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Apostila EQ751

Operações Unitárias II

Material elaborado por:

Aline Carvalho da Costa

Liliane Maria Ferrareso Lona

Martín Aznar
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EQ751- Operações Unitárias II
FEQ/UNICAMP-Profª Aline C. da Costa

1-Revisão dos conceitos fundamentais de transferência de calor

Os processos de transferência de calor, extremamente importantes para a operação de


uma planta química, acontecem porque existe uma força motriz para este processo. Esta força
motriz é a diferença de temperatura entre dois corpos, que são uma fonte e um receptor de
calor. A transferência de calor pode ser descrita como o estudo das taxas de troca de calor
entre fontes e receptores de calor usualmente tratados independentemente.
Existem três mecanismos diferentes de transferência de calor de uma fonte para um
receptor, embora na maior parte das aplicações na engenharia ocorram combinações de dois
ou três destes modos. Estes mecanismos denominam-se condução, convecção e radiação.

Figura 1.1
Na condução ocorre a transmissão de calor através de um material fixo tal como a
parede mostrada na figura 1.1. Se existