3ª oração: recordamos os tempos de infância - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou,
As três orações que compõem esse período têm sentido ora... ora, seja... seja, quer... quer.
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática:
elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra OCA OCS Alternativa
sintaticamente.
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma

Língua Portuguesa 63
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APOSTILAS OPÇÃO
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
coordenativa alternativa. menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
Venha agora ou perderá a vez. é classificado como período composto por subordinação. As
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
Assis) que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço
muito caro.” (Renato Inácio da Silva) Orações Subordinadas Adverbiais
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.”
(Luís Jardim) As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas
que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa
porque, pois, porquanto. que as introduz:
Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
OCA OCS Explicativa - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação visto que.
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa Não fui à escola / porque fiquei doente.
explicativa. OP OSA Causal

Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã. O tambor soa porque é oco.
“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
Veríssimo) Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de
Questões Sousa)

01. Relacione as orações coordenadas por meio de - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a
conjunções: ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram. contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. Irei à sua casa / se não chover.
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. OP OSA Condicional
  
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: ofensores.
(A) causa Se o conhecesses, não o condenarias.
(B) explicação “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de
(C) conclusão Andrade)
(D) proporção A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
(E) comparação tenha êxito.
  - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
sublinhada pode indicar uma ideia de: Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
(A) concessão que, mesmo que.
(B) oposição Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
(C) condição OP OSA Concessiva
(D) lugar Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
(E) consequência ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
Respostas Embora não possuísse informações seguras, ainda assim
arriscou uma opinião.
01. Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando
Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram. ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. Por mais que gritasse, não me ouviram.
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
  - Conformativas: Expressam a conformidade de um fato
02. E\03. C com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
Período Composto por Subordinação OP OSA Conformativa

Observe os termos destacados em cada uma destas orações: O homem age conforme pensa.
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal) Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
Todos querem sua participação. (objeto direto) Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação.
causa)
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim
orações com a mesma função sintática: que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
com função de adjunto adnominal) OP OSA Temporal
Todos querem / que você participe. (oração subordinada
com função de objeto direto) Formiga, quando quer se perder, cria asas.
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
subordinada com função de adjunto adverbial de causa) esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma de Maricá)

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APOSTILAS OPÇÃO
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É
que, porque (=para que), que. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
OP OSA Final Necessito / de que você me ajude.
OP OSS Objetiva Indireta
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá) Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. viagem.)
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = Aconselha-o a que trabalhe mais.
para que) Daremos o prêmio a quem o merecer.
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as Lembre-se de que a vida é breve.
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
para que não deixasse) - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= É importante / que você colabore.
porque), pois que, visto que. OP OSS Subjetiva
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Consecutiva A oração subjetiva geralmente vem:
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José ele voltará amanhã.
J. Veiga) - depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude - depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
prolongar minha viagem. ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com da reunião.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
menos ou mais). necessária.)
Ela é bonita / como a mãe. Parece que a situação melhorou.
OP OSA Comparativa Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
(Marquês de Maricá) - Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal:
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. É aquela que exerce a função de complemento nominal de um
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz inocência. (complemento nominal)
daquele olhar. Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
subentendido o verbo ser (como a mãe é). dele.)
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona Estava ansioso por que voltasses.
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Sê grato a quem te ensina.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.”
mais, quanto menos. (Graciliano Ramos)
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
OSA Proporcional OP - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal,
À medida que se vive, mais se aprende. vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando. felicidade. (predicativo)
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai O importante é / que você seja feliz.
diminuindo. OP OSS Predicativa

Orações Subordinadas Substantivas Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
que, num período, exercem funções sintáticas próprias de Não sou quem você pensa.
substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser: - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração do país. (aposto)
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do
O grupo quer / que você ajude. país.
OP OSS Objetiva Direta OP OSS Apositiva

O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
mestre exigia a presença de todos.) coisa: a sua felicidade)
Mariana esperou que o marido voltasse. Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de

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APOSTILAS OPÇÃO
que virias a morrer...” (Osmã Lins) devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e
oculto?” (Machado de Assis) passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo,
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois- conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração da oração desenvolvida.
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a
saúde, tornou-se realidade. Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, OSA Temporal
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal,
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: reduzida de infinitivo.
Não sei quando ele chegou.
Diga-me como resolver esse problema. Precisando de ajuda, telefone-me.
Se precisar de ajuda, / telefone-me.
Orações Subordinadas Adjetivas OSA Condicional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem condicional, reduzida de gerúndio.
a função de adjunto adnominal de algum termo da oração
principal. Observe como podemos transformar um adjunto Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
adnominal em oração subordinada adjetiva: Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) vestiário.
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada OSA Temporal
adjetiva) Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de particípio.
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem Observações:
ser classificadas em:
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
referem. Exemplo: desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. cidade.
OP OSA Restritiva - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica Exemplos:
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não Preciso terminar este exercício.
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. Ele está jantando na sala.
Essa casa foi construída por meu pai.
Pedra que rola não cria limo. - Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
Os animais que se alimentam de carne chamam-se reduzida. Exemplo:
carnívoros. O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
escreveram. coordenada sindética aditiva)
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
Mariano) gerúndio.
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na
novo livro. oração principal, que traz o efeito.
OP OSA Explicativa OP Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
Deus, que é nosso pai, nos salvará. imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra.
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado. Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Orações Reduzidas Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
Observe que as orações subordinadas eram sempre período agora é composto por coordenação, pois a oração
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou
apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela
que se apresentam com o verbo numa das formas nominais ter chorado.
(infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês. OP OSA Comparativa OSA Condicional
(infinitivo)
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) Questões
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
(particípio) 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava
para ser mãe”, a oração destacada é:
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das (A) subordinada substantiva objetiva indireta
formas nominais são chamadas de reduzidas. (B) subordinada substantiva completiva nominal
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, (C) subordinada substantiva predicativa

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APOSTILAS OPÇÃO
(D) coordenada sindética conclusiva concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
(E) coordenada sindética explicativa vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.

02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de
realidade.” A oração sublinhada é: um candidato se inscreveu no concurso de piadas.  
(A) adverbial conformativa Observação:
(B) adjetiva - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
(C) adverbial consecutiva associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
(D) adverbial proporcional necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um
(E) adverbial causal aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de
doação de alimentos. 
03.“Esses produtos podem ser encontrados nos Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características de formatura. 
adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos
mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos
verbal reduzida adequadamente desenvolvida em que atuaram na Copa América.
(A) para se encaixarem.
(B) para seu encaixotamento. 7) Em casos relativos à concordância com locuções
(C) para que se encaixassem. pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
(D) para que se encaixem. quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
(E) para que se encaixariam. atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
Respostas o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
01. B\02. A\03. D concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos.
/ Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
17. Concordância verbal e no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum
nominal. de nós o receberá.  

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome


Concordância Verbal “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Ao falarmos sobre a  concordância verbal, estamos nos Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos
referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo nós quem contamos toda a verdade para ela.
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa
a função de subordinado.  palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. /
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza- Em casa sou eu que decido tudo.   
se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
chegou expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:   
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50%
(ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram do eleitorado apoiou a decisão.
atrasados. Observações:
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram
eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito a decisão da diretoria 50% dos funcionários.     
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:  - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.  
Casos referentes a sujeito simples - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.  50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. 

2) Nos casos referentes a sujeito representado por 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos. pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das
Observação: homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.  
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. que os determinam:
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser,
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, este permanece no singular, contanto que o predicativo também
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas é uma
uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar criação de Machado de Assis.   
com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
dos alunos resolveram ficar. mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo potência mundial. 

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APOSTILAS OPÇÃO
Casos referentes a sujeito composto A frase em que se respeitam as normas de concordância
verbal é:
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando atraem.
relacionado a dois pressupostos básicos: (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as atraem.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá nos atraem.
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos
Tu e ele são primos. atraem.
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto nos atraem.
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
filhos compareceram ao evento.   03. Uma pergunta

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos. consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com decisão: - Quem sofrerá?
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do considerar.
mundo. (Salvador Nicola, inédito)

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o
meu esforço. peso de suas mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
Questões tomar decisões sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar)
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual sobrevir consequências imprevistas e injustas.
alternativa? (E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em humana.
breve, o ultrapassará. Respostas
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos 01. C\02. A\03. C
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode Concordância Nominal
comê-las sem receio!
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
janela do hotel! demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos
nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato concordam em gênero e número com o substantivo.
de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos - A pequena criança é uma gracinha.
sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
cotidianas com os outros. Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato geral mostrada acima.
de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. a) Um adjetivo após vários substantivos
Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela ou concorda com o substantivo mais próximo.
vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
alguma coisa que também quer se expressar.
Os cachorros são uma constante fonte de diversão para 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima - Ela tem pai e mãe louros.
do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os - Ela tem pai e mãe loura.
cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que para o plural.
as sentem. - O homem e o menino estavam perdidos.
(Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis,
2005. p 250) b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais

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APOSTILAS OPÇÃO
próximo. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
Comi delicioso almoço e sobremesa. cidade.
Provei deliciosa fruta e suco.
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: m) Meio
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. 1- Como advérbio: invariável.
Estavam feridos o pai e os filhos. Estou meio (um pouco) insegura.
Estava ferido o pai e os filhos. 2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. n) Só
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
2- coloca o substantivo no plural. Só consegui comprar uma passagem.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. 2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
d) Pronomes de tratamento
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa. Questões
Vossa Santidade esteve no Brasil.
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado nominal:
1 - Concordam com o substantivo a que se referem. (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
As cartas estão anexas. (B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
A bebida está inclusa. encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
Precisamos de nomes próprios. (C) Alguma solução é necessária, e logo!
Obrigado, disse o rapaz. (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) não pode prosperar.
1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
singular e o adjetivo no plural. João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de
Renato advogou um e outro caso fáceis. Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. certa autonomia econômica.

g) É bom, é necessário, é proibido 02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier gênero, número ou pessoa):
precedido de artigo ou outro determinante. (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a
Canja é bom. / A canja é boa. diferença.”
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
é proibida. cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
h) Muito, pouco, caro longe...
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
Comi muitas frutas durante a viagem. compreensivo.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros. 03. A concordância nominal está INCORRETA em:
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
2- Como advérbios: são invariáveis. envolvimento da empresa.
Comi muito durante a viagem. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. desnecessária.
Comprei caro os sapatos. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa
e a campanha.
i) Mesmo, bastante (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
1- Como advérbios: invariáveis desnecessárias.
Preciso mesmo da sua ajuda. Respostas
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 01. D\02. D\03. B

2- Como pronomes: seguem a regra geral.


Seus argumentos foram bastantes para me convencer. 18. Regência verbal e nominal.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta
1- Em todas as ocasiões são invariáveis. Regência Verbal e Nominal
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas. Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
k) Tal Qual Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido
consequente. desejado, que sejam corretas e claras.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. Regência Verbal

l) Possível Termo Regente:  VERBO


1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor”
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
A mais possível das alternativas é a que você expôs. os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

Língua Portuguesa 69
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APOSTILAS OPÇÃO
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
conhecermos as diversas significações que um verbo pode Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.  Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Observe: Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou Verbos Transitivos Indiretos
prazer”, satisfazer. Os verbos transitivos indiretos são complementados por
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma
Logo, conclui-se que “agradar  alguém” é diferente de preposição para o estabelecimento da relação de regência.
“agradar a alguém”. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que
podem atuar como objetos indiretos são  o “lhe”, o “lhes”, para
Saiba que: substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como
O conhecimento do uso adequado das preposições é um complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes
também nominal). As preposições são capazes de modificar oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os pronomes átonos lhe, lhes. 
exemplos:
Cheguei ao metrô. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Cheguei no metrô. a) Consistir - Tem complemento introduzido pela
preposição “em”.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei todos.
no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos
vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é introduzidos pela preposição “a”.
muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder - Tem complemento introduzido pela
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é quem” ou “ao que” se responde.
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes Respondi ao meu patrão.
formas em frases distintas. Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Verbos Intransitivos Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos analítica. Veja:
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. O questionário foi respondido corretamente.
a) Chegar, Ir Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais d) Simpatizar e  Antipatizar - Possuem seus complementos
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para introduzidos pela preposição “com”.
indicar destino ou direção são: a, para. Antipatizo com aquela apresentadora.
Fui ao teatro. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
      Adjunto Adverbial de Lugar para uma minoria privilegiada.

Ricardo foi para a Espanha. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


                  Adjunto Adverbial de Lugar Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados
b) Comparecer de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido grupo:
por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Agradecer, Perdoar e Pagar
jogo. São verbos que apresentam objeto direto
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
Verbos Transitivos Diretos Veja os exemplos:
Os verbos transitivos diretos são complementados por Agradeço    aos ouvintes         a audiência.
objetos diretos. Isso significa que  não  exigem preposição  para                    Objeto Indireto      Objeto Direto
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses Cristo ensina que é preciso perdoar     o pecado        ao pecador.
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,                                                                  Obj. Direto       Objeto Indireto
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir Paguei      o débito        ao cobrador.
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r,                Objeto Direto      Objeto Indireto
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em
sons nasais), enquanto  lhe e lhes são, quando complementos - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
verbais, objetos indiretos. particular cuidado. Observe:
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, Agradeci o presente. / Agradeci-o.
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, Paguei minhas contas. / Paguei-as.
socorrer, suportar, ver, visitar. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o
verbo amar: Informar
Amo aquele rapaz. / Amo-o. - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Amo aquela moça. / Amo-a. indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Informe os novos preços aos clientes.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
preços)

Língua Portuguesa 70
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APOSTILAS OPÇÃO
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as 2)  Aspirar  é transitivo indireto no sentido de  desejar, ter
construções: como ambição.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre elas)
eles) Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada  para os mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe”
seguintes:  avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”.  Veja o
exemplo:
Comparar Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
preposições  “a”  ou  “com” para introduzir o complemento ASSISTIR
indireto. 1)  Assistir  é transitivo direto no sentido de  ajudar, prestar
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Pedir As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. 2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar,
Pedi-lhe                 favores. estar presente, caber, pertencer.
Objeto Indireto    Objeto Direto
                                      Exemplos:
Pedi-lhe                     que mantivesse em silêncio. Assistimos ao documentário.
Objeto Indireto           Oração Subordinada Substantiva Não assisti às últimas sessões.
                                                           Objetiva Direta Essa lei assiste ao inquilino.
Obs.: no sentido de  morar, residir,  o verbo  “assistir”  é
Saiba que: intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar
1) A construção  “pedir para”,  muito comum na linguagem introduzido pela preposição “em”.
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No Assistimos numa conturbada cidade.
entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver
subentendida. CHAMAR
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 1)  Chamar  é transitivo direto no sentido de  convocar,
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma solicitar a atenção ou a presença de.
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
ir entregar-lhe os catálogos em casa). Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
2) A construção  “dizer para”,  também muito usada
popularmente, é igualmente considerada incorreta. 2)  Chamar  no sentido de  denominar, apelidar  pode
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
Preferir preposicionado ou não.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto A torcida chamou o jogador mercenário.
indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo: A torcida chamou ao jogador mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou o jogador de mercenário.
Prefiro trem a ônibus. A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
termos intensificadores, tais como:  muito, antes, mil vezes, um CUSTAR
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente 1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
no próprio verbo (pre). ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Mudança de Transitividade versus Mudança de
Significado 2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
transitivo indireto.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, Muito custa          viver tão longe da família.
apresentam mudança de significado. O conhecimento das             Verbo   Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico        Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo
muito importante, pois além de permitir a correta interpretação
de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a Custa-me (a mim)  crer que tomou realmente aquela atitude.
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:         Objeto                 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
        Indireto                                     Reduzida de Infinitivo
AGRADAR
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
acariciar. atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Observe o exemplo abaixo:
quando o revê. Custei para entender o problema. 
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia Forma correta: Custou-me entender o problema.
não perde oportunidade de agradá-lo.
IMPLICAR
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a, satisfazer, ser agradável a.  Rege complemento introduzido
pela preposição “a”. a) dar a entender, fazer supor, pressupor
O cantor não agradou aos presentes. Suas atitudes implicavam um firme propósito.
O cantor não lhes agradou.
b)  Ter como consequência, trazer como consequência,
ASPIRAR acarretar, provocar
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um
(o ar), inalar. povo.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,

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APOSTILAS OPÇÃO
envolver Regência Nominal
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.    
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa
indireto e rege com preposição “com”. relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que
PROCEDER derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos,
1)  Proceder  é intransitivo no sentido de  ser decisivo, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:
adjunto adverbial de modo.
As afirmações da testemunha procediam, não havia como Obedecer a algo/ a alguém.
refutá-las. Obediente a algo/ a alguém.
Você procede muito mal.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
de”) e  fazer, executar  (rege complemento introduzido pela atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
preposição “a”) é transitivo indireto. nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames. Substantivos
O delegado procederá ao inquérito. Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
QUERER Medo a, de
1)  Querer  é transitivo direto no sentido de  desejar, ter Aversão a, para, por
vontade de, cobiçar. Doutor em
Querem melhor atendimento. Obediência a
Queremos um país melhor. Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
2)  Querer  é transitivo indireto no sentido de  ter afeição, Ojeriza a, por
estimar, amar. Bacharel em
Quero muito aos meus amigos. Horror a
Ele quer bem à linda menina. Proeminência sobre
Despede-se o filho que muito lhe quer. Capacidade de, para
Impaciência com
VISAR Respeito a, com, para com, por
1)  Como transitivo direto, apresenta os sentidos de  mirar,
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Adjetivos
O homem visou o alvo. Acessível a
O gerente não quis visar o cheque. Diferente de
Necessário a
2)  No sentido de  ter em vista, ter como meta, ter como Acostumado a, com
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Entendido em
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Nocivo a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Afável com, para com
público. Equivalente a
Questões Paralelo a
Agradável a
01. Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego Escasso de
correto da regência do verbo, EXCETO: Parco em, de
(A) Faço entrega em domicílio. Alheio a, de
(B) Eles assistem o espetáculo. Essencial a, para
(C) João gosta de frutas. Passível de
(D) Ana reside em São Paulo. Análogo a
(E) Pedro aspira ao cargo de chefe. Fácil de
Preferível a
02. Assinale a opção em que o verbo Ansioso de, para, por
chamar é empregado com o mesmo sentido que Fanático por
apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Prejudicial a
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: Apto a, para
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; Favorável a
(B) bateram à porta, chamando Rodrigo; Prestes a
(C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; Ávido de
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco; Generoso com
(E) mandou chamar o médico com urgência. Propício a
Benéfico a
03. A regência verbal está correta na alternativa: Grato a, por
(A) Ela quer namorar com o meu irmão. Próximo a
(B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé. Capaz de, para
(C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor. Hábil em
(D) É preferível ir a pé a ir de carro. Relacionado com
Compatível com
Respostas Habituado a
01. B\02. A\03. D Relativo a
Contemporâneo a, de

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APOSTILAS OPÇÃO
Idêntico a - Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Advérbios Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
Longe de Perto de
- Pronomes demonstrativos:
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir Isso me deixa muito feliz!
o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php - Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
Questões indicado à pesquisa escolar.

01. Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva - Conjunção subordinativa:
ser empregada, de acordo com a regência nominal. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
(A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento.
(B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão. Ênclise
(C) Sirlene tem horror ____ aves.
(D) O diretor está ávido ____ melhores metas. A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
população. ênclise vai acontecer quando:

02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto...... - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
simpatia. Amem-se uns aos outros.
(A) a, por, menos Sigam-me e não terão derrotas.
(B) do que, por, menos
(C) a, para, menos - O verbo iniciar a oração:
(D) do que, com, menos Diga-lhe que está tudo bem.
(E) do que, para, menos Chamaram-me para ser sócio.

03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
seguidos pela mesma preposição: “a”:
(A) ávido, bom, inconsequente Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
(B) indigno, odioso, perito Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
(C) leal, limpo, oneroso
(D) orgulhoso, rico, sedento - O verbo estiver no gerúndio:
(E) oposto, pálido, sábio Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de
despreocupada.
Respostas Despediu-se, beijando-me a face.
01. D\02. A\03. D
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
19. Colocação pronominal. mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise
Colocação dos Pronomes Oblíquos
Átonos A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais realizará)
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
referem. proposta a você)
Fontes:
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
lhes, nos e vos. http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na htm
oração em relação ao verbo:
Questões
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo 01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição
3. mesóclise: pronome no meio do verbo de estrutura nominal por pronome em:
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
Próclise lhes antecipadamente.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: verbo fabricar se extraiu-lhe.
- Palavras com sentido negativo: (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.
Nada me faz querer sair dessa cama. (D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de
Não se trata de nenhuma novidade. conhecê-las.
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.
- Advérbios:
Nesta casa se fala alemão. 02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em
Naquele dia me falaram que a professora não veio. “Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser
- Pronomes relativos: (A) Basta apresenta-lo.
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. (B) Basta apresentar-lhe.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. (C) Basta apresenta-lhe.

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APOSTILAS OPÇÃO
(D) Basta apresentá-la.  Maria perguntou:
(E) Basta apresentá-lo. - Por que você não toma uma decisão?

03. Em qual período, o pronome átono que substitui o Ponto de Exclamação


sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
norma-padrão? súplica, etc.
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
conhecia-o
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá 2- Depois de interjeições ou vocativos
– tinha encontrado-o. - Ai! Que susto!
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no - João! Há quanto tempo!
Museu – relatá-las-ão.
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus Ponto de Interrogação
antepassados? – explicou-lhes. Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
um museu virtual – Lhes vinham perguntando. Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
Respostas - Comprei lápis, canetas, cadernos...
01. D/02. E/03. C
2- Indica interrupção violenta da frase.
20. Emprego dos sinais de “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
pontuação e sua função no
texto. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?

Pontuação 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito


- Deixa, depois, o coração falar...
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Vírgula
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais Não se usa vírgula
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
portuguesa. diretamente entre si:

Ponto a) entre sujeito e predicado.


1- Indica o término do discurso ou de parte dele. Todos os alunos da sala    foram advertidos. 
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que Sujeito                            predicado
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores. 
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.              V.T.D.I.              O.D.                      O.I.

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto
adnominal.
Ponto e Vírgula ( ; ) A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma despertou reações entre os empresários.
importância. adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
-  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de Usa-se a vírgula:
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
- Para marcar intercalação:
2- Separa partes de frases que já estão separadas por a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vírgulas. vem caindo de preço.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
e cobertor. produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir
decreto de lei, etc. mão dos lucros altos.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar inversão:
- Caminhada na praia; a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Reunião com amigos. Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Dois pontos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
1- Antes de uma citação c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: de 1982.

2- Antes de um aposto - Para separar entre si elementos coordenados (dispostos


- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde em enumeração):
e calor à noite. Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
rotina de sempre. Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

4- Em frases de estilo direto - Para isolar:

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APOSTILAS OPÇÃO
- o aposto: Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um principais são:
trânsito caótico.
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela
- o vocativo: coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os enunciados
Ora, Thiago, não diga bobagem. (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções,
alguns advérbios e locuções adverbiais.
Questões
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está respectivos sentidos:
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da - inicialmente (começo, introdução)
língua portuguesa. - primeiramente (começo, introdução)
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, - primeiramente (começo, introdução)
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou - antes de tudo (começo, introdução)
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse - desde já (começo, introdução)
ajudar a revelar quem era a sua dona. - além disso (continuação)
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora - do mesmo modo (continuação)
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou - acresce que (continuação)
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse - ainda por cima (continuação)
ajudar a revelar quem era a sua dona. - bem como (continuação)
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora - outrossim (continuação)
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou - enfim (conclusão)
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse - dessa forma (conclusão)
ajudar a revelar quem era a sua dona. - em suma (conclusão)
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora - nesse sentido (conclusão)
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou - portanto (conclusão)
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse - afinal (conclusão)
ajudar a revelar quem era a sua dona. - logo após (tempo)
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, - ocasionalmente (tempo)
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou - posteriormente (tempo)
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse - atualmente (tempo)
ajudar a revelar quem era a sua dona. - enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a - não raro (tempo)
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas - concomitantemente (tempo)
da frase abaixo: - igualmente (semelhança, conformidade)
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem - segundo (semelhança, conformidade)
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho - conforme (semelhança, conformidade)
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. - quer dizer (exemplificação, esclarecimento)
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula - rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; qualidade de vida.
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função
Resposta de fazer referência, são elas:
1-C 2-C - pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
21. Elementos de coesão. - pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Coesão
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de resultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal definição o objetivo que tanto almejava.
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases
e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao - Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa,
outro. objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a
entre as frases e os parágrafos. repetição no corpo do texto.

Observe a coesão presente no texto a seguir: Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
política agrária do país, porque consideram injusta a atual João Paulo II: Sua Santidade;
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura Vênus: A Deusa da Beleza.
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem- Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária.
terra.” Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o mais
JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, importante da geração a qual representou.
2007, p. 566
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do agrupados em conjuntos.
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
texto. Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

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APOSTILAS OPÇÃO
Questões de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado
01. a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus
Texto 1 – Bem tratada, faz bem cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para
Sérgio Magalhães, O Globo reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram
limitados e mal liderados.
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
cultural que se deu no consumo do tabaco? Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este Ocidental, com representantes dos países afetados.
jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o Espera-se também maior comprometimento das potências
privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França,
transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso respectivamente.
típico de cidade rodoviária e dispersa. A comunidade internacional tem diante de si um desafio
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez.
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente a favor da doença.
básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/
O transporte também esteve no centro dos protestos de opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-ebola.shtml:
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a Acesso em: 08/09/2014)
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para
o debate do tema. Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o
referente do termo em destaque.
“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” (A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) –
organização
Substituindo o termo destacado por uma oração (B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
desenvolvida, a forma correta e adequada seria: (C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(A) para que se debatesse o tema; (D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – gravidade
(B) para se debater o tema; da situação
(C) para que se debata o tema; (E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade
(D) para debater-se o tema; internacional
(E) para que o tema fosse debatido. Respostas
01. (C)/02. (C)/03. (D)
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. 22. Função textual dos vocábulos.
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: 23. Variação linguística.
(A) com a advertência de;
(B) quando adverte;
(C) em que adverte; Variação Linguística
(D) no qual advertia;
(E) para advertir. “Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se
um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade;
03. Texto III - Corrida contra o ebola se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um mercador
errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)”
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, Todas as pessoas que falam uma determinada língua
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento
o avanço da doença tenham sido eficazes. podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras vezes
registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, bastante evidentes, recebem o nome genérico de variedades ou
e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A variações linguísticas.
escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os
de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-
está fora de controle. se que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. mesmo significado dentro de um mesmo contexto. Suponham-
De um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países se, por exemplo, os dois enunciados a seguir:
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz
um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas tempo.
localidades afetadas. Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica Qualquer falante do português reconhecerá que os dois
por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo sentido,
vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, que o
restante é formado por doações voluntárias. segundo é de uma pessoa mais “estudada”.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem saber
e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento dar grandes explicações, as pessoas têm noção de que existem
bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que os teóricos
dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 chamam de variações linguísticas.
bilhões. As variações que distinguem uma variante de outra se
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico,
passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais morfológico, sintático e lexical.
crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento

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APOSTILAS OPÇÃO
Variações Fônicas - a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando
se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua)
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são voz me irrita.
abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os domínios - ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles
em que se percebe com mais nitidez a diferença entre uma chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou
variante e outra. Entre esses casos, podemos citar: naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
- a queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem
oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô. Variações Léxicas
- o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me
alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica, É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes
hoje frequentes na fala caipira. do plano do léxico, como as do plano fônico, são muito
- a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, numerosas e caracterizam com nitidez uma variante em
marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na confronto com outra. Eis alguns, entre múltiplos exemplos
linguagem oral coloquial. possíveis de citar:
- a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis - a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito
(Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas para formar o grau superlativo dos adjetivos, características da
típicas de pessoas de baixa condição social. linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior
- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande - as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às
do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado
caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no
farór, farol. Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil,
- deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar, em Portugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se
estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social. diz pequeno almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que
chamamos de suéter, malha, camiseta.
Variações Morfológicas
Designações das Variantes Lexicais:
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra.
Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não são - Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por
tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida.
desprezíveis. Como exemplos, podemos citar: É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década
- o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar de 60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha
o superlativo de adjetivos, recurso muito característico da ou forma semelhante), e um homem bonito era um pão; na
linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de linguagem antiga, médico era designado pelo nome físico; um
humaníssimo), uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante
carro hiperpossante (em vez de possantíssimo). usava-se gasosa; algo muito bom, de qualidade excelente, era
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos supimpa.
regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se
ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser). - Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de recém-criadas, muitas das quais mal ou nem entraram para os
irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia). dicionários. A moderna linguagem da computação tem vários
- uso de substantivos masculinos como femininos ou vice- exemplos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos
versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha extraídos da tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação
(o champanha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal de sons), robotizar, robotização.
(da cal).
- a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras
adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os emprestadas de outra língua, que ainda não foram
livro indicado, as noite fria, os caso mais comum. aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
- o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem jurídica,
que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o corpo” ou,
eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo
é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu. próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis litteris (textualmente,
“com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo grosseiro”,
Variações Sintáticas “impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com
sua permissão”).
Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight
domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas as (compreensão repentina de algo, uma percepção súbita), feeling
diferenças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto
citar: de informações básicas), jingle (mensagem publicitária em
- o uso de pronomes do caso reto com outra função que não forma de música).
a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não
irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours (“fora
vez de ti) e ele. de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra
- o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez particular entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de
de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. corpo”, corporativismo), menu (cardápio), à la carte (cardápio
- a ausência da preposição adequada antes do pronome “à escolha do freguês”), physique du rôle (aparência adequada à
relativo em função de complemento verbal: são pessoas que (em caracterização de um personagem).
vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez
de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu - Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional
mais confio. como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo.
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome No jargão médico temos uso tópico (para remédios que não
“que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” devem ser ingeridos), apneia (interrupção da respiração), AVC
com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral). No jargão
família dele (em vez de cuja família eu já conhecia). jornalístico chama-se de gralha, pastel ou caco o erro tipográfico

Língua Portuguesa 77
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APOSTILAS OPÇÃO
como a troca ou inversão de uma letra. A palavra lide é o nome usá-la numa situação informal (conversando com alguns amigos,
que se dá à abertura de uma notícia ou reportagem, onde se por exemplo).
apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial. Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que
Quando o lide é muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo as condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos,
é notícia dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma
foi uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo língua. A elas damos o nome de variações sócio-culturais.
repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática - Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser
normativa). facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguístico, que
é o conjunto das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre,
- Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não intensidade), por isso é uma variante cujas marcas se notam
deseja ser entendido por outros grupos ou que pretende marcar principalmente na pronúncia. Ao conjunto das características
sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos da pronúncia de uma determinada região dá-se o nome de
marginalizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho
contestação, sobretudo quando falam de atividades proibidas. A etc. A variação geográfica, além de ocorrer na pronúncia, pode
lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no também ser percebida no vocabulário, em certas estruturas de
sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem
(ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremediavelmente), assumir em diferentes regiões do país.
cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homossexual Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo,
masculino), levar um lero (conversar). em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria a fala de
um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico
excessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez “__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado
de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez Mangolô!].
de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em __ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não
vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em vez de casamento); faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era moço,
chufa (em vez de caçoada, troça). isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras
d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou percurando é
um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de quem sossego...”
diz, por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou
(em vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar - Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis.
mal), ranho (em vez de muco, secreção do nariz). Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a
forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas.
Tipos de Variação Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade.
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, mostra como a
variantes linguísticas um sistema de classificação que seja língua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras
simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de todas as de antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje.
diferenças que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro
de uma comunidade linguística. O principal problema é que Texto I
os critérios adotados, muitas vezes, se superpõem, em vez de
atuarem isoladamente. Antigamente
As variações mais importantes, para o interesse do concurso
público, são os seguintes: Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram
todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser percebido primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo
com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase: rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam
longos meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os
1) mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a
fresca; e também tomava cautela de não apanhar sereno. Os mais
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado? chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano;
Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um os quais, de pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até
garimpeiro? Um repórter de televisão? em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua.
E quem usaria a frase abaixo? (...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos
queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.” em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana.
(frase 2) A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso.
a grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que, Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados;
muitas vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou, chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não:
quando muito, fizeram-no em condições não adequadas. verdadeiros cromos, umas teteias.
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que (...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os
tiveram possibilidades sócio-econômicas melhores e puderam, meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam
por isso, ter um contato mais duradouro com a escola, com a ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, mas
leitura, com pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam.
forma, “aperfeiçoaram” o seu modo de utilização da língua. Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora.
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita
acima está bastante simplificada, uma vez que há diversos Texto II
outros fatores que interferem na maneira como o falante escolhe
as palavras e constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso Entre Palavras
da língua: um advogado, num tribunal de júri, jamais usaria a Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras –
expressão “tá na cara”, mas isso não significa que ele não possa circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta

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APOSTILAS OPÇÃO
anos, ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se linguagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é mais
tornar conhecimento de novas palavras e combinações. tenso.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma - Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com
palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la. despreocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão
Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e
talvez ele não entenda o que você diz. familiar que esse estilo melhor se manifesta.
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno
chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática, a trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940? universitárias paulistanas de classe média, transcrito do livro
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. As reticências
motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o indicam as pausas.
enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a apartheid,
o som pop, as estruturas e a infraestrutura. Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica
a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um
mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. menino lá que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o até duas hora da manhã ele me explicando toda a matéria de
servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, economia, das nove da noite.
a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a
Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU. Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o nem com a continuidade das ideias, nem com a escolha das
conglomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM, palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho
a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra da gravação de uma aula de português de uma professora
elétrica. universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro de Dinah
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. As
vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de pausas são marcadas com reticências.
bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa,
poluição. o que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação
Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e fica com uma
fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não sabe vincular
Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados. a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido também para
Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! a faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de conceitos
Pow! Click! teóricos... que têm nomes bonitos e sofisticados... mas que... na
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás, ou hora de serem empregados... deixam muito a desejar...
mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a aparecer
sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral. Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau
A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. de formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas trata-
Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, se de um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao
vivemos, morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que telefone.
significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa,
Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988) Anotações
- De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações
das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação.
Um modo de falar compatível com determinada situação é
incompatível com outra:

Ô mano, ta difícil de te entendê.

Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em situação


informal, não tem cabimento se o interlocutor é o professor em
situação de aula.
Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme
em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes da
linguagem culta, que servem invariavelmente de uma linguagem
formal, sendo, por isso mesmo, considerados excessivamente
formais ou afetados.
São muitos os fatores de situação que interferem na fala de
um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em
princípio ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas
como falaria de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha
presenciado), o ambiente físico em que se dá um diálogo (num
templo não se usa a mesma linguagem que numa sauna), o grau
de intimidade entre os falantes (com um superior, a linguagem
é uma, com um colega de mesmo nível, é outra), o grau de
comprometimento que a fala implica para o falante (num
depoimento para um juiz no fórum escolhem-se as palavras,
num relato de uma conquista amorosa para um colega fala-se
com menos preocupação).
As variações de acordo com a situação costumam ser
chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de estilo
e são classificadas em duas grandes divisões:
- Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre
o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. É na

Língua Portuguesa 79
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APOSTILAS OPÇÃO

Língua Portuguesa 80
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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

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APOSTILAS OPÇÃO

Observe que a todas as frases podemos atribuir um valor


lógico (V ou F).
A Lógica matemática adota como regra fundamental dois
princípios (ou axiomas):
I – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não
pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
1. Resolução de Problemas II – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição
envolvendo raciocínio lógico OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses
- matemático (proposições, casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
conectivos, equivalência e
Valores lógicos das proposições
implicação lógica, argumentos
válidos). Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade, se
a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição é
falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores
CONCEITOS LÓGICOS lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com base nas duas regras fundamentais que norteiam a
A lógica a qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles, Lógica Matemática (Princípios da não Contradição e do Terceiro
constituindo-a como uma ciência autônoma que se dedica ao Excluído), podemos afirmar que:
estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio,
Demonstração) do ponto de vista da sua estrutura ou forma “Toda proposição tem um, e somente um, dos valores,
lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material. que são: V ou F.”
Falar de Lógica durante séculos, era o mesmo que falar Consideremos as seguintes proposições e os seus respectivos
da lógica aristotélica. Apesar dos enormes avanços da lógica, valores lógicos:
sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste a) A velocidade de um corpo é inversamente proporcional
até aos nossos dias. A lógica de Aristóteles tinha objetivo ao seu tempo. (V)
metodológico, a qual tratava de mostrar o caminho correto para b) A densidade da madeira é maior que a da água. (F)
a investigação, o conhecimento e a demonstração científicas. O
método científico que ele preconizava assentava nos seguintes
fases: A maioria das proposições são proposições contingenciais,
1. Observação de fenômenos particulares; ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
2. Intuição dos princípios gerais (universais) a que os exemplo, se considerarmos a proposição simples:
mesmos obedeciam; “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
3. Dedução a partir deles das causas dos fenômenos ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de
particulares. vista da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos,
seu valor lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
Por este e outros motivos Aristóteles é considerado o pai da
Lógica Formal. Classificação de uma proposição

A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica Uma proposição pode ser classificada como:
segundo a sua estrutura ou forma. A lógica matemática consiste
em um sistema dedutivo de enunciados que tem como objetivo 1) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor
criar um grupo de leis e regras para determinar a validade lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!),
dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas
se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de sentenças abertas:
premissas verdadeiras. a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou
Em sentido mais amplo podemos dizer que a Lógica está ontem? – Fez Sol ontem?
relacionado a maneira específica de raciocinar de forma b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
acertada, isto é, a capacidade do indivíduo de resolver c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue
problemas complexos que envolvem questões matemáticas, os a televisão.
sequências de números, palavras, entre outros e de desenvolver d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais,
essa capacidade de chegar a validade do seu raciocínio. ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão paradoxal) –
O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 3 + 7
O estudo das estruturas lógicas, consiste em aprendemos a
associar determinada preposição ao conectivo correspondente. 2) Sentença fechada: quando a proposição admitir um
Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será
para o aprendizado. considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Uma forma de identificarmos se uma frase simples
Conceito de proposição é ou não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou proposição, é pela presença de:
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de - sujeito simples: “Carlos é médico”;
sentido completo. - sujeito composto: “Rui e Nathan são irmãos»;
Assim, as proposições transmitem pensamentos, isto é, - sujeito inexistente: “Choveu”
afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito - verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
de determinados conceitos ou entes. Esses fatos ou juízos e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
afirmados pela proposição em questão deverão sempre ter um (V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
valor verdadeiro (V) ou um valor falso (F), senão a frase em si proposição.
não constituirá uma proposição lógica, e sim apenas uma frase.
Atenção: orações que não tem sujeito NÃO são
Vejamos alguns exemplos de proposições: consideradas proposições lógicas.
A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar.
B) Salvador é a capital do Brasil.
C) Todos os músicos são românticos.

Raciocínio Lógico e Matemático 1


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Observe mais alguns exemplos: • O que é isto?
Há exatamente:
Frase Sujeito Verbo Conclusão (A) uma proposição;
Maria é Maria É (ser) É uma frase (B) duas proposições;
baiana (simples) lógica (C) três proposições;
(D) quatro proposições;
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase (E) todas são proposições.
têm dois (composto) lógica
irmãos Resposta
Ventou hoje Inexistente Ventou É uma frase
(ventar) lógica 01. Resposta: B.
Analisemos cada alternativa:
Um lindo livro Um lindo livro Frase sem NÂO é uma (A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos
de literatura verbo frase lógica atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
esse carro sujeito frase lógica valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
Existe vida em Vida Existir É uma frase podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
Marte lógica que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
Sentenças representadas por variáveis podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a
a) x + 4 > 5; quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; de V ou F a sentença).
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores
lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Classificação das proposições
Referências
As proposições podem ser classificadas em quatro tipos ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
diferentes: São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
1. Proposições simples (ou atômicas). - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
2. Proposições compostas (ou moleculares.
3. Proposições categóricas. ESTUDO DAS PROPOSIÇÕES E DOS CONECTIVOS
4. Proposições quantificadas (ou funcionais).
Definições
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” referem- - Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO
se à quantidade de verbos presentes na frase. Consideremos contém nenhuma outra proposição como parte integrante de
uma frase com apenas um verbo, então ela será dita atômica, si mesma. As proposições simples são designadas pelas letras
pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo = 1 átomo); latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
consideremos, agora, uma frase com mais de um verbo, então ela Exemplos
será dita molecular, pois se refere a mais de um átomo (mais de r: Carlos é careca.
um átomo = uma molécula). s: Pedro é estudante.
a: O céu é verde.
Conceito de Tabela Verdade
- Proposições compostas (ou moleculares): aquela formada
É uma forma usual de representação das regras da pela combinação de duas ou mais proposições simples. Elas
Álgebra Booleana. Nela, é representada cada proposição também são chamadas de estruturas lógicas. As proposições
(simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis. compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R,
Partimos do Princípio do Terceiro Excluído, toda proposição R..., também chamadas letras proposicionais.
simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V Exemplos
(verdade) ou F (falsidade). P: Carlos é careca e Pedro é estudante.
Quando trabalhamos com as proposições compostas, Q: Carlos é careca ou Pedro é estudante.
determinamos o seu valor lógico partindo das proposições R: Se Carlos é careca, então é triste.
simples que a compõe.
Observamos que todas as proposições compostas são
formadas por duas proposições simples.
No campo gramatical conseguimos identificar uma
porposição simples ou composta pela quantidade de verbos
existentes na frase. Então uma frase que contenha um verbo
é uma proposição simples, que contenha mais de um verbo é
uma proposição composta. Este conceito não foge ao aplicado
aos do princípios lógicos.
O valor lógico de qualquer proposição composta depende
UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições Operadores Lógicos
simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE Temos dois tipos
determinados. - os modificadores: têm por finalidade modificar (alterar) o
valor lógico de uma proposição, seja ela qual for.
Questão Exemplo:
Não vou trabalhar neste sábado. (o não modificou o valor
01. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: lógico).
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
• A expressão x + y é positiva. - os conectivos (concectores lógicos): palavras usadas para
• O valor de √4 + 3 = 7. formar novas proposições a partir de outras, ou seja, unindo-se
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. ou conectando-se duas ou mais proposições simples.

Raciocínio Lógico e Matemático 2


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Exemplos: 2. Sete é um número real maior que cinco.
1) O número 2 é par E o número 16 é um quadrado perfeito.
(conectivo “e”) Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das proposições
2) OU Carlos viaja OU Pedro trabalha. (conectivo “ou”) “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é um número
3) SE o Brasil jogar com seriedade, ENTÂO Portugual não rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros (V), conclui-
será campeã.(concectivo “ se ... então”) se que essas proposições são equivalentes, em termos de
4) Luciana casa SE, E SOMENTE SE, Pedro arranjar um valores lógicos, entre si.
emprego (conectivo “se, e somente se..”)
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de conjunção
Em Lógica são considerados operadores lógicos as seguintes de duas proposições p e q a proposição representada por “p e
palavras: q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando as proposições, p e
q, são ambas verdadeiras e falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).

Pela tabela verdade temos:

Também podemos representar a negação utilizando o


símbolo “¬” (cantoneira).
Estudo dos Operadores e Operações Lógicas Exemplos
Quando efetuamos certas operações sobre proposições (a)
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos proposicionais, p: A neve é branca. (V)
semelhantes a aritmética sobre números, de forma a q: 3 < 5. (V)
determinarmos os valores das proposições. V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição (b)


representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p: A neve é azul. (F)
p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” q: 6 < 5. (F)
tem valor lógico oposto daquele de p. V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F
Pela tabela verdade temos:
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

Simbolicamente temos: (d)


~V = F ; ~F = V p: A neve é azul. (F)
V(~p) = ~V(p) q: 7 é número impar. (V)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F
Exemplos
Proposição Negação: ~p - O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado por
(afirmações): p V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V), escrevendo:
Carlos é médico Carlos NÂO é médico V(p) = V
Juliana é carioca Juliana NÂO é carioca
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), escrevendo:
Nicolas está de férias Nicolas NÂO está de férias
V(p) = F
Norberto foi trabalhar NÃO É VERDADE QUE Norberto foi
trabalhar - As proposições compostas, representadas, por exemplo,
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
A primeira parte da tabela todas as afirmações são respectivos valores lógicos representados por:
verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade. V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).

- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos considerar 3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção simples
as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o planeta mais (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas proposições p
distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao negarmos “p”, e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é
vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno NÂO é o planeta verdade (V) quando pelo menos umas proposições, p e q, é
mais distante do Sol” e negando novamente a proposição “~p” verdadeira e falsidade (F) quando ambas são falsas.
teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno NÃO é o planta Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico verdadeiro (V). Pela tabela verdade temos:
Logo a dupla negação equivale a termos de valores lógicos a sua
proposição primitiva.

p ≡ ~(~p)

Observação: O termo “equivalente” está associado aos


“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela Exemplos
natureza de seus valores lógicos. (a)
Exemplo: p: A neve é branca. (V)
1. Saturno é um planeta do sistema solar. q: 3 < 5. (V)

Raciocínio Lógico e Matemático 3


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V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V (b)
p: A neve é azul. (F)
(b) q: 6 < 5. (F)
p: A neve é azul. (F) V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V
q: 6 < 5. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
(c) q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
p: Pelé é jogador de futebol. (V) V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V (d)
p: A neve é azul. (F)
(d) q: 7 é número impar. (V)
p: A neve é azul. (F) V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
q: 7 é número impar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V 6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
proposição bicondicional ou apenas bicondicional representada
4) Disjução exclusiva ( v ): chama-se dijunção exclusica de por “p se e soemnete se q”, cujo valor lógico é verdade (V)
duas proposições p e q, cujo valor lógico é verdade (V) somente quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas e a falsidade
quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p (F) nos demais casos.
e q são ambas veradeiras e a falsidade (F) quando p e q são Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
ambas veradeiras ou ambas falsas. suficiente para q; q é condição ncessária e suficiente para p).
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q, MAS Pela tabela verdade temos:
NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:

Exemplos
(a)
Para entender melhor vamos analisar o exemplo. p: A neve é branca. (V)
p: Nathan é médico ou professor. (ambas podem ser q: 3 < 5. (V)
verdeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V
condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
Podemos escrever: (b)
Nathan é médico ^ Nathan é professor p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas não
podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exlcusiva). (c)
Reescrevendo: p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Mario é carioca v Mario é paulista. q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
Exemplos
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos. (d)
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre. p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número impar. (V)
5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
proposição condicional ou apenas condicional representada por
“se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em que p Transformação da linguaguem corrente para a simbólica
é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais casos.
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente para isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de resolver
q; q é condição necessária para p). questões deste tipo.
p é o antecendente e q o consequente e “→” é chamado de
símbolo de implicação. Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,
“q” e “r” representadas por:
Pela tabela verdade temos: p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas


por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ” representadas por:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
estuda.
Exemplos R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João
(a) não bebe.
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V) O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V (modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
reescrevermos de forma simbólica, vajamos:

Raciocínio Lógico e Matemático 4


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APOSTILAS OPÇÃO
Proposição Nova forma de escrever a
proposição
((~(~(p ^ q))) v ~~ (p ^ q) v ~p
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r (~p))

Continuando: ((~p) → (q → (~(p v ~p→ (q → ~(p v r))


r))))
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana - Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):
estuda.
“¬” (cantoneira) para negação (~).
“•” e “&” para conjunção (^).
“⊃” (ferradura) para a condicional (→).

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que


facilitará na resolução de diversas questões
Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).

R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João


não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É


mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as frases
negam, por completo, as frases subsequentes. (Fonte: http://www laifi.com.)

- O uso de parêntesis Referências


A necessidade de usar parêntesis na simbolização das ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade, São Paulo: Nobel – 2002.
assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
proposições: - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

ESTUDO DA TABELA VERDADE


(I) (p ^ q) v r Conectivo principal é da disjunção.
(II) p ^ (q v r) Conectivo principal é da conjunção. Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
As quais apresentam significados diferentes, pois os simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou falsas
conectivos principais de cada proposição composta dá valores (F), e, por consequência, permite definir a solução de uma
lógicos diferentes como conclusão. determinada fórmula (proposição composta).
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, colocando De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
parêntesis as seguintes proposições: proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
a) ((p ^ q) → r) v s valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
b) p ^ ((q → r) v s) Em se tratando de uma proposição composta, a determinação
c) (p ^ (q → r)) v s de seu valor lógico, conhecidos os valores lógicos das proposições
d) p ^ (q → (r v s)) simples componentes, se faz com base no seguinte princípio,
e) (p ^ q) → (r v s) vamos relembrar:
O valor lógico de qualquer proposição composta depende
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições
Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos, simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE
a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, determinados.
naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso
a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a algumas Para determinarmos esses valores recorremos a um
convenções, das quais duas são particularmente importantes: dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é: proposição composta (sua solução) correspondente a todas as
(I) ~ (negação) possíveis atribuições de valores lógicos às proposições simples
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma precedência, componentes.
operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda para direita).
(III) → (condicional) Número de linhas de uma Tabela Verdade
(IV) ↔ (bicondicional) O número de linhas de uma proposição composta depende
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”. do número de proposições simples que a integram, sendo dado
pelo seguinte teorema:
Exemplo
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma condicional “A tabela verdade de uma proposição composta com n*
ou uma conjunção. Para convertê-la numa condicional há que se proposições simpleste componentes contém 2n linhas.” (*
usar parêntesis: Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção: Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois
(p → q ↔ s) ^ r para a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a Análise
fazendo-se a associação a partir da esquerda. Combinatória.
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes
proposições se escrevem:

Raciocínio Lógico e Matemático 5


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APOSTILAS OPÇÃO
Construção da tabela verdade de uma proposição composta
Para sua construção começamos contando o número de proposições simples que a integram. Se há n proposições simples
componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores V , seguidos de 2n – 1 valores
F, e assim por diante.

Exemplos:
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 valores F se
alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos valores da 1ª proposição).
Observe a ilustração, a primeira parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda a tabela propriamente dita.

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para a 1ª proposição
4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em 4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2 em 2 (metade da 1ª
proposição) e para a 3ª proposição temos valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
Exemplo
Vamos construir a tabela verdade da proposição:
P(p,q) = ~ (p ^ ~q)

1º Resolução) Vamos formar os par de colunas correspondentes as duas proposições simples p e q. Em seguida a coluna para ~q
, depois a coluna para p ^ ~q e a útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos os valores lógicos possíveis de acordo
com os operadores lógicos.

p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

2º Resolução) Vamos montar primeiro as colunas correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar colunas para cada
uma dessas proposições e para cada um dos conectivos que compõem a proposição composta.
p q ~ (p ^ ~ q)
V V
V F
F V
F F

Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V V V V F V V V V F F V
V F V F V F V V F V F V V V F
F V F V F V F F V F V F F F V
F F F F F F F V F F F F F V F
1 1 1 2 1 1 3 2 1

Raciocínio Lógico e Matemático 6


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APOSTILAS OPÇÃO
p q ~ (p ^ ~ q) Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.
V V V V F F V
V F F V V V F Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência
Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela
F V V F F F V verdade (última coluna), V (verdades).
F F V F F V F Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela
verdade (última coluna), F (falsidades).
4 1 3 2 1 Contigência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade
(última coluna).
Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos Questão
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos
da proposição que correspondem a todas possíveis atribuições 01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos
de p e q de modo que: 9,10,11 e 16 – CESPE/2015)

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos


do conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função
de U em {V,F}

P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um


diagrama sagital é a seguinte:

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-


verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F
correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro
e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
as duas primeiras da esquerda relativas às proposições simples A última coluna da tabela-verdade referente à proposição
componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é
simplificada: igual a
~ (p ^ ~ q)
V V F F V
F V V V F
( ) Certo ( ) Errado
V F F F V
Resposta
V F F V F
4 1 3 2 1 01. Resposta: Certo.
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
Vejamos mais alguns exemplos:
(FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo, então caio,
R Q P [ P v (Q ↔ R) ]
mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas da tabela-
verdade da proposição composta anterior é igual a: V V V V V V V V
(A) 2;
V V F F V V V V
(B) 4;
(C) 8; V F V V V F F V
(D) 16;
V F F F F F F V
(E) 32.
F V V V V V F F
Vamos contar o número de verbos para termos a quantidade
F V F F F V F F
de proposições simples e distintas contidas na proposição
composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair” e “dormir”. F F V V V F V F
Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
F F F F V F V F
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.
Referências
(Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de
e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da
Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro:
proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
Elsevier, 2013.
(A) 2;
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
(B) 4;
São Paulo: Nobel – 2002.
(C) 8;
(D) 16;
IMPLICAÇÃO LÓGICA
(E) 32.
Uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima,
implica uma proposição Q(p,q,r,...) se Q(p,q,r,...) é verdadeira
então teremos:

Raciocínio Lógico e Matemático 7


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APOSTILAS OPÇÃO
(V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a Então:
proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P → p^q⇒pvq
Q for uma tautologia. p^q⇒p→q
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”,
simbolicamente temos: A tabela acima também demonstram as importantes Regras
de Inferência:
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...). Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q
A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou ainda
que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V, ou então 2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q →
que P → Q é uma tautologia. p, é:
L p q p↔q p→q q→p
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente
distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um 1ª V V V V V
conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação 2ª V F F F V
lógica que pode ou não existir entre duas proposições.
3ª F V F V F
Exemplo: 4ª F F V V V
A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:
p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔ q) A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as
proposições “p → q” e “q → p” também são verdadeiras. Logo
V V V V V a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas
V F F F V proposições. Então:
F V F F V p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p
F F F V V
3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:
Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^
q) ⇒ (p ↔q).

Em particular:
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p
p p v ~p
V V Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta
F V linha a proposição “q” também verdadeira, logo subsiste
- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^ ~p a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo
⇒ p v ~p → p ^ ~p disjuntivo.
(p v q) ^ ~p ⇒ q
p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V F F F É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
F V F F 4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:

Propriedades da Implicação Lógica


A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e
transitiva:

Reflexiva: P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)


Uma proposição complexa implica ela mesma
Transitiva: Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...) linha a proposição “q” também é verdadeira, logo subsiste a
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus
ponens.
Exemplificação e Regras de Inferência
Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de (p → q) ^ p ⇒ q
proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em
outras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir 5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p é:
de proposições verdadeiras já existentes. Vejamos as regras de
inferência obtidas da implicação lógica:

1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q é:

A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º linha


e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo subsiste a
IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus tollens.
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p

A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha, Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q
e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Implicação
duas proposições. Lógica:

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APOSTILAS OPÇÃO
Adição Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p ∨
p⇒pvq
q” são equivalentes.
q⇒pvq
Simplificação p^q⇒p ~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os
p^q⇒q símbolos que representam a equivalência entre proposições.
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
Equivalência fundamentais (Propriedades
(p v q) ^ ~q ⇒ p
Fundamentais): a equivalência lógica entre as proposições
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ^ q ⇔ q ^ p
Questão
p q p ^ q q ^ p
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – V V V V V V V V
FGV/2015) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica. V F V F F F F V
• Acordo cedo ou não corro. F V F F V V F F
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito. F F F F F F F F

É correto concluir que, nesse dia, Renato: b) p v q ⇔ q v p


(A) correu e fez ginástica; p q p v q q v p
(B) não fez ginástica e não correu;
V V V V V V V V
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu; V F V V F F V V
(E) não fez ginástica e não acordou cedo. F V F V V V V F
Resposta F F F F F F F F

01. Resposta: D. c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta p q p v q q v p
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito” V V V F V V F V
Como pouco ou não faço ginástica V F V V F F V V
F V
F V F V V V V F
Corro ou faço ginástica F F F F F F F F
V F
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
Acordo cedo ou não corro
p q p ↔ q q ↔ p
V F
V V V V V V V V
Portanto ele: V F V F F F F V
Comeu muito
Não fez ginástica F V F F V V F F
Corrreu, e; F F F V F F V F
Acordou cedo
2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)
Referência p→p⇔p→p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
São Paulo: Nobel – 2002.
p p p → p p → p
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS V V V V V V V V
F F F V F F V F
Diz-se que duas ou mais proposições compostas são
equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas
3 – Transitiva
diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
tabelas verdade.
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são
EQUIVALENTES.
Equivalências notáveis:
Exemplo:
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
equivalentes.
Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r)
equivalentes. V V V V V V V V V V V V V V V
p q ~p → q p v q V V F V V V V F V V V V V F F
V V F V V V V V V F V V V F V V V F F V V V V
V F F V F V V F V F F V F F F F V F F F V F F
F V V V V F V V F V V F F V V V F F V F F F V
F F V F F F F F F V F F F V V F F F V F F F F

Raciocínio Lógico e Matemático 9


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APOSTILAS OPÇÃO
F F V F F F V V F F F F F F V F F F V F V F V
F F F F F F F F F F F F F F F
Exemplo:
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) p → q: Se André é professor, então é pobre.
~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.
p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
V V V V V V V V V V V V V V V 2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
V V F V V V F F V V V V V V F p q ~p → q ~q → p
V F V V V F F V V V F V V V V V V F V V F V V
V F F V V F F F V V F V V V F V F F V F V V V
F V V F V V V V F V V V F V V F V V V V F V F
F V F F F V F F F V V F F F F F F V F F V F F
F F V F F F F V F F F F F V V
Exemplo:
F F F F F F F F F F F F F F F ~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
~q → p: Se André não é pobre, então é professor.
2 - Associação (equivalência pela associativa)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r) 3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r) p q p → ~q q → ~p
V V V V V V V V V V V V V V V V V V F F V F F
V V F V F V F F V V V F V F F V F V V V F V F
V F V V F F F V V F F F V V V F V F V F V V V
V F F V F F F F V F F F V F F F F F V V F V V
F V V F F V V V F F V F F F V
Exemplo:
F V F F F V F F F F V F F F F p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
F F V F F F F V F F F F F F V q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.
F F F F F F F F F F F F F F F 4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) p q p → q ~p v q
p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r) V V V V V F V V
V V V V V V V V V V V V V V V V F V F F F F F
V V F V V V V F V V V V V V F F V F V V V F V
V F V V V F V V V V F V V V V F F F V F V F F
V F F V V F F F V V F V V V F
Exemplo:
F V V F V V V V F V V V F V V p → q: Se estudo então passo no concurso.
F V F F V V V F F V V V F F F ~p v q: Não estudo ou passo no concurso.
F F V F V F V V F F F V F V V 5 - Pela bicondicional
F F F F F F F F F F F F F F F a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
3 – Idempotência
a) p ⇔ (p ∧ p) V V V V V V V V V V V V
p p p ^ p V F V F F V F F F F V V
V V V V V F V F F V F V V F V F F
F F F F F F F F V F F V F V F V F

b) p ⇔ (p ∨ p) b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a


contrapositiva às partes
p p p v p
p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)
V V V V V
V V V V V F V F V F V F
F F F F F
V F V F F V F F F F V V
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra F V F F V F V V F V F F
condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
F F F V F V V V V V V V
negando-se as proposições simples que as compõem.
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
p q p → q ~q → ~p
V V V V V V V V V F F F
V V V V V F V F
V F V F F V F F F F F V
V F V F F V F F
F V F F V F F V F V F F
F V F V V F F V
F F F V F F F F V V V V

Raciocínio Lógico e Matemático 10


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APOSTILAS OPÇÃO
6 - Pela exportação-importação Exemplo:
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)] Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (=
p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)] Todo médico não é tenista)

V V V V V V V V V V V V V 2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


V V F V V V F F V F V F F Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (=
V F V V F F V V V V F V V Nenhuma música é bela)
V F F V F F V F V V F V F
Questões
F V V F F V V V F V V V V
F V F F F V V F F V V F F 01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Considere
F F V F F F V V F V F V V a sentença:
“Corro e não fico cansado”.
F F F F F F V F F V F V F Uma sentença logicamente equivalente à negação da
sentença dada é:
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então) (A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições (C) Não corro e fico cansado.
condicionadas que contêm p e q: (D) Corro e fico cansado.
– Proposições recíprocas: p → q: q → p (E) Não corro ou não fico cansado.
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p 02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –
CESPE/2015) Em campanha de incentivo à regularização da
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e não
registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então ele
não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O
Note que: comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
= ~p v q)

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca
q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO EQUIVALENTES. NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE
MORGAN
Exemplos:
p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V) As Leis de Morgan ensinam
q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F) - Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa
Exemplo: - Negar que uma pelo menos de duas proposições é
Vamos determinar: verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
c) A contrapositiva da contrária de p → q CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
Resolução:
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p Vejamos:
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q – Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
b) A recíproca de p → q é q → p conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO.
A contrapositiva q → q é ~p → ~q
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p
p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
Equivalência “NENHUM” e “TODO” V V F V V V F F F
V F V V F F F V V
1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.

Raciocínio Lógico e Matemático 11


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APOSTILAS OPÇÃO
F V V F F V V V F
F F V F F F V V V

- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO.

~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)

p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V

Exemplo:
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos que uma
CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-se as partes, então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV/2015) Considere a afirmação:


“Mato a cobra e mostro o pau”
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV/2015) Em uma empresa, o diretor de um departamento percebeu que Pedro, um dos
funcionários, tinha cometido alguns erros em seu trabalho e comentou:
“Pedro está cansado ou desatento.”
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento.

Respostas
01. A\02. D.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e equivalente à negação de sua
primitiva.

De modo geral temos que:


~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q), onde “♦” e “♪” representam conectivos lógicos quaisquer.

Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as proposições.


Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e ainda “p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.

Vejamos:
– Negação de uma disjunção exclusiva
Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA, gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)

p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F
F F V F F F F V F F V F V F V F

Raciocínio Lógico e Matemático 12


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APOSTILAS OPÇÃO
- Negação de uma condicional
Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo conectivo
CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.

~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q

p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V
F V F F V V F F F
F F F F V F F F V
- Negação de uma bicondicional
Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q → p)”, assim,
negaremos uma conjunção cujas partes são duas condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de uma conjunção a essa
bicondicional, teremos:

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

p q ~ (p ↔ q) ~ [(p → q) ^ (q → p)] (p ^ ~q) v (q ^ ~p)


V V F V V V F V V V V V V V V F F F V F F
V F V V F F V V F F F F V V V V V V F F F
F V V F F V V F V V F V F F F F F V V V V
F F F F V F F F V F V F V F F F V F F F V

DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)

– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)


p ~ (~ p)
V V F V
F F V F

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO
e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à
sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS


Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou igual a (“≥”)
e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis, formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.
Exemplo:
a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda sentença,
vejamos:
Sentença Matemática ou algébrica Negação Sentença obtida
5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
5>1 ~ (5 > 1) 5<1
7< 10 ~ (7< 10) 7> 10
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5≤8
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5≥7

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os candidatos a cometerem um erro muito comum,
que é a negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da operação matemática em questão para a
obtenção desse resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão “4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16”

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Raciocínio Lógico e Matemático 13


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APOSTILAS OPÇÃO
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio Passei no concurso
para convencer alguém de alguma coisa. A argumentação faz Logo, irei viajar Conclusão
uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas
sólidas e argumentos aceitáveis. Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos
A lógica de argumentação é também conhecida como acima são considerados silogismos.
dedução formal e é a principal ferramenta para o raciocínio
válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
argumentação pode tomar e avalia quais dessas conclusões são Q, indica-se por:
válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também P1, P2, ..., Pn |----- Q
faz parte da Teoria da argumentação.
Argumentos Válidos
Conceitos Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência
aceito. obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja:
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas A verdade das premissas é incompatível com a falsidade
se chegar a novas proposições. Quando a inferência é dada como da conclusão.
válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela
ser utilizada em outras inferências. Um argumento válido é denominado tautologia quando
assumir, somente, valorações verdadeiras, independentemente
Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da de valorações assumidas por suas estruturas lógicas.
inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, Argumentos Inválidos
“portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo
ou mal construído), quando as verdades das premissas são
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro. insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
Falácia: é um argumento válido, sem fundamento ou geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que enuncia. conclusão uma contradição (F).
Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições,
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão - A verdade e a falsidade são propriedades das proposições.
é a terceira premissa. - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos
argumentos.
Argumento: é um conjunto finito de premissas – - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa,
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. mas nunca válida e inválida.
O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade - Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são
lógica à conclusão com base nas premissas que o antecedem) verdadeiras.
ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se - A validade de um argumento depende exclusivamente da
baseiam na conclusão, mas não implicam nela) relação existente entre as premissas e conclusões.
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação).
Critérios de Validade de um argumento
Pelo teorema temos:

Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se


a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Alguns exemplos de argumentos: Métodos para testar a validade dos argumentos


Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
1) atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento para
determinarmos uma conclusão verdadeira.
Todo homem é mortal Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
Premissas
João é homem estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
quantificadores: todo, algum e nenhum).
Logo, João é mortal Conclusão
Os métodos constistem em:
2)
1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
Todo brasileiro é mortal
Premissas dedução dos valores lógicos das premissas de um argumento,
Todo paulista é brasileiro a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente,
Logo, todo paulista é mortal Conclusão será representado pelo valor lógico de uma premissa formada
por uma proposição simples. Lembramos que, para que um
3) argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas
as premissas que compõem esse argumento são, na totalidade,
verdadeiras.

Raciocínio Lógico e Matemático 14


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APOSTILAS OPÇÃO
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
a tabela-verdade dos conectivos. cavalo.
(4º) F
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
espada.
(2º) V (3º) V
Exemplo
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
Sejam as seguintes premissas:
(1º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
cavalo.
Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples,
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
lembramos que ela será verdadeira, se pelo menos uma de suas
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo,
espada.
a 2ª parte deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.

Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
todas premissas que compõem o argumento são necessariamente cavalo.
verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a (4º) F (5º) V
rainha fica na masmorra”; por ser uma proposição simples e
verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a dedução dos P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
valores lógicos das demais proposições que, também, compõem P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
esse argumento. Teremos com isso então: espada.
(2º) V (3º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
cavalo. P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a príncipe não foge a cavalo”, então, devemos confirmar como falsa
espada. a 2a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. P2 (6o passo).
(1º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na cavalo.
masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico confirmará (4º) F (5º) V
como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º
passo). P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
(6º) F
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
espada.
cavalo.
(2º) V (3º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a (1º) V
espada. E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional
(2º) V como falsa, devemos confirmar, também, sua 1a parte como falsa
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. (7o passo).
(1º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for cavalo.
verdadeira, implicará que a 2ª parte também deverá ser (4º) F (5º) V
verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade
(vide a tabela-verdade da condicional). Assim teremos como P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
valor lógico da premissa uma verdade (V). (7º) F (6º) F
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
espada.
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
(2º) V (3º) V
cavalo.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
(1º) V
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores
espada. lógicos chegamos as seguintes conclusões:
(2º) V (3º) V - A rainha fica na masmorra;
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. - O bárbaro usa a espada;
(1º) V - O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo.
Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa
Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos
a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a 1ª parte da
o não para ter o seu correspondente como válido, expressando
disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”,
uma conclusão verdadeira.
será falsa (4º passo).

Raciocínio Lógico e Matemático 15


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APOSTILAS OPÇÃO
Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto de F F F F V F F V F
referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela conjunção, 1º 2º 1º 1º 1º 1º
e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção exclusiva ou pela
bicondicional, caso existam. p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V V F F V
2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos V V F V V V V V V F
que levar em considerações dois casos.
1º caso: quando o argumento é representado por uma V F V V F F F V F V
fómula argumentativa. V F F V F F F V V F
Exemplo: F V V F V V V F F V
A → B ~A = ~B F V F F V V V V V F

Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as F F V F V F F V F V


proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos a F F F F V F F V V F
validade do argumento. 1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º

p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V F V F F V
V V F V V V V V V V F
V F V V F F F F V F V
V F F V F F F F V V F
F V V F V V F V F F V
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br) F V F F V V V V V V F
F F V F V F V F V F V
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão
é falsa esta sinalizada na tabela acima pelo asterisco.Observe F F F F V F V F V V F
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido. p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V F V F F V V
2o caso: quando o argumento é representado por uma
sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e é V V F V V V V V V V F F
questionada a sua validade. V F V V F F F F V F V V
Exemplo: V F F V F F F F V V V F
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. F V V F V V F V F F V V
Logo, compreendo.”
F V F F V V V V V V F F
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo. F F V F V F V F V F V V
C: Compreendo. F F F F V F V F V V F F
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º
P1 ∧ P2 → C
Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma
Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
“entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”, “q” e “r”, argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de
teremos a seguinte fórmula argumentativa: sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.
P1: p → q
P2: q → ~r Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em
C: r alguns casos torna-se muito trabalhoso, principlamente quando
o número de proposições simples que compõe o argumento é
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou muito grande, então vamos aqui ver outros métodos que vão
ajudar a provar a validade dos argumentos.
3.1 - Método da adição (AD)

Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo


a passo):
3.2 - Método da adição (SIMP)
p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V V F V 1º caso:
V V F V V V V V F
V F V V F F F F V
V F F V F F F V F 2º caso:
F V V F V V V F V
F V F F V V V V F
F F V F V F F F V 3.3 - Método da conjunção (CONJ)

Raciocínio Lógico e Matemático 16


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APOSTILAS OPÇÃO
1º caso: condicionais que formam a premissa do argumento, resultando
em uma condicional denominada condicional conclusiva.
Vejamos o exemplo:

2º caso:

3.4 - Método da absorção (ABS)

3.5 – Modus Ponens (MP)


Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos:
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas
proposições simples que aparecem apenas uma vez no conjunto
das premissas do argumento.
3.6 – Modus Tollens (MT)
Exemplo
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu. Se há nuvens no céu,
então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes
3.7 – Dilema construtivo (DC) premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


3.7 – Dilema destrutivo (DD) p: chover
q: fazer frio
r: nevar
s: existir nuvens no céu
t: o dia esta claro

3.8 – Silogismo disjuntivo (SD) Montando o produto lógico teremos:


1º caso:

2º caso:
Conclusão: “Se neva, então o dia esta claro”.

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.
3.9 – Silogismo hipotético (SH)
2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por,
apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra.
As demais proposições simples são eliminadas pelo processo
3.10 – Exportação e importação. natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá
1º caso: Exportação necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente
VERDADEIRA.

Tome Nota:

Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de


2º caso: Importação
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as
proposições simples de uma determinada condicional que resulte
no produto lógico desejado.
Produto lógico de condicionais: este produto consiste na (p → q) ~q → ~p
dedução de uma condicional conclusiva – que será a conclusão
do argumento –, decorrente ou resultante de várias outras Exemplo
premissas formadas por, apenas, condicionais. Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana
simples iguais que se localizam em partes opostas das trabalha.

Raciocínio Lógico e Matemático 17


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APOSTILAS OPÇÃO
Temos então o argumento formado pelas seguintes • Durante a noite, faz frio.
premissas: Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue
P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha. o item subsecutivo.
P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha. Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja. ( ) Certo ( ) Errado

Denotando as proposições simples teremos: 03. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
p: Ana trabalha CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço
q: Beto estuda pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil.
r: Carlos viaja Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é
Montando o produto lógico teremos: aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade.
Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada
Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem
tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa
disciplina.
Conclusão: “Beto não estuda”. A partir das informações apresentadas nessa situação
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em, Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
apenas, uma parte das premissas do argumento. aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de
Exemplo Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:
Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense. “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que
Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino. o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é
Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é um argumento válido.
corintiano, então Márcio não é palmeirense. ( ) Certo ( ) Errado

Então as presmissas que formam esse argumento são: 04. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense. CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço
P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são- pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil.
paulino. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é
P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade.
P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é palmeirense. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada
Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem
Denotando as proposições temos: tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa
disciplina.
p: Nivaldo é corintiano
q: Márcio é palmerense A partir das informações apresentadas nessa situação
r: Pedro é são paulino hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
Efetuando a soma lógica: aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de
Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:
“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que
o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é
um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas 05. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo
(P1,P2,P3) teremos: Júnior – Informática – CESGRANRIO/2014) Se Esmeralda é
uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo,
então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então
Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
Conclusão: “ Márcio é palmeirense”. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Questões (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Respostas
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. 01. Resposta: Errado.
• Quando Fernando está estudando, não chove. A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas
• Durante a noite, faz frio. as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue premissas:
o item subsecutivo. A = Chove
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. B = Maria vai ao cinema
( ) Certo ( ) Errado C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
02. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) E = Fernando está estudando
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. F = É noite
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Lembramos a tabela verdade da condicional:
• Quando Fernando está estudando, não chove.

Raciocínio Lógico e Matemático 18


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APOSTILAS OPÇÃO
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi
ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F);
pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V
ou F).

03. Resposta: Errado.


A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
falsa, utilizando isso temos: estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então P1 ∧ P2 → C
Fernando estava estudando. // B → ~E
Organizando e resolvendo, temos:
Iniciando temos: A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando C: Mariana é aprovada em Química Geral
chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as
Maria vai ao cinema tem que ser V. premissas serem verdadeiras, para sabermos se o argumento é
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C válido:
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Testando C para falso:
Cláudio sai de casa tem que ser F. (A → B) ∧ (B →C)
(A →B) ∧ (B → F)
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
pode ser V ou F. que ser F:
(A → B) ∧ (B → F)
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V (A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi
ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que
pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V o “A” seja falso:
ou F). (A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V)
02. Resposta: Errado. (V) ∧ (V)
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas (V)
as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as
premissas: Então, é possível que o conjunto de premissas seja
A = Chove verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
B = Maria vai ao cinema leva a concluir que esse argumento não é válido.
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio 04. Resposta: Errado.
E = Fernando está estudando Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
F = É noite estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) P1 ∧ P2 → C

Lembramos a tabela verdade da condicional: Organizando e resolvendo, temos:


A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral

Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C


Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as
premissas serem verdadeiras, para sabermos se o argumento é
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª válido:
falsa, utilizando isso temos: Testando C para falso:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então (A → B) ∧ (B →C)
Fernando estava estudando. // B → ~E (A →B) ∧ (B → F)

Iniciando temos: Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm


4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → que ser F:
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando (A → B) ∧ (B → F)
chove tem que ser F. (A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que o “A” seja falso:
Maria vai ao cinema tem que ser V. (A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V)
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C (V) ∧ (V)
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando (V)
Cláudio sai de casa tem que ser F.
Então, é possível que o conjunto de premissas seja
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando leva a concluir que esse argumento não é válido.
pode ser V ou F.

Raciocínio Lógico e Matemático 19


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APOSTILAS OPÇÃO
05. Resposta: B. a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
(F) → V quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro seguinte tabela:
(F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma Jornais Leitores
bruxa(F) → V A 300
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo: B 250
Temos que: C 200
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V) AeB 70
Monarca não é um centauro (V) AeC 65
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será
verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, BeC 105
a única que contém esse valor lógico é: A, B e C 40
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Nenhum 150
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente
São Paulo: Nobel – 2002. montar os diagramas que representam cada conjunto. A
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu colocação dos valores começará pela intersecção dos três
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último
às regiões que representam cada conjunto individualmente.
DIAGRAMAS LÓGICOS Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo que
indicará o conjunto universo da pesquisa.
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser
usados, é na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são


leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-se Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
quantas dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar
os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes
motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos elementos:
elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros
espaços.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas
leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o
jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que
700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 +
40 + 115 + 65 + 70 + 150.

Diagrama de Euler

Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas


não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida
como a área de intersecção entre dois ou mais contornos).

Raciocínio Lógico e Matemático 20


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APOSTILAS OPÇÃO
Assim, um diagrama de Euler pode definir um universo de diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço para qualquer relação
discurso, isto é, ele pode definir um sistema no qual certas possível entre as classes, e a relação dada ou existente pode
intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um então ser definida indicando se alguma região em específico é
diagrama de Venn contendo os atributos para Animal, Mineral e vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever uma definição mais formal
quatro patas teria que conter intersecções onde alguns estão em do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de curvas
ambos animal, mineral e de quatro patas. Um diagrama de Venn, fechadas simples desenhadas em um plano. C é uma família
consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou independente se a região formada por cada uma das interseções
conjunções. X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o exterior de Ci, é não-
vazia, em outras palavras, se todas as curvas se intersectam de
todas as maneiras possíveis. Se, além disso, cada uma dessas
regiões é conexa e há apenas um número finito de pontos de
interseção entre as curvas, então C é um diagrama de Venn para
n conjuntos.
Nos casos mais simples, os diagramas são representados
por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
Os tamanhos e formas das curvas não são importantes: a se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
significância do diagrama está na forma como eles se sobrepõem. abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
As relações espaciais entre as regiões delimitadas por cada curva mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
(sobreposição, contenção ou nenhuma) correspondem relações universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo
teóricas (subconjunto interseção e disjunção). Cada curva de modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
Euler divide o plano em duas regiões ou zonas estão: o interior, representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
que representa simbolicamente os elementos do conjunto, e espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
o exterior, o que representa todos os elementos que não são representa sua união.
membros do conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
se interceptam representam conjuntos que têm elementos Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa o conjunto ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
de elementos comuns a ambos os conjuntos (intersecção dos construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
conjuntos). Uma curva que está contido completamente dentro surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
da zona interior de outro representa um subconjunto do mesmo. maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. Edwards,
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso, encontram-se em
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais os de
representando todas as combinações de inclusão / exclusão Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
de seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que motivou Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-
Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a necessidade de se que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto
criar diagramas em que pudessem ser observadas, por meio de B representa os animais capazes de voar. A área onde os dois
suposição, quaisquer relações entre as zonas não apenas as que círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou
são “verdadeiras”. intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao mesmo
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos
no campo da matemática ou lógica matemática no campo da
lógica. Eles também podem ser utilizados para representar
relacionamentos complexos com mais clareza, já que representa
apenas as relações válidas. Em estudos mais aplicados esses
diagramas podem ser utilizados para provar / analisar
silogismos que são argumentos lógicos para que se possa
deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn

Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em Considere-se agora que cada espécie viva está representada
matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os
e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respetivos humanos e os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na
diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas parte dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos
sobre um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a são bípedes mas não podem voar. Os mosquitos, que voam mas
representação das relações de pertença entre conjuntos e seus têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora
elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações da sobreposição. Os canários, por sua vez, seriam representados
de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, na intersecção A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer
3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e estão animal que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou
uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
possuem continência; ao passo que o ponto interno a uma curva Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
representa um elemento pertencente ao conjunto. áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão
representa, simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. em um círculo ou no outro):
De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses - Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam representadas por sobreposição).
regiões, com tal relação entre si que todas as relações lógicas - Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
possíveis entre as classes possam ser indicadas no mesmo sobreposição).

Raciocínio Lógico e Matemático 21


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APOSTILAS OPÇÃO
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco
- fora).

Essas configurações são representadas, respectivamente,


pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de
A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes
áreas (mais escuras) no diagrama: Complementar de A em U: AC = U \ A

Diferença de A para B: A\B Complementar de B em U: BC = U \ B

Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-


se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando
o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos
animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete
áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Diferença de B para A: B\A

Intersecção de dois conjuntos: AB Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções


possíveis entre A, B e C.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de


16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre
os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das União de três conjuntos: ABC
características); tal conjunto seria representado pela união de A
e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais os
que não voam e possuem duas patas, seriam representados pela
diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados
nas imagens a seguir, que incluem também outros dois casos.

Intersecção de três conjuntos: ABC

União de dois conjuntos: AB

Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB


A \ (B C)

Raciocínio Lógico e Matemático 22


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APOSTILAS OPÇÃO

A B

2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos


somente a representação:
Todo A é B. É falsa.
Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.

3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatro


(B C) \ A
representações possíveis:
Proposições Categóricas
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A


é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é
A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos
A e B são disjuntos, isto é, não tem elementos em comum.
Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente equivalente a
dizer que Nenhum B é A.
Nenhum A é B. É falsa.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando dizemos
3 e 4) – é indeterminada.
que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no
sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo que todos
três representações possíveis:
eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente
a dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões são
equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A
que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
3
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a A B
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se também
as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais como é, são,
está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
Todo A é B. É falsa.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
- Todo A é B = Todo A não é não B.
2 – é indeterminada).
- Algum A é B = Algum A não é não B.
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
2 – é ideterminada).
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
QUESTÕES
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
01. Represente por diagrama de Venn-Euler
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
(A) Algum A é B
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
(B) Algum A não é B
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
(C) Todo A é B
versa).
(D) Nenhum A é B
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
verdadeira, é correto inferir que:
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a
necessariamente verdadeira.
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
duas representações possíveis:
verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.

03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam


instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
Nenhum A é B. É falsa.
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta
Algum A é B. É verdadeira.
Filarmônica tocam:
Algum A não é B. É falsa.

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(A) instrumentos de sopro ou de corda? de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
(B) somente um dos dois tipos de instrumento? tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar
(C) instrumentos diferentes dos dois citados? o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro
para fora.
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que
“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que: Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após
(A) algum A não é G; fazermos o diagrama, este número vai no meio.
(B) algum A é G. Passo 2:
(C) nenhum A é G; a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
(D) algum G é A; tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
(E) nenhum G é A; b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180

05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:
não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo,
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é:
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.
(D) 42. Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil achara
(E) 44. as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica tocam:
Respostas a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
problema: 100 + 60 + 180 = 340
01. b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
(A) 280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 = 160

04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições


categóricas:
- Alguns A são R
- Nenhum G é R
(B)
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas
por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois
círculos separados, sem nenhum ponto em comum.

(C)

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única


para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente a
representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada
abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão.

(D)

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições


categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como
a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G,
então teremos diversas maneiras de representar graficamente os
três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela que é
02. Resposta: B verdadeira para quaisquer dessas representações. Para facilitar
a solução da questão não faremos todas as representações
gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou
instrutivo algumas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões),
livro se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já
achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra
representação gráfica possível e passamos a testar somente as
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o seguinte
implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a desenho, em que fazemos duas representações, uma em que o
situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Percebam conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e outra em que
como todos os elementos do diagrama “livro” estão inseridos não há intersecção entre eles.
no diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito que
algum livro é instrutivo.

03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos


de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos

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APOSTILAS OPÇÃO
Teste das alternativas:
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando
os desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa
é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
representações há elementos em A que não estão em G. Passemos
para o teste da próxima alternativa. Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os anteriores.
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A 1 1 2 3 5 8 13
que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é,
tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo a Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima. divisores naturais.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os 2 3 5 7 11 13 17
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são
é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo a naturais.
alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa 1 4 9 16 25 36 49
“A”.
Sequência de Letras
05. Resposta: E. As sequências de letras podem estar associadas a uma série
de números ou não. Em geral, devemos escrever todo o alfabeto
(observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e circular as
letras dadas para entender a lógica proposta.

ACFJOU

Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses


números estão em progressão.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
n = 20 + 7 + 8 + 9 B1 2F H4 8L N16 32R T64
n = 44
Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2),
Lógica Sequencial ou Sequencia Logicas alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST
O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental.
Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições, para Sequência de Pessoas
concluir através de mecanismos de comparações e abstrações, Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de duas
quais são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma posição múltipla
ou prováveis. Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição dos braços
desenvolvimento do método matemático, este considerado sempre alterna, ficando para cima em uma posição múltipla
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, a sequência se repete a
dados empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser cada seis termos, tornando possível determinar quem estará em
considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos qualquer posição.
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e da
solução de problemas, sendo parte do pensamento.

Sequências Lógicas
As sequências podem ser formadas por números, letras, Sequência de Figuras
pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto
uma sequência, o importante é que existem pelo menos três na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer rotações, como
elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto nos exemplos a seguir.
algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua
lógica. Algumas sequências são bastante conhecidas e todo aluno
que estuda lógica deve conhecê-las, tais como as progressões
aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números
primos e os quadrados perfeitos.

Sequência de Números

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um


mesmo número. Sequência de Fibonacci
O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci,
propôs no século XIII, a sequência numérica: (1, 1, 2, 3, 5, 8,
13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação
simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido somando-
Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
mesmo número. por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do
próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo da sequência que
foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para
ela no desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos
naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
Incremento em Progressão: O valor somado é que está em Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma das
progressão. maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado
1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos

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APOSTILAS OPÇÃO
a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo A sequência numérica proposta envolve multiplicações por
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, 4.
obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a figura a seguir e veja que 6 x 4 = 24
os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os 24 x 4 = 96
retângulos formam a sequência de Fibonacci. 96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de


circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos uma
espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os
elementos da sequência de Fibonacci. A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.
13 – 10 = 3
17 – 13 = 4
22 – 17 = 5
28 – 22 = 6
35 – 28 = 7

Exemplo 3

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre


arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje em
ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado
igual à altura. Essa forma sempre foi considerada satisfatória
do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3

3x3=9
9 x 3 = 27

27 x 3 = 81
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes 81 x 3 = 243
temos: (1).
243 x 3 = 729
Como: b = y – a (2). 729 x 3 = 2187
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação: Exemplo 4

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser


representado por:

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado


for igual a Ɵ é chamado retângulo áureo como o caso da fachada A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.
do Partenon. 24 – 22 = 2
As figuras a seguir possuem números que representam uma 28 – 24 = 4
sequência lógica. Veja os exemplos: 34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
Exemplo 1 52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14
Questões

01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada


linha do esquema seguinte:

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(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de fós-


foro constrói uma sequência de quadrados conforme indicado
abaixo:

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos
(C) 28 palitos
(D) 22 palitos

06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu em


cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja que a
A carta que está oculta é: soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A única
alternativa cuja figura representa a planificação desse cubo tal
(A) (B) (C) como deseja Ana é:

(D) (E)

02. Considere que a sequência de figuras foi construída


segundo um certo critério.

07. As figuras da sequência dada são formadas por partes


iguais de um círculo.

Se tal critério for mantido, para obter as figuras subsequentes, Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16
o total de pontos da figura de número 15 deverá ser: círculos completos na:
(A) 69 (A) 36ª figura
(B) 67 (B) 48ª figura
(C) 65 (C) 72ª figura
(D) 63 (D) 80ª figura
(E) 61 (E) 96ª figura

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990, 08. Analise a sequência a seguir:
970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780 Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes
(D) 770 permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia
a 277ª posição dessa sequência é:
04. Na sequência lógica de números representados nos he-
xágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles (A) (B) (C)
que pode ser:

(D) (E)

09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o
próximo número?
(A) 20
(B) 21
(C) 100

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APOSTILAS OPÇÃO
(D) 200 15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os
10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo nú- algarismos sejam separados.
mero?
(A) 4 1234567891011121314151617181920...
(B) 20
(C) 31 O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa
(D) 21 sequência é:
(A) 9
11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados (B) 8
segundo determinado critério. (C) 6
(D) 3
LACRAÇÃO → cal (E) 1
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ? 16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram desenhadas
de acordo com determinado padrão.
Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o
lugar do ponto de interrogação é:
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
(E) arval

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve substituir o
linha, segundo determinado padrão. ponto de interrogação é:

(A) (B)

(C) (D)

(E)

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui


corretamente o ponto de interrogação é: 17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os números
que foram colocados nos dois primeiros triângulos obedecem a
(A) (B) (C) (D) (E) um mesmo critério.

13. Observe que na sucessão seguinte os números foram


colocados obedecendo a uma lei de formação.
Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo da
direita, o número que deverá substituir o ponto de interrogação
é:
(A) 32
(B) 36
(C) 38
Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X + (D) 42
Y é igual a: (E) 46
(A) 40
(B) 42 18. Considere a seguinte sequência infinita de números: 3,
(C) 44 12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche adequadamente a
(D) 46 quarta posição dessa sequência é:
(E) 48 (A) 36,
(B) 40,
14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em (C) 42,
forma de triângulo, segundo determinado critério. (D) 44,
(E) 48

19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o próximo


numero será:
(A)
Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas
as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o ponto (B)
de interrogação é:
(A) P
(B) O (C)
(C) N
(D) M
(E) L (D)

Raciocínio Lógico e Matemático 28


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20. Considere a sequência abaixo: O número procurado é:
(A) 87456
BBB BXB XXB (B) 68745
XBX XBX XBX (C) 56874
BBB BXB BXX (D) 58746
(E) 46875
O padrão que completa a sequência é: Respostas

(A) (B) (C) 01. Resposta: A.


XXX XXB XXX A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2,
XXX XBX XXX em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além
XXX BXX XXB disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das opções
dadas só pode ser a da opção (A).
(D) (E)
XXX XXX 02. Resposta: D.
XBX XBX Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de simetria,
XXX BXX tem-se:
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no total.
21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do terceiro é Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no total.
igual à soma de seus dois termos precedentes. Sabendo-se que Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no total.
os dois primeiros termos, por definição, são 0 e 1, o sexto termo Na figura 4: 04 pontos de cada lado 08 pontos no total.
da série é: Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total.
(A) 2
(B) 3 Em particular:
(C) 4 Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no total.
(D) 5
(E) 6 Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria,
tem-se:
22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G H I J L M Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no total.
N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada letra é substituída Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no total.
pela letra que ocupa a quarta posição depois dela. Então, o “A” Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no total.
vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira “G” e assim por diante. O código Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no total.
é “circular”, de modo que o “U” vira “A” e assim por diante. Recebi Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) pontos
uma mensagem em código que dizia: BSA HI EDAP. Decifrei o no total.
código e li:
(A) FAZ AS DUAS; Em particular:
(B) DIA DO LOBO; Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos no total.
(C) RIO ME QUER; Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado, temos
(D) VIM DA LOJA; para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30 + 32 + 1
(E) VOU DE AZUL. = 63 pontos.

23. A sentença “Social está para laicos assim como 231678 03. Resposta: B.
está para...” é melhor completada por: Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 e
(A) 326187; 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre 940
(B) 876132; e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o próximo
(C) 286731; número é 60, dessa forma concluímos que o próximo número é
(D) 827361; 790, pois: 850 – 790 = 60.
(E) 218763.
04. Resposta: D.
24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435 está Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre
para...” é melhor completada pelo seguinte número: 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é 8,
(A) 53452; entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o próximo
(B) 23455; número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o próximo
(C) 34552; número é 78, pois: 76 – 64 = 14.
(D) 43525;
(E) 53542. 05. Resposta: D.
Observe a tabela:
25. Repare que com um número de 5 algarismos, respeitada
a ordem dada, podem-se criar 4 números de dois algarismos.
Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34, o 47, o 71 e o Figu- 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
12. Procura-se um número de 5 algarismos formado pelos ras
algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja abaixo alguns N° de 4 7 10 13 16 19 22
números desse tipo e, ao lado de cada um deles, a quantidade de Pali-
números de dois algarismos que esse número tem em comum tos
com o número procurado.
Número Quantidade de números de 2 Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
dado algarismos em comum palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber que
cada figura a partir da segunda tem a quantidade de palitos da
48.765 1 figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma, fica fácil
86.547 0 preencher o restante da tabela e determinar a quantidade de
palitos da 7ª figura.
87.465 2
48.675 1 06. Resposta: A.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6,

Raciocínio Lógico e Matemático 29


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somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, dos números, sem ocorrer a separação. Por exemplo: 101112
da mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando representam os números 10, 11 e 12. Com isso, do número 1 até
8, não formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria o número 9 existem 9 algarismos. Do número 10 até o número
em face oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos. Do número 100 até o
apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao número 124 existem: 3 x 25 = 75 algarismos. E do número 124
número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado. até o número 128 existem mais 12 algarismos. Somando todos
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na letra os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 + 12 = 276 algarismos. Logo,
“A” é a única para representar um lado. conclui-se que o algarismo que ocupa a 276ª posição é o número
8, que aparece no número 128.
07. Resposta: B.
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para completar 16. Resposta: D.
16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 = 48. Portanto, Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2 “orelhas”, a 2ª
na 48ª figura existirão 16 círculos. figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo e a 3ª figura possui 1
“orelha” no lado direito. Esse fato acontece, também, na 2ª linha,
08. Resposta: B. mas na parte de cima e na parte de baixo, internamente em
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, relação às figuras. Assim, na 3ª linha ocorrerá essa regra, mas
continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número em ordem inversa: é a 3ª figura da 3ª linha que terá 2 “orelhas”
277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que representam internas, uma em cima e outra em baixo. Como as 2 primeiras
número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figuras da 3ª linha não possuem “orelhas” externas, a 3ª figura
figura, que é representada pela letra “B”. também não terá orelhas externas. Portanto, a figura que deve
substituir o ponto de interrogação é a 4ª.
09. Resposta: D.
A regularidade que obedece a sequência acima não se dá 17. Resposta: B.
por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada número. No 1º triângulo, o número que está no interior do triângulo
“Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Dezenove, ... dividido pelo número que está abaixo é igual à diferença entre
Enfim, o próximo só pode iniciar também com “D”: Duzentos. o número que está à direita e o número que está à esquerda do
triângulo: 40 : 5 =21 - 13 = 8.
10. Resposta: C. A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23 - 17 = 6.
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três, Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo:
Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta e um, ? ÷ 3 = 19 7
pois ele inicia com a letra “T”. ? ÷ 3 = 12
? = 12 x 3 = 36.
11. Resposta: E.
Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras letras 18. Resposta: E.
da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da mesma forma, Verifique os intervalos entre os números que foram
na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da palavra AMOSTRA, fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve-se os
pelas 4 primeira letras invertidas. Com isso, da palavra LAVRAR, seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, 3x5, 3x7,
ao se retirarem as 5 primeiras letras, na ordem invertida, obtém- 3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 + 27 = 48.
se ARVAL.
19. Resposta: B.
12. Resposta: C. Observe que o numerador é fixo, mas o denominador é
Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por formado pela sequência:
quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com
círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas, Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto
em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter 1 1x2=2 2x3 3x4= 4x5= 5x6=
as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas). =6 12 20 30
As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna
levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse 20. Resposta: D.
caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna O que de início devemos observar nesta questão é a
levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça quadrada, quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos:
as mãos levantadas e a perna erguida para a esquerda. BBB BXB XXB
XBX XBX XBX
13. Resposta: A. BBB BXB BXX
Existem duas leis distintas para a formação: uma para a parte 7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X
superior e outra para a parte inferior. Na parte superior, tem-se
que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma multiplicação Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que os “X”
por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma subtração de 3 estão aumentando de 2 em 2; notem também que os “B” estão
unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado por 2, ou seja, sendo retirados um na parte de cima e um na parte de baixo e
X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo para o 2º termo os “X” da mesma forma, só que não estão sendo retirados, estão,
ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º termo para o 3º, houve sim, sendo colocados. Logo a 4ª figura é:
uma subtração de 2 unidades. Assim, Y é igual a 10 multiplicado
por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 + 30 = 40. XXX
XBX
14. Resposta: A. XXX
A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita 1B e 8X
do triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda; 21. Resposta: D.
continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13,
ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então, 21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois como a
as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é igual à soma
que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra “P”. de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5

15. Resposta: B. 22. Resposta: E.


A sequência de números apresentada representa a lista dos A questão nos informa que ao se escrever alguma mensagem,
números naturais. Mas essa lista contém todos os algarismos cada letra será substituída pela letra que ocupa a quarta posição,

Raciocínio Lógico e Matemático 30


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além disso, nos informa que o código é “circular”, de modo
que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos, temos que perceber
a posição do emissor e do receptor. O emissor ao escrever a
mensagem conta quatro letras à frente para representar a letra
que realmente deseja, enquanto que o receptor, deve fazer o
contrário, contar quatro letras atrás para decifrar cada letra
do código. No caso, nos foi dada a frase para ser decifrada, vê-
se, pois, que, na questão, ocupamos a posição de receptores.
Vejamos a mensagem: BSA HI EDAP. Cada letra da mensagem
representa a quarta letra anterior de modo que:
VxzaB: B na verdade é V;
OpqrS: S na verdade é O;
UvxzA: A na verdade é U;
DefgH: H na verdade é D;
EfghI: I na verdade é E;
AbcdE: E na verdade é A;
ZabcD: D na verdade é Z;
UvxaA: A na verdade é U;
LmnoP: P na verdade é L;

23. Resposta: B.
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com
a outra e, em seguida, nos traz uma sequência numérica. É
perguntado qual sequência numérica tem a mesma ralação com
a sequência numérica fornecida, de maneira que, a relação entre
as palavras e a sequência numérica é a mesma. Observando as
duas palavras dadas, podemos perceber facilmente que têm
cada uma 6 letras e que as letras de uma se repete na outra em
uma ordem diferente. Tal ordem, nada mais é, do que a primeira
palavra de trás para frente, de maneira que SOCIAL vira LAICOS.
Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida, temos:
231678 viram 876132, sendo esta a resposta.

24. Resposta: A.
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com
a outra, e em seguida, nos traz uma sequência numérica. Foi
perguntado qual a sequência numérica que tem relação com a
já dada de maneira que a relação entre as palavras e a sequência
numérica é a mesma. Observando as duas palavras dadas
podemos perceber facilmente que tem cada uma 6 letras e que
as letras de uma se repete na outra em uma ordem diferente.
Essa ordem diferente nada mais é, do que a primeira palavra de
trás para frente, de maneira que SALTA vira ATLAS. Fazendo o
mesmo com a sequência numérica fornecida temos: 25435 vira
53452, sendo esta a resposta.

25. Resposta: E.
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não
acontecem no número procurado. Do número 48.675, as opções
48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números apresentados
nas alternativas. Portanto, nesse número a coincidência se dá no
número 75. Como o único número apresentado nas alternativas
que possui a sequência 75 é 46.875, tem-se, então, o número
procurado.

Anotações

Raciocínio Lógico e Matemático 31


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Raciocínio Lógico e Matemático 32


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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-No nível intermediário, trata-se da alocação de recursos,


traduzindo e interpretando as decisões estratégicas,
transformando-as em planos concretos em nível
departamental;
-No nível operacional, o planejamento desdobra os planos
de táticos, de cada departamento, em planos operacionais, de
cada tarefa.

Organização
1. Conhecimentos básicos de
administração: Organização significa uma unidade social, representando
um agrupamento de pessoas que interagem para alcançar um
planejamento, organização, objetivo comum e específico. A função de organização é o
direção e controle. instrumento de operacionalização do planejamento, é a
estrutura organizacional que possibilita a transformação de
um modelo teórico, traçado no planejamento, em ação
O processo organizacional - ou também chamado de organizacional para o alcance dos objetivos.
processo administrativo, conhecido também como PODC - Para desempenhar a função de organização, o
explica as funções administrativas de uma organização, como administrador deve listar o trabalho que precisa ser realizado,
é feito o planejamento para que consiga manter a eficiência e a dividir o trabalho em tarefas que possam ser realizadas de
eficácia de seus negócios e manter a competitividade no modo lógico e eficiente, por indivíduos ou grupos, efetuar a
mercado em que atua. Tal processo constitui quatro funções departamentalização, ou seja, agrupar as tarefas segundo um
administrativas que são primordiais para um excelente critério determinado e criar mecanismos de integração de
resultado organizacional: Planejar - Organizar - Dirigir (ou esforços dos indivíduos, grupos e órgãos da empresa para
liderar) – Controlar. facilitar o alcance dos objetivos. No processo de organização, é
É válido ressaltar que, segundo Chiavenato1, “quando essas necessária a delegação de autoridade, pois uma pessoa não
funções são consideradas em um todo integrado formam o consegue supervisionar e realizar todas as atividades
processo administrativo, entretanto quando consideradas necessárias para o alcance do objetivo.
isoladamente constituem apenas funções administrativas”.
Essas funções devem ser coordenadas para que possa Direção
haver uma sequência na execução de cada uma delas, embora
não haja uma regra e muitas vezes sejam executadas A direção está relacionada com o direcionamento que os
simultaneamente, pois traduzem uma interação dinâmica. objetivos traçados anteriormente terão para conseguir
Uma função interage com outra, demonstrando a alcançar a execução e consequente sucesso. É a direção que
interdependência que possuem entre si. proporcionará um norte aos objetivos e planos, é responsável
por interpretar o que foi definido na função do Planejamento e
Planejamento instruir as equipes sobre como colocar em prática, a fim de
garantir que tudo seja executado conforme o planejado - sem
O planejamento é como uma locomotiva que puxa o trem perder o foco.
das ações de organizar, liderar e controlar. Trata-se de uma Segundo Chiavenato2, a função de Direção não tem mero
função importante, porque contribui para o sucesso da papel operacional; não é simplesmente apontar a direção à
organização como um todo e possibilita à organização adotar uma equipe e dizer siga em frente, mas ser capaz de executar
um comportamento pro ativo em relação ao futuro. Por isso, é o papel de um verdadeiro líder, e esse papel não é único e
necessário que uma organização estabeleça seus planos e exclusivo do gerente ou do executivo, do coordenador, mas de
ações com o intuito de conseguir minimizar custos e toda equipe, todos dentro do seu cargo e função podem ser
desperdícios. líderes, todos podem contribuir para o direcionamento dos
O planejamento aloca todos os recursos materiais, objetivos e atividades.
humanos, financeiros, tecnológicos, informacionais, entre Esta é a função da tomada de decisões, de liderança e
outros, possibilitando à empresa esboçar seus objetivos, traçar intercomunicação com os subordinados. Fazer acontecer,
novas estratégias e projetar planos que possam trazer maior dinamizar, esta função administrativa exige muito da
organização, responsabilidade, comprometimento de toda habilidade humana do profissional pela área relacionada, a
equipe que está envolvida com essa função administrativa, direção pode ser a nível institucional abarcando toda a
bem como anteceder-se a situações de imprevistos. empresa, nível departamental abrangendo as unidades em
Os planos servem como base para o planejamento e possuem separado e, por fim, a nível operacional.
um papel muito importante, pois por meio deles a empresa pode: Sendo assim, esta função envolve influenciar as pessoas
Planificar sugestões, ideias em conjuntos com demais para que trabalhem num objetivo comum. Metas traçadas,
colaboradores ou equipes; avaliar o ambiente; delinear responsabilidades definidas, é preciso neste momento uma
hipóteses; definir atividades e quem serão os responsáveis; competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de
preparar treinamentos para melhor desenvolver os talentos; forma que os objetivos planejados sejam alcançados." A chave
permite um sistemático controle dos objetivos: como, quando, para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação
quem, onde e para que está sendo executado; com o meio ambiente que atua. Na gestão não basta apenas ser
O Planejamento é um processo consciente e sistemático de uma pessoa boa, é necessário que tenha nascido para vencer,
tomar decisões sobre o objetivo que buscará no futuro, para vitória essa que está relacionada com a busca constante de
tanto há diferentes níveis de organizacionais. desafios, com a coragem de mobilizar-se, de assumir seu papel
-No nível institucional ou estratégico, o planejamento diante de seus pares, de seus colaboradores e de seus
envolve a determinação dos objetivos; supervisores.

1Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Provas e Concursos. 3ª 2Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Provas e Concursos. 3ª
edição – Barueri, SP: Manole, 2012. edição – Barueri, SP: Manole, 2012.

Conhecimentos Específicos 1
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APOSTILAS OPÇÃO

A função Direção/Liderança é considerada como uma (C) É o processo de tomar decisões sobre a utilização de
função interpessoal, pois lida com a Comunicação. Esta, recursos para realizar objetivos.
embora não esteja em um quadrante específico apresentado (D) É o processo que possibilita o uso racional dos recursos
na figura do ciclo administrativo, está contida dentro da função disponíveis.
Direção. (E) É o processo que integra o conjunto de funções-chave
Podemos classificar alguns propósitos para essa da administração.
função:
- Guiar as atividades e responsabilidades; Conduzir a equipe 02. O processo administrativo é formado por funções
quando há dificuldades e dúvidas; Desenvolver o foco na equipe, básicas da Administração. Quais são elas?
para que todos estejam alinhados ao mesmo objetivo; Permitir (A) Planejamento e direção
uma comunicação transparente e eficaz; Aumentar o nível da (B) Controle e direção.
qualidade do trabalho, por meio da motivação; Estimular a (C) Planejamento, organização e trabalho.
participação com sugestões, novas ideias e estratégias. (D) Planejamento, organização, controle e direção.
(E) Controle e direção do trabalho.
Controle
03. Em relação aos conceitos apresentados abaixo,
Para o Fayol o controle significa verificar se os assinale a alternativa incorreta.
procedimentos do pessoal se acordam com as regras e os (A) O planejamento consiste em uma tomada de decisão
princípios estabelecidos na empresa. Estabelecendo padrões e antecipada e reflete sobre o que deverá ser feito, ou seja, do
medidas de desempenho que permitam assegurar que as ponto de vista formal, planejar consiste em simular o futuro
atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a desejado e, de forma racional, estabelecer antecipadamente os
empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas cursos de ação necessários e as ferramentas adequadas para
permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra atingir os objetivos. Com ele se define onde se pretende chegar,
conforme as regras estabelecidas e ditadas. o que deverá ser feito, de que maneira, em que sequência e
O controle compreende a verificação da compatibilidade produzir de forma estruturada o plano (produto do
entre a ação organizacional e o plano que a determinou. O planejamento).
controle é a última função desempenhada, porque só é (B) A Organização se refere à alocação, distribuição e
possível ocorrer depois que as demais funções forem arrumação dos recursos trazidos de fora da organização para
completadas, ele está intimamente ligado ao planejamento, dentro. Considerando que nem toda organização tem
pois estabelece metas e métodos para atingi-las. disponível todos os recursos que precisa para atingir seus
A função de controle é importante porque complementa as objetivos, surge, então, a necessidade de trazer estes recursos
demais funções, procurando garantir que os rumos da ação para dentro da estrutura. Exemplo: quando uma organização
individual e grupal sejam compatíveis com os objetivos está comprando equipamentos, computadores, contratando
organizacionais. pessoas, fazendo concurso público ela está na fase da
O Processo de controle envolve quatro etapas: organização.
-Estabelecer padrões de desempenho: pontos de (C) O Controle tem como função manter o bom
referência para avaliar o desempenho desempenho dos recursos (pessoas e equipamentos) ou
-Medir o desempenho: medição por meio de relatórios, valores de uma variável dentro de limites pré-estabelecidos.
gráficos, tabelas, fluxos e outros recursos. Esta função exige a medição da produção comparada a
-Comparar o desempenho com os padrões e determinar padrões de desempenho previamente definidos e exige limites
desvios: identificação das diferenças existentes no processo de admissíveis de variação de desempenho, tomando ações
operação, indicando assim a necessidade de intervenção. corretivas, quando necessárias.
-Adotar medidas corretivas para ajustar o desempenho (D) A Direção tem como função dinamizar o processo de
atual ao padrão desejado: ajustes das operações onde trabalho através da ativação das pessoas por meios chamados
necessárias. de meios de direção que são 6 (seis): Ordem/ Instrução,
As técnicas de controle podem ser qualitativas, que Comunicação, Motivação, Coordenação, Negociação e
engloba: auditoria, observação pessoal, inspeção, controle por Liderança.
relatórios, avaliação de desempenho, políticas e controle do (E) O Processo Administrativo é um processo formado por
desempenho humano e podem ser também técnicas 4 (quatro) funções básicas da administração, sendo estas:
quantitativas, que engloba: controle de retorno sobre Ativos, Planejamento, Organização, Controle e Direção.
gráfico de Grantt, , análise do ponto de equilíbrio, ponto
econômico do pedido, sistema ABC, desvio padrão, análise da 04. O departamento fiscal da empresa Gama tem
variância, orçamento e relatórios contábeis. apresentado constantemente situações como: pagamento de
Eficiência e eficácia são excelentes parâmetros para a tributos em atraso por conta do não lançamento de notas
medida do desempenho organizacional, pois indicam ênfase fiscais dentro dos prazos previstos pela legislação. Quando
nos meios utilizados para alcançar um objetivo e ênfase no questionados, funcionários apontam que não são os
alcance do objetivo. responsáveis pelos problemas. De maneira geral os
A informação é à base do controle gerencial, deverão ser funcionários da área afirmam que “não são atribuições de seus
comunicadas de uma forma correta, no tempo certo e pessoas cargos”. Como consequência várias atividades importantes do
certas. Um bom sistema de informação facilita muito cada uma departamento fiscal ficam sob responsabilidade indefinida.
das funções gerenciais, e principalmente úteis quando se trata Os problemas do departamento fiscal da Gama estão
do planejamento e do controle. relacionados:
(A) O planejamento.
Questões (B) À organização.
(C) O relacionamento interpessoal.
01. Assinale a alternativa que apresenta uma definição de (D) A gestão da informação.
processo administrativo. (E) O controle.
(A) É o processo de planejar, implementar, controlar e
avaliar estratégias.
(B) É o processo de prever os objetivos pretendidos.

Conhecimentos Específicos 2
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05. A função administrativa que se refere ao Nunca discuta com um cliente, a discussão não tem o
relacionamento interpessoal do administrador com seus objetivo discutir possibilidades, caminhos, decisões e oferecer
subordinados é conhecida como: soluções, mas sim de criar uma disputa ou provar que alguém
(A) direção. está certo e o outro errado, obter razão.
(B) controle
(C) planejamento Princípios para o bom atendimento na gestão da
(D) organização qualidade:
Respostas
1. Foco no Cliente
01. E / 02. D / 03. D / 04. B / 05. A As empresas privadas buscam reduzir os custos dos
produtos, aumentar os lucros, mas não podem perder de vista
a qualidade e satisfação dos clientes.
2. Atendimento ao público:
2. O serviço ou produto deve atender a uma real
comunicação, postura necessidade do usuário
profissional e relações Um serviço ou produto deve ser exatamente como o
interpessoais. usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.

3. Manutenção da qualidade
O padrão de qualidade mantido ao longo do tempo é que
Atendimento ao Público
leva à conquista da confiabilidade.
Assim como a qualidade evoluiu para gestão da qualidade,
A atuação com base nesses princípios deve ser
o atendimento ao cliente passou a fazer parte da estratégia das
orientada por algumas ações que imprimem qualidade ao
organizações, as empresas passaram a adotar estratégias e
atendimento, tais como:
ações como a criação de um canal de relacionamento entre a
-Identificar as necessidades dos usuários;
empresa (executivos, gerentes) e o cliente, para que haja uma
-Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
interação e consiga decifrar por menores que sejam, quais os
-Evitar informações conflitantes;
principais interesses daqueles que utilizam os produtos ou
-Atenuar a burocracia;
serviços da empresa. Outras estratégias também utilizadas são
-Cumprir prazos e horários;
as pesquisas de opinião que buscam respostas ou indagações
-Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
vindas do consumidor final.
-Divulgar os diferenciais da organização;
Algumas organizações criaram funções específicas para o
-Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
sistema de ouvidoria, funcionários são contratados, treinados
-Fazer uso da empatia;
para atender/receber críticas, sugestões e reclamações dos
-Analisar as reclamações;
usuários.
-Acatar as boas sugestões.
O atendimento ao cliente tornou-se um dos pontos mais
importantes na atuação de uma empresa no mercado, na busca
Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem
pela satisfação, criação de valor e retenção.
ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários,
entre eles: competência, presteza, cortesia, paciência,
Por isso, atendimento é acolher, receber, ouvir o cliente,
respeito.
de forma com que seus desejos sejam resolvidos.
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência,
Atendimento é dispor de todos os recursos que se fizerem
desrespeito, imposição de normas ou exibição de poder
necessários, para atender ao desejo e necessidade do
tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários.
cliente.
Atender o cliente significa identificar as suas necessidades
e solucioná-las, ao passo que atender ao telefone significa não
Esse cliente pode ser interno, ou, externo, e caracteriza-
deixá-lo tocar por muito tempo, receber a ligação e transferi-
se por ser o público-alvo em questão.
la ao setor correspondente. Observe que a diferença é bastante
grande. Eu diria mais: profissional de qualquer área ou
Os clientes internos são aqueles de dentro da
formação tem capacidade de atender ao telefone, visto que é
organização. Ou seja, são os colegas de trabalho, os executivos.
um procedimento técnico, enquanto que para atender o cliente
São as pessoas que atuam internamente na empresa.
é necessário capacidades humanas e analíticas, é necessário
Já os clientes externos, são os clientes que adquirem
entender o comportamento das pessoas, ou seja, entender de
produtos ou serviços da empresa.
gente, além de ter visão sistêmica do negócio e dos seus
processos. Os profissionais mais bem preparados para esse fim
O atendimento de sucesso ocorrerá se além de
são os que frequentam os bancos escolares, especialmente os
priorizar e estiver preparado para:
que se dedicam à formação secretarial.
1. A recepção
O cliente sempre espera um tratamento individualizado,
2. Ouvir as necessidades do cliente
considerando que cada situação de atendimento é única, e
3. Fazer perguntas de esclarecimento
deve levar em conta as pessoas envolvidas e suas
4. Orientar o cliente
necessidades, além do contexto da situação. Como as pessoas
5. Demonstrar interesse e empatia
são diferentes, agem de maneira diferenciada, a condução do
6. Dar uma solução ao atendimento
atendimento também necessita ser personalizada, apropriada
7. Fazer o fechamento
para cada perfil de cliente e situação.
8. Resolver pendências quando houver.
Assim, o cliente poderá se apresentar: bem-humorado,
tímido, apressado, paciente, inseguro, nervoso, entre outras
Coloque-se no lugar do cliente e assim busque utilizar
características. O mais importante é que o secretário
termos claros e explicar de acordo com a maturidade detalhes
identifique no início da interação como o cliente se encontra
importantes no processo de compreensão. Não podemos
para que possa dirigir de maneira assertiva o atendimento.
esperar que o cliente entenda toda a linguagem que utilizamos
em uma empresa.

Conhecimentos Específicos 3
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APOSTILAS OPÇÃO

A chave para o sucesso da bom atendimento depende O profissionalismo na apresentação se tornou fator chave
muito da boa comunicação, isto é, de como é realizada a para o atendimento. Excesso de intimidade na apresentação é
transmissão e recepção de informação. repudiável. O cliente não está procurando amigos de infância.
E sim, soluções aos seus problemas.
Dimensões de um atendimento de qualidade Assim, os nomes que caracterizam intimidade devem ser
abolidos do atendimento. Tampouco, os nomes e adjetivos no
Comunicabilidade: diminutivo.
É a qualidade do ato comunicativo otimizado, no qual a Outro fator que decepciona e enfurece os clientes, é a
mensagem é transmitida de maneira integral, correta, rápida e demora no atendimento. Principalmente quando ele observa
economicamente. A transmissão integral supõe que não há que o atendente está conversando assuntos particulares, ou,
ruídos supressivos, deformantes ou concorrentes. A fazendo ações que são particulares e não condizem com seu
transmissão correta implica em identidade entre a mensagem trabalho.
mentada pelo emissor e pelo receptor. A instantaneidade na apresentação do atendimento
configura seriedade e transmite confiança ao cliente.
Apresentação Portanto, o atendente deve tratar a apresentação no
O responsável pelo primeiro atendimento representa a atendimento como ponto inicial, de sucesso, para um bom
primeira impressão da empresa, que o cliente irá formar, como relacionamento com o cliente.
a imagem da empresa como um todo.
E por isso, a apresentação inicial de quem faz o Atenção, Cortesia, Interesse
atendimento deve transmitir confiabilidade, segurança, O cliente quando procura atendimento, é porque tem
técnica e ter uma apresentação ímpar. necessidade de algo. O atendente deve desprender toda a
É fundamental que a roupa esteja limpa e adequada ao atenção para ele. Por isso deve ser interrompido tudo o que
ambiente de trabalho. Se a empresa adotar uniforme, é está fazendo, e prestar atenção única e exclusivamente ao
indispensável que o use sempre, e que o apresente sempre de cliente.
forma impecável. Unhas e cabelos limpos e hálito agradável Assuntos particulares e distrações são encarados pelos
também compreendem os elementos que constituem a clientes como falta de profissionalismo.
imagem que o cliente irá fazer da empresa, através do Atentar-se ao que ele diz, questiona e traduz em forma de
atendente. gestos e movimentos, devem ser compreendidos e
O cliente, ou, futuro, questiona e visualiza sempre. Por isso, transformados em conhecimento ao atendente.
a expressão corporal e a disposição na apresentação se tornam Perguntar mais de uma vez a mesma coisa, ou, indagar algo
fatores que irão compreender no julgamento do cliente. que já foi dito antes, são decodificados pelo cliente como
A satisfação do atendimento começa a ser formado na desprezo ao que pretende.
apresentação. É importante ter atenção à tudo o que o cliente faz e diz,
Assim, a saudação inicial deve ser firme, profissional, clara para que o atendimento seja personalizado e os interesses e
e de forma que transmita compromisso, interesse e prontidão. necessidades dele sejam trabalhados e atendidos.
O tom de voz deve ser sempre agradável, em bom tom. O É indispensável que se use do formalismo e da cortesia.
que prejudica muitos relacionamentos das empresas com os O excesso de intimidade pode constranger o cliente. Ser
clientes, é a forma de tratamento na apresentação. É educado é cortês é fundamental. Porém, o excesso de
fundamental que no ato da apresentação, o atendente mostre amabilidade, se torna tão inconveniente quanto a falta de
ao cliente que ele é Bem-Vindo e que sua presença na empresa educação.
é importante. O atendimento é mais importante que preço, produto ou
Há várias regras a serem seguidas para a apresentação serviço para o cliente. Por isso, a atenção à ele deve ser única e
inicial para um Bom Atendimento. O que dizer antes? O nome, exclusiva.
nome da empresa, Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite? Pois não? Por isso, é necessário que o cliente sinta-se importante e
Posso ajudá-lo? sinta que está sendo proporcionado à ele um ambiente
A sequência não importa. O que deve ser pensado na hora, agradável e favorável para que seus desejos e necessidades
é que essas frases realmente devem ser ditas de forma positiva sejam atendidos. O atendente deve estar voltado
e que tenham significado. completamente para a interação com o cliente, estando
Os clientes não aguentam mais atendimentos com sempre atento para perceber constantemente as suas
apresentações mecânicas. necessidades. Por isso, o mais importante é demonstrar
O que eles querem sentir na apresentação é interesse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las
receptividade. prontamente e da melhor forma possível.
Por isso, Saudar com Bom Dia, Boa Tarde, ou, Boa Noite, é Gentileza é o ponto inicial para a construção do
ótimo! Mas, diga isso, desejando mesmo que o cliente tenha. relacionamento com o cliente. A educação deve permear em
Dizer o nome da empresa se o atendimento for através do todo processo de atendimento. Desde à apresentação até a
telefone também faz parte. Porém, faça de forma clara e despedida.
devagar. Não dê margem, ou fale de forma que ele tenha que Saudar o cliente, utilizar de obrigado, por favor, desculpas
perguntar de onde é logo após o atendente ter falado. Dizer o por imprevistos, são fundamentais em todo processo.
nome, também é importante. Mas, isso pode ser dito de uma Caracteriza-se também, como cortesia no atendimento, o
forma melhor como, perguntar o nome do cliente primeiro, e tom de voz e forma com que se dirige ao cliente.
depois o atendente diz o seu. Exemplo: Qual seu nome, por O tom de voz deve ser agradável. Mas, precisa ser
favor? Maria, eu sou a Madalena, hoje posso ajuda-la em quê? audível. Ou seja, que dê para compreender. Mas, é importante
O cliente com certeza já irá se sentir com prestígio, e lembrar, que apenas o cliente deve escutar. E não todo mundo
também, irá perceber que essa empresa trabalha pautada na que se encontra no estabelecimento.
qualidade do atendimento. Com idosos, a atenção deve ser redobrada. Pois, algumas
Segundo a Sabedoria Popular, leva-se de 5 a 10 segundos palavras e tratamentos podem ser ofensivos à eles. Portanto,
para formarmos a primeira impressão de algo. deve-se utilizar sempre como formas de tratamento: Senhor e
Por isso, o atendente deve trabalhar nesses segundos Senhora.
iniciais como fatores essenciais para o atendimento. Fazendo Assim, ao realizar um atendimento, seja pessoalmente ou
com que o cliente tenha uma boa imagem da empresa. por telefone, quem o faz está oferecendo a sua imagem

Conhecimentos Específicos 4
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APOSTILAS OPÇÃO

(vendendo sua imagem) e da empresa na qual está Ser eficiente é realizar tarefas, resolvendo os problemas
representando. As ações representam o que a empresa inerentes a ela. Ser eficiente é atingir a meta estabelecida.
pretende. Por isso, o atendimento eficiente é aquele no qual não
Por isso, é importante salientar que não se deve distrair perde tempo com perfumarias. E sim, agiliza o processo para
durante o atendimento. Deve-se concentrar em tudo o que o que o desejado pelo cliente seja cumprido em menor tempo.
cliente está dizendo. Eficiência está ligada a rendimento. Por isso, atendimento
Também, não se deve ficar pensando na resposta na hora eficiente é aquele que rende o suficiente para ser útil.
em que o interlocutor estiver falando. Concentre-se em O atendente precisa compreender que o cliente está ali
ouvir. para ser atendido. Por isso, não deve perder tempo com
Outro fator importante e que deve ser levado em conta no assuntos ou ações que desviem do pretendido.
atendimento é não interromper o interlocutor. Pois, quando Há alguns pontos que levam à um atendimento eficiente,
duas pessoas falam ao mesmo tempo, nenhuma ouve como:
corretamente o que a outra está dizendo. E assim, não há a Todos fazem parte do atendimento. Saber o que todos
comunicação. da empresa fazem, evita que o cliente tenha que repetir mais
O atendente também não deve se sentir como se estivesse de uma vez o que deseja, e que fique esperando mais tempo
sendo atacado. Pois alguns clientes dão um tom mais agressivo que o necessário.
à sua fala. Porém, isso deve ser combatido através da atitude Cativar o cliente, sem se prolongar muito, mostra
do atendente, que deve responder de forma calma, tranquila e eficiência e profissionalismo.
sensata, e sem elevar o tom da voz. E também, sem se alterar. Respeitar o tempo e espaço das pessoas é fundamental
Tomar nota das informações pode trazer mais ao cliente. Se ele precisa de um tempo a mais para elaborar e
tranquilidade ao atendimento. Ainda mais se ele estiver processar o que está sendo feito, dê esse tempo à ele,
sendo feito pelo telefone. Essa técnica, auxilia na compreensão auxiliando-o com informações e questões que o auxilie no
e afasta a duplicidade de questionamentos que já foram feitos, processo de compreensão.
ou de informações que já foram passadas. Ser positivo e otimista e ao mesmo tempo ágil, fará com
Fazer perguntas ao sentir necessidade de algum que o cliente tenha a mesma conduta.
esclarecimento, é importante. O atendente não deve-se inibir. Saber identificar os gestos e as reações das pessoas, de
Já foi dito que fazer uma pergunta mais de uma vez deve ser forma a não se tornar desagradável ou inconveniente, facilita
evitado. E também que informações que já foram passadas no atendimento.
pelo clientes não devem ser questionadas. Porém, se houver Ter capacidade de ouvir o que falam, procurando
necessidade, o atendente deve fazê-la. Mas, deve pedir interpretar o que dizem e o que deixaram de dizer, exercitando
desculpas por refazê-la, e dizer que foi um lapso. o "ouvir com a inteligência e não só com o ouvido".
Confirmar o que foi dito, solicitar feedback, passa uma Interpretar cada cliente, procurando identificar a real
mensagem de profissionalismo, atenção e interesse ao cliente. importância de cada "fala" e os valores do que foi dito.
Demonstra que o atendente e a empresa estão preocupados Saber falar a linguagem de cada cliente procurando
com sua situação e em fazer um atendimento de qualidade. identificar o que é especial, importante e ou essencial em
Portanto, estabelecer empatia e falar claramente e cada solicitação, procurando ajuda-lo a conseguir o que deseja,
pausadamente, sem ser monótono, evitando ainda o uso de otimiza o processo.
gírias; falar com voz clara e expressiva (boa dicção) são O atendente deve saber que fazer um atendimento
atitudes que tornam o atendimento ao cliente com qualidade. eficiente é ser breve sem tornar-se desagradável.
Ter ética em todos os níveis de atendimento faz com
Presteza, Eficiência, Tolerância que o cliente não tenha dúvida sobre a organização. E assim,
Ter presteza no atendimento faz com que o cliente sinta não desperdice tempo fazendo questionamentos sobre a
que a empresa, é uma organização na qual tem o foco no conduta da empresa.
cliente. Ou seja, é uma instituição que prima por solucionar as O atendente deve saber que sempre há uma solução para
dúvidas, problemas e necessidades dos clientes. tudo e para todos, buscando sempre os entendimentos e os
A postura deve ser de ser ágil, sim, mas, sem deixar a acordos em todas as situações, por mais difíceis que elas se
qualidade de lado. apresentem.
Pois de nada adianta fazer rápido, se terá que ser feito O atendente deve saber utilizar a comunicação e as
novamente. Portanto a presteza deve ser acompanhada de informações.
qualidade. O todo é composto de partes, e para os clientes "as ações
Para isso, é importante que o ambiente de trabalho esteja sempre falaram mais alto que as palavras".
organizado, para que tudo o que precisa ser encontrado Em todos os níveis de atendimento será inevitável
facilmente. deparar-se com clientes ofensivos e agressivos. Para tanto, o
Também, estar bem informado sobre os produtos e atendente deve ter tolerância para acalmar o cliente e mostrar
serviços da organização, tornam o atendimento mais ágil. que ele está ali para auxiliá-lo e resolver o problema.
Em um mundo no qual tempo está relacionado à dinheiro, Não deixar dúvidas ao cliente de que a receptividade na
o cliente não se sente bem em lugares no qual ele tenha que empresa é a palavra de ordem, acalma e tranquiliza. Por isso, a
perder muito tempo para solucionar algum problema. tolerância é importante para que não se perca a linha e
Instantaneidade é a palavra de ordem. Por mais que o comprometa a imagem da empresa e a qualidade no
processo de atendimento demore, o que o cliente precisa atendimento.
detectar, é que está sendo feito na velocidade máxima Não demonstrar ao cliente que o atendente é só mais um
permitida. na empresa, e que o que o cliente procura não tem ligação com
Tudo isso também, tendo em vista que a demora pode sua competência, evita conflitos.
afetar no processo de outros clientes que estão à espera. Por mais que não seja o responsável pela situação, o
Porém, é importante atender completamente um cliente atendente deve demonstrar interesse, presteza e tolerância.
para depois começar atender o próximo. Por mais que o cliente insista em construir uma situação
Se ágil não está ligado a fazer apenas um pouco. E sim, fazer de discussão, o atendente deve-se manter firme, tolerante e
na totalidade de maneira otimizada. profissional.
O comportamento eficiente cumpre o prometido, com foco Portanto, a presteza, eficiência e a tolerância, formam uma
no problema. tríplice que sustentam os atendimentos pautados na qualidade,

Conhecimentos Específicos 5
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APOSTILAS OPÇÃO

tendo em vista que a agilidade e profissionalismo permeiam os 2. Princípio da legitimidade - O usuário deve ser
relacionamentos. atendido com ética, respeito, imparcialidade, sem
discriminações, com justiça e colaboração.
Discrição O visitante/usuário tem o direito de ser recepcionado de
Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente e da forma ética e respeitosa, sem que haja diferença de tratamento
relação com o interlocutor. No trabalho, a pessoa deve ter em razão da condição cultural, social e física do
acima de tudo discrição em seus atos, pois certas visitante/usuário: - Preferencialmente, trate-o pelo nome; -
brincadeiras ou comentários podem ofender as pessoas Não escreva ou faça qualquer outra atividade enquanto estiver
que estão sendo atendidas e gerar situações falando com ele; - esteja atento à condição física do usuário
constrangedoras. Nestes casos, a melhor maneira de (ofereça ajuda aos idosos e às pessoas com necessidades
contornar a situação é pedir desculpas e cuidar para que não especiais).
ocorram novamente.
Todas as atitudes que incomodam as pessoas são 3. Princípio da disponibilidade -O atendente representa,
consideradas falta de respeito e por isso deve haver uma série para o usuário, a imagem da organização. Assim, deve haver
de cuidados, como por exemplo: não bater o telefone, falar empenho para que o usuário não se sinta abandonado,
alto, importunar seu colega com conversas e perguntas o desamparado, sem assistência. O atendimento deve ocorrer de
tempo todo, entre outros. Esta é a postura adequada. forma personalizada, atingindo-se a satisfação do cliente. O
Ser elegante em um ambiente de trabalho e não expor o visitante/usuário deve receber assistência personalizada
visitante/usuário, sendo bem educado, não significa bajular o desde o momento de sua chegada até à despedida: - Demonstre
atendido e sim ser cortês, simpático e sociável. Isto certamente estar disponível para realizar sua tarefa de atendente; - Se
facilitará a comunicação e tornará o convívio mais agradável e houver demora no atendimento, peça desculpas; - Mantenha a
saudável. atenção à necessidade do usuário até sua partida.

Conduta, Objetividade 4. Princípio da flexibilidade O atendente deve procurar


A postura do atendente deve ser proativa, passando identificar claramente as necessidades do usuário e esforçar-
confiança e credibilidade. Sendo ao mesmo tempo profissional se para ajudá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo
e possuindo simpatia. Ser comprometido e ter bom senso, adequadamente. O visitante deve ser orientado e ajudado de
atendendo de forma gentil e educada. Sorrindo e tendo forma a ter as suas necessidades atendidas: - Preste atenção à
iniciativa, utilizando um tom de voz que apenas o cliente comunicação não verbal; - Não deixe nenhuma indagação sem
escute, e não todos que estão no local e ouvindo resposta; - Demonstre que sabe lidar com situações não
atentamente, são condutas essenciais para o atendente. previstas.
O sigilo é importante, e por isso, o tom de voz no
atendimento é essencial. O atendimento deve ser exclusivo e Questões
impessoal. Ou seja, o assunto que está sendo tratado no
momento, deve ser dirigido apenas ao cliente. As demais 01. A excelência nos serviços públicos requer a adoção de
pessoas que estão no local não podem e nem devem escutar o programas de qualidade total. Os princípios de um programa
que está sendo tratado no momento. Principalmente se for de qualidade no setor público envolvem:
assunto pessoal. (A) Adoção de práticas de melhoria contínua; Estrutura
Essa conduta de impessoalidade e personalização organizacional funcional; Centralização das decisões
transformam o atendimento, e dão um tom formal à situação. (B) Educação e capacitação dos servidores públicos;
A objetividade está ligada à eficiência e presteza. E por isso, Processo contínuo de comunicação e sensibilização;
tem como foco, como já vimos, eliminar desperdiçadores de Centralização das decisões de qualidade nos gestores.
tempo, que são aquelas atitudes que destoam do foco. (C) A sociedade como prioridade; Envolvimento e
Ser objetivo, é pensar fundamentalmente apenas no que o comprometimento dos níveis tático e operacional.
cliente precisa e para que ele está ali. (D) O cidadão como prioridade; Adoção de práticas de
Solucionar o seu problema e atender às suas necessidades melhoria contínua dos processos e atividades; Envolvimento e
devem ser tratados como assuntos urgentes e emergentes. Ou comprometimento da alta administração.
seja, têm pressa e necessita de uma solução rapidamente.
Afirmamos que o atendimento com qualidade deve ser 02. Em sua atuação profissional, o servidor público deve:
pautado na brevidade. Porém, isso não exclui outros fatores (A) prestar informações sigilosas à sociedade, visto que
tão importantes quanto, como: clareza, presteza, atenção, toda pessoa tem direito à verdade.
interesse e comunicabilidade. Pois o atendimento com (B) colaborar com seus colegas apenas quando solicitado.
qualidade deve construído em cima de uma série de fatores (C) realizar suas atividades com afinco e resolutividade.
que configuram um atendimento com qualidade. E não (D) realizar suas atividades com rapidez, mesmo que
apenas/somente um elemento. ocorram algumas imperfeições ou erros.
(E) abster-se de exercer sua função em situações de
Vale dizer que, com o foco no atendimento presencial, insegurança profissional.
temos ainda princípios fundamentais para imprimir qualidade
ao atendimento presencial: 03. O comportamento profissional do servidor público
deve ser orientador por princípios e valores orientados a
1. Princípio da competência - O usuário espera que cada (A) ganhar sempre para o crescimento e engrandecimento
pessoa que o atenda detenha informações detalhadas sobre o da nação.
funcionamento da organização e do setor que ele procurou. O (B) resolver os problemas imediatos e depois pensar nos
visitante tem a expectativa de encontrar pessoas capacitadas a futuros.
fornecer informações detalhadas sobre o assunto do seu (C) aproveitar as oportunidades, mesmo com incidência de
interesse: - Identifique as necessidades do visitante/usuário; - risco de improbidade.
Ouça atentamente a descrição do serviço solicitado. (D) agir se comportar e demonstrar atitudes relacionadas
à tradição dos serviços públicos.
(E) realizar suas atribuições em um ritmo confortável para
si e buscar ter qualidade de vida sempre.

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APOSTILAS OPÇÃO

04. Um serviço de atendimento ao público com qualidade expressar discordância e insatisfação, mas, ao fazê-lo,
exige muito quanto ao desempenho dos direciona esses sentimentos ao comportamento e não à
(A) fornecedores. pessoa, sem constrangimento ou ansiedade; faz com que esta
(B) consumidores. saiba exatamente o que deseja ou precisa sem tentar dominar,
(C) funcionários. humilhar ou insultar.
(D) parceiros. A assertividade deve ser treinada. Quando estamos
(E) atravessadores. dispostos a desenvolver uma área que favorece tanto nosso
crescimento profissional quanto pessoal, abrimos espaço para
05. Acerca do atendimento ao público, é correto afirmar o conhecimento. Assim, investir em nós mesmos significa
que evoluir e alcançar com sucesso nossos objetivos.
(A) o serviço prestado com funcionários bem treinados é Principalmente se um deles é tornar-se um bom líder.
o suficiente para garantir total qualidade do atendimento ao
público. Sistemas Comunicacionais4, deve ser considerado:
(B) a educação, a simpatia e a cortesia pouco influenciam - O que dizer; - A quem dizer; - Quando dizer; - Com que
na garantia de um atendimento de qualidade ao público, pois frequência; - De que forma; - Por que meio de comunicação,
o que importa, de fato, é o comedimento do funcionário que faz entre outras.
o atendimento. Portanto, deve ser considerada a forma da estrutura
(C) o ambiente físico e o psicológico, presentes no local organizacional da empresa para atender às suas necessidades.
onde é realizado o atendimento ao público, são irrelevantes
em relação à qualidade desse atendimento, pois para o cliente Elementos da comunicação clássicos
o que realmente interessa é a qualidade do produto ou serviço
oferecido. Emissor – qualquer ser capaz de produzir e transmitir
(D) boas condições do ambiente em que são atendidos os uma mensagem.
clientes, atendentes bem preparados e comprometidos com Receptor – qualquer ser capaz de receber e interpretar
suas tarefas, bons produtos ou serviços são exemplos de essa mensagem.
requisitos que podem contribuir para assegurar a qualidade Mensagem – trata-se do conteúdo que será transmitido, as
do atendimento ao público. informações que serão transmitidas ao (s) receptor (es).
(E) a qualidade do atendimento ao público é Qualquer coisa que o emissor envie com a finalidade de passar
responsabilidade exclusiva do funcionário que o realiza. informações
Código – o modo como a mensagem é transmitida (escrita,
Respostas fala, gestos, etc.)
Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista,
01. D. / 02. C. / 03. D. / 04. C. / 05. D. livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)
Contexto – situação que envolve emissor e receptor
COMUNICAÇÃO Ruído – são elementos que interferem na compreensão da
mensagem que está sendo transmitida, podem ser
A comunicação nas organizações pode estar relacionada ocasionados pelo ambiente interno ou externo. Pode ser tanto
aos aspectos interpessoais, organizacionais e sociais, bem barulhos de uma maneira geral, uma palavra escrita
como aos processos, pessoas, mensagens e significados incorretamente, uma dor de cabeça por parte do emissor como
(MARCHIORI, 2011). do receptor, uma distração, um problema pessoal, gírias,
Quando o processo comunicacional das empresas é neologismos, estrangeirismos, etc., podem interferir no
bem definido, aumenta-se a eficiência, a satisfação e a perfeito entendimento da comunicação.
qualidade de todas as relações interpessoais. Retroalimentação ou Feedback – é o processo onde
É uma dessas coisas que todo mundo sabe o que é, mas ocorre a confirmação do entendimento ou compreensão do
ninguém consegue definir com precisão. que foi transmitido na comunicação.
É o ato de comunicar algo ou de comunicar-se (com
alguém). O verbo vem do latim communicare, que significa Exemplos de comunicação feita por um Emissor
participar, fazer, saber, tornar comum. Quando eu comunico dentro de uma organização.
alguma coisa a alguém essa coisa se torna comum a ambos. - Divulgar para os funcionários a festa de confraternização
Quando se publica uma notícia ela passa a fazer parte da de final de ano.
comunidade. Comunicação, comunhão, comunidade são - Convidar os funcionários para a festa.
palavras que têm a mesma raiz e estão relacionadas à mesma - Divulgar as restrições que poderá exigir essa
ideia de algo compartilhado. confraternização.
A assertividade3 é o principal princípio da comunicação, - Informar os funcionários dos brindes e brincadeiras.
assertividade é a capacidade de nos expressarmos aberta e - Agradecer antecipadamente pelo ano que se encerrou e a
honestamente, sem negarmos os direitos dos outros. presença dos funcionários.
Bons líderes são bons comunicadores. Ser um bom - Entre várias outras mensagens.
comunicador não significa apenas ter habilidade de um grande
orador. É necessário ter assertividade na hora de expor suas Algumas considerações necessárias para uma
ideias. O bom comunicador nunca dá margem à dúvida, ele é comunicação eficaz:
claro e conciso. Assim, os líderes de sucesso são bons -Identificação do Público alvo – é importante considerar
comunicadores, pois possuem assertividade em expressar-se. o nível social, há que grupo que pertence de atitudes, religiões
Na comunicação, o comportamento não assertivo ou o e crenças desse público.
agressivo, raramente consegue fazer com que atinjamos o -Elaborar a mensagem – Verificar estrutura, formato e o
nosso objetivo. A pessoa não assertiva acaba perdendo próprio texto.
negócios, clientes e amigos, pois sua comunicação gera -Determinar os objetivos da comunicação – o que
ressentimentos e hostilidade. Já a pessoa assertiva, pode deseja comunicar e para qual tipo de público.

3 Comunicação assertiva. Disponível em: desenvolva-uma-comunicacao-clara-e-reduza-conflitos/. Acesso em 08 de abril


http://www.ibccoaching.com.br/blog/gestao-de-rh/comunicacao-assertiva- de 2014.
4 http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/cm/article/viewFile/11624/6664

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APOSTILAS OPÇÃO

-Selecionar os meios de comunicação – Cada meio traz organização – nem tudo que é relevante para o público interno
um benefício diferente e com velocidade dos resultados é para o externo. E, ao contrário da comunicação interna, que
diferentes e com custo diferenciado que deve ser considerado visa integrar a equipe, a externa visa levar a organização ao
no que busca com o resultado a ser atingido. Ela poderá se conhecimento público, a ser vista e reconhecida como tal. Essa
pessoal ou por meio de propaganda através de mídias. comunicação se dá muitas vezes através do trabalho de
-Medir e avaliar a resultada do sistema de assessoria de imprensa. A comunicação externa é importante
comunicação – Deverá avaliar o resultado atingindo no para a visibilidade de qualquer organização.
projeto elaborado nos sentido de custos, em melhoria para a Dentre os objetivos da comunicação externa, podemos
empresa, e as considerações para melhorar a propaganda ou o destacar:
projeto de comunicação. -A construção da imagem institucional da empresa;
-Atender às exigências dos consumidores mais conscientes
Comunicação Formal de seus direitos;
A comunicação formal é a comunicação que ocorre por -A adequação dos trabalhadores ao aumento da
meio dos canais de comunicação formalmente existentes no competição no mercado;
organograma da empresa, derivada da alta administração. A -A defesa dos interesses junto ao governo e aos políticos
mensagem é transmitida e recebida pelos canais formalmente (lobby);
estabelecidos pela empresa na sua estrutura organizacional. É -O encaminhamento de questões sindicais e relacionadas à
o tipo de comunicação oficial, seja ela interna ou externa, preservação do meio ambiente etc.
sendo quase toda feita por escrito e devidamente registrada
através de correspondências ou formulários. Podemos Comunicação integrada
exemplificar os comunicados gerais da empresa, postados em A comunicação integrada vai além. “Pressupõe não apenas
quadros ou murais com essa finalidade. um diálogo produtivo, mas um planejamento conjunto. O
processo de tomada de decisões, que deve incluir outras
Comunicação informal5 instâncias da empresa ou entidade que não as vinculadas
No caso da comunicação informal, é aquela que surge especificamente à comunicação/marketing, deve ser
espontaneamente através da estrutura informal e fora dos compartilhado, ainda que haja um chefe, um superintendente
canais de comunicação oficiais estabelecidos pelo ou diretor geral a que todos se reportam”, conforme
organograma, abordando todo tipo de relação social entre os argumentam os autores Cláudio Silva, Flávia Schroeder,
colaboradores. É a forma cujo qual os funcionários obtém mais Luciana Costa, Mariana Cumming e Ticiana Diniz, no artigo
informações, por meio de boatos rumores e conversas. A ‘Comunicação Integrada como Ferramenta de Gestão’.
comunicação informal aborda mensagens que podem ou não O resultado da comunicação integrada é
ter relações às atividades de uma organização. Por meio desta uma imagem institucionalizada bem mais alinhada, mais
pode-se obter mais rapidamente a mensuração de opiniões e global – como apontam autores já citados -, evidenciado cada
insatisfações dos colaboradores, ao ter uma ideia mais ampla setor da corporação, suas atividades e especificidades. E, ainda
do clima organizacional e da reação das pessoas aos processos que seja algo novo no mercado, esta não é apenas uma opção,
de mudança. mas uma necessidade e um diferencial em uma organização.
Uma tendência que aponta para o futuro.
A comunicação interna
É comumente entendida como um processo de trocas entre Barreiras na Comunicação6
os colaboradores de uma organização, envolvendo toda a Segundo Lopes (2004), as barreiras na comunicação
equipe no processo comunicativo e pulverizando os conteúdos podem estar presentes em todo e em qualquer processo de
informativos, seja de forma vertical e horizontal. A comunicação. Pode-se dizer que é mais provável que ocorra
comunicação interna é uma ferramenta fundamental para as interferência quando a mensagem é complexa, provoca
organizações no que se refere à obtenção de excelentes emoções ou se choca com o estado mental do receptor. Dessa
resultados como: aumento de produtividade e ganho forma, faz-se necessário descrever, de modo sucinto, alguns
financeiro. Porém, quando há falhas ou barreiras na aspectos que interferem:
comunicação interna, gera vários transtornos que podem levar
a organização ao descrédito, ou até mesmo ao fracasso. A - Semântica: está relacionado ao significado diferente que
comunicação quando mal feita ou feita de forma insatisfatória as pessoas vinculam às palavras, nesta situação, é provável que
gera ruído, insegurança, desmotivação e falta de um sujeito atribua um significado errado a uma palavra ou a
comprometimento dos clientes internos. O importante é que uma comunicação não-verbal.
muitas vezes essa comunicação precisa ser levada a sério, mas - Filtragem da informação negativa: ocorre
antes disso precisa se mostrar estratégica para os gestores. principalmente de baixo para cima e tende a filtrar os efeitos
Sendo assim, A função básica da comunicação é tornar negativos para não desagradar aos superiores. Além disso, a
comum, desde os mais altos cargos da empresa até o “chão de filtragem ocorre quando há um histórico de punições por parte
fábrica” quais são os planos, as metas e os objetivos da gerência executiva com os portadores de más notícias e
estabelecidos. Depois disso, vem o passo seguinte, que é o de também quando uma mensagem é passada por várias pessoas,
envolver os funcionários e levá-los a contribuir para a causando perda de informações e distorções da mensagem
concretização destes. A comunicação interna promove a original.
interação e integração das pessoas, departamentos e áreas, - Credibilidade do transmissor: é um dos elementos
para que todos caminhem na mesma direção, em busca do fundamentais para uma liderança eficaz. Quanto mais
mesmo alvo. confiável for a fonte ou transmissor, maior será aceitação da
mensagem.
A comunicação externa - Sinais misturados: estão intimamente associados à
A comunicação externa por outro lado, possui um caráter postura do gestor e àquilo que ele enuncia, ou seja, é
ainda mais institucionalizado e hierarquizado. Isto acontece necessário apresentar coerência entre o que ele fala e como se
porque, nesses casos, há um segundo filtro dentro da comporta.

5Watanabe. C, Comunicação Formal e Informal. 2009. um estudo de caso nas empresas do grupo Fortes de Serviço. Trabalho de
6 LOPES, Fabiana Mendonça. Aspectos sociológicos do comportamento Conclusão de Curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará,
organizacional com foco nos processos de liderança, motivação, comunicação: 2004.

Conhecimentos Específicos 8
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APOSTILAS OPÇÃO

- Diferentes estruturas de referência: envolve pontos de 04. A comunicação repousa sobre o conceito de
vista e perspectivas baseadas em experiências passadas. informação, significado e compreensão de uma pessoa para
- Julgamento de valor: é fazer julgamentos antes de outra, sendo a informação um conjunto de dados com
receber a mensagem completamente. Um julgamento significado. Existem quatro etapas no processo de
apressado induz a pessoa a ouvir apenas a parte que lhe comunicação. A etapa responsável pela transformação da
interessa. É possível que um precipitado julgamento de valor informação de forma significativa para o receptor é:
leve o indivíduo a imediatamente desconsiderar a mensagem, (A) a codificação.
mesmo após tê-la ouvido em sua totalidade. (B) a transmissão.
- Sobrecarga de comunicação: refere-se à questão que os (C) a decodificação.
funcionários precisam receber informações para (D) o feedback.
desempenhar os seus trabalhos e a barreira é quando não se (E) o processador.
passa a informação necessária para execução da tarefa ou se
passa informação demais, ocasionando uma sobrecarga de 05. Sobre transmissão e recepção da informação, podemos
informação em que os funcionários não conseguem absorver afirmar que:
tudo. Aqui cabe ressaltar que a comunicação eletrônica (A) Canal é o meio de comunicação pelo qual se transmite
contribui para o problema do excesso de informação, à medida a mensagem;
que facilita as transmissões de informações e também devido (B) Emissor é aquele que recebe a mensagem;
a sua velocidade e alcance. (C) Os dois itens acima estão corretos;
(D) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
Para obter melhores resultados no processo da
comunicação é necessário saber ouvir, falar, ter habilidade Respostas
para transmitir uma mensagem utilizando linguagem
adequada, e possuir também habilidade de leitura e 01. D / 02. B / 03. C / 04. C / 05. A
compreensão. A comunicação eficiente é muito mais do que o
emprego de uma mesma linguagem, uma vez que envolve Postura profissional
identificação, reconhecimento e respeito às diferenças entre
indivíduos no que se refere aos modos de pensar, sentir e agir. A Postura ou Ética profissional nada mais é do que
Por meio do processo de comunicação organizacional é proceder bem, correto, justo, agir direito, sem prejudicar os
possível encorajar ideias, diálogos, parcerias, mudanças e outros, é estar tranquilo com a consciência pessoal. É também
envolvimento emocional, pois as relações interpessoais são a agir de acordo com os valores morais de uma determinada
alma da empresa, capazes de gerar um maior sociedade.
comprometimento de todos, para melhores índices de A maioria das profissões possuem seu próprio Código de
qualidade e produtividade. Ética, Todos os códigos de ética profissionais, trazem em seu
Questões texto a maioria dos seguintes princípios: honestidade no
trabalho, lealdade na empresa, alto nível de rendimento,
01. É a troca de informações entre indivíduos e constitui respeito à dignidade humana, segredo profissional,
um dos processos fundamentais da experiência humana e da observação das normas administrativas da empresa e muitos
organização social.” Pode-se afirmar que é o conceito de: outros.
(A) liderança; Agir corretamente hoje não é só uma questão de
(B) hierarquia; consciência. É um dos quesitos fundamentais para quem quer
(C) ética; ter uma carreira longa e respeitada. Em escolhas
(D) comunicação; aparentemente simples, muitas carreiras brilhantes podem
(E) motivação. ser jogadas fora. Atualmente, mais do que nunca, a atitude dos
profissionais em relação às questões éticas pode ser a
02. Uma determinada empresa desenvolveu, ao longo dos diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso.
últimos anos, um programa de relações com empregados que Ter um comportamento ético profissional é uma
contava com o ‘gerenciamento por caminhadas’ e uma ‘política característica fundamental, valorize a ética na sua vida e no
de portas abertas’. No primeiro, os gerentes e supervisores ambiente de trabalho.
devem sempre ir às pessoas em seus locais de trabalho, para
verificar como se sentem a respeito das atividades e seus Ser Ético: Você se considera uma pessoa ética?
desempenhos pessoais. No segundo, os gerentes e
supervisores devem promover no local de trabalho um Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem,
ambiente favorável a explicitar a filosofia de trabalho e sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranquilo com
permitir a livre expressão de ideias e sugestões. a consciência pessoal. É, também, agir de acordo com os
O programa de relações com empregados tem como eixo valores morais de uma determinada sociedade. Essas regras
central a morais são resultado da própria cultura de uma comunidade.
(A) assistência Elas variam de acordo com o tempo e sua localização no mapa.
(B) comunicação A regra ética é uma questão de atitude, de escolha.
(C) cooperação Além de ser individual, qualquer decisão ética tem por trás
(D) disciplina um conjunto de valores fundamentais. Muitas dessas virtudes
(E) proteção nasceram no mundo antigo e continuam válidas até hoje. Eis
algumas das principais:
03. Públicos diferentes de uma empresa necessitam de
atuações distintas da comunicação. Elas precisam, no entanto,
ter um ponto em comum, a que se dá o nome de comunicação
(A) interna
(B) externa
(C) integrada
(D) institucional
(E) de marketing

Conhecimentos Específicos 9
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APOSTILAS OPÇÃO

a). Ser honesto em qualquer situação: a honestidade é a A organização é importante e afeta até o rendimento no
primeira virtude da vida nos negócios, afinal, a credibilidade serviço. Quando estamos num lugar organizado, trabalhamos
é resultado de uma relação franca; mais animados. Se precisamos procurar alguma coisa como
b). Ter coragem para assumir as decisões: mesmo que uma ferramenta, achamos com muita mais facilidade.
seja preciso ir contra a opinião da maioria; Agora, se temos problema com a organização, existem
c). Ser tolerante e flexível: muitas ideias aparentemente algumas ferramentas que podem nos ajudar. Uma desta
absurdas podem ser a solução para um problema. Mas para ferramentas é uma metodologia para organização de qualquer
descobrir isso é preciso ouvir as pessoas ou avaliar a situação ambiente: 5s:
sem julgá-las antes;
d). Ser íntegro: significa agir de acordo com os seus Senso de utilização - verifica o que é realmente
princípios, mesmo nos momentos mais críticos; necessário no ambiente de trabalho (ferramentas, materiais,
e). Ser humilde: só assim se consegue ouvir o que os outros papéis etc.). O que não está sendo usado é guardado ou
têm a dizer e reconhecer que o sucesso individual é resultado descartado. Este processo diminui os obstáculos à
do trabalho da equipe. produtividade no trabalho;

A ética define padrões sobre o que julgamos ser certo ou Senso de ordenação - enfoca a necessidade de um espaço
errado, bom ou mau, justo ou injusto, legal ou ilegal na conduta organizado (quadro de ferramentas, arquivo de documentos
humana e na tomada de decisões em todas as etapas e etc.). Dispomos os materiais que precisamos no nosso serviço
relacionamentos da nossa vida. O fato, porém, é que cada vez de maneira a melhorar o fluxo do nosso trabalho e eliminando
mais essa é uma qualidade fundamental para quem se movimentos desnecessários;
preocupa em ter uma carreira longa, respeitada e sólida.
Senso de limpeza - a limpeza é uma necessidade diária de
Como ter atitudes éticas e de postura no ambiente de qualquer ambiente. Geralmente, em escritórios existe uma
trabalho7 equipe que faz esta limpeza. Mesmo assim, podemos ajudar
jogando o lixo fora, por exemplo. Existe ambientes, como as
Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores oficinas por exemplo, onde os funcionários devem fazer esta
devem ter inúmeras qualidades para obter sucesso na carreira limpeza. No final do expediente pode-se tomar alguns minutos
profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que para executar esta organização;
as pessoas possuem, existe algo que é um pré-requisito para
alcançar qualquer posição: a ética. Este termo deve ser Senso de saúde - este senso pode parecer um tanto
conhecido e praticado dentro e fora das empresas. metódico, mais é importante. Basicamente, ele padroniza as
Muitos estudiosos, como Platão, Aristóteles e Sócrates, práticas do trabalho, como manter os materiais juntos, canetas
aprofundaram suas pesquisas sobre este assunto. Apesar das com canetas, livros com livros e assim por diante. Favorece à
divergências das linhas teóricas e de como o comportamento é saúde física, mental e ambiental;
regido, existe um significado para ética que é imutável: ela
corresponde aos valores morais que guiam o comportamento Senso de autodisciplina - utilizado para fazer a
de um indivíduo. manutenção e manter a ordem em nosso ambiente de trabalho.
Ser ético está relacionado a seguir os padrões da sociedade É um tanto difícil, pois é necessário fazer com que os
e as regras e políticas das organizações. funcionários mantenham à ordem no local de trabalho. Devem
seguir regras como " usou, guarde", "sujou, limpe".
Veja algumas dicas para garantir a ética profissional:
Algumas empresas fazem, periodicamente, inspeções nos
Humildade: Esteja pronto para ouvir sugestões, elogios e departamentos para a verificação da organização. Pode se
críticas. Você pode aprender muito com seus colegas de nomear alguns funcionários para fazer estas inspeções de
trabalho. Portanto, seja flexível às opiniões. tempos em tempos. O objetivo é fazer tal manutenção, ajudar
na aplicação dos princípios por parte dos funcionários.
Honestidade: Ninguém perde por ser honesto. Aliás, a
honestidade traz dignidade. Esta é a hora de mostrar seu Comportamento Profissional: é o conjunto de atitudes
caráter e ser um profissional ético. esperadas do servidor no exercício da função pública,
consolidando a ética no cotidiano das atividades
Privacidade: Dentro das organizações, existem assuntos prestadas, mas indo além desta ética, abrangendo
sigilosos e que devem ser tratados de forma discreta. Seja algo atitudes profissionais como um todo que favorecem o
de clientes ou colegas de trabalho, o seu dever é manter ambiente organizacional do trabalho. Quando se fala num
segredo e não expor informações que são exclusividades da comportamento profissional conforme à ética busca-se que
empresa. a atitude em serviço por parte daquele que desempenha o
interesse do Estado atenda aos ditames éticos.
Respeito: Seja com o chefe ou com o subordinado, você “Hoje em dia, cada vez mais as empresas procuram
deve ser respeitoso com os colegas de trabalho. Evite falar mal “verdadeiros” profissionais para trabalharem nelas. Com isso,
daqueles que te incomodam, isso não irá te acrescentar nada e é evidente que não há mais espaço no mercado de trabalho
poderá prejudicar sua imagem dentro da empresa. A ética para profissionais medíocres, desqualificados e
revela o caráter, sendo assim e pode proporcionar inúmeras despreparados para a função a ser exercida, mas sim para
conquistas profissionais. profissionais habilidosos, com pré-disposição para o trabalho
em equipe, com visão ampliada, conhecimento de mercado,
Organização do local de trabalho: Para trabalharmos iniciativa, espírito empreendedor, persistente, otimista,
bem, precisamos estar num ambiente agradável - limpo, responsável, criativo, disciplinado e outras habilidades e
organizado, de fácil acesso.8 qualificações.

7 MARQUES, José Roberto. Como ter atitudes éticas no ambiente de trabalho. 8CZARNESKI, Edson Ricardo. A organização no ambiente de trabalho. Disponível
Disponível em: http://economia.terra.com.br/blog- em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/5s-a-organizacao-
carreiras/blog/2014/05/29/como-ter-atitudes-eticas-no-ambiente-de- no-ambiente-de-trabalho/38730/. Acesso em: Fevereiro/2016.
trabalho/. Acesso em: Março/2016.

Conhecimentos Específicos 10
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APOSTILAS OPÇÃO

É importante procurar estar preparado para o mercado de Vamos chamar o conjunto de problemas que todos nós
trabalho, a qualquer momento da vida, independentemente do possuímos de saco de problemas. As empresas querem que
fato de estar ou não empregado. A história do mercado de deixemos o nosso saco de problemas em casa. Por outro lado,
trabalho atual tem mostrado que independentemente do cargo os nossos familiares querem que deixemos nosso saco de
exercido, deve-se estar sempre preparado para mudanças que problemas no trabalho. Diante disso, a pergunta que surge é:
poderão surgir e mudarão todo o rumo da carreira. As onde colocar nosso saco de problemas? Realmente é uma boa
empresas não são eternas e nem os seus empregos. pergunta. E é justamente por isso que para tornar-se um
Não se engane, não existem mais quaisquer garantias de profissional de sucesso é necessário que tenhamos equilíbrio
emprego por parte das empresas, trazendo aos profissionais emocional, pois não importa quais problemas tenhamos de
empregados um ônus constante para manter o seu emprego. caráter pessoal, nossos colegas de trabalho, subordinados,
Se para aqueles que estão empregados manter a sua diretores e gerentes, enfim, as pessoas como um todo não tem
empregabilidade não é uma tarefa fácil, para aqueles que estão culpa deles e não podemos descarregar esses problemas neles.
ingressando no mercado de trabalho atual, as dificuldades Quando falamos em equilíbrio, emocional, é importante
serão ainda maiores. avaliar também as situações adversas pelas quais todos os
Portanto, a seguir vou discorrer sobre algumas das profissionais passam. É justamente aí que surge o momento da
características dos bons profissionais: verdade que o profissional mostrará se tem o equilíbrio
emocional.
Preparado para mudanças
As empresas buscam por profissionais adaptáveis porque Marketing Pessoal
tudo no mundo moderno muda. As tecnologias, as relações de O marketing pessoal pode ser definido como o conjunto de
emprego, o mercado, os valores e o modo encontrar soluções fatores e atitudes que transmitem uma imagem da pessoa. Os
para os problemas mudaram, enfim tudo mudou fatores a que me refiro incluem vestimenta como um todo, os
significativamente nos últimos anos e continuarão mudando. modos pessoais, o modo de falar e a postura do profissional
Portanto temos de acompanhar o ritmo das coisas. Muitos diante dos demais.
profissionais pensam que podem fazer as mesmas coisas e do Referindo-se à vestimenta, cabe salientar que o
mesmo modo durante toda a vida e depois reclamam porque profissional deve vestir-se adequadamente ao ambiente em
não são bem sucedidos. que está inserido. Se a sua empresa adota um padrão formal,
obviamente a sua vestimenta deve estar em conformidade com
Competência ela e o mesmo se refere a uma entrevista de emprego. Da
Competência é uma palavra de senso comum, utilizada mesma forma, seria um contrassenso usar terno e gravata para
para designar uma pessoa capaz de realizar alguma coisa. O trabalhar em uma linha de produção. Portanto, a regra básica
antônimo disso, ou seja, incompetência, implica não só na é vestir-se em conformidade com o ambiente de trabalho.
negação dessa capacidade como também na depreciação do
indivíduo diante do circuito do seu trabalho ou do convívio Comportamentos que o profissional deve evitar
social. Vou destacar alguns dos defeitos que além de prejudicar a
Para ser contratado em uma empresa ou para a sua ambientalização dentro da empresa, caracterizam tais pessoas
manutenção de emprego não basta ter diplomas e mais como maus profissionais:
diplomas se não existir competência. Por exemplo, um
profissional que se formou em direito, até mesmo na melhor Aquele que fala demais:
universidade, mas que não sabe preparar uma peça processual Já viu aqueles profissionais que são os primeiros a
não terá valor competitivo quer como profissional empregado, propagar as notícias ou as “fofocas” dentro da empresa?
quer como prestador de serviços. Costumo chamar tais profissionais de locutores da “rádio
Diplomas servirão para dar referencial ao profissional ou peão”. Recebem uma informação, sequer sabem se são
até mesmo para enfeitar a parede da sua sala, mas a confiáveis, mas passam adiante e o que é pior, incluindo
competência é o fator chave que atrelada à diplomação lhe informações que sequer existiam inicialmente, alterando
dará subsídios profissionais para ser bem sucedido. Por isso totalmente a informação recebida. Cuidado para não ser um
podemos afirmar categoricamente que a competência não é destes.
composta pelo diploma por si só, apesar de que ele contribui
para a composição da competência. Aquele que fala mal dos outros:
São aqueles profissionais, se é que existe algum
Espírito empreendedor profissionalismo nisso, que insistem em falar sobre seus
Os dias do funcionário que se comporta como funcionário colegas de trabalho, longe destes é claro, aquilo que com
pode estar com os dias contados. A visão tradicionalista de certeza não seriam capazes de falar na frente deles. Por isso, a
empregador e empregado, chefe e subordinado estão regra é: Se você não tem coragem de falar algo na frente do seu
caminhando para o desuso. colega, nunca fale pelas suas costas.
As empresas com visão moderna estão encarando seus
funcionários como colaboradores ou parceiros e Aquele que vive mal-humorado:
implementando a visão empreendedora. Isso significa que os Esses são, sem dúvida, uns dos mais evitados pelos outros
empresários perceberam que dar aos funcionários a colaboradores. Existe algo pior do que conviver com quem vive
possibilidade de ganhar mais do que simplesmente o salário reclamando da vida ou que vive de mau humor? Pessoas de
mensal fixo, tem sido um bom negócio, pois faz com que o “mal com a vida”, repelem as outras pessoas de perto delas.
profissional dê maiores contribuições à organização, Ninguém tem a obrigação de estar sorrindo todos os dias, mas
garantindo assim o comprometimento da equipe na busca de isso não significa que temos o direito de estar sempre de mau
resultados positivos. humor. A propósito, como está seu humor hoje?

Equilíbrio emocional Aquele que não tem higiene pessoal:


O que quero dizer com o equilíbrio emocional? Bem, dito Somente o próprio profissional é capaz de conseguir
de modo simples, é o preparo psicológico para superar conviver com ele mesmo. Isso porque o corpo dele está
adequadamente as adversidades que surgirão na empresa e condicionado a suportar isso. Conheço pessoas, que tem um
fora dela. odor tão acentuado (falando de forma educada), que não

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consigo permanecer mais do que cinco minutos conversando “1) Assuntos profissionais x pessoais - É muito comum
com elas. Um bom banho faria bem não só a ele, mas como que o colaborador realize atividades como falar com a família,
todos a sua volta. acessar redes sociais e pagar contas durante o expediente.
Para não prejudicar as obrigações na empresa, o indicado é
Aquele que não respeita os demais: resolver essas questões após a jornada de trabalho. Caso o
O respeito aos outros é fundamental para o convívio em assunto só possa ser resolvido no horário comercial, é de bom
grupo. Já presenciei casos extremos de falta de respeito, pois senso reservar o horário de almoço.
existem profissionais que não sabem respeitar seus colegas.
Infelizmente, parte dessas pessoas estão em cargos de direção. 2) Roupa – Pode até parecer fútil para alguns, mas muitos
Tive um chefe no meu primeiro emprego que tinha uma profissionais ainda pecam no vestuário. Há situações, como o
campainha para chamar as pessoas. Quando ele tocava uma abuso de decotes e transparências, e o uso de jeans em dias
vez, secretária atendia, quando ele tocava duas vezes, era eu, o não permitidos, que podem criar problemas. Por esse motivo,
office-boy. Bem, além de ser uma falta de respeito usar uma é importante que o contratado adote o traje de acordo com a
campainha para chamar “seres humanos” muitas vezes fui cultura da empresa e tenha a preocupação de adequar suas
chamado lá e ele nem sabia porque tinha me chamado. A maior roupas ao ambiente de trabalho.
lição que tirei disso é que eu não devia nunca mais ter chefe.
Por isso me tornei empreendedor. 3) Postura – Cuidado com palavrões, gírias e falar alto
no trabalho. Comportamentos como esses podem
Aquele que é egoísta: prejudicá-lo no ambiente corporativo. Por isso, é
O egoísmo é algo difundido nas empresas até mesmo fundamental ser educado e manter a compostura mesmo
porque a competitividade interna é muito grande. Pensar em situações críticas.
somente em si mesmo o tempo todo não é a melhor alternativa
para o profissional. Por isso cuidado, pois um dia a vítima pode 4) Críticas em público – O feedback negativo nunca deve
ser o próprio egoísta. ser em público, pois tal atitude pode constranger o
colaborador. Porém, caso o assunto for um elogio ou
Aquele que brinca demais: reconhecimento é indicado fazer diante de outras pessoas
Brincar é bom, desde que as brincadeiras sejam saudáveis, como forma de incentivo. Os especialistas afirmam que acima
num clima de respeito e equilíbrio. Aqueles que brincam a todo de tudo é preciso ter bom senso e respeito.
o momento são pessoas extremamente inconvenientes e
irritam quem está a sua volta. Isso tira a credibilidade do 5) Falta de Pontualidade – A atenção ao horário não é
profissional e pode lhe trazer problemas com a apenas na entrada ao trabalho, mas inclui ser pontual nas
ambientalização. reuniões e outros compromissos da empresa. Além disso, o
profissional deve respeitar o tempo estipulado para o almoço
Aqueles que são inflexíveis: e cumprir suas tarefas no prazo.
Já observou aqueles profissionais que são os únicos que se
acham certos? Pois bem, isso é um grande problema para a 6) Falar mal da empresa – Criticar a organização por
convivência em grupo. É importante que todos nós tenhamos causa do salário, benefícios e discordar das novas políticas da
em mente que não estamos certos o tempo todo e nem organização no ambiente de trabalho, não pega bem. Para os
tampouco precisamos fazer valer perante os outros as nossas especialistas, existem os canais e os momentos certos para
próprias ideias a todo o momento. relatar a insatisfação. O indicado é expor as ideias ao mesmo
As qualificações, comportamentos e atitudes dos bons tempo em que propõe soluções.
profissionais são muitas e estão em constante mudança. Mas
com certeza aqueles que procuram o auto aprimoramento 7) Desrespeitar a hierarquia – Não acatar as regras da
estarão mais bem preparados para tornarem-se excelentes empresa é considerada insubordinação e pode levar a
profissionais”9. demissão. Além disso, passar por cima da posição pré-
estabelecidas na instituição não é visto como pró-atividade.
Atitudes em serviço: ações que o servidor toma Em termos de postura, é essencial respeitar a hierarquia para
quando no desempenho de suas funções, acarretando evitar problemas na vida profissional.
benefícios quando cumpridoras da ética e prejuízos
quando não. Na verdade, trata-se de exteriorização do 8) Impor pensamentos ideais – É comum o líder ditar
comportamento profissional. regras como crenças religiosas e política, entre outras
determinações que ele acredite. Segundo especialistas, o chefe
Os pilares do comportamento profissional adequado deve agir como responsável e não como ditador. Antes de tudo,
são: é fundamental respeitar as diferenças e buscar o melhor de
cada um para agregar valor à política da empresa.
“Integridade – agir de maneira honesta e confiável.
Modos – nunca ser egoísta, rude ou indisciplinado. 9) Ausência de feedback – A falta de esclarecimento dos
Personalidade – expressar os próprios valores, atitudes funcionários perante seus colegas e ao público externo
e opiniões. compromete a imagem da organização. Deixar de dar um
Aparência – apresentar-se sempre da melhor maneira retorno quanto a uma solicitação, por exemplo, pode passar
possível. uma impressão negativa. As empresas são feitas de pessoas,
Consideração – ver-se do ponto de vista da outra pessoa. que podem achar ruim a falta de informações.
Tato – refletir antes de fala”10.
10) Atmosfera negativa – Conviver com colega que
Abaixo, listam-se 10 atitudes em serviço que devem ser reclama de tudo e ainda é mal-humorado não é nada agradável.
evitadas: Antes de expor um comentário, avalie se ele vai causar um

9 Disponível em: <http://www.vocevencedor.com.br/artigos/recursos- 10 Disponível em: <http://imagempessoal.band.uol.com.br/seis-principais-


humanos/principais-atitudes-e-comportamentos-dos-bons-profissionais>. habilidades-pessoais-para-aprimorar-seu-comportamento-profissional/>.
Acesso em: 06 out. 2014. Acesso em: 06 out. 2014.

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desconforto no local de trabalho. O aconselhável é agir para (C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é,
sempre manter um ambiente positivo”11. responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento
Questões humano em sociedade.
(D) um comportamento profissional a ser observado
01. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência apenas no ambiente de trabalho.
dos princípios morais são primados maiores que devem (E) a boa vontade no comportamento do servidor público
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou em quaisquer situações e em qualquer tempo de seu cotidiano.
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes 05. Assinale a alternativa correta em relação à ética no
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição serviço público.
dos serviços públicos. Desta forma, a respeito da ética na (A) Em razão do interesse público indireto, os atos
Administração Pública, assinale a alternativa CORRETA: administrativos não precisam ser publicados.
(A) A moralidade da Administração Pública não se limita à (B) O conceito de moralidade da Administração Pública é
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia restrito aos procedimentos internos praticados pelos
de que o fim é sempre o bem comum. servidores.
(B) Não é vedado ao servidor público ser, em função de seu (C) O servidor poderá omitir ou falsear a verdade, quando
espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a necessário aos interesses da Administração Pública.
este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão. (D) O desempenho da função pública não demanda
(C) Apenas e exclusivamente nos órgãos da Administração profissionalismo, uma vez que tal princípio é inerente à
Pública Federal Direita é que deverá ser criada uma Comissão iniciativa privada que busca lucros e resultados
de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética (E) A moralidade administrativa se integra ao Direito como
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com elemento indissociável dos atos praticados pela administração
o patrimônio público, competindo-lhe conhecer pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível
de censura. Respostas
(D) É vedado ao servidor público comunicar
imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato 01. A. / 02. Certo. / 03. A. / 04. C. / 05. E.
contrário ao interesse público, devendo primeiro o servidor
público efetuar diligências, a fim de arrecadar provas sobre o Relacionamento Interpessoal
ato ou fato que sobre seu entendimento é contrário ao
interesse público. Relacionamento interpessoal12 é um conceito do âmbito
da sociologia e psicologia que significa uma relação entre duas
02. Julgue o item subsequente, relativo à ética no serviço ou mais pessoas. Este tipo de relacionamento é marcado pelo
público. contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto
A qualidade dos serviços públicos depende fortemente da familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade.
moralidade administrativa e do profissionalismo de O relacionamento interpessoal implica uma relação
servidores públicos. social, ou seja, um conjunto de normas comportamentais
(....) Certo (....) Errado que orientam as interações entre membros de uma
sociedade. O conceito de relação social, da área da
03. Rodrigo tem em mente que o elemento ético no sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.
exercício do cargo público é fundamental para o bom O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ser
andamento do serviço. Seu atos, comportamentos e atitudes de vários níveis e envolver diferentes sentimentos como o
deverão ser sempre direcionados para a preservação da honra amor, compaixão, amizade, etc. Um relacionamento deste tipo
e tradição dos serviços públicos. Diante dos fatos assinale a também pode ser marcado por características e situações
alternativa errada: como competência, transações comerciais, inimizade, etc. Um
(A) Não é vedado ao servidor público usar informações relacionamento pode ser determinado e alterado de acordo
privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em com um conflito interpessoal, que surge de uma divergência
benefício próprio. entre dois ou mais indivíduos.
(B) Rodrigo tem o dever de tratar cuidadosamente os Por outro lado, o conceito de relacionamento
usuários dos serviços públicos. intrapessoal é distinto mas não menos importante. Este
(C) É dever do servidor público o cumprimento de ordens conceito remete para a aptidão de uma pessoa de se
superiores, desde que a ordem não seja manifestamente ilegal. relacionar com os seus próprios sentimentos e emoções e
(D) É vedado ao Rodrigo o uso do cargo para obter é de elevada importância porque vai determinar como
qualquer favorecimento, para si ou para outrem. cada pessoa age quando é confrontada com situações do
(E) A assiduidade e frequência do servidor público em seu dia a dia.
ambiente de trabalho, além de ser um dever, reflete De acordo com Fela Moscovici (1998), competência
positivamente em todo o sistema. interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações
interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada
04. A ética pode ser definida como: às necessidades de cada um e às exigências da situação.
(A) um conjunto de valores genéticos que são passados de Complementando, ainda temos que, segundo Argyris (1968),
geração em geração. competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
(B) um princípio fundamental para que o ser humano com relações de acordo com três critérios:
possa viver em família.

11 Disponível em: 12 Relacionamento Interpessoal. Disponível em:


<http://revista.penseempregos.com.br/noticia/2013/04/saiba-10- http://www.significados.com.br/relacionamento-interpessoal/. Acesso em 8 de
comportamentos-inadequados-para-o-ambiente-de-trabalho-4110313.html>. abril de 2015.
Acesso em: 06 out. 2014. IESDE BRASIL.Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho, 2016.
BRONDANI , J. P. Relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe: uma
análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho. Porto Alegre, 2010.

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a) Percepção acurada da situação interpessoal, de suas a sofrer os efeitos, que muitas vezes se manifestam com
variáveis relevantes e respectiva inter-relação. interações de desagrado, antipatia, aversão etc. A interação
b) Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as
modo que não haja regressões. relações interpessoais. Se os processos são construtivos, a
c) Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas colaboração e o afeto predominam, o que possibilita a coesão
envolvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente, do grupo. Caso contrário, o grupo passa a ter conflitos
pelo menos, como quando começaram a resolver seus internos.
problemas. O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as
pessoas precisam possuir não apenas competências técnicas
Segundo Nair Motta, “A natureza humana em si é comum a para realizar suas funções, mas também competências
todas as pessoas, mas individualizada em cada pessoa, porque emocionais.
cada um de nós tem estímulos e sentimentos diferentes, Vemos que a realização eu-eu é fundamental na interação
objetivos e experiências de vida que variam com o grau de com os outros; a forma como eu me vejo, minhas motivações,
cultura do contexto histórico-social em que vivemos”. ideologia, influem em cada interação interpessoal. A harmonia
"O processo de interação humana é complexo e ocorre consigo mesmo, a autoaceitação e valorização, o bem-estar
permanentemente entre pessoas, sob forma de físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o
comportamentos manifestos e não manifestos, verbais e não outro. Muitas vezes, as dificuldades que surgem na relação eu-
verbais, pensamentos, sentimentos, reações mentais e/ou outro são causadas pelo não equilíbrio da relação eu-eu.
físico-corporais." (Fela, 2002) Portanto, é fundamental o equilíbrio eu-eu, para que se possa
Competência interpessoal é resultante de percepção estar bem com os outros.
acurada realística das situações interpessoais e de habilidades Numa organização, a presença de um líder habilidoso é
específicas comportamentais que conduzem a consequências muito importante nesse processo. Ele poderá conduzir sua
significativas no relacionamento duradouro e autêntico, equipe para o sucesso e, se possui habilidades para lidar com
satisfatório para as pessoas envolvidas. as emoções e com a qualidade de vida, fará a diferença de
No momento em que o indivíduo faz parte de um forma positiva no seu grupo de trabalho. A qualidade de vida
determinado grupo social, começa aprender, assimilar os seus no trabalho não decorre apenas de bons salários e planos de
valores, códigos e regras básicas de relacionamento que benefícios, mas do tratamento humano que valorize a
poderão entrar em conflito com os seus valores já aprendidos, gentileza, a possibilidade de expressar os pontos de vista
no primeiro grupo em que desenvolveu seu processo de divergentes, do respeito, do relacionamento sincero. O que
socialização, dificultando a interação, a comunicação e a facilita ou dificulta essas relações são o autoconhecimento e o
expressão de emoção. Contudo, se estiver disposto a trabalhar conhecimento do outro.
a competência interpessoal, possivelmente, não terá Sucesso (2002, p.27) relata que “O autoconhecimento e o
problemas no relacionamento. conhecimento do outro são componentes essenciais na
compreensão de como a pessoa atua no trabalho,
Relacionamento interpessoal no trabalho dificultando ou facilitando as relações”.
Um relacionamento interpessoal positivo contribui para De acordo com Sucesso (2002, p.95), “três emoções
um bom ambiente dentro da empresa, o que pode resultar em primárias atuam sobre o comportamento: o medo, a ira e
um aumento da produtividade e melhoria dos resultados, em o afeto, que se apresentam de forma direta ou através de
geral. disfarces ou máscaras”.
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou
mais pessoas é alcançado quando as pessoas conhecem a si O medo é um entrave dentro das organizações, porque as
mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros pessoas não demonstram essa emoção, o que fazem é
(demonstram empatia), quando expressam as suas opiniões disfarçar, em consequência disso tornam-se desmotivadas,
de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade), descrente de suas capacidades de inovar e criar. O medo
são cordiais e têm um sentido de ética. Isto, pode-se entender aparece sob várias situações, como por exemplo, demissões
que um bom relacionamento interpessoal deriva de relações por atritos com gestores ou por enxugamento de quadro,
que respeitam a ética em primeiro lugar. pressão, punição, levam a climas desagradáveis dentro das
As relações interpessoais propagadas no ambiente de organizações, influenciando o comprometimento, a motivação
trabalho sofrem influências da estrutura organizacional e são e a confiança.
reguladas para alcançar eficiência e resultados. O ser humano A raiva também está presente sob diversas formas, como
procura incessantemente a felicidade, a realização de sonhos e por exemplo, a inveja do outro, de suas capacidades,
a convivência pacífica e harmoniosa com o outro tanto dentro competência, disputa por cargos, causando até humilhação e
quanto fora da organização. As relações de amizade e respeito autopiedade. A ironia é uma forma de raiva dissimulada, que
fortalecem o convívio entre as pessoas. agride, fere e magoa, assim como a hostilidade que começa
Se considerarmos essa interação de pessoas num ambiente com irritação, falta de cortesia e queixas e que aos poucos vai
organizacional, temos que levar em consideração que as crescendo chegando a transformar-se em ódio. Os líderes têm
pessoas não funcionam como máquinas e que muitas vezes o um grande papel na mudança e manutenção das relações
comportamento é diferente do que se espera. Isso porque, interpessoais, através de incentivos e medidas que tornem o
quando estamos em interação com outras pessoas, o clima positivo, que levem a satisfação do trabalho mantendo
funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se um diálogo aberto e franco prevenindo conflitos.
poderia chamar de “previsto ou esperado”. O afeto nas relações de trabalho é a emoção capaz de
Segundo Moscovici (1994), nas empresas, a interação construir dias melhores nas organizações que requerem
humana ocorre em dois níveis concomitantes e coragem, leveza, consistência, rapidez, exatidão e
interdependentes. O nível da tarefa é o que podemos observar, multiplicidade.
que é a execução das atividades individuais e em grupos. Já o
socioemocional refere-se às sensações, aos sentimentos que Dificuldades do relacionamento interpessoal
são gerados pela convivência. a) Falta de objetivos pessoais: trata-se de pessoas que
Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é possuem dificuldades em traçar rumos para o seu futuro.
facilitado, gerando uma produtividade satisfatória. Se, ao Desanimam diante de obstáculos, e não se mostram criativas
contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa para buscar soluções, sentem-se frustradas e, por isso, mudam

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continuamente seu rumo. Nos processos de mudanças, são 02. Analise as duas afirmativas abaixo e responda:
levadas pelos outros, aguardando sempre as instruções. I. Refere-se à relação com o próximo através de
Muitas vezes, trabalham em profissão que não gostam, mas comportamentos e atitudes que interferem no convívio.
não apresentam atitudes para novos redirecionamentos. Julgada indispensável no contexto organizacional. Trata-se de
um processo de interação, não sendo um processo solitário.
b) Dificuldade em priorizar: muitas pessoas se queixam Habilidade necessária de se relacionar com as pessoas,
da “falta de tempo”, para realizar suas tarefas. O que muitas entender e interagir diante de humores e temperamentos dos
vezes se percebe é a grande dificuldade em estabelecer outros;
prioridades. Muitas vezes, acumulam-se tarefas, sem avaliar as II. A ocorrência dessa relação se dá através de um
reais possibilidades de executá-las, ou a dificuldade para dizer quantitativo mínimo de pessoas;
“não”, propõem-se a fazer coisas que não é possível cumprir.
Para realização das tarefas, saber administrar o tempo é As duas afirmativas referem-se, respectivamente:
fundamental. (A) I - Relacionamento interpessoal; II - 3 pessoas;
(B) I - Relacionamento intrapessoal; II - 2 pessoas;
c) Dificuldade em ouvir: a maioria dos conflitos acontece (C) I - Relacionamento interpessoal; II - 2 pessoas;
em virtude da dificuldade que temos em ouvir e compreender (D) I - Relacionamento intrapessoal; II - 3 pessoas.
o outro. Temos o hábito de julgar o outro a partir dos nossos
valores, esquecendo-se de respeitar as diferenças individuais. 03. A eficácia de um empregado no seu comportamento
A nossa dificuldade em ouvir o outro aumenta, principalmente interpessoal no ambiente de trabalho consiste em:
se temos pontos de vista diferentes. Muitos gerentes avaliam (A) colaborar com todos, de forma construtiva e amigável,
sua equipe a partir dos seus próprios paradigmas, da sua além de ter capacidade de reconhecer a contribuição
maneira de ver o que é certo e errado, não acenando com a individual e coletiva do grupo nos resultados alcançados.
possibilidade de considerar o pensamento do outro, sem (B) assumir a liderança na definição de metas desafiantes
querer ouvir o que as pessoas pensam. É fundamental que um para si e para os colegas de trabalho, incentivando todos a
gestor queira saber o ponto de vista de sua equipe, perguntar atingir os resultados por ele estabelecidos.
antes de julgar, permitir que sejam dadas sugestões, criar (C) utilizar procedimentos apurados e rigorosamente
espaços para que diferentes percepções possam vir à tona, testados para reduzir problemas de relacionamento
solicitar sempre que possível a participação de todos. decorrentes de falhas técnicas cometidas por um colega de
trabalho.
Saber ouvir (D) competir com seus colegas para “bater metas” e
Saber ouvir é considerado uma das maiores habilidades descobrir métodos para reduzir os custos do trabalho
humanas. Para ouvir efetivamente, não basta apenas estar realizado pelo grupo de que faz parte.
atento, mas perceber também a voz de quem fala, a escolha das (E) ser proativo na realização das tarefas em seu setor de
palavras, o tom e ritmo, a linguagem corporal, enfim, é muito trabalho, sendo capaz de atuar e assumir responsabilidades
mais do que ficar passivamente deixando o som entrar pelos pelos erros e acertos de todos os membros de seu grupo.
ouvidos.
É uma das melhores formas de mostrar respeito pelo 04. As pessoas são consideradas elementos-chave para o
outro. Fazer perguntas pode demonstrar o quanto você está alcance dos objetivos organizacionais. Entretanto, a forma
atento e encorajar aquele que fala. Alguns sinais como sorriso, como elas se relacionam pode determinar o sucesso ou
olhares de surpresa e admiração, etc., podem constituir uma fracasso de uma organização.
forma eficiente de assegurar que você está ouvindo. Frases Sobre o comportamento das pessoas nas organizações, é
como “compreendo...”, “e depois...”, “é interessante...”, são uma correto afirmar:
maneira de dizer que você está interessado, querendo que ele (A) Conhecer a si mesmo é um dos pilares do bom
prossiga seu discurso. relacionamento em grupos.
Outra forma é dar sinais de que está compreendendo e (B) Relacionar-se bem com o chefe garante o bom
interpretando as emoções existentes no diálogo. Frases como relacionamento interpessoal.
“você acha que...”, “o que pensa quanto a ...”, demonstram que (C) Relacionar-se com pessoas de outros departamentos é
se está sendo empático e disposto a considerar o ponto de vista essencial para se ter um bom relacionamento interpessoal.
do outro. O que é importante observar é que ouvir não é uma (D) Fazer parte de grupos informais assegura que se tenha
atitude passiva, e que pode ser ativo demonstrando respeito uma boa relação interpessoal.
pelo outro.
05. Toda pessoa com história de relacionamentos bem-
Questões sucedidos possui talento interpessoal e tende a ser mais
flexível no contexto social.
01. Para que o clima organizacional seja harmonioso e as ( ) Certo ( ) Errado
pessoas tenham um bom relacionamento interpessoal, é
necessário que cada um Respostas
(A) aja de acordo com suas próprias experiências
profissionais, deixando de levar em conta as diferenças entre 01. C / 02. C / 03. A /04. A / 05. Errado
os membros da equipe.
(B) realize seu trabalho de forma a cumprir o cronograma
individual estabelecido a cada componente por todas as
chefias da organização.
(C) deixe de agir de forma individualizada e egoísta,
promovendo relações amigáveis, construtivas e duradouras.
(D) deixe claro suas opiniões em primeiro lugar e, na
sequência, a opinião dos demais membros do grupo de
trabalho.
(E) conduza seu trabalho de forma responsável, sem, no
entanto, ouvir ou participar aos demais suas ideias e opiniões.

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APOSTILAS OPÇÃO

Vertical: os documentos são colocados uns ao lado dos


3. Organização e gestão de outros (lateral) ou atrás (frontal) possibilitando uma consulta
mais ágil, sem precisar retirar outros documentos. Os
documentos; tipos de documentos são armazenados, geralmente, em arquivos de
correspondências oficiais e aço. Nos arquivos correntes este tipo de arquivamento é o mais
suas especificações. utilizado nos dias de hoje, por ser fácil de ser executado,
conservado e atualizado. Além disso, são mais econômicos e
ocupam menor espaço.
ORGANIZAÇÃO

As etapas para a organização e administração de


arquivos, segundo Paes (2004) são:

1. levantamentos de dados: O levantamento da produção


documental pode ser realizado por meio de questionários,
observações e entrevistas nos locais de trabalho. Ressalta-se
aqui a importância de e conhecer a legislação referente aos
âmbitos externos (leis, decretos, resoluções) e interno da
instituição que mantem os documentos, bem como os
regulamentos existentes numa organização. É necessário que Fonte: Valentini, 2013.
se conheça também a estrutura organizacional dos órgãos que
mantem os documentos. Assim, pode-se fazer a coleta de Material de arquivo
dados ligadas a documentação da instituição (o gênero, a
espécie, o estado físico do documento, o volume do acervo, • de consumo – pasta, ficha, guia divisória, tira de inserção
entre outros), para se poder traçar um diagnóstico dentro da etc. (menor durabilidade);
realidade da empresa. • permanente – arquivos, armário de aço, estante, fichário
etc. (maior durabilidade).
2. Análise dos dados coletados: Para que os documentos
sejam melhor organizados e administrados, faz-se requisito Algumas definições da professora Marilena Leite Paes
essencial que os envolvidos neste processo conheçam a (de forma sucinta):
documentação que eles têm em mãos, analisando as a) Pasta: folha de cartolina, ou papelão resistente (dobrada
informações coletadas na etapa anterior minuciosamente, a ao meio). Pode ser suspensa, com projeção, lisa (ou corrida ou
fim de detectar os problemas existentes nos arquivos de corte reto).
(podemos chamar isso de diagnóstico da situação b) Ficha: retângulo de cartolina para se registrar
documental). informações.
c) Guia divisória: retângulo de cartão forte que separa as
3. Planejamento: Nesta etapa devem ser propostas partes dos fichários, juntando, em grupos, as fichas.
soluções cabíveis para eliminar os problemas encontrados na d) Tira de inserção: tira de papel picotada para se escrever
análise dos documentos. Deve ser feito um “plano as notações. São inseridas nas projeções.
arquivístico”, traçando-se metas necessárias para que os e) Projeção: saliência na parte superior da guia divisória.
objetivos sejam alcançados. Fundamental também a f) Posição: é o espaço ocupado pela projeção na guia
elaboração de um cronograma de trabalho, permitindo o divisória (contando da esquerda para a direita, temos a 1ª
controle dos prazos das sequências em que serão posição, 2ª posição, e assim por diante).
desenvolvidas as ações. g) Janela: abertura na projeção para receber a tira de
inserção.
Elementos a serem considerados na elaboração de um h) Pé: saliência na parte inferior da guia divisória. No pé,
plano de arquivo: existe uma pequena abertura por onde passa uma vareta, a fim
- o arquivo deve ocupar posição de destaque na estrutura de prender as guias à gaveta, chamada de ilhó.
da instituição (a mais alta possível); i) Notação: inscrição feita na projeção ou na tira de
- órgão capacitado que exerça o papel de coordenador dos inserção.
serviços de arquivo; j) Arquivo: móvel para guardar documentos.
- adoção de métodos eficientes de arquivamento; k) Armário de aço: móvel fechado, onde se guarda
- estabelecimento de regras de funcionamento dos documentos classificados como sigilosos.
arquivos e do protocolo; l) Estante: móvel aberto, com prateleiras.
- escolher instalações e equipamentos que atendam aos m) Fichário: móvel de aço usado para guardar fichas.
objetivos propostos;
- formação/organização de arquivos intermediário e 4. Execução ou implantação e acompanhamento: Na
permanente (caso seja necessário); implantação é chegada a hora de se colocar em prática tudo
- recursos humanos; aquilo que foi planejado. Depois do trabalho realizado, é
- recursos financeiros necessário que se faça um acompanhamento para ver se os
objetivos foram realmente alcançados, ou se há necessidade de
Tipos de arquivamento fazer alguma modificação visando melhorar ainda mais a
qualidade dos serviços prestados, atendendo aos usuários com
Horizontal: os documentos são dispostos uns sobre os mais eficiência e deixando-os plenamente satisfeitos com o
outros e arquivados em caixas ou estantes (nos arquivos nosso assessoramento (vide esquema mnemônico, abaixo):
permanentes ou de custódia), como também em escaninhos
(para documentos do gênero cartográfico – mapas, plantas). Esquema mnemônico:
* Os escaninhos são pequenos compartimentos em - antes da implantação – sensibilizar envolvidos (palestras,
gavetas. reuniões)

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APOSTILAS OPÇÃO

- treinar pessoal envolvido direta ou indiretamente na O gerenciamento de documentos arquivísticos assegura à


feitura das tarefas empresa ter um maior controle sobre as informações que
- colocar em prática tudo o que foi planejado (implantação) produzem e/ou recebem, racionalizar o layout onde os
- ver se os objetivos foram plenamente alcançados documentos são guardados, desenvolver as atividades com
(acompanhamento) maior rapidez e eficiência e melhorar o atendimento aos
- melhorar a qualidade dos serviços (ajustes necessários) clientes.
- por fim, elabora-se o “manual de arquivo” De acordo com o art. 3º da Lei nº 8.159/91, referente à
política nacional de arquivos públicos e privados, é
Questões considerado gestão de documentos “o conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção,
01. Um acervo exige um arquivamento adequado que tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e
viabilize a localização dos documentos. Quando o documento intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para
é acondicionamento em seu local de guarda (pasta, gaveta ou guarda permanente”13.
caixa), o arquivamento pode ser feito de forma horizontal ou
vertical. Sobre o arquivamento horizontal, leia as afirmativas. A gestão ocorre nas fases: corrente e intermediária,
I. É indicado para documentos de grandes dimensões, atuando na:
como mapas, plantas e papéis de grandes dimensões. - Produção;
II. Nesse arquivamento, os documentos são arquivados - Avaliação;
lado a lado. - Uso;
III. É o mais comum, sendo largamente adotado nos - Tramitação;
arquivos correntes e intermediários, onde o - Arquivamento.
acondicionamento é feito em caixas ou pastas suspensas.
Objetivos da Gestão de Documentos
Está correto o que se afirma em: - Possibilitar a produção, administração, controle e
(A) I, somente. manutenção do conjunto documental de forma racional,
(B) I e II, somente. econômica e eficiente;
(C) III, somente. - Viabilizar a recuperação da informação através de
(D) II e III, somente. ferramentas tecnológicas modernas que facilitam a localização
(E) todas. e utilização da informação com eficiência, rapidez e precisão;
- Preservar a memória institucional;
02. A organização de arquivos consiste, em qualquer - Otimizar o uso da informação independente da natureza
instituição, no desenvolvimento de determinadas etapas de do suporte.
trabalho.
Organização e administração de arquivos
A etapa que se inicia pelo exame dos estatutos, regimentos, Os resultados satisfatórios de uma eficiente organização e
regulamentos, normas, organogramas e demais documentos administração de arquivos de qualquer organismo/instituição
que compõem a instituição mantenedora do arquivo é estão diretamente relacionados ao emprego indispensável de:
(A) Análise de dados coletados. - política interna que reconheça a importância do arquivo
(B) Planejamento. na estrutura da empresa;
(C) Implantação e acompanhamento. - ferramentas apropriadas;
(D) Levantamento de dados - redução do tempo de arquivamento;
- profissionais qualificados;
03. A Organização de Documentos e Arquivos é um serviço - instrumentos de controle e monitoramento do
que tem como FINALIDADE principal: armazenamento e tráfego documental e;
(A) Buscar meios de engavetar a papelada e agilizar o - instalações físicas apropriadas, compatíveis com o acervo
atendimento das pendências. documental.
(B) Retirar os documentos das mesas dos profissionais e
colocá-los em um arquivo, com o intuito de diminuir a Objetivos:
documentação exposta. - redução de custos com a administração e manutenção do
(C) Criar uma técnica de incineração para diminuir a acervo;
papelada. - padronização dos sistemas e métodos de arquivamento;
(D) Criar instrumentos de controle e monitoramento do - aproveitamento adequado e ganho de espaço físico;
armazenamento e tráfego de documentos nas empresas, por - maior controle da massa documental;
intermédio da implantação de técnicas e metodologias de - sigilo das informações;
organização e gerenciamento de arquivos. - preservação e conservação dos documentos;
- recuperação rápida e eficiente das informações.
Respostas
Para Marilena Leite Paes, a organização e administração de
01: A / 02: D / 03: D. arquivos compreendem 4 etapas, são elas:

Gestão de documentos 1º) Levantamento de dados


Pressupõe o conhecimento da estrutura da organização e a
A gestão de documentos é um processo essencial no coleta de informações a respeito:
andamento da organização. É necessário estabelecer uma • Do funcionamento dos órgãos internos;
série de práticas que garanta a organização e preservação de • Do trâmite documental;
arquivos, para que a empresa possa tomar decisões, recuperar • Dos sistemas e métodos de arquivamento utilizados;
informações e preservar a memória dos arquivos. • Da entrada e expedição de documentos;

13Palácio do Planalto. Lei nº 8.159, de 8 de Janeiro de 1991. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm>.

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APOSTILAS OPÇÃO

• Do manuseio, acondicionamento e armazenamento dos 04. A gestão de documentos engloba, entre outras, as fases
arquivos; de:
• Da disponibilização do acervo mediante consulta e (A) produção e destinação
empréstimo; (B) emulação e migração;
• Do gênero e espécie dos documentos existentes; (C) conservação e restauração;
• Do volume dos documentos arquivados; (D) eliminação e preservação;
• Da tecnologia empregada na reprodução e conservação (E) criação e aquisição.
dos documentos;
• Das normas e legislação arquivística empregadas na Respostas
instituição etc.
01: E / 02: ERRADO / 03: ERRADO / 04: A.
2º) Análise dos dados coletados
Faz-se um diagnóstico de arquivo, ou seja, a análise de toda TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS E SUAS
documentação de arquivo, identificando falhas e fatores que ESPECIFICAÇÕES
contribuem para o mau funcionamento do arquivo.
Estudaremos o modo pelo qual devemos classificar a
3º) Planejamento Etapa que compreende a elaboração correspondência14. A maioria das decisões administrativas
de um plano de arquivo (plano arquivístico) levando-se ocorre por intermédio de documentos, e saber classificar a
em consideração: correspondência é um diferencial competitivo, quando
• As instituições físicas e equipamentos empregados; tratamos de organizar um departamento ou setor.
• Elaboração de um projeto de arquivo; Dentro do gênero de documentos escritos, a
• Os recursos humanos e financeiros; correspondência merece tratamento especial por se constituir
• Os sistemas e métodos de arquivamento que serão numa parte considerável dos acervos arquivísticos, uma vez
utilizados; que as ações administrativas são, em geral, desencadeadas por
• O lugar ocupado pelo arquivo no organograma da seu intermédio (Paes, 2005, p. 31).
instituição, etc. A classificação e a caracterização da correspondência são
dois fatores da maior importância no desenvolvimento das
4º) Implantação e acompanhamento tarefas de registro e protocolo.
Finalizando o processo de organização e administração de
arquivos, é a etapa responsável pela execução do que foi O que é correspondência?
planejado, nessa fase: Considera-se correspondência toda e qualquer forma de
• Leva-se ao conhecimento do corpo administrativo e comunicação escrita, produzida e destinada a pessoas
operacional da instituição a necessidade de se adequar aos jurídicas ou físicas, e vice-versa, bem como aquela que se
novos procedimentos referentes ao manuseio/trato de processa entre órgãos e servidores de uma instituição (Paes,
documentos desde a sua criação/recepção até a 2005, p. 31).
eliminação/descarte;
• Qualificam-se, através de cursos e treinamentos, pessoas Quanto ao destino e procedência, pode-se classificar a
que lidam, direta ou indiretamente, com os arquivos; correspondência em externa e interna.
• Acompanha-se periodicamente a implementação e a) Externa. Entende-se por aquela correspondência
execução do planejamento; trocada entre uma instituição e outras entidades e/ou pessoas
• Por fim, elabora-se o manual de arquivo, respeitando a físicas, como ofícios, cartas, telegramas.
legislação pertinente e as necessidades da instituição. b) Interna. Entende-se a correspondência trocada entre
os órgãos de uma mesma instituição. São os memorandos,
Questões despachos, circulares.

01. O processo administrativo que permite analisar e A correspondência pode ser ainda oficial ou particular:
controlar sistematicamente, ao longo de seu ciclo de vida, a Oficial - É aquela correspondência que trata de assunto de
informação registrada que se produz, recebe, mantém ou serviço ou de interesse específico das atividades de uma
utiliza uma organização, em consonância com sua missão, instituição.
objetivos e operações, denomina-se Particular - É aquela correspondência de interesse
(A) Gestão da Informação. pessoal de servidores de uma instituição. Quando a
(B) Gestão de Depósito. correspondência é encaminhada, em geral fechada, a uma
(C) Gestão do Conhecimento. instituição, há que se identificá-la por suas características
(D) Gênero Documental. externas, para que, se oficial, possa ser aberta, devidamente
(E) Gestão de Documentos. registrada e remetida ao destino correto.

02. Em relação a gestão de documentos na esfera pública, Apresentamos, a seguir, alguns exemplos, na visão de Paes
julgue os itens subsequentes. A fase de utilização refere-se às (2005, p. 32), que servirão de subsídios na identificação da
atividades de controle, organização e acesso a documentos em correspondência oficial. Os nomes e endereços são fictícios.
fase corrente, incluindo-se arquivamento, recuperação e
descarte de documentos e informações. a) Envelope dirigido a uma instituição ou a qualquer de
( ) Certo ( ) Errado suas unidades.

03. No que se refere à gestão de documentos, julgue os À Companhia de Flores Tropicais


itens a seguir. São três as fases de um programa de gestão de Rua Violeta, 213
documentos: implantação, armazenamento e eliminação. 23500-000 – Rio de Janeiro - RJ
( ) Certo ( ) Errado

14 Gestão de Documentos e Arquivística - Zélia Freiberger.


http://ftp.comprasnet.se.gov.br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos
/servi%E7o_publico_modulo_I/gest%E3o%20de%20documentos/Aula_6.pdf

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b) Envelope dirigido a uma instituição ou a qualquer de recursos naturais, que são processados, transformados e
suas subunidades, mesmo contendo, em segundo plano, o devolvidos, na forma de serviços e produtos acabados, e
nome do servidor, sem fazer menção ao cargo que exerce: resíduos.
A eficiência significa a utilização adequada dos recursos, e
Ao Departamento de Exportação a eficácia significa o alcance dos objetivos propostos. Em uma
Companhia de Flores Tropicais organização, podemos identificar vários tipos de recursos:
Dr. João Galvão Rua Violeta, 213 humanos, tecnológicos, materiais e financeiros. Nosso foco
23500-000 – Rio de Janeiro – RJ aqui são para os recursos materiais.

c) Envelope dirigido a servidor de uma instituição, Mas o que são materiais?


contendo, em segundo plano, o cargo que exerce, mesmo que Materiais – designação genérica de equipamentos,
o nome do servidor não corresponda ao atual ou real titular do componentes, acessórios, veículos em geral, matérias primas e
cargo. outros itens empregados nas atividades das organizações.
Assim, são todos os meios físicos disponíveis para a
Dr. Hugo Figueiredo (titular atual) organização, tais como mesas, papeis, computadores, prédios
Presidente da Companhia de Flores Tropicais etc.
Rua Violeta, 213
23500 – Rio de Janeiro - RJ Podemos definir em:

d) Envelope dirigido aos titulares dos cargos, mesmo Recurso material está relacionado aos meios físicos que
quando, em segundo plano, conste um nome que não seja o do são utilizados pela instituição na produção de seu produto
real ou atual ocupante do cargo: final, podendo ser um produto material ou serviços. Não são
bens permanentes.
Presidente da Companhia de Flores Tropicais Recuso Patrimonial, são os meios físicos destinados à
Dr. Hugo Figueiredo (titular atual) manutenção das atividades de uma organização. São bens
Rua Violeta, 213 23500 – Rio de Janeiro - RJ permanentes. Além disso, nem sempre ´possível armazená-lo
em estoques.
É importante observar que a correspondência oficial, Na contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se ao
mesmo quando enquadrada em qualquer dos itens descritos, conceito de bens de uso, ou ativo imobilizado de uma
não deverá ser aberta quando o envelope contiver as organização (imóveis, terrenos, imóveis e utensílios, veículos,
indicações de “confidencial”, “reservado”, “particular” ou máquinas e equipamentos, computadores e terminais,
equivalente. instalações, etc.).

Quando a correspondência é recebida, a maioria das De tal modo, a Administração de Recursos Materiais pode
pessoas junta o envelope à carta e assim coloca-a no arquivo. ser definida como sendo um conjunto de atividades
Saiba que esta é uma forma errada, pois o grampo irá desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma
enferrujar e agredir o papel da carta que ficará amarelado. O centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas
correto é transcrever “a lápis” no verso da correspondência unidades, com os materiais necessários ao desempenho
todas as informações julgadas importantes, e eliminar o normal das respectivas atribuições.
envelope. Uma outra definição traz que é o conjunto de atividades
conduzidas em uma organização, visando a maximizar a
utilização dos recursos da empresa.
Veja que o principal objetivo da Administração de
4. Conhecimentos básico materiais é maximizar a utilização dos recursos da
sobre gestão de materiais. empresa.

Tais atividades da administração de materiais abrangem


Administração de Materiais15 desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive compras, o
recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento
Toda produção depende de três fatores: natureza, trabalho dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais
e capital. A natureza fornece os insumos necessários à de controle de estoques etc. Visa gerenciar de maneira eficaz
produção, como matérias-primas, energia, terra etc. os recursos do processo produtivo, indo além de um simples
O capital fornece o dinheiro necessário para adquirir os controle de estoques, envolvendo um vasto campo de relações
insumos e pagar o pessoal, permitindo comprar, adquirir e que são interdependentes e que precisam ser bem geridos
utilizar os demais fatores de produção. O trabalho é para evitar desperdícios.
constituído pela mão de obra, que processa e transforma os A meta principal de uma empresa é maximizar o lucro
insumos e matérias-primas em produtos acabados ou serviços sobre o capital investido. Espera-se então, que o dinheiro que
prestados. está investido em estoque seja necessário para a produção e o
A empresa (pública ou privada) é um sistema, que bom atendimento das vendas. Contudo, a manutenção de
transforma a natureza, o capital e o trabalho em um resultado estoques requer investimentos e gastos elevados; evitar a
maior que a soma desses fatores aplicados individualmente. A formação de estoques ou tê-los em número reduzidos de itens
coordenação harmoniosa dos fatores de produção objetiva a e em quantidade mínimas, sem que em contrapartida, aumente
obtenção de resultados. A inabilidade de coordenar os fatores o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários é o conflito
de produção gera os prejuízos. que a administração de materiais visa solucionar.
As empresas afetam e são afetadas pelo ambiente externo, A gerência de materiais é um conceito vital que pode
onde encontram-se os recursos naturais, a economia, a resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do
política, a sociedade etc. Do ambiente externo obtém-se os desempenho de uma organização de produção, quando é

15 FENILI, R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais para


concursos. 3 Ed. Editora Método, 2014.

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adequadamente entendida e executada. É um conceito que dados recebidos dos fornecedores, identificação, tipo de
deve estar contido na filosofia da empresa e em sua material a ser fornecido, preços, pagamentos, etc.
organização. 2) Pedido de Compras: trata-se do contrato formal entre
Os materiais em geral representam a maior parcela de a empresa e o fornecedor, deverá representar todas as
custo de produtos acabados, mostrando que são responsáveis condições estabelecidas nas negociações. No pedido deverá
por aproximadamente 52% do custo do produto numa média constar: preço unitário e total, condições de fornecimento,
empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O prazo de entrega, condições de pagamento, especificações
investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do técnicas do fornecimento, embalagens e transporte.
ativo de uma empresa. 3) Acompanhamento do Pedido: é o procedimento que
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, controla todos os pedidos, até o momento em que este é
analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar liberado para o processo produtivo da empresa.
a empresa como um organismo viável a todos que dela 4) Desenvolvimento de fornecedores: trata-se do
participam. procedimento que possibilita à empresa selecionar os futuros
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em fornecedores sendo os melhores fornecedores do mercado e
estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da que tenham condições de atender a todas especificações e
empresa, minimizando as necessidades de capital investido. A exigências da empresa.
grande questão é poder determinar qual a quantidade ideal de 5) Desenvolvimento de novos materiais: consiste no
material em estoque, onde tanto os custos, como os riscos de procedimento que possibilita à empresa pesquisar e
não poder satisfazer a demanda serão os menores possíveis. selecionar novos materiais ou materiais alternativos, o
objetivo é estabelecer alternativas econômicas ou técnicas
As grandes funções da administração de materiais são: para melhorar o desempenho dos produtos no mercado.
- Compra; Baseando-se em especificações e parâmetros fornecidos pelo
- Transporte; mercado ou pela engenharia.
- Armazenagem e conservação; 6) Qualificação de fornecedores: o objetivo é assegurar
- Manipulação e; a qualidade do produto e o suprimento do produto, para
- Controle de estoques. otimizar a produção e evitar não conformidades e devoluções.
A área de engenharia é responsável por avaliar a qualificação
Compras dos fornecedores.
A função de Compras envolve fornecedores, contratos, 7) Comunicação: procedimento de relacionamento entre
tomada de preços, pedido de compra (prazos, condições de a empresa e o fornecedor, quando ambas as partes ganham,
pagamento etc.), transporte e controle no recebimento da esse procedimento é fácil não cria conflito entre as partes, é
mercadoria. Caso haja importações, os compradores deverão um importante elemento de fortalecimento dos laços de
ter conhecimento das leis e guias de importação, bem como interesses, de melhorias contínuas e principalmente de
dos processos envolvendo órgão do governo federal mediador aumento dos lucros para ambas empresas.
das importações.
O sistema de compras baseia-se em uma ação que envolve Transportes16
atividades de pesquisa para a melhor adequação dos objetivos A função de Transportes envolve do fornecedor até o
organizacionais. Podemos ressaltar as seguintes ações de espaço físico de estocagem pode ser feita interna ou por
Suprimentos e de Apoio. terceiros. Caso seja interna, envolve o processo de
Ações de suprimento: Solicitação de compras; Coleta de gerenciamento e distribuição das cargas. Se externa, envolve a
preços; Análise dos preços; Pedido de Compras; contratação de transportadoras (rodoviárias, ferroviárias,
Acompanhamento do pedido. aéreas ou marítimas).
Ações de apoio: Desenvolvimento de fornecedores; Os materiais são movimentados ao longo da cadeia de
Desenvolvimento de novos materiais; Qualificação de suprimentos, a matéria-prima é transportada para as fábricas
fornecedores; Negociação Solicitação de Compras. É o para se transformarem em produto final; em seguida, flui dos
documento que contém as informações sobre o que comprar. fornecedores para os centros de distribuição e daí para os
Pode ser originado por vários setores, dependendo do tipo de clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa.
material: Material processo de fabricação (matéria-prima, A distribuição física consiste basicamente em três
material de manutenção e material auxiliar) – Estoque; elementos globais:
Material de uso específico do solicitante, originado nos setores - Recebimento: é o conjunto de operações que envolvem a
funcionais da empresa. identificação do material recebido, analisar o documento fiscal
com o pedido, a inspeção do material e a sua aceitação formal.
Os objetivos da função de compras - Estocagem: é o conjunto de operações relacionadas à
Apesar da variedade de compras que uma empresa realiza, guarda do material. A classificação dos estoques constitui-
há alguns objetivos básicos da atividade de compras, que são se em: estoque de produtos em processo, estoque de
válidos para todos os materiais e serviços comprados. matéria – prima e materiais auxiliares, estoque
Materiais e serviços devem apresentar a qualidade certa; operacional, estoque de produtos acabados e estoques de
ser entregue no momento certo e na quantidade correta; materiais administrativos.
ser capaz de alteração em termos de especificação, tempo - Distribuição: está relacionada à expedição do material,
de entrega ou quantidade (flexibilidade); e ter preço que envolve a acumulação do que foi recebido da parte de
correto. estocagem, a embalagem que deve ser adequada e assim a
entrega ao seu destino final. Nessa atividade normalmente
Etapas do processo de compra: precisa-se de nota fiscal de saída para que haja controle do
1) Coleta de Preços: no documento de registro da estoque.
pesquisa de preços que, pode ser uma planilha do Excel ou
outro tipo de programa específico, devem ser registrados os

16Gestão do Transporte na Logística de Distribuição Física: uma análise da Taubaté: 2007 90p.
minimização do custo operacional / Adriano Rosa –

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O Transporte ´pode ser: Armazenagem e Conservação


UNIMODAL - Quando a unidade de carga é transportada
diretamente, utilizando um único veículo, em uma única As funções de Armazenagem e Conservação envolvem
modalidade de transporte e com apenas um contrato de todos os processos de recebimento das mercadorias, controle
transporte. É a forma mais simples de transporte. de qualidade e fechamento contra o pedido de compra,
catalogação dos itens conforme codificação do estoque,
SUCESSIVO - Quando, para alcançar seu destino final, a armazenagem no local físico (localização) designado para os
unidade de carga necessita ser transportada por um ou mais itens e contabilização dos itens.
veículos da mesma modalidade de transporte, abrangidos por
um ou mais contratos de transporte. Tipos de armazenagem
Existem dois tipos de armazenagem: a temporária e a
SEGMENTADO - Quando se utilizam veículos diferentes, permanente.
de uma ou mais modalidades de transporte, em vários Armazenagem temporária: tem como função conseguir
estágios, sendo todos os serviços contratados separadamente uma forma de arrumação fácil de material, como por exemplo
a diferentes transportadores, que terão seu cargo a condução a colocação de estrados para uma armazenagem direta entre
da unidade de carga do ponto de expedição até o destino final. outros.
Qualquer atraso pode significar a perda do transporte nos Armazenagem permanente: tem um local pré-definido
demais modais, gerando “frete morto”, ou seja, pagar por ter para o depósito de materiais, assim o fluxo do material
reservado o espaço, mesmo sem realizar o transporte. A determina a disposição do armazém, onde os acessórios do
imputação de responsabilidades por perdas ou avarias é muito armazém ficarão, assim, garantindo a organização do mesmo.
complexa e as indenizações por lucros cessantes, flutuação de
preços, etc., são praticamente impossíveis. Técnicas de armazenagem17
As técnicas de armazenagem são compostas por 3
MULTIMODAL — Quando a unidade de carga é princípios:
transportada em todo percurso utilizando duas ou mais 1) Princípio de economia de escala na movimentação –
modalidades de transporte, abrangidas por um único contrato princípio que se baseia no trabalho com o uso do palete
de transporte. (material de madeira usado para armazenar as mercadorias);
2) Princípio da continuidade do movimento – aquele
Diferença entre multimodalidade e a intermodalidade operador com ou sem equipamento, mas, que quem começou
A multimodalidade e a intermodalidade são operações que o movimento termina. Não se trabalha o movimento em
se realizam pela utilização de mais de um modal de transporte. divisão com outra pessoa, pois ocorre perda de tempo e risco
Isto quer dizer transportar uma mercadoria do seu ponto de maior de acidentes;
origem até a entrega no destino final por modalidades 3) Princípio de redução do esforço – cargas com maior peso,
diferentes. maior volume ou maior rotatividade, devem ficar
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual armazenados sempre na parte inferior.
de documento de transporte para cada modal, bem como pela
divisão de responsabilidade entre os transportadores. Na Custos de armazenagem
multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um São diretamente proporcionais ao estoque médio e ao
documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do tempo de permanência em estoques. A medida que aumenta a
seu ponto de origem até o ponto de destino. quantidade de material em estoque, aumenta os custos de
armazenagem que podem ser agrupados em diversas
Os principais modais de transportes mais utilizados modalidades:
para se efetuar um transporte podem ser: - Custos de capital: juros, depreciação (o capital investido
em estoque deixa de render juros)
RODOVIÁRIO – transporte pelas rodovias, em caminhões, - Custos com pessoal: salários encargos sociais (mais
carretas, etc; pessoas para cuidar do estoque)
FERROVIÁRIO - transporta pelas ferrovias, vagões - Custos com edificações: aluguel, imposto, luz (maior área
fechados, plataformas, etc; para guardar e conservar os estoques)
HIDROVIÁRIO (fluvial ou lacustre) - transporte em -Custos de manutenção - deterioração, obsolescência,
embarcações, através de rios, lagos ou lagoas; equipamento (maiores as chances de perdas e inutilização,
MARÍTIMO - transporte em embarcações, pelos mares e bem como mais custos de mão-de-obra e equipamentos). Este
oceanos; custo gira aproximadamente em 25% do valor médio de seus
AQUAVIARIO - abrange em uma só definição os modais produtos. Também estão envolvidos os custos fixos (que
marítimo e hidroviário; independem da quantidade), como por exemplo, o aluguel de
AÉREO - transporte em aviões, através do espaço aéreo; um galpão.
DUTOVIÁRIO - sempre na forma de graneis sólidos,
líquidos ou gasosos, a carga é transportada através de dutos; EQUIPAMENTOS PARA FACILITAR A ARMAZENAGEM
CABOTAGEM – a navegação realizada entre portos A evolução tecnológica, como não poderia deixar de ser,
interiores do país pelo litoral ou por vias fluviais. A cabotagem estendeu seus múltiplos benefícios à área de armazenagem,
se contrapõe à navegação de longo curso, ou seja, aquela tanto pela introdução de novos métodos de racionalização e
realizada entre portos de diferentes nações. dos fluxos de distribuição de produtos, como pela adequação
de instalações e equipamentos para movimentação física de
As principais variáveis de decisão quanto à seleção dos cargas.
modais de transporte são a disponibilidade e frequência do O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o
transporte, a confiabilidade do tempo de trânsito, o valor do espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível.
frete, o índice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade) e As instalações do armazém devem proporcionar a
o nível de serviços prestados.

17CORRÊA, E.; VIEIRA, V. Armazenagem de Materiais, 2012. Disponível em:


<http://armazenagemdemateriais2.blogspot.com.br/>. Acesso em: 12 mai.
2015.

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movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas
recebimento até a expedição. alterações pode levar uma empresa ao obsoletismo. No projeto
do layout deve-se considerar que as condições vão mudar e
Assim, alguns cuidados essenciais devem ser que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as novas
observados: condições.
a. determinação do local, em recinto coberto ou não;
b. definição adequada do layout; Tipos de Arranjo Físico
c. definição de uma política de preservação, com
embalagens plenamente convenientes aos materiais; - arranjo posicional ou por posição fixa - Os produtos
d. ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; e ficam parados enquanto os funcionários se movem ao redor
segurança patrimonial contra furtos, incêndio... deles. Ex.: construção de avião.
- arranjo funcional ou por processo - Processos
Ao se otimizar a armazenagem, obtém-se: similares ou com necessidades similares são localizados
a. máxima utilização do espaço (ocupação do espaço); juntos. Os produtos percorrem o roteiro de acordo com suas
b. efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra necessidades. Apresenta alto grau de complexidade. Ex.:
e equipamentos); estampagem de camisetas.
c. pronto acesso a todos os itens (seletividade); - arranjo linear ou por produto - Cada produto, elemento
d. máxima proteção aos itens estocados; e. boa de informação ou cliente segue um roteiro pré-definido o qual
organização; f. satisfação das necessidades dos clientes. a sequência dos processos foram arranjados fisicamente. Ex.:
montagem de automóveis.
Arranjo físico - arranjo de grupo ou celular - Máquinas são agrupadas
Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel em células. São formadas para produzir uma família de peças,
importante está reservado ao arranjo físico (layout). Fazer o que exijam as mesmas máquinas e têm configurações
arranjo físico de uma área qualquer é planejar e integrar os similares.
caminhos dos componentes de um produto ou serviço, a fim de
obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre o Manipulação e Controle dos Estoques no Almoxarifado
pessoal, equipamentos e materiais que se movimentam. As funções de Manipulação e Controle dos Estoques no
Dito de uma forma simples, definir o arranjo físico é decidir almoxarifado envolvem todos os processos de requisição e
onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e devolução de itens em seja para fabricação, consumo ou
pessoal da produção. revenda. Cada um destes processos é composto por
O arranjo físico procura uma combinação ótima das subprocessos legais. Caso a retirada de itens seja para venda e
instalações industriais e de tudo que concorre para a entrega em um cliente, um processo de emissão de notas
produção, dentro de um espaço disponível. Visa harmonizar e fiscais para circulação de mercadorias (pode ser o faturamento
integrar equipamento, mão de obra, material, áreas de direto) deve ser incluído para esta função.
movimentação, estocagem, administração, mão de obra
indireta, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade Alguns critérios de avaliação de estoques:
industrial.
- Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai),
Princípios do Arranjo Físico do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja, os primeiros
Integração: Os diversos elementos (fatores diretos e artigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em
indiretos ligados a produção) devem estar integrados, pois a primeiro lugar, deste modo o custo da matéria-prima deve ser
falha em qualquer um deles resultará numa ineficiência global. considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos.
Todos os pequenos pormenores da empresa devem ser O estoque apresenta uma relação forte com o custo de
estudados, colocados em posições determinadas e reposição, pois esse estoque representa os preços pagos
dimensionados de forma adequada; como por exemplo, a recentemente, adotar este método, faz com que haja oscilação
posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc. dos preços sobre os resultados, pois as saídas são
Mínima Distância: O transporte nada acrescenta ao confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das
produto ou serviço. Deve-se procurar uma maneira de reduzir principais razões pelas quais alguns se mostram contrários a
ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar este método.
esforços inúteis, confusões e custos.
Obediência ao fluxo das operações: As disposições das As vantagens desse método consistem no controle preciso
áreas e locais de trabalho devem obedecer as exigências das dos materiais, pois são ordenados em uma base contínua de
operações de maneira que homens, materiais e equipamentos acordo com sua entrada, o que é importante, quando se trata
se movem em fluxo contínuo, organizado e de acordo com a de produtos sujeitos a mudança de qualidade, decomposição,
sequência lógica do processo de manufatura ou serviço. deterioração etc.; o resultado obtido revela o custo real dos
Devem ser evitados cruzamentos e retornos que causam artigos específicos utilizados nas saídas; os artigos utilizados
interferência e congestionamentos. Eliminar obstáculos a fim são retirados do estoque e a baixa dos mesmos é dada de uma
de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de maneira sistemática e lógica.
trabalho dentro da empresa, reduzindo materiais sem
processo mantendo-os contínuo movimento. - Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do
Racionalização de espaço: Utilizar da melhor maneira o inglês LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar
espaço e se possível as 3 dimensões. estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como
Satisfação e segurança: A satisfação e a segurança do se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas
homem são muito importantes. Um melhor aspecto das áreas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas).
de trabalho promove tanto a elevação da moram do Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste nas
trabalhador quanto a redução de riscos de acidentes. unidades mais antigas e é avaliado ao custo das mesmas.
Flexibilidade: Este é um princípio que, notadamente na Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos
atual condição de avanço tecnológico, deve ser atentamente artigos vendidos (saídas) tende a refletir no custo dos artigos
considerado pelo projetista de layout. São frequentes e rápidas comprados mais recentemente (comprados ou produzidos).
as necessidades de mudança do projeto do produto, mudanças Também permite reduzir os lucros líquidos expostos.

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As vantagens de utilização deste método consistem na o controle pode ser feito por programas de computador
apuração correta de seus custos correntes; o estoque é institucionais ou não institucionais. Os sistemas de controle de
avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS estoque fazem controle das entradas e saídas dos produtos
foi introduzido; é uma forma de se custear os artigos permitindo a identificação das unidades que tiveram suas
consumidos de uma maneira realista e sistemática; em entradas e saídas e a identificação dos produtos e permitem a
períodos de alta de preços, os preços maiores das compras emissão de vários relatórios para conferencia do estoque.
mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produções,
reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito pela legislação Questões
brasileira.
01. Com relação à gestão de materiais, assinale a opção
- Custo Médio é o método utilizado nas empresas correta.
brasileiras para atendimento à legislação fiscal. Empresas (A) Um objetivo da função compras é a obtenção de um
multinacionais com operações no Brasil frequentemente têm fluxo contínuo de suprimentos para atendimento das
de avaliar o estoque segundo o método da matriz, e também necessidades da empresa.
segundo o custo médio para atendimento à legislação (B) Em processo de fornecimento por pressão adotado por
brasileira. órgão do governo federal, entrega-se o material ao usuário
Esse método permite que as empresas realizem um conforme requisição ou pedido de material.
controle permanente de seus estoques, e que a cada aquisição, (C) No governo federal, o recebimento implica
o seu preço médio dos produtos seja atualizado, pelo método obrigatoriamente aceitação.
do custo médio ponderado. (D) Lote econômico de compra consiste em carga
constituída de embalagens de transporte arranjadas ou
Geralmente as empresas que não possuem uma boa acondicionadas de modo a facilitar seu manuseio, transporte e
política de estocagem e vivem um dilema: quanto a empresa armazenagem por meios mecânicos, como uma unidade.
deve estocar para que seus interesses e os dos seus clientes (E) Os itens A da classificação ABC de determinado estoque
sejam atendidos de forma satisfatória? A esse respeito, o são os que apresentam maior valor financeiro unitário.
Planejamento é um dos principais instrumentos para o
estabelecimento de uma política de estocagem eficiente. Pois, 02. A coordenação das atividades de aquisição, guarda,
o departamento de vendas deseja um estoque elevado para movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade
atender melhor o cliente e a área de produção prefere também da administração de materiais. Com relação a esse assunto,
trabalhar com uma maior margem de segurança de estoque. assinale a opção correta.
(A) A ocorrência de custos de armazenagem depende da
Existem algumas técnicas de previsão de consumo: existência de materiais em estoque e do tempo de
As técnicas de previsão do consumo podem ser permanência desses materiais no estoque.
classificadas em três grupos: (B) Se determinado material tem consumo mensal de 30
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será unidades, tempo de reposição e estoque mínimo de um mês e
repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo futuro inexistem pedidos pendentes de atendimento desse material,
da mesma forma do que no passado; segundo a mesma lei então seu ponto de pedido é igual a 90 unidades.
observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza (C) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de
essencialmente quantitativa. estoque igual a zero e impossibilidade de atendimento a uma
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado necessidade de consumo.
mediante leis que relacionem as mesmas com outras variáveis (D) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao
cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente funcionamento de suas operações, as organizações devem
aplicações de técnicas de regressão e correlação. maximizar os investimentos em estoque desses materiais.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de
fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a 03. Assinale a opção correta a respeito da gestão de
evolução das vendas futuras. estoques.
(A) A rotatividade ou antigiro é calculada pela relação
Logo, existem métodos de previsão de estoques: entre o consumo anual e o estoque médio do produto.
Método do último período: Esse método consiste apenas (B) As técnicas de previsão de consumo são qualificadas
em repetir o consumo do último período. Se, por exemplo, o em três classes: projeção, explicação e predileção.
consumo em um mês qualquer for de 50, você repete o mesmo (C) Tempo de reposição refere-se àquele decorrido entre a
valor no estoque para o próximo mês. fabricação do produto pelo fornecedor, sua separação,
Método da média móvel: Deve-se determinar um período emissão do respectivo faturamento e sua preparação para o
para se efetuar a previsão de consumo do próximo período, o transporte.
período deve levar em consideração a sazonalidade do (D) Os inventários gerais devem ser efetuados
produto. Exemplo: Uma loja de brinquedos tem suas vendas exclusivamente ao final do exercício.
aumentadas no dia das crianças e no natal. (E) No sistema de estocagem fixa, devem ser utilizadas
duas fichas mestras de controle: uma com o saldo total do item,
Lote Econômico de Compras refere-se à quantidade ideal e outra, com o controle de saldo por local de estoque.
de material a ser adquirida em cada operação de reposição de
estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os 04. Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS) e último
respectivos custos de estocagem são mínimos para o período que entra, primeiro que sai (UEPS) são métodos de valoração
considerado. Este conceito aplica-se tanto na relação de que se destinam a
abastecimento pela manufatura para a área de estoque, (A) codificação de estoques.
recebendo a denominação de lote econômico de produção, (B) avaliação dos estoques.
quanto à relação de reposição de estoque por compras no (C) compras.
mercado, passando a ser designado como lote econômico de (D) controle de estoques.
compras. (E) classificação de estoques.
Os Sistemas de Controle de Estoque permite que o poder
público controle seu estoque com maior eficiência e agilidade,

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05. Em se tratando de administração de materiais, quando avaliação. Quanto mais claro e preciso for o processo de
se fala de gestão de estoque, quando o primeiro item que entra prestação de serviços e o nível de treinamento recebido pelas
é o que sai primeiro, o critério adotado é: pessoas nele envolvidas, maior a oportunidade para se
(A) FILO. adotarem princípios estruturados de qualidade.
(B) PRIM. A ideia central destas informações é identificar e
(C) PEPS. documentar todas as atividades que colaboram para a
(D) UEPS. melhoria da qualidade dos serviços e, entender algumas regras
importantes que auxiliam no convívio entre pessoas e
06. A modalidade de transporte que envolve a integração ambiente de trabalho para que o mesmo resulte em sucesso.
de responsabilidade, de conhecimento, de programação, de
cobrança de fretes e demais despesas é a: Conhecer a área de trabalho
(A) intermodal
(B) complexa A área de trabalho do Assistente (ou auxiliar, agente,
(C) integrada técnico) Administrativo, da recepcionista ou secretária é o
(D) multimodal escritório, mas os demais espaços destinados aos serviços com
os quais se integra o trabalho administrativo também o são.
Respostas Lembrando-se que isto varia de empresa para empresa. A área
ocupada pela recepção, por exemplo, varia de acordo com a
01. A / 02. C / 03. B / 04. B / 05. C / 06. D categoria do estabelecimento, com o número de colaboradores
que nela trabalha, com o movimento de usuários etc.
Da mesma forma, variam os equipamentos e mobiliários
5. Organização do ambiente existentes nas empresas. O profissional precisa conhecer os
de trabalho. equipamentos e instrumentos de controle mais utilizados em
uma recepção:
- computador;
Organização do Ambiente de Trabalho - impressora;
- máquina registradora elétrica;
Organização18 é uma palavra originada do Grego "organon" - calculadora;
que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que - máquinas de cartões de crédito;
se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se - quadro de chaves;
dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos. - central telefônica;
- fax e telefones;
Conhecer o ambiente de trabalho como um todo - fichários;
- arquivos;
O primeiro passo para a adaptação ao local de trabalho é o - livros de Ocorrências e de Registros;
conhecimento do ambiente físico. O domínio do prédio e de - mesas, gavetas e prateleiras;
suas instalações permite a desenvoltura dos funcionários. - alarmes.
Saber como se localizar, a quem se dirigir, encontrar com
precisão aquilo que se procura são fatores de economia de - A Sala de Recepção da Empresa.
tempo e segurança. Quem recebe é o anfitrião da empresa e, por isso, é de se
Uma empresa não se limita ao ambiente físico já que esperar que cuide do setor onde trabalha como se fosse a sua
apenas congrega um grupo social engajado na conquista do própria casa.
bem comum; daí a importância fundamental do conhecimento A(o) recepcionista/secretária/cargo administrativo que
da filosofia de trabalho adotada pela instituição; é dela que mantém a sala de recepção limpa, em ordem e eficientemente
emanam os regulamentos e normas, direitos e deveres do organizada estará apenas demonstrando uma atitude correta
funcionário. para com o serviço.
O ramo de atuação da empresa, seus objetivos e
abrangências no mercado, sua situação dentro da organização - O Mobiliário
maior, também no caso de órgãos e autarquias, são apenas Uma mesa muito baixa acaba com a coluna de qualquer um.
aspectos importantes. O tampo da mesa deve estar em média a 80 cm do chão. A
As chefias são consideradas como lideranças; são cadeira deve ter sempre encosto para toda a área das costas e
responsáveis pelas atribuições que lhes são conferidas e, deve ser acolchoada. Seus pés devem estar sempre apoiados.
também, por responsabilidades maiores que os cargos lhes Se a cadeira é alta demais, providencie uma caixinha para
conferem. apoiar os pés. O teclado do computados deve estar a uma
O tipo de liderança exercida, no entanto, varia de acordo distância que faça o cotovelo estar a 90º em relação ao corpo.
com as características pessoais do ser humano que ocupa O topo do monitor deve estar à altura da linha dos olhos de
determinado cargo. Nem sempre o funcionário concorda com modo que a cabeça fique levemente inclinada para baixo. Uma
o tipo de orientação dada ao trabalho, mas pode adaptar-se a cadeira de escritório deve ter apoio para o antebraço. Apoie
ela sem se violentar, desde que identifique o tipo de liderança seu braço nele para usar o mouse.
e se disponha a conviver com ela.
O conhecimento dos colegas e a identificação de seus - A Iluminação
cargos e/ou funções também são necessários, não só para o Se você puder fazer algo para melhorar a iluminação da sua
entrosamento, como também para que o fluxo de trabalho se sala, faça. Danos na visão decorrentes de uma iluminação
desenvolva rápida e objetivamente. Ninguém é proprietário da inadequada podem gerar problemas em médio prazo que
função que exerce, mas responsável por ela. sejam irreversíveis. Quando perceber que está inclinando a
Os requisitos dos serviços devem ser explicitamente cabeça para conseguir ler alguma coisa, procure seu oculista e
definidos como características observáveis e sujeitas à providencie uma iluminação melhor.

18SROUR, Robert H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro:


Campus, 1998.

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Material Básico de Escritório optar por manter um na sua mesa, lembre-se de deixar nele
apenas canetas que você não se importa em perder.
Pastas e mais pastas: Existem pastas de plástico
transparente que não precisam sequer ser abertas para se ver Destaca-texto: são canetas com uma cor bem berrante e
o que há dentro delas. Outras destas pastas são arquivos com transparente. Um texto marcado é a primeira coisa que se vê
dezenas de divisórias. Nestes arquivos podem ficar os papéis numa folha e não se perde tempo procurando onde está a
que estavam em pastas com um número menor de folhas ou se passagem para a qual você queria chamar atenção.
fazer um “pré-arquivo” para as folhas que devem ser
estudadas mais tarde. Fichário: existem os rotativos e os horizontais. Os
horizontais não precisam ser furados e são mais práticos. Eles
Papéis de rascunho: se os tempos estão para economia, devem ter uma tampa para proteger as fichas da poeira. Tenha
colabore. Transforme as folhas que iriam para o lixo e que sempre divisória e fichas pautadas e lisas de reserva.
estavam com o verso em branco, em papel de recados.
Caderninho de notas: para você levar toda vez que tiver
Cola: prefira as de bastão, pois não fazem sujeira que fazer uma atividade fora da sua mesa. Este deve ter folhas
desnecessária. resistentes, pois será bastante manuseado. Deixe a caneta dele
presa nas espirais ou na capa, para nem pensar em esquecer.
Furador de papéis: são usados para arquivar papéis em
pastas tipo fichário. Eles podem ter quatro, três ou dois furos. Agendas: plural! Você tem, pelo menos, uma agenda
pessoal e uma de trabalho. Se misturar as duas vai se
Grampeador: prefira os com grampos maiores, que complicar. Tenha dentro dela as informações mais pertinentes
conseguem grampear mais de vinte folhas. Para menos que ao seu trabalho, principalmente, sobre o seu chefe. Importante
isso você pode usar um clipe. Alguns grampeadores vêm com anotar afazeres do dia, da semana e do mês. Deve-se também
um tirador de grampos na parte de trás. Caso o seu não tenha, consultá-las sempre. Não adianta ter a agenda e esquecer de
providencie aqueles longos de metal ou os pequeninos com fazer algumas anotações, ou deixar para depois ou ainda não
dois dentinhos. consultá-la diariamente.

Fita adesiva: hoje em dia existem fitas quase invisíveis. Dicionário: Mantenha um dicionário de bolso dentro de
Elas têm um tom esbranquiçado e são menos “meladas” em sua gaveta para não sair da sua mesa sem necessidade, nem
comparação com as fitas amareladas. Se a fita não vem dentro interromper o colega. Lembrar dos dicionários on line.
de um suporte que separa a extremidade do rolo, perca um
“segundinho” fazendo uma aba (dobre 1 cm da fita para baixo Fluxo e Tramitação de Documentos
de modo que este 1 cm de parte não adesiva fique virada para
o rolo) para poder pegar a fita da próxima vez, sem ficar O controle do fluxo diário de correspondência é muito
arranhando o rolo e rasgando a fita. Aí, sim, você vai perder importante. Em organizações de grande e médio porte existem
muito mais tempo. departamentos responsáveis unicamente pela recepção,
distribuição e expedições de correspondências internas e
Clipes: eles servem para manter papéis juntos externas da empresa (Setor de Protocolo).
temporariamente e sem furar o papel. Para consumar a união Nesses locais, todos os volumes recebidos são
entre dois papéis, use o grampeador. Além do mais, clipes protocolados, classificados e posteriormente encaminhados
enferrujam com o tempo e entortam. Porém existem outros aos departamentos e pessoas competentes ou são tomadas as
clipes, feitos para grande quantidade de folhas. Alguns são providências para que os materiais sejam devidamente
coloridos bastante bonitos e práticos. despachados.
Existem empresas nas quais a triagem e o envio de toda a
Tesoura/Estilete: o uso descuidado do estilete pode correspondência costuma se concentrar nas mãos de uma
acabar com o tampo de sua mesa. Para evitar o uso da tesoura única pessoa, geralmente, a recepcionista, que é quem faz uma
ou do estilete algumas pessoas dobram o papel para um lado, primeira seleção e encaminha os volumes.
para o outro, apoiam na quina da mesa, procuram a régua para
romper o papel na dobra. Tudo isso é tempo desperdiçado. O Devemos nos lembrar que a quebra do sigilo de
estilete ou a tesoura à mão são um caminho mais curto, mas correspondência pessoal é crime.
cuidado com o estilete. Mantenha-o sempre retraído, com
lâmina para dentro. Para abrir cartas é melhor usar um A expedição de documentos inclui tarefas como pesar,
cortador de papéis mesmo. O estilete é afiado demais e pode fechar e selar embrulhos, cartas, preparar protocolos, recibos
estragar o conteúdo do envelope. e, principalmente, tomar todas as providências para que a
correspondência seja enviada em tempo hábil.
Régua: além de seu uso primário, ela é bastante útil no uso Reserve uma parcela de seu tempo para o manuseio da
de estilete. correspondência. Primeiramente, separe os volumes
destinados ao seu departamento e redistribua, o mais rápido
Lápis/Lapiseira: para diminuir a tralha do escritório, possível, as cartas endereçadas a outras seções; estas não
prefira as lapiseiras com borrachinha na ponta. As lapiseiras devem ser abertas em hipótese alguma. Providencie a
aposentam também o apontador, que causa tanta sujeira. Por devolução do material recebido por engano e anote no
via das dúvidas, deixe os materiais em extinção (lápis, envelope uma informação que você possa fornecer: pessoa
borracha e apontador) na gaveta, só por segurança. Mantenha desconhecida, mudou-se, endereço incompleto etc.
também caixinhas de grafite extra e preste atenção se são do
número certo para sua lapiseira. Recepção de Documentos
As normas para abertura de correspondências podem
Canetas: Tenha sempre um maço de canetas de pelo variar e você deve agir de acordo com os hábitos do escritório
menos quatro cores diferentes. Hoje em dia existem canetas de e as instruções recebidas de antemão; em alguns casos, caberá
todas as cores, incluindo prata e ouro, mas prefira canetas que a você apenas organizar a remessa, separando os vários tipos
sejam visíveis em papel branco. Quanto ao porta-lápis, se você de correspondência: telegramas e envelopes com a anotação

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"urgente", correspondência pessoal, correspondência comum – Agenda de compromisso;


ou "de rotina", comunicados internos e circulares, material de – Relatório diário (só os fatos mais importantes que
publicidade, catálogos, revistas etc. feito isto, passe todo quebrem a rotina).
material às pessoas especificadas.
É conveniente registrar (em sua agenda ou outro local Do Serviço (tanto operacional quanto administrativo):
apropriado) as informações contidas em documentos com – Escala de tarefas para cada funcionário;
frases como "mandaremos um relatório detalhado dentro de – Controle das datas de manutenção dos equipamentos.
duas semanas", "aguarde mostruário atualizado no fim do
mês" etc. Decorrido o prazo estipulado, você poderá tomar as Regras práticas para organizar o trabalho
providências para que se cumpra o prometido.
Tome nota de todas as datas de expedição e recebimento Antes de realizar qualquer atividade, são atribuídas as
dos documentos e correspondências; é muito importante o prioridades do dia, da semana, do mês: o que deve ser
controle ou registro de toda a correspondência recebida. realizado imediatamente? Isso faz com que haja uma
Uma folha de registro deve conter os seguintes itens: organização melhor do tempo
datas de recebimento e arquivamento da correspondência, data
e código de referência citados no texto da carta, o nome do O trabalho toma-se mais agradável e simples, se dispomos de
remetente, assunto tratado e o departamento ou pessoa a que conhecimentos profissionais sobre arquivística, redação,
foi dirigida. Faça uma folha de registro como modelo e tire gramática, informática e controles contábeis e, se temos à mão:
cópias de acordo com as suas necessidades. Uma vez que as guia com os telefones mais usados, código de endereçamento
folhas estejam preenchidas, arquive-as numa pasta em ordem postal, lista telefônica, dicionário da língua portuguesa, lista de
cronológica. É possível fazer isso em um caderno próprio assuntos pendentes, em ordem de importância, uma Gramática
também, em que tais informações sejam referentes aos da Língua Portuguesa, a Consolidação das Leis do Trabalho -
documentos de cada ano. CLT e, finalmente, estabelecimento de metas para alcançar.

Expedição e Formulários da Empresa Questões


Toda comunicação escrita, além de ser um atestado de
eficácia da empresa, é um documento que representa quem o 01. (ANVISA - Técnico Administrativo – CESPE) Acerca
assina. Por esses motivos, é importante tomar uma série de dos instrumentos de organização do tempo, dos
precauções antes de expedir qualquer correspondência. compromissos e do local de trabalho, julgue os itens a seguir.

Principais Formulários Utilizados na Empresa: A organização do local de trabalho deve ser realizada
- Cadastro de fornecedores; apenas quando o ambiente de trabalho estiver trazendo
- Formulários de cotação de preços; prejuízo à execução das tarefas cotidianas.
- Pedido de compra;
- Previsão de compras; ( ) Certo ( ) Errado
- Orçamento de compras;
- Ficha individual de controle de estoques; 02. (CASAN - Secretária - INSTITUTO AOCP/2016)
- Mapa financeiro de controle de estoques; Assinale a alternativa correta em relação às práticas que
- Nota fiscal; auxiliam na organização do ambiente de trabalho.
- Fatura; (A) Para praticar a organização do ambiente de trabalho,
- Duplicata; não é necessário possuir conhecimento profundo do que a
- Formulários de crédito; empresa produz.
- Boletim de caixa; (B) É comum as interrupções durante a execução de uma
- Controle de caixa; tarefa, não necessitando realizar marcas quando for
- Proposta de emprego; interrompida.
- Registro de empregado; (C) Não perder a calma diante de situações difíceis,
- Relação de empregados; esgotando-se diante de uma única tarefa.
- Folha de pagamento; (D) A Secretária precisa estar atualizada e adquirir
- Aviso e recibo de férias; sempre mais conhecimento sobre a organização de eventos.
- Cartão de ponto etc. (E) Procurar melhorar o aspecto do escritório, pois ele
exerce influência sobre o desempenho das atividades.
Instrumentos para Controle do Trabalho
03. (Prefeitura de Amontada – CE - Agente
Da Empresa: Administrativo - UECE-CEV/2016) O trabalho tem maior
– Convenção, regulamento, definições de funções; produtividade quando as pessoas que o realizam adotam
– Lista de funcionários e de veículos (atualizadas); práticas de qualidade e agilidade na realização de suas tarefas.
– Lista de telefones úteis e de emergência; Esse ambiente produtivo é obtido quando o profissional
– Lista do patrimônio. (A) ajusta suas tarefas ao horário do seu transporte diário,
identifica o que pode ser eliminado ou simplificado e prioriza
Do Prédio (manutenção e conserto): tarefas.
– Plantas do prédio (estrutura, hidráulica, elétrica); (B) prioriza tarefas, utiliza seus recursos privados de mídia
– Lista de assistência técnica; digital (Whatsapp, Facebook, Snapchat) durante o horário de
– Lista de fornecedores e prestadores de serviços; trabalho e cuida da organização física do local de trabalho.
– Equipamentos para manutenção e consertos. (C) utiliza seus recursos privados de mídia digital
(Whatsapp, Facebook, Snapchat) durante o horário de
Dos Funcionários: trabalho, prioriza tarefas e ajusta suas tarefas ao horário do
– Cadastro dos funcionários, (RG, cargo, horário de seu transporte diário.
trabalho, endereço, telefone de emergência etc). (D) identifica o que pode ser eliminado ou simplificado,
prioriza tarefas e cuida da organização física do local de
Da Organização de seu Próprio Trabalho: trabalho.

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Respostas recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob


forma poética, sentenças e despachos escritos em versos
01. Errado / 02. E / 03. E rimados pertencem ao “folclore” jurídico-administrativo e são
práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também
inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem,
6. Aspectos gerais da provocados por descuido ou ignorância, que constituem
redação oficial. desvios das normas da língua-padrão. Enumeram-se, a seguir,
alguns desses vícios:

Entende-se por Redação Oficial o conjunto de normas e - Barbarismos: São desvios:


práticas que devem reger a emissão dos atos normativos e - da ortografia: “advinhar” em vez de adivinhar; “excessão”
comunicações do poder público, entre seus diversos em vez de exceção.
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
entidades e os cidadãos. - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
A Redação Oficial inscreve-se na confluência de dois - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez de
universos distintos: a forma rege-se pelas ciências da despercebido (não percebido, sem ser notado).
linguagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o - pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do
conteúdo submete-se aos princípios jurídico-administrativos francês): “mise-en-scène” em vez de encenação; anglicismo
impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas esferas (do inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.
dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação - Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões
Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira,
texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, depressa.
clara, correta e eficaz. - Neologismos: Palavras novas que, apesar de formadas de
Por ser "oficial", expressão verbal dos atos do poder acordo com o sistema morfológico da língua, ainda não foram
público, essa modalidade de redação ou de texto subordina-se incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez de imóvel,
aos princípios constitucionais e administrativos aplicáveis a que não se pode mexer; “talqualmente” em vez de igualmente.
todos os atos da administração pública, conforme estabelece o - Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser:
artigo 37 da Constituição Federal: - de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de
sobraram.
"A administração pública direta e indireta de qualquer dos - de regência: os comerciantes visam apenas “o lucro” em
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos vez de ao lucro.
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, - de colocação: “não tratava-se” de um problema sério em
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". vez de não se tratava.
- Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem convergir desconhecido falou-me de sua mãe. (Mãe de quem? Do
na produção dos textos dessa natureza, razão pela qual, muitas desconhecido? Do interlocutor?)
vezes, não há como separar uma do outro. Indicam-se, a seguir, - Cacófato: Som desagradável, resultante da junção de
alguns pressupostos de como devem ser redigidos os textos duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um prêmio
oficiais. por cada eleitor que votar em mim (por cada e porcada).
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente
Padrão culto do idioma redundante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm
A redação oficial deve observar o padrão culto do idioma dinheiro, vivem na miséria; Os moralistas, que se preocupam
quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estrutura com a moral, vivem vigiando as outras pessoas.
gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, acentuação
gráfica etc.). A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador
Por padrão culto do idioma deve-se entender a língua linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma
referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas situações articulação verbal minimamente compatíveis com o registro
formais de comunicação. Devem-se excluir da Redagão Oficial médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto neutro,
a erudição minuciosa e os preciosismos vocabulares que criam sem facilitações que intentem suprir as deficiências cognitivas
entraves inúteis à compreensão do significado. Não faz sentido de leitores precariamente alfabetizados.
usar “perfunctório” em lugar de "superficial" ou "doesto" em Como exceção, citam-se as campanhas e comunicados
vez de "acusação" ou "calúnia". São descabidos também as destinados a públicos específicos, que fazem uma aproximação
citações em língua estrangeira e os latinismos, tão ao gosto da com o registro linguístico do público-alvo. Mas esse é um
linguagem forense. Os manuais de Redação Oficial, que vários campo que refoge aos objetivos deste material, para se inserir
órgãos têm feito publicar, são unânimes em desaconselhar a nos domínios e técnicas da propaganda e da persuasão.
utilização de certas formas sacramentais, protocolares e de Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao nível de
anacronismos que ainda se leem em documentos oficiais, compreensão de leitores precariamente equipados quanto à
como: "No dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento de linguagem, fica evidente o fato de que a alfabetização e a
Nosso Senhor Jesus Cristo", que permanecem nos registros capacidade de apreensão de enunciados são condições
cartorários antigos. inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeiramente cidadão se
Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialismos, não consegue ler e compreender o que leu. O domínio do
neologismos, regionalismos, bordões da fala e da linguagem idioma é equipamento indispensável à vida em sociedade.
oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas comuns na
comunicação eletrônica. Impessoalidade e Objetividade
Diferentemente dos textos escolares, epistolares, Ainda que possam ser subscritos por um ente público
jornalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito (funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão do
estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe poder público e é em nome dele que o emissor se comunica,
uniformidade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de sempre nos termos da lei e sobre atos nela fundamentados.
se obter a maior compreensão possível com o mínimo de

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APOSTILAS OPÇÃO

Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do “eu” Concisão e Clareza


enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimentos ou Houve um tempo em que escrever bem era escrever
opiniões. Mesmo quando o agente público manifesta-se em "difícil". Períodos longos, subordinações sucessivas, vocábulos
primeira pessoa, em formas verbais comuns como: declaro, raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva,
resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é nos termos da lei enumerações, gradações, repetições enfáticas já foram
que ele o faz e é em função do cargo que exerce que se considerados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade
identifica e se manifesta. que se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao ler,
O que interessa é aquilo que se comunica, é o conteúdo, o tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a
objeto da informação. A impessoalidade contribui para a concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja, a
necessária padronização, reduzindo a variabilidade da eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação
linguagem a certos padrões, sem a presença destes cada texto Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o estilo
seria suscetível de inúmeras interpretações. “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond de
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O Andrade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan,
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juízo de mestres da linguagem altamente concentrada.
valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou o “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos oficiais,
emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como como o exemplo risível e caricato que segue:
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo que
está escrevendo. “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se faz
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o estilo que nos valhamos do ensejo para congratularmo-nos com Vossa
individual é estimulado e serve como diferencial das Excelência pela oportunidade da medida proposta à apreciação
qualidades autorais, a função pública impõe a de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde servidor
despersonalização do sujeito, do agente público que emite a público, para abordar questões de tamanha complexidade, a
comunicação. São inadmissíveis, portanto, as marcas respeito das quais divergem os hermeneutas e exegetas.
individualizadoras, as ousadias estilísticas, a linguagem Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das
metafórica ou a elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela causas primeiras, que fundamentaram a proposição
denotação, pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda tempestivamente encaminhada por Vossa Excelência,
que essa regularidade imponha certa "monotonia burocrática" indispensável se faz uma abordagem preliminar dos
ao discurso. antecedentes imediatos, posto que estes antecedentes
Reafirma-se que a intermediação entre o emissor e o necessariamente antecedem os consequentes”.
receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, dentro do
padrão culto do idioma; uma linguagem "neutra", referendada Observe que absolutamente nada foi dito ou informado.
pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em situações formais,
acima das diferenças individuais, regionais, de classes sociais As Comunicações Oficiais
e de níveis de escolaridade. A redação das comunicações oficiais obedece a preceitos
de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade,
Formalidade e Padronização formalidade, padronização e correção gramatical.
As comunicações oficiais impõem um tratamento polido e Além dessas, há outras características comuns à
respeitoso. Na tradição ibero-americana, afeita a títulos e a comunicação oficial, como o emprego de pronomes de
tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua tratamento, o tipo de fecho (encerramento) de uma
posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de correspondência e a forma de identificação do signatário,
tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”, conforme define o Manual de Redação da Presidência da
“Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em República. Outros órgãos e instituições do poder público
algumas instâncias do poder, tornaram-se inevitáveis. também possuem manual de redação próprio, como a Câmara
Entenda-se que essa solenidade tem por consideração o cargo, dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações
a função pública, e não a pessoa de seu exercente. Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciário
Vale lembrar que os pronomes de tratamento são etc.
obrigatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros
muito comuns construções como “Vossa Excelência sois Pronomes de Tratamento
bondoso(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”. A regra diz que toda comunicação oficial deve ser formal e
A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com que os polida, isto é, ajustada não apenas às normas gramaticais,
textos oficiais procuravam revestir-se de um tom solene e como também às normas de educação e cortesia. Para isso, é
cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrônica e fundamental o emprego de pronomes de tratamento, que
pedante, salvo em algumas peças oratórias envolvendo devem ser utilizados de forma correta, de acordo com o
tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição retórica de destinatário e as regras gramaticais.
Rui Barbosa e seus seguidores. Embora os pronomes de tratamento se refiram a segunda
Outro aspecto das formalidades requeridas na Redação pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concordância é
Oficial é a necessidade prática de padronização dos feita em terceira pessoa.
expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos Concordância verbal:
inevitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e Vossa Senhoria falou muito bem.
outros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
andamento burocrático, os despachos e o arquivamento. Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião.
É também por essa razão que quase todos os órgãos
públicos editam manuais com os modelos dos expedientes que Concordância pronominal:
integram sua rotina burocrática. A Presidência da República, a Pronomes de tratamento concordam com pronomes
Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribunais Superiores, possessivos na terceira pessoa.
enfim, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm os Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vosso...”).
próprios ritos na elaboração dos textos e documentos que lhes
são pertinentes.

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Concordância nominal: digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignidade


Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a que é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público,
se refere o pronome de tratamento. sendo desnecessária sua repetida evocação”.
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem)
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher) Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem) para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher) adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal.

Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela). No envelope, deve constar do endereçamento:


Vossa Excelência - com quem se fala (você) Ao Senhor
Fulano de Tal
Emprego dos Pronomes de Tratamento Rua ABC, nº 123
As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação da 70123-000 – Curitiba. PR
Presidência da República.
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em
Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as comunicações oficiais “fica dispensado o emprego do
seguintes autoridades: superlativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o
tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vice- o uso do pronome de tratamento Senhor. O Manual também
presidenIe da República; Ministros de Estado; Governadores e esclarece que “doutor não é forma de tratamento, e sim título
vice-governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais acadêmico”. Por isso, recomenda-se empregá-lo apenas em
generais das Forças Armadas; Embaixadores; comunicações dirigidas a pessoas que tenham concluído curso
Secretários-executivos de Ministérios e demais ocupantes de de doutorado. No entanto, ressalva-se que “é costume designar
cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em
Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. Direito e em Medicina”.
- Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigido a
e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. Magnífico Reitor.
- Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais
Superiores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Vossa Santidade: É o pronome de tratamento empregado
Justiça Militar. em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo
correspondente é: Santíssimo Padre.
Vocativos
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: São
aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo os pronomes empregados em comunicações dirigidas a
respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentíssimo
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Cardeal.
Federal.
As demais autoridades devem ser tratadas com o vocativo Nas comunicações oficiais para as demais autoridades
Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo: Senhor eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima
Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora Juiza; (para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vossa
Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governador / Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos e
Senhora Governadora. superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes,
clérigos e demais religiosos).
Endereçamento
De acordo com o Manual de Redação da Presidência, no Fechos para Comunicações
envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das
autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter a seguinte comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de
forma: arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o fecho
é a maneira de quem expede a comunicação despedir-se de seu
A Sua Excelência o Senhor destinatário.
Fulano de Tal Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do atual
Ministro de Estado da Justiça Manual de Redação da Presidência da República, havia 15
70064-900 - Brasília. DF padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual
simplificou a lista e reduziu-os a apenas dois para todas as
A Sua Excelência o Senhor modalidades de comunicação oficial. São eles:
Senador Fulano de Tal
Senado Federal Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive
70165-900 - Brasília. DF o presidente da República.
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia
A Sua Excelência o Senhor ou de hierarquia inferior.
Fulano de Tal
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível “Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas
Rua ABC, nº 123 a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e tradição
01010-000 - São Paulo. SP próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do
Ministério das Relações Exteriores”, diz o Manual de Redação
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em da Presidência da República.
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento

Conhecimentos Específicos 29
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A utilização dos fechos “Respeitosamente” e Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente


“Atenciosamente” é recomendada para os mesmos casos pelo reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Manual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros
manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos
informais ficam a critério do remetente, com preferência para casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e
a expressão “Cordialmente”, para encerrar a correspondência subtítulos.
de forma polida e sucinta.
Quando se tratar de mero encaminhamento de
Identificação do Signatário documentos, a estrutura deve ser a seguinte:
Conforme o Manual de Redação da Presidência do
República, com exceção das comunicações assinadas pelo Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que
presidente da República, em todas as comunicações oficiais solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não
devem constar o nome e o cargo da autoridade que as expede, tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo
abaixo de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os
seguinte: dados completos do documento encaminhado (tipo, data,
origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela
(espaço para assinatura) qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República “Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 2011,
encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2010,
(espaço para assinatura) do Departamento Geral de Administração, que trata da
Nome requisição do servidor Fulano de Tal.”
Ministro de Estado da Justiça
ou
“Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a
assinatura em página isolada do expediente. Transfira para “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”, alerta do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do Presidente
o Manual. da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto
de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
Padrões e Modelos
Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer
O Padrão Ofício algum comentário a respeito do documento que encaminha,
O Manual de Redação da Presidência da República lista três poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso
tipos de expediente que, embora tenham finalidades contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou
diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e ofício de mero encaminhamento.
Memorando. A diagramação proposta para esses expedientes
é denominada padrão ofício. - Fecho.
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as seguintes - Assinatura.
partes: - Identificação do Signatário

- Tipo e número do expediente, seguido da sigla do Forma de Diagramação


órgão que o expede. Exemplos:
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à
Of. 123/2002-MME seguinte forma de apresentação:
Aviso 123/2002-SG
Mem. 123/2002-MF - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de
- Local e data. Devem vir por extenso com alinhamento à rodapé;
direita. Exemplo: - para símbolos não existentes na fonte Times New Roman,
poder-se-ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings;
Brasília, 20 de maio de 2011 - é obrigatório constar a partir da segunda página o
número da página;
- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos: - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
Assunto: Produtividade do órgão em 2010. impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas
- Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é pares (“margem espelho”);
dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluído - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
também o endereço. distância da margem esquerda;
- Texto. Nos casos em que não for de mero - o campo destinado à margem lateral esquerda terá no
encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a mínimo 3,0 cm de largura;
seguinte estrutura: - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Introdução: que se confunde com o parágrafo de abertura, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e
na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto
Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;
de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta; - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico,
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se o sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo,
texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a
ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior elegância e a sobriedade do documento;
clareza à exposição;

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- a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em - propor alguma medida; ou
papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas - submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
para gráficos e ilustrações;
- todos os tipos de documento do padrão ofício devem ser Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente
impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de
arquivo Rich Text nos documentos de texto; motivos deverá ser assinada por todos os Ministros
- dentro do possível, todos os documentos elaborados envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta interministerial.
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; Formalmente a exposição de motivos tem a apresentação
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apresenta duas
ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha
número do documento + palavras-chave do conteúdo. caráter exclusivamente informativo e outra para a que
Exemplo: proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.
“Of. 123 - relatório produtividade ano 2010” No primeiro caso, o da exposição de motivos que
simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do
Aviso e Ofício (Comunicação Externa) Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes
São modalidades de comunicação oficial praticamente referido para o padrão ofício.
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido Já a exposição de motivos que submeta à consideração do
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo,
pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o embora sigam também a estrutura do padrão ofício, além de
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração outros comentários julgados pertinentes por seu autor, devem,
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. obrigatoriamente, apontar:
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo do - na introdução: o problema que está a reclamar a adoção
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o da medida ou do ato normativo proposto;
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: - no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou
aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;
Senhora Ministra, - na conclusão, novamente, qual medida deve ser
Senhor Chefe de Gabinete, tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para
solucionar o problema.
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
seguintes informações do remetente: Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à
exposição de motivos, devidamente preenchido, de acordo
- nome do órgão ou setor; com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº
- endereço postal; 4.1760, de 28 de março de 2010.
- telefone e endereço de correio eletrônico. Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de
Memorando ou Comunicação Interna ______________ de 201_.
O Memorando é a modalidade de comunicação entre
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem - Síntese do problema ou da situação que reclama
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. providências;
Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação - Soluções e providências contidas no ato normativo ou na
eminentemente interna. medida proposta;
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser - Alternativas existentes às medidas propostas. Mencionar:
empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. - se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
a serem adotados por determinado setor do serviço público. - se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do - outras possibilidades de resolução do problema.
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e - Custos. Mencionar:
pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar - se a despesa decorrente da medida está prevista na lei
desnecessário aumento do número de comunicações, os orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
despachos ao memorando devem ser dados no próprio custeá-la;
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de - valor a ser despendido em moeda corrente;
continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie - Razões que justificam a urgência (a ser preenchido
de processo simplificado, assegurando maior transparência a somente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de
tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento lei que deva tramitar em regime de urgência). Mencionar:
da matéria tratada no memorando. - se o problema configura calamidade pública;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do - por que é indispensável a vigência imediata;
padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário deve ser - se se trata de problema cuja causa ou agravamento não
mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: tenham sido previstos;
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração situação já prevista.
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos. - Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato ou
medida proposta possa vir a tê-lo)
Exposição de Motivos - Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto;
É o expediente dirigido ao presidente da República ou ao - Síntese do parecer do órgão jurídico.
vice-presidente para:
- informá-lo de determinado assunto;

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Com base em avaliação do ato normativo ou da medida complementar são enviados em regime normal (Constituição,
proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3. art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a 4º). Cabe
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que solicitação de urgência.
se complete o exame ou se reformule a proposta. Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do
O preenchimento obrigatório do anexo para as exposições Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe
de motivos que proponham a adoção de alguma medida ou a da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro
edição de ato normativo tem como finalidade: Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que se tramitação (Constituição, art. 64, caput).
busca resolver; Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais
problema e dos defeitos que pode ter a adoção da medida ou a e créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento
edição do ato, em consonância com as questões que devem ser dirigem-se aos membros do Congresso Nacional, e os
analisadas na elaboração de proposições normativas no respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do
âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. a deliberação congressual sobre as leis financeiras em sessão
conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”.
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser E à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do
analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5º), que comanda as
Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo sessões conjuntas.
complementam-se e formam um todo coeso: no anexo, As mensagens aqui tratadas coroam o processo
encontramos uma avaliação profunda e direta de toda a desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange
situação que está a reclamar a adoção de certa providência ou minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das
a edição de um ato normativo; o problema a ser enfrentado e matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos e seus Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos
custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles o
motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das propostas, as
da providência proposta: por que deve ser adotada e como análises necessárias constam da exposição de motivos do
resolverá o problema. órgão onde se geraram, exposição que acompanhará, por
Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal cópia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso.
(nomeação, promoção, ascenção, transferência, readaptação,
reversão, aproveitamento, reintegração, recondução, - Encaminhamento de medida provisória: Para dar
remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o
aposentadoria), não é necessário o encaminhamento do Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
formulário de anexo à exposição de motivos. Ressalte-se que: dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário
- a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória,
não dispensa o encaminhamento do parecer completo; autenticada pela Coordenação de Documentação da
- o tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos Presidência da República.
pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão
dos comentários a serem alí incluídos. - Indicação de autoridades: As mensagens que submetem
ao Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que determinados cargos (magistrados dos Tribunais Superiores,
a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial (clareza, Ministros do TCU, Presidentes e diretores do Banco Central,
concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Diplomática
padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III
de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência
ao Presidente da República pelos Ministros. Além disso, pode, privativa para aprovar a indicação. O currículum vitae do
em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional indicado, devidamente assinado, acompanha a mensagem.
ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial
da União, no todo ou em parte. - Pedido de autorização para o presidente ou o
vice-presidente da República se ausentar do País por mais
Mensagem de 15 dias: Trata-se de exigência constitucional (Constituição,
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência privativa do
Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Congresso Nacional.
Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar O presidente da República, tradicionalmente, por cortesia,
sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma
por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de mensagens idênticas.
suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes - Encaminhamento de atos de concessão e renovação de
públicos e da Nação. concessão de emissoras de rádio e TV: A obrigação de
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos submeter tais atos à apreciagão do Congresso Nacional consta
Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão
caberá a redação final. efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao deliberação do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, §
Congresso Nacional têm as seguintes finalidades: 3º). Descabe pedir na mensagem a urgência prevista no art. 64
da Constituição, porquanto o § 1º do art. 223 já define o prazo
- Encaminhamento de projeto de lei ordinária, da tramitação.
complementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou

Conhecimentos Específicos 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual
mensagem o correspondente processo administrativo. (Constituição, art. 166, § 8º);
- pedido de autorização para alienar ou conceder terras
- Encaminhamento das contas referentes ao exercício públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188,
anterior: O Presidente da República tem o prazo de sessenta § 1º); etc.
dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao As mensagens contêm:
Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
(Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da horizontalmente, no início da margem esquerda:
Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1º), sob
pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas Mensagem nº
(Constituição, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art.
215 do seu Regimento Interno. - vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela deve esquerda:
conter o plano de governo, exposição sobre a situação do País
e solicitação de providências que julgar necessárias Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
(Constituição, art. 84, XI).
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da - o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
Presidência da República. Esta mensagem difere das demais - o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e
porque vai encadernada e é distribuída a todos os horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem
congressistas em forma de livro. direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo
Presidente da República, não traz identificação de seu
- Comunicação de sanção (com restituição de signatário.
autógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro - Telegrama
Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os
informa o número que tomou a lei e se restituem dois procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
Presidente da República terá aposto o despacho de sanção. telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comunicação
dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada,
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do Senado deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas
Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem informa situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou
sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em
disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrário pautar-se pela concisão.
das demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a
do seu envio ao Poder Legislativo. estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos
Correios e em seu sítio na Internet.
- Outras mensagens: Também são remetidas ao Fax
Legislativo com regular frequência mensagens com:
- encaminhamento de atos internacionais que acarretam O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é uma
encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I); forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao
- pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis às desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão
operações e prestações interestaduais e de exportação de mensagens urgentes e para o envio antecipado de
(Constituição, art. 155, § 2º, IV); documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não
- proposta de fixação de limites globais para o montante da há condições de envio do documento por meio eletrônico.
dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela
- pedido de autorização para operações financeiras via e na forma de praxe.
externas (Constituição, art. 52, V); e outros. Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos
Entre as mensagens menos comuns estão as de: modelos, se deteriora rapidamente.
- convocação extraordinária do Congresso Nacional Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a
(Constituição, art. 57, § 6º); estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,
- pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral juntamente com o documento principal, de folha de rosto, isto
da República (art. 52, XI, e 128, § 2º); é, de pequeno formulário com os dados de identificação da
- pedido de autorização para declarar guerra e decretar mensagem a ser enviada.
mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
- pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz Correio Eletrônico
(Constituição, art. 84, XX); O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e
- justificativa para decretação do estado de defesa ou de celeridade, transformou-se na principal forma de
sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º); comunicação para transmissão de documentos.
- pedido de autorização para decretar o estado de sítio Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é
(Constituição, art. 137); sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida
- relato das medidas praticadas na vigência do estado de para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de
sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único); linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
- proposta de modificação de projetos de leis financeiras O campo assunto do formulário de correio eletrônico
(Constituição, art. 166, § 5º); mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
- pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem organização documental tanto do destinatário quanto do
sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, remetente.

Conhecimentos Específicos 33
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APOSTILAS OPÇÃO

Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, função oficial específica (presidente de comissão ou membro
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que da Mesa, por exemplo). Estrutura:
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas - Local e data.
sobre seu conteúdo. - Endereçamento, com forma de tratamento, destinatário,
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de cargo e endereço.
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar - Vocativo.
da mensagem pedido de confirmação de recebimento. - Texto.
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem - Fecho.
de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que - Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo.
possa ser aceita como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente, na Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá
forma estabelecida em lei. numerá-las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar-se no
padrão básico de diagramação.
Apostila O fecho da carta segue, em geral, o padrão da
É o aditamento que se faz a um documento com o objetivo correspondência oficial, mas outros fechos podem ser usados,
de retificação, atualização, esclarecimento ou fixar vantagens, a exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar relação
evitando-se assim a expedição de um novo título ou de proximidade ou igualdade de posição entre os
documento. Estrutura: correspondentes.
- Título: APOSTILA, centralizado.
- Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimento, Declaração
atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se for o É o documento em que se informa, sob responsabilidade,
caso, onde o documento foi publicado. algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura:
- Local e data. - Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
- Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade que - Texto: exposição do fato ou situação declarada, com
constatou a necessidade de efetuar a apostila. finalidade, nome do interessado em destaque (em maiúsculas)
e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
Não deve receber numeração, sendo que, em caso de - Local e data.
documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos - Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de
textos ou no verso do documento. autoridade, função ou cargo.
Em caso de publicação do ato administrativo originário, a
apostila deve ser publicada com a menção expressa do ato, A declaração documenta uma informação prestada por
número, dia, página e no mesmo meio de comunicaçao oficial autoridade ou particular. No caso de autoridade, a
no qual o ato administrativo foi originalmente publicado, a fim comprovação do fato ou o conhecimento da situação declarada
de que se preserve a data de validade. deve ser em razão do cargo que ocupa ou da função que exerce.
Declarações que possuam características específicas
Ata podem receber uma qualificação, a exemplo da “declaração
É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos funcional”.
fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou
assembleia. Estrutura: Despacho
- Título - ATA. Em se tratando de atas elaboradas É o pronunciamento de autoridade administrativa em
sequencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento do
sessão, em caixa-alta. processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente.
- Texto, incluindo: Preâmbulo - registro da situação Estrutura:
espacial e temporal e participantes; Registro dos assuntos - Nome do órgão principal e secundário.
abordados e de suas decisões, com indicação das - Número do processo.
personalidades envolvidas, se for o caso; Fecho - termo de - Data.
encerramento com indicação, se necessário, do redator, do - Texto.
horário de encerramento, de convocação de nova reunião etc. - Assinatura e função ou cargo da autoridade.
A ATA será assinada e/ou rubricada por todos os presentes
à reunião ou apenas pelo presidente e relator, dependendo das O despacho pode constituir-se de uma palavra, de uma
exigências regimentais do órgão. expressão ou de um texto mais longo.
A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve-se,
em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da informação Ordem de Serviço
correta a ser registrada. No caso de omissão de informações ou É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ou
de erros constatados após a redação, usa-se a expressão “Em pontuais para a execução de serviços por órgãos subordinados
tempo” ao final da ATA, com o registro das informações da Administração. Estrutura:
corretas. - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da
Carta autoridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da
É a forma de correspondência emitida por particular, ou legislação pertinente ou por força das prerrogativas do cargo,
autoridade com objetivo particular, não se confundindo com o seguida da palavra “resolve”.
memorando (correspondência interna) ou o ofício - Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser
(correspondência externa), nos quais a autoridade que assina dividido em itens, incisos, alíneas etc.
expressa uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim, - Assinatura: nome da autoridade competente e indicação
do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos da da função.
correspondência enviada por deputados, deve-se usar a carta,
não o memorando ou ofício, por estar o parlamentar emitindo A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém possui
parecer, opinião ou informação de sua responsabilidade, e não caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essencialmente,
especificamente da Câmara dos Deputados. O parlamentar a otimização e a racionalização de serviços.
deverá assinar memorando ou ofício apenas como titular de

Conhecimentos Específicos 34
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APOSTILAS OPÇÃO

Parecer - abster-se de transcrever a competência formal das


É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou de unidades administrativas já descritas nas normas internas;
órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido submetido - relatar apenas as principais atividades do órgão;
para análise e competente pronunciamento. Visa fornecer - evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas
subsídios para tomada de decisão. Estrutura: pelas unidades administrativas que lhe são subordinadas;
- Número de ordem (quando necessário). - priorizar a apresentação de dados agregados, grandes
- Número do processo de origem. metas realizadas e problemas abrangentes que foram
- Ementa (resumo do assunto). solucionados;
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório - destacar propostas que não puderam ser concretizadas,
(introdução); Parecer (desenvolvimento com razões e identificando as causas e indicando as prioridades para os
justificativas); Fecho opinativo (conclusão). próximos anos;
- Local e data. - gerar um relatório final consolidado, limitado, se possível,
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista. ao máximo de dez páginas para o conjunto da Diretoria,
Departamento ou unidade equivalente.
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, existe
o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como tal, Requerimento (Petição)
definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara dos É o instrumento por meio do qual o interessado requer a
Deputados. uma autoridade administrativa um direito do qual se julga
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tantos detentor. Estrutura:
itens (e estes intitulados) quantos bastem ao parecerista para - Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou
o fim de melhor organizar o assunto, imprimindo-lhe clareza e seja, da autoridade competente.
didatismo. - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do
requerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva
Portaria qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documento
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabelece de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de
regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata da preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
organização e do funcionamento de serviços dentro de sua 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da
esfera de competência. Estrutura: Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação civil deve
- Título: PORTARIA, numeração e data. ser colocado o número do registro funcional e a lotação);
- Ementa: síntese do assunto. Exposição do pedido, de preferência indicando os
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da fundamentos legais do requerimento e os elementos
autoridade que expede o ato e citação da legislação pertinente, probatórios de natureza fática.
seguida da palavra “resolve”. - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser - Local e data.
dividido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens. - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indicação Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação,
do cargo. reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um
abaixo-assinado, com estrutura semelhante à do
Certas portarias contêm considerandos, com as razões que requerimento, devendo haver identificação das assinaturas.
justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem depois A Constituição Federal assegura a todos,
deles. independentemente do pagamento de taxas, o direito de
A ementa justifica-se em portarias de natureza normativa. petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de ilegalidade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que
nomeação e exoneração, por exemplo, suprime-se a ementa. o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de
requerimento. No que concerne especificamente aos
Relatório servidores públicos, a lei que institui o Regime único
É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funcionamento estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade
de uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
desenvolvimento de serviços específicos num determinado daquela a que estiver imediatamente subordinado o
período. Estrutura: requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105).
- Título - RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
- Texto - registro em tópicos das principais atividades Protocolo
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados parciais e O registro de protocolo (ou simplesmente “o protocolo“) é
totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos positivos o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático) em que
e negativos do período abrangido. O cronograma de trabalho a são transcritos progressivamente os documentos e os atos em
ser desenvolvido, os quadros, os dados estatísticos e as tabelas entrada e em saída de um sujeito ou entidade (público ou
poderão ser apresentados como anexos. privado). Este registro, se obedecerem a normas legais, têm fé
- Local e data. pública, ou seja, tem valor probatório em casos de
- Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) controvérsia jurídica.
relator(es). O termo protocolo tem um significado bastante amplo,
identificando-se diretamente com o próprio procedimento.
No caso de Relatório de Viagem, aconselha-se registrar Por extensão de sentido, “protocolo” significa também
uma descrição sucinta da participação do servidor no evento um trâmite a ser seguido para alcançar determinado objetivo
(seminário, curso, missão oficial e outras), indicando o período (“seguir o protocolo”).
e o trecho compreendido. Sempre que possível, o Relatório de A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma
Viagem deverá ser elaborado com vistas ao aproveitamento repartição determinada, que recebe o material documentário
efetivo das informações tratadas no evento para os trabalhos do sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota num
legislativos e administrativos da Casa. registro (atualmente em programas informáticos), atribuindo-
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, deve-se lhes um número e também uma posição de arquivo de acordo
atentar para os seguintes procedimentos: com suas características.

Conhecimentos Específicos 35
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APOSTILAS OPÇÃO

O registro tem quatro elementos necessários e 05. Quanto a sua forma, o ofício segue o modelo padrão
obrigatórios: ofício do governo federal, com acréscimo do
- Número progressivo. (A) destinatário, que é precedido de pronome de
- Data de recebimento ou de saída. tratamento.
- Remetente ou destinatário. (B) vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula.
- Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da (C) vocativo, que invoca o emitente, seguido de vírgula.
correspondência. (D) emitente, que é precedido de pronome de tratamento.

Circular Respostas
Correspondência oficial, de caráter interno, enviada,
simultaneamente, a diversos destinatários, com texto idêntico, 01: A. / 02: D. / 03: D. / 04: C. / 05: B.
transmitindo informações, instruções, ordens, recomendações
ou esclarecendo o conteúdo de leis, normas e regulamentos.
7. Serviços Públicos:
Estrutura
Título: circular, número, ano e sigla da unidade
conceitos, elementos de
organizacional. Definição, princípios e
Local e classificação.
Data: por extenso.
Destinatários: nomes dos cargos dos destinatários.
Texto: desenvolvimento do assunto tratado.
Serviços Públicos
Assinatura: Titular da unidade organizacional.
CONCEITO: Serviços públicos são aqueles serviços
Questões
prestados pela Administração, ou por quem lhe faça às vezes,
mediante regras previamente estipuladas por ela para a
01. Dentre as atividades inerentes à função de assistente
preservação do interesse público.
administrativo, está a produção de documentos oficiais. Um
A titularidade da prestação de um serviço público sempre
deles é o registro daquilo que aconteceu em uma reunião de
será da Administração Pública, somente podendo ser
colegiado ou conselho, apontando o local de realização, a data
transferido a um particular a execução do serviço público. As
e o horário, seus participantes, os fatos ocorridos e as decisões
regras serão sempre fixadas unilateralmente pela
tomadas. O documento oficial a ser utilizado para esse registro
Administração, independentemente de quem esteja
é denominado
executando o serviço público. Qualquer contrato
(A) ata.
administrativo aos olhos do particular é contrato de adesão.
(B) declaração.
(C) memorando.
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS:
(D) relatório.
Para distinguir quais serviços são públicos e quais não,
02. Para encaminhar um pedido de contratação de
deve-se utilizar as regras de competência dispostas na
professor substituto em uma universidade, o Chefe do
Constituição Federal. Quando não houver definição
Departamento solicitou a seu assistente administrativo que
constitucional a respeito, deve-se observar as regras que
redigisse o documento correspondente, que seria
incidem sobre aqueles serviços, bem como o regime jurídico
encaminhado ao gestor responsável por aquele ato
ao qual a atividade se submete. Sendo regras de direito
administrativo. O documento oficial que o assistente deve
público, será serviço público; sendo regras de direito privado,
redigir é um
será serviço privado.
(A) aviso.
O fato de o Ente Federado ser o titular dos serviços não
(B) currículo.
significa que deva obrigatoriamente prestá-los por si. Assim,
(C) ofício circular.
tanto poderá prestá-los por si mesmo, como poderá
(D) memorando.
promover-lhes a prestação, conferindo à entidades estranhas
ao seu aparelho administrativo, titulação para que os prestem,
03. Após concluir o primeiro ano de gestão em seu
segundo os termos e condições fixadas, e, ainda, enquanto o
primeiro mandato, o diretor de uma unidade da UFRN decidiu
interesse público aconselhar tal solução. Dessa forma, esses
prestar contas de suas realizações à comunidade acadêmica.
serviços podem ser delegados a outras entidades públicas ou
Para isso, o documento oficial que deve ser utilizado é um
privadas, na forma de concessão, permissão ou autorização.
(A) memorando.
Assim, em sentido amplo, pode-se dizer que serviço
(B) comunicado.
público é a atividade ou organização abrangendo todas as
(C) ofício.
funções do Estado; já em sentido estrito, são as atividades
(D) relatório.
exercidas pela administração pública.
04. A prefeitura de um município decidiu contratar uma
CARACTERES JURÍDICOS: os serviços públicos possuem
universidade para elaborar o plano diretor da cidade, em
quatro caracteres jurídicos, quais sejam:
função de sua experiência no assunto e da elevada
competência de seu quadro de docentes na área de
- Generalidade: o serviço público deve ser prestado a
arquitetura, urbanismo e engenharia. O documento adequado
todos, ou seja à coletividade.
para encaminhar esse pedido é
- Uniformidade: exige a igualdade entre os usuários do
(A) uma carta.
serviço público, assim todos eles devem ser tratados
(B) uma declaração.
uniformemente.
(C) um ofício.
- Continuidade: não se pode suspender ou interromper a
(D) um aviso.
prestação do serviço público.
-Regularidade: todos os serviços devem obedecer às
normas técnicas.

Conhecimentos Específicos 36
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APOSTILAS OPÇÃO

PRINCÍPIOS O artigo 30 da Constituição Federal, traz os serviços de


competência dos municípios, destacando-se o disposto no
a. Princípio da continuidade da prestação do serviço público: inciso V
Num contrato administrativo, quando o particular descumpre
suas obrigações, há rescisão contratual. Se a Administração, Art. 30. Compete aos Municípios:
entretanto, que descumpre suas obrigações, o particular não I - legislar sobre assuntos de interesse local;
pode rescindir o contrato, tendo em vista o princípio da II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
continuidade da prestação. couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência,
b. Princípio da mutabilidade: Fica estabelecido que a bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
execução do serviço público pode ser alterada, desde que para de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em
atender o interesse público. lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
c. Princípio da igualdade dos usuários: Esse princípio legislação estadual;
estipula que não haverá distinção entre as pessoas V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
interessadas em contratar com a administração pública. concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
d. Princípio da cortesia: constitui direito do usuário e dever VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
do fornecedor de proporcionar um tratamento educado, e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
prestativo e respeitoso ao usuário. fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53,
de 2006)
REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
A regulamentação e o controle competem ao serviço e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
público, independente da forma de prestação de serviço VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
público ao usuário. territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
Caso o serviço não esteja sendo prestado de forma correta, IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
o Poder Público poderá intervir e retirar a prestação do local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
terceiro que se responsabilizou pelo serviço, exigindo o estadual.
cumprimento do que está no contrato.
REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Valendo-se do poder discricionário, a Administração
poderá alterar as cláusulas contratuais. Os serviços públicos podem ser prestados de forma
abstrata, difusa, à toda coletividade, sem particularização ou
Competência: individualização da prestação (educação, a saúde pública, a
iluminação pública, a segurança pública, a limpeza pública,
São de competência exclusiva do Estado, não podendo coleta de lixo, calçamento e outros), que são remunerados por
delegar a prestação à iniciativa privada: os serviços postais e via necessariamente tributária.
correio aéreo nacional. Em contrapartida, existem serviços cuja prestação é
especifica, mensurável, individual, ou seja, se apresenta de
Art. 21, CF Compete à União: forma concreta ao usuário, o que gerará um direito subjetivo
( ) de prestação. Estes serviços serão remunerados por Taxas de
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional serviços (que diferem das taxas de polícia) ou por tarifas
(também chamadas de preços), já que este tipo de serviço
Além desses casos, veja estes incisos ainda trazidos no público pode ser objeto de delegação.
mesmo artigo constitucional:
- Taxa: Taxa é o tributo cobrado de alguém que se utiliza,
Art. 21, CF Compete à União: ou possui à sua disposição, serviço público especial e divisível,
( ) de caráter administrativo ou jurisdicional.
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão: - Tarifa: é um instituto típico de direito privado, existente
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; em uma relação de consumo, em que há a autonomia da
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de vontade, a liberdade de contratar e de discutir cláusulas e
15/08/95:) condições de contrato, ou seja, do pacta sunt servanda.
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação USUÁRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: Direitos e Deveres
com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura Podem ser usuários tanto o indivíduo que recebe energia
aeroportuária; ou serviço de telecomunicações em sua residência, como uma
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre pessoa jurídica que utiliza a energia elétrica ou a
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham telecomunicação como insumo em sua atividade comercial.
os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e Vamos fazer a leitura do artigo 7º da Lei 8.987/95. Essa lei
internacional de passageiros; dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição
Federal:
Titularidade não-exclusiva do Estado: os particulares
podem prestar, independentemente de concessão, são os Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de
serviços sociais. Ex: serviços de saúde, educação, assistência setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
social. I - receber serviço adequado;

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II - receber do poder concedente e da concessionária mas que será precedida de “licitação”, o que pressupõe um
informações para a defesa de interesses individuais ou contrato e um contrato não pode ser precário.
coletivos;
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre Já a Constituição Federal consagra:
vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as
normas do poder concedente. Art. 223, CF. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar
IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessão, permissão e autorização para o serviço de
concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio
referentes ao serviço prestado; da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos [...]
praticados pela concessionária na prestação do serviço; § 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos vencido o prazo, depende de decisão judicial.
bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. § 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos
para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Autorização: É um ato administrativo unilateral,
a) Serviços delegáveis e indelegáveis: os delegáveis podem discricionário e precário, pelo qual o Poder Público transfere
ser executados pelo estado ou por particulares colaboradores. por delegação a execução de um serviço público para terceiros.
Serviços indelegáveis são aqueles que só podem ser O ato é precário porque não tem prazo certo e determinado,
prestados pelo Estado diretamente, por seus órgãos ou possibilitando o seu desfazimento a qualquer momento.
agentes.
Questões
b) Serviços administrativos e de utilidade pública: O
chamado serviço de utilidade pública é o elenco de serviços 01. (Prefeitura de Paraty – RJ - Procurador - RHS
prestados à população ou postos à sua disposição, pelo Estado Consult/2016) A respeito da concessão, assinale a alternativa
e seus agentes. INCORRETA.
(A) Seu contrato é ajuste de direito administrativo.
c) Serviços coletivos (uti universi) e singulares (uti singuli): (B) É a delegação contratual da execução do serviço, nos
São serviços gerais, prestados pela Administração à sociedade termos da lei.
como um todo, sem destinatário determinado e são mantidos (C) O poder concedente não transfere propriedade alguma
pelo pagamento de impostos. Serviços singulares são os ao concessionário.
individuais onde os usuários são determinados e são (D) Pode ser conferida com exclusividade, ou sem ela, a
remunerados pelo pagamento de taxa ou tarifa. pessoas jurídicas ou físicas.
(E) Trata-se de um ato unilateral da Administração.
d) Serviços sociais e econômicos: Serviços sociais são os que
o Estado executa para atender aos reclamos sociais básicos e 02. (Prefeitura de Paraty – RJ - Procurador - RHS
representam; ou uma atividade propiciadora de comodidade Consult/2016) Quanto à permissão, pode-se afirmar que:
relevante; ou serviços assistenciais e protetivos. Serviços (A) Os atos dos permissionários são de sua exclusiva
econômicos são aqueles que, por sua possibilidade de lucro, responsabilidade, sem afetar a Administração.
representam atividades de caráter industrial ou comercial. (B) Sempre gera privilégio, pois assegura exclusividade ao
permissionário.
FORMAS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO (C) Sendo um contrato administrativo, dispensa a
concorrência.
1. Prestação Direta: É a prestação do serviço pela (D) Estendem-se aos permissionários as mesmas
Administração Pública Direta, que pode se realizar de duas prerrogativas concedidas aos concessionários.
maneiras: pessoalmente pelo Estado e com o auxílio de (E) Admite a substituição do permissionário, além de
particulares; possibilitar o traspasse do serviço ou do uso permitido a
2. Prestação Indireta por outorga; terceiros.
3. Prestação Indireta por delegação.
03. (CEMIG-TELECOM - Analista de Vendas JR –
Formas de Delegação do Serviço Público FUMARC/2016) A delegação do serviço público pressupõe:
(A) A assunção dos riscos da atividade, atraindo por tal
As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as razão o regime de responsabilidade publicístico pelos danos
permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do advindos da prestação.
art. 175 da Constituição Federal, pela lei 8.987/95, pelas (B) A assunção dos riscos da atividade, atraindo por tal
normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis razão o regime de responsabilidade civilístico pelos danos
contratos. advindos da prestação.
(C) A transferência da titularidade do serviço para o
Concessão de serviço público: É a delegação da prestação delegatário.
do serviço público feita pelo poder concedente, mediante (D) O afastamento da cláusula exorbitante que confere ao
licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou contratante a prerrogativa de fiscalizar a execução do objeto
consórcio de empresas que demonstrem capacidade de do contrato.
desempenho por sua conta e risco, com prazo determinado.
04. (FUNPRESP-JUD - Assistente - Secretariado
Permissão de Serviço Público: É a delegação a título Executivo – CESPE/2016) Em relação à organização
precário, mediante licitação feita pelo poder concedente à administrativa e às concessões e permissões do serviço
pessoa física ou jurídica que demonstrem capacidade de público, julgue o item a seguir.
desempenho por sua conta e risco.
A Lei n. 8.987/95 é contraditória quando se refere à
natureza jurídica da permissão: menciona que é “precária”,

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A delegação da prestação de serviço público mediante o Respostas


regime de permissão independe de realização de prévio 01. E / 02. A / 03. A. / 04. Errado. / 05. B
procedimento licitatório. 06. E. / 07. C. / 08. D.
( ) Certo
( ) Errado
8. Atos e contratos
05. (TCE-PR - Analista de Controle – Contábil – administrativos.
CESPE/2016) Com relação aos serviços públicos, assinale a
opção correta.
(A) É subjetiva a responsabilidade referente aos serviços ATO ADMINISTRATIVO
públicos.
(B) O serviço público é incumbência do Estado, conforme Ato administrativo é todo ato jurídico, referente a área do
previsão expressa na Constituição Federal de 1988, podendo Direito Administrativo, apresentando portanto diferenças com
ser prestado diretamente pelo poder público ou sob o regime relação as demais categorias de atos, em decorrência de seu
de concessão ou permissão. regime peculiar.
(C) O elemento material do serviço público refere-se ao
regime jurídico ao qual será submetido. Trata-se de toda manifestação lícita e unilateral de vontade
(D) Há quatro elementos constitutivos dos serviços da Administração ou de quem lhe faça às vezes, que agindo
públicos: subjetivo, formal, legal e material. nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir, transferir,
(E) Para os chamados serviços públicos comerciais ou modificar ou extinguir direitos e obrigações.
industriais, o regime jurídico aplicável é o de direito público. Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado
ou por alguém que esteja em nome dele. Logo, pode-se concluir
06. (UFAL - Assistente em Administração - COPEVE- que os atos administrativos não são definidos pela condição da
UFAL/2016) Assinale a alternativa que apresenta as pessoa que os realiza. Tais atos são regidos pelo Direito
diferenças entre serviço público e poder de polícia. Público.
(A) O primeiro é prestado sob regime de direito público,
enquanto o segundo, sob regime de direito privado. Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro (2000, p.175) “todo
(B) O primeiro é atividade típica da Administração Pública, ato praticado no exercício da função administrativa é ato da
ao passo que o segundo configura-se como atividade atípica. administração”. Assim, os atos da Administração são bem
(C) O primeiro é executado apenas pela administração vastos e representam, por conseguinte, todos os atos
direta, enquanto que o segundo não pode ser executado por praticados no exercício da função administrativa, e
entidades autárquicas. comumente exteriorizam-se através de:
(D) O primeiro é indelegável aos particulares, ao passo que
o segundo pode ser delegado a particulares por meio de - Atos de direito privado;
contrato administrativo precedido de licitação. - Atos materiais;
(E) O primeiro é um oferecimento de comodidade material - Atos políticos.
diretamente ao administrado, enquanto que o segundo é uma
limitação administrativa ao uso da liberdade e da propriedade. Atos Administrativos que não são Atos da
Administração: São todos os atos administrativos praticados
07. (Prefeitura de Alumínio – SP - Procurador Jurídico em caráter atípico pelo Poder Legislativo ou pelo Poder
– VUNESP/2016) Com relação aos Serviços Públicos, é correto Judiciário.
afirmar que serviço Fato Administrativo
(A) uti singuli é aquele prestado à coletividade, mas Fato administrativo é toda realização material da
usufruído apenas indiretamente pelos indivíduos. Administração em cumprimento de alguma decisão
(B) uti universi é aquele prestado à coletividade e administrativa, tal como a construção de uma ponte, a
usufruído diretamente pelos indivíduos. instalação de um serviço público etc. […] O fato administrativo
(C) uti universi é aquele prestado à coletividade, mas resulta sempre do ato administrativo que o determina
usufruído apenas indiretamente pelos indivíduos. (MEIRELLES, 2007, p.153).
(D) uti singuli é aquele que tem por finalidade a satisfação
individual ou coletiva, porém sempre usufruído diretamente REQUISITOS
pelos indivíduos. São as condições necessárias para a existência válida do
(E) uti universi é aquele que tem por finalidade a satisfação ato. Do ponto de vista da doutrina tradicional (e majoritária
individual ou coletiva, porém sempre usufruído indiretamente nos concursos públicos), os requisitos dos atos
pelos indivíduos. administrativos são cinco:

08. (IF-PA - Assistente em Administração – Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz,
FUNRIO/2016) Serviços públicos essenciais são aqueles que trata-se de requisito vinculado. Para que um ato seja válido
sem os quais a própria existência do Estado ou do cidadão deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
estaria comprometida ou em risco, e serviços públicos
indelegáveis são os que somente podem ser prestados Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa
diretamente pelo Estado. Assim, constitui serviço público receber com sua expedição. Todo e qualquer ato
essencial e indelegável o seguinte: administrativo tem por objeto a criação, modificação ou
(A) telefonia. comprovação de situações jurídicas referentes a pessoas,
(B) registro de imóveis. coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.
(C) protesto de títulos.
(D) segurança pública. Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de
(E) limpeza urbana. exteriorização e demais procedimentos prévios que forem
exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra,
os atos devem ser escritos, permitindo de maneira excepcional
atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam

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produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os A existência ou perfeição é o primeiro plano lógico do ato
casos dos semáforos, por exemplo. administrativo. Nesse plano é necessário a verificação dos
elementos e pressupostos que compõem seu ciclo de
Motivo: Este integra os requisitos dos atos formação. Após isso e, se presentes os requisitos, o ato passa a
administrativos tendo em vista a defesa de interesses ser válido.
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes; A eficácia é a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos.
O destino natural do ato administrativo é ser praticado com a
Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito finalidade de criar, declarar, modificar, preservar e extinguir
das razões que levaram à prática do ato. direitos e obrigações.

Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE


finalidade, que é a pública; se o ato praticado não tiver essa No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para
finalidade, ocorrerá abuso de poder; decidir quanto à atuação. A lei previamente estabelece um
único comportamento possível a ser tomado pelo
ATRIBUTOS administrador no caso concreto; não podendo haver juízo de
São prerrogativas que existem por conta dos interesses valores, o administrador não poderá analisar a conveniência e
que a Administração representa, são as qualidades que a oportunidade do ato.
permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos O ato discricionário é aquele que, editado sob o manto da
jurídicos. São eles: lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um juízo
de conveniência e oportunidade. A diferença entre o ato
1. Presunção de Legitimidade: É a presunção de que os atos vinculado e o ato discricionário está no grau de liberdade
administrativos devem ser considerados válidos, até que se conferido ao administrador. Tanto o ato vinculado quanto o
demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação ato discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário
dos serviços públicos. no tocante à sua legalidade, pois o judiciário não poderá
intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração
2. Imperatividade: É o poder que os atos administrativos Pública.
possuem de gerar unilateralmente obrigações aos
administrados, independente da concordância destes. O SILÊNCIO NO DIREITO ADMINISTRATIVO
O silêncio pode ser considerado como omissão, ausência
3. Exigibilidade ou Coercibilidade: É o poder que possuem de manifestação de vontade. Em alguns casos poderá a lei
os atos administrativos de serem exigidos quanto ao seu determinar a que a Administração Pública manifeste, de forma
cumprimento sob ameaça de sanção. obrigatória, sua vontade. Ao nos depararmos com esses casos
afirmamos que estaremos diante de um ato administrativo.
4. Autoexecutoriedade: É o poder pelo qual os atos
administrativos podem ser executados materialmente pela CLASSIFICAÇÃO
própria administração, independentemente da atuação do Quanto à formação: Os atos se dividem em simples,
Poder Judiciário. complexo e compostos.
Para a ocorrência da autoexecutoriedade é necessário a
presença dos seguintes requisitos: Quanto aos destinatários: gerais e individuais.
a) Quando a lei expressamente prever;
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso Quanto à supremacia do poder público: Atos de império e
deverá haver a soma dos seguintes requisitos: Atos de expediente:
- situação de urgência; e
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, Quanto à natureza do ato: - Atos-regra, Atos subjetivos, -
evitar a lesão. Atos-condição:

ELEMENTOS Quanto ao regramento: atos vinculados e discricionários


O elemento quer dizer a parte que compõe um todo, e desta
maneira é o que é externo ou antecedente ao ato, não pode ser Quanto aos efeitos: Constitutivo, Declaratório,
parte dele. Modificativo, Extintivo:
Desta maneira podemos considerar que elemento é o
conteúdo e a forma. Quanto à abrangência dos efeitos: Internos e externos.
Quanto à validade: válido, nulo, anulável e inexistente.
Conteúdo: é a disposição sobre a coisa, o objeto. Desta
maneira se distinguem entre si, não sendo iguais. Tem relação Quanto à exequibilidade: Perfeito, Imperfeito, Pendente,
com o que o ato dispõe, ou seja, o que o ato decide, opina, Consumado.
certifica, enuncia e altera na ordem jurídica.
Quanto à forma os atos administrativos podem ser
Forma: diz respeito à exteriorização do ato classificados em decreto, resolução e portaria, circular,
administrativo, do conteúdo e pode ter ou não previsão em lei. despacho, alvará.

EXISTÊNCIA (OU PERFEIÇÃO), VALIDADE E EFICÁCIA ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO


O ato administrativo se torna perfeito quando completa Existem diversas classificações que trata das espécies dos
seu ciclo de formação. atos administrativos. Ainda considerando a simplicidade do
presente trabalho, trataremos apenas das principais espécies
É válido quando completa os requisitos exigidos pelo apresentadas pela doutrina.
ordenamento jurídico. Para facilitar o estudo, dividimos a análise do ato
Por fim, é eficaz quando está apto a produzir efeitos administrativo utilizando dois critérios distintos: o conteúdo e
jurídicos. a forma.

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Quanto ao conteúdo, os atos administrativos podem ser 3. Circular: É o instrumento usado para a transmissão de
classificados em autorização, licença, admissão, permissão, ordens internas uniformes, incumbindo de certos serviços ou
aprovação, homologação, parecer e visto. atribuições a certos funcionários.

1. Autorização: ato administrativo unilateral, 4. Despacho: Quando a administração, por meio de um


discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao despacho, aprova parecer proferido por órgão técnico sobre
particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a determinado assunto de interesse geral, este despacho é
prestação de serviço público (autorização de serviço público), denominado de despacho normativo.
ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato
que, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos 5. Alvará: é instrumento pelo qual a Administração se vale
(autorização como ato de polícia). para conferir ao administrado uma licença ou autorização. Ou
seja, é o formato pelo qual são emitidas as licenças e
2. Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado autorizações.
pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os
requisitos legais o exercício de uma atividade. Atos Punitivos.
São aqueles que contêm uma sanção em razão da violação
3. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a de uma disposição legal, regulamentar ou ordinatória dos bens
Administração reconhece ao particular, que preencha os e serviços públicos.
requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público.
O objetivo dos atos punitivos é punir e reprimir as
4. Permissão: em sentido amplo, designa o ato infrações administrativas ou a conduta irregular dos
administrativo unilateral, discricionário, gratuito ou oneroso, servidores ou dos particulares perante a Administração.
pelo qual a Administração Pública faculta a execução de
serviço público ou a utilização privativa de bem público. O seu Esses atos podem ser de atuação externa e interna.
objeto é a utilização privativa de bem público por particular ou Internamente, cabe à administração punir disciplinarmente
a execução de serviço público. seus servidores e corrigir os serviços defeituosos por meio de
sanções estatutárias. Externamente, incumbe-lhe de velar pela
5. Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se correta observância das normas administrativas. Ex: multa,
exerce o controle a priori ou a posteriori do ato administrativo. interdição de atividades e a destruição.
No controle a priori, equivale à autorização para a prática do
ato; no controle a posteriori equivale ao seu referendo. É ato Multa administrativa é imposição pecuniária que tem o
discricionário, porque o examina sob os aspectos de objetivo de compensar o dano presumido. Possui natureza
conveniência e oportunidade para o interesse público; por isso objetiva. Será devida independente da ocorrência de dolo ou
mesmo, constitui condição de eficácia do ato. culpa do infrator.
Interdição administrativa de atividade é o ato pelo qual
6. Homologação: é o ato unilateral e vinculado pelo qual a a Administração veda a alguém a prática de atos sujeitos ao seu
Administração Pública reconhece a legalidade de um ato controle ou que incidam sobre seus bens, deve ser precedido
jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o de processo regular e do respectivo auto, que possibilite
aspecto de legalidade, no que se distingue da aprovação. É o defesa do interessado.
caso do ato da autoridade que homologa o procedimento da Destruição de coisas é o ato sumário da Administração
licitação. pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou
instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso
7. Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da proibido por lei.
Administração emitem opinião sobre assuntos técnicos ou
jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo, MÉRITO ADMINISTRATIVO.
obrigatório e vinculante O mérito administrativo tem relação com o motivo,
validade e objeto, não tratando-se de requisito para sua
8. Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a formação.
autoridade competente atesta a legitimidade formal de outro
ato jurídico. Não significa concordância com o seu conteúdo, O mérito consubstancia-se na escolha do objeto e
razão pela qual é incluído entre os atos de conhecimento, que valoração do ato feita pela Administração Pública, que possui
são meros atos administrativos e não encerram manifestações poderes para decidir sobre a conveniência e oportunidade.
de vontade.
Compreendem o merecimento os atos administrativos
Quanto à forma, os atos administrativos podem ser relacionados com a competência exclusiva, por sua vez, os atos
classificados em decreto, resolução e portaria, circular, vinculados não devem compreender o mérito, pois o Poder
despacho, alvará. Executivo deverá obedecer os princípios e normas legais
1. Decretos: São atos emanados pelos chefes do Poder pertinentes.
Executivo, tais como, prefeitos, governadores e o Presidente
da República. Podem ser dirigidos abstratamente às pessoas MOTIVAÇÃO
em geral (decreto geral), ou a pessoas, ou a um grupo de É a exposição dos motivos, trata-se de demonstração por
pessoas determinadas. (decreto individual). escrito que os pressupostos existiram. A motivação
corresponde as formalidades do ato, está contida em parecer,
2. Resoluções e Portarias: São atos emanados por laudo, relatório.
autoridades superiores, mas não os chefes do Poder Executivo.
Ou seja, é a forma pelo qual as autoridades de nível inferior aos Em alguns casos a motivação é obrigatória, como o caso de
Chefes do Poder Executivo fixam normas gerais para ato vinculado, tendo em vista que a Administração deve
disciplinar conduta de seus subordinados. demonstrar que o ato está em conformidade com os motivos
apontados em lei, já para os casos de atos discricionários se faz
necessária a motivação, pois sem ela não haveria meios de

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conhecer e controlar a legitimidade dos motivos que Revogação: De acordo com MAZZA, revogação é a extinção
ensejaram a Administração para a prática do ato. do ato administrativo perfeito e eficaz, com eficácia ex nunc,
praticada pela Administração Pública e fundada em razão de
Desta forma, reconhece-se que a motivação é necessária interesse público (conveniência e oportunidade).
tanto para os atos vinculados como para os atos Convalidação ou Sanatória: É o ato administrativo que,
discricionários, já que configura garantia de legalidade. com efeitos retroativos, sana vício de ato antecedente, de
modo a torná-lo válido desde o seu nascimento, ou seja, é um
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES ato posterior que sana um vício de um ato anterior,
Pensando na possibilidade do controle externo do ato transformando-o em válido desde o momento em que foi
administrativo, realizado pelo Poder Legislativo e Poder praticado. Alguns autores, ao se referir à convalidação,
Judiciário, a doutrina achou por bem criar a teoria dos motivos utilizam a expressão sanatória.
determinantes, que interliga-se com a prática dos atos
administrativos e os motivos que ensejaram sua criação. O ato convalidatório tem natureza vinculada (corrente
Os motivos que determinam a prática do ato devem ser majoritária), constitutiva, secundária, e eficácia ex tunc.
verídicos e devem existir sob pena de invalidação do ato
administrativo. Devem ser praticados por agente competente, Prescrição: O instituto da prescrição, entendida como a
respeitando as determinações legais. perda do direito de ação devido à inércia de seu titular,
Exemplo: Exoneração de cargo em comissão por motivo de também é reconhecido pela legislação pertinente ao Direito
contenção de despesas com o pessoal. Administrativo.
Como regra, o prazo para interposição de recursos
VÍCIOS DO ATO ADMINISTRATIVO administrativos é de cinco dias.
Os vícios são variados, interligando-se de muitas maneiras, Já o prazo para propositura de ações judiciais, tanto pela
podendo muitas vezes prejudicar de maneira direta ou Administração quanto pelo administrado, em regra é de cinco
indireta a coletividade. anos. Importante destacar que as hipóteses de suspensão e
interrupção do prazo prescricional previstas na legislação civil
Espécies de vícios: também são aplicáveis às ações judiciais pertinentes ao Direito
a) Vícios sanáveis: Sujeito e forma; Administrativo.
b) Vícios insanáveis: Objeto, motivo e finalidade;
Questões
Vício de sujeito;
a) Excesso de poder (quando o agente exorbita sua 01. (ANVISA - Técnico Administrativo – CESPE/2016)
competência) Acerca do regime jurídico-administrativo e do controle da
b) Função de fato; (quem pratica o ato não foi investido administração pública, julgue o próximo item.
regulamente na função. O ato praticado pelo agente de fato
reputa-se válido perante terceiro de boa-fé. A administração pública pode revogar seus atos por
c) Usurpação de função pública; (considerado ato motivos de conveniência ou oportunidade, competindo, no
inexistente) entanto, exclusivamente ao Poder Judiciário a anulação de atos
administrativos eivados de vícios de legalidade.
Vício na forma; ( ) Certo
a) Quando a forma prescrita em lei não é observada; ( ) Errado

Vício no objeto; 02. (TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -


a) Quando o objeto é ilícito; Tecnologia da Informação – FCC/2016) Mateus, servidor
b) Quando o objeto é impossível; público federal, removeu o servidor Pedro para localidade
c) Quando o objeto é indeterminado; extremamente distante e de difícil acesso, no intuito de
d) Quando o objeto é imoral; castigá-lo. Ocorre que Pedro merecia penalidade
administrativa por ter cometido infração funcional mas não
Vício no motivo; remoção. No caso narrado, a remoção, por não ser ato de
a) Teoria dos motivos determinantes categoria punitiva, apresenta vício de
Quando o motivo é inexistente; (A) motivo.
Quando o motivo é falso; (B) finalidade.
(C) objeto.
Vício na finalidade; (D) forma.
a) Quando há desvio de finalidade (desvio de poder) (E) competência.
Há desvio de finalidade quando o agente pratica um ato
visando outra finalidade que não seja a prevista em lei; 03. (TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -
Tecnologia da Informação – FCC/2016) Sergio, servidor
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO público federal e chefe de determinada repartição pública,
O ato administrativo se extingue das seguintes formas: demitiu Antônio sob o fundamento de que o mesmo havia
cometido falta grave. Cumpre salientar que Antônio não era
Anulação ou Invalidação (Desfazimento): É a retirada, o servidor concursado, mas sim ocupante de cargo em comissão.
desfazimento do ato administrativo em decorrência de sua Transcorridos quinze dias após a demissão, descobriu-se que
invalidade, ou seja, é a extinção de um ato ilegal, determinada Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio pretendia
pela Administração ou pelo judiciário, com eficácia retroativa colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por
– ex tunc. Antônio. Neste caso, é correto afirmar:
(A) Por ser falso o motivo do ato administrativo, o ato de
Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou demissão é nulo.
ilegalidade. (B) O ato de demissão é válido, haja vista tratar-se de cargo
A anulação pode acontecer por via judicial ou por via demissível ad nutum e que, portanto, sequer exigia motivação.
administrativa. Veja as súmulas do STF a respeito do tema:

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(C) Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja (B) A administração, em razão de conveniência, poderá
vista que o vício é na forma e na finalidade do ato revogar ato administrativo próprio não eivado de qualquer
administrativo de demissão. ilegalidade, o que produzirá efeitos ex nunc.
(D) Aplica-se, na hipótese, a convalidação do ato (C) O ato administrativo viciado pela falta de manifestação
administrativo; portanto, Antônio, injustamente demitido, de vontade do administrado deverá ser anulado, não podendo
poderá retornar ao seu cargo. essa ilegalidade ser sanada por posterior manifestação de
(E) O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, vontade do interessado.
sendo admissível a substituição de um servidor por outro, (D) São anuláveis e passíveis de convalidação os atos que
desde que o cargo seja adequadamente preenchido, de modo a violem regras fundamentais atinentes à manifestação de
não trazer prejuízo ao interesse público. vontade, ao motivo, à finalidade ou à forma, havidas como de
obediência indispensável pela sua natureza, pelo interesse
04. (Câmara de Santa Maria Madalena – RJ - público que as inspira ou por menção expressa da lei.
Procurador Jurídico – IBADE/2016) Os atos administrativos (E) A anulação de ato administrativo ocorre por questões
têm cinco elementos, entre os quais a competência a qual de conveniência e produz efeitos retroativos à data em que o
possui como característica ser de exercício: ato foi emitido.
(A) obrigatório, renunciável. transferível, imodificável e
imprescritível. 09. (IF-TO - Professor Administração – IF-TO/2016)
(B) obrigatório, irrenunciável, intransferível, modificável e Em relação a elementos, pressupostos e atributos do ATO
imprescritível. Administrativo, é correto afirmar:
(C) facultativo, renunciável. transferível, modificável e (A) os pressupostos de existência são: subjetivo (sujeito);
prescritível. objetivos (motivo e requisitos procedimentais); tecnológico
(D) obrigatório, irrenunciável, intransferível, imodificável (finalidade), lógico (causa); e formalísticos (formalização).
e imprescritível, (B) todo ato praticado por agente público é,
(E) facultativo, irrenunciável, intransferível, modificável e obrigatoriamente, imputável à administração.
prescritível. (C) nem todo ato administrativo é dotado de atributos que
lhe são peculiares.
05. (Prefeitura de Paraty – RJ - Procurador – RHS (D) elementos do ato são realidades intrínsecas do ato e os
CONSULT/2016) É o que nasce afetado de vício insanável por pressupostos são de validade e de existência do ato, conforme
ausência ou defeito substancial em seus elementos condicionem a existência ou a lisura jurídica do ato.
constitutivos, ou no procedimento formativo. (E) a tipicidade consiste na necessária adequação da
Considerando a classificação dos atos administrativos manifestação de vontade administrativa, sem a prévia
segundo o conteúdo, o exposto acima diz respeito ao ato: previsão legal.
(A) Válido.
(B) Extintivo. 10. (Prefeitura de Lages – SC - Procurador –
(C) Declaratório. FEPESE/2016) Assinale a alternativa que indica
(D) Nulo. corretamente o elemento do ato administrativo que
(E) Modificativo. representa o efeito jurídico imediato que o ato produz.
(A) forma
06. (TCM-RJ - Técnico de Controle Externo – (B) objeto
IBFC/2016) Considere a seguinte situação hipotética: (C) sujeito
Autoridade municipal fixou as linhas e os itinerários de (D) finalidade
ônibus da cidade, de modo a beneficiar determinada empresa, (E) competência
que disputa a concessão de serviço público de transporte
coletivo. 11. (TRE-SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa
Desse modo, o ato da autoridade municipal poderá ser: – FCC/2017) A publicação de edital para realização de
(A) anulado, por desvio de finalidade concurso público de provas e títulos para provimento de
(B) revogado, desde que seja caracterizado o desvio de cargos em órgão público municipal motivou número de
poder inscritos muito superior ao dimensionado pela Administração
(C) revogado, desde que se trate de ato administrativo pública. Considerando a ausência de planejamento da
vinculado Administração para aplicação das provas para número tão
(D) convalidado, desde que a autoridade municipal tenha grande de candidatos, bem como que a recente divulgação da
poder discricionário para a fixação das linhas e dos itinerários arrecadação municipal mostrou sensível decréscimo diante da
estimativa de receitas, colocando em dúvida a concretude das
07. (PC-GO - Agente de Polícia Substituto – nomeações dos eventuais aprovados, a Administração
CESPE/2016) O ato que concede aposentadoria a servidor municipal
público classifica-se como ato (A) pode anular o certame, em razão dos vícios de
(A) simples. legalidade identificados.
(B) discricionário. (B) deve republicar o edital do concurso público para
(C) composto. reduzir os cargos disponíveis, sob pena de nulidade do
(D) declaratório. certame.
(E) complexo. (C) pode revogar o certame, em razão das supervenientes
razões de interesse público demonstradas para tanto.
08. (PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto – (D) pode revogar o certame municipal somente se tiver
CESPE/2016) A respeito da invalidação, anulação e revogação restado demonstrada a inexistência de recursos para fazer
de atos administrativos, assinale a opção correta. frente às novas despesas com as aprovações decorrentes do
(A) Atos administrativos, por serem discricionários, concurso.
somente podem ser anulados pela própria administração (E) deve prosseguir com o certame, republicando o edital
pública. para adiamento da realização da primeira prova, a fim de
reorganizar a aplicação para o novo número de candidatos,

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sendo vedado revogar o certame em razão da redução de II. A administração deve anular seus próprios atos por
receitas. motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
12. (TRE-SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa III. O direito da Administração de anular os atos
– FCC/2017) Os atos administrativos são dotados de atributos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
que lhe conferem peculiaridades em relação aos atos destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo foram praticados, salvo comprovada má-fé.
da autoexecutoriedade
(A) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo Está correto o que se afirma somente em
em vista que podem ser executados diretamente pela própria (A) I e II.
Administração pública. (B) II.
(B) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito (C) I e III.
realizado pelo Judiciário, tendo em vista que se trata de (D) III.
medida de exceção, em que a Administração pública adota
medidas materiais para fazer cumprir suas decisões, ainda que Respostas
não haja previsão legal.
(C) dependem apenas de homologação do Judiciário para 01. Errado. / 02. B / 03. A. / 04. D. / 05. D.
serem executados diretamente pela Administração pública. 06. A. / 07. E. / 08. B. / 09. D. / 10. B.
(D) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, 11. C / 12. E / 13. B / 14. B / 15. D
após a execução da decisão pela Administração pública, mas a
análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. Contrato Administrativo
(E) implicam na prerrogativa da própria Administração
executar, por meios diretos, suas próprias decisões, sendo Contrato Administrativo é um vínculo jurídico em que
possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. sujeito ativo e sujeito passivo se comprometem a uma
prestação e contraprestação, que visa satisfazer o interesse
13. (TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária – público. O contrato administrativo tem que ter a presença do
FCC/2017) Pedro, servidor público de um órgão municipal Estado. O seu regime jurídico é de direito público.
encarregado da fiscalização de obras civis, emitiu autorização
para Saulo construir um muro de arrimo e também demolir Características do Contrato Administrativo:
uma pequena edícula, comprometendo-se a providenciar, a) Presença do Poder Público: o Poder Público tem que
junto a seu superior, a formalização do correspondente alvará. estar presente no contrato.
Ocorre que Jair, morador de imóvel vizinho, sentiu-se
prejudicado pelas obras, que causaram abalo em seu imóvel e b) Contrato formal: tem várias formalidades previstas
denunciou a situação à autoridade competente, requerendo a pela lei;
nulidade do ato, face a incompetência de Pedro para emissão
da autorização. Diante desse cenário, c) Contrato consensual: é aquele que se aperfeiçoa na
(A) não há que se falar em convalidação, haja vista que o manifestação de vontade. O que vem depois é a execução do
ato é discricionário, cabendo, exclusivamente, à autoridade contrato (exemplo: contrato de compra e venda). O contrato
competente a sua edição. consensual já existe desde o momento da manifestação de
(B) a autorização conferida é passível de convalidação pela vontade. O contrato administrativo se aperfeiçoa no momento
autoridade competente, se preenchidos os requisitos legais e da manifestação de vontade. Isso é diferente do contrato real,
técnicos para concessão da licença. que só se aperfeiçoa a partir do momento em que há a entrega
(C) a autorização dada por Pedro pode ser revogada pela do bem (exemplo: contrato de empréstimo).
autoridade competente, se verificadas razões de ordem
técnica ou anulada judicialmente. d) Contrato Comutativo: é aquele contrato que tem
(D) o ato administrativo praticado por Pedro é viciado, prestação e contraprestação equivalentes e preestabelecidos.
passível de revogação, a qualquer tempo, pela autoridade O contrato comutativo é diferente do contrato aleatório.
competente para sua emissão. O contrato administrativo deve ser comutativo: prestação
(E) o ato praticado por Pedro é nulo, não passível de e contraprestação equivalentes e preestabelecidas.
convalidação, haja vista que esta somente é cabível quando
presentes vícios de forma e de motivação. e) Contrato Personalíssimo: leva em consideração as
qualidades pessoais do contrato.
14. (UECE - Assistente de Administração – Se o contrato administrativo é personalíssimo, é possível
FUNECE/2017) Os atos administrativos deverão ser subcontratar? A subcontratação não autorizada pela
motivados, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos, Administração dá causa à rescisão contratual (artigo 78 da Lei
EXCETO 8666). Assim, pela letra da lei, em regra não é possível
(A) quando imponham ou agravem deveres, encargos ou subcontratação, salvo se houver autorização expressa da
sanções. Administração a esse respeito.
(B) quando apliquem jurisprudência firmada sobre a
questão. Para que a administração autorize, a doutrina majoritária
(C) quando importem anulação, revogação, suspensão ou elenca mais 2 (dois) requisitos, a saber:
convalidação de ato administrativo.
(D) quando decidam recursos administrativos. 1) a subcontratada deve preencher os mesmos requisitos,
as mesmas condições exigidas na licitação;
15. (UECE - Assistente de Administração –
FUNECE/2017) Atente ao que se diz a seguir sobre atos 2) a subcontratação deve ser parcial – não é admitida a
administrativos: subcontratação total do contrato, pois se for possível a
I. A administração pode revogar seus próprios atos quando subcontratação total estar-se-ia desestimulando as empresas
eivados de vício de legalidade. as participarem da concorrência, podendo optar por aguardar
o vencedor e assumir o contrato como subcontratada.

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f) Contrato de Adesão: uma das partes tem o monopólio contrato será obrigatório em algumas situações e facultativo
da situação, ou seja, define as regras. A outra parte só resta a em outras.
opção de aderir ou não.
O licitante, quando vem para a licitação, já sabe que o Será obrigatório quando o valor do contrato for
contrato é anexo do edital. Ele não poderá discutir as cláusulas correspondente à concorrência ou à tomada de preços. Se a
contratuais. Deverá aceitá-las na forma em que foram hipótese for de dispensa ou inexigibilidade de licitação
elaboradas. O monopólio da situação está nas mãos da (contratação direta) e o valor do contrato for da concorrência
Administração. Não há debate de cláusula contratual. ou da tomada, será obrigatório o instrumento de contrato. O
critério único, portanto, é o valor do contrato.
Mutabilidade Será facultativo quando o valor do contrato for
Alguns doutrinadores entendem que a mutabilidade correspondente ao convite, desde que possa se fazer de outra
decorre de cláusulas exorbitantes, ou seja, as que permitem à forma. O critério, portanto, é o valor do convite e a
Administração Pública o poder de unilateralmente alterar as possibilidade de se praticar de outra forma. Por exemplo: carta
cláusulas regulamentares ou até mesmo rescindir o contrato contrato, ordem de serviço, nota de empenho etc – são atos
antes do prazo estipulado, devido a motivos de interesse administrativos simples, que dependem apenas de comando
público. Além destes casos, a mutabilidade pode se dar pela (faça o serviço, entregue o valor etc), dispensando
aplicação das teorias do fato do príncipe e da imprevisão. instrumento de contrato.

A doutrina aponta três tipos de áleas ou riscos que o Cláusulas do Contrato Administrativo
particular enfrenta quando contrato com a Administração
Pública: Podem ser necessárias ou exorbitantes.

• Álea ordinária ou empresarial: está presente em a. Cláusulas necessárias (artigo 55, Lei 8666): são
qualquer tipo de negócio; é um risco que todo empresário aquelas que devem, obrigatoriamente, estar presentes no
corre, como resultado da própria flutuação do mercado; sendo contrato. São cláusulas essenciais do contrato administrativo.
possível, por ele responde o particular
Será obrigatório quando o valor do contrato for
• Álea administrativa, que abrange três modalidades: correspondente à concorrência ou à tomada de preços. Se a
hipótese for de dispensa ou inexigibilidade de licitação
Formalização (contratação direta) e o valor do contrato for da
Para que um contrato seja válido, eficaz ele não pode ser concorrência ou da tomada, será obrigatório o instrumento
feito de qualquer maneira, deverá respeitar algumas de contrato. O critério único, portanto, é o valor do contrato.
peculiaridades que formalmente devem seguir em seu corpo Será facultativo quando o valor do contrato for
de texto. Segue abaixo as formalidades para que seja firmado correspondente ao convite, desde que possa se fazer de
um contrato: outra forma. O critério, portanto, é o valor do convite e a
possibilidade de se praticar de outra forma. Por exemplo:
a) Procedimento Administrativo Próprio: é o carta contrato, ordem de serviço, nota de empenho etc – são
procedimento de licitação, que pode ser substituído pelo atos administrativos simples, que dependem apenas de
procedimento de justificação (artigo 26 da Lei 8666). comando (faça o serviço, entregue o valor etc), dispensando
instrumento de contrato.
b) Forma Escrita: o contrato administrativo deve ser
formalizado por escrito (regra). O artigo 60, parágrafo único Observação: além das cláusulas lógicas de todo contrato,
da Lei 8666 estabelece que é nulo e de nenhum efeito o as cláusulas de garantia e a de duração do contrato são
contrato verbal, salvo o de pronta entrega, pronto pagamento cláusulas necessárias que são bastante exigidas em concurso
ou até R$ 4.000,00 (exceção).
Cláusula de garantia: está prevista no art. 55, porém, os
c) Publicação: o contrato administrativo deve ser seus detalhes estão no art. 56 da Lei 8666. A Administração,
publicado (artigo 61, parágrafo único, 8666). Não se publica a por lei, pode exigir garantia do contratado. Todavia, em que
íntegra do contrato, mas apenas um resumo do mesmo pese a letra da lei, trata-se de um poder-dever e não de um
(extrato do contrato), documento este que contém as poder-faculdade. A exigência de garantia é, portanto, uma
principais informações do contrato. obrigação, um dever da Administração.
Por previsão expressa da lei, a publicação é condição de A forma da garantia é uma decisão do contratado. Ele pode
eficácia do contrato. O contrato não publicado é válido, mas escolher uma dentre as garantias estabelecidas pela lei:
não tem eficácia.
a) caução em dinheiro;
O prazo para publicação é de 20 (vinte) dias, contados da b) garantia em TDP (Títulos da Dívida Pública) – a
assinatura do contrato. Além disso, a publicação não pode Administração emite os títulos no mercado como se fosse
ultrapassar o 5º (quinto) dia útil do mês seguinte à sua dinheiro, comprometendo-se em pagar depois de uns anos e o
assinatura. Assim, para os contratos assinados no início do contrato pode oferecer esses TDP como garantia;
mês, valerá o prazo de 20 dias; para os contratos assinados no c) fiança bancária (garantia fidejussória, prestada por um
final do mês, valerá o prazo do 5º dia útil do mês seguinte. banco);
A publicação é um dever da Administração. É a d) seguro-garantia (é um contrato de seguro do contrato –
Administração quem deve providenciar a publicação do se a contratada não cumprir o contrato, a seguradora paga).
contrato administrativo.
Valor da garantia: a garantia é prestada no valor de até 5%
d) Instrumento de Contrato: instrumento de contrato é o (cinco por cento) do valor do contrato. Pode ser qualquer
documento que define os parâmetros da relação. valor, até, no máximo, 5% (cinco por cento).
Artigo 62 da Lei 8666 dispõe sobre o instrumento de Excepcionalmente, se o contrato for de grande vulto ou de alta
contrato (é o que mais cai em concurso). O instrumento de complexidade ou de riscos financeiros para a Administração,

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essa garantia pode chegar em até 10% (dez por cento) do valor 1) Alteração das especificações do projeto (alteração
do contrato. qualitativa): altera-se, por exemplo, o tipo do bloco que seria
utilizado na construção da escola.
Duração do Contrato: para formalizar um contrato, o
administrador deve observar o orçamento e a lei orçamentária 2) Alteração do valor do contrato (alteração quantitativa
dura apenas 12 (doze) meses no Brasil. Assim, o prazo de do objeto): a Administração queria contratar 100 canetas,
duração do contrato somente pode ser, em regra, o prazo porém, agora, pretende 120 ou 80 canetas. O valor do contrato
máximo do crédito orçamentário (12 meses). O limite máximo, é alterado porque houve uma alteração quantitativa do objeto.
portanto, seria de 12 (doze) meses. OBS 1: o limite de alteração quantitativa é de, no máximo,
A duração do contrato tem suas regras previstas no artigo até 25% (vinte e cinco por cento) para os acréscimos ou
57 da Lei 8666. supressões. Exemplo: se contratou 100, poderá diminuir para
Todo contrato administrativo deve ter, necessariamente, até 75 ou aumentar para até 125.
prazo determinado. Não se admite mais contrato ad eternum. Em caso de reforma, os acréscimos poderão chegar em até
Exceções ao prazo máximo de 12 (doze) meses: 50% (cinquenta por cento).
- prazo do PPA (Plano Plurianual) – plano que define as OBS 2: a natureza do objeto é imutável.
metas do governo pelo prazo de 4 (quatro) anos. Se o objeto
do contrato estiver previsto no PPA, a Administração pode Alteração Bilateral: não é exorbitante, decorre da
firmar contrato com prazo de 4 (quatro) anos, ou seja, se vontade de ambas as partes.
comprometer por 4 (quatro) anos.
- contratos de prestação contínua: nestes contratos, Poderá haver alteração unilateral para os seguintes
quanto maior o prazo, melhor o preço. Se o contrato for de pontos:
prestação contínua, é possível firmar contrato de até 60 1) regime de execução;
(sessenta) meses. É possível, em caso de excepcional interesse 2) forma de pagamento: cuidado: A Administração Pública
público, prorrogar o prazo destes contratos por mais 12 (doze) nunca paga antecipadamente;
meses. Exemplo: serviço de segurança. 3) substituição da garantia;
- aluguel de equipamentos e programas de informática: 4) manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do
nestes casos, o prazo contratual pode ser de até 48 (quarenta contrato: é a teoria da imprevisão: ocorre quando um fato
e oito) meses. novo, imprevisto e imprevisível, que onera demasiadamente o
contrato para uma das partes. Se isso acontecer, é preciso
- contratos com dispensa de licitação previstos no artigo restabelecer o equilíbrio contratual por meio de alteração do
24, incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI: nestes contratos, o prazo contrato.
pode ser de até 120 (cento e vinte) meses.
Fato do Príncipe: é uma atuação do Poder Público, geral e
OBS: há 2 (duas) hipóteses que não estão na Lei 8666: abstrata, que onera demasiadamente o contrato para uma das
partes, atingindo o contrato de forma indireta ou reflexa.
- contrato de concessão e permissão de serviço Exemplo: alteração de uma alíquota de tributo.
público: o prazo deste contrato está previsto na lei que
disciplina o serviço. Vai depender da lei de cada serviço Fato da Administração: é uma atuação do Poder Público
(exemplos: telefonia, transporte coletivo etc). Não segue a lei específica, que atinge diretamente o contrato. Exemplo:
8666. negativa de desapropriação

- contrato sem desembolso pela Administração: se a Caso Fortuito ou Força Maior: também pode ser motivo
Administração não paga nada pelo contrato, ela também não para alteração bilateral do contrato.
precisa se preocupar com a lei orçamentária. Este tipo de
contrato, portanto, pode ter um prazo maior. Exemplo: Rescisão unilateral do contrato: a Administração pode
contrato de utilização de bem público (um restaurante dentro rescindir unilateralmente o contrato em 2 (duas) situações: 1)
de um hospital) – a empresa privada é quem paga em favor da por razões de interesse público; 2) por descumprimento de
Administração – como a Administração não paga nada, ela não cláusula contratual pelo contratado.
precisa se preocupar com a lei orçamentária.
b) Cláusulas Exorbitantes (artigo 58, Lei 8666): são Fiscalização do contrato: artigo 67 da Lei 8666. A
aquelas que extrapolam o comum dos contratos. Não estão Administração não só pode, ela deve fiscalizar. A fiscalização é
previstas em um contrato comum. obrigação da Administração. A lei garante à Administração,
A cláusula exorbitante dá à Administração Pública alguns como poder de fiscalização, inclusive, a interferência na gestão
privilégios, prerrogativas. Confere uma condição melhor em da empresa.
favor da Administração.
Se a cláusula exorbitante estivesse prevista em um Aplicação de penalidades: artigo 87 da Lei 8666. As
contrato comum, seria uma cláusula abusiva (cláusula não penalidades serão aplicadas pelo administrador, de acordo
lida), eis que estabelecem condições diferenciadas. com a gravidade da conduta. São elas:
O artigo 58 enumera as cláusulas exorbitantes: - advertência;
- multa: o valor da multa dependerá da previsão contratual
Alteração unilateral do contrato (artigo 65, Lei 8666): sobre multa;
somente é cláusula exorbitante a alteração unilateral. A - suspensão de contratar com o Poder Público pelo prazo
alteração bilateral* do contrato não é exorbitante, pois há de até 2 (dois) anos: a impossibilidade de contratar é apenas
consenso. Quem altera unilateralmente, como cláusula com quem aplicou a sanção. A empresa poderá contratar com
exorbitante, é a Administração Pública. qualquer outro ente. Não atinge outros entes.
- declaração de inidoneidade: a empresa fica impedida de
No contrato comum, um sujeito não pode alterar o contrato contratar com todos os entes. A declaração de inidoneidade
unilateralmente. No contrato administrativo pode, em nome não diz respeito somente ao ente que aplicou a sanção. Para se
da supremacia do interesse público, desde a alteração ocorra reabilitar (voltar a ser idônea), a empresa precisa: cumprir os
em uma das 2 (duas) situações possíveis:

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2 (dois) anos da suspensão e, também, indenizar os prejuízos. o objeto do contrato. Qualquer dessas situações pode ensejar
Não basta cumprir um requisito e não cumprir o outro. responsabilidade para o inadimplente, ocasionando sanções
- ocupação provisória dos bens da contratada: enquanto contratuais e legais proporcionais à falta cometida pelo
estiver em andamento o processo administrativo que discute inadimplente, estas sanções variam desde as multas, a revisão
a rescisão do contrato, o Estado pode assumir o serviço e, para ou a rescisão do contrato.19
prestá-lo, pode ocupar provisoriamente os bens da contratada.
Exemplo: coleta de lixo – o Estado ocupa os caminhões A inexecução do contrato pode resultar de um ato ou
necessários para a coleta de lixo. omissão do contratado, agindo a parte com negligência,
Terminado o processo administrativo e rescindido o imprudência e imperícia, ou seja, uma inadimplência
contrato, os bens que eram ocupados provisoriamente podem contratual com culpa do agente contratado. Como podem ter
ser adquiridos pelo Estado por meio do instituto da reversão. ocorrido causas justificadoras, ou seja, sem que o contratante
O Estado adquire os bens para manter a continuidade do desse causa ao descumprimento das cláusulas contratuais,
serviço. agindo assim sem culpa, podendo ele se libertar de qualquer
Tanto a ocupação provisória quanto a reversão são responsabilidade assumida, pois o comportamento é alheio à
passíveis de indenização, dependendo da previsão contratual. vontade da parte.

Execução, inexecução, revisão e rescisão Portanto segue a explicação de algumas causas de


inexecução do contrato, como a teoria da imprevisão, força
Execução maior, caso fortuito e o fato do príncipe.

A Administração deve designar servidor para acompanhar A teoria da imprevisão a qual as partes possuem
e fiscalizar o contrato, em data anterior ao início de sua autorização, possibilidade para a revisão do contrato através
vigência. Pode, ainda, contratar terceiros para assessorá-lo nos do reconhecimento de eventos novos imprevistos no contrato
casos em que, tecnicamente, isso se fizer necessário. é que sejam imprevisíveis. Com este entendimento aplicamos
O fiscal do contrato deve registrar todas as ocorrências a clausula “rebus sic standibus”, mas só é possível a utilização
verificadas, inclusive o que for determinado para a correção desta clausula quando sobrevierem fatos imprevistos e
das falhas observadas. Se as medidas extrapolarem suas imprevisíveis ou se previsíveis incalculáveis nas suas
competências devem ser comunicadas aos seus superiores em consequências desequilibrando assim o contrato celebrado,
tempo hábil para a adoção dos procedimentos adequados. podendo assim haver o reajuste contratual de preço desde que
esta seja mencionada no contrato inicial não confundindo este
O regime de execução disciplina a forma de apuração do com a revisão do contrato e de seus preços.
valor a ser pago à empresa contratada pela prestação do
serviço, gerando modalidades de empreitada, diretamente Na Inexecução do contrato por força maior (evento
influenciadas pelo critério para apuração do valor da humano imprevisível e inevitável, como a greve e a grave
remuneração devida da contratante à contratada. Quando na perturbação da ordem) qualificada pelo caráter impeditivo
modalidade de empreitada por preço global, o contrato definirá absoluto para o cumprimento das obrigações contratadas; há
o valor devido ao particular tendo em vista a prestação de todo de se observar que a força maior pode advir a qualquer
o serviço; quando na modalidade de empreitada por preço momento em uma relação jurídica seja ela por greve de
unitário o valor será fixado pelas unidades executadas. trabalhadores, manifestações que empeçam a execução do
Na categoria de contrato de obras e serviços, a Lei de contrato objetivando o cumprimento. No entanto para que a
Licitações admite a empreitada por preço global, a empreitada parte prejudicada por este motivo não seja responsabilizada
por preço unitário, a tarefa e a empreitada integral, conforme pelo descumprimento do contrato deve provar a sua
determina o artigo abaixo transcrito: desvinculação do ocorrido, que impossibilitou o cumprimento
do feito.
Art. 10 - Lei 8666/1993
As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes Na inexecução por caso fortuito, em que um evento da
formas: natureza imprevisível e inevitável, como o tufão, a inundação
I – execução direta; e o terremoto, o agravante do evento que constitui o caso
II – execução indireta, nos seguintes regimes: fortuito é impossibilidade total criada pelo fato da natureza
a) empreitada por preço global; que exime o contratado de cumprir suas obrigações
b) empreitada por preço unitário; caracterizadas pela sua imprevisibilidade, aliada a
c) Vetado inevitabilidade de seus efeitos. Um fato interessante é que se o
d) tarefa; contratante já em mora quando sobrevier o evento.
e) empreitada integral.
REVISÃO DO CONTRATO
Inexecução
A revisão decorre quando da existência da alteração de
A inexecução do contrato está prevista no art. 77 da Lei de preços, de maneira extraordinária, com previsão no artigo 65,
licitações 8.666/93: inciso II, “d” da Lei 8.666/93.

Art. 77 – A inexecução total ou parcial do contrato enseja a Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
sua rescisão com as consequências contratuais e as previstas em alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos
lei ou regulamento. II - por acordo das partes:
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
A inexecução pode ser parcial ou total; na inexecução inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
parcial uma das partes, ou a administração pública, por administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
exemplo, não observa um prazo estabelecido numa certa fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
clausula no caso da inexecução total o contratado não executa econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de

19 http://www.advogado.adv.br/

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sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica que seja normalizada a situação;
extraordinária e extracontratual. XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área,
local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento,
Alguns doutrinadores, além do termo revisão usam a nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
chamada recomposição, que tem como finalidade restabelecer naturais especificadas no projeto;
a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
encargos do contratado e a retribuição da Administração para regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.
a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, no Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão
intuito da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o
quando surgirem fatos imprevisíveis ou previsíveis. contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27,
RESCISÃO sem prejuízo das sanções penais cabíveis

A rescisão pode ocorrer por mútuo consentimento, por Tipos de Rescisão:


inadimplência da Administração ou do contratado; por razões
de interesse público ou por acontecimento que de pleno 1) Rescisão Administrativa: a Administração pode
direito leve a sua extinção. – O artigo 78 da Lei 8.666/93 traz rescindir unilateralmente o contrato em 2 (duas) situações: 1)
os motivos para rescisão do contrato: por razões de interesse público; 2) por descumprimento de
cláusula contratual pelo contratado.
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 2) Rescisão Amigável / Consensual: decorre de acordo
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, entre as partes.
especificações, projetos ou prazos; 3) Rescisão Judicial: rescinde em processo judicial.
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, 4) Rescisão de Pleno Direito: decorre de situações
especificações, projetos e prazos; estranhas à vontade das partes. Exemplo: falecimento,
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a incapacidade civil etc.
Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da 5) Anulação: quando o contrato for ilegal, ele pode ser
obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; rescindido.
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou
fornecimento; EXTINÇÃO
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem São formas de extinção do contrato:
justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a - Pelo término do prazo e entrega do objeto: são as
associação do contratado com outrem, a cessão ou formas mais comuns de extinção do contrato. A extinção pelo
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou término do prazo se dá nos contratos com prazo determinado,
incorporação, não admitidas no edital e no contrato; permitindo a prorrogação antes do findar do prazo.
VII - o desatendimento das determinações regulares da Já no contrato por entrega do objeto o que extingue o
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua contrato é o recebimento definitivo do objeto.
execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, - Pela impossibilidade material ou jurídica: a primeira
anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; relaciona-se com a inviabilidade de ter acesso a matéria (Ex:
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência desaparecimento do objeto). Não há que se falar em celebração
civil; de contrato sem que exista objeto.
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do
contratado; A impossibilidade jurídica ocorre quando seria possível a
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da realização da obrigação. São hipóteses de impossibilidade
estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato; jurídica o falecimento do contratado, a falência do contratado
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo e a dissolução da sociedade.
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o - Anulação: também chamada de invalidação é uma forma
contratante e exaradas no processo administrativo a que se excepcional de extinção do contrato administrativo, devendo
refere o contrato; ser declarada quando constar a ilegalidade no contrato. A
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, anulação possui efeito ex tunc, (retroativo).
serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial
do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; A anulação pode ser realizada pela própria administração
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da pública, de ofício ou provocada, ou pelo Poder Judiciário,
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, mediante provocação. Quando a anulação decorrer da
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da Administração Pública, deverá ser instaurado um
ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que procedimento administrativo, garantindo-se o contraditório e
totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento a ampla defesa.
obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente
imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, Neste sentido o art. 59 da Lei nº 8.666/93:
assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela “Art. 59. A declaração de nulidade do contrato
suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos
seja normalizada a situação; jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos desconstituir os já produzidos.
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, do dever de indenizar o contratado pelo que este houver

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executado até a data em que ela for declarada e por outros - existência de previsão para prorrogação no edital e no
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja contrato;
imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu - objeto e escopo do contrato inalterados pela
causa.” prorrogação;
- interesse da Administração e do contratado declarados
PRORROGAÇÃO expressamente;
De acordo com o art. 57 da Lei n. 8.666/93, a duração dos - vantajosidade da prorrogação devidamente justificada
contratos administrativos deve ficar vinculada à vigência dos nos autos do processo administrativo;
créditos orçamentários respectivos, ou seja, restrita ao - manutenção das condições de habilitação pelo
exercício financeiro, que coincide com o ano civil. contratado;
- preço contratado compatível com o mercado fornecedor
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará do objeto contratado.
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos: DURAÇÃO
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas Todo contrato administrativo tem um prazo determinado,
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser extinguindo-se normalmente ao final desse prazo. Em regra,
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que todos os contratos têm prazo de 12 meses, porém há exceções,
isso tenha sido previsto no ato convocatório; com maior elasticidade temporal:
II - à prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais a) contratos relativos a projetos incluídos no plano
e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e plurianual – o prazo será aquele previsto na lei que aprovou o
condições mais vantajosas para a administração, limitada a plano, atendendo o limite de quatro anos;
sessenta meses; b) serviços de execução contínua – limite de 60 meses,
III - (Vetado). podendo ser estendido por mais 12 meses;
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas c) aluguel e utilização de materiais de informática – limite
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até de 48 meses.
48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do RENOVAÇÃO
art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte É a celebração de um novo contrato entre as partes, que
meses, caso haja interesse da administração. contenham o mesmo objeto, com a possibilidade de existir ou
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do não a alteração total ou parcial das cláusulas contratuais. Para
art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento que ocorra a renovação é necessária a realização de nova
e vinte) meses, caso haja interesse da administração. licitação, exceto nos casos de inexigibilidade e dispensa de
§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão licitação.
e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais
cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu Espécies de Contrato Administrativo
equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos
seguintes motivos, devidamente autuados em processo: Contrato de Obra Pública (Contrato de Colaboração):
I - alteração do projeto ou especificações, pela como o próprio nome já diz, relaciona-se com a obra pública,
Administração; em seu aspecto de reforma ou ampliação, podendo ser
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, executado por empreitada. Para que este serviço seja prestado
estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as é necessária a licitação.
condições de execução do contrato; O regime de execução pode ocorrer por empreitada
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do (fixação por preço certo) ou tarefa (a contraprestação é devida
ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração; de acordo com a realização da obra).
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no Contrato de Serviço (Contrato de Colaboração): é a
contrato, nos limites permitidos por esta Lei; prestação conferida pelo contratado à Administração Pública,
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de podendo os serviços serem de caráter comum ou técnicos
terceiro reconhecido pela Administração em documento profissionais.
contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Contrato de Fornecimento (Contrato de Colaboração):
Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de são os contratos de compra e venda que permitem a aquisição
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na de bens móveis. As aquisições devem ser licitadas, exceto se o
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis valor permitir a sua dispensa.
aos responsáveis.
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por A aquisição — ou contrato de fornecimento — pode ser de
escrito e previamente autorizada pela autoridade competente três modalidades: integral, parcelada ou fornecimento
para celebrar o contrato. contínuo
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência
indeterminado. Contrato de Concessão: a concessão pode ser de obra
§ 4ºEm caráter excepcional, devidamente justificado e pública, de serviço público e de uso de bem público.
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que
trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por a. Concessão de Obra Pública: É o contrato pelo qual a
até doze meses. Administração transfere, mediante remuneração indireta e
por prazo certo, ao particular a execução de uma obra pública,
Além desses requisitos elencados no artigo acima, vale a fim de que seja executada por conta e risco do contratado
mencionar:20

20 http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,prorrogacao-de-contratos-
administrativos-e-instrumentos-congeneres,47231.html

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b. Concessão de Serviço Público: a Administração transfere Questões


ao particular a prestação de serviço a ela cometido, a fim de
que o preste em seu nome, por sua conta e risco, mediante 01. (ANVISA - Técnico Administrativo – CESPE/2016) O
remuneração paga pelo usuário teto de um imóvel pertencente à União desabou em
decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público
Contrato de Gerenciamento: o Poder Público transfere a a decretar estado de calamidade na região. Maria, servidora
condução de um empreendimento, mas mantém a capacidade pública responsável por conduzir o processo licitatório para a
de decidir. O particular será o controlador, condutor, contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da
gerenciador da obra, atuando como uma espécie de mediador. situação de calamidade pública, decidiu contratar mediante
dispensa de licitação. Findo o processo de licitação, foi
Contrato de Gestão: o Poder Público será o contratante escolhida a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao
em conjunto com o contratado, que pode ser a entidade preço de mercado, mas, reservadamente, prometeu, caso fosse
privada ou a Administração Pública Indireta. contratada pela União, realizar, com generoso desconto, uma
Tratando-se de contrato de gestão firmado com entidade grande reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final,
privada, o Poder Público fixará metas a serem atingidas pela em razão da urgência, foi firmado contrato verbal entre a
contratada, ante a concessão de benefícios. União e a Empresa Y e executados tanto os reparos
contratados quanto a reforma prometida.
Convênios Administrativos: Com referência a essa situação hipotética, julgue o item
Nada mais são do que acordos firmados por entidades que se segue.
públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações O contrato verbal firmado entre a União e a Empresa Y é
particulares, para a realização de objetivos de interesse nulo.
comum dos particulares. ( ) Certo
( ) Errado
Atenção! Convênio é acordo, mas não é contrato.
02. (IF Farroupilha – RS - Docente -
Nesse sentido, a lei 8.666/93, em seu art. 116 dispõe que: Administração/Gestão de Pessoas – FCM/2016) NÃO é uma
"Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos sanção prevista ao contratado pela inexecução total ou parcial
convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres do contrato com a Administração a
celebrados por órgãos e entidades da Administração”. (A) advertência.
(B) cassação do registro no cadastro nacional de pessoas
Para a formação do convênio exige-se pelos órgãos ou jurídicas.
entidades da Administração prévia aprovação de competente (C) multa na forma prevista no instrumento convocatório
plano de trabalho proposto pela organização interessada, o ou no contrato.
qual deverá conter, ao menos, algumas informações definidas (D) suspensão temporária de participação em licitação e
na lei. impedimento de contratar com a Administração, por prazo
não superior a 2 (dois) anos.
É importante ressaltar que após a assinatura do convênio, (E) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
a entidade pública ou órgão repassador dará ciência do mesmo com a Administração Pública enquanto perdurarem os
à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. motivos determinantes da punição.
Enfim, o Poder Legislativo deve ter ciência de todos os termos
do acordo firmado. 03. (Prefeitura de Paraty – RJ - Procurador – RHS-
CONSULT/2016) Dentre as várias prerrogativas consignadas
Definidos os valores a serem repassados, que ocorrerá por pelas cláusulas exorbitantes, tem-se aquelas que se
meio da lei orçamentária, as parcelas do convênio serão exteriorizam nos expostos a seguir, EXCETO:
liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação (A) Equilíbrio econômico e financeiro.
aprovado, salvo se for verificada alguma irregularidade, (B) Revisão de preços e tarifas.
situação na qual as parcelas ficarão retidas até o saneamento (C) Inoponibilidade da exceção de contrato não cumprido.
das impropriedades ocorrentes. (D) Controle do contrato.
(E) Impossibilidade de alteração e rescisão unilateral do
Equilíbrio econômico-financeiro contrato.

Entende-se a manutenção do equilíbrio econômico- 04. (FUNPRESP-JUD - Conhecimentos Básicos - Cargo: 4


financeiro por uma relação de igualdade a ser perseguida com – CESPE/2016) Julgue o item seguinte, acerca de contratos
base na equação formada pelas obrigações assumidas pelo administrativos.
contratante no momento do ajuste e a compensação A rescisão unilateral de contrato administrativo pela
econômica para realizar essas obrigações. Visa assegurar uma administração em razão de interesse público não afasta o
remuneração justa ao contratante. direito do contratado de ser ressarcido dos eventuais
O reajuste pode ocorrer nos seguintes casos: prejuízos oriundos da extinção do vínculo.
a) reajustamento contratual de preços; ( ) Certo
b) cláusulas rebus sic stantibus e pacta sunt servanda; ( ) Errado
c) fato do príncipe e fato da administração;
d) caso fortuito e força maior. 05. (FUNPRESP-JUD - Conhecimentos Básicos - Cargo: 4
– CESPE/2016) Julgue o item seguinte, acerca de contratos
Qualquer circunstância especial capaz de alterar a margem administrativos.
de lucro do contratado autoriza uma modificação na A manutenção do reequilíbrio econômico-financeiro é
remuneração a ele devida. Esse dever de manutenção de assegurada ao contratado permissionário de serviço de
equilíbrio na relação custo-remuneração também constitui transporte público, ainda que o contrato tenha sido celebrado
cláusula exorbitante típica do contrato administrativo. sem licitação prévia.
( ) Certo
( ) Errado

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06. (CEMIG-TELECOM - Analista de Vendas JR – (D) Um contrato pode exceder o exercício orçamentário
FUMARC/2016) A rescisão unilateral do contrato anual desde que a sua natureza seja contínua, sendo limitada a
administrativo pela Administração Pública gera o direito do uma prorrogação de até 24 meses.
contratado à indenização na seguinte hipótese:
(A) Quando ocorrer razões de interesse público, de alta Respostas
relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas
pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está 01. Certo. / 02. B. / 03. E. / 04. Certo. / 05. Errado.
subordinado o contratante e exaradas no processo 06. A. / 07. D. / 08. D. / 09. D. / 10. C
administrativo a que se refere o contrato.
(B) Quando fundada no atraso injustificado no início da
obra, serviço ou fornecimento. 8. Legislações do município
(C) Quando fundada na dissolução da sociedade ou no
falecimento do contratado.
de Maringá: Regimento
(D) Quando a causa da rescisão for reputada a ato do Interno da Câmara
contratado, mas não for caracterizada culpa. Municipal de Maringá/PR;
07. (Prefeitura de Porto Alegre – RS - Procurador
Municipal - Bloco I – FUNDATEC/2016) As cláusulas
REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE
exorbitantes nos contratos administrativos extrapolam as
MARINGÁ
regras e características dos contratos em geral, determinando
vantagem excessiva à Administração Pública. Entende-se a
TÍTULO I
legitimidade do regime jurídico diferenciado desses contratos,
DA CÂMARA MUNICIPAL
e, sendo assim, sobre o tema, assinale a alternativa
CAPÍTULO I
INCORRETA.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
(A) O Estado pode modificá-los unilateralmente para
melhor adequação às finalidades de interesse público,
Art. 1.º A Câmara Municipal de Maringá é o Poder
respeitados os direitos do contratado.
Legislativo do Município e compõe-se de Vereadores eleitos
(B) O Estado pode aplicar sanções motivadas pela
nos termos da legislação vigente.
inexecução total ou parcial do ajuste.
(C) As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
Art. 2.º A Câmara Municipal desempenha suas atribuições
contratos administrativos não poderão ser alteradas sem a
mediante o exercício das seguintes funções, fundamentais e
prévia concordância do contratado.
complementares, que lhe são inerentes:
(D) Em qualquer contexto, será nulo o contrato
I – função organizante, que compreende a elaboração,
administrativo celebrado verbalmente com a Administração
aprovação e promulgação da Lei Orgânica do Município e de
Pública.
suas emendas;
(E) As alterações unilaterais impostas pelo Poder Público
II – função institucional, segundo a qual:
nos contratos administrativos, dentro das margens legais,
a) elege sua Mesa;
geram direito ao equilíbrio econômico-financeiro para o
b) procede à posse dos Vereadores, do Prefeito Municipal
contratado.
e de seu Vice-Prefeito, tomando-lhes compromisso e
recebendo, publicamente, suas declarações de bens;
08. (Prefeitura de Limoeiro do Norte – CE - Agente
c) zela pela observância de preceitos legais e
Administrativo – IDIB/2016) O artigo 58 da Lei 8.666//93
constitucionais, representando ao Poder Judiciário contra ato
prevê nos incisos I a V a existência de cláusulas exorbitantes
do Prefeito que os transgrida;
nos contratos administrativos. Assinale a alternativa que NÃO
III – função legislativa, que consiste em deliberar sobre
contém essa prerrogativa de acordo coma lei:
matérias da competência do Município, respeitadas as
(A) Modificação bilateral do contrato.
reservas constitucionais da União e do Estado;
(B) Fiscalização da execução.
IV – função fiscalizadora, exercida, mediante controle
(C) Aplicação de penalidade por inexecução.
externo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, nos
(D) Ocupação provisória de bens imóveis.
aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e
patrimoniais;
09. (Prefeitura de Limoeiro do Norte – CE - Agente
V – função julgadora, que ocorre nos casos em que julga
Administrativo – IDIB/2016) Os contratos administrativos
as Contas Municipais e demais responsáveis por bens e
devem ter as seguintes características, EXCETO:
valores, processa e julga o Prefeito, seu substituto legal e os
(A) Bilateralidade
Vereadores, respectivamente, por infrações político-
(B) Comutatividade
administrativas e faltas ético-parlamentares;
(C) Onerosidade
VI – função administrativa, exercitada através da
(D) Impessoalíssimo
competência de proceder à organização de sua estrutura, de
seu quadro de pessoal e de seus serviços;
10. (Prefeitura de Limoeiro do Norte – CE - Agente
VII – função auxiliadora ou de assessoramento, que
Administrativo – IDIB/2016) Sobre os prazos de duração
consiste em sugerir medidas de interesse público local, da
dos contratos administrativos, podemos afirmar que:
alçada do Município, ao Executivo.
(A) Todo contrato tem um prazo de execução limitado ao
exercício orçamentário anual.
Art. 3.º A Câmara tem sua sede na Avenida Papa João XXIII,
(B) Um contrato pode exceder o exercício orçamentário
239.
anual, desde que os serviços nele previstos sejam executados
Parágrafo único. Na sede da Câmara não se realizarão, em
com prazo determinado.
hipótese alguma, atos estranhos à sua função, sem prévia
(C) Um contrato que envolva bens ou serviços de alta
autorização da Mesa e mediante termo de responsabilidade
complexidade tecnológica e defesa nacional podem ter prazos
por eventuais danos.
de execução além do exercício orçamentário anual.

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CAPÍTULO II importando falta ético-parlamentar a inobservância deste


DA LEGISLATURA preceito.
§ 6.º Ocorrendo a hipótese prevista no § 3.º, o Vereador
Art. 4.º A legislatura terá a duração de 4 (quatro) anos, será empossado em sessão e junto à Mesa, exceto durante os
compreendendo cada ano uma sessão legislativa, subdividida períodos de recesso, quando o fará perante o Presidente.
em 2 (dois) períodos.
TÍTULO II
CAPÍTULO III DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA
DA SESSÃO LEGISLATIVA CAPÍTULO I
DA MESA
Art. 5.º A Câmara se reunirá em sessão legislativa: Seção I
I – ordinária, de 1.º de fevereiro a 15 de julho e de 1.º de Da Eleição
agosto a 15 de dezembro, independentemente de convocação;
II – extraordinária, quando com este caráter for Art. 9.º Na Sessão Solene de Instalação, imediatamente
convocada. após a posse, havendo maioria absoluta dos membros da
§ 1.º A sessão legislativa não será interrompida sem a Câmara, os Vereadores elegerão, por maioria simples, em
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. votação nominal, os componentes da Mesa Executiva.
§ 2.º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara § 1.º Antes do início da eleição, o Presidente constituirá
deliberará, exclusivamente, sobre a matéria objeto da uma comissão especial para fiscalizar o andamento da eleição.
convocação. § 2.º O exercício do voto será por ordem alfabética,
mediante chamada nominal efetuada pelo secretário
Art. 6.º No período ordinário, as sessões extraordinárias designado, obedecida a seguinte ordem de escolha: Presidente,
serão convocadas pelo Presidente da Câmara, de ofício, a 1.º Secretário, 1.º Vice-Presidente, 2.º Vice-Presidente, 2.º
requerimento da maioria absoluta dos Vereadores ou por Secretário e 3.º Secretário.
solicitação do Prefeito, em sessão ou fora dela, ocorrendo, § 3.º Concluída cada votação, os resultados serão apurados
neste último caso, prévia comunicação pessoal e escrita aos pelo Secretário, considerando-se o eleito, proclamado pelo
Vereadores, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) Presidente, automaticamente empossado.
horas. § 4.º Os candidatos a um mesmo cargo que obtiverem igual
número de votos concorrerão em uma segunda votação e, se
Art. 7.º Nos períodos de recesso, a Câmara poderá ser persistir o empate, disputarão o cargo por sorteio.
convocada extraordinariamente, em caso de urgência ou § 5.º Enquanto não for eleito o Presidente não se
interesse público relevante: procederá à escolha para os demais cargos.
I – pelo Prefeito; § 6.º Inexistindo número legal ou não se efetivando a
II – pelo Presidente da Câmara; eleição, o Vereador que tiver assumido a direção dos trabalhos
III – a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa Executiva.
da Câmara. § 7.º Na ocorrência do previsto no § 6.º, a Mesa instituída
§ 1.º Nos casos dos incisos I e III, a convocação será na forma do artigo anterior permanecerá desempenhando
formalizada, por escrito, ao Presidente da Câmara, com suas atribuições na plenitude das funções.
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. § 8.º Na eleição da Mesa não serão votados o Vereador
§ 2.º Em qualquer das situações previstas nos incisos deste impedido por motivo regimental e o suplente de Vereador em
artigo, a comunicação pessoal e escrita do Vereador ocorrerá exercício, que terá o direito de votar.
com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas. § 9.º Na constituição da Mesa será assegurada, tanto
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
CAPÍTULO IV blocos parlamentares que participam da Câmara.
DA INSTALAÇÃO DA LEGISLATURA § 10. O mandato da Mesa será de 2 (dois) anos.

Art. 8.º A Sessão Solene de Instalação da Legislatura será Art. 10. A eleição para a renovação da Mesa será realizada
realizada no dia 1.º de janeiro da primeira sessão legislativa, no período de 1.º a 15 de dezembro da segunda sessão
com início às 17 (dezessete) horas, independentemente de legislativa, em data e horário designados pelo Presidente da
número regimental. Câmara, e os eleitos tomarão posse, em ato solene, no dia 1.º
§ 1.º Assumirá a direção dos trabalhos o Vereador mais de janeiro do ano subsequente.
idoso dentre os presentes, o qual, após declarar instalada a
legislatura, prestará o seguinte compromisso: “Prometo Art. 11. O fato de o Presidente da Câmara estar exercendo
cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei a Chefia do Executivo não impede a renovação da Mesa,
Orgânica Municipal, observar as leis, desempenhar com cabendo ao eleito prosseguir na substituição.
lealdade, moralidade e transparência o mandato que me foi
confiado e trabalhar pelo progresso do Município e bem-estar de Seção II
seu povo”. Da Composição e Competência
§ 2.º Prestado o compromisso pelo Presidente, o
Secretário que for designado para este fim fará a chamada Art. 12. A Mesa da Câmara compõe-se de Presidência e de
nominal de cada Vereador, que declarará: “Assim o prometo”. Secretaria, constituindo-se, a primeira, do Presidente e do 1.º
§ 3.º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista e 2.º Vice-Presidentes, e, a segunda, do 1.º, 2.º e 3.º Secretários,
por este artigo deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, os quais se substituirão nesta ordem.
ressalvados os casos de motivo justo aceitos pela Câmara.
§ 4.º No ato da posse, o Vereador deverá estar Art. 13. À Mesa compete, dentre outras atribuições
desvinculado de seus impedimentos de ordem legal para o previstas em lei, neste Regimento Interno ou por resolução da
exercício do mandato. Câmara, ou delas implicitamente resultantes:
§ 5.º Para efeito da posse, a cada ano e ao término do I – enviar ao Executivo, até o dia 1.º de março de cada ano,
mandato, fará a declaração de seus bens, que será transcrita as contas do exercício anterior;
em livro próprio e constará resumidamente da ata,

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II – elaborar e encaminhar ao Executivo, até 31 de agosto g) organizar e anunciar a pauta da Ordem do Dia e
de cada ano, a proposta dos recursos a serem destinados à submeter à deliberação plenária a matéria dela constante;
Câmara, para ser incluída na proposta geral do Orçamento do h) orientar as votações plenárias, inclusive no tocante ao
Município; quórum exigido;
III – propor ao Plenário projetos de lei que criem, i) anunciar o assunto objeto de discussão, proclamando os
transformem ou extingam argos ou funções dos serviços da resultados das votações;
Câmara, e fixem os respectivos vencimentos; j) conceder ou negar o uso da palavra e cassá-la, nos
IV – elaborar e expedir, mediante ato próprio, a termos regimentais; sem a respectiva autorização;
discriminação analítica das dotações orçamentárias da l) advertir o membro da Mesa que, durante a sessão,
Câmara, bem como alterá-las, quando necessário; abandonar suas funções sem prévia comunicação à
V – apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura Presidência;
de créditos adicionais para as dotações orçamentárias da m) designar comissão especial para recepcionar e
Câmara; introduzir no recinto do Plenário os convidados especiais,
VI – suplementar, mediante projeto de resolução, as visitantes ilustres e homenageados, assegurando-lhes assento
dotações orçamentárias da Câmara, observado o limite de de destaque à Mesa, bem como o suplente de Vereador
autorização constante da lei orçamentária; convocado a prestar compromisso de posse;
VII – solicitar, diretamente, mediante requerimento da n) anunciar, nos momentos próprios, o início e término de
comissão competente, informações ou documentos ao Prefeito cada período da sessão;
sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou o) executar as deliberações do Plenário;
sujeita à fiscalização da Câmara; II – quanto às proposições:
VIII – a iniciativa das matérias previstas nos incisos I, V e a) receber proposições apresentadas;
VI do § 1.º e nos incisos V e VI do § 2.º do artigo 35 da Lei b) deferi-las ou não, na forma regimental;
Orgânica do Município; c) distribuir proposições, processos e documentos às
IX – fixar diretrizes para a divulgação das atividades da comissões;
Câmara; d) despachar requerimentos verbais ou escritos, de sua
X – requisitar servidores da Administração Pública, em alçada, indicações, processos e demais papéis submetidos a
geral, para quaisquer dos serviços da Câmara, observada a sua apreciação;
legislação pertinente; e) declarar prejudicada ou rejeitada a proposição que
XI – conferir a seus membros atribuições ou encargos assim deva ser considerada nos termos regimentais;
referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços f) retirar da pauta da Ordem do Dia proposição em
administrativos da Câmara; desacordo com as exigências regimentais;
XII – tomar as medidas necessárias à regularidade dos g) solicitar informações e colaborações técnicas para
trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da estudo de matéria sujeita à apreciação da Câmara;
Câmara, ressalvadas as exceções regimentais. h) autorizar a entrega de cópias de proposições;
i) observar e fazer observar o cumprimento dos prazos
Art. 14. A Mesa se reunirá, em comissão, tantas vezes regimentais;
quantas forem necessárias, por convocação do Presidente ou a j) cumprir e fazer cumprir os requerimentos aprovados
requerimento da maioria de seus membros, para deliberar, pelo Plenário;
por maioria de votos, sobre assuntos de relevante interesse da III – quanto às Comissões, na forma regimental:
Câmara e, em especial, para atender determinações contidas a) constituir comissões especiais para atividades em
neste Regimento Interno. plenário;
Parágrafo único. Perderá o lugar na Mesa, b) constituir comissões de representação da Câmara;
automaticamente, o membro que deixar de comparecer a 3 c) nomear as comissões permanentes e temporárias, bem
(três) reuniões consecutivas ou a 5 (cinco) alternadas, sem como indicar e designar seus respectivos substitutos;
causa justificada, aceita pela unanimidade dos demais. d) homologar a composição das comissões permanentes,
quando houver consenso na escolha;
Subseção I e) declarar a perda de lugar;
Da Presidência f) assegurar os meios e condições necessários ao seu pleno
funcionamento;
Art. 15. O Presidente é o representante da Câmara, judicial g) julgar recurso contra decisão do presidente de comissão
ou extrajudicialmente, competindo-lhe dirigir seus trabalhos permanente;
legislativos e serviços administrativos e fiscalizar sua ordem e h) determinar outras medidas compreendidas no âmbito
disciplina. de sua competência;
IV – quanto à Mesa:
Art. 16. Compete ao Presidente, além de outras atribuições a) convocar e presidir suas reuniões;
legais, regimentais ou que decorram da natureza de suas b) participar das discussões e deliberações, com direito a
funções ou prerrogativas: voto, e assinar os respectivos atos e decisões;
I – quanto às sessões: c) distribuir as matérias que dependam do parecer desta;
a) convocá-las, antecipá-las, transferi-las, abri-las, presidi- d) encaminhar as decisões desta, cuja execução não for
las, suspendê-las, encerrá-las; atribuída a outro de seus membros;
b) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer V – quanto às publicações e à divulgação:
cumprir o Regimento Interno; a) superintender a publicação de trabalhos da Câmara;
c) submeter a ata à apreciação plenária e assiná-la em b) publicar os atos da Mesa, as resoluções, os decretos
conjunto com o 1.º Secretário, depois de aprovada; legislativos e as leis por ele promulgadas, assim como os
d) fazer ler o expediente recebido e demais comunicações demais atos de efeito externo, na forma que dispõe a lei;
de interesse da Câmara; c) não permitir a publicidade de pronunciamentos ou
e) determinar, em qualquer fase dos trabalhos, a expressões atentatórios do decoro parlamentar;
verificação de quórum regimental; d) promover, periodicamente, a divulgação dos trabalhos
f) designar secretário ad hoc, quando os titulares não legislativos em geral, inclusive da pauta da Ordem do Dia,
estiverem presentes à sessão; produzindo ou veiculando informações ou peças informativas;

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e) divulgar, em nome da Câmara, mensagens alusivas a Art. 20. Nenhum membro da Mesa ou outro Vereador
grandes datas, feitos históricos e acontecimentos especiais; poderá presidir a sessão durante a discussão e votação de
VI – quanto às atividades e relações externas da matéria de sua autoria.
Câmara: Parágrafo único. A proibição contida no caput não se
a) representar judicialmente a Câmara; estende às proposições de autoria da Mesa ou de Comissões da
b) manter, em nome da Câmara, todos os contatos de Câmara.
direito;
c) representá-la socialmente ou delegar poderes a Art. 21. Quando o Presidente estiver com a palavra, no
Vereador ou Comissão de Representação; exercício de suas funções, durante as sessões plenárias, não
d) realizar audiências públicas; poderá ser interrompido nem aparteado.
e) zelar pelo prestígio e decoro da Câmara e pelos direitos,
garantias e respeito devido aos seus membros; Art. 22. O Presidente, ou o Vereador que o substituir, só
VII – quanto a sua competência geral: terá direito a voto:
a) exercer a Chefia do Executivo Municipal, nos casos I – na eleição da Mesa Executiva;
previstos em lei; II – quando a matéria exigir, no mínimo, maioria absoluta
b) dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e para sua aprovação;
suplentes, e declarar a perda dos respectivos mandatos, nos III – quando houver empate em qualquer votação.
casos definidos em lei;
c) representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato Art. 23. Da decisão ou omissão do Presidente cabe recurso
municipal; ao Plenário.
d) assinar em conjunto com o 1.º Secretário os documentos § 1.º O recurso, formulado por escrito, deverá ser
oficiais da Câmara, os projetos, pareceres e atas das reuniões proposto, obrigatoriamente, dentro do prazo improrrogável
da Mesa; de 2 (dois) dias úteis da decisão do Presidente.
e) rubricar os livros destinados aos serviços da Câmara, § 2.º Apresentado o recurso, no prazo de 48 (quarenta e
assinando seus termos de abertura e de encerramento; oito) horas o Presidente poderá rever a decisão recorrida, ou,
f) manter a correspondência oficial da Câmara; caso contrário, despachá-lo à Comissão de Constituição e
g) promulgar as resoluções, os decretos legislativos e, Justiça, que terá o prazo improrrogável de 2 (dois) dias úteis
ainda, as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido para emitir o competente parecer.
rejeitado; § 3.º Emitido parecer contrário ao recurso, este será
h) nomear, admitir, promover, comissionar, conceder considerado automaticamente prejudicado.
gratificação, licenças, pôr em disponibilidade, exonerar, § 4.º Exarado parecer favorável, o recurso e o parecer da
demitir, aposentar e punir servidores da Câmara; Comissão serão incluídos na pauta da Ordem do Dia da
i) determinar a abertura de sindicâncias ou inquéritos primeira sessão ordinária, para deliberação plenária.
administrativos, bem como dar andamento regular aos § 5.º Aprovado o recurso, o Presidente cumprirá fielmente
recursos interpostos contra decisão do Presidente; a decisão plenária, sob pena de sujeitar-se ao processo de
j) delegar a prática de atos administrativos, restritos à destituição.
Câmara, que não sejam de sua competência privativa; § 6.º Rejeitado o recurso, a decisão do Presidente será
k) convocar e presidir reuniões de líderes de bancadas ou integralmente mantida.
blocos parlamentares e representantes partidários, e de § 7.º Até a deliberação do recurso prevalece a decisão do
presidentes de comissões permanentes, para avaliação dos Presidente.
trabalhos da Câmara, exame de matérias em trâmite e adoção
de providências para o bom andamento das atividades Art. 24. Compete ao 1.º Vice-Presidente:
legislativas ou administrativas; I – promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as
l) autorizar as despesas da Câmara, bem como requisitar o resoluções e os decretos legislativos, sempre que o Presidente,
numerário destinado a este fim; ainda que em exercício, deixe de fazê-lo no prazo estabelecido;
m) apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, II – promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis,
o balancete relativo aos recursos recebidos e às despesas do quando o Prefeito e o Presidente da Câmara, sucessivamente,
mês anterior; deixarem de fazê-lo, sob pena de perda do cargo da Mesa;
n) autorizar a realização de conferências, palestras ou III – cumprir outras atribuições ou encargos conferidos
seminários de interesse da Câmara, fixando-lhes data, horário pela Mesa, referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços
e local, ressalvada a competência das comissões permanentes; administrativos da Câmara;
o) autorizar cursos de treinamento, reciclagem e IV – cumprir outras disposições regimentais ou
aperfeiçoamento para os servidores da Câmara. decorrentes de resolução da Câmara.

Art. 17. Para se ausentar do Município por mais de 15 Art. 25. Compete ao 2.º Vice-Presidente:
(quinze) dias, o Presidente deverá, necessariamente, licenciar- I – substituir o 1.º Vice-Presidente;
se do cargo, o que se efetivará, automaticamente, mediante II – exercer a função de corregedor, para os atos do Poder
simples comunicação escrita ao seu substituto legal. Legislativo, fiscalizando, sobretudo, o cumprimento do
controle interno previsto no artigo 113 da Lei Orgânica do
Art. 18. O Presidente será substituído, em suas faltas, Município;
ausências, licenças ou impedimentos, bem como no caso de III – cumprir outras atribuições ou encargos conferidos
vacância do cargo, sucessivamente e na série ordinal, pelos pela Mesa, referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços
Vice-Presidentes e Secretários, e, finalmente, pelo Vereador administrativos da Câmara;
mais idoso. IV – cumprir outras disposições regimentais ou
Parágrafo único. Nos casos de vaga, licença ou decorrentes de resolução da Câmara.
impedimento, os substitutos ficarão investidos na plenitude
das funções. Subseção II
Da Secretaria
Art. 19. Para discutir qualquer matéria, o Presidente dos
trabalhos deverá afastar-se da Presidência. Art. 26. Compete ao 1.º Secretário:

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I – superintender, sob a orientação do Presidente, os III – pela morte, renúncia ou destituição do cargo;
serviços administrativos da Câmara; IV – pela perda do mandato;
II – verificar e declarar a presença dos Vereadores, no V – por força de outras disposições legais e regimentais
início e no término da sessão, e fazer sua chamada nominal aplicáveis à espécie.
sempre que houver determinação do Presidente, assinando as
respectivas folhas; Art. 31. A renúncia ao cargo da Mesa far-se-á por escrito e
III – anotar as faltas de Vereadores, com as causas se efetivará a partir do protocolo do documento na Secretaria
justificadas ou não, encerrando a folha do livro de presenças da Câmara, independentemente da deliberação do Plenário.
no final da sessão; Parágrafo único. A renúncia será comunicada por escrito
IV – ler a ata de sessão anterior, as súmulas das matérias aos demais Vereadores.
contidas no expediente recebido e das proposições da Ordem
do Dia e seus pareceres, bem como outros documentos Art. 32. Os membros da Mesa, isoladamente ou em
recomendados pelo Presidente; conjunto, são passíveis de destituição, desde que
V – fazer o assentamento das discussões e votações; comprovadamente desidiosos, ineficientes ou quando tenham
VI – repetir, nas votações nominais sem o uso do painel se prevalecido do cargo para fins indevidos, mediante
eletrônico, logo após o voto de cada Vereador, as expressões processo regulado nos artigos seguintes.
“sim”, “não” e “abstenção”; Parágrafo único. A destituição judicial de Vereador, de
VII – determinar o recebimento e o zelo pela guarda de cargo que ocupe na Mesa, independe de formalidade
proposições e demais documentos entregues à Mesa, para regimental, assim como a destituição pelo não
conhecimento e deliberação da Câmara; comparecimento às reuniões da Mesa, nos termos do
VIII – receber e determinar a elaboração de toda a parágrafo único do artigo 14 deste Regimento.
correspondência oficial da Câmara, sujeitando-a ao
conhecimento, apreciação e assinatura do Presidente; Art. 33. O início do processo dar-se-á por representação
IX – supervisionar a redação das atas das sessões e assiná- subscrita por 1/3 (um terço) dos Vereadores, com
las, na forma regimental, depois do Presidente; circunstanciada fundamentação e indicação das provas das
X – secretariar as reuniões da Mesa, redigindo, em livro irregularidades imputadas.
próprio, as respectivas atas; § 1.º Recebida a representação, serão sorteados 3 (três)
XI – fiscalizar a elaboração dos anais da Câmara; Vereadores, entre os desimpedidos, para constituírem a
XII – registrar, em livro próprio, os precedentes firmados Comissão Processante, os quais elegerão, desde logo, o
na interpretação do Regimento Interno; Presidente e o Relator.
XIII – cumprir outras atribuições ou encargos conferidos § 2.º Instalada, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a
pela Mesa, referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços Comissão, de posse do processo, notificará o acusado dentro
administrativos da Câmara; de 3 (três) dias, abrindo-se-lhe o prazo de 10 (dez) dias para
XIV – cumprir outras disposições regimentais ou apresentação, por escrito, de defesa prévia.
decorrentes de resolução da Câmara. § 3.º Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a
Comissão, de posse ou não da defesa prévia, procederá às
Art. 27. Compete ao 2.º Secretário: diligências que entender necessárias, emitindo, no prazo de 10
I – substituir o 1.º Secretário; (dez) dias, seu parecer, concluindo pela procedência ou
II – organizar e controlar a inscrição de oradores nos improcedência das acusações.
períodos do Pequeno Expediente, da Ordem do Dia e do § 4.º Concluindo o parecer pela procedência das acusações,
Grande Expediente; o processo, independentemente da manifestação plenária,
III – auxiliar o 1.º Secretário, quando assim determinar o será remetido à Comissão de Constituição e Justiça para o fim
Presidente; previsto no § 2.º do artigo 34.
IV – cumprir outras atribuições ou encargos conferidos § 5.º O acusado será cientificado dos atos e diligências da
pela Mesa, referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços Comissão Processante, podendo acompanhá-los.
administrativos da Câmara;
V – cumprir outras disposições regimentais ou decorrentes Art. 34. O parecer da Comissão Processante que concluir
de resolução da Câmara. pela improcedência das acusações será votado por maioria
simples, procedendo-se:
Art. 28. Compete ao 3.º Secretário: I – ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer;
I – substituir o 2.º Secretário; II – à remessa do processo à Comissão de Constituição e
II – auxiliar os demais Secretários, quando assim Justiça, se rejeitado.
determinar o Presidente; § 1.º O parecer da Comissão será apreciado, em turno
III – cumprir outras atribuições ou encargos conferidos único de discussão e votação, a partir da primeira sessão
pela Mesa, referentes aos trabalhos legislativos e aos serviços ordinária ou em sessões extraordinárias convocadas para esse
administrativos da Câmara; fim, até a definitiva deliberação do Plenário sobre o mesmo.
IV – cumprir outras disposições regimentais ou § 2.º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II do caput ou
decorrentes de resolução da Câmara. no caso do § 4.º do artigo 33, a Comissão de Constituição e
Justiça elaborará, dentro de 3 (três) dias, o projeto de
Art. 29. Os Secretários só poderão usar da palavra, ao resolução relativo à destituição do acusado.
integrarem a Mesa durante a sessão, nos casos § 3.º O projeto será apreciado na mesma forma prevista no
regimentalmente expressos. § 1.º deste artigo, exigindo-se, para sua aprovação, o voto
favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.
Seção III
Da Vaga, Renúncia e Destituição Art. 35. Aprovado o projeto, a resolução será expedida em
24 (vinte e quatro) horas e em igual prazo remetida à
Art. 30. Os componentes da Mesa deixarão de ocupar seus publicação, aperfeiçoada a destituição no ato da promulgação.
cargos e de exercerem as respectivas funções: § 1.º A publicação far-se-á pela Mesa, se a destituição não
I – pela posse da Mesa eleita para o biênio seguinte; houver atingido a maioria de seus membros.
II – pelo término do mandato;

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§ 2.º Em caso contrário à situação prevista no parágrafo IV – receber petições, reclamações e representações contra
anterior ou quando a Mesa não o fizer dentro do prazo atos ou omissões das autoridades e entidades públicas
estabelecido, a publicação far-se-á pela Comissão de municipais;
Constituição e Justiça. V – solicitar o depoimento de qualquer autoridade ou
cidadão;
Art. 36. O membro da Mesa acusado não presidirá nem VI – exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização
secretariará os trabalhos, para os atos do processo, e não da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Município;
participará das respectivas votações, enquanto o Vereador VII – enviar, através da Mesa, os pedidos de informações
denunciante ficará impedido de votar sobre a denúncia e de ou de documentos relativos às matérias de sua competência;
integrar a Comissão Processante, podendo, todavia, praticar VIII – estudar qualquer assunto compreendido no
todos os atos de acusação. respectivo campo temático e propor a realização de
conferências, seminários, palestras e exposições.
Art. 37. Para discutir o parecer da Comissão Processante e
o projeto da Comissão de Constituição e Justiça, cada Vereador Art. 42. Na constituição das Comissões assegurar-se-á,
disporá de 15 (quinze) minutos, exceto o relator e o acusado, tanto quanto possível, a representação proporcional dos
cada um dos quais poderá falar durante 60 (sessenta) minutos, partidos ou blocos parlamentares que participam da Câmara.
vedada a cessão de tempo. Parágrafo único. É vedada a participação do Vereador em
Parágrafo único. Terão preferência na ordem de mais de duas Comissões Permanentes.
inscrição, respectivamente, o relator do processo e o acusado.
Art. 43. O Presidente, o 1.º Secretário e os Vereadores
Art. 38. O processo de destituição deverá estar concluído impedidos por motivo de ordem regimental, bem assim o
em 60 (sessenta) dias, contados da data em que se efetivar a suplente de Vereador em exercício, não integrarão Comissões
notificação do acusado. Permanentes ou Temporárias, exceto quando se tratar de
§ 1.º Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo Comissão
será arquivado. Especial de Estudo ou Comissão Especial de
§ 2.º Faculta-se à Comissão Processante fazer-se Representação.
acompanhar de assessor jurídico em todos os atos do
processo. Seção II
Das Comissões Permanentes
Art. 39. No caso de vacância de cargo da Mesa, proceder- Subseção I
se-á a nova eleição dentro dos 5 (cinco) dias imediatos, em Da Denominação e Composição
sessão especialmente convocada para esse fim, com o eleito
exercendo o mandato até o final do biênio correspondente. Art. 44. São Comissões Permanentes:
I – a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ);
CAPÍTULO II II – a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO);
DAS COMISSÕES III – a Comissão de Políticas Gerais (CPG).
Seção I
Disposições Preliminares Art. 45. As Comissões Permanentes, ressalvado o disposto
no artigo 43, serão compostas de 3 (três) membros e contarão
Art. 40. As Comissões são: com um Presidente e um Vice-Presidente.
I – permanentes, as de caráter técnico-legislativo ou § 1.º Os membros serão escolhidos para integrá-las pelo
especializado, integrantes da estrutura institucional da período máximo de 1 (um) ano, permitida a recondução.
Câmara, copartícipes e agentes do processo legiferante, que § 2.º A escolha será realizada no dia útil imediato à eleição
têm por finalidade apreciar as matérias ou proposições da Mesa, na primeira sessão legislativa, e no primeiro dia útil
entregues ao seu exame e sobre elas se manifestar, observados do período legislativo ordinário nos demais exercícios.
os referidos campos temáticos e áreas de atuação específicos;
II – temporárias, as criadas para tratar de assuntos Art. 46. A composição será feita de comum acordo entre a
específicos, alheios à competência das comissões Mesa, pelo Presidente, e os líderes de bancadas ou blocos
permanentes, que se extinguem quando não instaladas no parlamentares e representantes partidários com assento na
prazo regimental, ao término da legislatura, ou antes, quando Câmara.
alcançado o fim a que se destinam ou expirado seu prazo de § 1.º Havendo acordo, a decisão será homologada, de
duração. plano, pelo Presidente da Câmara.
§ 1.º Os membros das comissões serão considerados § 2.º Não havendo consenso, realizar-se-á eleição
automaticamente investidos em suas funções quando não individual de cada Comissão, por maioria simples, em votação
baixada a Portaria de nomeação da comissão no prazo de 24 nominal.
(vinte e quatro) horas de sua constituição. § 3.º O exercício do voto será por ordem alfabética,
§ 2.º Independe de portaria de nomeação a Comissão mediante chamada nominal procedida pelo Secretário
Processante. designado, obedecida, na escolha, a ordem disposta no artigo
44.
Art. 41. Às Comissões, em razão da matéria de sua alçada,
cabe: Art. 47. Encerrada cada votação, os resultados serão
I – apreciar proposições e outras matérias submetidas a apurados pela Mesa Executiva, sob a fiscalização dos líderes de
seu exame; bancadas ou blocos parlamentares e representantes
II – realizar audiências públicas com entidades da partidários com assento na Câmara, interessados, com o
sociedade civil; Presidente proclamando os nomes dos respectivos eleitos.
III – convocar Secretários Municipais ou equivalentes, bem § 1.º Ocorrendo empate, considerar-se-á eleito o Vereador
como servidores municipais em geral, para prestar do partido com menor representação.
informações sobre assuntos relativos a suas atribuições; § 2.º Havendo igualdade de representação entre os
partidos de menor bancada ou, em último caso, entre todos
eles, considerar-se-á eleito o Vereador mais idoso.

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Art. 48. Constituídas as Comissões Permanentes, na direitos do consumidor, das minorias, da mulher, da criança,
mesma sessão, por maioria de votos, elas indicarão os do idoso e do deficiente, à concessão de títulos honoríficos ou
respectivos Presidentes e Vice-Presidentes. de utilidade pública, à denominação de próprios públicos;
Parágrafo único. Inexistindo acordo na escolha do III – manifestar-se sobre o mérito de matérias que
Presidente, a indicação recairá sobre o membro mais idoso, o disciplinem as atividades econômicas desenvolvidas no
qual, de imediato, indicará o Vice-Presidente, se também não Município, que regulem a indústria, o comércio, a prestação de
houver consenso neste sentido. serviços, o abastecimento de produtos, o turismo, que visem
ao desenvolvimento técnico-científico voltado à atividade
Art. 49. Não se efetivando a composição das Comissões produtiva em geral;
Permanentes, por qualquer motivo, serão convocadas sessões IV – dar encaminhamento a sugestões, inclusive de
diárias para este fim. proposições legislativas, apresentadas por entidades civis, tais
como sindicatos, órgãos de classe, associações, organizações
Subseção II não governamentais e conselhos municipais;
Da Competência V – elaborar outras proposições, nos termos deste
Regimento.
Art. 50. Compete à Comissão de Constituição e Justiça:
I – manifestar-se, para efeitos de admissibilidade e Art. 53. As atribuições enumeradas nos artigos acima são
tramitação, sobre os aspectos constitucional, legal, jurídico, meramente exemplificativas, compreendidas, ainda, na
regimental e de técnica legislativa das proposições ou competência das Comissões Permanentes diversas outras,
processos que tramitarem pela Câmara, com exceção dos que, correlatas ou conexas.
pela própria natureza, independam de parecer;
II – os assuntos de natureza constitucional ou jurídica que Art. 54. É vedado às Comissões Permanentes pronunciar-
lhe sejam submetidos, em consulta, pelo Presidente da se sobre o que não for da sua competência.
Câmara, pelo Plenário ou por outra Comissão, ou em razão de
recurso previsto neste Regimento; Art. 55. Entende-se como manifestação de mérito a
III – elaborar a redação final das proposições em geral, apreciação da matéria sob o prisma de sua conveniência,
ressalvadas as exceções regimentais; utilidade e oportunidade.
IV – proceder à elaboração de proposições, nos termos
deste Regimento. Subseção III
Do Funcionamento
Art. 51. Compete à Comissão de Finanças e Orçamento:
I – manifestar-se sobre o mérito das matérias de ordem Art. 56. As Comissões Permanentes poderão estabelecer
financeira, tributária e orçamentária, e outras que, de forma regras e condições específicas para a organização e o bom
direta ou indireta, repercutam sobre a receita, a despesa ou o andamento dos seus trabalhos, observado o disposto nesta
patrimônio do Município; Subseção e respeitadas outras determinações regimentais
II – receber e apreciar, privativamente, sobretudo quanto atinentes.
à necessidade de compatibilidade e adequação definidas em Parágrafo único. Sempre que possível, as Comissões
lei, as emendas ou alterações propostas aos projetos de lei Permanentes serão assessoradas por servidores efetivos da
orçamentária; Câmara com atribuições relacionadas à matéria em exame.
III – elaborar a redação final dos projetos de lei
orçamentária, bem como dos projetos previstos nos incisos IV, Art. 57. As reuniões ordinárias serão realizadas,
V e VI deste artigo; independentemente de convocação, em dias e horários
IV – a iniciativa de projeto de decreto legislativo prefixados pelos seus Presidentes.
relacionado à aprovação ou não do parecer prévio do Tribunal
de Contas do Estado sobre as contas do Poder Executivo; Art. 58. As reuniões ordinárias ou extraordinárias
V – a iniciativa de projeto de lei fixando os subsídios do somente serão realizadas em dias considerados úteis e o seu
Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais ou funcionamento não poderá coincidir com o horário das
equivalentes, para vigorar na gestão seguinte; sessões da Câmara, salvo para emissão de pareceres verbais
VI – a iniciativa de projeto de lei fixando os subsídios dos nos casos regimentalmente previstos.
Vereadores, para viger na legislatura seguinte; Parágrafo único. Para os fins deste artigo, a Mesa fará
VII – elaborar outras proposições, nos termos deste publicar, em edital, a relação das Comissões Permanentes e
Regimento. Temporárias, com a designação dos locais, dias e horários de
suas reuniões.
Art. 52. Compete à Comissão de Políticas Gerais:
I – manifestar-se sobre o mérito de matérias relativas a Art. 59. No período ordinário, as reuniões extraordinárias
planos gerais ou parciais de urbanização, alteração, serão convocadas pelo Presidente da Comissão, pela maioria
interrupção ou suspensão de empreendimentos do Município, de seus membros ou pelo Presidente da Câmara, de ofício, em
controle do uso e parcelamento do solo urbano, sistema viário, caráter urgente e relevante.
edificações, realização de obras públicas, política habitacional, Parágrafo único. Nos períodos de recesso, as reuniões
aquisição e alienação de bens, prestação de serviços públicos extraordinárias das Comissões serão convocadas
diretamente pelo Município ou em regime de concessão ou exclusivamente pelo Presidente da Câmara.
permissão, transporte coletivo urbano, criação, organização e
atribuições dos órgãos da Administração Municipal, Art. 60. As reuniões das Comissões serão públicas e
servidores públicos, seu regime jurídico, criação, extinção e durarão o tempo necessário ao exame da respectiva Ordem do
transformação de cargos e empregos, e fixação ou alteração de Dia.
sua remuneração; § 1.º As reuniões somente serão instaladas e funcionarão
II – manifestar-se sobre o mérito de matérias que digam com o quórum da maioria absoluta dos membros.
respeito à educação, ao ensino, ao desporto, à cultura, à saúde, § 2.º Os debates obedecerão, no que couber, às normas
ao bem-estar social, ao meio ambiente, ao saneamento básico, previstas para as sessões da Câmara, assegurada autonomia de
à defesa dos direitos do cidadão, à segurança pública, aos decisão ao respectivo Presidente.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3.º As deliberações serão tomadas por maioria de votos. § 2.º Findo o prazo ou emitido parecer antes de seu
§ 4.º Qualquer Vereador poderá participar, sem direito a término, a matéria será automaticamente encaminhada à
voto, dos debates das Comissões. Comissão que deva pronunciar-se em sequência, ou à
§ 5.º Não havendo reunião por falta de quórum, lavrar-se- Presidência, se for o caso, com ou sem parecer, para que seja
á termo de comparecimento dos membros presentes. incluída em Ordem do Dia na situação em que se encontrar.

Art. 61. As atas das reuniões das Comissões serão Art. 66. Em se tratando de projetos relativos a códigos,
elaboradas segundo padrão uniforme, contendo: estatutos, diretrizes orçamentárias, proposta orçamentária,
I – data, horário e local da reunião; plano plurianual de investimentos, processo de prestação de
II – identificação de quem a tenha presidido; contas do Município ou outros que, pela complexidade ou
III – nomes dos presentes e ausentes, com expressa natureza da matéria, exijam estudo altamente técnico e
referência às faltas justificadas e aos membros ad hoc acurado, o Presidente da Câmara poderá, a seu critério,
designados; prorrogar o prazo para parecer em até 30 (trinta) dias, salvo
IV – relação das matérias apreciadas e síntese dos para pronunciamento sobre o mérito.
trabalhos realizados.
§ 1.º As atas, uma vez lidas e entendidas conforme, serão Art. 67. Recebida a proposição, o Presidente da Comissão,
dadas como aprovadas, sendo assinadas pelos membros dentro de 48 (quarenta e oito) horas, designará o relator,
presentes à reunião. fixando-lhe prazo para parecer.
§ 2.º Havendo pedido de retificação, lavrar-se-á termo § 1.º Não cumprido o prazo pelo relator, designar-se-á
específico, que será incorporado à ata. relator substituto, que disporá da metade do prazo
inicialmente estabelecido para apresentar o parecer.
Subseção IV § 2.º Esgotados os prazos referidos neste artigo, o
Dos Pareceres Presidente avocará para si o relato da proposição.
§ 3.º Sempre que possível, a relatoria será atribuída no
Art. 62. Parecer é o pronunciamento da Comissão sobre sistema de rodízio.
qualquer matéria sujeita a sua competência.
§ 1.º Nenhuma proposição será submetida à consideração Art. 68. Qualquer Vereador poderá obter vista de uma
plenária sem parecer escrito da comissão ou comissões determinada proposição sob exame das Comissões
competentes, salvo o disposto no § 3.º deste artigo e no artigo Permanentes, observado o seguinte:
72 deste Regimento. I – o prazo máximo será de 5 (cinco) dias;
§ 2.º Cada proposição terá parecer independente, exceto II – o pedido será despachado a critério do respectivo
quando, em se tratando de matérias análogas, forem anexadas Presidente;
a um só processo. III – a concessão será por uma única vez ao mesmo
§ 3.º As proposições elaboradas pela Mesa e pelas Vereador no âmbito de todas as comissões permanentes.
Comissões Permanentes serão dadas à pauta da Ordem do Dia
independentemente de parecer. Art. 69. A não observação dos prazos previstos nos artigos
67 e 68 será comunicada pela Comissão à Mesa, no primeiro
Art. 63. O parecer escrito constará de 3 (três) partes: dia útil após o vencimento do prazo, para publicação, em
I – relatório; edital, da relação dos faltosos.
II – voto do relator; Parágrafo único. A partir da publicação, a Comissão
III – decisão da Comissão, com assinatura dos membros abrirá prazo de 3 (três) dias para a devolução da proposição,
que votaram a favor ou contra o parecer do relator. que, descumprido, impedirá o Vereador de, no mesmo período
§ 1.º Acolhido o voto do relator, este constituirá o parecer legislativo, receber outra matéria para vista ou relatar parecer.
da Comissão.
§ 2.º O voto em separado, acompanhado pela maioria dos Art. 70. A matéria sujeita à apreciação das Comissões
membros da Comissão, passará a constituir seu parecer, Permanentes será analisada previamente pela Assessoria
considerando-se as conclusões rejeitadas do relator como Jurídica da Câmara.
manifestação em contrário. Parágrafo único. A Comissão de Finanças e Orçamento
§ 3.º Não acolhidos, pela maioria, o voto do relator ou o poderá solicitar parecer técnico contábil, proferido por
voto em separado, novo relator será designado. servidor efetivo da Câmara, com atribuições inerentes à
§ 4.º O membro cujo voto for vencido poderá apresentar matéria em exame.
parecer em separado, indicando as restrições efetuadas.
Art. 71. Quando a proposição for despachada para a
Art. 64. O parecer escrito obedecerá à ordem de entrada apreciação de mais de uma comissão, opinarão inicialmente,
da proposição no âmbito de cada Comissão, que somente será obedecida a precedência à matéria, a Comissão de Constituição
alterada nos seguintes casos, dentre outras previsões e Justiça e a Comissão de Finanças e Orçamento.
regimentais:
I – pedido de informação ou de documento; Art. 72. Os pareceres verbais serão admitidos em
II – pedido de preferência pelo autor, quando aprovada; proposições:
III – concessão de vista; I – com pareceres incompletos;
IV – aprovação de regime de urgência para a matéria; II – constantes da pauta da Ordem do Dia de sessões
V – quando a matéria integrar pauta de sessão extraordinárias;
extraordinária. III – que visem à prorrogação de prazos legais a se
findarem ou à adoção ou alteração de lei para aplicação em
Art. 65. Cada Comissão terá o prazo de 20 (vinte) dias para época certa e próxima;
exarar seu parecer escrito, prorrogável por igual período, a IV – com prazo esgotado para emissão de parecer escrito;
critério do respectivo presidente, mediante despacho V – incluídas em regime de urgência especial em Ordem do
devidamente fundamentado. Dia.
§ 1.º O prazo previsto no caput será contado da data em
que a matéria der entrada na Comissão.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1.º Sendo impossível conseguir parecer verbal dos § 2.º Nos casos de licença do Vereador, o Presidente da
membros das Comissões Permanentes, o Presidente da Câmara designará substituto, atendido, tanto quanto possível,
Câmara designará membro ad hoc para esse fim. o disposto no artigo 79.
§ 2.º Para a emissão dos pareceres previstos neste artigo, § 3.º Cessará a substituição logo que o titular voltar ao
será concedido prazo comum de deliberação às Comissões, de exercício.
até 05 (cinco) minutos, mediante suspensão da sessão.
Subseção VII
Subseção V Das Vagas
Do Presidente
Art. 76. A vaga na Comissão verificar-se-á em virtude do
Art. 73. Ao Presidente de Comissão Permanente compete: término do mandato, renúncia, falecimento ou perda do lugar.
I – convocar e presidir reuniões da Comissão, nelas
mantendo a ordem e formalidade necessárias; Art. 77. A renúncia de membro de Comissão deverá ser
II – dar à Comissão conhecimento de toda a matéria comunicada, por escrito, à Presidência da Câmara, salvo o
recebida e despachá-la; disposto no § 1.º deste artigo.
III – zelar pela observância dos prazos concedidos à § 1.º Quando manifestada inequivocamente, no transcurso
Comissão; da reunião da comissão ou em sessão plenária, será registrada
IV – conceder a palavra durante as reuniões; integralmente na ata, aperfeiçoando-se a renúncia com a
V – interromper o orador que falar sobre o vencido, aprovação da ata.
exceder-se nos debates ou faltar à consideração com os § 2.º O Presidente e o Vice-Presidente, renunciando ao
presentes, cassando-lhe a palavra no caso de desobediência; cargo, concomitantemente ou não, a Comissão realizará
VI – representar a Comissão nas suas relações com a Mesa, eleição interna em 5 (cinco) dias, contados do cumprimento do
com outras Comissões ou com o Plenário; disposto no artigo 79.
VII – resolver todas as questões de ordem e reclamações
suscitadas no âmbito da Comissão; Art. 78. Perderá o lugar na Comissão o Vereador que:
VIII – falar em plenário em nome da Comissão ou delegar I – não comparecer a 3 (três) reuniões ordinárias
poderes para que o faça outro membro; consecutivas ou 6 (seis) intercaladas, salvo motivo justo aceito
IX – enviar à Mesa, no encerramento da sessão legislativa, pela Comissão;
resumo das atividades da Comissão; II – exorbitar ou for omisso e ineficiente no exercício de
X – enviar à Mesa toda a matéria destinada à leitura em suas atribuições;
plenário e que deva receber publicidade; III – negar-se a subscrever parecer sobre matéria em
XI – autorizar ao Vice-Presidente, quando entender análise, estando presente à reunião;
conveniente, a distribuição das proposições; IV – negar-se a proferir parecer verbal em matéria que o
XII – determinar, a pedido ou não, o registro dos debates admita, quando para isso solicitado, em sessão plenária.
na íntegra, quando julgar conveniente; § 1.º A perda do lugar será declarada pelo Presidente da
XIII – submeter a voto as questões sujeitas à deliberação da Câmara, por si ou a requerimento de qualquer outro Vereador,
Comissão e proclamar o resultado da votação; uma vez comprovado o fato ou ato motivador, assegurando-se
XIV – praticar outras atribuições que lhe são conferidas por ao acusado, mediante notificação, o prazo de 3 (três) dias úteis
este Regimento. para apresentação de defesa, por escrito.
§ 1.º O Presidente poderá funcionar como Relator ou § 2.º O Vereador destituído nos termos deste artigo não
Relator Substituto e terá voto nas deliberações da Comissão. poderá ser designado para integrar qualquer Comissão
§ 2.º Dos atos e deliberações do Presidente da Comissão ou Permanente até o final da sessão legislativa.
da Comissão cabe recurso de qualquer Vereador, ao
Presidente da Câmara, que decidirá fundamentadamente. Art. 79. A vaga em Comissão será preenchida pelo
§ 3.º O recurso, formulado por escrito, deverá ser Presidente da Câmara, no interregno de 5 (cinco) dias, de
proposto, obrigatoriamente, dentro do prazo improrrogável acordo com a indicação feita pelo Líder do Partido ou do Bloco
de 2 (dois) dias úteis da decisão. Parlamentar a que pertencer o lugar, ou independentemente
§ 4.º Nas faltas, ausências, licenças ou impedimentos do dessa comunicação, se ela não for feita no prazo declinado ou
Presidente da Comissão, assumirá as funções o Vice- se constatada a inexistência de representação da sigla
Presidente e, posteriormente, o membro efetivo mais idoso. partidária correspondente.

Subseção VI Seção III


Dos Impedimentos e Ausências Das Comissões Temporárias
Subseção I
Art. 74. É vedado ao Vereador integrante de Comissão Disposições Preliminares
Permanente:
I – presidir reunião de Comissão quando se debater ou Art. 80. As Comissões Temporárias são:
votar matéria da qual seja autor ou relator; I – Comissão Especial de Estudos;
II – relatar proposição de sua autoria; II – Comissão Especial de Representação;
III – presidir mais de uma Comissão Permanente. III – Comissão Parlamentar de Inquérito;
IV – Comissão Processante.
Art. 75. Sempre que o membro da Comissão não puder
comparecer à reunião, deverá, previamente, comunicar o fato Art. 81. Ressalvadas as previsões legais e regimentais em
ao seu Presidente, que fará consignar em ata a escusa. contrário, as
§ 1.º Se o trabalho da Comissão for prejudicado pelo não Comissões Temporárias serão criadas mediante
comparecimento de qualquer membro, o Presidente da requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores, aprovado
Câmara, para compor o quórum necessário à efetivação da por maioria simples, indicando a finalidade prevista, o número
reunião, designará substituto para o Vereador faltoso ou de membros e o prazo de funcionamento, que poderá ser
impedido. prorrogado.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1.º Assegura-se o cargo de Presidente ao autor do § 4.º Do ato de instituição constarão a provisão de meios,
requerimento, quando se tratar de Comissão Especial de os recursos administrativos, as condições organizacionais e o
Estudos ou de Comissão Especial de Representação, o qual, por assessoramento necessários ao bom desempenho da
sua vez, indicará o relator. Comissão, incumbindo à Mesa e à Administração da Câmara o
§ 2.º No caso do § 1.º, o Presidente da Câmara integrando atendimento preferencial das providências que solicitar.
a Comissão, o autor do requerimento poderá ser designado § 5.º Na reunião de instalação, que dar-se-á no prazo
relator. máximo de 3 (três) dias úteis da constituição, a Comissão
§ 3.º A participação do Vereador em Comissão Temporária elegerá o Presidente e o Relator Geral e, se necessários,
será cumprida sem prejuízo de suas funções em Comissão Relatores Parciais.
Permanente ou perante a Câmara.
§ 4.º Aplicam-se às Comissões Temporárias, no que Art. 86. A Comissão poderá, além ou complementarmente
couber, as disposições regimentais relativas às Comissões às atribuições previstas na Lei Orgânica do Município e neste
Permanentes. Regimento, observada a legislação vigente:
§ 5.º As reuniões ordinárias ou extraordinárias somente I – requisitar servidores do serviço administrativo da
serão realizadas em dias considerados úteis e o seu Câmara ou, em caráter transitório, de qualquer órgão ou
funcionamento não poderá coincidir com o horário das entidade da Administração Pública Direta, Indireta e
sessões da Câmara, nem ser concomitante com o das Fundacional do Município, necessários aos seus trabalhos,
Comissões Permanentes, exceto as reuniões da comissão bem como a designação de técnicos e peritos que possam
prevista no inciso II do artigo 80. cooperar no desempenho de suas atribuições;
II – determinar as diligências que reputar necessárias,
Subseção II ouvir indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso,
Das Comissões Especiais de Estudos e de requerer de órgãos e entidades da Administração Pública
Representação informações e documentos, tomar o depoimento de qualquer
autoridade ou cidadão e requisitar os serviços de quaisquer
Art. 82. As Comissões Especiais de Estudos destinam-se ao autoridades, inclusive policiais;
estudo de problemas municipais e à tomada de posição da III – incumbir qualquer de seus membros, ou servidores
Câmara em assuntos de relevância e interesse público, requisitados da Câmara, da realização de sindicâncias ou
considerando-se extintas se não instaladas em 3 (três) dias diligências necessárias aos seus trabalhos, dando
úteis. conhecimento prévio à Mesa;
IV – transportar-se a qualquer local onde se fizer
Art. 83. As Comissões Especiais de Representação serão necessária sua presença, ali praticando os atos que lhe
constituídas para representar a Câmara em atos externos. competirem;
§ 1.º Poderão ser designadas pelo Presidente, por V – estipular prazo para o atendimento de qualquer
iniciativa própria, quando não importarem ônus para a providência ou realização de diligência sob as penas da lei,
Câmara. exceto quando da alçada de autoridade judiciária;
§ 2.º Quando a Câmara se fizer representar em VI – se forem diversos os fatos inter-relacionados objeto do
conferências, congressos e simpósios, não exclusivamente de inquérito, dizer em separado sobre cada um, mesmo antes de
Vereadores, serão preferencialmente indicados os edis que finda a investigação dos demais.
desejarem apresentar trabalhos relativos ao temário e os Parágrafo único. As Comissões Parlamentares de
membros das Comissões Permanentes de atribuições Inquérito valer-se-ão, subsidiariamente, no que couber, das
correlatas. normas procedimentais contidas no Código de Processo Penal.

Art. 84. Dos trabalhos efetivados, as Comissões Especiais Art. 87. Ao término dos trabalhos, a Comissão apresentará
de Estudos e as Comissões Especiais de Representação, estas relatório circunstanciado e conclusivo, que será publicado no
apenas nas situações previstas no § 2.º do artigo 83, Órgão Oficial do Município e encaminhado:
elaborarão relatório sucinto, que fará parte do expediente da I – à Mesa, para as providências de alçada desta ou do
primeira sessão ordinária e terá a destinação indicada pela Plenário;
Comissão. II – ao Ministério Público, com a cópia da documentação,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal por
Subseção III infrações apuradas e adote outras medidas decorrentes de
Das Comissões Parlamentares de Inquérito suas funções institucionais;
III – ao Poder Executivo Municipal, para adotar as
Art. 85. As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas providências saneadoras, de ordem constitucional ou legal;
mediante requerimento subscrito por 1/3 (um terço) dos IV – à Comissão Permanente que tenha maior pertinência
Vereadores, terão amplos poderes de investigação e serão com a matéria, à qual incumbirá fiscalizar o atendimento do
destinadas à apuração de fato determinado e por prazo certo. prescrito no inciso anterior;
§ 1.º Considera-se fato determinado o acontecimento de V – ao Tribunal de Contas do Estado, para as providências
interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, de sua alçada.
econômica e social do Município, que estiver devidamente Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, III e V, a remessa
caracterizado no requerimento de instituição da Comissão. será feita pelo Presidente da Câmara, no prazo assinalado pela
§ 2.º O requerimento será recebido se atender os Comissão, sob pena de responsabilidade.
requisitos legais e regimentais, caso contrário será
indeferindo e arquivado, cabendo ao autor recurso ao Subseção IV
Presidente. Das Comissões Processantes
§ 3.º A Comissão, que também poderá atuar durante o
recesso parlamentar, terá o prazo de 90 (noventa) dias, Art. 88. As Comissões Processantes destinam-se a
prorrogável por até metade, mediante deliberação do Plenário, instrumentalizar:
no período ordinário, e decisão da maioria da Mesa, nos I – procedimento instaurado em face de denúncia contra o
períodos de recesso, para a conclusão de seus trabalhos. Prefeito Municipal ou seu substituto legal, por crimes de
responsabilidade ou infrações político-administrativas,

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APOSTILAS OPÇÃO

cominadas com a perda do mandato, observadas as I – eleger sua Mesa, bem como destituí-la, na forma
disposições da legislação federal pertinente; regimental;
II – procedimento instaurado em face de denúncia contra II – elaborar seu Regimento Interno;
Vereador, por infrações previstas em lei e neste Regimento, III – dispor sobre sua organização, segurança interna,
cominadas com a perda do mandato; criação, transformação ou extinção dos cargos e funções de
III – procedimento instaurado em face de representação seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
contra membros da Mesa da Câmara, nas situações previstas remuneração, observados os parâmetros legais;
neste Regimento, cominadas com a destituição do cargo, IV – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito;
observados os procedimentos definidos nos artigos 33 a 38. V – conceder licença ao Prefeito e Vereadores, ou a seus
Parágrafo único. No caso do inciso II, para as hipóteses substitutos no exercício do cargo;
dos incisos I, II, VI e VII do artigo 99, serão observados os VI – autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, por
procedimentos definidos no artigo 101. necessidade e para o desempenho de seu cargo, por mais de 15
(quinze) dias;
CAPÍTULO III VII – nos casos previstos em lei, declarar a perda do
DO PLENÁRIO mandato, bem como processar e julgar o Prefeito, o Vice-
Prefeito e os Vereadores;
Art. 89. O Plenário é o órgão deliberativo da Câmara, VIII – tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando
constituído pela reunião dos Vereadores em exercício, em sobre o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, no
local, forma e número legal para deliberar. prazo máximo de 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado
§ 1.º O local é o recinto próprio de sua sede, salvo no caso deste, observados os seguintes preceitos:
de sessão itinerante. a) o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de
§ 2.º A forma legal é a sessão, nos termos deste Regimento. 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara;
§ 3.º O número legal é o quórum exigido para a realização b) rejeitadas as contas, estas serão imediatamente
das sessões e para as deliberações, ordinárias e especiais. remetidas ao Ministério Público, para fins de direito;
IX – fixar em cada legislatura, para a subsequente, os
Art. 90. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários
sobre todas as matérias de competência do Município, em Municipais ou equivalentes e dos Vereadores;
especial: X – convocar os responsáveis por chefias de órgãos do
I – legislar sobre assuntos de interesse local; Executivo, incluída a Administração Indireta e Fundacional,
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que bem como servidores municipais em geral, para prestarem
couber; informações sobre atividades de sua responsabilidade, sem
III – legislar sobre tributos municipais, bem como prejuízo da competência das Comissões Permanentes e
autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas; Temporárias;
IV – dispor sobre as diretrizes orçamentárias, o orçamento XI – sustar os atos normativos do Executivo que exorbitem
anual e o plano plurianual de investimentos, bem como do poder regulamentar ou dos limites estabelecidos em lei;
autorizar a abertura de créditos adicionais; XII – proceder à tomada de contas do Prefeito, por
V – deliberar sobre a obtenção e concessão de intermédio de comissão especial, quando não apresentadas à
empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os Câmara dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão
meios de pagamento; legislativa ordinária;
VI – autorizar a concessão de auxílios, prêmios e XIII – deliberar sobre a mudança temporária de sua sede;
subvenções; XIV – manifestar-se nos casos de modificação territorial, de
VII – autorizar a concessão de serviços públicos, a transferência da sede do Município, alteração de seu nome, do
concessão de direito real de uso e a concessão administrativa distrito ou do bairro, e sobre a anexação a outro;
de uso de bens municipais; XV – solicitar a intervenção do Estado no Município;
VIII – autorizar a aquisição, exceto por desapropriação, a XVI – legislar sobre a forma de participação popular no
alienação, a permuta e doação de bens imóveis do Município, Governo Municipal;
inclusive as doações que este venha a receber com encargo; XVII – requerer informações e/ou documentos ao Prefeito
IX – dispor sobre a criação, organização e supressão de sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou
distritos, observada a legislação estadual; sujeita à fiscalização da Câmara;
X – dispor sobre a criação, transformação e extinção de XVIII – a iniciativa das matérias relacionadas à concessão
cargos, funções e empregos públicos, fixando a respectiva de títulos de cidadania honorária ou benemérita a pessoas que,
remuneração, da Administração Direta, Indireta e reconhecidamente, tenham prestado serviços relevantes ao
Fundacional; Município ou nele se destacado pela atuação exemplar na vida
XI – autorizar a criação e a estruturação de Secretarias ou pública e/ou particular.
equivalentes;
XII – autorizar ou referendar convênios e consórcios TÍTULO III
firmados pelo Executivo Municipal, no interesse público, com DOS VEREADORES
entidades de direito público e privado; CAPÍTULO I
XIII – dispor sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento DOS DIREITOS E DEVERES
Integrado;
XIV – dispor sobre os planos de carreira e o regime jurídico Art. 92. Os direitos dos Vereadores estão compreendidos
dos servidores municipais; no pleno exercício de seu mandato, observadas as
XV – dispor sobre a delimitação do perímetro urbano; determinações legais e as prescrições deste Regimento.
XVI – dispor sobre a denominação de próprios públicos e
sobre a alteração desta; Art. 93. São deveres do Vereador, dentre outros:
XVII – dispor sobre normas urbanísticas. I – comparecer à hora regimental, nos dias designados às
sessões da Câmara, nelas permanecendo até o final dos
Art. 91. Compete privativamente à Câmara, dentre outras trabalhos;
atribuições: II – conduzir-se, sobretudo em plenário, de modo
compatível com o decoro parlamentar;

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APOSTILAS OPÇÃO

III – apresentar-se convenientemente trajado no exercício IV – faltar, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões
do múnus público; ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) não consecutivas, em
IV – oferecer, na forma regimental, pareceres ou votos, cada sessão legislativa.
comparecendo e participando das reuniões das comissões a § 1.º Nos casos dos incisos I a III, a penalidade será aplicada
que pertencer; pelo Plenário, por maioria simples, assegurada ao infrator a
V – propor ou levar ao conhecimento da Câmara as oportunidade de ampla defesa.
medidas que julgar convenientes aos interesses do Município § 2.º Na hipótese do inciso IV, a Mesa aplicará, de ofício, o
e de sua população; mínimo da penalidade, resguardado o princípio da defesa.
VI – impugnar medidas que julgue prejudiciais ao interesse § 3.º O Vereador suspenso do exercício temporário do
público; mandato não receberá a respectiva remuneração.
VII – não se eximir de trabalho algum relativo ao
desempenho do mandato; Art. 97. A perda do mandato aplicar-se-á nos casos e forma
VIII – obedecer às normas regimentais; previstos nos artigos 99 a 101 deste Regimento.
IX – observar o disposto no artigo 38 da Lei Orgânica do
Município. Art. 98. Quando, no curso de uma discussão, um Vereador
Parágrafo único. Em sessão, os Vereadores do sexo for acusado de ato que ofenda a sua honorabilidade, pode
masculino deverão trajar paletó ou similar e gravata. pedir ao Presidente da Câmara ou de Comissão que mande
apurar a veracidade da arguição e o cabimento de censura ao
CAPÍTULO II ofensor, no caso de improcedência da acusação.
DO DECORO PARLAMENTAR
CAPÍTULO III
Art. 94. O Vereador que descumprir os deveres inerentes DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO
a seu mandato, ou praticar ato que afete a sua dignidade,
sujeita-se ao processo e às medidas disciplinares previstas Art. 99. Perderá o mandato o Vereador:
neste Regimento: I – que incidir em qualquer das proibições estabelecidas no
I – censura; artigo 38 da Lei Orgânica do Município;
II – suspensão temporária do exercício do cargo, graduada II – cujo procedimento for declarado incompatível com o
de 7 (sete) a 21 (vinte e um) dias; decoro parlamentar;
III – perda do mandato. III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa,
§ 1.º Considera-se atentatório do decoro parlamentar usar, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo doença
em discurso ou proposição, de expressões que configurem comprovada, licença ou missão oficial autorizada pela
crimes contra a honra ou contenham incitamento à prática de Edilidade;
crimes. IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
§ 2.º É incompatível com o decoro parlamentar: V – quando o decretar a Justiça;
I – o abuso das prerrogativas asseguradas aos membros da VI – que sofrer condenação criminal em sentença
Câmara; transitada em julgado;
II – a percepção de vantagens indevidas; VII – que fixar residência fora do Município;
III – a prática de irregularidades graves no desempenho do VIII – que deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito
mandato ou de encargos dele decorrentes. pela Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei.
§ 1.º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII, a perda do mandato
Art. 95. A censura será verbal ou escrita. será decidida pela Câmara, por voto nominal e maioria
§ 1.º A censura verbal será aplicada em sessão pelo qualificada, mediante provocação da Mesa, de qualquer
Presidente da Câmara ou de Comissão, no âmbito desta, ou por Vereador ou de partido político nela representado, assegurada
quem o substituir, quando não caiba penalidade mais grave, ao ampla defesa e obedecido o disposto no artigo 99 deste
Vereador que: Regimento.
I – inobservar, salvo motivo justificado, os deveres § 2.º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VIII, a perda
inerentes ao mandato ou os preceitos do Regimento Interno; ou vacância será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante
II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta provocação de qualquer dos membros da Câmara, ou de
nas dependências da Câmara; partido político nela representado, assegurada ampla defesa.
III – perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das § 3.º No caso do § 2.º deste artigo, observar-se-ão as
reuniões de Comissão. seguintes normas:
§ 2.º A censura escrita será imposta pela Mesa, se outra I – a Mesa dará ciência, por escrito, ao Vereador, do fato ou
cominação mais grave não couber, ao Vereador que: ato que possa implicar a perda do mandato;
I – usar, em discurso ou proposição, de expressões II – no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da ciência, o
atentatórias do decoro parlamentar; Vereador poderá apresentar defesa;
II – praticar ofensas físicas ou morais no edifício da Câmara III – apresentada ou não a defesa, a Mesa decidirá a
ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa respeito, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, tornando
ou Comissão, ou os respectivos Presidentes. públicas as razões que fundamentaram sua decisão.

Art. 96. Considera-se incurso na sanção de suspensão Art. 100. Extingue-se, também, o mandato do Vereador
temporária do exercício do cargo, por falta de decoro quando ocorrer seu falecimento, ou sua renúncia, por escrito.
parlamentar, o Vereador que: Parágrafo único. Ocorrido e comprovado o ato ou fato
I – reincidir nas hipóteses previstas nos parágrafos do extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira sessão,
artigo antecedente; comunicará ao Plenário e fará constar da ata a declaração de
II – praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos extinção do mandato.
do Regimento Interno;
III – revelar informações e documentos oficiais de caráter Art. 101. Observado o disposto no artigo 81, o processo de
reservado, de que tenha tido conhecimento na forma cassação do mandato do Vereador obedecerá ao seguinte rito:
regimental;

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APOSTILAS OPÇÃO

I – a denúncia escrita da infração poderá ser feita por § 1.º O processo a que se refere este artigo deverá estar
qualquer Vereador, partido político ou munícipe eleitor, com a concluído em 90 (noventa) dias, contados da data em que se
exposição dos fatos e a indicação das provas; aperfeiçoar a notificação do acusado.
II – se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar § 2.º Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo
sobre a denúncia e de integrar a Comissão Processante, será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que
podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação; sobre os mesmos fatos.
III – se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará § 3.º Faculta-se à Comissão Processante fazer-se
a Presidência ao substituto legal, para os atos do processo, e só acompanhar de assessor jurídico em todos os atos do
votará se necessário para completar o quórum de julgamento; processo.
IV – de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na
primeira sessão, determinará sua leitura e consultará o CAPÍTULO IV
Plenário sobre o seu recebimento; DO VEREADOR SERVIDOR PÚBLICO
V – decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos
presentes, na mesma sessão será constituída a Comissão Art. 102. O exercício da vereança por servidor público
Processante, com 3 (três) Vereadores sorteados entre os atenderá às seguintes determinações:
desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o I – havendo compatibilidade de horários, perceberá as
Relator; VI – recebendo o processo, o Presidente da Comissão vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
iniciará os trabalhos, dentro em 5 (cinco) dias, notificando o remuneração do cargo eletivo;
denunciado, no prazo de 2 (dois) dias úteis, com a remessa de II – não havendo compatibilidade de horários, ficará
cópia da denúncia e documentos que a instruírem, para que, afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
no prazo de 10 (dez) dias, apresente defesa prévia, por escrito, optar pela sua remuneração;
indique as provas que pretender produzir e arrole III – na hipótese prevista no inciso anterior ou em qualquer
testemunhas, até o máximo de 10 (dez); caso que lhe seja exigido o afastamento para o exercício do
VII – se estiver ausente do Município ou não efetivada a mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos
notificação, esta far-se-á por edital, publicado 2 (duas) vezes, os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
no Órgão Oficial do Município, com intervalo de 3 (três) dias, IV – para efeito de benefício previdenciário, no caso de
pelo menos; afastamento, os valores serão determinados como se no
VIII – decorrido o prazo de defesa, a Comissão decidirá, exercício estivesse.
dentro em 5 (cinco) dias, pelo prosseguimento ou
arquivamento da denúncia, que, neste caso, será submetido ao CAPÍTULO V
Plenário; DAS FALTAS E LICENÇAS
IX – decidido o prosseguimento, o Presidente da Comissão
designará, desde logo, o início da instrução e determinará os Art. 103. Além de outros casos, considera-se motivo justo,
atos, diligências e audiências que se fizerem necessários para para efeito de justificação de faltas às sessões da Câmara,
o depoimento do denunciado e inquirição de testemunhas; doença comprovada, luto e desempenho de missões oficiais do
X – o denunciado será intimado de todos os atos do Legislativo.
processo, pessoalmente ou na pessoa de seu procurador, com § 1.º Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que
a antecedência de, pelo menos, 24 (vinte e quatro) horas, assinar o livro de presença até o início da Ordem do Dia e
sendo-lhe permitido assistir às diligências e audiências, bem permanecer até o final da sessão.
como formular perguntas e reperguntas às testemunhas e § 2.º Os atrasos poderão ser justificados, mediante
requerer o que for de seu interesse; requerimento verbal, hipótese em que o Vereador assinará o
XI – concluída a instrução, será aberta vista do processo ao livro de presença, registrando-se em ata a ocorrência.
denunciado, para razões escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e, § 3.º O Vereador poderá retirar-se da sessão, por motivo
após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela justificado e com autorização do Presidente, mediante
procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao requerimento verbal, registrando-se também em ata a
Presidente da Câmara a convocação de sessão de julgamento; ocorrência.
XII – na sessão de julgamento, o parecer final será lido,
integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem Art. 104. O Vereador poderá licenciar-se, mediante
poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de requerimento escrito:
15 (quinze) minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu I – por motivo de doença, devidamente comprovada;
procurador, terá o prazo máximo de 2 (duas) horas para II – para tratar, sem remuneração, de interesse particular,
produzir sua defesa oral; por prazo determinado nunca inferior a 30 (trinta) dias nem
XIII – concluída a defesa, passar-se-á imediatamente à superior a 120 (cento e vinte) dias, podendo reassumir suas
votação, obedecidas as regras regimentais; funções no decorrer da licença;
XIV – serão tantas as votações quantas forem as infrações III – para desempenhar missões temporárias do interesse
articuladas na denúncia; do Município, decorrentes de expressa designação da Câmara,
XV – o denunciado será considerado afastado ou previamente aprovadas pelo Plenário;
definitivamente do cargo quando incurso em qualquer das IV – em face de licença-gestante ou de licença-paternidade.
infrações especificadas na denúncia; § 1.º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em
XVI – concluído o julgamento, o Presidente da Câmara exercício o Vereador licenciado nos casos previstos nos incisos
proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que I, III e IV.
consigne a votação sobre cada infração, e, se houver § 2.º A licença-gestante e a licença-paternidade serão
condenação, expedirá, de imediato, a competente resolução de concedidas seguindo os mesmos critérios e condições
cassação do mandato, independentemente de nova estabelecidos para os servidores públicos municipais.
deliberação plenária; § 3.º O Vereador investido no cargo ou função de Ministro
XVII – se o resultado da votação for absolutório, o de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal ou
Presidente determinará o arquivamento do processo; equivalente será considerado automaticamente licenciado,
XVIII – em qualquer dos casos previstos nos incisos XVI e podendo optar pela remuneração do mandato.
XVII, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o § 4.º No caso do inciso I, encontrando-se o Vereador
resultado. impossibilitado, física ou mentalmente, de subscrever o

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requerimento, poderá fazê-lo a liderança de sua bancada ou § 4.º Ocorrendo alteração de Líder ou Vice-Líder,
bloco parlamentar, instruindo-o com atestado médico. sobretudo motivada pela criação ou extinção de bloco
§ 5.º Nas hipóteses dos incisos I, III (se a missão parlamentar, a Mesa deverá ser comunicada de imediato.
temporária decorrer de expressa designação da Câmara) e IV, § 5.º O Líder será substituído, nas suas faltas, ausências,
o requerimento será despachado pelo Presidente. licenças ou impedimentos, pelo Vice-Líder.
§ 6.º Nas hipóteses dos incisos II e III (se a missão § 6.º A Mesa só aceitará indicação de Líder e Vice-Líder
temporária não decorrer de expressa designação da Câmara), para bancada partidária com o mínimo de 2 (dois) membros
o requerimento será deliberado pelo Plenário, no período ou bloco parlamentar com o mínimo de 5 (cinco) integrantes.
ordinário, e despachado pela Mesa, nos períodos de recesso. § 7.º O único Vereador de uma sigla partidária será
§ 7.º No caso de se afastar do território nacional, o denominado representante partidário.
Vereador dará prévia ciência à Câmara, por intermédio da
Presidência, indicando a natureza do afastamento e sua Art. 109. Cabe ao Líder, além de outras atribuições, a
duração estimada. indicação de membros de sua bancada partidária ou bloco
§ 8.º Para a efetivação da licença prevista no inciso I, parlamentar para integrar comissões permanentes ou
faculta-se à Mesa Executiva determinar, a seu critério ou a temporárias, ressalvadas as exceções regimentais.
pedido de qualquer Vereador, a confirmação, por junta médica,
da licença por motivo de doença. Art. 110. Faculta-se ao Líder ou representante partidário,
em caráter excepcional, a juízo do Presidente da Câmara, usar
CAPÍTULO VI da palavra para tratar de assunto relevante e urgente, ou, se
DOS SUBSÍDIOS por motivo ponderável não lhe for possível ocupar a tribuna
legislativa, cedê-la a um dos seus liderados.
Art. 105. Os subsídios dos Vereadores serão fixados na
forma dos artigos 56 e 57 da Lei Orgânica do Município, Art. 111. O Prefeito poderá indicar, mediante ofício
conforme iniciativa prevista no artigo 51, inciso VI, deste endereçado à Mesa, um Vereador para exercer a sustentação
Regimento. parlamentar dos interesses do Poder Executivo perante a
§ 1.º A retirada do Vereador durante a sessão, quando não Câmara, sob a denominação de Líder do Governo, com a
autorizada, ou sua falta injustificada implicará em desconto, prerrogativa de:
nos respectivos subsídios, de valor correspondente a 1/30 I – usar da palavra para defender sua linha político-
(um trinta avos) por sessão em que se constatar a ocorrência. administrativa, por prazo não superior a 2 (dois) minutos,
§ 2.º Nos períodos de recesso será assegurado ao Vereador sempre que constatada tal necessidade;
o direito de perceber integralmente os subsídios. II – participar dos trabalhos de qualquer Comissão,
podendo encaminhar votação ou requerer a verificação desta,
CAPÍTULO VII nas matérias daquela iniciativa;
DA CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE III – encaminhar a votação de qualquer proposição do
interesse do Executivo sujeita à deliberação do Plenário;
Art. 106. Nos casos de vaga, de investidura prevista no § IV – praticar outros atos para preservar ou assegurar a
3.º do artigo 104 ou de licença superior a 120 (cento e vinte) tramitação das respectivas proposições.
dias, o Presidente da Câmara convocará imediatamente o
suplente. CAPÍTULO IX
§ 1.º O suplente convocado deverá tomar posse no prazo DOS BLOCOS PARLAMENTARES
de 10 (dez) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob
pena de ser considerado renunciante. Art. 112. As representações de 2 (dois) ou mais partidos,
§ 2.º No período ordinário a posse será em sessão, por deliberação das respectivas bancadas, poderão constituir
enquanto no recesso dar-se-á perante o Presidente. Bloco Parlamentar, sob liderança comum, respeitado o
§ 3.º Tendo prestado o compromisso de posse uma vez, o número mínimo estipulado no § 6.º do artigo 108.
suplente de Vereador fica dispensado de fazê-lo em § 1.º O Bloco Parlamentar terá, no que couber, o
convocações subsequentes. tratamento dispensado por este Regimento às bancadas
§ 4.º Enquanto a vaga não for preenchida, calcular-se-á o partidárias com representação na Câmara.
quórum em função dos Vereadores remanescentes. § 2.º As lideranças dos partidos que se coligarem em bloco
parlamentar perderão suas atribuições e prerrogativas
Art. 107. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á regimentais.
eleição para preenchê-la, convocada pelo Tribunal Regional § 3.º Se o desligamento de uma bancada implicar a perda
Eleitoral, por solicitação do Presidente da Câmara, se faltarem do quórum exigido na forma do caput, extinguir-se-á
mais de 15 (quinze) meses para o término do mandato. automaticamente o Bloco Parlamentar.
§ 4.º O Bloco Parlamentar terá existência circunscrita à
CAPÍTULO VIII legislatura, devendo o ato de sua criação e as alterações
DOS LÍDERES E REPRESENTANTES PARTIDÁRIOS posteriores ser apresentadas à Mesa, para registro e
publicação.
Art. 108. Líder é o porta-voz de uma bancada partidária ou § 5.º A bancada que integrava Bloco Parlamentar
de um bloco parlamentar e o intermediário entre eles e os dissolvido, ou a que dele se desvincular, não poderá constituir
órgãos da Câmara. ou integrar outro no mesmo ano legislativo.
§ 1.º Cada bancada partidária ou bloco parlamentar terá § 6.º A agremiação integrante de um Bloco Parlamentar
um Líder e um Vice-Líder, salvo o disposto no § 6.º. não poderá fazer parte de outro, concomitantemente.
§ 2.º As bancadas partidárias ou blocos parlamentares
indicarão à Mesa da Câmara, mediante documento subscrito
pela maioria de seus membros, no início da sessão legislativa,
os respectivos Líderes e Vice-Líderes.
§ 3.º Havendo empate na indicação, prevalecerá a do
Vereador mais idoso.

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TÍTULO IV § 4.º Verificada a existência de número regimental, o


DAS SESSÕES Presidente, em pé, no que deverá ser acompanhado pelos
CAPÍTULO I demais Vereadores, declarará aberta a sessão, proferindo os
DISPOSIÇÕES GERAIS seguintes termos: “SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS OS
NOSSOS TRABALHOS”. Em seguida, convidará Vereador para
Art. 113. A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, proceder à leitura de texto bíblico.
extraordinárias, solenes, especiais e comemorativas. § 5.º O tempo de tolerância previsto no § 1.º será
§ 1.º Ordinárias são as realizadas em datas e horários computado no prazo de duração do período correspondente.
previstos neste Regimento.
§ 2.º Extraordinárias são as realizadas em ocasiões Art. 116. A sessão poderá ser suspensa para:
diversas das fixadas para as sessões ordinárias. I – preservar a ordem;
§ 3.º Solenes são as destinadas à: II – permitir, quando necessário, que comissão emita
I – instalação da legislatura; parecer verbal ou complemente parecer escrito;
II – posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores; III – entendimento de lideranças sobre matéria em
III – eleição e posse da Mesa Executiva da Câmara para o discussão;
primeiro biênio da legislatura; IV – recepção de autoridades, convidados especiais e
IV – outorga de honrarias ou prestação de homenagens. visitantes;
§ 4.º Especiais são as destinadas à: V – o trato de questões não previstas neste artigo.
I – eleição da Mesa Executiva para o segundo biênio da Parágrafo único. O tempo de suspensão não será
legislatura; computado na duração do período.
II – escolha das Comissões Permanentes e indicação dos
Líderes e Vice-Líderes de bancadas ou blocos parlamentares. Art. 117. A sessão será encerrada à hora regimental,
§ 5.º Comemorativas são as destinadas à comemoração exceto:
de datas cívicas ou históricas. I – por falta de quórum regimental para o prosseguimento
§ 6.º Independem de convocação as sessões com datas dos trabalhos;
expressas para sua realização. II – quando esgotadas as matérias da Ordem do Dia;
§ 7.º As sessões extraordinárias, solenes, especiais e III – quando esgotadas as matérias da Ordem do Dia e não
comemorativas não serão remuneradas, em nenhuma houver oradores no período do Grande Expediente;
hipótese. IV – quando esgotada a lista de oradores do Grande
§ 8.º As sessões previstas no § 3.º, incisos I, II e IV, e no § Expediente;
5.º, poderão ser realizadas com qualquer número. V – quando prorrogado o período da Ordem do Dia;
§ 9.º As sessões extraordinárias, solenes, especiais e VI – por tumulto grave;
comemorativas só terão a Ordem do Dia, observadas, no que VII – em caráter excepcional, a requerimento de qualquer
couber, as disposições adotadas para este período nas sessões Vereador, por motivo de luto nacional, pelo falecimento de
ordinárias. autoridade ou alta personalidade, ou por calamidade pública,
§ 10. Não haverá sessões ordinárias da Câmara nos dias em qualquer fase dos trabalhos.
que coincidirem com feriados ou pontos facultativos.
§ 11. As sessões ordinárias previstas para os dias que Art. 118. O Hino Nacional Brasileiro será executado nas
coincidirem com feriados e pontos facultativos poderão ser sessões que antecederem datas cívicas e comemorativas e o
antecipadas para a data imediatamente anterior ou Hino do Município na abertura da primeira sessão ordinária
transferidas para a subsequente, a critério do Presidente da mensal, após a leitura de texto bíblico.
Câmara. Parágrafo único. Nas sessões solenes serão executados o
§ 12. O cancelamento de sessão dependerá de prévio Hino Nacional Brasileiro e o Hino a Maringá.
requerimento, subscrito pela maioria absoluta dos membros
da Câmara, exceto em caso de força maior. CAPÍTULO II
§ 13. As sessões da Câmara serão públicas. DAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Art. 114. As sessões serão realizadas no recinto destinado Art. 119. As sessões ordinárias serão realizadas às terças
ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se e quintas-feiras, com início às 16 (dezesseis) horas,
efetivarem fora dele. independentemente de convocação, ressalvado o disposto nos
§ 1.º Comprovada a impossibilidade de acesso àquele §§ 2.º e 3.º deste artigo.
recinto, ou outra causa que impeça sua utilização, as sessões § 1.º A pauta da Ordem do Dia, quando não anunciada em
poderão ser realizadas em outro local, por deliberação da sessão, e os avulsos das matérias nela constantes serão
Mesa. entregues até 4 (quatro) horas antes do início da sessão.
§ 2.º As sessões solenes, as comemorativas e as ordinárias § 2.º As sessões ordinárias poderão ter caráter itinerante,
de caráter itinerante poderão ser realizadas fora do recinto da realizando-se em pontos diversos do Município.
Câmara, por deliberação do Presidente. § 3.º Os locais, datas e horários de realização das sessões
itinerantes serão definidos com base em requerimento
Art. 115. Salvo previsão regimental em contrário, as subscrito pela maioria absoluta dos Vereadores ou dos Líderes
sessões serão abertas com a presença mínima de 1/3 (um de Bancada ou Bloco Parlamentar, mediante deliberação do
terço) dos membros da Câmara. Presidente.
§ 1.º No horário de início designado, inexistindo quórum § 4.º O cumprimento do contido no § 1.º poderá ser feito
em primeira chamada, haverá tolerância máxima de 15 através da rede integrada de computadores.
(quinze) minutos. § 5.º As sessões realizadas na sede do Legislativo também
§ 2.º Persistindo a falta de número legal, lavrar-se-á Termo poderão ter o horário de início antecipado ou retardado em
de Comparecimento dos Vereadores. situações de ordem relevante, mediante requerimento
§ 3.º Em se tratando de sessão ordinária, na hipótese do subscrito conforme o § 3.º.
parágrafo anterior, o Presidente despachará o expediente que
independa da manifestação plenária. Art. 120. As sessões ordinárias terão os seguintes
períodos:

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I – Pequeno Expediente; § 3.º Aplicam-se as disposições deste artigo, no que couber,


II – Ordem do Dia; às matérias preferenciais ou em regime de urgência.
III – Grande Expediente.
Parágrafo único. As sessões previstas para as quintas- Subseção I
feiras não terão o período do Grande Expediente. Da Prorrogação da Ordem do Dia

Seção I Art. 125. O tempo de duração da Ordem do Dia, inclusive


Do Pequeno Expediente de sessão extraordinária, poderá ser prorrogado, por uma
única vez, pelo prazo de até 90 (noventa) minutos, a critério
Art. 121. O Pequeno Expediente terá a duração de 60 do Presidente.
(sessenta) minutos, destinando-se: Parágrafo único. O Presidente comunicará a prorrogação
I – à leitura e aprovação de ata de sessão anterior; da Ordem do Dia ao Plenário, no mínimo, 15 (quinze) minutos
II – à leitura do sumário do expediente recebido pela Mesa; antes do término do período.
III – à leitura do sumário das proposições encaminhadas à
Mesa; Subseção II
IV – ao pronunciamento dos Vereadores. Da Inversão da Pauta da Ordem do Dia
§ 1.º As matérias figurarão na pauta do expediente
seguindo a ordem de protocolo e registro feita pela Secretaria Art. 126. A inversão da pauta da Ordem do Dia é a forma
e as que independem da deliberação plenária serão pela qual será corrigida a irregular distribuição das matérias
despachadas prontamente pelo Presidente. nela contidas, quando não observada a ordem prevista no
§ 2.º Todas as matérias lidas neste período deverão estar artigo 124 deste Regimento, ou protelada a apreciação de
protocoladas até 2 (duas) horas antes do início da sessão. proposição de natureza controversa ou complexa, ainda que
§ 3.º Se a entrada da matéria ocorrer após o horário de caráter preferencial ou urgente.
estabelecido no parágrafo anterior, figurará no expediente da Parágrafo único. A inversão dar-se-á por requerimento
sessão ordinária seguinte, dispensada esta exigência, nos verbal de qualquer Vereador, despachado de plano pelo
períodos de recesso, para as matérias constantes do inciso II Presidente no primeiro caso e deliberado pelo Plenário na
do caput. segunda hipótese.
§ 4.º Concluída a leitura do sumário das proposições, o
Presidente dará a palavra aos Vereadores, durante 5 (cinco) Seção III
minutos improrrogáveis a cada orador, a fim de expor assunto Do Grande Expediente
de sua livre escolha, não se permitindo apartes.
§ 5.º A chamada dos oradores obedecerá à ordem de Art. 127. Esgotadas as matérias da pauta da Ordem do Dia
inscrição. ou o tempo regimental de sua duração, iniciar-se-á o período
§ 6.º Não se admitirá cessão de tempo nos do Grande Expediente, que terá a duração de 60 (sessenta)
pronunciamentos realizados no Pequeno Expediente. minutos.
Parágrafo único. O prazo de prorrogação da Ordem do Dia
Seção II será deduzido do tempo de duração deste período.
Da Ordem do Dia
Art. 128. Aberto o Grande Expediente, o Presidente
Art. 122. Esgotadas as matérias e pronunciamentos do concederá a palavra a cada Vereador pelo prazo de 10 (dez)
Pequeno Expediente ou o tempo regimental de sua duração, minutos, para que discorra sobre assunto de sua livre escolha,
passar-se-á ao período da Ordem do Dia, que terá a duração ressalvado o disposto no artigo 258.
normal de 2 (duas) horas. § 1.º A ordem de chamada obedecerá à inscrição constante
do painel eletrônico.
Art. 123. No período da Ordem do Dia, quando o número § 2.º Será considerado desistente o Vereador que deixar de
de presenças for inferior ao quórum exigido para a votação das ocupar a tribuna quando chamado.
matérias, sua discussão dar-se-á exclusivamente por decisão § 3.º O Vereador chamado, desistindo expressamente da
do Presidente, salvo o disposto no § 8.º do artigo 113. palavra, poderá cedê-la a outro, exceto para o Vereador que já
Parágrafo único. Esgotada a discussão da matéria ou tenha feito uso da palavra.
matérias, quando ocorrer, e persistindo a falta de quórum, o
Presidente encerrará a sessão, ou passará ao Grande CAPÍTULO III
Expediente, se houver. DA COMISSÃO GERAL

Art. 124. A organização da pauta da Ordem do Dia Art. 129. A sessão plenária da Câmara, quando reunida em
obedecerá à seguinte distribuição: caráter ordinário ou extraordinário, será transformada em
I – matérias preferenciais; Comissão Geral, no período da Ordem do Dia, pelo tempo
II – projetos de iniciativa popular; necessário, a critério e sob a direção do Presidente, para:
III – projetos de autoria do Prefeito; I – discussão de assuntos de interesse comunitário, de
IV – projetos de autoria da Mesa Executiva; ordem urgente e relevante, com segmentos organizados da
V – projetos de autoria de Comissão Permanente; sociedade local;
VI – projetos de autoria de Vereadores; II – comparecimento do Prefeito, Secretários Municipais ou
VII – pareceres; equivalentes, com o objetivo de tratar de questões de interesse
VIII – recursos; público;
IX – requerimentos. III – concessão da palavra a autoridades, convidados
§ 1.º Terão precedência entre os projetos da mesma especiais e visitantes ilustres, bem como entrega de honraria
iniciativa, pela ordem, os projetos de lei complementar, os ou prestação de homenagem.
projetos de lei ordinária, de decreto legislativo e de resolução. § 1.º Na hipótese do inciso I, assegurar-se-á ao
§ 2.º Observar-se-á, em cada caso, o estágio de discussão representante da entidade o uso da palavra pelo prazo de 5
da proposição, se este não for único, e, depois, sua ordem (cinco) minutos, para exposição preliminar, sem apartes,
numérica crescente. abrindo-se, em seguida, tempo de 2 (dois) minutos para

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interpelação do orador por parte dos Vereadores previamente V – ultrapassar o prazo que lhe compete;
inscritos, assegurado igual tempo para resposta. VI – deixar de atender às advertências do Presidente.
§ 2.º Na situação prevista no inciso II, adotar-se-á a mesma
sistemática prevista no § 1.º, permitida a prorrogação do Art. 134. O uso da palavra será regulado pelas seguintes
tempo inicial em 5 (cinco) minutos, a juízo do Presidente. normas:
§ 3.º Em relação ao inciso III, o uso da palavra será I – o orador deverá falar da tribuna, a menos que o
franqueado por tempo a critério do Presidente, devendo a Presidente permita o contrário;
saudação oficial, em nome da Câmara, ser feita exclusivamente II – salvo o Presidente, o Vereador falará em pé; quando
por Vereador designado para este fim. impossibilitado, poderá obter permissão para falar sentado;
§ 4.º Alcançada a finalidade da Comissão Geral, a sessão III – ao falar em plenário, o orador deverá ocupar o
plenária terá andamento a partir da fase em que microfone, dirigindo-se sempre ao Presidente ou à Câmara
ordinariamente se encontrariam os trabalhos. voltado para a Mesa, exceto quando receber aparte;
§ 5.º O disposto neste artigo não se aplica nos períodos de IV – dirigindo-se ou referindo-se a colega Vereador, dar-
recesso. lhe-á o tratamento de “senhor(a)”, “vereador(a)”, “excelência”,
“nobre colega” ou “nobre vereador(a)”;
CAPÍTULO IV V – nenhum Vereador poderá se referir a seus pares e, de
DA ORDEM DOS DEBATES modo geral, a qualquer cidadão ou autoridade de modo
Seção I descortês ou injurioso;
Disposições Gerais VI – nenhum Vereador poderá interromper o orador, assim
considerado aquele a quem o Presidente já tenha dado a
Art. 130. Os debates devem ser realizados com ordem e palavra, de forma antirregimental;
solenidade próprias da dignidade do Legislativo, não podendo VII – se o Vereador falar com infringência de dispositivo
o Vereador fazer uso da palavra sem que o Presidente a regimental, o Presidente dará por encerrado seu
conceda e em desconformidade com as prescrições pronunciamento;
regimentais. VIII – se o Vereador permanecer na tribuna, o Presidente
§ 1.º Os Vereadores deverão permanecer nas respectivas adverti-lo-á, convidando-o a tomar seu assento;
bancadas, no decorrer da sessão. IX – se, ainda assim, o Vereador insistir em falar ou
§ 2.º Nenhuma conversação será permitida no recinto do perturbar a ordem dos trabalhos, será convidado a se retirar
Plenário em tom que dificulte a realização dos trabalhos. do Plenário, e o Presidente, além de poder determinar a
suspensão ou o encerramento da sessão, tomará as
Art. 131. Para a discussão de qualquer matéria, o Vereador providências cabíveis.
deverá se inscrever previamente.
§ 1.º Admite-se alteração na ordem de inscrição, desde que Art. 135. Quando mais de um Vereador solicitar a palavra
devidamente autorizada pelas partes interessadas. simultaneamente, o Presidente a concederá na seguinte
§ 2.º Poderá ocorrer cessão de tempo para outro Vereador ordem:
não inscrito, mediante prévia comunicação à Mesa. I – ao autor;
§ 3.º É vedada nova inscrição na mesma fase de discussão, II – aos relatores da matéria;
salvo se, ao ser anunciado para uso da palavra, o Vereador se III – aos autores de parecer escrito em separado;
encontrar justificadamente ausente do Plenário. IV – ao Vereador mais idoso.
§ 4.º O tempo de que dispuser o Vereador começará a fluir Parágrafo único. No caso dos incisos II e III, observar-se-
no instante em que lhe for dada a palavra. á a ordem de tramitação da matéria no âmbito das Comissões
§ 5.º O autor da matéria poderá solicitar à Mesa que o Permanentes.
inscreva, em primeiro lugar, para justificar a iniciativa da
respectiva proposição. Seção II
Dos Prazos para Uso da Palavra
Art. 132. Com a palavra, o Vereador não poderá ser
interrompido, exceto nos seguintes casos: Art. 136. O Vereador fará uso da palavra por uma única vez
I – para atender ao pedido da palavra “pela ordem”, sobre o mesmo assunto, salvo as exceções previstas neste
motivado pela inobservância de dispositivos regimentais; Regimento, para:
II – quando infringir disposição regimental; I – por 2 (dois) minutos:
III – quando aparteado, nos termos deste Regimento; a) impugnar ou retificar ata;
IV – para comunicação importante, urgente e inadiável à b) expor parecer verbal;
Câmara; c) encaminhar votação;
V – para colocações de ordem do Presidente; d) justificar o voto;
VI – para a recepção de autoridades, convidados e e) pela ordem;
visitantes ilustres; f) falar em nome da liderança ou representação partidária;
VII – pelo transcurso do tempo regimental. g) justificar falta;
§ 1.º Quando o orador for interrompido em seu h) defender-se de ataque ou acusação de colega Vereador;
pronunciamento, salvo nas hipóteses dos incisos II, III e V, o II – por 5 (cinco) minutos:
prazo de interrupção não será computado no tempo que lhe a) discutir veto;
cabe. b) discutir parecer contrário;
§ 2.º O término do prazo que couber ao orador ser-lhe-á c) discutir recursos;
comunicado, 2 (dois) minutos antes de esgotado. d) discutir requerimentos sujeitos a debate;
e) discursar no Pequeno Expediente;
Art. 133. É vedado ao Vereador que solicitar a palavra, ou III – por 10 (dez) minutos:
ao seu aparteante, sob qualquer pretexto: a) discutir proposta de emenda à Lei Orgânica, projetos de
I – usá-la com finalidade diferente da alegada; lei complementar ou ordinária, de decreto legislativo e de
II – desviar-se da matéria em debate; resolução, bem como seu substitutivo ou redação final, quando
III – falar sobre matéria vencida; houver;
IV – usar de linguagem imprópria;

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APOSTILAS OPÇÃO

b) justificar a apresentação de matéria em debate, quando § 2.º Não se admitirá nova “questão de ordem” em matéria
autor; já decidida ou pendente de decisão.
c) discursar no Grande Expediente;
d) discursar em saudação especial; Art. 141. Não se admitirá o uso da palavra “pela ordem”:
e) discutir outros processos sujeitos à deliberação I – no Pequeno Expediente e no Grande Expediente, exceto
plenária, salvo se a matéria assim não o justificar, a critério do para o Vereador reclamar a observância do Regimento
Presidente. Interno;
II – no caso do artigo 21;
Seção III III – durante qualquer votação ou verificação de votação.
Dos Apartes
CAPÍTULO V
Art. 137. Aparte é a interrupção consentida, breve e DAS ATAS
oportuna do orador, para indagação, esclarecimento ou
contestação sobre o assunto da matéria em debate. Art. 142. De cada sessão plenária será lavrada ata,
§ 1.º O aparte, formulado de forma respeitosa, ocorrerá contendo cabeçalho identificador, data e horário de seu início
nos períodos da Ordem do Dia e do Grande Expediente, salvo e término, nome de quem a tenha presidido, relação dos
o disposto no § 2.º deste artigo. Vereadores presentes e ausentes, com expressa referência às
§ 2.º Não serão permitidos apartes: faltas justificadas, e exposição sucinta dos trabalhos
I – no caso do artigo 21; efetivados.
II – paralelos ou cruzados; § 1.º Não havendo sessão por falta de quórum, aplicar-se-
III – quando o orador não o permitir, tácita ou á o disposto no artigo 115, § 2.º.
expressamente; § 2.º A ata será considerada aprovada, independentemente
IV – nos 2 (dois) minutos finais do tempo do uso da de consulta ao Plenário, salvo se houver impugnação ou
palavra; pedido de retificação.
V – no encaminhamento de votação ou justificativa de voto; § 3.º Aprovada a impugnação, lavrar-se-á uma nova ata.
VI – nos casos de uso da palavra pela ordem ou pela § 4.º Aprovado o pedido de retificação, lavrar-se-á termo
liderança; correspondente, que com ela será arquivado.
VII – nas hipóteses de uso da palavra em que não cabe § 5.º Aprovada na forma regimental, a ata será assinada
aparte. conforme dispõe o artigo 16, I, “c”;
§ 3.º Os apartes subordinam-se às disposições relativas § 6.º As atas serão encadernadas por sessão legislativa e
aos debates, em tudo que lhes seja aplicável. recolhidas ao arquivo da Câmara.
§ 4.º Não serão registrados apartes proferidos em § 7.º A ata da última sessão da legislatura será redigida e
desacordo com as normas regimentais. submetida à apreciação plenária, com qualquer número, antes
do respectivo encerramento.
Seção IV § 8.º Nas Sessões Extraordinárias, a ata será apreciada no
Da Ordem e da Questão de Ordem período da Ordem do Dia.

Art. 138. O Vereador poderá pedir a palavra “pela ordem” Art. 143. Os documentos lidos em sessão serão
para: mencionados em resumo na ata, salvo quando requerida a
I – interpor questão de ordem; inserção integral.
II – falar em nome da liderança ou da representação Parágrafo único. Os documentos lidos durante o discurso
partidária; consideram-se parte integrante do mesmo e deverão ser
III – comunicar assunto relevante, urgente ou inadiável à entregues à Mesa logo após o pronunciamento.
Câmara;
IV – propor requerimentos verbais; Art. 144. Faculta-se ao Vereador que tenha participado
V – defender-se de ataque ou acusação de colega Vereador. dos debates requerer à Presidência a inserção parcial ou
§ 1.º Durante a deliberação de matéria constante da Ordem integral de seu pronunciamento em ata, bem como as razões
do Dia o uso da palavra “pela ordem” só será admitido nos do voto, vencedor ou vencido.
casos dos incisos I, IV e V. Parágrafo único. Em se tratando do período do Grande
§ 2.º Nos casos dos incisos II e III, o uso da palavra “pela Expediente, a transcrição de qualquer discurso só ocorrerá
ordem” será admitido após a deliberação do item quando envolver questão de interesse público municipal,
correspondente. salvo, caso em contrário, se apresentado previamente à Mesa,
por escrito.
Art. 139. O Presidente não poderá recusar a palavra “pela
ordem” ao Vereador, mas poderá cassá-la imediatamente se TÍTULO V
constatar: DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA
I – que deixaram de ser mencionados com clareza e CAPÍTULO I
indicação precisa as disposições regimentais preteridas ou a DAS PROPOSIÇÕES
questão que se pretende elucidar;
II – improcedente a comunicação cogitada ou o requerido; Art. 145. Toda matéria sujeita à apreciação da Câmara
III – que versa sobre questão vencida. tomará a forma de proposição.
§ 1.º Para os Vereadores são admitidas a iniciativa
Art. 140. Toda dúvida quanto à observância e individual e a coletiva.
interpretação do Regimento Interno será tratada como § 2.º A proposição que exige forma escrita deverá estar
“questão de ordem”. assinada pelo autor ou autores e, nos casos previstos neste
§ 1.º Cabe ao Presidente decidir soberanamente sobre as Regimento, pelos que a apoiarem, podendo ser justificada,
questões de ordem, de plano ou dentro de 48 (quarenta e oito) salvo emenda, subemenda e requerimento, por escrito, no ato
horas, podendo submetê-las à imediata deliberação plenária, da apresentação, ou verbalmente, em caráter obrigatório,
quando entender necessário. quando incluída em Ordem do Dia, na primeira discussão.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3.º Para fins de exercício das prerrogativas regimentais, Art. 149. Ao encerrar-se a legislatura, todas as
considera-se autor da proposição de iniciativa coletiva o proposições sobre as quais a Câmara não tenha deliberado
primeiro signatário, cujo nome e assinatura deverá figurar definitivamente serão arquivadas.
com destaque, ressalvado no caso da iniciativa popular. § 1.º Excetuam-se do disposto neste artigo as proposições
§ 4.º As assinaturas em apoio a qualquer proposição só do Vereador reeleito, do Executivo e da iniciativa popular, que
serão retiradas formalmente. se consideram automaticamente reapresentadas, retornando
§ 5.º As proposições que fizerem referência a leis e demais ao exame das Comissões Permanentes quando não relatadas.
atos legais, ou tiverem sido precedidas de estudos, pareceres § 2.º As demais proposições, regimentalmente, poderão
ou despachos, deverão vir acompanhadas dos respectivos ser reapresentadas por qualquer Vereador interessado.
textos.
§ 6.º As proposições terão suas folhas numeradas Art. 150. As proposições de autoria de Vereador que se
cronologicamente a partir da inicial. afastar do exercício do cargo, temporária ou definitivamente,
§ 7.º Ressalvadas as exceções regimentais, as proposições, terão tramitação normal, independentemente de pedido.
sujeitas ou não à deliberação do Plenário, independem de Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se também
apoiamento. aos suplentes de Vereador quando no exercício temporário do
§ 8.º A Mesa manterá sistema de controle da apresentação cargo.
das proposições, fornecendo ao autor comprovante de entrega
em que se ateste o dia e a hora de entrada das mesmas. CAPÍTULO II
DA ADMISSIBILIDADE DAS PROPOSIÇÕES
Art. 146. A Mesa, pelo Presidente, conforme artigo 16,
inciso II, alínea “b”, indeferirá a proposição que: Art. 151. O exame preliminar para fins de admissibilidade
I – verse sobre assunto de manifesta incompetência da dos projetos far-se-á na conformidade do artigo 49, inciso I.
Câmara ou que seja, evidentemente, inconstitucional ou ilegal; § 1.º No caso de parecer pela admissibilidade parcial da
II – delegue a outrem poderes e atribuições privativos do proposição, a comissão proporá emenda supressiva ou
Legislativo; modificativa, segundo o caso.
III – contrarie prescrição regimental; § 2.º Na hipótese de parecer pela inadmissibilidade da
IV – não esteja redigida com clareza, em termos explícitos proposição, comunicado o autor, será arquivada.
e concisos, observada a técnica legislativa, salvo o disposto no § 3.º O autor da proposição, dentro de 10 (dez) dias úteis
artigo 227, § 7.º; da comunicação de que trata o parágrafo anterior, se o desejar,
V – fazendo menção a documentos em geral, não contenha apresentará recurso de revista à comissão para que o parecer
referência capaz de assegurar sua perfeita identificação; seja reconsiderado.
VI – seja idêntica ou semelhante a outra em tramitação, ou § 4.º Rejeitado o recurso, a proposição será
que disponha no mesmo sentido de lei, de decreto legislativo definitivamente arquivada; acolhido, a proposição retornará
ou de resolução existentes, sem alterá-los ou revogá-los; às comissões que devam manifestar-se na sequência.
VII – deixe de observar as restrições impostas para sua § 5.º Na apreciação do recurso de revista, a comissão, com
renovação ou consubstanciem matéria anteriormente o auxílio da Procuradoria Jurídica, emitirá decisão
rejeitada por inconstitucionalidade ou ilegalidade, ou assim fundamentada.
declarada prejudicada ou vetada e com o veto mantido;
VIII – em se tratando de substitutivo, emenda, subemenda CAPÍTULO III
ou adendo: DOS PROJETOS
a) não guarde direta relação com a proposição a que se
refere; Art. 152. A Câmara exerce sua função legislativa por meio
b) acarrete, nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, de projeto de lei complementar, projeto de lei ordinária,
aumento da despesa ou redução da receita, ressalvado o projeto de decreto legislativo e projeto de resolução, além da
disposto no artigo 112 da Lei Orgânica do Município; proposta de emenda à Lei Orgânica do Município.
c) implique aumento da despesa prevista nos projetos que
dispõem sobre a estrutura orgânico-administrativa ou pessoal Art. 153. Projeto de Lei é o esboço de norma legislativa
da Câmara, salvo se assinada pela maioria absoluta; que, transformado em lei, destina-se a produzir efeitos
IX – verse sobre matéria característica de indicação. impositivos e gerais.
Parágrafo único. O indeferimento de proposição deverá § 1.º A iniciativa dos projetos de lei cabe à Mesa da Câmara,
ser fundamentado pelo Presidente. ao Prefeito, ao Vereador, conforme artigo 145, § 1.º, às
Comissões e à iniciativa popular.
Art. 147. Para os fins do artigo anterior, considera-se: § 2.º É privativa do Prefeito a iniciativa dos projetos de lei
I – idêntica a matéria de igual teor ou que, ainda que mencionados no artigo 29, § 1.º, da Lei Orgânica do Município.
redigida de forma diferente, dela resultem iguais § 3.º É vedada a propositura de projetos de lei que versem
consequências; sobre matérias características de indicação.
II – semelhante a matéria que, embora diversa a forma e § 4.º No cumprimento do que dispõe o § 3.º, a Comissão de
diversas as consequências, aborde assunto especificamente Constituição e Justiça deverá recomendar a transformação de
tratado em outra. projeto de lei autorizativo em indicação, quando este se referir
Parágrafo único. No caso de semelhança, a proposição a obras e serviços públicos cuja execução independa de
posterior será anexada à anterior, para servir de elemento de autorização por lei específica e constitua proposição de caráter
auxílio no estudo da matéria. indicativo.

Art. 148. Quando, por extravio ou retenção indevida não Art. 154. O Prefeito poderá solicitar urgência para a
for possível o andamento normal de uma proposição, a Mesa tramitação de projetos de sua iniciativa.
fará reconstituir o processo pelos meios ao seu alcance e § 1.º Solicitada urgência, a Câmara deverá se manifestar
providenciará sua ulterior tramitação. em até 45 (quarenta e cinco) dias sobre a proposição, contados
da data em que for feita a solicitação.
§ 2.º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem
deliberação da Câmara, o projeto será incluído na pauta da

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Ordem do Dia, sobrestando-se as demais matérias, até que se CAPÍTULO IV


ultime a votação. DO SUBSTITUTIVO, DA EMENDA E DA SUBEMENDA
§ 3.º O prazo do § 1.º não corre nos períodos de recesso
nem se aplica aos projetos de lei complementar. Art. 160. Substitutivo é a proposição que visa suceder
outra e que abrange seu todo sem lhe alterar a substância ou
Art. 155. A matéria constante de projeto de lei reprovado, modificar sua autoria.
pelo Plenário ou no âmbito da Comissão de Constituição e § 1.º Não será permitido a um mesmo autor a apresentação
Justiça, somente constituirá objeto de novo projeto, na mesma de mais de um substitutivo para o mesmo projeto.
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos § 2.º O substitutivo terá preferência na discussão e
membros da Câmara, ressalvadas as vedações regimentais. votação, independentemente de pedido, sobre a proposição
original.
Art. 156. Projeto de Decreto Legislativo é a proposição § 3.º Havendo mais de um substitutivo, eles serão
destinada a regular matéria de exclusiva competência da discutidos conjuntamente, mas votados em separado, na
Câmara, que tenha efeito externo, tais como: ordem inversa de apresentação, salvo quando for da iniciativa
I – concessão de licença ao Prefeito para se afastar do de Comissão, quando terá primazia sobre os demais.
exercício do cargo ou autorização para se ausentar do § 4.º A aprovação de um substitutivo prejudica os demais,
Município por período superior a 15 (quinze) dias bem como a proposição original, emendas e subemendas
consecutivos, exceto nos casos dos incisos II e III do § 1.º do eventualmente aprovadas.
artigo 253; § 5.º Admitem-se emendas e subemendas ao substitutivo,
II – aprovação ou rejeição do Parecer Prévio sobre as desde que aprovadas por maioria absoluta.
contas do Prefeito, proferido pelo Tribunal de Contas do
Estado; Art. 161. Emenda é a proposição apresentada como
III – representação à Assembleia Legislativa sobre acessória de outra, com a finalidade de aditar, modificar,
modificação territorial ou mudança do nome da sede do substituir, aglutinar ou suprimir dispositivo, podendo ser:
Município; I – Emenda Aditiva, a que acresce expressão ou
IV – aprovação ou referendo de convênios ou acordos de dispositivo a outra proposição;
que for parte o Município. II – Emenda Modificativa, a que altera a redação de um ou
mais artigos da proposição;
Art. 157. Projeto de Resolução é a proposição destinada a III – Emenda Substitutiva, a apresentada como sucedânea
regular matéria de caráter político-administrativo da Câmara, de dispositivos de uma proposição (artigo, parágrafo, inciso,
de efeito interno, tais como: alínea, item);
I – perda do mandato de Vereador; IV – Emenda Aglutinativa, a que resulta da fusão de
II – mudança do local de funcionamento da Câmara; outras emendas ou destas com o texto;
III – conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito; V – Emenda Supressiva, a destinada a excluir expressão
IV – autorização para abertura de créditos adicionais ou dispositivo de uma proposição.
suplementares, através do aproveitamento total ou parcial das § 1.º Considera-se formal a alteração que vise
consignações orçamentárias da Câmara; exclusivamente ao aperfeiçoamento da técnica legislativa.
V – organização dos serviços administrativos da Câmara, § 2.º Denomina-se Emenda de Redação a modificativa que
criação, transformação ou extinção dos seus cargos e funções; visa a sanar vício de linguagem, incorreção de técnica
VI – toda matéria de ordem regimental; legislativa ou lapso manifesto.
VII – todo e qualquer assunto de sua economia interna, de § 3.º Denomina-se subemenda a emenda apresentada a
caráter geral ou normativo, que não se compreenda nos limites outra.
do simples ato administrativo.
Art. 162. Ressalvadas as exceções regimentais e o disposto
Art. 158. A apresentação dos Projetos de Decreto no artigo 112 da Lei Orgânica do Município, os substitutivos,
Legislativo e de Resolução far-se-á com expressa observância emendas e subemendas serão apresentados do início da
do que determina este Regimento e a Lei Orgânica do tramitação da proposição até o término de sua apreciação por
Município, pela Mesa Executiva, pelas Comissões da Câmara e parte do órgão legislativo, pela Mesa Executiva, pelas
pelos Vereadores. Comissões, pelos Vereadores.
Parágrafo único. Os Decretos Legislativos e as Resoluções § 1.º Se a proposição objeto da modificação estiver incluída
deverão ser promulgados pelo Presidente da Câmara, no prazo em Ordem do Dia, os substitutivos deverão ser protocolados
de até 10 (dez) dias da aprovação dos respectivos projetos, e até 2 (duas) horas antes do início da sessão e as emendas e
se este não o fizer, caberá ao 1.º e 2.º Vice-Presidentes, subemendas até 1 (uma) hora antes do início da sessão,
sucessivamente, fazê-lo, em igual prazo. cabendo ao setor competente da Câmara Municipal o
encaminhamento imediato a todos os gabinetes, por meio
Art. 159. Os projetos conterão simplesmente a expressão impresso ou eletrônico, do conteúdo apresentado.
da vontade legislativa e serão precedidos de título enunciativo, § 2.º O Prefeito formulará modificações em projetos de sua
ementa de seus objetivos, redigidos de forma clara e precisa, autoria, em tramitação no Legislativo, por meio de Mensagem
com artigos concisos e compatíveis, não podendo conter Aditiva, observado o disposto neste artigo.
matérias em antagonismo ou sem relação entre si, numerados
e, ao final, assinados na forma regimental. Art. 163. As emendas e subemendas serão discutidas em
Parágrafo único. A numeração dos artigos far-se-á pelo conjunto com as proposições principais e votadas
processo ordinal, de um a nove, e pelo processo cardinal, de antecipadamente, de forma individual, resguardado o disposto
dez em diante. no artigo 171, inciso VII.
§ 1.º Na votação, terão preferência, respectivamente, a
emenda supressiva, a aglutinativa, a substitutiva, a
modificativa e a aditiva, mantida a mesma ordem para as
subemendas.

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§ 2.º Quando apresentada mais de uma ou de outra III – informações sobre os trabalhos da sessão;
emenda sobre o mesmo texto da matéria, serão votadas na IV – requisição de documentos, processo, livro ou
ordem inversa de apresentação. publicação existente na Câmara, versando sobre proposição
em discussão;
Art. 164. Salvo deliberação plenária em contrário, tomada V – inversão da pauta da Ordem do Dia, quando
por maioria absoluta, se não for exigido quórum maior para a relacionada à correção da irregular distribuição das matérias;
aprovação da matéria, o substitutivo, a emenda ou subemenda VI – dispensa de leitura de proposição constante da Ordem
não poderão reincorporar parte suprimida do texto original da do Dia;
proposição ou eliminar outras transformações já aprovadas. VII – encerramento de discussão;
VIII – verificação de quórum;
CAPÍTULO V IX – encaminhamento de votação;
DAS INDICAÇÕES X – verificação de votação;
XI – justificativa do voto;
Art. 165. Respeitada sua área de competência, a Câmara XII – consignação do voto em ata;
exerce a função auxiliadora ou de assessoramento à XIII – inserção parcial ou integral de pronunciamento em
Administração Municipal através de indicações. ata;
§ 1.º Indicação é a proposição que sugere ao Poder XIV – consignação em ata de voto de pesar por falecimento
Executivo medidas de interesse público local, da alçada do de autoridade ou personalidade, ou, ainda, por grande
Município. calamidade pública;
§ 2.º Nenhuma indicação será aceita pela Mesa quando XV – inserção em ata de voto de louvor, júbilo ou
dirigida a particular ou a entidades das esferas estadual e congratulação por ato ou acontecimento de alta significação;
federal. XVI – comunicação de assunto relevante, urgente ou
§ 3.º As indicações referentes a concessionários ou inadiável à Câmara;
permissionários de serviços públicos municipais serão XVII – retirada de requerimento verbal;
endereçadas ao Prefeito. XVIII – observância de disposição regimental;
§ 4.º As indicações independem da deliberação plenária e XIX – suspensão ou encerramento da sessão, exceto no
deverão receber resposta do Poder Executivo no prazo de 30 caso do inciso V do artigo 116 e do inciso VII do artigo 117.
(trinta) dias, prorrogável por 15 (quinze) dias, desde que
solicitado e devidamente justificado, conforme dispõe o § 2.º Seção II
do artigo 13 da Lei Orgânica do Município. Requerimentos Escritos Sujeitos ao Despacho do
Presidente
CAPÍTULO VI
DAS MOÇÕES Art. 170. Serão escritos e sujeitos ao despacho do
Presidente, entre outros, os requerimentos que solicitarem:
Art. 166. Moção é a proposição em que é sugerida a I – arquivamento, pelo autor, de proposição ainda não
manifestação política da Câmara sobre determinado assunto, incluída em Ordem do Dia;
reivindicando providências, aplaudindo, congratulando, II – licença para Vereador, na forma do § 5.º do artigo 104;
hipotecando solidariedade ou apoio, apelando, protestando ou III – justificativa de falta à sessão;
repudiando, apresentando pesar. IV – destituição de membro de Comissão;
Parágrafo único. A moção será apresentada mediante V – juntada ou desentranhamento de documentos;
requerimento escrito, acompanhado do texto que será VI – desarquivamento de proposição;
submetido à deliberação plenária. VII – informação de caráter oficial sobre atos da Mesa ou
da Câmara; VIII – inclusão de proposição em pauta da Ordem
CAPÍTULO VII do Dia;
DOS REQUERIMENTOS IX – convocação de sessão extraordinária, solene ou
comemorativa, observadas as disposições regimentais;
Art. 167. Requerimento é a proposição dirigida, por X – prorrogação do prazo de funcionamento de comissão
qualquer Vereador, Comissão, Bancada Partidária ou Bloco especial de estudos, durante o recesso;
Parlamentar, ao Presidente ou à Mesa, sobre matéria de XI – manifestação da Câmara através de moção, nos casos
competência da Câmara. não previstos no inciso IX do artigo 172;
XII – vista de proposição já apreciada pelas Comissões
Art. 168. Os requerimentos classificam-se: Permanentes e ainda não incluída em Ordem do Dia ou com
I – quanto à forma, em verbais e escritos; pedido de adiamento da discussão ou votação aprovado pelo
II – quanto à competência decisória, sujeitos à decisão do Plenário;
Presidente ou à deliberação do Plenário. XIII – coautoria em proposições;
§ 1.º A critério do Presidente, poderão sofrer a XIV – realização de sessão itinerante.
manifestação da comissão permanente competente,
admitindo-se alterações, desde que aprovadas por maioria Seção III
absoluta. Requerimentos Verbais Sujeitos à Deliberação do
§ 2.º O Presidente é soberano na decisão sobre os Plenário
requerimentos de sua competência.
Art. 171. Serão verbais, não sofrerão discussão nem
Seção I encaminhamento de votação, e dependerão de deliberação do
Requerimentos Verbais Sujeitos ao Despacho do Plenário, entre outros, os requerimentos que solicitarem:
Presidente I – pedido de preferência para que proposição seja
apreciada com prioridade sobre as demais;
Art. 169. Serão verbais e sujeitos ao despacho do II – inserção integral de documento ou publicações de alto
Presidente, dentre outros, os requerimentos que solicitarem: valor cultural em ata;
I – uso da palavra ou desistência dela; III – suspensão e encerramento da sessão, no caso do inciso
II – permissão para falar sentado ou da bancada; V do artigo 116 e dos incisos VII do artigo 117;

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APOSTILAS OPÇÃO

IV – retirada de pauta de proposição incluída na Ordem do II – os projetos de resolução previstos no inciso VI do


Dia, se da iniciativa do Vereador, da Comissão ou da Mesa; artigo 13 e nos incisos II, III e V do artigo 157 deste Regimento,
V – discussão e/ou votação de proposição por partes ou em na forma dos capítulos específicos;
destaque; III – veto;
VI – votação de emendas em bloco ou em grupos definidos; IV – substitutivo, emenda ou subemenda;
VII – deliberação em bloco de proposições de natureza V – requerimento;
análoga; VI – moção;
VIII – audiência de comissão não ouvida sobre matéria em VII – recurso;
discussão; VIII – parecer;
IX – retirada ou reformulação de parecer por parte da IX – matérias não previstas neste artigo e que dependam
comissão que o exarou; da manifestação plenária.
X – destaque de emenda aprovada ou parte de proposição § 4.º Não se observará o interstício previsto no § 1.º na
para constituir matéria em separado; hipótese de convocação extraordinária da Câmara, desde que
XI – adiamento da discussão, adiamento da votação ou não sejam realizadas duas sessões extraordinárias na mesma
vista de proposição em Ordem do Dia; data, com a mesma finalidade.
XII – inversão da pauta da Ordem do Dia, quando destinada § 5.º O Decreto Legislativo relativo à cassação do mandato
a protelar a apreciação de matéria de natureza controversa ou do Prefeito ou seu substituto legal e a Resolução referente à
complexa. perda do mandato de Vereador serão expedidos na forma dos
capítulos específicos.
Seção IV
Requerimentos Escritos Sujeitos à Deliberação do Art. 174. Na primeira discussão debater-se-á o projeto em
Plenário sua totalidade e poderão ser oferecidos substitutivos ou
emendas.
Art. 172. Serão escritos, sujeitos à discussão e § 1.º Anunciada a discussão, qualquer Vereador poderá
encaminhamento de votação, e dependerão da deliberação do arguir sobre o mérito, a ilegalidade e a inconstitucionalidade
Plenário, entre outros, os requerimentos que solicitarem: da proposição e requerer o pronunciamento da Câmara.
I – informações e/ou documentos ao Prefeito sobre fato § 2.º Reconhecida a ilegalidade ou a inconstitucionalidade,
relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sujeita à ter-se-á a matéria como rejeitada.
fiscalização da Câmara, salvo pedido das comissões
permanentes ou temporárias; Art. 175. O segundo turno de discussão versará sobre o
II – informações a entidades públicas de outras esferas de mérito do projeto, alterado ou não, em conjunto com as
governo ou a entidades particulares; transformações eventualmente propostas neste estágio.
III – prorrogação do prazo de funcionamento de Comissão
Parlamentar de Inquérito, observado o disposto no § 3.º do Art. 176. No interregno da primeira e da segunda, se
artigo 85; aprovado substitutivo ou o projeto original com alteração
IV – prorrogação do prazo de funcionamento de comissão imposta por emenda, o processo, se forem complexas as
especial de estudos, no período ordinário; transformações havidas, será remetido à comissão
V – licença para Vereador, na forma do § 6.º do artigo 104; competente, para redigi-lo conforme o vencido.
VI – apreciação de proposição em regime de urgência Parágrafo único. A nova redação deverá estar concluída
especial; até 4 (quatro) horas antes da apreciação seguinte.
VII – constituição de Comissão Especial de Estudos ou de
Representação, salvo o disposto no artigo 83, § 1.º; Art. 177. Na terceira discussão deliberar-se-á sobre a
VIII – retirada de pauta de proposição incluída em Ordem redação final do projeto, contemplando as alterações sofridas
do Dia, quando do Poder Executivo ou da iniciativa popular; em primeira e segunda discussões, admitindo-se emendas de
IX – manifestação da Câmara através de moção de protesto redação.
ou repúdio.
Art. 178. A discussão de matéria constante da pauta da
TÍTULO VI Ordem do Dia será:
DAS DELIBERAÇÕES I – alterada, nos casos de inversão, preferência e
CAPÍTULO I apreciação em bloco;
DA DISCUSSÃO II – suspensa, salvo disposição em contrário, nos casos de
adiamento ou vista;
Art. 173. Discussão é a fase dos trabalhos destinada aos III – interrompida, no caso de arquivamento.
debates em Plenário das matérias constantes da pauta da
Ordem do Dia. Art. 179. O encerramento da discussão de qualquer
§ 1.º As matérias seguintes, exceto nos casos do § 3.º, proposição, salvo disposição em contrário, dar-se-á pela
incisos I e II, e do § 4.º, sofrerão apreciação em três turnos, com ausência de oradores, pela falta de quórum ou pelo decurso de
interstício mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, salvo a prazo regimental.
desnecessidade da terceira discussão: § 1.º Admite-se o encerramento da discussão, a
I – projeto de lei complementar; requerimento de qualquer Vereador, que não sofrerá
II – projeto de lei ordinária; discussão nem encaminhamento de votação, quando sobre a
III – projeto de decreto legislativo; matéria tenham falado o autor ou seu representante, um
IV – projeto de resolução. orador favorável e outro contrário e, quando for o caso, o
§ 2.º A proposta de emenda à Lei Orgânica do Município relator da Comissão de Constituição e Justiça.
sofrerá apreciação em dois turnos, na forma do artigo 209, § § 2.º Encerrada a discussão, far-se-á imediatamente a
1.º. votação da proposição.
§ 3.º Serão apreciados em turno único:
I – os projetos de decreto legislativo previstos no inciso I Art. 180. Nos casos do § 3.º do artigo 173, as proposições
do artigo 156 e no artigo 222 deste Regimento; serão apreciadas globalmente.

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APOSTILAS OPÇÃO

Seção Única Art. 186. A votação nominal, quando não for possível o uso
Do Adiamento da Discussão ou Vista do painel eletrônico, será feita pela lista dos Vereadores
presentes, os quais, após chamados, responderão “sim”, os
Art. 181. O Vereador poderá solicitar o adiamento da favoráveis, “não”, os contrários, e “eu me abstenho”, os que
discussão de qualquer proposição por até 5 (cinco) vezes e desejarem se abster.
dela obter vista por uma única vez. § 1.º A chamada prevista no caput seguirá ordem
Parágrafo único. Os requerimentos de adiamento ou de alfabética.
vista ficam subordinados às seguintes condições: § 2.º As chamadas para votação serão feitas iniciando-se,
I – prazo de adiamento por até 10 (dez) sessões e de vista sucessivamente, uma pelo primeiro, outra pelo último
por até 5 (cinco) dias úteis; Vereador da lista.
II – não se referir a projeto de lei do Executivo com prazo § 3.º A folha correspondente à votação, depois de assinada
fixado para votação. pelo 1.º Secretário, figurará como anexo da ata da sessão
correspondente.
Art. 182. Apresentados mais de um requerimento de
adiamento ou de vista para a proposição, será submetido à Art. 187. O processo de apuração do resultado das
deliberação, com preferência, o que pleitear menor prazo. votações será iniciado imediatamente após seu encerramento,
§ 1.º O prazo de adiamento ou de vista será contado, no consistindo na simples contagem dos votos favoráveis e
primeiro caso, a partir da sessão em que foi votado, e, no contrários e das abstenções, seguida da proclamação dos
segundo caso, a partir da entrega do processo ao Vereador. resultados auferidos, pelo Presidente.
§ 2.º Esgotado o prazo, a proposição será automaticamente § 1.º Antes da proclamação do resultado da votação,
incluída na pauta da primeira sessão. faculta-se ao Vereador retardatário manifestar seu voto.
§ 2.º A retificação do voto só será admitida antes de
CAPÍTULO II proclamado o resultado da votação.
DA VOTAÇÃO
Art. 188. As votações só poderão ser efetuadas com a
Art. 183. Votação é o ato complementar da discussão, pelo presença da maioria absoluta dos membros da Câmara, salvo
qual o Plenário manifesta sua vontade deliberativa. se a matéria exigir quórum maior.
§ 1.º Durante o tempo destinado à votação, nenhum § 1.º A aprovação de matéria em discussão, ressalvada
Vereador deixará o Plenário e, se o fizer à revelia da disposição em contrário, dependerá do voto favorável da
determinação regimental, o fato será consignado em ata, salvo maioria dos Vereadores presentes à sessão.
se tiver feito declaração prévia de não ter assistido ao debate § 2.º Dependerão do voto favorável da maioria absoluta
da matéria em deliberação. dos membros da Câmara, além de outros casos previstos neste
§ 2.º O Vereador que estiver presidindo a sessão terá Regimento, a aprovação ou alteração das seguintes matérias:
direito de voto na forma do artigo 22 deste Regimento. I – leis complementares;
§ 3.º Tratando-se de causa própria ou de matéria em que II – regimento interno da Câmara;
tenha interesse particular seu, de seu cônjuge, de parente até III – fixação, aumento e reposição da remuneração dos
o terceiro grau, consanguíneo ou afim, estará o Vereador servidores municipais e do subsídio dos Vereadores;
impedido de votar. IV – criação de cargos, empregos ou funções públicas;
§ 4.º O Vereador impedido de votar fará a devida V – autorização de operações de crédito que excedam as
comunicação à Mesa, computando-se, todavia, sua presença despesas de capital, mediante créditos adicionais com
para efeito de quórum. finalidade precisa;
§ 5.º O Vereador presente à sessão não poderá escusar-se VI – alienação de bens imóveis ou sua aquisição mediante
de votar, podendo, porém, abster-se, na forma do disposto no doação com encargo;
parágrafo anterior. VII – concessão de direito real de uso;
§ 6.º Salvo disposição em contrário, só se interromperá a VIII – confissão de dívida, concessão de garantias de
votação de uma proposição por falta de quórum, inclusive no qualquer natureza e obtenção de empréstimos;
caso de votação em bloco. IX – desafetação da destinação de bens públicos;
§ 7.º A votação das proposições, ressalvadas as exceções X – pedido de intervenção no Município;
regimentais, será processada globalmente. XI – isenção, anistia, remissão e desconto sobre tributos
§ 8.º Quando, no curso de uma votação, esgotar-se o tempo municipais.
destinado à sessão, este será dado como prorrogado até que a § 3.º Dependerão do voto favorável de 2/3 (dois terços)
mesma seja concluída. dos membros da Câmara, além de outros casos previstos neste
§ 9.º Será nula a votação que for processada em desacordo Regimento, a aprovação ou alteração das seguintes matérias:
com este Regimento. I – concessão de serviços públicos;
II – concessão de título de cidadania;
Art. 184. O voto será público nas deliberações da Câmara III – rejeição do Parecer Prévio do Tribunal de Contas do
e o processo de votação nominal. Estado sobre as contas municipais;
IV – destituição de membro da Mesa Executiva;
Art. 185. A Mesa Executiva poderá, no decurso das sessões V – cassação do mandato do Prefeito;
legislativas, utilizar painel eletrônico para o registro e controle VI – cassação do mandato de Vereador.
das votações plenárias, das presenças dos Vereadores e dos
prazos para uso da palavra. Art. 189. Para efeito de cálculo do quórum, entende-se
§ 1.º Para fins de operacionalização do sistema previsto no por:
caput, cada Vereador possuirá senha própria. I – maioria simples, qualquer número inteiro acima da
§ 2.º Na votação das proposições, o Vereador favorável metade dos presentes;
digitará “SIM” e o contrário digitará “NÃO”, sem prejuízo do II – maioria absoluta, qualquer número inteiro superior à
direito regimental de abstenção. metade dos membros da Câmara;
§ 3.º O relatório de votação feita pelo processo eletrônico III – maioria qualificada, a que corresponde a 2/3 (dois
figurará como anexo da ata da sessão correspondente. terços) dos integrantes da edilidade.

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Constituem quórum especial ou CAPÍTULO III


qualificado os constantes dos incisos II e III. DA PREFERÊNCIA

Seção I Art. 195. Preferência é a primazia na discussão e votação


Do Encaminhamento da Votação de uma proposição sobre outra ou outras.
Parágrafo único. Não se dará preferência sobre matéria
Art. 190. Anunciada a votação, o autor da proposição e os preferencial ou em regime de urgência, salvo no caso de
líderes de bancada ou bloco parlamentar poderão encaminhá- inversão da pauta.
la, salvo disposição em contrário.
§ 1.º O encaminhamento da votação tem por finalidade Art. 196. Observados os critérios previstos no artigo 124,
orientar a deliberação a ser tomada em relação à matéria. §§ 1.º e 2.º, consideram-se matérias preferenciais, pela ordem,
§ 2.º Aprovada a votação da proposição por partes ou em as seguintes:
destaque, será admitido o encaminhamento em cada caso. I – proposta de emenda à Lei Orgânica;
§ 3.º Ressalvadas outras previsões regimentais, não II – vetos;
haverá encaminhamento de votação quando se tratar dos III – projetos de iniciativa do Prefeito com solicitação de
projetos das diretrizes orçamentárias, do orçamento- urgência;
programa e do plano plurianual de investimentos, do IV – projetos em regime de urgência especial.
julgamento das Contas do Poder Executivo e de processo de
destituição ou cassação. Art. 197. Além de outros casos previstos neste Regimento,
terão preferência na apreciação pela Câmara, sobre as
Seção II proposições principais, independentemente de pedido:
Do Adiamento da Votação I – os pareceres contrários à admissibilidade da matéria ou
que concluírem por audiência de outra Comissão Permanente;
Art. 191. O adiamento da votação dar-se-á por deliberação II – os pareceres concluindo por pedido de informação, de
do Plenário, a requerimento, por uma única vez, de qualquer documentos ou pela intempestividade da proposição, por
Vereador, apresentado após o encerramento da discussão. motivo de ordem legal ou constitucional;
§ 1.º Ressalvado o disposto no parágrafo seguinte, o III – os requerimentos de adiamento ou vista e os de
adiamento poderá ser solicitado por até 3 (três) sessões. retirada de pauta para arquivamento da proposição.
§ 2.º Não se admitirá adiamento para requerimento que
proponha regime de urgência ou para proposições em regime CAPÍTULO IV
de urgência, salvo por uma sessão, respeitando-se o termo do DA URGÊNCIA ESPECIAL
prazo.
Art. 198. A urgência especial é a dispensa de exigências
Art. 192. Apresentados mais de um requerimento de regimentais, salvo as de quórum para aprovação e de parecer,
adiamento para a proposição, será submetido à deliberação, quando assim exigido, para que determinada matéria seja
com preferência, o que pleitear menor prazo. prioritariamente submetida à deliberação plenária.
§ 1.º O prazo de adiamento será contado a partir da sessão § 1.º A urgência especial só poderá ser proposta para
em que foi votado. matérias que, examinadas objetivamente, demonstrem
§ 2.º Esgotado o prazo, a proposição será automaticamente necessidade premente de aprovação, resultando em grave
incluída na pauta da primeira sessão. prejuízo a falta de sua deliberação imediata.
§ 2.º O requerimento de urgência especial será
Seção III apresentado pela Mesa, quando se tratar de matéria de sua
Da Verificação de Votação alçada, por Comissão competente para opinar sobre a matéria,
ou por iniciativa de qualquer Vereador, com apoio de, no
Art. 193. Havendo dúvida sobre o resultado da votação, o mínimo, 1/3 (um terço) de seus pares, dispensado na hipótese
Vereador que dela tenha participado poderá requerer a do artigo 202, devendo, em qualquer caso, estar protocolado
recontagem dos votos. até 2 (duas) horas antes do início da sessão.
§ 1.º O pedido deverá ser formulado logo após a § 3.º É vedado a qualquer Vereador, individualmente ou
proclamação do resultado. As dúvidas suscitadas serão através de órgãos da Câmara, propor urgência especial para
esclarecidas antes de esgotada a apreciação da matéria matérias do Poder Executivo, salvo o disposto no artigo 202.
seguinte, ou, em se tratando do último item, antes do § 4.º Não preenchidos os requisitos dos parágrafos
encerramento da sessão ou da passagem para o período do anteriores, o Presidente, por si ou a requerimento verbal de
Grande Expediente. qualquer Vereador, deverá declarar prejudicado, desde logo, o
§ 2.º Nenhuma votação comportará mais de uma pedido, não cabendo direito a contestação ou interposição de
verificação, e, uma vez decidida, o resultado será definitivo, recurso.
obedecidos os termos regimentais.
Art. 199. Não se concederá urgência especial em prejuízo
Seção IV de proposições preferenciais, de natureza urgente, assim
Da Declaração de Voto declaradas por este Regimento, ou já incluídas com o mesmo
caráter na pauta da Ordem do Dia.
Art. 194. Declaração de voto é a manifestação que assiste
ao Vereador para esclarecer, depois da votação, as razões que Art. 200. Concedida urgência especial para proposição
o levaram a votar favorável ou contrariamente, caso não tenha que, pela natureza, não possa dispensar parecer, as Comissões
debatido a matéria. Permanentes competentes emiti-lo-ão verbalmente,
Parágrafo único. A justificativa deverá ser requerida até a consoante o disposto no artigo 72.
leitura da súmula do item seguinte, não podendo o Vereador
exceder o prazo regimental ou ser aparteado. Art. 201. A apreciação de projeto de lei de autoria do Poder
Executivo, com pedido de urgência pelo Prefeito, dar-se-á,
independentemente de deliberação plenária, na forma do
artigo 154.

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Art. 202. Somente o Vereador que exercer a condição de § 4.º Decorrido o prazo do § 1.º, o silêncio do Prefeito
Líder do Governo poderá requerer regime de urgência especial importará sanção.
para as proposições de iniciativa do Poder Executivo, e exceto § 5.º A Câmara deliberará sobre o veto num único turno de
para as matérias enumeradas no artigo 66 deste Regimento. discussão e votação, no prazo de 30 (trinta) dias de seu
recebimento, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria
CAPÍTULO V absoluta dos Vereadores.
DA RETIRADA DE PAUTA § 6.º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no
parágrafo anterior, o veto será incluído na Ordem do Dia da
Art. 203. Salvo o disposto na alínea “f” do inciso II do artigo sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
16, o autor poderá solicitar, em qualquer fase da elaboração votação final.
legislativa, a retirada de pauta da proposição, importando em § 7.º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito
arquivamento. para promulgação.
§ 1.º Encontrando-se a proposição no âmbito das § 8.º Se a lei não for promulgada no prazo de 48 (quarenta
Comissões Permanentes, o pedido será deferido na forma do e oito) horas, pelo Prefeito, nos casos previstos nos §§ 4.º e 7.º,
artigo 170, inciso I. o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em
§ 2.º Estando inclusa em Ordem do Dia, aplicar-se-á, para igual prazo, caberá ao 1.º Vice-Presidente fazê-lo.
cada caso, o disposto nos artigos 171, inciso IV, e 172, inciso
VIII. Art. 208. Na promulgação de emendas à Lei Orgânica do
§ 3.º A proposição de Comissão ou da Mesa só poderá ser Município, leis, decretos legislativos e resoluções serão
retirada a requerimento de seu Presidente, com a anuência da utilizados os seguintes dizeres:
maioria dos membros. I – emendas à Lei Orgânica do Município: “A Câmara
§ 4.º A proposição retirada na forma deste artigo não Municipal de Maringá, Estado do Paraná, aprovou e a Mesa
poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, salvo Executiva promulga a seguinte: Emenda à Lei Orgânica do
mediante requerimento subscrito pela maioria absoluta dos Município n. ...”;
membros da Câmara. II – leis com sanção tácita: “A Câmara Municipal de
Maringá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Presidente, nos
CAPÍTULO VI termos dos §§ 4.º e 8.º do artigo 32 da Lei Orgânica do Município,
DA REDAÇÃO FINAL promulgo a seguinte: Lei n. ...”;
III – leis promulgadas por rejeição de veto total: “A Câmara
Art. 204. Concluída a segunda fase de discussão, os Municipal de Maringá, Estado do Paraná, aprovou e eu,
projetos terão redação final elaborada de acordo com o Presidente, nos termos dos §§ 5.º e 8.º do artigo 32 da Lei
aprovado, observada a iniciativa regimental. Orgânica do Município, promulgo a seguinte: Lei n. ...”;
Parágrafo único. Não havendo modificação no texto IV – leis com veto parcial rejeitado: “A Câmara Municipal de
original, na mesma sessão a proposição será automaticamente Maringá, Estado do Paraná, aprovou e eu, Presidente, nos
dispensada da redação final e da deliberação em terceira termos dos §§ 5.º e 8.º do artigo 32 da Lei Orgânica do Município,
discussão. promulgo os seguintes dispositivos da Lei n. ...”;
V – decretos legislativos: “A Câmara Municipal de Maringá,
Art. 205. A redação final será submetida a deliberação em Estado do Paraná, aprovou e eu, Presidente, promulgo o
sessão seguinte e neste turno somente serão admitidas seguinte: Decreto Legislativo n. ...”;
emendas na forma do artigo 161, § 2.º. VI – resoluções: “A Câmara Municipal de Maringá, Estado
Parágrafo único. Ocorrendo a rejeição da redação final, a do Paraná, aprovou e eu, Presidente, promulgo a seguinte:
proposição retornará ao órgão competente para a elaboração Resolução n. ...”.
de nova redação, que, em sessão posterior, será rejeitada
apenas pelo voto contrário de 2/3 (dois terços) dos membros TÍTULO VII
da Câmara. DAS MATÉRIAS E DOS PROCEDIMENTOS SUJEITOS A
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art. 206. Após a aprovação da redação final ou no caso do CAPÍTULO I
artigo 204, parágrafo único, até a expedição dos autógrafos DA EMENDA À LEI ORGÂNICA
correspondentes, qualquer imperfeição existente será
corrigida pela Mesa Executiva, que dará ciência ao Art. 209. A Lei Orgânica do Município poderá ser
Plenário. emendada mediante proposta:
CAPÍTULO VII I – de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara;
DA SANÇÃO, DO VETO E DA PROMULGAÇÃO II – do Prefeito;
III – de cidadãos, na forma do capítulo próprio.
Art. 207. Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, § 1.º A proposta será discutida e votada em 2 (dois) turnos,
será enviado pelo considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto
Presidente da Câmara ao Prefeito, no prazo de 10 (dez) favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, com
dias, que, aquiescendo, o sancionará no prazo de 15 (quinze) interstício de 10 (dez) dias.
dias úteis. § 2.º A emenda aprovada será promulgada pela Mesa da
§ 1.º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, Câmara, com o respectivo número de ordem.
inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá- § 3.º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada
lo-á, total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, ou havida como prejudicada não poderá ser objeto de nova
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 proposta na mesma sessão legislativa.
(quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os motivos § 4.º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência
do veto. de estado de defesa, de sítio ou de intervenção no Município.
§ 2.º O veto parcial somente abrangerá texto integral de § 5.º Aplica-se à proposta de emenda à Lei Orgânica as
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. normas que regem as proposições em geral, no que não
§ 3.º Se a sanção for negada quando estiver finda a sessão contrariarem o disposto neste capítulo.
legislativa, o Prefeito publicará as razões do veto.

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Art. 210. Determinada a publicação da proposta, esta será Município responda, ou que, em nome deste, assuma
remetida, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, à Comissão obrigações de natureza pecuniária.
de Constituição e Justiça, que lhe emitirá parecer. § 2.º O controle externo será exercido com o auxílio do
§ 1.º Incumbe à Comissão, preliminarmente, o exame da Tribunal de Contas do Estado.
admissibilidade da proposta, nos termos deste Regimento.
§ 2.º Concluindo a Comissão pela inadmissibilidade, o Art. 214. A Comissão de Finanças e Orçamento, diante de
parecer contrário será submetido à deliberação plenária. indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
§ 3.º Rejeitado o parecer contrário, a proposta retornará à investimentos não programados ou de subsídios não
Comissão, para parecer sobre o mérito e posterior inclusão em aprovados, poderá solicitar que a autoridade responsável, no
Ordem do Dia. prazo de 5 (cinco) dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 4.º Aprovado o parecer, no caso do § 2.º, ter-se-á a § 1.º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados
proposta como prejudicada. esses insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de
§ 5.º Exarado parecer pela admissibilidade, a proposta terá Contas do Estado pronunciamento conclusivo sobre a matéria.
curso normal. § 2.º Entendendo o Tribunal como irregular a despesa, a
§ 6.º As emendas à proposta deverão ser apresentadas no Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável
âmbito da Comissão, no prazo que lhe é estabelecido para ou grave lesão à economia pública, proporá à Câmara sua
emitir parecer, subscritas por 1/3 (um terço) dos Vereadores. sustação.

Art. 211. Na discussão em primeiro turno, representante Art. 215. O Poder Legislativo manterá, de forma integrada
dos signatários da proposta de emenda à Lei Orgânica terá com o Poder
preferência no uso da palavra, observado o disposto no Executivo, sistema de controle interno com a finalidade de:
Capítulo I do Título VIII. I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
Parágrafo único. No caso de proposta do Prefeito, usará plurianual, a execução dos programas de governo e dos
da palavra quem aquele indicar, até o início da sessão; se orçamentos do Município;
ninguém for indicado, usará da palavra para sustentação da II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto
proposta o Vereador que exercer a condição de Líder do à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial
Governo. nos órgãos e entidades da Administração Municipal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
CAPÍTULO II privado;
DOS ORÇAMENTOS III – exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres do Município;
Art. 212. Aplicam-se aos projetos de plano plurianual de IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão
investimentos, de lei de diretrizes orçamentárias e de institucional.
orçamento anual as disposições contidas na Lei Orgânica do Parágrafo único. Os responsáveis pelo controle interno,
Município e, naquilo que não contrariar o disposto neste ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
Capítulo, as regras desse Regimento que regulam a tramitação ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do
das proposições em geral. Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 1.º Recebidos, os projetos, após leitura no expediente de
sessão ordinária, serão distribuídos em avulsos e despachados Art. 216. O Prefeito prestará contas anuais da
à Comissão de Constituição e Justiça, para parecer. administração financeira geral do Município à Câmara, das
§ 2.º Findo o prazo regimental, os projetos deverão ser quais, anteriormente, remeterá cópia integral a esta Casa,
imediatamente encaminhados à Presidência da Câmara, que dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão
abrirá prazo para a apresentação de emendas. legislativa subsequente, para os efeitos do artigo 115 da Lei
§ 3.º Esgotado o prazo referido no § 2.º, a Presidência Orgânica do Município.
remeterá os projetos e respectivas emendas eventualmente § 1.º As contas do Prefeito e as da Câmara serão enviadas,
propostas à Comissão de Finanças e Orçamento, que se conjuntamente, ao Tribunal de Contas, até 31 de março do
manifestará sobre o mérito dos projetos e, no caso das exercício seguinte, para os devidos fins.
emendas, examinará seu mérito e também os aspectos § 2.º As contas referentes a recursos provenientes de
orçamentário e financeiro, quanto à sua compatibilização e subvenções, financiamentos, empréstimos, convênios,
adequação aos §§ 3.º e 4.º do artigo 112 da Lei Orgânica do acordos, ajustes ou instrumentos congêneres recebidos do
Município. Estado, ou por seu intermédio, serão prestadas em separado,
§ 4.º Cumprido o disposto no § 3.º, a Presidência fará diretamente ao Tribunal de Contas do Estado.
publicar em Edital o parecer da Comissão de Finanças e § 3.º A Câmara não poderá, sob pena de nulidade, julgar as
Orçamento e incluirá os projetos em Ordem do Dia. contas do Poder Executivo sem o Parecer Prévio do Tribunal
de Contas, obedecendo, para tanto, o disposto no artigo 13,
CAPÍTULO III inciso VIII, da Lei Orgânica do Município.
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA, Art. 217. As contas do Município, relativas ao exercício
OPERACIONAL E PATRIMONIAL DO MUNICÍPIO anterior, na forma disposta no artigo 216, caput, ficarão à
disposição dos contribuintes nesta Câmara, nos termos do que
Art. 213. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, dispõe a Lei Orgânica do Município.
operacional e patrimonial do Município e das entidades da § 1.º O contribuinte poderá questionar a legitimidade das
Administração Direta, Indireta e Fundacional, quanto à contas, mediante requerimento, escrito e por ele assinado,
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das com firma reconhecida, perante a Câmara.
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara, § 2.º A Câmara apreciará previamente o cabimento do
mediante controle externo e pelo sistema de controle interno requerido, em sessão ordinária, dentro de, no máximo, 15
de cada Poder. (quinze) dias, contados do recebimento.
§ 1.º Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou § 3.º Acolhido o requerimento, a Câmara remeterá o
entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou expediente ao Tribunal de Contas e ao Prefeito, para
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o pronunciamento.

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§ 4.º O requerimento, a resposta do Prefeito e a CAPÍTULO V


manifestação do Tribunal de Contas a respeito do DA SUSTAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS DO
questionamento havido serão apreciados, em definitivo, por EXECUTIVO
ocasião do julgamento das contas.
§ 5.º Se o Prefeito não remeter seu pronunciamento à Art. 222. Os atos normativos do Poder Executivo que
Câmara no prazo de 15 (quinze) dias, a impugnação será exorbitem do poder regulamentar ou dos limites estabelecidos
considerada por ele aceita. em lei poderão ser sustados por Decreto Legislativo proposto:
§ 6.º Tratando-se de questionamento à legitimidade das I – por Vereador;
Contas da Câmara, aplica-se ao Presidente, no que couber, as II – por Comissão Permanente ou Temporária, na forma
disposições contidas nos §§ 2.º, 3.º, 4.º e 5.º deste artigo. regimental;
§ 7.º Para os fins deste artigo, a recepção das Contas será III – pela Comissão de Constituição e Justiça, à vista de
anunciada, com destaque, nos jornais de circulação diária da representação de qualquer cidadão, partido político ou
cidade e mediante afixação de avisos à entrada do edifício da entidade da sociedade civil.
Câmara. § 1.º Lido em Plenário o projeto de Decreto Legislativo, a
Mesa oficiará ao Executivo, solicitando que preste, no prazo de
Art. 218. Recebido, o processo de prestação de Contas do 5 (cinco) dias úteis, os esclarecimentos que julgar
Poder Executivo do Tribunal de Contas, após comunicação ao convenientes.
Plenário, será despachado, no prazo de 2 (dois) dias úteis, à § 2.º Recebidos os esclarecimentos, o projeto irá à
Comissão de Finanças e Orçamento. Comissão de Constituição e Justiça, para parecer e posterior
§ 1.º A Comissão, no prazo de 15 (quinze) dias, emitirá o inclusão em Ordem do Dia, na primeira sessão.
competente parecer, com a proposta de medidas legais e § 3.º Esgotado o prazo sem esclarecimentos, o projeto será
outras providências cabíveis, expedindo, concomitantemente, incluído na ordem do Dia da primeira sessão,
projeto de decreto legislativo aprovando ou rejeitando, parcial independentemente de parecer.
ou integralmente, as contas. § 4.º O projeto será apreciado em turno único de discussão
§ 2.º Quando a Comissão julgar necessário requisitar e votação, considerando-se aprovado por maioria absoluta.
parecer jurídico ou contábil, pedir informações ou promover § 5.º O Decreto Legislativo de que trata este artigo será
diligências para fundamentar seu parecer, poderá requerer a expedido no primeiro dia útil subsequente à sua aprovação,
dilação do prazo inicial. sob pena de responsabilidade.

Art. 219. À Comissão de Finanças e Orçamento incumbe CAPÍTULO VI


proceder à tomada de contas do Prefeito, quando não DA CONVOCAÇÃO DE SERVIDORES MUNICIPAIS E DO
apresentadas à Câmara na forma prevista no artigo 216. COMPARECIMENTO DO PREFEITO
Parágrafo único. A prestação de contas, após iniciada a
tomada de contas, não será óbice à adoção das providências Art. 223. A convocação de Secretários Municipais ou
relativas ao processo por crime de responsabilidade, nos equivalentes e demais servidores, para os fins previstos no
termos da legislação vigente. inciso X do artigo 13 da Lei Orgânica, far-se-á mediante
requerimento escrito de 1/3 (um terço) dos Vereadores e
CAPÍTULO IV aprovado por maioria absoluta, ressalvada a competência das
DOS PEDIDOS DE INFORMAÇÕES, DOCUMENTOS E Comissões Permanentes e Temporárias.
CERTIDÕES § 1.º O requerimento deverá indicar claramente o motivo
da convocação e os quesitos a serem propostos.
Art. 220. Compete à Câmara requerer ao Prefeito, através § 2.º Aprovado o requerimento, o Presidente da Câmara
de qualquer Comissão ou Vereador, na forma regimental, expedirá ofício à Chefia do Poder Executivo, aprazando dia e
informações e/ou documentos sobre fato relacionado com hora para a audiência do convocado, na forma regimental.
matéria legislativa em trâmite ou sujeita à sua fiscalização.
§ 1.º O requerimento de informações e/ou documentos, Art. 224. O comparecimento do Prefeito à Câmara é de
antes de despachado, será informado pelo serviço próprio da caráter facultativo.
Câmara, acerca da existência ou não de solicitação semelhante § 1.º Julgando oportuno fazê-lo, poderá prestar
ou de resposta já remetida sobre o assunto. esclarecimentos sobre qualquer matéria, salvo quando
§ 2.º Se houver resposta a pedido anterior, dela será resolver substituir servidor convocado pela Câmara, caso em
entregue cópia à parte interessada, arquivando-se a que deverá se restringir aos quesitos propostos.
proposição se o autor entendê-la completa e suficiente. § 2.º Não se tratando de substituição de servidor
§ 3.º Incluído em Ordem do Dia e aprovado, o convocado, poderá estabelecer previamente data e horário de
requerimento será oficializado ao Prefeito no prazo de 5 comparecimento.
(cinco) dias. § 3.º Em qualquer das situações expostas, observar-se-á o
§ 4.º O Prefeito disporá de 15 (quinze) dias, prorrogável disposto no artigo 129 deste Regimento.
por igual período, mediante requerimento circunstanciado,
para cumprir o disposto no caput deste artigo, ressalvado o CAPÍTULO VII
que dispõe o artigo 214. DA REFORMA OU ALTERAÇÃO DO REGIMENTO
§ 5.º Atendido o requerimento, será reiterado, pelo mesmo INTERNO
processo regimental, se esclarecer o autor da proposição
pontos da resposta que não satisfaçam o pedido. Art. 225. O Regimento Interno só poderá ser reformado ou
§ 6.º Não atendida a solicitação no prazo previsto, dar-se- alterado mediante proposta:
á ciência do fato ao autor. I – da Mesa Executiva;
II – de 1/3 (um terço) dos Vereadores.
Art. 221. Os pedidos de informações e/ou documentos, § 1.º Lido em plenário e analisado pelo órgão de
bem como de certidões, sobre atos, contratos e decisões da assessoramento jurídico da Câmara, a Presidência abrirá
Mesa Executiva ou da Câmara submeter-se-ão ao disposto no prazo de até 15 (quinze) dias para a apresentação de emendas
artigo 170, inciso VII, deste Regimento, e ao artigo 78 da Lei ou substitutivos ao projeto.
Orgânica do Município.

Conhecimentos Específicos 77
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2.º Salvo o disposto no § 3.º do artigo 62, no prazo CAPÍTULO II


improrrogável de 10 (dez) dias a Mesa emitirá parecer sobre o DAS PETIÇÕES, REPRESENTAÇÕES E OUTRAS FORMAS
projeto e as emendas ou substitutivos interpostos. DE PARTICIPAÇÃO
§ 3.º Decorrido o prazo previsto no § 2.º, ou no caso do §
3.º do artigo 62, o projeto, com ou sem parecer, será incluído Art. 228. As petições, reclamações ou representações de
em Ordem do Dia. pessoas físicas ou jurídicas, contra ato ou omissão de
§ 4.º A análise por parte do órgão de assessoramento será autoridades e entidades públicas municipais, inclusive os
dispensada quando se tratar de projeto de iniciativa da Mesa. Vereadores, serão apresentadas no Protocolo da Câmara
Municipal e examinadas pela Mesa Executiva ou Comissão
CAPÍTULO VIII Permanente ou Temporária, segundo o caso, desde que:
DA CONCESSÃO DE HONRARIAS I – contenham a identificação do autor ou autores;
II – seja questão de competência da Câmara Municipal.
Art. 226. A concessão de títulos de cidadania honorária, Parágrafo único. A Mesa Executiva ou a Comissão que
benemérita, do mérito comunitário ou de qualquer outra examinar a petição, reclamação ou representação apresentará
honraria ou homenagem far-se-á na forma da legislação relatório ao Plenário, do qual se dará conhecimento ao
específica. interessado ou interessados.

TÍTULO VIII Art. 229. A participação da sociedade civil será também


DA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL exercida através de oferecimento de pareceres técnicos,
CAPÍTULO I exposições e propostas de entidades científicas e culturais, de
DA INICIATIVA DAS PROPOSIÇÕES associações e sindicatos ou outras instituições
representativas.
Art. 227. A iniciativa popular é exercida pela apresentação
à Câmara de Vereadores de proposições subscritas por, no CAPÍTULO III
mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município, DA AUDIÊNCIA PÚBLICA
obedecidas as seguintes condições:
I – assinatura de cada eleitor, que deverá ser acompanhada Art. 230. A realização de audiência pública pela Câmara,
de seu nome completo e legível, endereço e dados com órgãos públicos ou entidades da sociedade civil, para
identificadores de seu título eleitoral; instruir matéria em trâmite e/ou da competência legislativa,
II – ser apresentada em formulário padronizado e ou tratar de assuntos de interesse público relevante, dar-se-á
disponibilizado pela Câmara; mediante proposta de qualquer membro de Comissão
III – ser instruída com documento hábil da Justiça Eleitoral Permanente que tenha pertinência com a matéria, a pedido da
quanto ao contingente de eleitores alistados no Município, autoridade responsável pelo órgão público ou do Presidente
aceitando-se, para esse fim, os dados referentes ao ano da entidade interessada, ou, ainda, por determinação do
anterior, se não disponíveis outros mais recentes. Presidente da Câmara.
§ 1.º As proposições previstas no caput são projetos de lei
e propostas de emenda à Lei Orgânica do Município. Art. 231. Decidida a reunião, a Comissão selecionará, para
§ 2.º É lícito a qualquer entidade da sociedade civil serem ouvidas, as autoridades, as pessoas interessadas e os
patrocinar a apresentação de proposição de iniciativa popular, especialistas ligados às entidades participantes, cabendo ao
responsabilizando-se inclusive pela coleta de assinaturas. Presidente da Comissão expedir os convites.
§ 3.º A proposição, entregue no Protocolo da Câmara § 1.º Na hipótese de haver defensores e opositores
Municipal, será lida em Plenário após a Comissão de relativamente à matéria objeto de exame, a Comissão
Constituição e Justiça constatar o atendimento das exigências procederá de forma que possibilite a audiência das diversas
para a sua apresentação. correntes de opinião.
§ 4.º A proposição terá a mesma tramitação das demais, § 2.º O convidado deverá limitar-se ao tema ou questão em
integrando sua numeração geral. debate e disporá, para tanto, de 10 (dez) minutos,
§ 5.º Ao primeiro signatário, ou a quem este indicar, é prorrogáveis a juízo da Comissão, não podendo ser aparteado.
garantida a defesa das proposições de iniciativa popular § 3.º Caso o expositor se desvie do assunto ou perturbe a
perante as Comissões nas quais tramitar. ordem dos trabalhos, o Presidente da Comissão poderá
§ 6.º Cada proposição tratará de um único assunto. Em adverti-lo, cassar-lhe a palavra ou determinar a sua retirada
casos díspares, a Comissão de Constituição e Justiça fará a do recinto, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis à espécie.
adequação, promovendo os devidos destaques, constituindo § 4.º A parte convidada poderá valer-se de assessores
proposição ou proposições em separado. credenciados, se para tal fim tiver obtido o consentimento do
§ 7.º Não se rejeitará, liminarmente, proposição de Presidente da Comissão.
iniciativa popular por vícios de linguagem, lapsos ou § 5.º Os Vereadores inscritos para interpelar o expositor
imperfeições de técnica legislativa, incumbindo à Comissão de poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição,
Constituição e Justiça as correções necessárias à sua regular pelo prazo de 2 (dois) minutos, tendo o interpelado igual
tramitação. tempo para responder, facultadas a réplica e a tréplica, pelo
§ 8.º A Mesa Executiva designará Vereador para exercer, mesmo prazo, vedado ao orador interpelar qualquer dos
nas proposições de iniciativa popular, os poderes ou presentes.
atribuições conferidos pelo Regimento Interno a Vereador-
Autor, devendo a designação recair naquele indicado pelo CAPÍTULO IV
primeiro signatário da proposição popular, mediante DA TRIBUNA LIVRE
concordância do designado.
Art. 232. A Câmara poderá realizar “Tribuna Livre”,
espaço democrático a ser utilizado por entidades
representativas de setores sociais.

Art. 233. Consideram-se entidades representativas de


setores sociais, para os efeitos deste capítulo:

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APOSTILAS OPÇÃO

I – as entidades científicas e culturais; TÍTULO IX


II – as entidades de defesa dos direitos humanos e da DA ADMINISTRAÇÃO E DA ECONOMIA INTERNA
cidadania; CAPÍTULO I
III – os sindicatos e associações profissionais; DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
IV – as associações de moradores e sua federação;
V – entidades estudantis; Art. 240. Os serviços administrativos da Câmara serão
VI – as entidades assistenciais de cunho filantrópico. regidos por lei, sendo supervisionados pelo Presidente e 1.º
Secretário.
Art. 234. O uso da tribuna legislativa pelas entidades Parágrafo único. Qualquer interpelação em relação a
referidas no artigo anterior será facultado nas sessões estes serviços deverá ser encaminhada à Presidência, que, em
ordinárias das terças-feiras, durante 15 (quinze) minutos. reunião da Mesa Executiva, deliberará a respeito.
§ 1.º Só fará uso da palavra orador pertencente à entidade
e devidamente autorizado por esta. CAPÍTULO II
§ 2.º O orador poderá ser aparteado pelos Vereadores, DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA PARA ATOS
dentro do que estabelece o Regimento Interno da Câmara. ADMINISTRATIVOS
§ 3.º O orador responderá pelos conceitos que emitir e
deverá usar da palavra em termos compatíveis com a Art. 241. A delegação de competência será utilizada como
dignidade da Câmara, obedecendo às restrições impostas pelo instrumento de descentralização administrativa, visando
Presidente. assegurar maior eficiência e objetividade às decisões e situá-
§ 4.º O tempo de que trata este artigo será computado no las na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
prazo de duração do período. § 1.º É facultado a qualquer dos membros da Mesa delegar
competência para a prática de atos administrativos.
Art. 235. Para a utilização da Tribuna Livre deverão ser § 2.º O ato de delegação indicará, com precisão, a
observadas as seguintes exigências: autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições
I – inscrição prévia na Secretaria da Câmara; objeto da delegação.
II – comprovação de existência legal e pleno
funcionamento da entidade; CAPÍTULO III
III – comprovação de que o orador é eleitor no Município; DA ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,
IV – indicação, expressa, no ato da inscrição, da matéria a ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, OPERACIONAL E
ser exposta; PATRIMONIAL DA CÂMARA
V – a entidade poderá substituir o orador inscrito,
mediante requerimento prévio, devidamente justificado; Art. 242. A administração contábil, orçamentária,
VI – a entidade só poderá utilizar novamente a Tribuna financeira, operacional e patrimonial da Câmara, bem como o
Livre após decorrido o prazo mínimo de 6 (seis) meses. seu Sistema de Controle Interno, serão coordenados e
§ 1.º As entidades serão notificadas pela Secretaria da executados por órgãos próprios, integrantes da estrutura dos
Câmara da data em que poderão usar da Tribuna Livre, serviços administrativos da Câmara.
obedecida a ordem de inscrição. § 1.º As despesas da Câmara, dentro dos limites das
§ 2.º Ficará sem efeito a inscrição no caso de ausência do disponibilidades orçamentárias que lhe forem consignadas no
orador, que só poderá ocupar a tribuna legislativa mediante orçamento próprio e dos créditos adicionais discriminados no
nova inscrição. orçamento analítico, devidamente aprovados pela Mesa
Executiva, serão ordenadas pelo Presidente.
Art. 236. O Presidente da Câmara poderá indeferir o uso § 2.º A movimentação financeira dos recursos
da Tribuna Livre quando a matéria não for de interesse orçamentários da Câmara será efetuada em instituição
público. financeira oficial.
Parágrafo único. A decisão do Presidente será § 3.º Serão encaminhados mensalmente à Mesa Executiva,
irrecorrível. para apreciação, os balancetes analíticos e demonstrativos
complementares da execução orçamentária, financeira e
Art. 237. Fica vedado o uso da Tribuna Livre para: patrimonial.
I – representantes de partidos políticos; § 4.º A gestão patrimonial e orçamentária obedecerá às
II – candidatos a cargos eletivos; normas gerais de direito financeiro e de licitações e contratos
III – ocupantes de cargos eletivos ou de cargos demissíveis administrativos e à legislação interna aplicável.
ad nutum, em qualquer esfera de governo.
Art. 243. O patrimônio da Câmara Municipal de Maringá é
CAPÍTULO V constituído de bens móveis e imóveis do Município que esta
DO SISTEMA INTEGRAL DE ATENDIMENTO À adquirir ou forem colocados à sua disposição.
POPULAÇÃO
CAPÍTULO IV
Art. 238. A Câmara, para integrar o munícipe no processo DA POLÍCIA DA CÂMARA
de gestão da coisa pública e conscientizá-lo para o pleno
exercício da cidadania, manterá o Sistema Integral de Art. 244. A segurança do edifício e a manutenção do
Atendimento à População – SIAP. decoro, da ordem e da disciplina nas dependências da Câmara
competem, privativamente, à Mesa Executiva, sob a direção do
Art. 239. Portaria da Mesa Executiva disciplinará o Presidente.
funcionamento do SIAP e determinará as fontes de custeio de
suas atividades. Art. 245. Se, no recinto da Câmara, for cometida infração
penal, o Presidente determinará a prisão em flagrante,
encaminhando o infrator à autoridade competente para
lavratura do auto e instauração do processo-crime
correspondente.

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Se não houver flagrante, o Presidente término do mandato, farão declaração pública,
comunicará o fato à autoridade policial, para que se instaure o circunstanciada, de seus bens, a qual será transcrita em livro
devido inquérito. próprio, constando da ata seu resumo.
§ 2.º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a
Art. 246. As pessoas poderão assistir às sessões públicas, posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força
do local reservado para esse fim, desde que: maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
I – apresentem-se decentemente trajadas;
II – mantenham-se em silêncio durante os trabalhos; CAPÍTULO II
III – não manifestem apoio ou desaprovação ao que se DOS SUBSÍDIOS DO PREFEITO, DO VICE-PREFEITO E
passar em plenário; DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS OU EQUIVALENTES
IV – não interpelem e respeitem os Vereadores;
V – atendam as determinações da Presidência; Art. 251. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
VI – cumpram o que preceitua o artigo 249 deste Secretários Municipais ou equivalentes serão fixados na forma
Regimento. dos artigos 56 e 57 da Lei Orgânica do Município, conforme
§ 1.º Pela inobservância desses deveres, os assistentes iniciativa prevista no artigo 51, inciso V, deste Regimento.
perturbadores ficarão obrigados, pela Presidência, a se retirar
do recinto da Câmara. CAPÍTULO III
§ 2.º Quando o Presidente não conseguir manter a ordem DA PERDA DO MANDATO
por simples advertências, deverá suspender a sessão,
adotando as medidas cabíveis. Art. 252. A perda do mandato do Prefeito ou do seu
§ 3.º Revelando-se ineficazes as providências adotadas substituto legal dar-se-á consoante o definido no artigo 51 da
pela Presidência, aquele que perturbar a ordem dos trabalhos, Lei Orgânica do Município.
desacatar a Mesa, os Vereadores ou os servidores em serviço, Parágrafo único. Ocorrido e comprovado o ato ou fato
será detido e encaminhado à autoridade competente. extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira sessão,
comunicará ao Plenário e fará constar da ata a declaração de
Art. 247. No recinto do Plenário, durante as sessões, extinção do mandato.
somente será permitida a permanência de:
I – Vereadores; CAPÍTULO IV
II – servidores da Câmara, quando em serviço; DA LICENÇA DO PREFEITO
III – representantes da imprensa, quando devidamente
credenciados ou convidados pela Presidência; Art. 253. O Prefeito não poderá se ausentar do Município,
IV – pessoas excepcionalmente convidadas pela por período superior a 15 (quinze) dias consecutivos, ou se
Presidência ou a pedido de qualquer Vereador, deliberado pela afastar do exercício do cargo, por qualquer tempo, sem prévia
Mesa. autorização ou licença pela Câmara, conforme o caso, sob pena
Parágrafo único. Os representantes da imprensa terão de perda do mandato.
direito a local reservado, a fim de que possam exercer § 1.º O Prefeito poderá, contudo, licenciar-se, fazendo jus à
livremente suas atividades. remuneração, quando:
I – a serviço ou em missão de representação do Município;
Art. 248. A Câmara poderá adotar o uso de senhas, que II – impossibilitado do exercício do cargo por motivo de
serão distribuídas de forma equitativa para as partes doença, devidamente comprovada, ou em razão de licença-
interessadas, quando previsível o excesso de assistentes. gestante ou de licença-paternidade, observado, quanto a estas,
Parágrafo único. Não sendo possível a previsão do o disposto no § 2.º do artigo 104 deste Regimento;
excesso de assistentes e não havendo condições de realização III – em gozo de férias anuais de 30 (trinta) dias, ficando ao
da sessão, o Presidente poderá determinar a retirada dos seu critério a época para usufruí-la.
assistentes ou encerrar a sessão. § 2.º O pedido de licença previsto no inciso I do § 1.º,
amplamente motivado, indicará as razões da viagem, o roteiro
Art. 249. É expressamente proibido na sede da Câmara: e as previsões de gasto.
I – o porte de arma, salvo para policiais e, quando § 3.º Nos casos dos incisos II e III do § 1.º, a solicitação de
expressamente autorizado pela Presidência, para os membros licença pelo Prefeito far-se-á em forma de requerimento, que
da segurança; será despachado imediatamente pela Mesa Executiva.
II – a afixação de quaisquer símbolos, quadros, faixas,
cartazes ou fotografias que impliquem propaganda político- TÍTULO XI
partidária, ideológica ou de ordem promocional de pessoas DOS ATOS MUNICIPAIS
vivas ou de entidades de qualquer natureza, salvo nas
dependências dos Gabinetes dos Vereadores; Art. 254. A publicação dos atos municipais far-se-á no
III – o exercício de atividades comerciais de qualquer Órgão Oficial do Município.
natureza, que não atendam a interesses oficiais. § 1.º É obrigatória a publicação de todos os atos municipais
que criem, modifiquem, extingam ou restrinjam direitos,
TÍTULO X especialmente das emendas à Lei Orgânica, das leis, decretos
DO PODER EXECUTIVO legislativos, resoluções, decretos do Prefeito e razões de veto
CAPÍTULO I aposto nos períodos de recesso da Câmara.
DA POSSE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO § 2.º Salvo os dispostos no parágrafo anterior, os demais
atos podem ser publicados em resumo.
Art. 250. O Prefeito e o Vice-Prefeito, no primeiro dia da § 3.º Independem de publicação os atos normativos
legislatura, tomarão posse na Sessão Solene de Instalação da internos, bem como os que declarem situações individuais,
Câmara, prestando o seguinte compromisso: “Prometo desde que notificados os seus destinatários para ciência e
cumprir a Constituição Federal, a Constituição do Estado, cumprimento.
observar as leis e promover o bem geral do povo maringaense.”
§ 1.º No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito deverão
desincompatibilizar-se e, no mesmo ato, a cada ano e ao

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TÍTULO XII A renúncia ao cargo da Mesa far-se-á por escrito e se


DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS efetivará a partir do protocolo do documento na Secretaria da
Câmara, independentemente da deliberação do Plenário.
Art. 255. Os prazos previstos neste Regimento Interno, ( ) Certo
salvo disposição em contrário, serão contados em dias ( ) Errado
corridos.
§ 1.º Exclui-se do cômputo o dia inicial e inclui-se o do 02. Acerca do que dispõe o Regimento Interno da Câmara
vencimento. Municipal de Maringá, julgue o item abaixo:
§ 2.º O prazo só começará a correr do primeiro dia útil do
ato ou do fato, caso coincida com feriado ou ponto facultativo, O processo de destituição deverá estar concluído em 90
sábado e domingo. (noventa) dias, contados da data em que se efetivar a
§ 3.º Considerar-se-á prorrogado o prazo, até o primeiro notificação do acusado.
dia útil, se o seu vencimento ocorrer num dos dias ( ) Certo
mencionados no parágrafo anterior. ( ) Errado
§ 4.º Os prazos ficarão suspensos durante os períodos de
recesso legislativo, salvo para o Poder Executivo e nos casos de 03. Acerca do que dispõe o Regimento Interno da Câmara
previsão regimental em contrário. Municipal de Maringá, julgue o item abaixo:

Art. 256. Os casos não previstos neste Regimento serão As Comissões Especiais de Estudos destinam-se ao estudo
decididos soberanamente pelo Plenário, constituindo-se em de problemas municipais e à tomada de posição da Câmara em
precedentes regimentais. assuntos de relevância e interesse público, considerando-se
§ 1.º Constituir-se-ão, também, em precedentes extintas se não instaladas em 5 (cinco) dias úteis.
regimentais as interpretações do Presidente em assunto ( ) Certo
controverso. ( ) Errado
§ 2.º Os precedentes regimentais serão anotados em livro
próprio, para orientação futura na solução de casos análogos. 04. De acordo com o Regimento Interno da Câmara
§ 3.º No final de cada exercício legislativo, a Secretaria fará Municipal de Maringá, analise a proposição e julgue o item a
a consolidação dos precedentes e das eventuais modificações seguir:
regimentais, para conhecimento dos interessados.
Moção é a proposição em que é sugerida a manifestação
Art. 257. Nos dias de sessão deverão estar hasteadas, no política da Câmara sobre determinado assunto, reivindicando
recinto do plenário, as bandeiras do País, do Estado e do providências, aplaudindo, congratulando, hipotecando
Município, observada a legislação federal. solidariedade ou apoio, apelando, protestando ou repudiando,
apresentando pesar.
Art. 258. Nas datas e eventos cívicos ou históricos, não ( ) Certo
comemorados pela Câmara em sessão específica, o Presidente ( ) Errado
poderá designar um Vereador para, na condição de orador
oficial, fazer alusão ao fato ou acontecimento, no período do 05. De acordo com o Regimento Interno da Câmara
Grande Expediente, interrompendo-se, inclusive, a ordem dos Municipal de Maringá, analise a proposição e julgue o item a
oradores inscritos. seguir:

Art. 259. Todas as proposições apresentadas em As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas


obediência às disposições regimentais anteriores terão a mediante requerimento subscrito por 1/3 (um terço) dos
tramitação prevista neste Regimento, a partir da fase em que Vereadores, terão amplos poderes de investigação e serão
se encontrarem. destinadas à apuração de fato determinado e por prazo certo.
( ) Certo
Art. 260. A legislação federal editada, relativa à ( ) Errado
remuneração de Vereadores, Prefeito, Vice-Prefeito,
Secretários Municipais, terá aplicação imediata, Respostas
independentemente de alteração da legislação municipal.
01. Certo. / 02. Errado. / 03. Errado. /
Art. 261. Também será autoaplicável a legislação federal, 04. Certo. / 05. Certo.
sem modificação da legislação municipal, que dispor novas
regras sobre a cassação do mandato do Prefeito ou seu
substituto legal e dos Vereadores. Lei Orgânica do Município
de Maringá
Art. 262. A Câmara Municipal instituirá, em ato próprio, o
Código de Ética e Decoro Parlamentar do Vereador.
Lei Orgânica do Município de Maringá
Art. 263. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. TÍTULO I
Da Organização Municipal
Art. 264. Revogam-se as disposições em contrário, em CAPÍTULO I
especial a Resolução n. 425/98. DO MUNICÍPIO
Seção I
Questões Disposições Preliminares

01. De acordo com o Regimento Interno da Câmara Art. 1.º O Município de Maringá, observadas as
Municipal de Maringá, analise a proposição e julgue o item a Constituições Federal e do Estado, organiza-se nos termos
seguir: desta Lei Orgânica e demais normas que adotar.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1.º São símbolos do Município a bandeira, o hino e o serviços de sua competência, quando lhe faltarem recursos
brasão, estabelecidos em lei municipal, e a canção “Maringá”, técnicos e/ou financeiros, ou quando houver interesse mútuo.
de autoria de Joubert de Carvalho.
§ 2.º A cidade de Maringá é a sede do Governo do Art. 7.º O Município atuará em cooperação com a União e
Município. o Estado para o exercício das competências definidas na
Constituição Federal e na Constituição Estadual.
Art. 2.º Revogado.
CAPÍTULO II
Art. 3.º Consideram-se bens do Município todas as coisas DAS VEDAÇÕES
móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe
pertençam. Art. 8.º Ao Município é vedado:
Parágrafo único. Revogado I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
embarcar-lhes o funcionamento e com eles ou seus
Art. 4.º Esta lei estabelece normas autoaplicáveis, representantes manter relações de dependência ou aliança,
excetuadas as que expressamente dependem de outros preferência ou exclusividade, ressalvada, na forma da lei, a
diplomas legais ou regulamentos. colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
Art. 5.º É mantido o atual território do Município, com III - criar distinções ou preferências entre cidadãos;
divisas e limites definidos em lei. IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com
Parágrafo único. Integram o território do Município os recursos pertencentes aos cofres públicos, através da
Distritos de Floriano e Iguatemi. imprensa ou qualquer outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou de fins estranhos à
Seção II Administração;
Da Competência Municipal V - fazer a publicidade de atos, programas, obras, serviços
e campanhas de órgãos públicos que não tenham caráter
Art. 6.º Compete ao Município, dentre outras, as seguintes educacional, informativo ou de orientação social, assim como
atribuições: a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens
I - legislar sobre assuntos de interesse local; que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que servidores públicos;
couber; VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, remissão de dívidas, sem interesse público justificado;
bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da VII - exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça;
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que
prazos fixados em lei; se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
legislação estadual; exercidas, independentemente da denominação jurídica dos
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de rendimentos, títulos ou direitos;
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino;
essencial; X - cobrar tributos:
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início
e do Estado, programas de educação pré-escolar e especial e da vigência da lei que os instituiu ou aumentou;
de ensino fundamental; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da XI - utilizar tributos com efeito de confisco;
população; XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento por meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedágio pela
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
parcelamento e da ocupação do solo urbano, e rural quando XIII - instituir impostos sobre:
para fim residencial e/ou de lazer; a) o patrimônio, a renda ou serviços da União, do Estado e
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural de outros municípios;
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e b) templos de qualquer culto;
estadual; c) o patrimônio, a renda ou serviços de partidos políticos,
X - instituir a Guarda Municipal, destinada à proteção de inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
seus bens, serviços e instalações, observada, no que couber, a trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
legislação federal; social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei
XI - dispor sobre a administração, utilização e alienação federal;
dos bens públicos; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
XII - adquirir bens e instituir servidões administrativas impressão.
necessárias à realização de seus serviços;
XIII - organizar, disciplinar e manter os serviços de TÍTULO II
fiscalização necessários ao exercício de seu poder de polícia; Do Governo Municipal
XIV - estabelecer e impor penalidades por infração de suas CAPÍTULO I
leis e regulamentos; DOS PODERES MUNICIPAIS
XV - aceitar legados e doações;
XVI - consorciar-se com outros municípios para a Art. 9.º O Governo Municipal é constituído pelos Poderes
realização de obras ou serviços de interesse comum; Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre si,
XVII - celebrar convênios com órgãos da administração vedada a delegação recíproca de atribuições e poderes.
direta ou indireta do Estado ou da União, para a prestação de § 1.º O cidadão investido na função de um dos Poderes não
exercerá a de outro, salvo exceções previstas em lei.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2.º Lei disciplinará a participação das organizações não- XII - autorizar ou referendar convênios e consórcios
governamentais e munícipes no processo de planejamento firmados pelo Executivo Municipal, no interesse público, com
municipal. entidades de direito público e privado;
XIII - dispor sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento
Art. 10. O povo exerce o poder diretamente: Integrado;
I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto; XIV - dispor sobre os planos de carreira e o regime jurídico
II - pela iniciativa popular em projetos de lei de interesse único dos servidores municipais;
específico do Município, da cidade, distritos ou bairros, XV - dispor sobre a delimitação do perímetro urbano;
inclusive emendas à Lei Orgânica, através da manifestação de, XVI - dispor sobre normas urbanísticas.
pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
III - pelo plebiscito e pelo referendo, convocados por lei de Seção III
iniciativa do Legislativo, do Executivo, dos partidos políticos Da Competência Privativa
ou dos munícipes;
IV - pelo acesso aos documentos públicos; Art. 13. Compete privativamente à Câmara, dentre outras
V - pela fiscalização dos atos do Governo e da prestação de atribuições:
serviços públicos municipais; I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la, na forma
VI - pela participação nas audiências públicas promovidas regimental;
pelo Legislativo ou Executivo. II - elaborar seu regimento interno;
Parágrafo único. O Regimento Interno da Câmara III - dispor sobre sua organização, polícia interna, criação,
Municipal assegurará tramitação especial para as proposições transformação ou extinção de cargos e funções de seus
elencadas nos incisos II e serviços, e fixação da respectiva remuneração, observados os
III deste artigo. parâmetros de lei;
IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito;
CAPÍTULO II V - conceder licença ao Prefeito e Vereadores, ou a seus
DO LEGISLATIVO substitutos no exercício do cargo;
Seção I VI - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, por
Disposições Preliminares necessidade e para o desempenho de seu cargo, por mais de
quinze dias;
Art. 11. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara VII - nos casos previstos em lei, declarar a perda do
Municipal, composta de 15 vereadores eleitos na forma mandato, bem como processar e julgar o Prefeito, o Vice-
estabelecida em lei, com mandato de quatro (4) anos. Prefeito e os Vereadores;
Parágrafo único. A legislatura terá a duração de quatro VIII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando
(4) anos, compreendendo cada ano uma sessão legislativa, sobre o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, no
subdividida em dois (2) períodos. prazo máximo de sessenta dias de seu recebimento,
observados os seguintes preceitos:
Seção II a) o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de
Das Atribuições da Câmara Municipal dois terços dos membros da Câmara;
b) decorrido o prazo fixado sem deliberação pela Câmara,
Art. 12. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor as contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de
sobre todas as matérias de competência do Município, em acordo com a conclusão do referido parecer;
especial: c) rejeitadas as contas, estas serão imediatamente
I - legislar sobre assuntos de interesse local; remetidas ao Ministério Público, para fins de direito;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que IX - fixar em cada legislatura, para a subsequente, os
couber; subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários
III - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar Municipais ou equivalentes e dos Vereadores;
isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas; X - convocar os responsáveis por chefias de órgãos do
IV - dispor sobre as diretrizes orçamentárias, o orçamento Executivo, incluída a Administração Indireta e Fundacional,
anual e o plano plurianual de investimentos, bem como bem como servidores municipais em geral, para prestarem
autorizar a abertura de créditos adicionais; informações sobre atividades de sua responsabilidade, sem
V - deliberar sobre a obtenção e concessão de empréstimos prejuízo da competência das comissões permanentes e
e operações de crédito, bem como a forma e os meios de seu temporárias na matéria;
pagamento; XI - sustar os atos normativos do Executivo que exorbitem
VI - autorizar a concessão de auxílios, prêmios e do poder regulamentar ou dos limites estabelecidos em lei;
subvenções; XII - proceder à tomada de contas do Prefeito, por
VII - autorizar a concessão de serviços públicos, a intermédio de comissão especial, quando não apresentadas à
concessão de direito real de uso e a concessão administrativa Câmara dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
de uso de bens municipais; legislativa ordinária;
VIII - autorizar a aquisição, exceto por desapropriação, e a XIII - deliberar sobre a mudança temporária de sua sede,
alienação de bens imóveis do Município, inclusive as doações ressalvadas as exceções previstas nesta Lei;
que este venha a receber com encargo; XIV - manifestar-se nos casos de modificação territorial, de
IX - dispor sobre a criação, organização e supressão de transferência da sede do Município, alteração de seu nome, do
distritos, observada a legislação estadual; distrito ou do bairro, e sobre a anexação a outro;
X - dispor sobre a criação, transformação e extinção de XV - solicitar a intervenção do Estado no Município;
cargos, funções e empregos públicos, fixando a respectiva XVI - legislar sobre a forma de participação popular no
remuneração, da Administração Direta, Indireta e Governo Municipal;
Fundacional; XVII - requerer informações e/ou documentos ao Prefeito
XI - autorizar a criação e a estruturação de Secretarias, sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou
Coordenadorias ou equivalentes; sujeita à fiscalização da Câmara;
XVIII - a iniciativa das matérias relacionadas à concessão
de títulos de cidadania honorária ou benemérita a pessoas que,

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reconhecidamente, tenham prestado serviços relevantes ao atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para
Município ou nele se destacado pela atuação exemplar na vida completar o mandato.
pública e/ou particular. § 5.º A eleição para a renovação da Mesa será realizada no
§ 1.º Salvo disposição em contrário, é fixado em quinze período de 1.º a 15 de dezembro da segunda sessão legislativa,
dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado e em data e horário designados pelo Presidente da Câmara, e os
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis eleitos tomarão posse, em ato solene, no dia 1.º de janeiro do
pelos órgãos da Administração Direta, Indireta e Fundacional ano subsequente.
do Município prestem as informações e encaminhem os
documentos requisitados pela Câmara, na forma desta lei. Art. 17. À Mesa da Câmara, dentre outras atribuições,
§ 2.º As indicações dos Vereadores, sugerindo medidas de compete:
interesse público da alçada do Município, regularmente I - enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março de cada
oficializadas ao Poder Executivo, receberão resposta no prazo ano, as contas do exercício anterior;
de trinta dias, prorrogável por quinze dias, desde que II - elaborar e encaminhar ao Executivo, até 31 de agosto
solicitado e devidamente justificado. de cada ano, a proposta dos recursos a serem destinados à
§ 3.º O prazo previsto no inciso VIII não flui no período de Câmara, para ser incluída na proposta geral do orçamento do
recesso. Município;
III - propor ao Plenário projetos de resolução que criem,
Seção IV transformem ou extingam cargos ou funções dos serviços da
Da Instalação e Funcionamento da Câmara Câmara, e fixem os respectivos vencimentos;
IV - elaborar e expedir, mediante ato próprio, a
Art. 14. No primeiro ano de cada legislatura, no dia discriminação analítica das dotações orçamentárias da
primeiro de janeiro, em sessão solene de instalação, com início Câmara, bem como alterá-las, quando necessário;
às 17 horas, independentemente de número regimental e sob V - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de
a presidência do Vereador mais idoso dentre os presentes, os créditos adicionais para as dotações orçamentárias da Casa;
Vereadores eleitos tomarão posse. O Presidente prestará o VI - suplementar, mediante projeto de resolução aprovado
seguinte compromisso: em turno único de discussão e votação, as dotações
“Prometo cumprir a Constituição Federal, a orçamentárias da Câmara, observado o limite de autorização
Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar constante da lei orçamentária;
as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado com VII - solicitar, diretamente, mediante requerimento de
lealdade e trabalhar pelo progresso do Município e bem- comissão competente, informações e/ou documentos ao
estar de seu povo.” Prefeito, sobre fato relacionado com matéria legislativa em
§ 1.º Prestado o compromisso pelo Presidente, o trâmite ou sujeira à fiscalização da Câmara;
Secretário que for designado para esse fim fará a chamada VIII - tomar as medidas necessárias à regularidade dos
nominal de cada Vereador, que declarará: “assim o prometo”. trabalhos legislativos.
§ 2.º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista
neste artigo, deverá fazê-lo no prazo de quinze (15) dias, Art. 18. Ao Presidente da Câmara, entre outras atribuições,
ressalvados os casos de motivo justo aceitos pela Câmara. compete:
§ 3.º No ato da posse, o Vereador deverá se I - representar a Câmara, judicial ou extrajudicialmente;
desincompatibilizar e, na mesma ocasião, bem como ao II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e
término do mandato, fará a declaração de seus bens, a qual administrativos da Câmara;
será transcrita em livro próprio, constando da ata o seu III - interpretar e fazer cumprir o regimento interno;
resumo. IV - promulgar as resoluções, os decretos legislativos e,
ainda, as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido
Seção V rejeitado pelo Plenário;
Da Mesa da Câmara V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções,
os decretos legislativos e as leis por ele promulgadas;
Art. 15. Imediatamente após a posse, os Vereadores se VI - declarar a perda do mandato do Prefeito, do Vice-
reunirão sob a presidência do mais idoso dentre os presentes Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em lei;
e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, VII - apresentar ao Plenário, até o dia vinte de cada mês, o
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão balancete relativo aos recursos recebidos e às despesas do mês
automaticamente empossados. anterior;
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Vereador VIII - manter a polícia interna da Câmara, podendo
mais idoso dentre os presentes permanecerá na presidência e requisitar a força policial necessária para este fim;
convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa. IX - autorizar as despesas da Câmara, bem como requisitar
o numerário destinado a este fim;
Art. 16. O mandato da Mesa será de dois (2) anos. X - designar comissões especiais, observados os termos
§ 1.º A Mesa da Câmara compõe-se de Presidência e de regimentais;
Secretaria, constituindo-se, a primeira, do Presidente e do 1.º XI - realizar audiências públicas;
e 2.º Vice-Presidentes, e, a segunda, do 1.º, 2.º e 3.º Secretários, XII - delegar a prática de atos administrativos, restritos à
os quais se substituirão nesta ordem. Câmara e que não sejam da competência privativa do
§ 2.º Em toda eleição da Mesa, os candidatos a um mesmo Presidente;
cargo que obtiverem igual número de votos concorrerão a um XIII - devolver à Tesouraria da Prefeitura, ao final de cada
segundo escrutínio e disputarão o cargo por sorteio, se exercício, o saldo de caixa existente na Câmara;
persistir o empate. XIV - nomear, admitir, promover, comissionar, conceder
§ 3.º Na constituição da Mesa será assegurada, tanto gratificação, licenças, pôr em disponibilidade, exonerar,
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou demitir, aposentar e punir servidores da Câmara;
blocos parlamentares que participam da Casa. XV - prestar informações por escrito e expedir certidões
§ 4.º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, requeridas para a defesa de direitos e esclarecimento de
quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas situações;

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XVI - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou § 4.º As comissões parlamentares de inquérito, criadas
ato municipal. mediante requerimento subscrito por um terço dos
Vereadores, terão amplos poderes de investigação e serão
Art. 19. Além das atribuições contidas no regimento destinadas à apuração de fato determinado e por prazo certo,
interno, compete: sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Poder
I - ao 1.º Vice-Presidente: Executivo e ao Ministério Público, para que promova a
a) substituir o Presidente em suas faltas, impedimentos ou responsabilidade civil e/ou criminal dos indiciados.
licenças; § 5.º As comissões parlamentares de inquérito poderão,
b) promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as dentre outras atribuições, determinar as diligências que
resoluções e os decretos legislativos, sempre que o Presidente, reputarem necessárias, tomar o depoimento de qualquer
ainda que em exercício, deixe de fazê-lo no prazo estabelecido; autoridade ou cidadão, ouvir os indiciados, inquirir
c) promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis, testemunhas sob compromisso, requisitar de órgãos e
quando o Prefeito e o Presidente da Câmara, sucessivamente, entidades da Administração Pública informações e
deixarem de fazê-lo, sob pena de perda do mandato de documentos, e transportar-se por um mínimo de dois de seus
membro da Mesa. membros aos lugares onde se fizer mister a sua presença.
II - ao 2.º Vice-Presidente, em caráter sucessivo: § 6.º Não funcionarão concomitantemente mais de duas
a) substituir o 1.º Vice-Presidente, nas suas faltas, comissões parlamentares de inquérito.
impedimentos ou licenças, nas obrigações legais e
regimentais; Seção VII
b) exercer a função de corregedor, para os atos Das Sessões
administrativos do Poder, fiscalizando, sobretudo, o
cumprimento do controle interno previsto no artigo 113. Art. 22. A Câmara se reunirá anualmente, em sua sede, em
sessão legislativa ordinária, independentemente de
Art. 20. Aos Secretários da Câmara compete, convocação, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1.º de agosto
sucessivamente, além das atribuições asseguradas no a 22 de dezembro.
regimento interno: Parágrafo único. A sessão legislativa não será
I - redigir as atas das sessões secretas e das reuniões da interrompida em a aprovação do projeto de lei de diretrizes
Mesa; orçamentárias.
II - acompanhar e supervisionar a redação das atas das
demais sessões e proceder à sua leitura; Art. 23. A Câmara se reunirá em sessões ordinárias,
III - fazer a chamada nominal dos Vereadores; extraordinárias, solenes, especiais, comemorativas e secretas,
IV - registrar, em livro próprio, os precedentes firmados na conforme dispuser seu regimento interno, observado o
aplicação do regimento interno; disposto nesta seção.
V - estabelecer e fazer a inscrição dos oradores na pauta § 1.º As sessões da Câmara serão realizadas no recinto
dos trabalhos; destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as
VI - substituir os demais membros da Mesa, quando que se efetivarem fora dele.
necessário. § 2.º Comprovada a impossibilidade de acesso àquele
recinto, ou outra causa que impeça sua utilização, poderão ser
Seção VI realizadas em outro local, consoante a disposição regimental.
Das Comissões § 3.º As sessões solenes e as ordinárias de caráter
itinerante poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara,
Art. 21. A Câmara terá comissões permanentes e por deliberação do Presidente.
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições § 4.º As sessões extraordinárias, no período ordinário,
previstas no respectivo regimento interno ou no ato de que serão convocadas pelo Presidente da Casa, de ofício, a
resultar sua criação. requerimento da maioria absoluta dos Vereadores ou por
§ 1.º Em cada comissão será assegurada, tanto quanto solicitação do Prefeito.
possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos § 5.º No caso do parágrafo anterior, quando a convocação
parlamentares que participam do Legislativo Municipal. da sessão não ocorrer em plenário, os Vereadores serão
§ 2.º Às comissões, em razão da matéria de sua comunicados por escrito, com antecedência de vinte e quatro
competência, cabe: (24) horas.
I - apreciar proposições e outras matérias submetidas a seu § 6.º As sessões serão públicas, salvo deliberação em
exame; contrário, tomada pela maioria absoluta de seus membros,
II - realizar audiências públicas com entidades da quando ocorrer motivo relevante ou necessidade de
sociedade civil; preservação do decoro parlamentar.
III - convocar Secretários Municipais, Coordenadores ou
equivalentes, bem como servidores municipais em geral, para Art. 24. As sessões só serão abertas com a presença de, no
prestarem informações sobre assuntos inerentes a suas mínimo, um terço (1/3) dos membros da Câmara.
atribuições; Parágrafo único. Considerar-se-á presente à sessão o
IV - receber petições, reclamações, representações ou Vereador que assinar o livro de presença até o início da Ordem
queixas contra atos ou omissões das autoridades municipais do Dia e participar das votações.
ou entidades públicas ligadas à Administração Municipal;
V - solicitar o depoimento de qualquer autoridade ou Art. 25. No período de recesso, a Câmara poderá ser
cidadão; convocada extraordinariamente, em caso de urgência ou
VI - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização interesse público relevante:
da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Município. I - pelo Prefeito;
§ 3.º As comissões especiais de estudos e as de II - pelo Presidente da Câmara;
representação, criadas por deliberação do plenário, serão III - a requerimento da maioria absoluta dos membros da
destinadas ao estudo de assuntos específicos e à Câmara.
representação da Câmara.

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§ 1.º Nos casos dos incisos I e III, a convocação será § 2.º Não será admitida emenda que acarrete aumento da
formalizada, por escrito, ao Presidente da Câmara, com despesa ou redução da receita nos projetos de iniciativa
antecedência de dois (2) dias. exclusiva do Prefeito, salvo em matéria orçamentária,
§ 2.º A comunicação dos Vereadores far-se-á na forma do observado o disposto nesta lei.
§ 5.º do artigo 23 desta lei.
§ 3.º Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara Art. 30. O Prefeito poderá solicitar urgência para a
deliberará exclusivamente sobre a matéria para a qual foi tramitação de projetos de sua iniciativa.
convocada. § 1.º Solicitada urgência, a Câmara deverá se manifestar
em até quarenta e cinco (45) dias sobre a proposição, contados
Seção VIII da data em que for feita a solicitação.
Do Processo Legislativo § 2.º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem
Subseção I deliberação da Câmara, o projeto será incluído na pauta da
Disposição Geral ordem do dia, sobrestando-se as demais matérias, até que se
ultime a votação.
Art. 26. O processo legislativo compreende a elaboração § 3.º O prazo do § 1.º não corre no período de recesso nem
de: se aplica aos projetos de leis complementares.
I - emendas à Lei Orgânica;
II - leis complementares; Art. 31. A iniciativa popular, prevista no artigo 10 desta lei,
III - leis ordinárias; será articulada e recebida pela Câmara, desde que contenha o
IV - decretos legislativos; seguinte:
V - resoluções. I - identificação dos assinantes;
II - número do título de eleitor;
Subseção II III - certidão expedida pelo Juízo Eleitoral, contendo o
Das Emendas à Lei Orgânica número total de eleitores do bairro ou município.

Art. 27. A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada Art. 32. Aprovado o projeto de lei, na forma regimental,
mediante proposta: será enviado pelo Presidente da Câmara ao Prefeito, no prazo
I - de um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Câmara; de dez (10) dias, que, aquiescendo, o sancionará no prazo de
II - do Prefeito; quinze dias úteis.
III - de cidadãos, através de iniciativa popular assinada, no § 1.º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte,
mínimo, por cinco por cento (5%) dos eleitores. inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-
§ 1.º A proposta será discutida e votada em dois turnos, lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias úteis,
considerando- se aprovada quando obtiver, em ambas as contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
votações, o voto favorável de dois terços (2/3) dos membros quarenta e oito (48) horas, ao Presidente da Câmara, os
da Câmara, com interstício de dez (10) dias. motivos do veto.
§ 2.º A emenda aprovada será promulgada pela Mesa da § 2.º O veto parcial somente abrangerá texto integral de
Câmara, com o respectivo número de ordem. artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3.º A matéria constante de emenda rejeitada ou havida § 3.º Se a sanção for negada quando estiver finda a sessão
como prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na legislativa, o Prefeito publicará as razões do veto.
mesma sessão legislativa. § 4.º Decorrido o prazo do § 1.º, o silêncio do Prefeito
§ 4.º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência importará sanção.
de estado de defesa, de sítio ou de intervenção no Município. § 5.º A Câmara deliberará sobre o veto num único turno de
discussão e votação, no prazo de trinta (30) dias de seu
Subseção III recebimento, considerando- se rejeitado pelo voto da maioria
Das Leis absoluta dos Vereadores, em votação nominal.
§ 6.º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no
Art. 28. As leis complementares versarão, dentre outras, parágrafo anterior, o veto será incluído na ordem do dia da
sobre as seguintes matérias: sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
I - Código Tributário; votação final.
II - Código de Obras e Edificações; § 7.º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito
III - Código de Posturas; para promulgação.
IV - Código de Zoneamento; § 8.º Se a lei não for promulgada no prazo de quarenta e
V - Código de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo; oito
VI - Estatuto dos Servidores Municipais; (48) horas, pelo Prefeito, nos casos previstos nos §§ 4.º e
VII - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado. 7.º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer
em igual prazo, caberá ao 1.º Vice- Presidente fazê-lo.
Art. 29. A iniciativa das leis complementares e ordinárias
cabe a qualquer Vereador, às comissões permanentes da Art. 33. Revogado.
Câmara, ao Prefeito e à iniciativa popular, na forma e nos casos
previstos nesta Lei. Art. 34. A matéria constante de projeto de lei rejeitado
§ 1.º Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa das somente constituirá objeto de novo projeto, na mesma sessão
leis que disponham sobre: legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
I - regime jurídico único, provimento de cargos, membros da Câmara.
estabilidade e aposentadoria dos servidores;
II - criação, extinção ou transformação de cargos, funções Subseção IV
ou empregos públicos, na Administração Direta ou Indireta, e Dos Decretos Legislativos e Resoluções
a fixação ou aumento de sua remuneração; III - criação,
estruturação e atribuições dos órgãos e entidades da Art. 35. Terão forma de decreto legislativo ou de resolução
Administração Municipal. as deliberações da Câmara, tomadas em plenário, que
independam de sanção do Prefeito.

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§ 1.º Destinam-se os decretos legislativos a regular V - cassação do mandato do Prefeito por infrações político-
matérias de exclusiva competência da Câmara, que tenham administrativas.
efeito externo, tais como: § 4.º O Presidente da Câmara, ou quem o substituir, só terá
I - concessão de licença ao Prefeito para se afastar do direito a voto:
exercício do cargo ou autorização para se ausentar do I - na eleição da Mesa Executiva;
Município, exceto nos casos dos incisos II e III do § 1.º do artigo II - quando a matéria exigir, no mínimo, maioria absoluta
49 desta Lei; para sua aprovação ou alteração;
II - aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as III - quando houver empate em qualquer votação.
contas do Prefeito, proferido pelo Tribunal de Contas do § 5.º O voto será público nas deliberações da Câmara.
Estado;
III - fixação dos subsídios do Prefeito, para vigorar na Seção IX
legislatura seguinte; Dos Vereadores
IV - revogado; Subseção I
V - representação à Assembleia Legislativa sobre Disposições Gerais
modificação territorial ou mudança do nome da sede do
Município; Art. 37. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas
VI - aprovação de convênios, consórcios ou acordos de que opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na
for parte o Município, ad referendum. circunscrição do Município.
§ 2.º Destinam-se as resoluções a regular matérias de § 1.º Revogado.
caráter político-administrativo da Câmara, de efeito interno, § 2.º Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar
tais como: sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
I - perda do mandato de Vereador; exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
II - fixação dos subsídios dos Vereadores; confiaram ou deles receberam informações.
III - conclusões de comissão parlamentar de inquérito; § 3.º A inviolabilidade do Vereador subsistirá durante o
IV - revogado; estado de sítio, só podendo ser suspensa mediante o voto de
V - autorização para abertura de créditos adicionais dois terços (2/3) dos membros da Câmara, no caso de atos,
suplementares, através do aproveitamento total ou parcial das praticados fora do recinto da Câmara, que sejam incompatíveis
consignações orçamentárias da Câmara; com a execução da medida.
VI - organização dos serviços administrativos da Câmara, § 4.º Revogado.
criação, transformação ou extinção de seus cargos e funções, e
fixação da respectiva remuneração. Subseção II
Das Incompatibilidades
Subseção V
Das Deliberações Art. 38. É vedado ao Vereador:
I - desde a expedição do diploma:
Art. 36. A votação de matéria constante da Ordem do Dia a) firmar ou manter contrato com o Município, suas
só poderá ser efetuada com a presença da maioria absoluta dos autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista,
membros da Câmara, salvo se a matéria exigir quórum fundações ou empresas concessionárias de serviços públicos
superior. municipais, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
§ 1.º A aprovação de matéria em discussão, salvo as uniformes;
exceções previstas nesta lei, dependerá do voto favorável da b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego
maioria dos Vereadores presentes à sessão. remunerado, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas
§ 2.º Dependerão do voto favorável da maioria absoluta entidades constantes da alínea anterior, salvo o disposto na
dos membros da Câmara a aprovação ou alteração das Constituição da República e na legislação própria.
seguintes matérias: II - desde a posse:
I - leis complementares; a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que
II - regimento interno da Câmara; goze de favor decorrente de contrato celebrado com pessoa
III - fixação e aumento da remuneração dos servidores jurídica de direito público ou nela exercer função remunerada;
municipais; b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum,
IV - criação de cargos, empregos ou funções públicas; nas entidades referidas no inciso I, alínea “a”, salvo o cargo de
V - autorização de operações de crédito que excedam as Secretário Municipal, Coordenador ou equivalente;
despesas de capital, mediante créditos adicionais com c) patrocinar causas em que sejam interessadas quaisquer
finalidade precisa; das entidades indicadas no inciso I, alínea “a”;
VI - alienação de bens imóveis ou sua aquisição mediante d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo, em
doação com encargo; qualquer nível de governo.
VII - concessão de direito real de uso;
VIII - confissão de dívida, concessão de garantias de Art. 39. Perderá o mandato o Vereador:
qualquer natureza e obtenção de empréstimos; I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no
IX - desafetação da destinação de bens públicos; artigo anterior;
X - pedido de intervenção no Município; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o
XI - isenção, anistia, remissão e desconto sobre tributos decoro parlamentar;
municipais. III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa,
§ 3.º Dependerá do voto favorável de dois terços dos à terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo doença
membros da Câmara a aprovação ou alteração das seguintes comprovada, licença ou missão oficial autorizada pela
matérias: Edilidade;
I - concessão de serviços públicos; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
II - concessão de Título de Cidadania; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral;
III - rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas do VI - que sofrer condenação criminal em sentença
Estado sobre as contas municipais; transitada em julgado;
IV - destituição de membro da Mesa Executiva da Câmara; VII - que fixar residência fora do Município;

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APOSTILAS OPÇÃO

VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito


pela Câmara, dentro do prazo estabelecido nesta lei. Subseção V
§ 1.º Além dos casos definidos no regimento interno da Da Convocação do Suplente
Câmara, considerar-se-á incompatível com o decoro
parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Art. 42. Nos casos de vaga, de investidura prevista no § 3.º
Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais. do artigo anterior ou de licença superior a cento e vinte dias, o
§ 2.º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII, a perda do mandato Presidente da Câmara convocará imediatamente o suplente.
será decidida pela Câmara, por voto nominal e maioria § 1.º O suplente convocado deverá tomar posse no prazo
absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político de quinze (15) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob
nela representado, assegurada ampla defesa. pena de ser considerado renunciante.
§ 3.º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VIII, a perda § 2.º Enquanto a vaga não for preenchida, calcular-se-á o
ou vacância será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante quórum em função dos Vereadores remanescentes.
provocação de qualquer dos membros da Câmara, ou de
partido político nela representado, assegurada ampla defesa. CAPÍTULO III
§ 4.º Extingue-se também o mandato, e assim será DO PODER EXECUTIVO
declarado pelo Presidente da Câmara, na forma regimental, Seção I
quando ocorrer falecimento ou renúncia, por escrito, do Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Vereador.
Art. 43. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com
Subseção III funções políticas, executivas e administrativas.
Do Vereador Servidor Público
Art. 44. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos
Art. 40. O exercício da vereança por servidor público simultaneamente, na forma prevista na Constituição Federal e
municipal atenderá às determinações previstas na leis atinentes, para um mandato de quatro (4) anos.
Constituição Federal e nesta lei.
§ 1.º O Vereador ocupante de cargo, emprego ou função Art. 45. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse e
pública municipal é inamovível de ofício, pelo tempo de assumirão o exercício na Sessão Solene de Instalação da
duração de seu mandato. Câmara Municipal, no dia primeiro (1.º) de janeiro do ano
§ 2.º Havendo compatibilidade de horários, perceberá as subsequente à eleição, e prestarão o compromisso de cumprir
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da e fazer cumprir a Constituição Federal, a Constituição do
remuneração a que faz jus pela vereança. Não havendo Estado, observar as leis e promover o bem geral do povo
compatibilidade de horários, ficará afastado de seu cargo, maringaense.
emprego ou função. § 1.º No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito deverão
§ 3.º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, ou em desincompatibilizar- se e, no mesmo ato e ao término do
qualquer caso em que lhe seja exigido o afastamento para o mandato, farão declaração pública, circunstanciada, de seus
exercício do mandato, o tempo de serviço público será contado bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata
para todos os efeitos legais, exceto para promoção por seu resumo.
merecimento. § 2.º Se, decorridos dez (10) dias da data fixada para a
posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força
Subseção IV maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Das Licenças
Art. 46. O Vice-Prefeito substitui o Prefeito em caso de
Art. 41. O Vereador poderá licenciar-se: licença ou impedimento e lhe sucede no caso de vaga ocorrida
I - por motivo de doença, devidamente comprovada; após a diplomação.
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, § 1.º No caso de falta ou impedimento do Prefeito e do
por prazo determinado nunca inferior a trinta (30) dias nem Vice- Prefeito, assumirá a Administração Pública o Presidente
superior a cento e vinte (120) dias por sessão legislativa, da Câmara ou seu substituto legal.
podendo o licenciado reassumir suas funções na Câmara, no § 2.º Recusando-se, por motivo injustificado a assumir o
decorrer da licença, bastando que declare à Mesa a sua cargo de Prefeito, o Presidente da Câmara renunciará,
reassunção, cessando, desde esse momento, o exercício do incontinenti, à Presidência, ensejando a eleição de outro
suplente; membro para o seu cargo.
III - para desempenhar missão temporária de interesse do
Município, decorrente de expressa designação da Câmara, ou Art. 47. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-
previamente aprovada pelo Plenário; se-á eleição noventa (90) dias depois de aberta a última vaga.
IV - em face de licença-gestante ou paternidade. § 1.º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do
§ 1.º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em mandato, eleição para ambos os cargos será feita, pela Câmara
exercício o Vereador licenciado nos casos previstos nos incisos Municipal, trinta (30) dias depois de aberta a última vaga, na
I, III e IV. forma da lei.
§ 2.º A licença-gestante e a licença-maternidade serão § 2.º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar
concedidas seguindo os mesmos critérios e condições o período de seus antecessores.
estabelecidos para os servidores públicos municipais.
§ 3.º O Vereador investido no cargo ou função de Ministro Seção II
de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, Das Proibições
Coordenador ou equivalente será considerado
automaticamente licenciado, podendo optar pela Art. 48. O Prefeito não poderá, sob pena de perda do
remuneração do mandato. mandato, incidir nos impedimentos previstos no artigo 38
desta lei nem fixar residência fora do Município.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se ao Vice-
Prefeito, exceto no caso da letra “b” do inciso I do citado artigo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Seção III XVI - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o
Das Licenças cumprimento de seus atos e fazer uso da Guarda Municipal que
for criada, na forma da lei;
Art. 49. O Prefeito não poderá se ausentar do Município, XVII - estabelecer a divisão administrativa do Município,
por período superior a quinze dias consecutivos, ou se afastar de acordo com a lei;
do exercício do cargo, por qualquer tempo, sem prévia XVIII - denominar próprios públicos;
autorização ou licença pela Câmara, conforme o caso, sob pena XIX - dispor sobre o uso dos próprios públicos, obedecidas
de perda do mandato. as normas urbanísticas vigentes;
§ 1.º Poderá o Prefeito, contudo, licenciar-se, fazendo jus à XX - colocar à disposição da Câmara, de uma só vez, até o
remuneração, quando: dia 20 de cada mês, nos termos da requisição, a parcela
I - a serviço ou em missão de representação do Município; correspondente ao duodécimo das respectivas dotações
II - impossibilitado do exercício do cargo por motivo de orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
doença, devidamente comprovada, ou em razão de licença- especiais;
gestante ou de licença-maternidade, observado, quanto a XXI - indicar recursos orçamentários do Executivo para a
estas, o disposto no § 2.º do artigo 41 desta Lei; suplementação de dotações da Câmara, quando esgotados os
III - em gozo de férias anuais de trinta (30) dias, ficando a recursos desta;
seu critério a época para usufruí-la. XXII - propor à Câmara o Plano Diretor de
§ 2.º O pedido de licença previsto no inciso I do parágrafo Desenvolvimento Integrado e as demais políticas do
anterior, amplamente motivado, indicará as razões da viagem, desenvolvimento municipal;
o roteiro e as previsões de gasto. XXIII - praticar quaisquer atos de interesse do Município
que não estejam reservados, explícita ou implicitamente, à
Art. 49-A. Revogado. competência da Câmara;
XXIV - decidir sobre requerimentos, reclamações,
Seção IV representações e procedimentos administrativos de ordem
Das Atribuições do Prefeito geral, que lhe forem dirigidos, no prazo de trinta (30) dias, sem
prejuízo de outras disposições legais.
Art. 50. Ao Prefeito compete defender os interesses do § 1.º Observados os limites de lei, o Prefeito poderá
Município, adotando, de acordo com a lei, todas as medidas delegar a seus auxiliares, por decreto, as funções
necessárias a esse fim, e, em especial: administrativas que não sejam de sua exclusiva competência.
I - representar o Município nas suas relações § 2.º As competências definidas neste artigo não excluem
administrativas, políticas e jurídicas; a competência do Legislativo Municipal nestas matérias.
II - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos § 3.º Quando o balancete financeiro referido no inciso VIII
definidos nesta lei; do caput apontar saldos bancários, deverá ser acompanhado
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem de cópia dos extratos das respectivas contas bancárias.
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
IV - vetar projetos de lei; Seção V
V - decretar, nos termos legais, desapropriação por Da Perda de Mandato
utilidade pública ou interesse social, e constituir servidões;
VI - dispor sobre a estrutura, a organização e o Art. 51. A cassação do mandato do Prefeito ou seu
funcionamento da Administração; substituto legal por crimes de responsabilidade ou infrações
VII - aplicar multas previstas em leis, regulamentos e político-administrativas dar se- á na forma e nos casos
contratos, bem como cancelá-las quando impostas previstos na legislação federal.
irregularmente;
VIII - enviar à Câmara, até o último dia útil de cada mês, Art. 51-A. Extingue-se o mandato de Prefeito, e assim deve
balancete financeiro relativo à receita e despesa do mês ser declarado pelo Presidente da Câmara de Vereadores,
anterior, com o demonstrativo mensal da execução quando:
orçamentária: I - ocorrer falecimento, renúncia por escrito, perda ou
a) da despesa, com a denominação do órgão, unidade suspensão dos direitos políticos, ou condenação por crime
orçamentária, função, programa, subprograma, projeto e funcional ou eleitoral, em sentença transitada em julgado, nos
atividade; termos da legislação federal;
b) da receita, desdobrada em categoria econômica, fonte, II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela
subdote, rubrica, sub-rubrica; Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei;
IX - administrar os bens públicos, superintender a III - incidir nos impedimentos para o exercício do cargo,
arrecadação de tributos, bem como a guarda e aplicação da estabelecidos em lei, e não se desincompatibilizar até a posse,
receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das e, nos casos supervenientes, no prazo que a lei ou a Câmara
disponibilidades orçamentárias e dos créditos votados pela fixar.
Câmara; Parágrafo único. A extinção do mandato independe de
X - abrir créditos extraordinários nos casos de calamidade deliberação do Plenário e se tornará efetiva desde a declaração
pública, ad referendum da Câmara; do fato ou ato extintivo pelo Presidente e sua inserção em ata.
XI - celebrar convênios, contratos ou termos de cooperação
com entidades públicas ou privadas, e consórcios com outros Seção VI
municípios, para a realização de objetivos de interesse da Da Transição Administrativa
Administração;
XII - contratar empréstimos e realizar operações de Art. 52. Até trinta (30) dias antes das eleições municipais,
crédito; o Prefeito deverá preparar, para entrega ao seu sucessor e
XIII - adotar providências para a conservação e para publicação imediata, relatório da situação da
salvaguarda do patrimônio municipal; Administração Municipal, que conterá, entre outras,
XIV - prover os serviços e obras da Administração Pública; informações atualizadas sobre:
XV - indicar os dirigentes de sociedade de economia mista I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos
ou empresas públicas municipais; respectivos vencimentos, inclusive das dívidas a longo prazo e

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APOSTILAS OPÇÃO

encargos decorrentes de operações de crédito, informando CAPÍTULO IV


sobre a capacidade da Administração em realizar operações de DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS
crédito de qualquer natureza;
II - medidas necessárias à regularização das contas Art. 56. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
municipais perante do Tribunal de Contas do Estado ou órgão Secretários Municipais ou equivalentes e dos Vereadores
equivalente, se for o caso; serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, em
III - prestação de contas de convênios celebrados com cada legislatura para a subsequente, antes das eleições
organismos da União e do Estado, bem como do recebimento municipais, observado o disposto na Constituição Federal e as
de subvenções ou auxílios; normas da legislação pertinente.
IV - situação dos contratos com concessionárias e § 1.º Os subsídios dos agentes políticos serão atualizados
permissionárias de serviços públicos; anualmente, obedecidos a mesma data-base e índices
V - estado dos contratos de obras e serviços em execução aplicáveis aos servidores públicos municipais.
ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado § 2.º O Vereador ocupante do cargo de Presidente da
e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos Câmara, em face do acúmulo das funções e responsabilidades
respectivos; inerentes ao exercício da Chefia do Poder, terá subsídio fixado
VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado, de forma diferenciada, a maior, atendido o disposto no caput e
por força de mandamento constitucional ou de convênios; no § 1.º deste artigo.
VII - projetos de iniciativa do Executivo Municipal em
curso na Art. 57. Não sendo fixados os subsídios dos agentes
Câmara, para permitir que a nova administração decida políticos, na forma e prazo legal estabelecidos no artigo
quanto à conveniência de lhes dar prosseguimento, acelerar anterior, prevalecerão para a legislatura seguinte os
seu andamento ou retirá-los de pauta; anteriormente estabelecidos, atualizados mediante a
VIII - situação dos servidores do Município, seu custo, aplicação de índices nunca inferiores àqueles utilizados para
quantidade e órgãos em que estejam lotados e em exercício. os servidores públicos municipais.

Art. 53. É vedado ao Prefeito assumir, por qualquer forma, TÍTULO III
compromissos financeiros para a execução de programas ou DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
projetos após o término de seu mandato, não previstos na CAPÍTULO I
legislação orçamentária, observado o artigo 106, § 1.º. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1.º O disposto neste artigo não se aplica nos casos
comprovados de calamidade pública. Art. 58. A Administração Pública Municipal compreende a:
§ 2.º Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os I - Administração Direta, integrada pelo Gabinete do
empenhos e atos praticados em desacordo com este artigo, Prefeito,
sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito. Secretarias, Coordenadorias ou equivalentes e demais
órgãos auxiliares previstos em lei;
Seção VII II - Administração Indireta, composta pelas Autarquias,
Dos Auxiliares do Prefeito Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia
Mista, existentes ou a existir, e outras entidades dotadas de
Art. 54. São auxiliares diretos do Prefeito: personalidade jurídica própria.
I - os Secretários Municipais, Coordenadores ou Parágrafo único. Os órgãos da Administração Direta e as
equivalentes; entidades da Administração Indireta serão criados por lei
II - o Vice-Prefeito. específica, ficando as últimas vinculadas às Secretarias,
§ 1.º Os Secretários Municipais, Coordenadores ou Coordenadorias ou órgãos equiparados, em cuja área de
equivalentes serão nomeados e exonerados pelo Prefeito e competência estiver enquadrada sua atividade principal.
escolhidos entre cidadãos maiores de vinte e um (21) anos, no
pleno exercício de seus direitos políticos. Art. 59. A Administração Pública Direta e Indireta
§ 2.º No ato da posse, os Secretários Municipais, obedecerá aos princípios e diretrizes da legalidade,
Coordenadores ou equivalentes apresentarão certidões do impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência,
Distribuidor e de Protestos das Comarcas onde tenham razoabilidade, interesse público, descentralização,
residido nos últimos cinco (5) anos, comprovando sua democratização, participação popular na forma prevista nesta
idoneidade, e deverão fazer declaração de bens, no ato e Lei, transparência e valorização dos servidores públicos, e
término da investidura no cargo ou função, a qual constará de também ao seguinte:
livro próprio. I - dependerão de lei específica a transformação, fusão,
cisão, incorporação, extinção e privatização das entidades
Art. 55. A competência do Vice-Prefeito será limitada a: mencionadas no inciso II do artigo 58, a criação de suas
I - cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instruções subsidiárias e também a participação de qualquer delas em
recebidas do Prefeito, as leis, resoluções, regulamentos e empresa privada;
demais atos da Chefia do Executivo Municipal e da Câmara; II - os processos licitatórios obedecerão à legislação
II - fiscalizar os serviços distritais; vigente;
III - atender às reclamações das partes e encaminhá-las ao III - quando, comprovadamente, as obras, serviços,
Prefeito, quando se tratar de matéria estranha às suas compras e alienações forem contratados de forma parcelada,
atribuições ou quando lhes for favorável a decisão proferida; com o fim de burlar a obrigatoriedade do processo de licitação
IV - indicar ao Prefeito as providências necessárias nos pública, serão considerados atos fraudulentos, passíveis de
distritos e no território do Município; anulação, por eles respondendo os autores, civil,
V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhe administrativa e criminalmente, na forma da lei;
for solicitado; IV - a Administração Pública não celebrará nem manterá
VI - cumprir missões especiais, quando convocado pelo contrato e convênios com empresas que:
Prefeito para esse fim. a) desrespeitem as normas de prevenção ambiental e as
relativas à segurança e medicina do trabalho, enquanto
perdurar o problema;

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APOSTILAS OPÇÃO

b) não comprovem a quitação de débitos trabalhistas, § 6.º A remuneração dos servidores públicos organizados
previdenciários e sociais a que estejam obrigadas; em carreira poderá ser fixada nos termos do artigo 39, § 4.º, da
V - salvo se o contrato obedecer a cláusulas uniformes, não Constituição Federal - Emenda Constitucional n. 19.
poderão contratar com a Administração Municipal Direta e
Indireta as pessoas ligadas ao Prefeito, Vice-Prefeito, Art. 61. É função do Município prestar um serviço público
Secretários, Coordenadores ou equivalentes, por matrimônio eficiente, com servidores justamente remunerados.
ou parentesco, afim ou consanguíneo, até o segundo grau, ou § 1.º A Administração Pública Municipal, na elaboração de
por adoção, subsistindo a proibição até doze (12) meses após sua política de recursos humanos, atendendo ao princípio da
findas as respectivas funções; valorização e dignificação de seus servidores, oportunizará o
VI - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por crescimento profissional através de programas de formação
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em de mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem, progresso
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos funcional e acesso a cargos de escalão superior.
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, § 2.º Os programas mencionados no parágrafo anterior
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e terão caráter permanente e, para tanto, o Município poderá
assessoramento; manter convênios com instituições especializadas.
VII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadores de deficiência, Art. 62. O servidor público municipal terá direito, na forma
respeitando o mínimo estabelecido em legislação federal; da lei, após cada período de cinco (5) anos, contínuos ou não,
VIII - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo à percepção de adicional por tempo de serviço público
determinado, para atender necessidade temporária de municipal, calculado sobre o padrão de vencimento, ao qual se
excepcional interesse público; incorpora.
IX - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; Art. 63. Fica assegurada à servidora gestante, na forma da
X - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e lei, mudança de atividade, nos casos em que houver
empregos públicos são irredutíveis, observado o disposto no recomendação médica, sem prejuízo de vencimentos e demais
inciso anterior e nos artigos 37, XI e XIV, 39, § 4.º, 150, II, 153, vantagens do cargo ou função.
III, e 153, § 2.º, I, da Constituição Federal;
XI - os vencimentos dos servidores públicos municipais Art. 64. Ao servidor público municipal que tiver sua
devem ser pagos até o último dia útil do mês vincendo; capacidade de trabalho reduzida em decorrência de acidente
XII - somente lei poderá instituir vantagens de qualquer ou doença de trabalho será garantida a transferência para
natureza aos servidores públicos municipais. locais ou atividades compatíveis com sua situação.
Parágrafo único. Aplica-se também à Administração
Pública Municipal o disposto nos artigos 37, I, II, III, IV, VI, VII, Art. 65. O servidor, após sessenta (60) dias decorridos da
X, XIII, XVI, XVII, XVIII, XXI, §§ 1.º a 10, e 38 da Constituição apresentação do pedido de aposentadoria voluntária, logo ao
Federal. haver completado o tempo de serviço necessário à obtenção
do direito, poderá cessar o exercício da função pública
CAPÍTULO II independentemente de qualquer formalidade.
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 66. É vedada a conversão de férias ou licenças em
Art. 60. O Município instituirá conselho de política de dinheiro, ressalvados os casos previstos na legislação
administração e remuneração de pessoal, integrado por municipal específica.
servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 1.º A fixação dos padrões de vencimentos e dos demais Art. 67. O Município instituirá contribuição, cobrada de
componentes do sistema remuneratório observará: seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistema
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade de previdência, observado o disposto na Constituição Federal.
dos cargos componentes de cada carreira; Parágrafo único. A inscrição no órgão responsável pelo
II - os requisitos para a investidura; controle do sistema previsto no caput é obrigatória.
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2.º Aplica-se a esses servidores o disposto no artigo 7.º, Art. 67-A. O Município manterá programa ou sistema
IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII destinado à concessão e manutenção de benefícios de
e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer atendimento à saúde dos servidores titulares de cargos
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do efetivos, bem como de seus respectivos dependentes, na forma
cargo o exigir. definida em lei.
§ 3.º Lei Municipal poderá estabelecer a relação entre a
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, Art. 68. Aos servidores titulares de cargos efetivos do
obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, XI, da Município, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado
Constituição Federal. regime de previdência de caráter contributivo, observados
§ 4.º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos disposto neste artigo.
cargos e empregos públicos. § 1.º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência
§ 5.º Lei Municipal disciplinará a aplicação de recursos de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
orçamentários provenientes da economia com despesas proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3.º:
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação I - por invalidez permanente, sendo os proventos
no desenvolvimento de programas de qualidade e proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente
produtividade, treinamento e desenvolvimento, de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço contagiosa ou incurável, especificadas em lei;
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com
produtividade. proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo
de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5

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(cinco) anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor
observadas as seguintes condições: das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime
a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os
contribuição, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
e 30 (trinta) de contribuição, se mulher; artigo 201 da Constituição Federal.
b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 § 15. Observado o disposto nos artigos 40, § 15, e 202 da
(sessenta) anos de idade, se mulher, com proventos Constituição Federal, lei complementar disporá sobre as
proporcionais ao tempo de contribuição. normas gerais para a instituição de regime de previdência
§ 2.º Os proventos de aposentadoria e as pensões não complementar pelo Município, para atender aos seus
poderão exceder à remuneração do respectivo servidor, no respectivos servidores titulares de cargo efetivo.
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de § 16. Somente mediante prévia e expressa opção, o
referência para a concessão da pensão. disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
§ 3.º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
concessão, serão calculados com base na remuneração do ato de instituição do correspondente regime de previdência
servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na complementar.
forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração.
§ 4.º É vedada a adoção de requisitos e critérios Art. 69. São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os virtude de concurso público.
casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições § 1.º O servidor público estável só perderá o cargo:
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
definidos em lei complementar. II - mediante processo administrativo em que lhe seja
§ 5.º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição assegurada ampla defesa;
serão reduzidos em 5 (cinco) anos, em relação ao disposto no III - mediante procedimento de avaliação periódica de
§ 1.º, III, a, para o professor que comprove exclusivamente desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na ampla defesa.
educação infantil e no ensino fundamental e médio. § 2.º Invalidada por sentença judicial a demissão do
§ 6.º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
cargos acumuláveis na forma desta Lei, é vedada a percepção vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito
de mais de uma aposentadoria à conta do regime de a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
previdência previsto neste artigo. disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
§ 7.º Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão serviço.
por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor § 3.º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o
falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
disposto no § 3.º. aproveitamento em outro cargo, no prazo máximo de 60
§ 8.º Observado o disposto no artigo 37, XI, da Constituição (sessenta) dias.
Federal, os proventos de aposentadoria e as pensões serão § 4.º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo instituída para essa finalidade.
também estendidos aos aposentados e aos pensionistas
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente Art. 70. Ao servidor eleito para o cargo de direção sindical
concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando são assegurados todos os direitos inerentes ao cargo, a partir
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou do registro da candidatura e até um ano após o término do
função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de mandato, ainda que na condição de suplente, salvo se cometer
referência para a concessão da pensão, na forma da lei. falta grave, nos termos da lei.
§ 9.º O tempo de contribuição federal, estadual ou § 1.º São assegurados os mesmos direitos, até noventa dias
municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo após a eleição, aos candidatos não-eleitos.
de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. § 2.º É facultado ao servidor eleito para direção de
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de sindicato ou associação de classe o afastamento do seu cargo,
contagem de tempo de contribuição fictícia. sem prejuízo dos vencimentos, vantagens e ascensão
§ 11. Aplica-se o limite fixado no artigo 37, XI, da funcional, na forma que a lei estabelecer.
Constituição Federal à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de Art. 71. Nenhum servidor público ativo poderá ser diretor
cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades ou integrar conselho de empresa fornecedora, ou que realize
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência qualquer modalidade de contrato com o Município, sob pena
social, e ao montante resultante da adição de proventos de de demissão do serviço público.
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
desta Lei, cargo em comissão declarado em lei de livre Art. 72. É vedada a participação de servidores públicos
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. municipais no produto da arrecadação de tributos e multas,
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de inclusive da dívida ativa.
previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo
observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para CAPÍTULO III
o regime geral de previdência social. DOS ATOS MUNICIPAIS
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em Seção I
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, Da Publicidade dos Atos Municipais
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
aplica-se o regime geral de previdência social. Art. 73. A publicação das leis, dos decretos e dos demais
§ 14. O Município, desde que institua regime de atos municipais de efeito externo far-se-á no Órgão Oficial do
previdência complementar para os seus respectivos Município.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1.º Os atos de efeito externo só terão eficácia após a sua i) fixação e alteração dos preços dos serviços prestados
publicação. pelo Município e aprovação das tarifas dos serviços
§ 2.º A publicação dos atos não-normativos far-se-á concedidos ou permitidos;
mediante simples afixação de texto ao quadro de editais do j) permissão para a exploração de serviços públicos e para
órgão expedidor. uso de bens municipais;
l) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da
Art. 74. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços Administração Direta;
e campanhas dos órgãos públicos municipais, qualquer que m) medidas executórias do Plano Diretor;
seja o veículo de comunicação, somente poderá ter caráter n) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos
informativo, educativo ou de orientação social, dela não dos administrados, não-privativos de lei;
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que o) estabelecimento de normas de efeito externo, não-
caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidor privativas de lei;
público. p) provimento e vacância de cargos públicos.
§ 1.º Os custos da publicidade referida neste artigo ficam II - mediante portaria, quando se tratar de:
limitados a cinco por cento da receita corrente do Município. a) atos de efeito individual relativos aos servidores
§ 2.º A Administração Direta, Indireta e Fundacional municipais;
publicará, a cada seis meses, relatório das despesas realizadas b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
com propaganda e publicidade dos atos, programas, obras, c) criação de comissões e designação de seus membros;
serviços e campanhas, especificando os nomes dos órgãos d) instituição e dissolução de grupos de trabalho;
veiculadores. e) abertura de sindicâncias, processos administrativos e
§ 3.º Verificada a violação do disposto no caput deste aplicação de penalidades;
artigo, caberá à Câmara, por dois terços (2/3) de seus f) outros atos que, por sua natureza ou finalidade, não
membros, determinar a suspensão imediata da propaganda e sejam objeto de lei ou decreto.
publicidade, sem prejuízo da instauração imediata de III - mediante contratos, entre outros, nos seguintes casos:
procedimento para sua apuração. a) admissão de servidores para serviços de caráter
§ 4.º O Prefeito não poderá utilizar, sob pena de temporário, nos termos desta lei;
responsabilidade, patrocínio econômico de terceiros, pessoas b) execução de obras e serviços municipais, nos termos
físicas ou jurídicas, para a sua promoção pessoal em desta lei.
propaganda da Administração Municipal que não atenda o Parágrafo único. Os atos constantes dos itens II e III deste
disposto no caput deste artigo. artigo poderão ser delegados.

Art. 75. Revogado. Seção III


Das Certidões e Informações
Art. 76. O Prefeito fará publicar, no Órgão Oficial do
Município, dentre outras previsões legais: Art. 78. A Prefeitura Municipal e a Câmara são obrigadas a
I - relatório resumido da execução orçamentária, até trinta fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze
(30) dias após o encerramento de cada bimestre; (15) dias, certidões e ainda informações dos atos, contratos e
II - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos decisões, desde que requeridas para fim de direito
arrecadados e dos recursos recebidos; determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou
III - mensalmente, o balancete resumido da receita e da servidor que negar, omitir, retardar ou prestar declarações
despesa; falsas na sua expedição.
IV - anualmente, até quinze (15) de abril, as contas da No mesmo prazo, deverão atender às requisições judiciais,
administração do exercício anterior, constituídas do balanço se outro não for fixado pelo Juiz.
financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e § 1.º São considerados públicos os documentos
demonstrativo das variações patrimoniais, em forma sintética. produzidos no exercício das respectivas funções e em razão
delas, pelos titulares dos cargos dos Poderes Legislativo e
Seção II Executivo.
Dos Atos Administrativos § 2.º Ressalva-se o acesso às informações e expedientes
cujo sigilo seja legalmente previsto.
Art. 77. A formalização dos atos administrativos da § 3.º As certidões relativas ao Poder Executivo serão
competência do Prefeito far-se-á: fornecidas pelo Secretário ou equivalente da administração da
I - mediante decreto, numerado em ordem cronológica, Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do
quando se tratar de: Prefeito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.
a) regulamento de lei;
b) criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas CAPÍTULO IV
em lei; DOS BENS MUNICIPAIS
c) abertura de créditos especiais, suplementares e
extraordinários, observado o disposto nesta lei; Art. 79. Cabe ao Prefeito a administração dos bens
d) declaração de utilidade pública ou de interesse social municipais, respeitada a competência da Câmara quanto
para efeito de desapropriação ou servidão administrativa; àqueles utilizados em seus serviços.
e) criação, alteração e extinção de órgãos da Prefeitura,
quando autorizadas em lei; Art. 80. Todos os bens municipais deverão ser
f) definição da competência dos órgãos e das atribuições cadastrados, com a identificação específica, numerando-se os
dos servidores da Prefeitura, não-privativas de lei; móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os
g) aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da secretaria ou
Administração Direta; equivalente a que forem distribuídos.
h) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração
descentralizada; Art. 81. Os bens patrimoniais do Município deverão ser
classificados pela sua natureza e em relação a cada serviço.

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Parágrafo único. Deverá ser feita, anualmente, CAPÍTULO V


conferência da escrituração patrimonial com os bens DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS
existentes, para inclusão do inventário na prestação de contas
de cada exercício. Art. 89. Nenhuma obra pública, salvo os casos de extrema
urgência devidamente justificados, será realizada sem que se
Art. 82. A alienação de bens municipais, subordinada à assegure:
existência de interesse público devidamente justificado, I - o respectivo projeto;
obedecerá às seguintes normas: II - o orçamento de seu custo;
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa, III - a indicação dos recursos financeiros para o
prévia avaliação e de licitação na modalidade de concorrência; atendimento das respectivas despesas;
II - quando móveis, dependerá, apenas, de prévia avaliação IV - a viabilidade do empreendimento para o interesse
e de licitação. público;
Parágrafo único. A licitação fica dispensada nos casos V - os prazos para seu início e término.
previstos na legislação federal pertinente.
Art. 90. As obras e serviços públicos serão executados de
Art. 83. O Município, preferentemente à venda ou doação conformidade com o planejamento do desenvolvimento
de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de integrado do Município.
uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência
pública. Art. 91. Ressalvadas as atividades de planejamento e
§ 1.º A concorrência pública poderá ser dispensada por lei, controle, a Administração Municipal poderá desobrigar-se da
quando o uso se destinar a concessionária de serviço público, realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre
a entidades assistenciais, ou quando houver relevante que conveniente ao interesse público, à execução indireta,
interesse público, devidamente justificado. mediante concessão ou permissão de serviço público ou de
§ 2.º É vedada a alienação, concessão ou permissão de uso utilidade pública.
das faixas de terras de trinta (30) metros ao longo das águas § 1.º A concessão de serviço público será outorgada
correntes e dormentes. mediante autorização legislativa e contrato precedido de
licitação.
Art. 84. A aquisição de bens imóveis, por compra ou § 2.º A permissão de serviço público ou de utilidade
permuta, dependerá de prévia avaliação e autorização pública, sempre a título precário, será outorgada após
legislativa, dispensada esta última nos casos de licitação, por prazo nunca superior a dois (2) anos.
desapropriação por utilidade pública ou interesse social. § 3.º O Município poderá retomar, sem indenização, os
serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em
Art. 85. O uso de bens municipais por terceiros só poderá desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles
ser feito mediante concessão, permissão ou autorização a que se revelarem insuficientes para o atendimento dos
título precário e por tempo determinado, conforme o interesse usuários.
público o exigir, observados os critérios do artigo 83, § 1.º.
§ 1.º A concessão de uso dos bens públicos de uso especial Art. 92. Lei específica disporá sobre:
e dominiais dependerá de lei e concorrência pública e será I - o regime das empresas concessionárias e
feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu
§ 2.º A concessão administrativa de bens públicos de uso contrato e de sua prorrogação, e as condições de caducidade,
comum somente poderá ser outorgada mediante autorização fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
legislativa. II - os direitos dos usuários;
§ 3.º A permissão de uso, que poderá incidir sobre III - a política tarifária;
qualquer bem público, será feita a título precário, com prazo IV - a obrigação de manter serviço adequado;
de até 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses, renováveis a critério V - a obrigação rigorosa de atender aos dispositivos de
da Municipalidade. proteção ao meio ambiente;
§ 4.º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem VI - vedação a cláusula de exclusividade nos contratos de
público, será feita para atividades ou usos específicos e execução dos serviços públicos;
transitórios, pelo prazo máximo de noventa (90) dias. VII - as normas relativas ao gerenciamento dos serviços
públicos.
Art. 86. A utilização e administração dos bens públicos de
uso especial serão feitas na forma da lei e regulamentos Art. 93. Os serviços concedidos ou permitidos ficarão
respectivos. sempre sujeitos à regulamentação e à fiscalização da
Administração Municipal, cabendo ao Prefeito aprovar suas
Art. 87. A afetação e desafetação de bens imóveis tarifas, tendo em vista a justa remuneração.
municipais dependerá de lei. Parágrafo único. Revogado.
Parágrafo único. As áreas transferidas ao Município em
decorrência da aprovação de loteamentos serão consideradas Art. 94. As licitações para a concessão de serviços públicos
bens dominiais, enquanto não se efetivarem benfeitorias que deverão ser precedidas de ampla publicidade, em jornais
lhes dêem outra destinação. locais e demais órgãos de imprensa, regionais e estaduais,
mediante edital resumido.
Art. 88. O Município poderá, nos termos da lei, permitir a
particulares, a título oneroso ou gratuito, conforme o caso, o Art. 95. As entidades prestadoras de serviços públicos são
uso de subsolo ou de espaço aéreo de logradouros públicos obrigadas, pelo menos uma vez por ano, a dar ampla
para construção de passagem destinada à segurança ou divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre
conforto dos transeuntes e usuários, ou para outros fins de planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e
interesse urbanístico. realização de programas de trabalho.

Art. 96. É vedado ao Chefe do Poder Executivo Municipal,


salvo autorização da Câmara, realizar qualquer modificação

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nas obras construídas por prefeitos anteriores, exceto para servidores municipais e contribuintes indicados por entidades
ampliação e melhorias, ou paralisar a execução das representativas de categorias econômicas e profissionais.
inacabadas, sob pena de responsabilidade. Parágrafo único. Enquanto não for criado o órgão
previsto neste artigo, os recursos serão decididos pelo Prefeito
CAPÍTULO VI Municipal.
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
Art. 100. Comissão Municipal, integrada por servidores do
Art. 97. Compete ao Município instituir os seguintes Município e representantes dos contribuintes, atualizará,
tributos: anualmente, a base de cálculo do Imposto Predial e Territorial
I - impostos previstos na Constituição Federal; Urbano.
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos Art. 101. Nenhum contribuinte será obrigado ao
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à pagamento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura sem
sua disposição; prévia notificação.
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras § 1.º Considera-se notificação a entrega do aviso de
públicas; lançamento no domicílio fiscal do contribuinte, nos termos da
IV - contribuição social, observado o disposto no artigo 67 legislação vigente.
desta § 2.º Do lançamento do tributo cabe recurso, assegurado
Lei. para sua interposição o prazo de quinze (15) dias, contados da
§ 1.º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se notificação.
refere o artigo 120, § 4.º, II, desta Lei, o imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana poderá ser CAPÍTULO VII
progressivo em razão do valor do imóvel e ter alíquotas DA RECEITA E DA DESPESA
diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
§ 2.º O imposto sobre a transmissão inter vivos: Art. 102. A receita municipal será constituída da
a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos arrecadação dos tributos de sua competência, da participação
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização em tributos da União e do Estado, conforme prescreve o artigo
de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos 158 da Constituição Federal, dos recursos resultantes do
decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade bens, serviços, atividades e de outros ingressos.
preponderante do adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento Art. 103. A despesa pública atenderá aos princípios
mercantil; estabelecidos na Constituição Federal e às normas de Direito
b) incide sobre imóveis situados no território do Financeiro.
Município;
c) não incide sobre compromissos de compra e venda de Art. 104. As disponibilidades de caixa do Município, de
imóveis. suas Autarquias e Fundações e das empresas por ele
§ 3.º Sempre que possível, os impostos terão caráter controladas serão depositadas em instituições financeiras
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica oficiais, salvo os casos previstos em lei.
do contribuinte, facultando- se à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, CAPÍTULO VIII
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da DOS ORÇAMENTOS
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas Seção I
do contribuinte. Disposições Gerais
§ 4.º Somente lei poderá estabelecer as hipóteses de
exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários e a Art. 105. Obedecidas as regras estabelecidas na
forma como serão concedidos e revogados os incentivos e Constituição Federal, na Constituição do Estado, nas normas
benefícios fiscais. de Direito Financeiro e nos preceitos desta lei, leis de iniciativa
do Poder Executivo estabelecerão:
Art. 98. A administração tributária é atividade vinculada, I - o plano plurianual de investimentos;
essencial ao Município, e deverá estar dotada de recursos II - as diretrizes orçamentárias;
humanos e materiais necessários ao fiel exercício de suas III - os orçamentos anuais.
atribuições, principalmente no que se refere a: Parágrafo único. Será garantida a participação da
I - cadastramento dos contribuintes e das atividades comunidade nas etapas de elaboração, definição e
econômicas; acompanhamento da execução plurianual, de diretrizes
II - lançamento de tributos; orçamentárias e do orçamento anual.
III - fiscalização do cumprimento das obrigações
tributárias; Art. 106. A lei que instituir o plano plurianual
IV - inscrição dos inadimplentes em dívida ativa e estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os
respectiva cobrança amigável ou encaminhamento para objetivos e as metas de Administração Pública Municipal,
cobrança judicial. Direta, Indireta e Fundacional, abrangendo os programas de
Parágrafo único. O Município poderá delegar a função de manutenção e expansão das ações de governo.
arrecadar contribuições de melhoria a entidades de sua § 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
Administração Indireta, bem como poderá celebrar convênios exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão
com instituições financeiras para a arrecadação dos tributos no plano plurianual, ou sem lei que autorize sua inclusão, sob
municipais. pena de crime de responsabilidade.
§ 2.º Os planos e programas municipais, regionais e
Art. 99. As reclamações sobre lançamentos e demais setoriais serão elaborados em consonância com o plano
questões tributárias serão decididas em grau de recurso por plurianual e apreciados pela Câmara.
Conselho de Contribuintes, constituído paritariamente por

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Art. 107. A lei de diretrizes orçamentárias, de caráter III - a realização de operações de créditos que excedam o
anual, compreenderá: montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
I - as metas e prioridades da Administração Pública mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade
Municipal, Direta, Indireta e Fundacional; precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;
II - as projeções das receitas e despesas para o exercício IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
financeiro subseqüente; despesa, ressalvadas as exceções previstas nos artigos 165, §
III - as diretrizes relativas à política de pessoal do 8.º, 167, § 4.º, 198, § 2.º, e 212 da Constituição Federal;
Município; V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem
IV - os critérios para a distribuição dos recursos para os prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
órgãos dos Poderes do Município; correspondentes;
V - as orientações para a elaboração da lei orçamentária VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
anual; recursos de uma para outra categoria de programação, ou de
VI - os ajustamentos do plano plurianual decorrentes de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
uma reavaliação da realidade econômica e social do Município; VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VII - as disposições sobre as alterações na legislação VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
tributária; recursos do orçamento anual para suprir necessidades ou
VIII - as políticas de aplicação dos agentes financeiros cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos do Município;
oficiais de fomento, apresentando o plano de prioridades das IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem
aplicações financeiras e destacando os projetos de maior prévia autorização legislativa;
relevância; X - a subvenção ou auxílio do Município às entidades
IX - os demonstrativos dos efeitos sobre as receitas e privadas com fins lucrativos.
despesas públicas decorrentes da concessão de quaisquer § 1.º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia pela no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o
Administração Pública Municipal. ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus
Art. 108. A lei orçamentária anual compreenderá: saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, financeiro subseqüente.
seus Fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e § 2.º A abertura de créditos extraordinários somente será
Indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
Município; observado o disposto na Constituição da República.
II - o orçamento de investimentos das empresas em que o
Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do Art. 110. Os recursos correspondentes às dotações
capital social, com direito a voto; orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas especiais, destinados à Câmara Municipal, serão entregues na
as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração forma prevista nesta lei.
Direta ou Indireta, bem como Fundos e Fundações instituídas
e mantidas pelo Município. Art. 111. A despesa com pessoal ativo e inativo do
§ 1.º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de Município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
demonstrativo setorizado do efeito sobre as receitas e complementar federal.
despesas das isenções, anistias, remissões, subsídios e § 1.º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
§ 2.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda fundações instituídas e mantidas pelo Município, só poderão
que por antecipação da receita, nos termos da lei. ser feitas:
§ 3.º Os orçamentos previstos nos itens I, II e III deste I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para
artigo serão compatibilizados com o plano plurianual e com as atender às projeções de despesa com pessoal e aos acréscimos
diretrizes orçamentárias, evidenciando os programas e dela decorrentes;
políticas do Governo Municipal. II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
§ 4.º Se o projeto de lei orçamentária anual não for enviado orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
à sanção prefeitoral até 31 de dezembro, a programação dele sociedades de economia mista.
constante poderá ser executada, em cada mês, até o limite de § 2.º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com
um doze avos do total de cada dotação, na forma da proposta base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar
remetida ao Legislativo. referida no caput, o
§ 5.º Os saldos negativos eventualmente apurados em Município adotará as seguintes providências:
virtude do procedimento previsto no parágrafo anterior serão I - redução em pelo menos 20% (vinte por cento) das
ajustados, após sanção da lei orçamentária, através da despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
abertura de créditos adicionais, com base em remanejamento II - exoneração dos servidores não estáveis.
de dotações, cujos atos deverão ser publicados antes da § 3.º Se as medidas adotadas com base no parágrafo
divulgação dos quadros de detalhamento da despesa. anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento
da determinação da leicomplementar referida neste artigo, o
Seção II servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato
Das Vedações Orçamentárias normativo motivado de cada um dos Poderes do Município
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
Art. 109. São vedados: administrativa objeto da redução de pessoal.
I - o início de programas ou projetos não-incluídos na lei § 4.º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo
orçamentária anual; anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações remuneração por ano de serviço.
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

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§ 5.º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste,
anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, assuma obrigações de natureza pecuniária.
emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas
pelo prazo de 4 (quatro) anos. Art. 114. O controle externo será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado.
Seção III § 1.º O Prefeito prestará contas anuais da administração
Das Emendas aos Projetos Orçamentários financeira geral do Município à Câmara, devidamente
instruídas com o parecer prévio do Tribunal de Contas, das
Art. 112. Os projetos de lei relativos às diretrizes quais remeterá, preliminarmente, cópia integral ao
orçamentárias, ao orçamento anual e ao plano plurianual Legislativo, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
serão remetidos pelo Prefeito à Câmara nos termos desta lei, legislativa subsequente, para os efeitos do artigo 115 desta lei.
enquanto não viger a lei complementar a que alude o § 9.º do § 2.º As contas do Prefeito e as da Câmara serão enviadas,
artigo 165 da Constituição Federal. conjuntamente, ao Tribunal de Contas do Estado, até trinta e
§ 1.º Caberá à Comissão de Finanças e Orçamento da um (31) de março do exercício seguinte.
Câmara § 3.º As contas relativas a subvenções, financiamentos,
Municipal: empréstimos e auxílios recebidos do Estado, ou por seu
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos intermédio, serão prestadas em separado, diretamente ao
neste artigo e sobre as contas apresentadas pelo Prefeito Tribunal de Contas do Estado.
Municipal, anualmente, sem prejuízo da atuação das demais
comissões permanentes; Art. 115. As contas do Município, relativas ao exercício
II - examinar e emitir pareceres sobre os planos e anterior, na forma disposta no § 1.º do artigo anterior, ficarão
programas municipais previstos nesta Lei Orgânica e exercer disponíveis, durante todo o exercício, na Câmara Municipal e
o acompanhamento e a fiscalização orçamentária. no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para
§ 2.º As emendas serão apresentadas à comissão consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da
competente, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas em sociedade.
plenário, na forma regimental. § 1.º O interessado poderá questionar a legitimidade das
§ 3.º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou contas, mediante requerimento, escrito e por ele assinado,
aos projetos que o modifiquem somente poderão ser com firma reconhecida, perante a Câmara.
aprovadas, caso: § 2.º A Câmara apreciará previamente o cabimento do
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de requerido, em sessão ordinária, dentro de, no máximo, quinze
diretrizes orçamentárias; (15) dias, a contar de seu recebimento.
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os § 3.º Acolhido o requerimento, a Câmara remeterá o
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que expediente ao Tribunal de Contas do Estado e ao Prefeito, para
incidam sobre: pronunciamento.
a) dotações para pessoal e seus encargos; § 4.º O requerimento, a resposta do Prefeito e o parecer do
b) serviços da dívida; Tribunal de Contas do Estado a respeito do questionamento
III - sejam relacionadas: havido serão apreciados, em definitivo, por ocasião do
a) com a correção de erros ou omissões; julgamento das contas.
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. § 5.º Se o Prefeito não remeter seu pronunciamento à
§ 4.º As emendas ao projeto de lei de diretrizes Câmara no prazo de quinze (15) dias, a impugnação será
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando considerada por ele aceita.
incompatíveis com o plano plurianual. § 6.º Tratando-se de questionamento à legitimidade das
§ 5.º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para contas da Câmara, aplica-se ao Presidente, no que couber, as
propor modificações aos projetos a que se refere este artigo, disposições contidas nos §§ 3.º, 4.º e 5.º deste artigo.
enquanto não iniciada a votação, em plenário, da parte cuja
alteração for pretendida. Art. 116. A Câmara não poderá, sob pena de nulidade,
§ 6.º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no julgar as contas encaminhadas pelo Prefeito sem o parecer
que não contrariar o disposto neste capítulo, as demais prévio do Tribunal de Contas do Estado, obedecido o disposto
normas relativas ao processo legislativo. no inciso VIII do artigo 13 desta lei.
§ 7.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem Art. 117. A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara,
despesa correspondente poderão ser utilizados, conforme o diante de indícios de despesas não-autorizadas, ainda que sob
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com a forma de investimentos não-programados ou de subsídios
prévia e específica autorização legislativa. não-aprovados, poderá solicitar à autoridade responsável que,
no prazo de cinco (5) dias, preste os esclarecimentos
CAPÍTULO IX necessários.
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E § 1.º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados
ORÇAMENTÁRIA estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas
do Estado pronunciamento conclusivo sobre a matéria.
Art. 113. A fiscalização contábil, financeira, operacional e § 2.º Entendendo o Tribunal de Contas como irregular a
patrimonial do Município e das entidades da Administração despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
Direta, Indireta e Fundacional, quanto à legalidade, irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e Câmara sua sustação.
renúncia de receitas, será exercida pela Câmara, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Art. 118. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de
Poder. forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física de:
ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos do Município;

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II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto II - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes de
à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e processo de urbanização;
patrimonial nos órgãos e entidades da Administração III - prevenção e correção das distorções da valorização da
Municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por propriedade;
entidades de direito privado; IV - regularização fundiária e urbanização específica para
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e áreas ocupadas pela população de baixa renda;
garantias, bem como dos direitos e haveres do Município; V - adequação do direito de construir às normas
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão urbanísticas.
institucional.
Parágrafo único. Os responsáveis pelo controle interno, Art. 122. São instrumentos de desenvolvimento urbano,
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou além de outros:
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do I - o planejamento municipal;
Estado, sob pena de responsabilidade solidária. II - os institutos tributários e financeiros;
III - os institutos jurídicos e políticos;
TÍTULO IV IV - estudo prévio de impacto ambiental e estudo prévio de
DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL impacto de vizinhança.
CAPÍTULO I Parágrafo único. Lei específica definirá critérios e
DISPOSIÇÕES GERAIS percentual de terras públicas do Município não-utilizadas ou
subutilizadas, destinadas a assentamentos da população de
Art. 119. O desenvolvimento municipal dar-se-á em baixa renda.
consonância com as políticas urbana e rural estabelecidas
nesta lei. Art. 123. Em todo lote urbano, qualquer que seja sua
Parágrafo único. Leis específicas definirão os sistemas, as destinação, será reservada uma área equivalente a dez por
diretrizes e as bases do planejamento do desenvolvimento cento (10%) de sua superfície insuscetível de
municipal equilibrado, integrando-o ao planejamento estadual impermeabilização para a infiltração das águas pluviais.
e nacional, a eles se incorporando e com eles se
compatibilizando, obedecidos os preceitos constitucionais. Art. 123-A. Em todo loteamento para fins habitacionais
serão destinados 5% da área total para implantação de praça
CAPÍTULO II pública.
DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO III
Art. 120. A política de desenvolvimento urbano, executada DA POLÍTICA RURAL
pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno Art. 124. O Município promoverá o desenvolvimento
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o integrado do meio rural, mobilizando recursos do Poder
bem-estar de seus habitantes. Público, em sintonia com a atividade privada e mediante a
§ 1.º O Plano Diretor, instrumento básico da política de elaboração de um Plano de Desenvolvimento Rural Integrado,
desenvolvimento e de expansão urbana, abrangerá as funções contando com a efetiva participação de todos os que exercem
da vida coletiva, em que se incluem habitação, trabalho, atividades rurais, profissionais, técnicos e líderes da
transporte, saneamento, iluminação pública, energia elétrica, sociedade, na identificação dos obstáculos ao
abastecimento de água, saúde, educação, lazer, segurança e desenvolvimento, nas formulações de propostas de soluções e
circulação, entre outras, e, em conjunto, os aspectos físico, na execução.
econômico, social e administrativo. § 1.º O Plano de Desenvolvimento Rural Integrado
§ 2.º A propriedade urbana cumpre sua função social estabelecerá os objetivos e metas a curto, médio e longo prazo,
quando atende às exigências da ordenação da cidade, expressa com desdobramento executivo em planos operativos anuais,
no Plano Diretor e compatibilizada com a Política Urbana. onde integrarão recursos, meios e programas dos vários
§ 3.º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas organismos envolvidos, da iniciativa privada e Governos
com prévia e justa indenização em dinheiro. Municipal, Estadual e Federal.
§ 4.º É facultado ao Município, mediante lei específica para § 2.º O Plano de Desenvolvimento Rural Integrado,
área incluída no Plano Diretor, exigir, nos termos da lei federal, coordenado pelo Conselho de Desenvolvimento Rural a ser
do proprietário do solo urbano não-edificado, subutilizado ou criado por lei, estará em consonância com a política agrícola
não-utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, do Estado e da União, abrangendo:
sob pena, sucessivamente, de: I - a extensão dos benefícios sociais existentes nas sedes
I - parcelamento ou edificação compulsórios; urbanas para a área rural;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial II - a rede viária para o atendimento ao transporte humano
urbana, progressivo no tempo; e da produção;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da III - a conservação e sistematização de solos;
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado IV - a assistência técnica e extensão rural oficial;
Federal, com prazo de resgate de até dez (10) anos, em V - a habitação e saneamento rural;
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real VI - a diversificação das atividades agrícolas através de
da indenização e os juros legais. projetos integrados;
§ 5.º As normas municipais de edificação, zoneamento, VII - o fomento à produção agropecuária e à organização
loteamento ou para fins urbanos atenderão às pecularidades do abastecimento;
locais e às legislações federal e estadual pertinentes. VIII - a pesquisa e a tecnologia;
IX - a fiscalização sanitária, ambiental e de uso do solo;
Art. 121. Para fins de execução da política urbana, o Poder X - a organização do produtor e do trabalhador rural;
Executivo exigirá do proprietário adoção de medidas que XI - o investimento em benefícios sociais;
visem a direcionar o aproveitamento da propriedade, de forma XII - a implantação de programas de renovação genética e
a assegurar: de produção, escoamento, armazenagem e comercialização,
I - acesso de todos à moradia; prioritariamente, de produtos básicos.

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Art. 125. Nenhuma obra, pública ou privada, poderá ser Art. 136. O Município, por lei e ação integrada com a União,
executada sem que se levem em conta as técnicas necessárias o Estado e a sociedade, promoverá a defesa e a conscientização
e suficientes que garantam a preservação do solo e das dos direitos do consumidor e adotará medidas de prevenção e
culturas da zona rural do Município. de responsabilização por danos a este causados,
democratizando a fruição de bens e serviços essenciais.
Art. 126. É vedada a implantação de cultura que demande
aplicação de agrotóxicos na área rural marginal à área urbana, CAPÍTULO II
cuja extensão será definida em lei. DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Art. 127. É vedada a aplicação de produtos de elevada Disposições Gerais
toxidade em qualquer propriedade agrícola do Município, sem
o acompanhamento de profissional habilitado. Art. 137. A seguridade social compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
Art. 128. O Município poderá apoiar a defessa das relações sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
de trabalho, a melhoria das condições de vida dos à previdência e à assistência social.
trabalhadores rurais e, especialmente: Parágrafo único. Compete ao Município organizar a
I - construir abrigos adequados, em locais estratégicos, seguridade social, nos termos da lei, com fiel observância do
para o embarque e desembarque dos trabalhadores rurais que estabelecem os artigos 194 e 195 da Constituição Federal.
volantes;
II - estabelecer programas profissionalizantes para os Seção II
trabalhadores rurais; Da Saúde
III - cooperar na fiscalização do transporte dos
trabalhadores rurais, no sentido de que ele seja feito com Art. 138. A saúde é direito de todos e dever do Município,
segurança e qualidade. no limite de sua competência constitucional, assegurado
mediante políticas sociais, econômicas e ambientais que visem
Art. 129. O Município poderá organizar fazendas coletivas, à redução, à prevenção e à eliminação do risco de doenças e de
orientadas ou administradas pelo Poder Público, destinadas à outros agravos, e ao acesso igualitário às ações e serviços para
formação de elementos aptos às atividades agrícolas. promoção, proteção e recuperação.

Art. 130. São isentos de tributos os veículos de tração Art. 139. O direito à saúde implica os seguintes direitos
animal e os demais instrumentos de trabalho do pequeno fundamentais:
agricultor, utilizados no serviço da própria lavoura ou no I - oportunidade de acesso aos meios de produção;
transporte de seus produtos. II - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia,
alimentação, educação, transporte e lazer;
TÍTULO V III - respeito ao meio ambiente equilibrado e controle da
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL poluição ambiental;
CAPÍTULO I IV - opção quanto ao tamanho da prole;
DISPOSIÇÕES GERAIS V - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do
Município às ações e serviços de promoção e recuperação da
Art. 131. Observados os princípios constitucionais, o saúde, sem qualquer discriminação.
Município, dentro de sua competência, organizará a ordem
econômica e social conciliando a liberdade de iniciativa com os Art. 140. As ações e serviços de saúde são de relevância
superiores interesses da coletividade. pública, cabendo ao Município dispor, nos termos da lei, sobre
sua normatização, fiscalização e controle, devendo sua
Art. 132. Ressalvados os casos previstos nas Constituições execução ser feita diretamente ou através de terceiros e,
Federal e Estadual, a exploração direta de atividade econômica também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
pelo Município só será permitida quando necessária e
relevante ao interesse público, e autorizada por lei, que Art. 141. O Município desenvolverá as ações e serviços da
disporá sobre as relações da empresa com o Município e a saúde integrando-se à rede regionalizada e hierarquizada do
comunidade. Sistema Estadual de Saúde, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes, entre outras:
Art. 133. O Município dispensará tratamento jurídico I - distribuição de recursos, técnicas e práticas;
diferenciado, visando a incentivar, através da simplificação de II - integralização na prestação das ações preventivas e
suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou curativas adequadas às realidades epidemiológicas;
pela eliminação ou redução destas por meio de lei, às: III - participação da comunidade e acesso do cidadão a
I - microempresas e empresas de pequeno porte, assim informações da política municipal de saúde.
definidas em lei;
II - entidades beneficentes; Art. 142. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
III - organizações de trabalho para pessoas portadoras de § 1.º As instituições privadas de saúde ficarão sob o
deficiência que não possam ingressar no mercado de trabalho controle de qualidade, informações e registros de atendimento
competitivo; de conformidade com os Códigos Sanitários e normas do
IV - cooperativas que assistam os trabalhadores. Sistema Único de Saúde.
Parágrafo único. É vedada ao Município a concessão de § 2.º É vedada, expressamente, a destinação de recursos
créditos fiscais às empresas que não atendam ao disposto no públicos para auxílio e subvenção de instituições privadas com
inciso IV do artigo 59 desta Lei. fins lucrativos.
§ 3.º É vedada qualquer cobrança ao usuário pela
Art. 134. O Município poderá apoiar e estimular o prestação de serviços mantidos pelo Município, contratados
cooperativismo e outras formas de associativismo. ou conveniados, incluindo as entidades filantrópicas e as sem
fins lucrativos.
Art. 135. Revogado.

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Art. 143. O Município manterá o Fundo Municipal de com recursos da seguridade social, do orçamento próprio do
Saúde, criado na forma da lei, que será financiado com Município e de outras fontes.
recursos dos orçamentos municipal, estadual e federal e da Parágrafo único. Revogado.
seguridade social, além de outras fontes.
Parágrafo único. O Município aplicará, anualmente, em
ações e serviços públicos de saúde, recursos mínimos Art. 150. O Plano de Assistência Social do Município, a ser
derivados da aplicação de percentuais, estabelecidos em lei estabelecido em lei, visará à atuação coletiva, coordenada,
complementar federal, calculados sobre o produto da descentralizada e articulada com o Plano Diretor, de forma a
arrecadação dos impostos a que se refere o artigo 156 e dos assegurar o desenvolvimento social harmônico.
recursos de que tratam os artigos 158 e 159, I, b, e § 3.º, da
Constituição Federal. Seção IV
Da Previdência Social
Art. 144. A instalação de quaisquer novos serviços
públicos de saúde no Município será discutida e aprovada Art. 151. O Município poderá suplementar, se for o caso,
levando-se em consideração a demanda, a cobertura, a os planos de previdência social estabelecidos na lei federal.
distribuição geográfica, o grau de complexidade e a articulação
do Sistema. CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO E
Art. 145. O Município promoverá, ainda: LAZER
I - a formação de consciência sanitária individual nas Seção I
primeiras idades, através do ensino primário; Da Educação
II - o combate a narcotóxicos e similares;
III - a criação e divulgação de programas coletivos de Art. 152. Obedecidas as determinações constitucionais, o
prevenção de deficiências; dever do Município com a educação será efetivado mediante a
IV - a implantação de programas de controle, prevenção e garantia de:
tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive
Parágrafo único. Integrará, obrigatoriamente, a estrutura para os que a ele não tiverem acesso na idade própria;
dos serviços municipais de saúde um centro de referência de II - atendimento educacional especializado aos portadores
doenças sexualmente transmissíveis, especialmente AIDS, que de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino,
incluirá a realização de exames sorológicos, de caráter inclusive em creches e pré-escolas;
facultativo. III - atendimento em creches e pré-escolas às crianças de
zero a seis anos de idade;
Art. 146. A inspeção médica nos postos de saúde, creches IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
e estabelecimentos de ensino municipais terá caráter e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
obrigatório. V - oferta de ensino noturno, adequado às condições do
Parágrafo único. Revogado. educando;
VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental,
Seção III através de programas suplementares de material didático-
Da Assistência Social escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
VII - participação dos pais na escola de sua comunidade, na
Art. 147. O Município, dentro de sua competência, busca de soluções adequadas para problemas relacionados
regulará a assistência social, direito do cidadão e dever do com o ensino e a educação no contexto local.
poder público, promovendo, favorecendo e coordenando as § 1.º Nas regiões carentes, o Município manterá escolas de
iniciativas particulares que visem este objetivo. ensino fundamental em tempo integral.
§ 2.º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
Art. 148. A Assistência Social será prestada visando ao público subjetivo, acionável mediante mandado de injunção.
atendimento das necessidades básicas do cidadão, e será § 3.º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo
executada, coordenada e supervisionada pelo Poder Município, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade
Executivo, com a participação da sociedade civil, dentro dos da autoridade competente.
seguintes objetivos: § 4.º Compete ao Poder Público recensear os educandos no
I - igualdade de cidadania; ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
II - reversão do caráter discriminatório da prestação de pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
serviços aos segmentos de menor poder aquisitivo;
III - proteção à família, à maternidade, à infância, à Art. 152-A. O Município atuará com a cooperação técnica
adolescência e à velhice; e financeira da União e do Estado nos programas de educação
IV - amparo às crianças e adolescentes carentes; infantil e de ensino fundamental.
V - promoção da integração e reintegração ao mercado de
trabalho; Art. 153. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
VI - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de seguintes condições:
deficiência, em especial com a instrução e treinamento I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
profissional, e a promoção de sua integração à vida II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder
comunitária, assim como do indigente e do toxicômano; Público.
VII - superação da violência e da discriminação nas
relações coletivas e familiares, contra qualquer segmento ou Art. 154. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
cidadão. fundamental, de maneira a assegurar a formação básica
Parágrafo único. Revogado. comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais
e regionais.
Art. 149. O Poder Executivo manterá estrutura própria § 1.º O ensino religioso, de matrícula facultativa,
para a prestação de serviços de assistência social, financiada constituirá disciplina dos horários normais das escolas

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públicas de ensino fundamental e será ministrado com caráter II - cooperação com a União e o Estado na proteção aos
ecumênico, sem vinculação a qualquer confissão de fé. locais e objetos de interesse histórico e artístico;
§ 2.º O ensino fundamental será ministrado em língua III - incentivo à promoção e à divulgação da História, dos
portuguesa. valores humanos e das tradições locais.
§ 3.º O Município orientará e estimulará, por todos os Parágrafo único. É facultado ao Município:
meios, a educação física, que será obrigatória nos a) firmar convênio de intercâmbio e cooperação financeira
estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares que com entidades públicas ou privadas para prestação de
recebam seu auxílio. orientação e assistência na criação e manutenção de
§ 4.º O Município assegurará aos alunos necessitados bibliotecas públicas em seu território;
condições de eficiência escolar. b) promover, mediante incentivos especiais ou concessão
de prêmios e bolsas, atividades e estudos de interesse local, de
Art. 155. Os recursos públicos serão destinados às escolas natureza científica ou sócio-econômica e cultural.
públicas, objetivando atender a todas as necessidades exigidas
pela universalização do ensino, sendo que, cumpridas tais Art. 163. Os bens materiais e imateriais referentes às
exigências, poderão ser dirigidos a escolas comunitárias, características culturais, no Município, constituem patrimônio
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: comum a ser preservado, nos quais se incluem:
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus I - as formas de expressão;
excedentes financeiros em educação; II - os modos de criar, fazer e viver;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais
Público, no caso de encerramento de suas atividades. espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
Parágrafo único. Os recursos de que trata este artigo V - os conjuntos urbanos de valor histórico, paisagístico,
serão destinados a bolsas de estudo para o ensino artístico ou mesmo científico.
fundamental, na forma da lei, para os que demonstrarem Parágrafo único. Cabe ao Município manter órgão ou
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e serviço de gestão, preservação e pesquisa relativo ao
cursos regulares da rede pública na localidade de residência patrimônio cultural nele existente, através da comunidade ou
do educando, ficando o Município obrigado a investir em seu nome.
prioritariamente na expansão de sua rede no local.
Art. 164. A política cultural será definida pelo Conselho
Art. 156. Revogado. Municipal de Cultura, órgão normativo, deliberativo,
consultivo e fiscalizador, a ser criado por lei.
Art. 157. O Município aplicará, anualmente, nunca menos
de vinte e cinco por cento (25%), no mínimo, da receita Seção III
resultante de impostos, compreendida a proveniente de Do Desporto e Lazer
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Parágrafo único. Integra a manutenção de ensino o Art. 165. É dever do Município, nos limites de sua
transporte de alunos, professores e materiais escolares, na competência, fomentar as atividades desportivas em todas as
zona rural e urbana do Município. suas manifestações, como direito de cada um, assegurando:
I - autonomia das entidades desportivas e associações,
Art. 158. O Município poderá celebrar convênios com quanto à sua organização e funcionamento;
instituições para atendimento e ensino de pessoas portadoras II - incentivo à criação de entidades desportivas amadoras,
de deficiência. recreativas e de associações afins;
III - destinação de recursos públicos para a promoção
Art. 159. O Município incentivará a criação de escolas prioritária do esporte educacional e amador, e, em casos
profissionalizantes nas zonas rural e urbana, garantindo o específicos, para a do desporto de alto rendimento;
acesso a todos os cidadãos, na forma da lei. IV - incentivo a programas de capacitação de recursos
humanos, à pesquisa e ao desenvolvimento científico aplicado
Art. 160. O Conselho Municipal de Educação é órgão à atividade esportiva;
normativo, consultivo e deliberativo, criado por lei, e integra o V - criação de medidas de apoio e valorização ao talento
sistema de ensino municipal. esportivo;
VI - estímulo à construção, manutenção e aproveitamento
Seção II de instalações e equipamentos desportivos, destinação de área
Da Cultura e desenvolvimento de planos e programas para atividades
desportivas, nos projetos de urbanização pública, habitacional
Art. 161. O Município garantirá a todos o pleno exercício e nas construções escolares, vedados às entidades de cunho
dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, profissional;
bem como apoiará e incentivará a valorização e a difusão das VII - equipamentos e instalações adequados à prática de
manifestações culturais. atividades físicas e desportivas dos portadores de deficiência.
§ 1.º O Município protegerá as manifestações da cultura
popular, indígena e afro-brasileira, entre outros grupos Art. 166. O Município incentivará o lazer como forma de
participantes do processo civilizatório nacional. promoção social, proporcionando meios de recreação sadia e
§ 2.º A lei disporá sobre a fixação das datas comemorativas construtiva à comunidade, mediante:
de alta significação para os diferentes segmentos étnicos I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de
municipais. parques, bosques, jardins e assemelhados, como base física de
recreação urbana;
Art. 162. Cabe ao Município promover o desenvolvimento II - construção e equipamento de parques infantis, centros
cultural da comunidade local, mediante: de juventude e de convivência comunal;
I - oferecimento de estímulos concretos à promoção e ao III - aproveitamento dos recursos naturais como locais de
cultivo das ciências, artes e letras; lazer, mantendo suas características e respeitando as normas
de proteção ambiental.

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Art. 167. O Município articulará as atividades de esportes degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
e de lazer, sempre que possível, visando ao desenvolvimento ambiental, a que se dará publicidade;
do turismo. V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco à vida, à
CAPÍTULO IV qualidade de vida e ao meio ambiente, observada a legislação
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA vigente;
VI - promover a educação ambiental no ensino de 1.º grau
Art. 168. O Município promoverá e incentivará o e a conscientização pública para a preservação do meio
desenvolvimento científico, a pesquisa, a difusão e a ambiente;
capacitação tecnológica, através de: VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
I - apoio e subvenção, tendo em vista o bem público, e práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
voltados, prioritariamente, à resolução de problemas e ao provoquem a extinção de espécie ou submetam animais a
desenvolvimento do Município; crueldade;
II - apoio à formação de recursos humanos nas áreas de VIII - estabelecer padrões de qualidade ambiental e
ciência, pesquisa e tecnologia. atribuir a seu infrator, pessoa física ou jurídica, sanção
administrativa, independentemente da obrigação de reparar
Art. 169. A lei apoiará e estimulará empresas que invistam os danos causados;
em pesquisas, criação de tecnologia adequada ao Município, IX - desestimular atividades agropastoris em desacordo
formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que com a vocação e aptidão do solo, segundo zoneamento
pratiquem sistemas de remuneração - desvinculada do salário agrícola, e a utilização integral dos imóveis rurais com
- que assegurem ao empregado participação nos ganhos monocultura;
econômicos resultantes de seu trabalho. X - reprimir o uso do solo nas áreas consideradas de
preservação permanente, nos termos da lei federal.
Art. 170. O Município criará o Fundo de Desenvolvimento § 2.º O Município tornará obrigatória a destinação de área
Tecnológico e Industrial de Maringá, com o objetivo de verde para lazer e bem-estar da população, prioritariamente,
fomentar as atividades industriais e tecnológicas. nas creches, escolas e núcleos habitacionais.
§ 3.º É dever do Município elaborar e implantar, através de
Art. 171. O Município recorrerá, preferencialmente, aos lei, o Plano Municipal do Meio Ambiente e Recursos Naturais,
órgãos de pesquisa estaduais e federais nele sediados para: que contemplará a necessidade de conhecimento das
I - a promoção da integração intersetorial, através da características e recursos dos meios físico e biológico, de
condução de programas integrados e em consonância com as diagnóstico de sua utilização, e definição de diretrizes para seu
necessidades das diversas demandas científicas, tecnológicas melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento
e ambientais afetas às questões municipais; econômico-social.
II - o desenvolvimento e repasse de novas metodologias e § 4.º O Município firmará convênios para sistemática
tecnologias para aprimoramento de suas atividades nas áreas arborização das faixas de terras previstas na Lei Federal n.
de planejamento, saneamento, transporte, habitação, 6766, de 19 de dezembro de 1979.
alimentação, do meio ambiente e em outras. § 5.º O Município criará o Fundo Municipal do Meio
Ambiente, provido por recursos orçamentários próprios, de
CAPÍTULO V outras esferas de governo, de entidades não-governamentais
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ou de outras fontes, para financiar o Plano Municipal de Meio
Ambiente e Recursos Naturais.
Art. 172. O Município, dando prioridade à cultura regional, § 6.º O Município criará o Conselho Municipal do Meio
estimulará a manifestação do pensamento, a criação, a Ambiente, que terá funções consultivas e deliberativas na
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou execução da política municipal do meio ambiente.
veículo, os quais não sofrerão restrição, observados os § 7.º É dever do Município elaborar e implantar, através de
princípios da Constituição Federal. lei, o Plano Diretor da Arborização Urbana, com o objetivo de
promover a preservação e o controle permanente da
CAPÍTULO VI qualidade da arborização pública.
DO MEIO AMBIENTE
Art. 174. Ficam declarados:
Art. 173. Todos têm direito ao meio ambiente I - de preservação permanente, nos termos da Lei Federal
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e n. 4.771, de 17 de setembro de 1965 (Código Florestal), os
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder bosques números um e dois, os demais constituídos como
Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-lo e de unidades de conservação e as faixas de terras não-edificáveis
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ao longo dos rios ou de qualquer outro curso d’água, do
§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe patrimônio público municipal;
ao Poder Público: II - áreas de proteção ambiental, nos termos da Lei Federal
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais n. 6902, de 27 de abril de 1981, as áreas do Município descritas
e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; como de captação de água para o abastecimento comunitário.
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio
genético municipal e fiscalizar as entidades dedicadas à CAPÍTULO VII
pesquisa e manipulação de material genético; DO SANEAMENTO
III - definir espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a Art. 175. O saneamento básico é dever do Município,
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer implicando, o seu direito, a garantia inalienável de:
utilização que comprometa a integridade dos atributos que I - abastecimento de água em quantidade suficiente para
justifiquem sua proteção; assegurar a adequada higiene e conforto, e com qualidade
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou compatível com os padrões de potabilidade;
atividade potencialmente causadora de significativa II - coleta e disposição dos esgotos sanitários, dos resíduos
sólidos e drenagem das águas pluviais, de forma a preservar o

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equilíbrio do meio ambiente e eliminar as ações danosas à II - estímulo e incentivo à formação de cooperativas
saúde; populares de habitação;
III - controle de vetores sob a ótica da proteção à saúde III - atendimento prioritário a família carente, que residir
pública. no Município há pelo menos dois (2) anos;
IV - formação de programas habitacionais pelo sistema de
Art. 176. O Município instituirá, isoladamente ou em mutirão e autoconstrução;
conjunto com o Estado, e com a participação popular, V - construção de moradias dentro de padrões de
programa de saneamento urbano e rural com o objetivo de segurança, saúde e higiene.
promover a defesa preventiva da saúde pública, respeitada a § 1.º Na construção de casas populares, observar-se-á,
capacidade de suporte do meio ambiente aos impactos tanto quanto possível, a proporcionalidade da área de
causados e às diretrizes estabelecidas no Plano Diretor. construção em relação ao número de pessoas que a habitarão.
§ 1.º As prioridades e a metodologia das ações de § 2.º O Município poderá criar mecanismo de apoio à
saneamento deverão se nortear pela avaliação do quadro construção de moradias no meio rural, para pequenos
sanitário da área a ser beneficiada, devendo ser o objetivo produtores e trabalhadores rurais.
principal das ações a reversão e a melhoria do perfil § 3.º O Município constituirá, por lei, a Companhia
epidemiológico. Municipal de Habitação e o seu conselho fiscalizador.
§ 2.º O Município desenvolverá mecanismos institucionais
que compatibilizem as ações de saneamento básico, de CAPÍTULO IX
habitação, de desenvolvimento urbano, de preservação do DO TRANSPORTE
meio ambiente e de gestão de recursos hídricos, buscando
integração com outros municípios nos casos que exigirem ação Art. 183. O transporte é um direito fundamental do
conjunta. cidadão, sendo de responsabilidade do Poder Público
Municipal o planejamento, o gerenciamento e a operação dos
Art. 177. A formulação da política de saneamento básico, vários meios de transportes coletivos, salvo o disposto no
a definição de estratégias para sua implementação, o controle artigo 91 desta lei.
e a fiscalização dos serviços e a avaliação do desempenho das § 1.º Fica assegurado o transporte coletivo gratuito aos
instituições públicas serão de responsabilidade do Conselho estudantes da zona rural, aos maiores de sessenta e cinco (65)
Municipal de Saneamento Básico, a ser definido por lei. anos, aos menores de seis (6) anos nas zonas urbana e rural do
Parágrafo único. Caberá ao Município, consolidado o Município e aos deficientes visuais e sem coordenação motora.
planejamento da concessionária de nível supra municipal, § 2.º Fica assegurado o pagamento de tarifa diferenciada,
elaborar o seu Plano Plurianual de Saneamento Básico, na através de lei, do transporte coletivo aos estudantes de 1.º, 2.º
forma da lei, cuja aprovação será submetida ao Conselho e 3.º graus da zona urbana.
Municipal. § 3.º A adaptação de ônibus, no transporte coletivo urbano,
para deficientes, será de conformidade com a legislação
Art. 178. A estrutura tarifária a ser estabelecida para federal, por força do artigo 244 da Constituição Federal.
cobrança pelos serviços de saneamento básico deve § 4.º Fica assegurado ao cidadão, observados os limites de
contemplar os critérios de justiça, na perspectiva de lei, o acesso a todas as informações sobre o sistema de
distribuição de renda, de eficiência na coibição de desperdícios transporte coletivo.
e de compatibilidade com o poder aquisitivo dos usuários. § 5.º A tarifa do transporte coletivo deverá assegurar a
qualidade do serviço e será baseada no custo operacional e
Art. 179. Os serviços de coleta, transporte, tratamento e necessidade de investimento, de forma condizente com o
destino final de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, qualquer poder aquisitivo da população.
que seja o processo tecnológico adotado, deverão ser § 6.º O Município assegurará transporte gratuito para
executados sem qualquer prejuízo para a saúde humana e o garantir o acesso dos deficientes carentes às entidades
meio ambiente. especializadas, o qual somente será extensivo aos seus
§ 1.º O lixo laboratorial, clínico e hospitalar será removido responsáveis nos casos de extrema necessidade de
em viatura especial e por pessoal especializado, para acompanhamento.
incineração.
§ 2.º Os aterros sanitários desativados serão destinados a CAPÍTULO X
parques ou áreas verdes. DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 180. Para a coleta de lixo ou resíduos, o Município Art. 184. A segurança pública, também dever do
poderá exigir da fonte geradora, nos termos da lei: Município, direito e responsabilidade de todos, será exercida,
I - prévia seleção; para a preservação da ordem pública e incolumidade das
II - prévio tratamento, quando considerados perigosos pessoas e do patrimônio, no âmbito de competência do
para a saúde e o meio ambiente. Município, com a participação da Guarda Municipal.

Art. 181. O Município cuidará do desenvolvimento das CAPÍTULO XI


obras e serviços relativos ao saneamento e urbanismo com a DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO
assistência da União e do Estado, sob condições estabelecidas IDOSO
na legislação federal.
Art. 185. O Município suplementará a legislação federal e
CAPÍTULO VIII a estadual, dispondo sobre a proteção à família, à criança, ao
DA HABITAÇÃO adolescente e ao idoso.
Parágrafo único. Para a execução do previsto no caput,
Art. 182. A política habitacional do Município, integrada à serão observadas, entre outras, as seguintes diretrizes:
do Estado e à da União, objetivará a solução da carência I - amparo às famílias numerosas e sem recursos;
habitacional, de acordo com os seguintes princípios e critérios: II - apoio à ação contra os males que são instrumentos da
I - oferta de lotes urbanizados; dissolução da família;

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III - estímulo aos pais e às organizações sociais, para a exercício financeiro e devolvido para sanção até o
formação moral, cívica, física e intelectual da juventude; encerramento da sessão legislativa.
IV - colaboração com as entidades assistenciais que visem
à proteção e educação da criança; Art. 5.º Revogado.
V - amparo às pessoas idosas e portadoras de deficiência,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua Art. 6.º Nos dez (10) primeiros anos da promulgação desta
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida; lei, o Município desenvolverá esforços, com a mobilização de
VI - colaboração com a União, o Estado e outros municípios todos os setores organizados da sociedade e com aplicação de,
para a solução do problema dos menores desamparados ou pelo menos, cinqüenta por cento (50%) dos recursos a que se
desajustados, através de processos adequados de permanente refere o artigo 212 da Constituição Federal, para eliminar o
recuperação. analfabetismo e universalizar o ensino fundamental.

TÍTULO VI Art. 7.º Revogado.


DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 8.º Revogado.
Art. 186. Revogado.
Art. 9.º A partir da promulgação desta lei, todas as
Art. 187. Os cemitérios, no Município, terão sempre entidades que estejam recebendo recursos públicos serão
caráter secular, e serão administrados pela autoridade submetidas a um reexame para a verificação de sua condição
municipal. de utilidade pública municipal ou benemerência, na forma da
Parágrafo único. As associações religiosas e os lei.
particulares poderão, na forma da lei, manter cemitérios
próprios, fiscalizados, porém, pelo Município. Art. 10. Revogado.

Art. 188. Fica obrigatória a execução do Hino a Maringá Art. 11. Além das disposições previstas nesta lei, ficam
em todos os atos solenes ou comemorativos do Poder Público mantidas as demais constantes do Estatuto dos Funcionários
Municipal, bem como o seu cântico, antes da primeira aula do Públicos do Município e de outras leis municipais que versem
início e do término da semana, em todos os estabelecimentos sobre direitos e obrigações dos servidores públicos, vigentes
de ensino do Município. nesta data.

Art. 189. Aplica-se à Câmara Municipal, no que couber, o Art. 12. Os Conselhos Municipais, Fundos e Planos a que se
disposto nos artigos 59, V, 75 e 76 desta lei. refere esta lei deverão ser criados no prazo máximo de cento e
oitenta (180) dias, a contar de sua promulgação.
Art. 190. O Município disciplinará por meio de lei os § 1.º Em igual prazo, os Conselhos Municipais, Fundos e
consórcios públicos e os convênios de cooperação com a União Planos já existentes deverão ser adequados às disposições
e com o Estado, autorizando a gestão associada de serviços desta lei.
públicos, bem como a transferência total ou parcial de § 2.º Também em idêntico prazo, o Município criará o
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade Conselho Municipal de Transportes, com a finalidade de tratar
dos serviços transferidos. das questões atinentes ao transporte coletivo urbano.

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 13. A Guarda Municipal, criada e regulamentada por
lei, será instalada no prazo de cento e vinte (120) dias, a contar
Art. 1.º Revogado. da promulgação desta lei.

Art. 2.º A revisão da Lei Orgânica do Município será Art. 14. As concessões ou permissões de quaisquer
realizada pelo voto de dois terços (2/3) dos membros da serviços públicos, que atualmente tenham cláusula de
Câmara, logo após a revisão da Constituição Estadual, prevista exclusividade, somente vigorarão até o prazo estipulado para
no artigo 2.º do Ato das Disposições Constitucionais seu término, não sendo permitida, a partir da promulgação
Transitórias daquela Carta. desta lei, qualquer prorrogação do respectivo prazo.
(Art. 14 - Redação original, alterada pela Emenda n. 31,
Art. 3.º Aplica-se à Administração Tributária e Financeira de 10-11-1999, e restabelecida por força de decisão
do Município o disposto no artigo 34, § 1.º, § 2.º, I, II, §§ 3.º, 4.º, judicial, proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do
5.º, 6.º e 7.º, e artigo 41, §§ 1.º e 2.º, do Ato das Disposições Paraná, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n.
Transitórias da Constituição Federal. 145718-1, transitada em julgado em 03-03-2010)

Art. 4.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que Art. 15. Ficam revogados, a partir da promulgação desta
se refere o artigo 165, § 9.º, I e II, da Constituição Federal, serão lei, todos os dispositivos que atribuam ou deleguem a órgãos
obedecidas as seguintes normas: do Poder Executivo competência assinalada pela Lei Orgânica
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final à Câmara Municipal.
do primeiro exercício financeiro do mandato do Prefeito
subsequente, será encaminhado até três meses antes do Art. 16. O Executivo Municipal, no prazo de cento e oitenta
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido (180) dias após a promulgação desta Lei Orgânica, enviará à
para sanção até o encerramento da sessão legislativa; II - o Câmara as leis complementares de sua iniciativa.
projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado Parágrafo único. Em igual prazo, a Câmara tomará a
até oito meses e meio antes do encerramento do exercício iniciativa das demais leis, complementares ou não, para a
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do aplicação desta Lei Orgânica.
primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária do Município será Art. 17. Os dispositivos estabelecidos na Constituição
encaminhado até três meses antes do encerramento do Federal, reproduzidos ou mencionados nesta lei, que não
tenham imediata aplicação para o Município, permanecerão

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em seu texto e terão eficácia e aplicação no momento em que aposentadoria contidas no artigo 40, § 1.º, III, a, da
forem preenchidos os requisitos da Lei Maior. Constituição Federal.

Art. 18. A Câmara Municipal, no prazo de sessenta (60) Art. 21. Até a edição da lei complementar a que se refere o
dias após a promulgação desta lei, elaborará seu regimento § 3.º do artigo 198 da Constituição Federal, o Município
interno. aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde,
Parágrafo único. Até a aprovação do novo regimento no mínimo, 10% (dez por cento) de suas receitas, resultantes
interno, permanecerá em vigor a Resolução n. 281/87, naquilo de todos os impostos, bem como das transferências dos
que não contrariar dispositivos desta lei. Governos Federal e Estadual, excetuadas as decorrentes de
empréstimos com finalidade específica.
Art. 19. O Município promoverá edição popular desta Lei
Orgânica, que será posta à disposição, em caráter gratuito, da Questões
rede escolar, associações de bairro, sindicatos, entidades de
classe, bibliotecas, igrejas e outras instituições representativas 01. Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do Município de
da comunidade e, em geral, da população interessada. Maringá-PR, julgue o item a seguir:

Art. 20. Observado o disposto na Emenda Constitucional n. No período de recesso, a Câmara não poderá ser convocada
20/98, e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas extraordinariamente.
normas por ela estabelecidas, é assegurado o direito à ( ) Certo
aposentadoria voluntária, com proventos calculados de ( ) Errado
acordo com o artigo 40, § 3.º, da Constituição Federal, àquele
que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na 02. Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do Município de
Administração Pública, direta, autárquica e fundacional, até a Maringá-PR, julgue o item a seguir:
data de publicação da emenda constitucional
supramencionada, quando o servidor, cumulativamente: Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões,
I - tiver 53 (cinqüenta e três) anos de idade, se homem, e palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição
48 (quarenta e oito) anos de idade, se mulher; do Município.
II - tiver 05 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo em ( ) Certo
que se dará a aposentadoria; ( ) Errado
III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma
de: 03. Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do Município de
a) 35 (trinta e cinco) anos, se homem, e 30 (trinta) anos, se Maringá-PR, julgue o item a seguir:
mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a O Vereador poderá licenciar-se para tratar, sem prejuízo
20% (vinte por cento) do tempo que, na data da publicação da da remuneração, de interesse particular, por prazo
Emenda Constitucional n. 20/98, faltaria para atingir o limite determinado nunca inferior a trinta dias nem superior a cento
de tempo constante da alínea anterior. e vinte dias por sessão legislativa, podendo o licenciado
§ 1.º O servidor de que trata este artigo, desde que reassumir suas funções na Câmara, no decorrer da licença,
atendido o disposto em seus incisos I e II, e observado o bastando que declare à Mesa a sua reassunção, cessando,
disposto no artigo 4.º da Emenda Constitucional, pode desde esse momento, o exercício do suplente.
aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de ( ) Certo
contribuição, quando atendidas as seguintes condições: ( ) Errado
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma
de: 04. Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do Município de
a) 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se Maringá-PR, julgue o item a seguir:
mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal
40% (quarenta por cento) do tempo que, na data da publicação será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
da Emenda Constitucional n. 20/98, faltaria para atingir o correspondente para efeito de disponibilidade.
limite de tempo constante da alínea anterior; ( ) Certo
II - os proventos da aposentadoria proporcional serão ( ) Errado
equivalentes a 70% (setenta por cento) do valor máximo que
o servidor poderia obter de acordo com o caput, acrescido de 05. Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do Município de
5% (cinco por cento) por ano de contribuição que supere a Maringá-PR, julgue o item a seguir:
soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de 100%
(cem por cento). Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais,
§ 2.º O professor, servidor do Município, incluídas suas respeitada a competência da Câmara quanto àqueles
autarquias e fundações, que, até a data da publicação da utilizados em seus serviços.
Emenda Constitucional n. 20/98, tenha ingressado, ( ) Certo
regularmente, em cargo efetivo de magistério e que opte por ( ) Errado
aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de
serviço exercido até a publicação da Emenda Constitucional Respostas
contado com o acréscimo de 17% (dezessete por cento), se 01. Errado. / 02. Certo. / 03. Errado. / 04. Certo. /
homem, e 20% (vinte por cento), se mulher, desde que se 05. Certo.
aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das
funções de magistério.
§ 3.º O servidor de que trata este artigo, que, após
completar as exigências para aposentadoria estabelecidas no
caput, permanecer em atividade, fará jus à isenção da
contribuição previdenciária até completar as exigências para

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Parágrafo único. Para atender fundamentado interesse do


Lei Complementar 239/98 - serviço público, poderá haver a remoção de funcionários, no
âmbito de cada Poder, observado o disposto na legislação que
Estatuto dos Funcionários instituir os respectivos planos de carreiras.
Públicos do Município de
Maringá, disponíveis em: Subseção I
Dos Cargos de Provimento Efetivo
http://www.cmm.pr.gov.br/?inc
=legislacao Art. 9º Os cargos de provimento efetivo da Administração
Pública Municipal, Direta, Indireta e Fundacional, serão
organizados em carreiras.
LEI COMPLEMENTAR Nº 239/1998
Art. 10 As carreiras serão organizadas segundo a
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS FUNCIONÁRIOS escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem como
PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ. a natureza e a complexidade das atribuições a serem exercidas
por seus integrantes, na forma prevista na legislação
A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO específica.
PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a
seguinte, LEI COMPLEMENTAR: Subseção II
Dos Cargos de Provimento em Comissão
TÍTULO I
Capítulo I Art. 11 Os cargos em comissão, de livre nomeação e
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS exoneração, serão criados exclusivamente para as seguintes
Seção I atividades:
Do Regime Jurídico I - secretarias municipais e/ou equivalentes;
II - diretorias de órgão e/ou equivalentes;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Estatuto do Regime Jurídico III - chefias de divisão e assessorias de gabinete;
Único dos Funcionários Públicos da Administração Direta, IV - assistência de gabinete.
Indireta e Fundacional do Poder Executivo e do Poder
Legislativo do Município de Maringá. Art. 12 Os cargos em comissão serão providos, através da
livre escolha do Chefe do Poder Executivo ou do Poder
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, funcionários são os Legislativo, por pessoas que reúnam as condições necessárias
legalmente investidos em cargos públicos, de provimento à investidura no serviço público e competência profissional.
efetivo ou em comissão. § 1º. Os cargos de provimento em comissão serão
exercidos, preferencialmente, por funcionários detentores de
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e cargos efetivos.
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que § 2º. A posse em cargo em comissão determina o
deve ser cometido a um funcionário. concomitante afastamento do funcionário do cargo efetivo de
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os que for titular.
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e § 3º. Será facultado ao funcionário detentor de cargo
vencimentos pagos pelos cofres públicos. efetivo, quando investido em cargo de provimento em
comissão, optar pela percepção de seu vencimento acrescido
Art. 4º É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, da verba de representação do cargo respectivo.
salvo nos casos previstos em lei. § 4º. Ressalvadas as hipóteses legais, o exercício do cargo
em comissão só assegurará direitos ao funcionário durante o
Seção II período em que estiver exercendo o cargo.
Do Quadro de Pessoal
Art. 13 A lei municipal estabelecerá o valor dos
Art. 5º O quadro de pessoal, considerado essencial à vencimentos dos cargos em comissão, levando em conta a
Administração Municipal, compreende o Quadro de essencialidade, complexidade e responsabilidade das funções
Provimento Efetivo e o Quadro de Provimento em Comissão, ou atribuições, bem como as condições e a natureza do
necessários à operacionalização das atividades do serviço trabalho das unidades administrativas correspondentes.
público municipal, bem como o Quadro do Pessoal do § 1º. O número de cargos e seus respectivos valores serão
Magistério, observada a legislação própria, em conformidade definidos em lei específica, mantendo-se idêntica
com a legislação federal pertinente. proporcionalidade entre os percentuais que diferenciam cada
um dos cargos, utilizando-se como base de cálculo o valor do
Art. 6º Integram o Quadro de Provimento Efetivo os maior nível da Tabela de Vencimentos do Funcionalismo.
funcionários investidos em cargos em virtude de aprovação § 2º. Aplicam-se aos detentores de cargo em comissão não-
em concurso público. titulares de cargo efetivo, no que couber, as disposições
constitucionais pertinentes ao servidor público.
Art. 7º Integram o Quadro de Provimento em Comissão os § 3º. As atribuições e responsabilidades dos cargos em
funcionários nomeados para cargos declarados em lei de livre comissão serão definidas nas leis próprias e nos respectivos
nomeação e exoneração. regimentos internos.

Art. 8º A lotação numérica dos órgãos da Administração Subseção III


Direta, Indireta e Fundacional do Poder Executivo e do Poder Da Função Gratificada
Legislativo, a ser atendida com pessoal integrante dos
respectivos quadros, será regulamentada por ato do Chefe do Art. 14 Serão instituídas funções gratificadas destinadas a
Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do representante atender encargos de direção, chefia, assessoramento e
autárquico ou fundacional. assistência técnicos, secretariado e outros similares, para cujo

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desempenho não seja permitida a criação de cargo em Capítulo II


comissão. DO PROVIMENTO
§ 1º. Somente serão designados para o exercício de função Seção I
gratificada os funcionários integrantes dos Quadros de Pessoal Disposições Preliminares
Efetivo do Poder Executivo e do Poder Legislativo.
§ 2º. A criação de funções gratificadas dependerá da Art. 17 São requisitos básicos para o ingresso no serviço
existência de dotação orçamentária para atender às despesas, público:
vinculada, obrigatoriamente, à competência legal do I - a nacionalidade brasileira;
respectivo órgão hierárquico superior, nos termos da II - o gozo dos direito políticos;
legislação específica. III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
§ 3º. Na criação de função gratificada, além de se observar IV - a idade mínima de dezoito anos;
os princípios de hierarquia funcional, determinar-se-á a V - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica.
correlação fundamental com as atribuições do cargo efetivo. § 1º. As atribuições do cargo podem justificar a exigência
§ 4º. Aplicar-se-ão às funções gratificadas os mesmos de outros requisitos estabelecidos em lei.
critérios contidos no § 1º do artigo anterior. § 2º. É assegurado às pessoas portadoras de deficiência o
direito de se inscrever em concurso público para provimento
Seção III de cargo, cujas atribuições sejam compatíveis com a
Do Quadro Próprio do Magistério Municipal deficiência de que são portadoras, para as quais serão
reservados 3% (três por cento) dos cargos vagos no quadro
Art. 15 Ao Município compete manter, com a cooperação geral, na forma que a lei determinar.
técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e do ensino fundamental, compreendendo o Art. 18 O provimento dos cargos públicos far-se-á
ensino regular, educação de jovens e adultos e educação mediante ato da autoridade competente de cada Poder.
especial
§ 1º. O ingresso no magistério público municipal dar-se-á Art. 19 A investidura em cargo público ocorrerá com a
exclusivamente por concurso público de provas e títulos. posse.
§ 2º Os cargos de diretor de unidade escolar e de centro
municipal de educação infantil serão de livre nomeação por Art. 20 São formas de provimento ou de evolução em cargo
parte do Chefe do Poder Executivo Municipal. (Redação dada público:
pela Lei Complementar nº 744/2009) I - nomeação;
II - promoção;
Art. 16 Para efeitos desta Lei, entende-se por: III - progressão;
I - profissionais da educação, o conjunto de docentes e IV - readaptação;
especialistas de educação que, nas unidades escolares e V - reversão;
demais órgãos de educação da Rede Municipal de Ensino, VI - aproveitamento;
desenvolvem funções de administração, inspeção, supervisão VII - reintegração;
e orientação educacional para a educação básica, respeitadas VIII - recondução; e
as disposições da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de IX - remoção.
1996, e demais alterações posteriores;
II - docente, o professor que ministra o ensino e a educação Seção II
ao aluno em quaisquer atividades e áreas de estudos Da Nomeação
constantes do currículo escolar;
III - especialista, o supervisor educacional e o orientador Art. 21 A nomeação far-se-á:
educacional que, possuindo a respectiva qualificação, I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou
desempenha atividades de planejamento, orientação e de carreira;
supervisão, dando atendimento e fazendo acompanhamento II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
no campo educacional, nos termos da legislação federal cargos de confiança, de livre exoneração.
aplicável à espécie.
§ 1º. Além de legislação própria dispondo sobre a matéria Art. 22 A nomeação para cargo isolado ou de carreira
específica do Quadro de Magistério, será instituído por lei depende de prévia habilitação em concurso público de provas
específica o respectivo plano de carreira, cargos e salários, ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o
segundo as diretrizes da legislação federal pertinente. prazo de sua validade.
§ 2º. Os cargos criados para o Quadro do Magistério § 2º. Só poderá ser nomeado aquele que, por junta médica
integrarão grupos, subgrupos e níveis, e terão área de atuação oficial, for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício
na educação infantil, ensino especial, ensino fundamental e do cargo.
educação de jovens e adultos, previstos pelo sistema municipal § 3º. Nenhum funcionário poderá ter exercício em unidade
de ensino. administrativa diferente daquela em que for lotado, salvo nos
§ 3º. A carreira do magistério, caracterizada pelas casos previstos neste Estatuto ou mediante ato oficial do
atividades que concretizam os princípios, ideais e fins Prefeito Municipal ou do Presidente da Câmara dos
estabelecidos pela Constituição Federal, valorizará a Vereadores, no âmbito dos respectivos Poderes.
qualificação profissional, representada pela: § 4º. Na hipótese do parágrafo anterior, o afastamento só
a) formação adequada; será permitido para fim determinado e por prazo certo.
b) habilitação específica; § 5º. Os demais requisitos para o ingresso e
c) atualização e aperfeiçoamento constantes; desenvolvimento do funcionário na carreira, mediante
d) outros que vierem a ser definidos em lei própria. promoção e progressão, serão estabelecidos pela lei que fixar
§ 4º. Aplicam-se as disposições desta Lei aos funcionários as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
integrantes do Quadro Próprio do Magistério, desde que não Municipal, e seus regulamentos.
vedadas ou que não venham a contrariar expressa disposição
da legislação federal.

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Seção III Art. 28 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do


Do Concurso Público exercício serão registrados no assentamento individual do
funcionário.
Art. 23 A investidura em cargo de provimento efetivo será Parágrafo único. Ao entrar em exercício o funcionário
feita mediante concurso público de provas escritas, podendo apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao
ser utilizadas, também, provas práticas. assentamento individual.
§ 1º. Nos concursos para provimento de cargo de nível
universitário poderá ser utilizada a prova de títulos. Art. 29 Nenhum funcionário poderá desempenhar
§ 2º. A admissão de profissionais de ensino far-se-á, atribuições diferentes das atribuídas ao cargo a que pertence,
exclusivamente, por concurso de provas e títulos. salvo quando nomeado para cargo em comissão ou para
exercer encargos especiais, por expressa designação das
Art. 24 O concurso público terá validade de até 02 (dois) respectivas Chefias dos Poderes Executivo ou Legislativo, de
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual forma temporária e com expressa concordância do servidor.
período. Parágrafo único. Verificado o desvio de função, a
§ 1º. O prazo de validade do concurso e as condições de sua autoridade administrativa competente determinará o
realização serão fixados em edital, que deverá ser publicado imediato retorno do funcionário ao cargo de origem, sem
no Órgão Oficial do Município e em jornal diário de grande prejuízo da responsabilidade funcional da autoridade que der
circulação no Município. causa ao desvio.
§ 2º Não se abrirá novo concurso para o mesmo cargo
enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior, Art. 30 A promoção ou a progressão não interrompem o
com prazo de validade não-expirado, exceto quando para tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na
cadastro de reserva. (Redação dada pela Lei Complementar nº carreira a partir da data da publicação do ato que promover ou
900/2011) progredir o funcionário.

Art. 25 O edital do concurso estabelecerá os requisitos a Art. 31 O funcionário que deva ter exercício em outra
serem satisfeitos pelos candidatos, observada a unidade administrativa do Município, localizada fora da sede,
regulamentação pertinente. terá 30 (trinta) dias de prazo para fazê-lo, incluindo neste
tempo o necessário ao deslocamento para a nova sede, desde
Seção IV que implique mudança de seu domicílio.
Da Posse e do Exercício Parágrafo único. Na hipótese de o funcionário encontrar-
se afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será
Art. 26 Posse é a aceitação expressa das atribuições, contado a partir do término do afastamento, observado o
deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o disposto no § 2º do artigo 26.
compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do
termo pela autoridade competente e pelo empossando. Art. 32 Respeitada a legislação federal específica, ou a
§ 1º Só poderá tomar posse aquele que, por junta médica peculiaridade das atividades do respectivo órgão de lotação, o
oficial, for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício ocupante do cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40
do cargo, que ocorrerá no prazo de até 30 (trinta) dias, (quarenta) horas semanais de trabalho, ou oito horas diárias,
contados da publicação do ato de provimento, podendo ser assegurado o intervalo para alimentação de, no mínimo, uma
prorrogada por 10 (dez) dias, quando solicitado pela junta hora.
médica oficial do Município. (Redação dada pela Lei § 1º. Sem prejuízo do limite semanal previsto neste artigo,
Complementar nº 900/2011) o Município poderá adotar jornada de trabalho diferenciada
§ 2º. Em se tratando de funcionário em licença, ou afastado sempre que a peculiaridade das atividades do respectivo órgão
por qualquer outro motivo legal, à exceção da licença para de lotação o exigir.
trato de assunto particular, o prazo será contado do término § 2º. O exercício de cargo em comissão exigirá de seu
do impedimento. ocupante integral cumprimento da jornada prevista neste
§ 3º. A posse poderá dar-se mediante procuração artigo, podendo ser convocado sempre que houver interesse
específica, por instrumento público. da Administração, sem que essa disponibilidade seja
§ 4º. Só haverá posse nos casos de provimento por considerada como trabalho extraordinário, nos termos desta
nomeação. Lei.
§ 5º. No ato da posse, o funcionário apresentará, § 3º. Não haverá expediente aos sábados nos órgãos da
obrigatoriamente, a declaração de bens e valores que Administração Direta, Indireta e Fundacional do Município de
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício Maringá, sem prejuízo dos trabalhos de interesse público e dos
ou não de outro cargo, emprego ou função pública. órgãos municipais que, pela sua natureza especial, executem
§ 6º. Será considerado sem efeito o ato de provimento se a atividades imprescindíveis à comunidade.
posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo. § 4º. O funcionário terá direito a repouso semanal
§ 7º Observado o disposto no artigo 47, I, a posse de remunerado, preferencialmente aos domingos.
funcionário aprovado em concurso público implica na
desinvestidura do cargo anteriormente ocupado. (Redação Seção V
acrescida pela Lei Complementar nº 906/2011) Da Estabilidade

Art. 27 Exercício é o efetivo desempenho das atribuições Art. 33 São estáveis, após 02 (dois) anos de efetivo
do cargo. exercício, os funcionários nomeados em virtude de concurso
§ 1º. É de 30 (trinta) dias o prazo para o funcionário entrar público.
em exercício.
§ 2º. Será exonerado o funcionário empossado que não Art. 34 O funcionário estável só perderá o cargo em virtude
entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior. de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
§ 3º. Cabe à autoridade competente do órgão ou entidade administrativo disciplinar, no qual lhe seja assegurada ampla
para onde for designado o funcionário dar-lhe exercício. defesa e o contraditório.

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Seção VI a cada 90 (noventa) dias, justificando expressamente as notas


Da Promoção ou conceitos atribuídos, ou, em qualquer momento, por fato ou
ato passível de punição disciplinar, encaminhando a
Art. 35 Promoção é a elevação do funcionário a cargo respectiva avaliação ou informação de irregularidade
imediatamente superior e de área afim, dentro da mesma funcional ao órgão administrativo competente.
carreira, aferindo-se, dentre outros requisitos, a capacidade, a § 1º. Em ambos os casos previstos neste artigo, o
habilitação para o desempenho do novo cargo, a aprovação em funcionário será notificado do conteúdo das avaliações ou da
concurso de provas ou de provas e títulos, dependendo, informação de irregularidade funcional.
obrigatoriamente, da existência de vaga, na forma da lei que § 2º. De posse da informação, o órgão competente emitirá
aprovar o Plano de Carreira. parecer técnico-administrativo, indicando as providências que
entender necessárias.
Seção VII § 3º. Sempre que o parecer for contrário à permanência do
Da Progressão funcionário, dar-se-á início ao processo administrativo, nos
termos desta Lei, assegurados os princípios do contraditório e
Art. 36 Progressão é a passagem do funcionário de um da ampla defesa.
nível para outro, no mesmo cargo, operando-se a cada dois § 4º. Se a decisão final do processo for pela exoneração do
anos de efetivo exercício, por merecimento e/ou antiguidade, funcionário, ser-lhe-á encaminhado o respectivo ato.
apurados segundo critérios objetivos, na forma da lei de que § 5º. A última avaliação do funcionário será realizada no
trata o artigo anterior. penúltimo mês do período do estágio probatório.

Seção VIII Seção XIII


Da Readaptação Da Reintegração

Art. 37 Readaptação é a investidura do funcionário em Art. 46 Reintegração é a reinvestidura do funcionário no


cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a cargo anterior ocupado ou no cargo resultante de sua
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
mental, verificada em inspeção médica oficial. administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
§ 1º. Se julgado incapaz para o serviço público, o vantagens, nos termos da legislação federal pertinente.
funcionário será aposentado. § 1º. Na hipótese de extinção do cargo, o funcionário ficará
§ 2º. Em qualquer hipótese, a readaptação não acarretará em disponibilidade, observado o disposto nos artigos 53 a 55.
aumento ou redução da remuneração do funcionário. § 2º. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
Seção IX indenização, ou será aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
Da Reversão posto em disponibilidade remunerada.

Art. 38 Reversão é o retorno à atividade de funcionário Seção XIV


aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, Da Recondução
forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da
aposentadoria. Art. 47 Recondução é o retorno do funcionário estável ao
cargo anteriormente ocupado, decorrente de:
Art. 39 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
resultante de sua transformação. cargo, exceto em caso de falta grave punível com demissão, nos
Parágrafo único. Encontrando-se provido este cargo, o termos desta Lei;
funcionário exercerá suas atribuições como excedente, até a II - reintegração do ocupante anterior do cargo.
ocorrência de vaga. Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de
origem, o funcionário será aproveitado em outro, observado o
Art. 40 Não poderá reverter o aposentado que já tiver disposto no artigo 42.
completado 70 (setenta) anos de idade.
Capítulo III
Seção X DO TEMPO DE SERVIÇO
Da Remoção
Art. 48 A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
Art. 41 Remoção é o deslocamento do funcionário, a pedido que serão convertidos em anos, considerado o ano como de
ou de ofício, do quadro da Administração Direta para a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Administração Indireta ou Fundacional, ou vice-versa, § 1º. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
justificado o interesse do serviço público, na forma prevista prestado, concomitantemente, em mais de um cargo ou função,
pela lei que instituir o Plano de Carreira, Cargos e Salários. de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado, Distrito
Federal e Municípios.
Seção XI § 2º. Não será aproveitado, seja a que título for, o tempo de
Do Aproveitamento serviço já computado para a concessão de aposentadoria pelo
Poder Público ou pela Previdência Social.
Art. 42 Aproveitamento é a investidura do funcionário em
disponibilidade remunerada, quando da vacância de cargo de Capítulo IV
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente DA VACÂNCIA
ocupado.
Seção XII Art. 49 A vacância do cargo público decorrerá de:
Do Estágio Probatório I - exoneração;
II - demissão;
Art. 44 Sob a supervisão do titular do órgão de lotação, o III - promoção;
chefe imediato do funcionário em estágio probatório o avaliará IV - recondução;

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V - remoção; Capítulo VI
VI - readaptação; DA SUBSTITUIÇÃO
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo que não admita acumulação; Art. 57 Haverá substituição remunerada nos casos de
IX - falecimento. afastamento do titular de cargo em comissão ou de função
gratificada, quando por período superior a 20 (vinte) dias,
Art. 50 A exoneração do cargo efetivo dar-se-á a pedido do mediante expedição do ato oficial respectivo.
funcionário ou de ofício. Parágrafo único. Quando o funcionário designado para a
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á quando: substituição for detentor de cargo em comissão ou função
I - não forem satisfeitas as condições do estágio probatório, gratificada, responderá cumulativamente pelos dois cargos,
nos termos do artigo 43 e seguintes; exercendo a opção pela remuneração mais vantajosa.
II - decorrido o prazo de 30 (trinta) dias concedido, o
servidor em disponibilidade não assumir o novo cargo; TÍTULO II
III - ocorrida a posse, o funcionário não entrar em DOS DIREITOS E VANTAGENS
exercício. Capítulo I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 51 A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:
I - a juízo da autoridade competente; Art. 58 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
II - a pedido do próprio funcionário. exercício de cargo público, com valor fixado em lei, nunca
inferior a um salário mínimo, reajustado periodicamente, de
Art. 52 A vaga ocorrerá na data: modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, sendo vedada a sua
I - do falecimento; vinculação, ressalvado o disposto no inciso XIII do artigo 37 da
II - imediata àquela em que o funcionário completar 70 Constituição Federal.
(setenta) anos de idade; § 1º. O vencimento dos cargos públicos é irredutível.
III - da publicação da lei que criar o cargo e conceder § 2º. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos
dotação para o seu provimento, ou da que determinar esta de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou
última medida, se o cargo já estiver criado, ou do ato que entre funcionários dos Poderes, ressalvadas as vantagens de
aposentar, exonerar, demitir ou conceder promoção; caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
IV - da posse em outro cargo de acumulação proibida; trabalho.
V - do ato que determinar a recondução; § 3º A revisão geral anual de vencimento será concedida
VI - do ato que determinar a readaptação. igualmente a todos os servidores municipais, tendo como data
base o mês de março de cada ano, utilizando-se como base
Capítulo V mínima o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do
DA DISPONIBILIDADE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).(Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013)
Art. 53 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, § 4º Os reajustes de vencimento poderão ser concedidos a
na forma da lei, o funcionário estável ficará em qualquer tempo. (Redação acrescida pela Lei Complementar
disponibilidade, com remuneração integral. nº 972/2013)

Art. 54 O retorno à atividade de funcionário em Art. 59 Remuneração é o vencimento do cargo acrescido


disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias,
no prazo máximo de 12 (doze) meses, observado o disposto no estabelecidas em lei.
artigo 42.
Parágrafo único. O órgão de pessoal determinará o Art. 60 Nenhum funcionário poderá perceber,
imediato aproveitamento do funcionário em disponibilidade mensalmente, a título de remuneração, importância superior à
em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da soma dos valores percebidos como remuneração em espécie, a
Administração Pública Municipal. qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelo
Prefeito.
Art. 55 O aproveitamento de funcionário que se encontre
em disponibilidade dependerá de prévia comprovação de sua Art. 61 A menor remuneração atribuída aos cargos
capacidade física e mental, por junta médica oficial. públicos não será inferior a 2% (dois por cento) do teto da
§ 1º. Se julgado apto, o funcionário assumirá o exercício do remuneração fixada no artigo anterior.
cargo no prazo de até 30 (trinta) dias, contados do ato de
aproveitamento. Art. 62 O funcionário perderá:
§ 2º. Verificada a incapacidade definitiva, o funcionário em I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, sem
disponibilidade será aposentado. motivo justificado, bem como o descanso semanal
remunerado;
Art. 56 Será tornado sem efeito o aproveitamento e extinta II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
a disponibilidade se o funcionário não entrar em exercício no atrasos, ausências e saídas antecipadas, na forma
prazo de 30 (trinta) dias, salvo em caso de doença, regulamentar.
comprovada por junta médica oficial. § 1º. O funcionário efetivo preso preventivamente,
§ 1º. A hipótese prevista neste artigo configurará pronunciado por crime comum ou denunciado por crime
abandono de cargo, apurado mediante processo funcional, ou, ainda, condenado por crime inafiançável em
administrativo, na forma desta Lei. processo no qual não haja pronúncia, será afastado do
§ 2º. Nos casos de extinção de órgão ou entidade da exercício até decisão final passada em julgado.
Municipalidade, os funcionários estáveis que não puderem ser § 2º. Durante o afastamento de que trata o parágrafo
redistribuídos, na forma deste capítulo, serão colocados em anterior, o funcionário perderá metade da remuneração, tendo
disponibilidade, até seu aproveitamento. direito à diferença se for, ao final, absolvido.
§ 3º. As faltas justificadas de caso fortuito ou de força
maior, à exceção das já previstas nesta Lei, poderão ser

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compensadas, a critério da chefia imediata, sendo, assim, Art. 71 O funcionário ficará obrigado a restituir a ajuda de
consideradas como de efetivo exercício. custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
sede.
Art. 63 Salvo por imposição legal ou mandado judicial, Parágrafo único. Não haverá obrigação de restituir a ajuda
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou proventos de custo nos casos de exoneração de ofício ou de retorno por
da inatividade. motivo de doença comprovada.
Parágrafo único. Mediante expressa autorização do
funcionário, poderá ser efetuado desconto de sua Seção III
remuneração em favor de órgãos e entidades públicos ou Das Diárias
representativos do funcionalismo municipal, estadual ou
federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 542/2004) Art. 72 O funcionário que, a serviço, se afastar do Município
em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do
Art. 64 As reposições e indenizações do Erário serão território nacional, fará jus a passagens e ao reembolso das
previamente comunicadas ao funcionário e descontadas em despesas com pernoite, alimentação e locomoção urbana, nos
parcelas mensais, não excedentes à décima parte da limites estabelecidos em regulamento.
remuneração ou provento. Parágrafo único. Nos casos em que o deslocamento da sede
§ 1º. Independentemente do parcelamento previsto neste constituir exigência permanente do cargo, o funcionário não
artigo, o recebimento de quantias indevidas poderá implicar fará jus às diárias.
em processo disciplinar, para apuração das responsabilidades
e aplicação das penalidade cabíveis. Art. 73 O funcionário que receber diárias e não se afastar
§ 2º. Os valores percebidos pelo funcionário, em razão de da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitui-las
decisão liminar, de qualquer medida de caráter antecipatório integralmente, no prazo de até 05 (cinco) dias.
ou de sentença, posteriormente cassada ou revista, deverão Parágrafo único. Na hipótese de o funcionário retornar à
ser repostos no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da sede em prazo menor do que o previsto para o seu
notificação para fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa. afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso,
em igual prazo.
Art. 65 O vencimento, a remuneração e o provento não
serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos Art. 74 A concessão de ajuda de custo não impede a
casos de prestação de alimentos, resultantes de decisão concessão de diária, e vice-versa.
judicial.
Seção IV
Capítulo II Das Gratificações e Adicionais
DAS VANTAGENS
Seção I Art. 75 Além do vencimento e das vantagens previstas
Das Disposições Gerais nesta Lei, serão deferidos, na forma da lei ou do regulamento,
as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
Art. 66 Além do vencimento e da remuneração, poderão I - verba de representação. (Redação dada pela Lei
ser pagas ao funcionário as seguintes vantagens: Complementar nº 918/2012)
I - ajuda de custo; II - gratificação pelo exercício de encargos de direção,
II - diárias; chefia e equivalentes, assessoramento e assistência técnicos;
III - gratificações e adicionais; III - gratificação natalina;
IV - abono familiar. IV - gratificação pelo exercício de encargos especiais; (Vide
Parágrafo único. As gratificações e os adicionais integrarão Lei nº 9773/2014 e nº 9871/2014)
o vencimento para efeitos da apuração da contribuição V - adicional por tempo de serviço;
previdenciária devida. VI - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
perigosas ou penosas;
Art. 67 As vantagens previstas no artigo anterior não serão VII- adicional pela prestação de serviço extraordinário;
computadas nem acumuladas para efeito de concessão de VIII - adicional noturno;
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o IX - abono familiar.
mesmo título ou idêntico fundamento. X - gratificação de produtividade e desempenho. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 603/2006)
Seção II XI - Gratificação de responsabilidade técnica; (Redação
Da Ajuda de Custo acrescida pela Lei Complementar nº 945/2013)
XII - Gratificação por local de serviço;(Redação acrescida
Art. 68 A ajuda de custo destina-se à compensação das pela Lei Complementar nº 972/2013)
despesas de instalação do funcionário que, no interesse do XIII - Gratificação de atividade específica;(Redação
serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013)
domicílio em caráter permanente. XIV - Gratificação por atividade em tecnologia;(Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013)
Art. 69 A ajuda de custo será calculada sobre a XV - Gratificação de atividade de risco;(Redação acrescida
remuneração do funcionário, conforme se dispuser em pela Lei Complementar nº 972/2013)
regulamento, não podendo exceder à importância XVI - Auxilio de deslocamento;(Redação acrescida pela Lei
correspondente a 03 (três) meses do respectivo vencimento. Complementar nº 972/2013)
§ 1º As retribuições, gratificações e adicionais previstas
Art. 70 Não será concedida ajuda de custo ao funcionário nos incisos I, II, IV, V, VI, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV serão
que se afastar do cargo ou reassumi-lo em virtude de mandato consideradas na base de cálculo da remuneração do servidor
eletivo. nos períodos de licença com direito à remuneração.(Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013)
§ 2º As retribuições, gratificações e adicionais previstas
nos incisos I, II, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV

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serão consideradas na base de cálculo da gratificação natalina, I - fica vedada a concessão da Gratificação de que trata este
bem como para o pagamento do 1/3 de férias (Redação artigo para o desempenho de encargos típicos de Direção ou
acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013) Chefia; (Redação dada pela Lei Complementar nº 972/2013)
II - fica vedada a concessão da Gratificação de que trata este
Subseção I artigo para desempenho de encargos típicos de outros cargos
Da Verba de Representação efetivos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 972/2013)
III - a Gratificação de que trata este artigo não pode ser
Art. 76 A verba de representação, fixada em 100% (cem percebida cumulativamente com a gratificação prevista no
por cento) do vencimento inicial do respectivo cargo, destina- inciso II do art. 75 desta Lei; (Redação dada pela Lei
se aos servidores ocupantes de cargo efetivo cujo exercício Complementar nº 972/2013)
importe na representação legal do Município de Maringá IV - não poderão ser pagos valores diferenciados a
perante a Administração Pública direta e indireta de qualquer servidores que desempenhem o mesmo encargo especial, nas
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos mesmas condições; (Redação dada pela Lei Complementar nº
Municípios. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 985/2014)
918/2012) V - a Gratificação será paga sempre na remuneração do
mês seguinte ao da prestação dos encargos especiais, sendo
Subseção II devido sempre que a prestação dos encargos ultrapassar 1/3
Da Função Gratificada do respectivo mês de referência. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 972/2013)
Art. 77 A gratificação de função é concedida pelo exercício VI - fica vedada a concessão da Gratificação de que trata
de encargos de direção, chefia ou equivalentes, este artigo para as situações em que já há previsão do
assessoramento ou assistência técnicos necessários à pagamento de outras gratificações. (Redação acrescida pela
operacionalização das atividades de competência do Poder Lei Complementar nº 978/2013)
Público Municipal. § 1º Fica criada uma comissão permanente para análise
Parágrafo único. A função gratificada é vantagem acessória prévia para a concessão da gratificação de que trata este artigo,
de cargo efetivo, não gera situação permanente e constitui com mandato administrativo de 2 (dois) anos, composta por
mérito para efeito de progressão. servidores efetivos estáveis, da seguinte forma:
I - dois servidores indicados pela Secretaria de Recursos
Subseção III Humanos;
Da Gratificação Natalina II - um Auditor de Controle Interno;
III - um Procurador Municipal;
Art. 78 A gratificação de natal será paga, anualmente, a IV - um servidor indicado pela Secretaria de Gestão;
todo funcionário municipal, independentemente da (Redação dada pela Lei Complementar nº 972/2013)
remuneração a que fizer jus. § 2º A Gratificação de que trata este artigo será concedida
§ 1º. A gratificação de natal corresponderá a 1/12 (um pelo Secretário de Recursos Humanos, devendo ser ratificada
doze avos) por mês de efetivo exercício, da remuneração pelo Chefe do Executivo, mediante parecer favorável da
devida em dezembro do ano correspondente. comissão prevista no parágrafo anterior. (Redação dada pela
§ 2º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será Lei Complementar nº 972/2013)
tomada como mês integral, para efeito do parágrafo anterior. § 3º A solicitação de pagamento da Gratificação de que
§ 3º. No cálculo da gratificação de natal será computada trata este artigo será encaminhada pelo Secretário da pasta a
também a média das verbas variáveis, percebidas no exercício que o servidor pertencer para análise da comissão
em curso. (Vide Lei Complementar nº 809/2010 nº 810/2010) permanente, e deverá conter a matrícula, o nome e o cargo do
§ 4º. A gratificação de natal será estendida aos inativos e servidor, bem como a descrição das atividades consideradas
pensionistas, com base nos respectivos proventos que encargos especiais e a justificativa de sua realização,
perceberem na data do pagamento daquela. responsabilizando-se civil, penal e administrativamente a
§ 5º. A gratificação de natal, a requerimento do servidor autoridade pelas informações. (Redação dada pela Lei
efetivado até 30 de janeiro do ano em curso, poderá ser paga Complementar nº 972/2013)
em duas parcelas: a primeira até o dia 30 de junho; e a segunda, § 4º A gratificação de que trata o caput, reajustada no
ou a parcela única, até o dia 20 de dezembro de cada ano. mesmo mês e percentual concedido na revisão geral de
§ 6º. A segunda parcela será calculada com base na vencimentos dos servidores públicos municipais do Poder
remuneração do mês de dezembro, acrescida das verbas Executivo, será concedida nos seguintes valores:
variáveis, abatida a importância da primeira parcela já I - R$ 167,98 para encargos de baixíssima complexidade
quitada. e/ou responsabilidade;
§ 7º. O funcionário efetivo exonerado do cargo em II - R$ 335,96 para encargos de baixa complexidade e/ou
comissão ou da função gratificada terá direito à gratificação responsabilidade;
natalina, na forma prevista nesta subseção, e III - R$ 671,92 para encargos de média complexidade e/ou
proporcionalmente ao período do exercício do cargo, sempre responsabilidade;
que superior a 15 (quinze) dias. IV - R$ 1.007,88 para encargos de alta complexidade e/ou
responsabilidade;
Subseção IV V - R$ 1.343,85 para encargos de altíssima complexidade
Da Gratificação pelo Exercício de Encargos Especiais e/ou responsabilidade; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 1054/2016)
Art. 79 Para efeitos da concessão da gratificação prevista § 5º A gratificação de que trata este artigo somente será
no inciso IV do artigo 75, será considerada como encargo paga aos servidores que não tiverem mais de 2 (duas) faltas
especial a atividade que for exercida de forma não eventual, sem justificativa durante o mês. (Redação acrescida pela Lei
que, embora atenda ao interesse público, seja alheia às Complementar nº 985/2014)
atribuições típicas do cargo efetivo ou seja exercida em § 6º No âmbito dos órgãos ou entidades da Administração
condições anormais do regular exercício, mediante Indireta do Poder Executivo, os procedimentos de que tratam
regulamentação específica respeitada os seguintes requisitos: os §§ 1º, 2º e 3º deste artigo serão desempenhados por
autoridades ou órgãos equivalentes, conforme definido em

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regulamento próprio. (Redação acrescida pela Lei Art. 86 Verificada a existência de atividade insalubre ou
Complementar nº 985/2014) perigosa, o órgão de que trata o artigo anterior determinará,
§ 7º O disposto no inciso IV do caput, bem como nos §§ 1º para a eliminação ou atenuação do risco, conforme o caso, as
ao 4º deste artigo não se aplicam aos servidores do Poder seguintes providências:
Legislativo Municipal, sendo que as normas complementares a) medidas de segurança e alterações necessárias no local
necessárias à concessão da gratificação serão estabelecidas em de trabalho;
regulamento próprio. (Redação acrescida pela Lei b) utilização de equipamento de proteção individual pelos
Complementar nº 985/2014) funcionários expostos ao risco;
c) redução da jornada de trabalho na atividade;
Subseção V d) exame médico, para avaliação da capacidade laborativa
Do Adicional por Tempo de Serviço do funcionário, podendo propor o seu remanejamento;
e) outras medidas que, justificadamente, se fizerem
Art. 80 Por quinquênio de efetivo exercício, no Município necessárias.
de Maringá, será concedido ao funcionário efetivo um
adicional correspondente a 5% (cinco por cento), calculados Art. 87 No caso de não ser eliminado o risco à saúde ou à
sobre o padrão do respectivo vencimento, até completar 30% integridade dos funcionários, pelas providências previstas no
(trinta por cento). artigo anterior, caberá o pagamento do adicional de
§ 1º. O adicional será devido a partir do dia imediato àquele insalubridade ou periculosidade.
em que o funcionário completar o tempo de serviço exigido.
§ 2º. O funcionário que, nos termos desta Lei, exercer Art. 88 Não será devida a gratificação de insalubridade ou
cumulativamente outro cargo, terá direito ao adicional em periculosidade quando do afastamento do funcionário do
relação aos dois cargos, individualmente. exercício das atribuições que ensejaram a concessão da
§ 3º. Não será considerado, no cálculo do adicional previsto vantagem, salvo nos casos dos afastamentos em virtude de:
neste artigo, o tempo em que o funcionário estiver afastado em I - férias;
virtude de: II - casamento;
I - licença por motivo de doença em pessoa da família, sem III - luto;
remuneração; IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
II - licença para o serviço militar; V - licença para tratamento de saúde;
III - licença para tratar de interesses particulares; VI - licença por acidente em serviço ou moléstia
IV - disposição funcional para exercício em órgão não- profissional;
vinculado à Municipalidade, sem remuneração; VII - licença à funcionária gestante.
V - penalidade disciplinar;
VI - exercício de cargo em comissão quando não-integrante Art. 89 De acordo com o grau de insalubridade, mínimo,
do Quadro Efetivo; médio ou máximo, a que o funcionário estiver exposto, o
VII - exercício de mandato eletivo. percentual do adicional será fixado, respectivamente, em 10%
(dez por cento), 20% (vinte por cento) ou 40% (quarenta por
Art. 81 Após completar 30 (trinta) anos de exercício, o cento) do salário mínimo nacional vigente. (Redação dada pela
funcionário terá direito ao acréscimo nos seus vencimentos de Lei Complementar nº 266/1998)
5% no primeiro ano excedente, 4% no segundo ano excedente,
3% no terceiro ano excedente, 2% no quarto ano excedente e Art. 90 Pelo desempenho de atividades ou operações
1% (um por cento) no quinto ano excedente, não-acumuláveis, perigosas o funcionário receberá o adicional no percentual de
até o máximo de 15% (quinze por cento). 30% (trinta por cento) do vencimento básico do seu cargo.

Subseção VI Art. 91 É vedada a percepção cumulativa do adicional pelo


Dos Adicionais de Insalubridade e Periculosidade exercício de trabalho em condições de insalubridade com o
adicional pelo exercício de trabalho em condições de
Art. 82 O adicional previsto no inciso VI do artigo 75 se periculosidade, sendo pago, automaticamente, o de maior
destina a remunerar os funcionários que estejam sujeitos ao valor.
exercício de suas atividades em condições de insalubridade ou Parágrafo único. O direito ao adicional de insalubridade ou
periculosidade. periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos
riscos que deram causa à sua concessão.
Art. 83 São consideradas atividades ou operações
insalubres aquelas que, por sua natureza, métodos ou Art. 92 Haverá permanente controle da atividade de
condições de trabalho, exponham os funcionários a agentes funcionário em operações ou locais considerados insalubres
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados, em ou perigosos.
razão da natureza e intensidade do agente, nos termos da § 1º. Os locais de trabalho e os funcionários que operam
legislação federal específica. com raios X ou substâncias radioativas devem ser mantidos
sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
Art. 84 São consideradas atividades ou operações ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na
perigosas aquelas que, por sua natureza, condições ou legislação própria.
métodos de trabalho, impliquem no contato permanente com § 2º. A funcionária gestante ou lactante poderá ser
inflamáveis, sistema elétrico de potência, geração, transmissão afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das
e medição, radiações ionizantes, explosivos e outras definidas operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
pela legislação aplicável. atividades em local salubre e em serviço não-perigoso.

Art. 85 As atividades ou operações, o fator de


insalubridade e o de periculosidade, sua caracterização,
frequência, graus de risco e limites de tolerância, bem como a
possibilidade e a forma de sua supressão, total ou parcial,
serão apurados pelo órgão municipal competente.

Conhecimentos Específicos 113


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Subseção VII § 2º. Passará a ser efetuado ao cônjuge sobrevivente o


Do Adicional por Serviço Extraordinário pagamento do abono familiar correspondente ao beneficiário
que vivia sob a guarda e sustento do funcionário falecido,
Art. 93 O serviço extraordinário será remunerado com desde que aquele consiga autorização judicial para mantê-lo e
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora ser seu responsável.
normal de trabalho. § 3º. Caso o funcionário não haja requerido o abono
Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, só será familiar relativo a seus dependentes, o requerimento poderá
considerado como serviço extraordinário aquele que exceder ser feito após sua morte pela pessoa em cuja guarda e sustento
a jornada legal prevista para o respectivo cargo. se encontrem, operando os seus efeitos a partir da data do
pedido.
Art. 94 Será permitido serviço extraordinário para atender
a situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite Art. 98 O pagamento do abono familiar será efetuado de
máximo de 02 (duas) horas diárias, podendo ser prorrogado, acordo com o que estabelecer a legislação federal em vigor no
de acordo com o interesse público, devidamente justificado, País, devendo ser pago a partir da data em que for protocolado
conforme se dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei o requerimento. (Redação dada pela Lei Complementar nº
Complementar nº 266/1998) 266/1998)
§ 1º. A realização do serviço extraordinário previsto neste Parágrafo único. O responsável pelo recebimento do abono
artigo será precedida de autorização da chefia imediata, que familiar deverá, no mês de julho de cada ano, comprovar a não-
justificará o fato. alteração dos requisitos que autorizaram a concessão da
§ 2º Para o funcionário não sujeito a Jornada de trabalho vantagem, sob pena de suspensão do pagamento respectivo.
diferenciada, na forma que se dispuser em regulamento, o
serviço extraordinário realizado em domingos ou feriados Art. 99 Nenhum desconto incidirá sobre o abono familiar,
será remunerado com o percentual de 50% (cinquenta por nem este servirá de base a qualquer contribuição, ainda que
cento). (Redação dada pela Lei Complementar nº 266/1998) para fins de previdência social.
§ 3º. O serviço extraordinário realizado no horário
previsto no artigo 95 será acrescido do percentual relativo ao Art. 100 Aquele que, por ação ou omissão, der causa a
serviço noturno, em função de cada hora extra. pagamento indevido de abono familiar, ficará obrigado à sua
restituição, sem prejuízo das demais cominações legais.
Subseção VIII
Do Adicional Noturno SUBSEÇÃO X
DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE E
Art. 95 O serviço prestado em horário compreendido entre DESEMPENHO
vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte terá
o valor/hora acrescido de mais 20% (vinte por cento), Art. 100-A A Gratificação de Produtividade e Desempenho
calculados sobre o respectivo vencimento, computando-se será concedida em conformidade com regulamentação
cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos. específica, baixada por Decreto do Poder Executivo,
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, estabelecendo as atividades e funções que farão jus a esta
o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre o valor da gratificação, sistemas de aferimento e mensuração da
hora normal de trabalho acrescido do percentual previsto no produtividade ou desempenho. (Redação dada pela Lei
artigo 93. Complementar nº 805/2010) (Vide Lei Complementar nº
902/2011)
Subseção IX § 1º A gratificação de que trata este artigo será concedida
Do Abono Familiar tendo como valor limite o vencimento inicial do respectivo
cargo efetivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº
Art. 96 Será concedido abono familiar ao funcionário ativo 972/2013)
ou inativo: § 2º A gratificação de que trata este artigo poderá ser
I - por filho menor de 14 (quatorze) que não exerça percebida somente por servidores efetivos, designados pelo
atividade remunerada nem tenha renda própria; Prefeito Municipal para atividades e funções que a
II - por filho inválido ou mentalmente incapaz, sem renda regulamentação dispuser. (Redação dada pela Lei
própria. Complementar nº 805/2010)
§ 1º. Compreende-se, neste artigo, o filho de qualquer
condição, o enteado, o adotivo e o menor que, mediante SUBSEÇÃO XI
autorização judicial, estiver sob a guarda e sustento do DA GRATIFICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
funcionário.
§ 2º. Para efeito deste artigo, considera-se renda própria Art. 100-B A gratificação de responsabilidade técnica,
ou atividade remunerada o recebimento de importância igual fixada sempre sobre o vencimento inicial do respectivo cargo,
ou superior ao valor do salário mínimo vigente no País. será concedida aos servidores efetivos ocupantes dos
§ 3º. Quando pai e mãe forem funcionários municipais, seguintes cargos e nos seguintes percentuais:
ativos ou inativos, o abono familiar será concedido a ambos. I - 50% do vencimento inicial do respectivo cargo ao
§ 4º. Ao pai e mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, ocupante do cargo efetivo de Técnico em Geomensura;
na falta destes, os representantes legais dos incapazes. II - 100% do vencimento inicial do respectivo cargo ao
ocupante do cargo efetivo de Arquiteto;
Art. 97 Ocorrendo o falecimento do funcionário, o abono III - 100% do vencimento inicial do respectivo cargo ao
familiar continuará a ser pago a seus beneficiários, por ocupante dos cargos efetivos de Engenheiro Agrônomo,
intermédio da pessoa em cuja guarda se encontrem, enquanto Engenheiro de Alimentos, Engenheiro Ambiental, Engenheiro
fizerem jus à concessão. Civil, Engenheiro Eletricista, Engenheiro Florestal, Engenheiro
§ 1º. Com o falecimento do funcionário e a falta do Químico e Engenheiro Sanitarista; (Redação acrescida pela Lei
responsável pelo recebimento do abono familiar, será Complementar nº 978/2013)
assegurado aos beneficiários o direito à sua percepção, § 1º Somente será concedida a gratificação de que trata o
enquanto assim fizerem jus. caput deste artigo aos servidores que estejam exercendo as

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funções típicas dos cargos efetivos relacionados nos incisos c) 20% do vencimento inicial do respectivo cargo para a
anteriores junto a Administração Pública Direta ou Indireta do atividade de auxiliar de agrimensura; (Redação acrescida pela
Poder Executivo Municipal, devendo a chefia imediata do Lei Complementar nº 972/2013)
servidor comunicar imediatamente a Secretaria de Recursos d) 15% do vencimento inicial do respectivo cargo para a
Humanos na hipótese de o servidor deixar de desenvolver atividade de Cozinheiro, Merendeiro e/ou Lactarista;
atividades típicas dos cargos efetivos previstos neste artigo, (Redação dada pela Lei Complementar nº 985/2014)
para fim de suspender o pagamento da Gratificação, sob pena e) 10% do vencimento inicial do respectivo cargo para a
de responsabilidade da chefia. atividade de Operador de máquina costal e/ou podador.
§ 2º A percepção da gratificação de que trata este artigo (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013)
não será cumulativa com a gratificação prevista nos incisos I, f) 10% do vencimento inicial do respectivo cargo para a
X, XII, XIII, XIV e XV do artigo 75 desta Lei. (Redação dada pela atividade de reciclagem e manutenção de cartuchos de
Lei Complementar nº 978/2013) impressora. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
§ 3º A percepção da gratificação de que trata este artigo 1011/2015)
poderá ser cumulada com a gratificação de encargos de II - aos ocupantes do cargo efetivo de Motorista que
direção e chefia prevista no inciso II do artigo 75 desta Lei, estejam desenvolvendo a atividade na coleta de lixo domiciliar,
desde que os encargos sejam desenvolvidos na área especifica no percentual de 60% do vencimento inicial do respectivo
de atuação do cargo efetivo. (Redação dada pela Lei cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1032/2015)
Complementar nº 972/2013) § 1º Somente será concedida a gratificação de que trata
este artigo aos servidores ocupantes do cargo efetivo previsto
SUBSEÇÃO XII no caput que estejam exercendo as atividades previstas nos
DA GRATIFICAÇÃO POR LOCAL DE SERVIÇO" incisos anteriores junto à Administração Pública Direta ou
Indireta do Poder Executivo Municipal, devendo a chefia
Art. 100-C Será concedida gratificação por local de serviço imediata do servidor comunicar imediatamente a Secretaria
aos servidores detentores de cargo efetivo que atuem no de Recursos Humanos na hipótese de o servidor deixar de
Hospital Municipal, nas Residências Terapêuticas, no Abrigo desenvolver as atividades previstas neste artigo, para fim de
Provisório Municipal, na Casa Abrigo, no Centro Pop, no Centro suspender o pagamento da Gratificação, sob pena de
de Referência Socioeducativa e nas Unidades de Pronto responsabilidade da chefia. (Redação acrescida pela Lei
Atendimento, zona norte e zona sul. (Redação dada pela Lei Complementar nº 972/2013)
Complementar nº 1011/2015) § 2º Os requisitos e a forma para designação dos servidores
§ 1º A gratificação por local de serviço será calculada no que atuarão nas atividades definidas nos incisos do caput
percentual de 10% (dez por cento) incidente sobre o serão definidos através de regulamentação específica do
vencimento inicial do respectivo cargo. (Redação acrescida Poder Executivo. (Redação acrescida pela Lei Complementar
pela Lei Complementar nº 972/2013) nº 972/2013)
§ 2º Só terá direito à percepção desta gratificação o § 3º A gratificação de que trata este artigo somente será
servidor enquanto permanecer designado para exercer suas paga aos servidores que não tiverem falta injustificada durante
atividades nos locais definidos no caput deste artigo, devendo o mês. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1032/2015)
a chefia imediata do servidor comunicar imediatamente à § 4º A percepção da gratificação de que trata este artigo
Secretaria de Recursos Humanos na hipótese de o servidor não será cumulativa com a gratificação prevista nos incisos I,
deixar de desenvolver atividades nos locais definidos no caput X, XI, XII, XIV e XV do artigo 75 desta Lei. (Redação dada pela
deste artigo, para fim de suspender o pagamento da Lei Complementar nº 978/2013)
gratificação, sob pena de responsabilidade da chefia. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 1054/2016) SUBSEÇÃO XIII
§ 3º A gratificação por local de serviço não se incorpora aos DA GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE EM TECNOLOGIA
proventos de aposentadoria, nem servirá de base de cálculo
para a contribuição previdenciária. (Redação acrescida pela Art. 100-E A gratificação de atividade em tecnologia, fixada
Lei Complementar nº 972/2013) sempre sobre o vencimento inicial do respectivo cargo, será
§ 4º A percepção da gratificação de que trata este artigo concedida aos servidores efetivos que estejam desenvolvendo
não será cumulativa com a gratificação prevista nos incisos I, atividades em tecnologia, ocupantes dos seguintes cargos e
X, XI, XIV e XV do artigo 75 desta Lei. (Redação dada pela Lei nos seguintes percentuais:
Complementar nº 978/2013) I - 30% do vencimento inicial do respectivo cargo para os
ocupantes dos cargos de Analista Programador,
SUBSEÇÃO XIII Administrador de Banco de Dados e Administrador de Rede;
DA GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE ESPECÍFICA II - 30% do vencimento inicial do respectivo cargo para os
ocupantes dos cargos de Técnico de Manutenção, na área de
Art. 100-D A gratificação de atividade específica, fixada informática/computador/impressora;
sempre sobre o vencimento inicial do respectivo cargo, será III - 100% do vencimento inicial do respectivo cargo para
concedida aos servidores efetivos ocupantes dos seguintes os ocupantes dos cargos de Operador de Computador e
cargos que estejam desenvolvendo as seguintes atividades e Programador de Computador;
nos seguintes percentuais: (Redação acrescida pela Lei § 1º Somente será concedida a gratificação de que trata o
Complementar nº 972/2013) caput deste artigo aos servidores que estejam exercendo as
I - os ocupantes do cargo efetivo de Auxiliar Operacional funções dos cargos efetivos relacionados no artigo anterior
que estejam exercendo as seguintes atividades: junto à Administração Pública Direta ou Indireta do Poder
a) 80% do vencimento inicial do respectivo cargo para a Executivo ou ao Poder Legislativo, devendo a chefia imediata
atividade de coleta de lixo domiciliar. (Redação dada pela Lei do servidor comunicar imediatamente à Secretaria de
Complementar nº 1032/2015) Recursos Humanos ou órgão equivalente na hipótese de o
b) 40% do vencimento inicial do respectivo cargo para a servidor deixar de desenvolver atividades de tecnologia, para
atividade de Coveiro; (Redação acrescida pela Lei fins de suspender o pagamento da ratificação, sob pena de
Complementar nº 972/2013) responsabilidade da chefia. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 985/2014)

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§ 2º A percepção da gratificação de que trata este artigo em seu nome ou de parente de primeiro grau, consanguíneo ou
não será cumulativa com a gratificação prevista nos incisos I, por afinidade, sendo devido o auxílio a partir da data do
X, XI, XII, XIII e XIV do artigo 75 desta Lei. (Redação dada pela protocolo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
Lei Complementar nº 978/2013) 972/2013)
§ 3º A percepção da gratificação de que trata este artigo § 5º Antes da concessão do auxílio de que trata este artigo,
poderá ser cumulada com a gratificação de encargos de a chefia imediata do servidor deverá dar ciência acerca da
direção e chefia prevista no inciso II do artigo 75 desta Lei, solicitação, responsabilizando-se por manter informado o
desde que os encargos sejam desenvolvidos na área específica setor de recursos humanos acerca do disposto no § 2º.
de atuação do cargo efetivo. (Redação acrescida pela Lei (Redação acrescida pela Lei nº 978/2013)
Complementar nº 972/2013)
Capítulo III
SUBSEÇÃO XIII DAS LICENÇAS
DA GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE RISCO" Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 100-F A gratificação de atividade de risco, fixada
sempre sobre o vencimento inicial do respectivo cargo, será Art. 101 Conceder-se-á as seguintes licenças ao
concedida aos servidores efetivos que estejam desenvolvendo funcionário:
atividades em que haja algum tipo de risco para si ou para I - compulsória;
outros, ocupantes dos seguintes cargos e designados para as II - para tratamento de saúde;
seguintes atividades e nos seguintes percentuais: III - à gestante, à adotante e à paternidade;
I - 10% do vencimento inicial do respectivo cargo, para os IV - por acidente em serviço ou doença profissional;
ocupantes dos cargos efetivos de Motorista, designado para V - por motivo de doença em pessoa da família;
conduzir Ambulâncias; VI - para o serviço militar;
II - 10% do vencimento inicial do respectivo cargo, para os VII - para concorrer a mandato eletivo, sujeito à legislação
ocupantes dos cargos efetivos de Motorista e de Educador de eleitoral;
Base, designados para abordagem nas Ruas; VIII - para exercício de mandato eletivo, sujeito à legislação
§ 1º Somente será concedida a gratificação de que trata o eleitoral;
caput deste artigo aos servidores que estejam exercendo as IX - para tratar de interesses particulares;
funções dos cargos efetivos relacionados junto à X - para desempenho de mandato classista;
Administração Pública Direta ou Indireta do Poder Executivo XI - prêmio.
Municipal, devendo a chefia imediata do servidor comunicar § 1º. A licença prevista no inciso V será precedida de
imediatamente a Secretaria de Recursos Humanos quando o atestado ou exame médico e comprovação de parentesco.
servidor for designado para as atividades previstas nos incisos § 2º. Salvo nos casos considerados recuperáveis por junta
anteriores, para fim de determinar o pagamento da médica oficial, o funcionário não poderá permanecer afastado
Gratificação, e, também, na hipótese de o servidor deixar de ou em licença por motivo de saúde por prazo superior a vinte
desenvolver as atividades previstas neste artigo, para fim de e quatro meses, sendo aposentado quando julgado
suspender o pagamento da Gratificação, sob pena de definitivamente inválido em inspeção médica específica.
responsabilidade da chefia. § 3º. É vedado o exercício de atividade remunerada
§ 2º A percepção da gratificação de que trata este artigo durante o período das seguintes licenças:
não será cumulativa com a gratificação prevista nos incisos I, I - tratamento de saúde;
IV, X, XI, XII, XIII e XIV do artigo 75 desta Lei. (Redação II - à gestante, à adotante e à paternidade;
acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013) III - por acidente em serviço e doença profissional;
IV - por motivo de doença em pessoa da família;
SUBSEÇÃO XII V - para desempenho de mandato classista, salvo quanto a
DO AUXÍLIO DE DESLOCAMENTO cargos com jornada de trabalho diferenciada, nos termos da
lei;
Art. 100-G O auxílio de deslocamento será concedido aos VI - compulsória.
servidores efetivos do Poder Executivo Municipal que exerçam
suas atividades nos Distritos de Iguatemi ou Floriano, que não Seção II
residam no distrito onde exercem suas atividades, que Da Licença Compulsória
optarem pela não utilização do vale-transporte e não lhes seja
disponibilizado transporte, a partir da sede, em veículos do Art. 102 Constatado, por inspeção médica, que o
Município, em horário compatível com sua jornada de funcionário é portador de doenças graves e/ou contagiosas,
trabalho, no valor de R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais). segundo indica a medicina especializada, o mesmo será
(Redação dada pela Lei Complementar nº 985/2014) compulsoriamente licenciado, com direito à percepção do
§ 1º O valor do auxílio de que trata este artigo será vencimento ou remuneração e demais vantagens inerentes ao
reajustado no mesmo mês e percentual concedido na revisão cargo.
geral de vencimentos dos servidores públicos municipais do § 1º. A verificação das moléstias que importem em
Poder Executivo. (Redação acrescida pela Lei Complementar compulsório afastamento do funcionário será feita,
nº 972/2013) obrigatoriamente, por junta médica oficial, constituída por 03
§ 2º O auxílio de que trata este artigo não será pago (três) membros.
relativamente aos dias em que o servidor não tenha exercido § 2º. Poderá o funcionário pedir a constituição de outra
suas atividades naquelas localidades. (Redação acrescida pela junta e novos procedimentos médicos que se fizerem
Lei Complementar nº 972/2013) necessários, caso não se conforme com o laudo.
§ 3º O auxílio de deslocamento tem natureza indenizatória
e não se incorpora aos vencimentos do servidor para nenhum Art. 103 A licença será convertida em aposentadoria, na
fim. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 972/2013) forma do artigo 145, I, antes do prazo estabelecido, quando
§ 4º A concessão do auxílio de que trata este artigo deverá assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o
ser solicitada diretamente pelo servidor ao órgão de Recursos serviço público em geral, a invalidez do funcionário.
Humanos e deverá ser anexado o comprovante de residência,

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Art. 104 Ocorrerá também a licença compulsória, por § 3º No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento,
interdição declarada pela autoridade sanitária competente, a funcionária será submetida a exame médico e, se julgada
por motivo de doença em pessoa coabitante da residência do apta, reassumirá o exercício.
funcionário. § 4º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a
funcionária terá direito a trinta dias de repouso remunerado.
Seção III § 5º A servidora em gozo do benefício, no momento da
Da Licença para Tratamento de Saúde edição desta Lei, poderá solicitar sua prorrogação, mediante
apresentação de requerimento próprio junto ao setor
Art. 105 Será concedida ao funcionário licença para competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em 780/2009)
perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 112 Pelo nascimento de filho, o funcionário terá direito
Art. 106 Para a licença de até trinta dias, a inspeção será à licença-paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos,
feita por médico indicado pelo órgão de pessoal e, se por prazo contados da data do nascimento.
superior, por junta médica oficial.
§ 1º. Sempre que necessária, a inspeção médica será Art. 114 A licença será garantida também à servidora que
realizada na residência do funcionário ou no estabelecimento adotar ou obtiver a guarda judicial de criança, para
hospitalar onde se encontrar internado. ajustamento do adotado ao novo lar, na seguinte proporção:
§ 2º. Inexistindo médico do órgão ou entidade no local I - 180 (cento e oitenta) dias, no caso de criança com até 1
onde se encontra o funcionário, será aceito atestado passado (um) ano de idade;
por médico particular, que deverá ser homologado por médico II - 120 (cento e vinte) dias, no caso de criança entre 1 (um)
do Município, em laudo devidamente fundamentado. ano completo e doze (doze) anos de idade incompletos.
§ 3º. No caso do parágrafo anterior, o atestado só § 1º A servidora que usufruir do benefício previsto no
produzirá efeito depois de homologado pelo setor médico caput deste artigo não poderá exercer outra atividade
indicado pelo órgão de pessoal. profissional remunerada, sob pena de perda do benefício.
§ 4º. Quando não for homologado o laudo, o funcionário § 2º A criança adotada ou sob guarda judicial não poderá
será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo ser mantida em centro de educação infantil ou instituição
considerados como faltas ao trabalho, nos termos do inciso I similar, durante o período da licença, sob pena de perda do
do artigo 62, os dias em que deixar de comparecer ao serviço benefício previsto no caput. (Redação dada pela Lei
por haver alegado doença. Complementar nº 780/2009)
§ 5º. O funcionário que, durante o mesmo exercício, atingir
o limite de trinta dias de licença para tratamento de saúde, Seção V
consecutivos ou não, será submetido a inspeção por junta Da Licença por Acidente em Serviço ou Doença
médica oficial, para a concessão de nova licença, Profissional
independentemente do prazo de sua duração.
Art. 115 Será licenciado, com remuneração integral, o
Art. 107 Findo o prazo da licença, o funcionário será funcionário acidentado em serviço ou acometido de doença
submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao profissional.
serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria,
observado o disposto no § 2.º do artigo 101. Art. 116 Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício
de atividade prestada no serviço público municipal,
Art. 108 O atestado e o laudo da junta médica não se provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se cause a morte, a perda ou redução da capacidade laborativa,
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença permanente ou temporária.
profissional ou quaisquer das doenças especificadas no artigo
145, inciso I. Art. 117 Considera-se acidente de trabalho, nos termos do
artigo anterior:
Art. 109 O funcionário que apresente indícios de lesões I - a doença profissional, assim entendida a adquirida ou
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica. desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade, e constante da relação de que trata o
Art. 110 Verificando-se, em qualquer tempo, ter sido Anexo II do Decreto Federal nº 611, de 21 de junho de 1992,
gracioso o atestado médico ou o laudo da junta médica, a e/ou alterações posteriores;
autoridade competente promoverá a punição dos II - a doença de trabalho, assim entendida a adquirida ou
responsáveis, incorrendo o funcionário a quem aproveitar a desencadeada em função de condições especiais em que o
fraude na pena de suspensão e, na reincidência, na demissão, trabalho é realizado, e que com ele se relaciona diretamente,
sem prejuízo da ação que couber. desde que constante da relação mencionada no inciso anterior.
§ 1º. Não serão consideradas como doenças do trabalho:
Seção IV a) a doença degenerativa;
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença- b) a inerente ao grupo etário;
Paternidade c) a que não produz incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por funcionário, salvo se,
Art. 111 Será concedida licença à funcionária gestante, por direta ou indiretamente, resulte de exposição ou contato
180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da direto determinado pela natureza do trabalho.
remuneração. § 2º. Em caso excepcional, constatando-se que a doença
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do 9º não-incluída na relação tratada no inciso I deste artigo
(nono) mês de gestação, salvo antecipação por prescrição resultou de condições especiais em que o trabalho é executado,
médica. e que com ele se relaciona diretamente, o órgão municipal
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início competente deverá considerá-la como acidente de trabalho.
a partir da data do parto.
Art. 118 Equiparam-se também ao acidente de trabalho:

Conhecimentos Específicos 117


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APOSTILAS OPÇÃO

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido Seção VI


a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do Da Licença por Motivo de Doença em Pessoas da
funcionário, para a perda ou redução de sua capacidade Família
laborativa ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação; Art. 122 Poderá ser concedida licença ao funcionário por
II - o acidente sofrido pelo funcionário no local e no horário motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
de trabalho, em consequência de: filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, mediante
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por comprovação por junta médica oficial.
terceiro ou companheiro de trabalho; § 1º. A licença somente será deferida se a assistência direta
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por do funcionário for indispensável e não puder ser prestada,
motivo de disputa relacionada com o trabalho; simultaneamente, com o exercício do cargo, o que deverá ser
c) ato de imprudência, de negligência ou imperícia de apurado através de acompanhamento social, mediante
terceiro, ou de companheiro de trabalho; relatório fundamentado.
d) ato de pessoa privada do uso da razão; § 2º. A licença será concedida sem prejuízo da
e) desabamento, inundação, incêndio e outros decorrentes remuneração do cargo efetivo, até 15 (quinze) dias, podendo
de caso fortuito ou de força maior. ser prorrogada por igual período, mediante parecer da junta
III - a doença proveniente de contaminação acidental do médica, e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até
funcionário no exercício de sua atividade; 60 (sessenta) dias, dentro do prazo de 12 (doze) meses.
IV - o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de § 3º. Para efeitos do parágrafo anterior, serão
trabalho: considerados os períodos descontínuos ou não.
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade do Município; Seção VII
b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao Da Licença para Serviço Militar
Município, para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço do Município, inclusive para estudo, Art. 123 Ao funcionário convocado para o serviço militar
quando financiada por este, dentro de seus planos para melhor será concedida licença sem vencimentos, à vista de documento
capacitação de mão-de-obra, independentemente do meio de oficial.
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do § 1º. Ao funcionário desincorporado será concedido o
funcionário; prazo não-excedente de até 30 (trinta) dias para reassumir o
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou exercício, sem perda do vencimento.
deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, § 2º. Quando o funcionário prestar o serviço militar junto
inclusive veículo de propriedade do funcionário. à corporação local, haverá a compatibilização de horários.
§ 1º. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou
por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas Seção VIII
no local do trabalho ou durante este, o funcionário é Da Licença para Concorrer a Cargo Eletivo
considerado no exercício do trabalho.
§ 2º. Não é considerada agravação ou complicação do Art. 124 O funcionário efetivo terá direito a licença sem
acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de remuneração durante o período entre a sua escolha, em
outra origem, se associe ou se superponha às consequências convenção partidária, como candidato a cargo eletivo e a
do anterior. véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
§ 3º. Considerar-se-á como dia do acidente, no caso de Eleitoral.
doença profissional ou do trabalho, a data do início da § 1º. O funcionário candidato a cargo eletivo que exerça
incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
o dia do afastamento compulsório, ou o dia em que for fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do
realizado o diagnóstico, valendo, para todos os efeitos legais, o registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 5º
que ocorrer primeiro. (quinto) dia seguinte ao do pleito.
§ 4º. Será considerado agravamento de acidente do § 2º. A partir do registro da candidatura e até o 5º (quinto)
trabalho aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a dia seguinte ao da eleição, o funcionário efetivo fará jus à
responsabilidade de programas viabilizados para a licença, assegurados os vencimentos do respectivo cargo
reabilitação funcional. somente pelo período de 03 (três) meses.

Art. 119 O funcionário acidentado em serviço, que Seção IX


necessite de tratamento especializado, quando necessário, Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos. Art. 125 A critério da Administração, poderá ser concedida
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta ao funcionário estável licença para trato de assuntos
médica oficial constitui medida de exceção, e somente será particulares, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos,
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados sem remuneração, prorrogável uma única vez, por igual
em instituição de assistência própria ou instituição pública. período.
§ 1º. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo,
Art. 120 A chefia imediata comunicará o acidente do a pedido do funcionário ou no interesse do serviço público.
trabalho ao órgão competente, até o primeiro dia útil após o § 2º. Não se concederá nova licença antes de decorridos 02
acidente, quando ocorrido na repartição municipal. (dois) anos do término da anterior ou de sua prorrogação.
Parágrafo único. Nos demais casos, o prazo previsto neste
artigo será contado a partir da ciência do acidente. Seção X
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista
Art. 121 A prova do acidente será feita no prazo de até dez
dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem, na Art. 126 Ao funcionário efetivo é assegurado o direito a
forma que se dispuser em regulamento. licença remunerada para o desempenho de mandato em
associações de classe e sindicato representativo da categoria.

Conhecimentos Específicos 118


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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º Somente poderão ser licenciados os funcionários sendo nenhum deles inferior a 10 (dez) dias, desde que assim
eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas requerido pelo servidor, e no interesse da Administração
entidades, em número de 5 (cinco) por entidade. (Redação Pública. (Redação dada pela Lei Complementar nº 972/2013)
dada pela Lei Complementar nº 906/2011) § 1º. A escala de férias poderá ser alterada por autoridade
§ 2º. A licença terá duração igual à do mandato, podendo superior, ouvido o chefe imediato do funcionário.
ser prorrogada no caso de reeleição. § 2º. As faltas injustificadas ao serviço, no respectivo
§ 3º. O funcionário efetivo ocupante de cargo em comissão período aquisitivo, superiores a 32 (trinta e dois) dias,
ou função gratificada deverá desincompatibilizar-se do cargo determinarão a perda do direito às férias ou a sua redução,
ou função quando licenciar-se para o mandato de que trata quando superiores a 5 (cinco) dias, observados os seguintes
este artigo. critérios:
I - de 06 a 14 faltas, 06 dias;
Seção XI II - de 15 a 23 faltas, 12 dias;
Da Licença-Prêmio III - de 24 a 32 faltas, 18 dias.
§ 3º. A interrupção da prestação de serviços será anotada
Art. 127 Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o no assento individual do funcionário.
funcionário efetivo fará jus a 03 (três) meses de licença- § 4º. Somente depois de 12 (doze) meses de exercício o
prêmio, com a remuneração do cargo. funcionário terá direito a férias, salvo as atividades sujeitas ao
§ 1º. A licença de que trata este artigo será concedida com calendário escolar.
a remuneração do cargo em comissão ou da função gratificada. § 5º. Durante as férias o funcionário terá direito, além do
§ 2º. É facultado ao funcionário fracionar a licença de que vencimento, a todas as vantagens que percebia no momento
trata este artigo, em até 03 (três) parcelas, de igual período, em que passou a fruí-las.
respeitado o interesse do serviço público. § 6º A critério da autoridade competente, será permitida
§ 3º A licença-prêmio poderá ser usufruída até a data da ao funcionário efetivo, não sujeito a calendário escolar,
aposentadoria do funcionário. (Redação acrescida pela Lei havendo necessidade de serviço, devidamente justificada pelo
Complementar nº 462/2003) chefe imediato, a conversão de 1/3 (um terço) das férias em
pecúnia. (Redação dada pela Lei Complementar nº 653/2007)
Art. 128 Não se concederá licença-prêmio ao funcionário § 7º No caso de fracionamento das férias, o requerimento
que no período aquisitivo: do período remanescente poderá ser realizado a qualquer
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão, tempo, sempre antes de gozar novo período de férias.
independentemente da medida prevista pelo artigo 186; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 978/2013)
II - afastar-se do cargo, por períodos ininterruptos ou não,
em virtude de: Art. 132 A acumulação de férias é proibida, salvo por
a) licença por motivo de doença em pessoa da família, por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de 02 (dois)
tempo igual ou superior a 30 dias; períodos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do
b) licença para tratamento de saúde, por tempo igual ou funcionário.
superior a 90 (noventa) dias;
c) licença por acidente em serviço ou doença profissional, Art. 133 Perderá o direito às férias o funcionário que, no
por tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias; período aquisitivo, houver gozado, de forma ininterrupta ou
d) licença para tratar de interesses particulares; não, os seguintes afastamentos ou licenças:
e) condenação a pena privativa de liberdade por sentença I - por motivo de doença em família, por período igual ou
definitiva; superior a 30 (trinta) dias;
f) disposição funcional, sem remuneração, para órgão II - para tratamento de saúde, por tempo igual ou superior
público não-vinculado ao Município de Maringá; a 180 (cento e oitenta) dias;
g) licença para concorrer a cargo eletivo; III - por acidente em serviço ou doença profissional, por
h) disponibilidade; período igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias;
i) desempenho de mandato classista, salvo o disposto no IV - compulsória, por período superior a 180 (cento e
artigo 130; oitenta) dias;
j) serviço militar; V - para serviço militar, por período superior a 30 (trinta)
l) licença compulsória, por período igual ou superior a 90 dias;
(noventa) dias; VI - para tratar de assuntos particulares, por período igual
m) afastamento para desempenho de mandato eletivo, ou superior a 30 (trinta) dias;
ressalvada a disposição constitucional pertinente; VII - disposição funcional, sem remuneração, para órgão
n) faltas não-justificadas superiores a 10 (dez) dias, no público não-vinculado à Municipalidade, por período igual ou
quinquênio. superior a 30 (trinta) dias;
VIII - para mandato eletivo, por período igual ou superior
Art. 129 O número de funcionários em gozo simultâneo de a 30 (trinta) dias;
licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da IX - disponibilidade, por período igual ou superior a 30
lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou (trinta) dias.
entidade. § 1º. A interrupção da prestação de serviços será anotada
no assento individual do funcionário.
Art. 130 A requerimento do funcionário, a licença-prêmio § 2º. Iniciar-se-á o decurso do novo período aquisitivo após
poderá ser convertida em tempo de serviço, em dobro, para o retorno do funcionário às atividades do cargo.
todos os efeitos legais.
Art. 134 No cálculo do abono pecuniário previsto no artigo
Capítulo IV 136 será considerado o valor resultante da conversão prevista
DAS FÉRIAS no § 6º do artigo 131.

Art. 131 O servidor gozará de 30 (trinta) dias de férias por Art. 135 O funcionário que opera direta e
ano, concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia permanentemente com raios X ou substâncias radioativas
imediata, podendo, ser fracionada em 2 (dois) períodos, não gozará, obrigatoriamente, de 20 (vinte) dias consecutivos de

Conhecimentos Específicos 119


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APOSTILAS OPÇÃO

férias por semestre de atividade profissional, proibida, em Art. 142 O funcionário estável poderá ausentar-se do
qualquer hipótese, a sua acumulação. serviço:
Parágrafo Único. O funcionário referido neste artigo não I - para estudo, por período não superior a 4 (quatro) anos,
fará jus à conversão prevista no § 6º do artigo 131, nem ao sem remuneração, desde que autorizado por ato oficial;
fracionamento previsto no caput do mesmo artigo. (Redação II - para frequentar, anualmente, cursos de
dada pela Lei Complementar nº 972/2013) aperfeiçoamento, especialização ou reciclagem, por período de
até 30 (trinta) dias, seguidos ou não, e congressos, cursos ou
Art. 136 Independentemente de solicitação, será pago ao jornadas, por período de até 07 (sete) dias, sem prejuízo dos
funcionário, por ocasião das férias, um adicional de 1/3 (um respectivos vencimentos ou necessidade de reposição da carga
terço) da remuneração correspondente ao período de férias. horária não cumprida.
§ 1º. No caso de o funcionário exercer função gratificada ou § 1.º No caso do inciso II deste artigo, a liberação do
ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será funcionário fica condicionada à apresentação de:
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. a) requerimento escrito, até 15 (quinze) dias antes do
§ 2º. O funcionário tratado no artigo anterior receberá o evento;
1/3 (um terço) constitucional em cada um dos seus períodos b) folder, programa ou declaração do órgão promotor do
de férias, calculado proporcionalmente sobre estes períodos. evento;
§ 3º No caso de fracionamento do período de férias, o c) comprovante de que o evento é relativo à área de
servidor receberá o valor do adicional previsto no caput deste atuação profissional do requerente;
artigo quando da utilização do primeiro período. (Redação d) declaração, por escrito, da chefia da unidade a que
acrescida pela Lei Complementar nº 978/2013) pertence o funcionário, atestando que, no período solicitado,
não haverá outro funcionário da mesma área em gozo de
Art. 137 O funcionário em regime de acumulação lícita licença nem necessidade de substituição do requerente por
perceberá o adicional calculado sobre a remuneração dos outro funcionário ou prejuízo à prestação dos serviços.
cargos cujos períodos aquisitivos lhe garantam o gozo das § 2.º O período de afastamento do funcionário, para os fins
férias. previstos no inciso II, deverá coincidir com a duração do
Parágrafo único. O adicional de férias será devido em evento.
função de cada cargo exercido pelo funcionário, observados os § 3.º O funcionário, no retorno ao serviço, deverá
respectivos períodos aquisitivos. apresentar comprovante de frequência ou certificado de
realização do evento. (Redação dada pela Lei Complementar
Art. 138 O funcionário efetivo, exonerado do cargo em nº 460/2003)
comissão ou destituído da função gratificada, receberá o valor
das férias a que tiver direito e o período incompleto, na Capítulo VI
proporção de 1/12 avos por mês de efetivo exercício do cargo DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
ou função, ou da fração igual ou superior a 15 dias.
Art. 143 Ao funcionário municipal investido em mandato
Capítulo V eletivo aplicam-se as disposições previstas na Constituição da
DAS CONCESSÕES República.
Parágrafo único. O funcionário investido em mandato
Art. 139 Sem qualquer prejuízo, poderá o funcionário eletivo municipal é inamovível de ofício, pelo tempo de
ausentar-se do serviço: duração de seu mandato.
I - por 01 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 01 (um) dia, para se alistar como eleitor; Capítulo VII
III - por 07 (sete) dias consecutivos, em razão de: DOS BENEFÍCIOS
a) casamento; Seção Única
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou Da Aposentadoria
padrasto, filhos ou enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos. Art. 144 As aposentadorias e pensões do funcionalismo
municipal serão custeadas com recursos provenientes do
Art. 140 Será concedido horário especial ao funcionário Município e das contribuições dos funcionários, na forma da
estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o lei.
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do Parágrafo único. Independe de carência a concessão dos
cargo. seguintes benefícios:
§ 1º. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a I - pensão por morte;
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver II - aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em
exercício, respeitada a jornada legal estipulada para o serviço, doença profissional ou do trabalho;
respectivo cargo. III - aposentadoria determinada por junta médica, nos
§ 2º. Também será concedido horário especial ao termos da lei;
funcionário portador de deficiência, quando comprovada a IV - acidente de trabalho.
necessidade por junta médica oficial, independentemente de
compensação de horário. Art. 145 O funcionário será aposentado:
I - por invalidez permanente, com proventos integrais,
Art. 141 O funcionário somente poderá ser cedido para ter quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, nas especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
seguintes hipóteses: II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com
I - para exercício de cargo em comissão; proventos proporcionais ao tempo de serviço;
II - em casos previstos em leis especiais. III - voluntariamente:
Parágrafo único. Na hipótese do inciso I deste artigo, o a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos
ônus da remuneração será do órgão ou entidade requisitante. 30 (trinta) anos, se mulher, com proventos integrais;

Conhecimentos Específicos 120


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APOSTILAS OPÇÃO

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções do § 5º. O benefício da pensão por morte corresponderá à
magistério, se professor, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se totalidade da remuneração ou proventos da inatividade do
professora, com proventos integrais; funcionário falecido, observado o disposto no parágrafo
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 anterior.
(vinte e cinco), se mulher, com proventos proporcionais a este § 6º. É assegurado ao funcionário o direito de cessar o
tempo; exercício da função pública 60 (sessenta) dias após a
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos apresentação do pedido de aposentadoria voluntária,
60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao independentemente de qualquer formalidade.
tempo de serviço. § 7º. Para efeito de aposentadoria, é assegurada a
§ 1º. As exceções ao disposto no inciso III, alíneas "a" e "c", contagem recíproca do tempo de serviço nas atividades
no caso de exercício de atividades consideradas penosas, públicas e privada, rural e urbana, nos termos do § 2.º do artigo
insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em lei 202 da Constituição Federal.
complementar federal. § 8º. A comprovação do tempo de serviço mencionado no
§ 2º. O tempo de serviço público federal, estadual ou parágrafo anterior, far-se-á nos moldes exigidos pela
municipal será computado integralmente para os efeitos de Previdência Social.
aposentadoria e disponibilidade. § 9º. Concedida a aposentadoria com o aproveitamento do
§ 3º. Não será considerado para efeitos de aposentadoria o tempo de serviço, nos termos da presente Lei, será ela
período em que o funcionário permanecer em licenças para imediatamente comunicada ao Instituto Nacional de Seguro
trato de interesses particulares e por motivo de doença em Social - INSS, para fins de direito.
família, sem remuneração. § 10. O funcionário público que retornar à atividade após a
§ 4º. Incorporar-se-ão aos proventos da inatividade do cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por
funcionário, além de outras vantagens expressamente invalidez, ou por medida decorrente de decisão final do
especificadas em lei, as gratificações e adicionais recebidos, Tribunal de Contas do Estado, terá direito, para todos os fins,
segundo os seguintes critérios: salvo para os de promoção, progressão e do adicional por
a) adicional por tempo de serviço, de forma integral; tempo de serviço, à contagem do tempo relativo ao período de
b) adicional noturno, adicional de insalubridade, adicional afastamento.
de periculosidade e gratificação pelo exercício de encargos § 11. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de
especiais, integralmente, se percebidos nos últimos 60 afastamento, os valores serão determinados como se estivesse
(sessenta) meses anteriores à data da aposentadoria, ou, no exercício.
proporcionalmente, à razão de 1/60 avos, quando percebidos § 12. O recebimento indevido de benefício havido por
por período inferior; fraude, dolo ou má-fé implicará devolução ao Erário do total
c) horas extras, pela média do número de horas extras auferido, devidamente atualizado, sem prejuízo da ação penal
efetuadas nos últimos 60 (sessenta) meses anteriores à cabível.
aposentadoria, à razão de 1/60 avos.
Art. 147 Observadas as diretrizes estabelecidas por esta
Art. 146 O funcionário efetivo será aposentado: Lei, as aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas
I - com provento correspondente ao vencimento ou nos termos previstos pela lei complementar que dispuser
remuneração integral do cargo efetivo, ressalvadas as sobre o Sistema Previdenciário do Funcionário Público
hipóteses de aposentadorias proporcionais; Municipal de Maringá.
II - se houver exercido por um período não-inferior a 08
(oito) anos, ininterruptos ou não, um ou mais cargos em Capítulo VIII
comissão ou função gratificada, com as vantagens do nível DA SEGURIDADE SOCIAL
mais elevado, desde que esse cargo ou função tenha sido
exercido por um mínimo de 60 (sessenta) meses, ou, Art. 148 O Plano de Seguridade Social do Funcionário
proporcionalmente, à razão de 1/60 avos, no caso de ocupação Público Municipal de Maringá, nos termos da lei, tem por
descontínua dos maiores cargos, somados os períodos finalidade proporcionar a seus beneficiários os meios
descontínuos, ininterruptos ou não, e preservado eventual indispensáveis de atendimento nas áreas de Saúde e
direito adquirido segundo o permissivo legal anterior. Previdência Social, observados os seguintes princípios:
§ 1º. O tempo de serviço prestado ao Município pelo I - universalidade da cobertura e do atendimento aos
ocupante de cargo comissionado não-integrante do Quadro beneficiários;
Efetivo não será considerado para efeitos do disposto no inciso II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços
II deste artigo. aos segurados;
§ 2º. Para efeito do disposto no inciso II, será considerada III - seletividade e distributividade na prestação dos
como vantagem do cargo a opção prevista no § 3.º do artigo 12 benefícios e serviços;
desta Lei. IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
§ 3º. Se, nas condições do inciso II deste artigo, o cargo em V - equidade na forma de participação no custeio;
comissão exercido não se conformar à simbologia estabelecida VI - diversidade da base de financiamento;
para os cargos em comissão dos Poderes Executivo ou VII - caráter democrático da gestão administrativa, com a
Legislativo, poderá o funcionário aposentar-se com as participação de representantes dos funcionários públicos
vantagens do de maior símbolo, assegurado igual benefício, municipais.
nas mesmas condições, pelo exercício de cargo diretivo de
órgão da Administração Indireta. Art. 149 São segurados obrigatórios do plano de
§ 4º. Os proventos da aposentadoria, nunca inferiores ao seguridade de que trata o artigo anterior os funcionários
salário mínimo, serão revistos, na mesma proporção e na públicos ativos e inativos da Administração Direta, Indireta e
mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos Fundacional do Poder Executivo e do Poder Legislativo do
servidores em atividade, sendo também estendidos aos Município de Maringá.
inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente Parágrafo único. O Plano de Seguridade Social do
concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando Funcionário compreende:
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou I - Fundo de Assistência à Saúde, integrando as seguintes
função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. assistências:

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APOSTILAS OPÇÃO

a) clínico-cirúrgica, inclusive quando decorrente de Art. 158 O requerimento será dirigido à autoridade
acidente de trabalho; competente para decidi-lo e por esta encaminhado à qual o
b) odontológica; requerente estiver imediatamente subordinado.
c) farmacêutica.
II - Fundo de Previdência Social, compreendendo os Art. 159 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que
seguintes benefícios: houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não
a) em relação ao segurado: aposentadorias, auxílio- podendo este ser renovado.
natalidade e auxílio-funeral; Parágrafo único. O requerimento e o pedido de
b) em relação ao dependente: auxílio-funeral e pensão por reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão
morte. ser despachados no prazo de 05 (cinco) dias e decididos
dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 151 A Seguridade Social do Funcionário será
financiada na forma prevista na lei de sua criação, em Art. 160 Caberá recurso:
percentuais apurados em prévio plano de custeio, elaborado I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
atuarialmente, mediante as seguintes receitas: II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
I - a contribuição previdenciária dos segurados; interpostos.
II - a contribuição dos órgãos mencionados no artigo 149, § 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
na forma da lei; superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e,
III - produto da cobrança da assistência médico-hospitalar, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
farmacêutica, odontológica e de outra assistência que for § 2º O recurso será encaminhado por intermédio da
proporcionada aos funcionários e seus beneficiários, na forma autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
da lei; requerente.
IV - outras receitas que lhes forem destinadas.
Art. 161 O prazo para interposição do pedido de
Art. 152 As contribuições previstas nos incisos I, II e III do reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, contados
artigo anterior serão recolhidas mensalmente ao Órgão da notificação do interessado da decisão recorrida.
Previdenciário, pelos órgãos da Administração Direta, Indireta
e Fundacional do Poder Executivo e do Poder Legislativo, na Art. 162 O recurso poderá ser recebido com efeito
mesma data do pagamento dos vencimentos de seus suspensivo, a juízo da autoridade competente, mediante
funcionários. despacho fundamentado.
Parágrafo único. O não-cumprimento do prazo Parágrafo Único. Em caso de provimento do pedido de
estabelecido neste artigo implicará em incidência de juros reconsideração ou de recurso, os efeitos da decisão
legais e atualização monetária, de acordo com os índices retroagirão à data do ato impugnado.
autorizados pelo Governo Federal, sem prejuízo da
responsabilização da autoridade competente. Art. 163 O direito de requerer prescreve:
I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
Art. 153 As contribuições a cargo dos órgãos da cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem
Administração Direta, Indireta e Fundacional do Poder interesses patrimoniais, créditos ou direitos no Serviço
Executivo e do Poder Legislativo, destinadas à seguridade Público Municipal de Maringá;
social, constarão dos respectivos orçamentos, não integrando II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
o Orçamento do Município. quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. A proposta de orçamento da seguridade Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da
social do funcionário municipal será elaborada de forma data da notificação do interessado.
integrada pelos órgãos competentes, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, Art. 164 O pedido de reconsideração e o recurso, quando
assegurada a gestão desses recursos pelos órgãos cabíveis, suspendem a prescrição.
competentes, na forma da lei. Parágrafo único. Suspensa a prescrição, o prazo
recomeçará a correr pelo restante, no dia em que cessar a
Art. 154 A lei de que trata o artigo 148 disporá sobre o interrupção.
período de carência que o funcionário deverá cumprir para
fazer jus aos direitos e benefícios por ela instituídos, Art. 165 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
observado o disposto no parágrafo único do artigo 144 desta relevada pela Administração.
Lei.
Art. 166 Para o exercício do direito de petição, é
Art. 155 Nenhuma prestação de serviço de assistência à assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao
saúde ou de benefício previdenciário, desenvolvida em prol funcionário ou ao procurador por ele constituído.
dos beneficiários, será criada, majorada ou estendida sem a
correspondente fonte de custeio. Art. 167 A Administração deve rever seus atos, a qualquer
tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 156 O Município de Maringá será subsidiariamente
responsável pelo pagamento das prestações do Plano de Art. 168 São fatais e improrrogáveis os prazos
Seguridade do Funcionário Público Municipal de Maringá. estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado.
Capítulo IX
DO DIREITO DE PETIÇÃO TÍTULO III
DO REGIME DISCIPLINAR
Art. 157 É assegurado ao funcionário do quadro Capítulo I
permanente da Administração Direta, Indireta e Fundacional DOS DEVERES
do Poder Executivo e do Poder Legislativo requerer aos
Poderes Públicos em defesa de direito ou de interesse legítimo. Art. 169 São deveres do funcionário:

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APOSTILAS OPÇÃO

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; b) fornecedora de equipamento ou material, de qualquer
II - ser leal às instituições a que servir; natureza ou espécie, a qualquer órgão municipal.
III - observar as normas legais e regulamentares; XIV - atuar, como procurador ou intermediário, junto às
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando repartições públicas municipais, salvo quando se tratar de
manifestamente ilegais ou que coloquem em risco a segurança benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
própria ou de terceiros; segundo grau, de cônjuge ou companheiro;
V - atender com presteza: XV - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
a) ao público em geral, prestando as informações qualquer espécie em razão de suas atribuições;
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; XVI - praticar usura, sob qualquer de suas formas;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de XVII - proceder de forma desidiosa;
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; XVIII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. em serviços ou atividades particulares;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as XIX - cometer a outro funcionário atribuições estranhas às
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; do cargo que ocupa, exceto em situações transitórias de
VII - zelar pela economia do material e a conservação do emergência;
patrimônio público; XX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; com o exercício do cargo ou função e com o horário de
IX - manter conduta compatível com a moralidade trabalho.
administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço; Seção II
XI - tratar com urbanidade as pessoas; Da Acumulação
XII - submeter-se a inspeção médica determinada pela
autoridade competente; Art. 171 Ressalvados os casos previstos na Constituição da
XIII - frequentar cursos regularmente constituídos para o República, é vedada a acumulação remunerada de cargos
aperfeiçoamento pessoal; públicos.
XIV - atender convocação para realização de serviço § 1º. A proibição de acumular estende-se a cargos,
extraordinário; empregos e funções em autarquias, fundações e empresas
XV - representar contra ilegalidade ou abuso de poder. públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XV Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
será encaminhada pela via hierárquica e, obrigatoriamente, § 2º. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. § 3º. Considera-se acumulação proibida a percepção de
vencimento de cargo ou emprego público com proventos da
Seção I inatividade, salvo quando os cargos de que decorram estas
Das Proibições remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 170 Ao funcionário é proibido: Art. 172 O funcionário não poderá exercer mais de um
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia cargo em comissão nem ser remunerado pela participação em
autorização do chefe imediato; órgão de deliberação coletiva.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição; Art. 173 O funcionário vinculado ao regime desta Lei que
III - recusar fé a documentos públicos; acumular, licitamente, 02 (dois) cargos efetivos, quando
IV - opor resistência injustificada ao andamento de investido em cargo de provimento em comissão, ficará
documento, processo ou execução do serviço; afastado de ambos os cargos efetivos, nos termos do § 2.º do
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no artigo 12 desta Lei.
recinto da repartição, ou tornar-se solidário a elas;
VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às Art. 174 O funcionário que se afastar de um dos cargos que
autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante ocupa poderá optar pela remuneração deste ou pela do cargo
manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do em comissão, na forma prevista no § 3.º do artigo 12 desta Lei.
Poder Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização
do serviço, em trabalho assinado; Seção III
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos Das Responsabilidades
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado; Art. 175 O funcionário responde civil, penal e
VIII - compelir ou aliciar outro funcionário no sentido de administrativamente pelo exercício irregular de suas
filiação a associação profissional, sindical ou partido político; atribuições.
IX - entreter-se nos locais e horas de trabalho em palestras,
leituras e outras atividades estranhas ao serviço; Art. 176 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo,
X - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando doloso ou culposo que resulte em prejuízo ao Erário ou a
solicitado; terceiros.
XI - manter ou permitir sob sua chefia imediata, em cargo § 1º. A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até Erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 64
o segundo grau civil; na falta de outros bens que assegurem a execução do débito
XII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de pela via judicial.
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; § 2º. Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá
XIII - enquanto na atividade, participar de diretoria, o funcionário perante a Fazenda Pública em ação regressiva,
gerência, administração, conselho técnico ou administrativo observado o disposto no artigo 64.
de empresa ou sociedade comercial ou industrial: § 3º. A obrigação de reparar o dano estende-se aos
a) contratante ou concessionária de serviço público sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
municipal; da herança recebida.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 177 A responsabilidade penal abrange os crimes e I - crime contra a Administração Pública;
contravenções imputados ao funcionário nesta qualidade. II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
Art. 178 A responsabilidade administrativa resulta de ato IV - improbidade administrativa;
omissivo ou comissivo, praticado no desempenho do cargo ou V - incontinência pública;
função. VI - insubordinação grave em serviço, observado a ressalva
prevista no inciso IV do artigo 169;
Art. 179 As sanções civis, penais e administrativas poderão VII - ofensa física, em serviço, a funcionário ou a particular,
cumular-se, sendo independentes entre si. salvo em legítima defesa ou defesa de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
Art. 180 A responsabilidade civil ou administrativa do IX - revelação de segredo apropriado em razão do
funcionário será afastada no caso de absolvição criminal que patrimônio municipal;
negue a existência do fato ou a sua autoria. X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
municipal;
Seção IV XI - corrupção;
Das Penalidades XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas;
Art. 181 São penalidades disciplinares: XIII - transgressão dos incisos XI a XX do artigo 170.
I - advertência;
II - suspensão; Art. 188 Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal
III - demissão; de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que
IV - extinção de aposentadoria ou disponibilidade; se refere o artigo 199 notificará o funcionário, por intermédio
V - destituição de cargo em comissão e da função de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo
gratificada. improrrogável de 10 (dez) dias, contados da notificação, e, na
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para sua
Art. 182 O funcionário que deixar de atender, sem causa apuração e regularização imediata, cujo processo
justificada, qualquer exigência ou encargo regularmente administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes
determinado por autoridade competente, para cujo fases:
cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso o I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
pagamento de seu vencimento ou remuneração, até que seja comissão, a ser composta por 03 (três) funcionários estáveis,
cumprida essa exigência. indicando simultaneamente a autoria e a materialidade da
transgressão objeto da apuração;
Art. 183 Na aplicação das penalidades serão considerados II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa
a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que e relatório;
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias III - julgamento.
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. § 1º. A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á
pelo nome e matrícula do funcionário e a materialidade pela
Art. 184 A advertência será aplicada, por escrito, nos casos descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em
de violação das proibições constantes do artigo 170, incisos I a situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de
X, e da inobservância de dever funcional previsto em lei, vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do
regulamentação ou norma interna, que não justifique correspondente regime jurídico.
imposição de penalidade mais grave. § 2º. A comissão lavrará, dentro do prazo de 10 (dez) dias
após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação
Art. 185 A suspensão será aplicada em caso de reincidência em que serão transcritas as informações de que trata o
nas faltas punidas com a advertência e de violação das demais parágrafo anterior, bem como promoverá a citação do
proibições, que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de funcionário indiciado, pessoalmente ou por intermédio de sua
demissão, não podendo exceder a 30 (trinta) dias. chefia imediata, para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar
§ 1º. Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na
funcionário que, injustificadamente, recusar-se a ser repartição, observado o disposto nos artigos 223 e 224.
submetido a inspeção médica determinada pela autoridade § 3º. Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez conclusivo dentro do prazo de 10 (dez), quanto à inocência ou
cumprida a determinação. à responsabilidade do funcionário, em que resumirá as peças
§ 2º. Quando houver conveniência para o serviço, a principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, à em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o
base de 50% (cinquenta por cento) por dia do vencimento ou processo à autoridade instauradora, para julgamento.
remuneração, ficando o funcionário obrigado a permanecer § 4º. No prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento
em serviço. do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3.º do artigo
Art. 186 Serão desconsiderados os registros das 227.
penalidades de advertência e de suspensão após o decurso de § 5º. A opção pelo funcionário, até o último dia de prazo
03 (três) e 05 (cinco) anos, respectivamente, de efetivo para defesa, configurará sua boa-fé, hipótese em que
exercício, se o funcionário não houver, neste período, converter-se-á, automaticamente, em pedido de exoneração
praticado nova infração disciplinar. do outro cargo.
Parágrafo único. A desconsideração da penalidade não § 6º. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
surtirá efeitos retroativos, para a concessão de direito ou aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de
vantagem atribuída ao funcionário que não sofrer punição no aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos,
período legalmente delimitado. empregos ou funções públicas em regime de acumulação
ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação
Art. 187 A pena de demissão será aplicada nos seguintes serão comunicados.
casos:

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§ 7º. O prazo para a conclusão do processo administrativo Art. 198 A ação disciplinar prescreverá:
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá a 60 I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 30 destituição de cargo em comissão ou da função gratificada;
(trinta) dias, quando as circunstâncias o exigirem. II - em 02 (dois) anos, quanto à suspensão;
§ 8º. O procedimento sumário rege-se pelas disposições III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, § 1º. O prazo de prescrição começa a correr da data em que
subsidiariamente, as disposições dos títulos III e IV desta Lei. o fato se tornar conhecido.
§ 2º. Os prazos de prescrição previstos na lei penal
Art. 189 Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
do inativo que houver praticado, quando em atividade, falta como crime.
punível com a demissão. § 3º. A abertura de sindicância ou a instauração de
processo disciplinar suspende a prescrição, até a decisão final
Art. 190 A exoneração do ocupante de cargo em comissão proferida por autoridade competente.
não-integrante do Quadro Efetivo será obrigatoriamente § 4º. Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de correr pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar a
suspensão e demissão. interrupção.
Parágrafo único. Também será obrigatória a destituição do
cargo comissionado e da função gratificada do ocupante de Capítulo II
cargo efetivo, pela falta de exação no cumprimento do dever, DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
de benevolência ou negligência contributiva para a não- Seção I
apuração, no seu devido tempo, de infração perpetrada por Das disposições Gerais
outrem.
Art. 199 A autoridade que tiver ciência de irregularidade
Art. 191 A demissão ou a destituição de cargo em comissão, no serviço público é obrigada, sob pena de tornar-se
nos casos dos incisos I, IV, VIII, X e XI do artigo 187, implica na corresponsável, a promover a sua apuração imediata,
indisponibilidade dos bens e no ressarcimento do Erário, sem mediante processo administrativo, assegurada ao acusado
prejuízo da ação penal cabível. ampla defesa e/ou contraditório, pelos seguintes
procedimentos:
Art. 192 A demissão ou a destituição de cargo em comissão I - sindicância, ressalvado o disposto na parte final do
por infringência do artigo 170, incisos XII e XIV, inciso II:
incompatibiliza o ex-funcionário para nova investidura em a) como condição de imposição de pena, nos casos
cargo público, pelo prazo de 05 (cinco ) anos. passíveis e enquadráveis nos dispositivos referidos nos incisos
Parágrafo único. Não poderá retornar ao Serviço Público I a X do artigo 170;
Municipal o funcionário que for demitido ou destituído do b) como condição preliminar à instauração de processo
cargo em comissão por infringência do artigo 187, incisos I, IV, disciplinar, em caráter obrigatório, nos casos enquadráveis
V, VIII, X e XI. nos incisos XI a XX do artigo 170.
II - processo disciplinar, independentemente de
Art. 193 Configura abandono de cargo a ausência sindicância, quando a irregularidade for passível de aplicação
injustificada do funcionário ao serviço por mais de 30 (trinta) da penalidade prevista no artigo 187, ou quando a falta for
dias consecutivos. confessada, documentalmente provada ou manifestamente
evidente.
Art. 194 Verificado o abandono de cargo, a comissão, § 1º. Compete ao órgão administrativo supervisionar e
especificamente constituída, iniciará seus trabalhos, fazendo fiscalizar o cumprimento do disposto neste artigo.
publicar, em jornal de grande circulação local, o edital de § 2º. Constatada a omissão no cumprimento de obrigação
chamada do acusado, durante 03 (três) dias. (Redação dada a que se refere o caput deste artigo, o titular do órgão
pela Lei Complementar nº 472/2003) administrativo designará a comissão de que trata o artigo 201.

Art. 195 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao Art. 200 A apresentação das denúncias sobre
serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, irregularidades, para serem apuradas, deverá ser por escrito,
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses. contendo, preferencialmente, a identificação e o endereço do
denunciante, os necessários esclarecimentos sobre o fato
Art. 196 O ato de imposição da penalidade mencionará incriminado e o rol das testemunhas.
sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. § 1º. Quando o fato narrado não configurar evidente
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada,
Art. 197 As penalidades disciplinares serão aplicadas: por falta de objeto.
I - pelo Prefeito e pelo Presidente da Câmara Municipal, § 2º. A autoridade administrativa poderá arquivar a
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou denúncia quando verificar a ausência dos pressupostos de
disponibilidade de funcionário vinculado ao Serviço Público constituição e desenvolvimento exigidos no caput deste artigo.
Municipal, na esfera de cada Poder;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia Art. 201 O processo administrativo, nas modalidades de
imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso I, sindicância ou disciplinar, será conduzido por uma comissão
quando se tratar de pena de suspensão superior a 15 (quinze) composta de 03 (três) servidores estáveis, ocupantes de
dias; cargos efetivos, designados pela autoridade competente, que
III - pelo chefe da repartição e outra autoridade, na forma indicará, dentre eles, o seu presidente, o qual deverá ter cargo
dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de ou nível de escolaridade igual ou superior ao do acusado e ser,
advertência ou de suspensão de até 15 (quinze) dias; preferencialmente, bacharel em Direito, facultado o
IV - pelas autoridades mencionadas no inciso I, quando se acompanhamento de representante do SISMMAR. (Redação
tratar de destituição de cargo em comissão e da função dada pela Lei Complementar nº 472/2003)
gratificada.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 202 A comissão procederá a todas as diligências § 2º. Como ato preliminar ou no decorrer da sindicância,
necessárias, recorrendo, inclusive, a técnicos e peritos. poderá a comissão sindicante representar à autoridade
Parágrafo único. Os órgãos municipais atenderão com a competente, pedindo o afastamento preventivo previsto no
máxima presteza às solicitações da comissão, devendo artigo 206 desta Lei.
fundamentar expressamente a impossibilidade de
atendimento. Art. 208 Ultimada a sindicância, a comissão remeterá à
autoridade que a instaurou relatório que configure o fato, no
Art. 203 A comissão processante exercerá suas atividades qual indicará o seguinte:
com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo I - se é irregular ou não;
necessário à elucidação do fato ou ao interesse público. II - caso seja, quais os dispositivos violados;
III - se há presunção de autoria.
Art. 204 A inobservância dos prazos previstos para a § 1º. O relatório não deverá propor qualquer medida,
ultimação dos processos administrativos não acarretará a excetuada a abertura do processo administrativo disciplinar,
nulidade dos processos, sem prejuízo de regular apuração da limitando-se a responder os quesitos previstos neste artigo.
responsabilidade administrativa dos membros da comissão. § 2º. Da sindicância poderá resultar:
a) arquivamento do processo;
Art. 205 Serão assegurados transporte e diárias: b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão;
I - ao funcionário convocado para prestar depoimento fora c) instauração de processo disciplinar.
da sede de sua repartição, na condição de testemunha,
denunciado ou indiciado; Art. 209 Sempre que o ilícito praticado pelo funcionário
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de
obrigados a se deslocar da sede dos trabalhos para a realização 15 (quinze) dias, demissão, extinção de aposentadoria ou
de missão essencial ao esclarecimento de fatos. disponibilidade ou destituição de cargo em comissão ou
§ 1º. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo função gratificada, será obrigatória a instauração de processo
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros disciplinar.
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
§ 2º. As reuniões da comissão serão registradas em atas, Seção II
que deverão detalhar as deliberações adotadas. Do Processo Disciplinar
§ 3º. O funcionário não poderá declinar de atuar em
comissões, salvo por motivo de força maior. Art. 210 O processo disciplinar é o instrumento destinado
a apurar as responsabilidades de funcionário por infração
§ 4º. A atuação dos funcionários em processos praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha
administrativos será considerada, para efeitos da apuração do relação mediata com as atribuições do cargo em que se
merecimento, na concessão da progressão. encontre investido, quando configuradas de plano a autoria e
a prova da materialidade do ilícito.
Subseção I
Do Afastamento Preventivo Art. 211 O processo disciplinar se desenvolve nas
seguintes fases:
Art. 206 Como medida cautelar e a fim de que o funcionário I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
não venha a influir na apuração da irregularidade, a comissão;
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá II - produção de provas, demais atos de instrução, defesa e
ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo relatório;
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo de sua remuneração. III - julgamento.
§ 1º. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo,
findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído Art. 212 O prazo para a conclusão do processo disciplinar
o processo. não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data da
§ 2º. A suspensão preventiva é medida acautelatória e não publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
constitui pena. prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.
Subseção II
Da Sindicância Subseção I
Da Instauração
Art. 207 A sindicância será instaurada por ordem do
Prefeito ou do Presidente da Câmara Municipal, de Art. 213 O processo disciplinar será contraditório,
autoridades administrativas de hierarquia imediatamente assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos
inferior ou do titular do órgão da administração direta, meios e recursos admitidos em Direito.
indireta ou fundacional do Município a que estiver § 1º. Autuadas a portaria de instauração e demais peças
subordinado o funcionário, constituindo-se em peça ou fase do que a instruírem, inclusive cópia dos assentamentos
processo disciplinar, no caso de ser instaurado. funcionais do acusado, o presidente da comissão processante
§ 1º. A comissão de sindicância será constituída nos termos designará dia, hora e local para a audiência inicial.
do artigo 201 desta Lei e procederá às seguintes diligências: § 2º. O acusado será citado pessoalmente para ser
I - ouvirá o denunciante e as testemunhas arroladas na interrogado, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas)
denúncia, para esclarecimento dos fatos referidos na portaria horas.
de designação da comissão, bem como o acusado, se julgar § 3º. No instrumento de citação deverá constar o nome e
necessário para esclarecimento dos membros ou a bem de sua qualificação do denunciado, a irregularidade e o dispositivo
defesa, permitindo-lhe juntada de documentos e indicação de legal infringido, o direito de constituir defensor e de produzir
provas; as provas em geral, bem como o dia, hora e local da audiência
II - colherá as demais provas que houver, concluindo pela inicial.
procedência ou não da arguição feita contra o funcionário.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 214 Na hipótese de o relatório da sindicância concluir prazo de 15 (quinze) dias, assegurando-se-lhe vista do
que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade processo na repartição.
competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério § 2º. Havendo dois ou mais acusados, o prazo será comum
Público, independentemente da imediata instauração do e de 20 (vinte) dias.
processo disciplinar. § 3º. O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
para diligências reputadas indispensáveis.
Subseção II § 4º. No caso de recusa do acusado em apor o ciente na
Da Produção de Provas cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que
Art. 215 Na fase de produção de provas, a comissão fizer a citação, na presença de duas testemunhas.
promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de Art. 222 O acusado que mudar de residência fica obrigado
provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.
modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 223 Achando-se o acusado em lugar incerto e não
Art. 216 É assegurado ao funcionário o direito de sabido, será citado por edital, publicado no Órgão Oficial do
acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de Município e em jornal de circulação local, para apresentar
procurador legalmente constituído, arrolar e reinquirir defesa.
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
quesitos, quando se tratar de prova pericial. defesa será de 15 (quinze) dias, a partir da data da última
§ 1º. A comissão poderá denegar pedidos considerados publicação do edital.
impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos. Art. 224 Considerar-se-á revel o acusado que,
§ 2º. Será indeferido o pedido de prova pericial quando a regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
comprovação do fato independer de conhecimento especial de § 1º. A revelia será declarada, por termo, nos autos do
perito. processo e devolverá o prazo para a defesa.
§ 2º. Para defender o acusado revel, a autoridade
Art. 217 Após interrogado o acusado, as testemunhas de instauradora do processo designará um funcionário como
acusação e o denunciante serão intimados a depor, mediante defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos ou superior ao do acusado.
autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for funcionário público, Art. 225 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório
a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e da mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
hora marcados para a inquirição. convicção.
§ 1º. O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência
Art. 218 O depoimento será prestado oralmente e reduzido ou à responsabilidade do funcionário.
a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. § 2º. Reconhecida a responsabilidade do funcionário, a
§ 1º. As testemunhas serão inquiridas separadamente. comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
§ 2º. Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes. atenuantes.
§ 3º. O benefício da dúvida aproveitará ao acusado.
Art. 219 Concluída a inquirição das testemunhas, a
comissão intimará o acusado para apresentar o rol de Art. 226 O processo disciplinar, com o relatório da
testemunhas de defesa, no prazo de 10 (dez) dias, observados comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
os procedimentos previstos nos artigos 223 e 224. instauração, para julgamento.
§ 1º. No caso de mais de um acusado, cada um deles será
ouvido separadamente e, sempre que divergirem em suas Subseção III
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a Do Julgamento
acareação entre eles.
§ 2º. O procurador do acusado poderá assistir ao Art. 227 No prazo de até 30 (trinta) dias, contados do
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, sua decisão.
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do § 1º. Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
presidente da comissão. autoridade instauradora do processo, este será encaminhado
à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
Art. 220 Quando houver dúvida sobre a sanidade mental § 2º. Havendo mais de um acusado e diversidade de
do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a
ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual imposição da pena mais grave.
participe, pelo menos, um médico psiquiatra. § 3º. Se a penalidade prevista for a demissão ou a cassação
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será da aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às
processado em auto apartado e apenso ao processo principal, autoridades de que trata o inciso I do artigo 197.
após a expedição do laudo pericial. § 4º. Reconhecida pela comissão a inocência do
funcionário, a autoridade instauradora do processo
Art. 221 Tipificada a infração disciplinar, será formulada a determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente
indiciação do funcionário, com a especificação dos fatos a ele contrária às provas dos autos.
imputados e das respectivas provas.
§ 1º. O acusado será citado, por mandado expedido pelo Art. 228 O julgamento se baseará no relatório da comissão,
presidente da comissão, para apresentar defesa escrita, no salvo quando contrário às provas dos autos.

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Parágrafo único. Quando o relatório da comissão Art. 239 A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias
contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou quando as circunstâncias o exigirem.
isentar o funcionário de responsabilidade.
Art. 240 Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora,
Art. 229 Verificada a ocorrência de vício insanável, a no que couber, as normas e procedimentos próprios da
autoridade que determinou a instauração do processo ou comissão do processo disciplinar.
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade total ou
parcial e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra Art. 241 O julgamento do processo revisional caberá ao
comissão, para a instauração de novo processo. Prefeito ou Presidente da Câmara.
§ 1º. O julgamento fora do prazo legal não implica em Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 30
nulidade do processo. (trinta) dias, contados do recebimento do processo, no curso
§ 2º. A autoridade julgadora que der causa à prescrição de do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
que trata o artigo 198, § 1.º, será responsabilizada na forma
desta Lei. Art. 242 Julgada procedente a revisão, será declarada sem
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
Art. 230 Extinta a punibilidade pela prescrição, a direitos do funcionário, exceto em relação à destituição de
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
assentamentos individuais do funcionário. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
resultar agravamento de penalidade.
Art. 231 Quando a infração estiver capitulada como crime
contra a Administração Pública, tipificada no Código Penal, o TÍTULO IV
processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para Capítulo
instauração da ação cabível, ficando seu traslado na repartição. DAS INDENIZAÇÕES

Art. 232 O funcionário que responder a processo Art. 243 O desligamento do funcionário do Serviço Público
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado Municipal só será efetivado nos termos previstos neste
voluntariamente após a conclusão do processo e o Estatuto, devidas as seguintes verbas rescisórias:
cumprimento da penalidade, acaso aplicada. I - na exoneração, a pedido, de funcionário com menos de
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o 12 (doze) meses de serviço:
artigo 50, parágrafo único, inciso I, o ato será convertido em a) saldo de salário;
demissão, se for o caso. b) gratificação natalina, à razão de 1/12 (um doze avos)
por mês trabalhado.
Subseção IV II - na exoneração, a pedido, de funcionário com 12 (doze)
Da Revisão do Processo meses ou mais de serviço, na exoneração de ofício, na
aposentadoria e no falecimento:
Art. 233 O processo disciplinar poderá ser revisto, a a) saldo de salário;
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem b) gratificação natalina;
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a c) férias vencidas;
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. d) férias proporcionais, à razão de 1/12 (um doze avos)
§ 1º. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento por mês trabalhado;
do funcionário, qualquer pessoa da família poderá requerer a e) 1/3 (um terço) de férias.
revisão do processo. III - na demissão:
§ 2º. No caso de incapacidade mental do funcionário, a a) saldo de salário;
revisão será requerida pelo respectivo curador. b) férias vencidas;
§ 3º. A revisão prescreverá após exauridos os prazos c) 1/3 (um terço) de férias.
estabelecidos pelo artigo 163. § 1º. Para os efeitos deste artigo, será considerado como
mês trabalhado a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias.
Art. 234 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao § 2º. As indenizações serão calculadas com base na
requerente. remuneração do mês em que for efetivado o pagamento,
computada a média dos últimos doze meses das verbas
Art. 235 A simples alegação de injustiça da penalidade não variáveis.
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a inocência Art. 244 O funcionário em débito com o Erário, que for
do punido ou a inadequação da penalidade aplicada, não demitido, exonerado ou que tiver a sua aposentadoria ou
apreciados no processo originário. disponibilidade extinta, terá o prazo de até 60 (sessenta) dias
para quitar o saldo do quantum que exceder aos valores a que
Art. 236 O requerimento de revisão de processo será fizer jus.
encaminhado ao dirigente do órgão ou entidade onde se Parágrafo único. A não-quitação de débito no prazo
originou o processo disciplinar. previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.
Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão
ou entidade providenciará a constituição da comissão, na TÍTULO V
forma do artigo 201 desta Lei. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Capítulo I
Art. 237 É impedido de funcionar na revisão quem tenha DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
composto a comissão do processo a ser revisado.
Art. 245 Consideram-se dependentes do funcionário, além
Art. 238 A revisão correrá em apenso ao processo do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que, comprovadamente,
originário. vivam a suas expensas e constem de seu assentamento
individual.

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§ 1º. Para efeito deste artigo, a dependência econômica fraudulento para auferir qualquer direito ou benefício previsto
será determinada pela ausência de atividade remunerada e/ou nesta Lei, sujeitar-se-á às respectivas sanções penais.
recebimento de importância igual ou superior ao valor do Parágrafo único. Se o ato for praticado por funcionário,
salário mínimo vigente no País. será considerado como falta grave, para efeito das penalidades
§ 2º. Para fins de inscrição de dependentes junto à estabelecidas neste Estatuto.
instituição previdenciária municipal, deverão ser atendidos os
requisitos da lei específica. Art. 254 Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos
nesta Lei.
Art. 246 Os valores de direitos e benefícios previstos nesta Parágrafo único. Não se computará no prazo o dia inicial,
Lei serão pagos diretamente ao funcionário, salvo em caso de prorrogando-se para o primeiro dia útil posterior o
ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou ponto
locomoção, quando será pago a procurador, cujo mandato não facultativo.
terá prazo superior a 06 (seis) meses, podendo ser renovado
ou revalidado pelo órgão competente do Município. Art. 255 São isentos de taxas, emolumentos ou custas os
Parágrafo único. O procurador do funcionário deverá requerimentos, certidões e outros papéis que, na esfera
firmar, perante o órgão competente, termo de administrativa, interessem ao funcionário municipal, ativo ou
responsabilidade, mediante o qual se comprometa a inativo, nesta qualidade.
comunicar ao Município qualquer evento que possa anular a
procuração, principalmente o óbito do outorgante, sob pena de Art. 256 É vedado exigir atestado de ideologia como
incorrer nas sanções criminais cabíveis. condição de posse ou exercício em cargo público.

Art. 247 Não poderão ser procuradores: Art. 257 Ao funcionário público municipal é assegurado,
I - os funcionários públicos municipais, salvo se parentes nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação
até o segundo grau; de classe ou sindical.
II - os incapazes para os atos da vida civil, ressalvado o Parágrafo único. O direito de greve será exercido
disposto no artigo 1298 do Código Civil Brasileiro. estritamente nos termos e limites definidos em lei federal que
venha a regulamentar o prescrito na Constituição Federal.
Art. 248 Os valores devidos a funcionário ou dependente
civilmente incapaz serão pagos ao cônjuge, pai, mãe, tutor ou Art. 258 A presente Lei aplicar-se-á aos funcionários da
curador, admitindo-se, na sua falta e por período não-superior Câmara Municipal, cabendo ao Presidente desta as atribuições
a 06 (seis) meses, o pagamento a herdeiro necessário, reservadas ao Prefeito Municipal, quando for o caso.
mediante termo de compromisso firmado no ato do
recebimento. Art. 259 O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado
ao funcionário público municipal.
Art. 249 Os valores não recebidos em vida pelo funcionário
somente serão pagos a seus dependentes habilitados à pensão Art. 260 O horário de trabalho nas repartições municipais
por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores, na forma da será fixado por decreto do Prefeito Municipal e, na Câmara
lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento. Municipal, por resolução do Presidente do Poder Legislativo.

Art. 250 Os débitos para com a Fazenda Pública do Art. 261 O Prefeito Municipal baixará, por decreto, dentro
funcionário que vier a falecer, após regular procedimento, de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de publicação
serão inscritos em dívida ativa, respondendo os herdeiros pelo desta Lei, os regulamentos necessários à sua execução.
respectivo pagamento, até o limite da herança recebida. Parágrafo único. Até que sejam expedidos os atos de que
trata este artigo, continuará em vigor a regulamentação
Art. 251 Para todos os efeitos previstos nesta Lei e em existente, excluídas as disposições que conflitem com as da
outras leis municipais, os exames de sanidade física e mental presente Lei, modifiquem-na ou, de qualquer forma, impeçam
serão obrigatoriamente realizados por médico do Município, o seu integral cumprimento.
ou por este credenciado.
§ 1º. Em casos especiais, atendendo à natureza da Art. 262 Independentemente de novo pronunciamento por
enfermidade, a autoridade municipal poderá designar junta parte do Governo Municipal, incorporar-se-ão como peça
médica para proceder ao exame, dela fazendo parte, desta Lei as normas pertinentes ao funcionário municipal que
obrigatoriamente, o médico do Município, ou por este forem baixadas pela Administração Federal, desde que haja
credenciado. referência expressa.
§ 2º. Os atestados médicos concedidos aos funcionários
municipais, quando em tratamento fora do município, terão Capítulo II
sua validade condicionada à ratificação posterior pelo médico DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
do Município.
Art. 263 Ficam submetidos ao regime previsto nesta Lei os
Art. 252 Para efeitos desta Lei, constitui ato de funcionários da Administração Direta, Indireta e Fundacional
improbidade administrativa, importando em enriquecimento do Município de Maringá.
ilícito, auferir qualquer vantagem patrimonial indevida em
razão do exercício do cargo, mandato, função, emprego ou Art. 264 Os funcionários celetistas abrangidos pela Lei
atividade em órgão público, sujeito às penalidades desta Lei e, Complementar nº 06, de 26 de março de 1993, por ocasião da
em especial, da Lei Federal nº 8.429, de 02 de junho de 1992, aposentadoria, terão incorporados aos respectivos proventos
e suas alterações. as verbas trabalhistas recebidas, observados os critérios
estabelecidos por esta Lei.
Art. 253 O agente público, servidor ou dependente que, de § 1º. O pessoal integrante do Quadro Próprio do Magistério
qualquer forma, obter ou tentar obter para si ou para outrem que implementar a condição de aposentadoria antes da
vantagem ilícita, ou praticar qualquer ato por meio instituição do fundo específico, previsto na legislação federal
pertinente, terá incorporado aos respectivos proventos as

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horas suplementares, de forma proporcional ao tempo em que Serão instituídas funções gratificadas destinadas a atender
as exerceu, e calculadas com base no tempo de serviço exigido encargos de direção, chefia, assessoramento e assistência
para a concessão da aposentadoria. técnicos, secretariado e outros similares, para cujo
§ 2º. Os funcionários já aposentados sem a incorporação desempenho não seja permitida a criação de cargo em
prevista neste artigo terão direito à imediata revisão dos comissão.
respectivos proventos. ( ) Certo
( ) Errado
Art. 265 Aos funcionários de que trata o artigo anterior, já
aposentados pelo regime celetista no momento da alteração 02. Acerca do que dispõe o Estatuto Funcionário Público
do regime, aplicar-se-ão as disposições previstas pela do Município de Maringá, julgue o item abaixo:
legislação federal pertinente, quando das respectivas
aposentadorias e/ou desligamento do Serviço Público O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício
Municipal. serão registrados no assentamento individual do funcionário.
( ) Certo
Art. 266 Preenchidos os requisitos constitucionalmente ( ) Errado
estabelecidos, independe de carência a aposentadoria do
funcionário que estava sujeito ao regime celetista no momento 03. Acerca do que dispõe o Estatuto Funcionário Público
da instituição do regime jurídico único. do Município de Maringá, julgue o item abaixo:
Parágrafo único. A ausência da contribuição prevista no
artigo anterior será suprida pelo repasse, à Seguridade Social São estáveis, após 02 (dois) anos de efetivo exercício, os
do Funcionário Municipal, das verbas resultantes da funcionários nomeados em virtude de concurso público.
compensação dos valores das respectivas contribuições para a ( ) Certo
Previdência Oficial, na forma prevista pelo § 2.º do artigo 202 ( ) Errado
da Constituição Federal.
04. Acerca do que dispõe o Estatuto Funcionário Público
Art. 267 A licença-prêmio prevista no artigo 127 desta Lei do Município de Maringá, julgue o item abaixo:
será também concedida aos servidores estatutarizados,
contada a partir de 1.º de dezembro de 1992, para fins de gozo, Progressão é a passagem do funcionário de um nível para
ou computada em dobro para a conversão em tempo de outro, no mesmo cargo, operando-se a cada dois anos de
serviço. efetivo exercício, por merecimento e/ou antiguidade,
apurados segundo critérios objetivos.
Art. 268 O professor integrante da Rede Municipal de ( ) Certo
Ensino, não-vinculado ao Fundo de Valorização do Magistério, ( ) Errado
instituído pela legislação federal pertinente, nomeado para
cargo de direção mediante processo eletivo, terá incorporado 05. Acerca do que dispõe o Estatuto Funcionário Público
aos respectivos proventos de aposentadoria a remuneração do do Município de Maringá, julgue o item abaixo:
referido cargo, desde que exercido pelo período de 60
(sessenta) meses, consecutivos ou não. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, na
forma da lei, o funcionário estável ficará em disponibilidade,
Art. 269 O órgão administrativo viabilizará as medidas que com remuneração proporcional.
se fizerem necessárias para a fiel execução desta Lei. ( ) Certo
( ) Errado
Art. 270 A legislação municipal superveniente
compatibilizará o quadro de pessoal e a estrutura Respostas
organizacional existentes ao disposto nesta Lei e à reforma
administrativa que se fizer necessária. 01. Certo. / 02. Certo. / 03. Certo. / 04. Certo. /
05. Errado.
Art. 271 A lei municipal que instituir o plano de carreira
para os funcionários da Administração Direta contemplará,
também, os funcionários da Administração Indireta e
Fundacional, de acordo com as suas respectivas
peculiaridades.

Art. 272 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,


gerando seus efeitos a partir de 1º de janeiro de 1999.

Art. 273 Revogam-se as disposições em contrário, em


especial as Leis Municipais nº 1.115/76, 1.301/79, 1.327/79,
1.504/81, 1.573/82 e 1.744/84, e Leis Complementares nº
07/93, 29/93, 41/94, 56/94, 111/95 e 212/97.

Questões

01. Acerca do que dispõe o Estatuto Funcionário Público


do Município de Maringá, julgue o item abaixo:

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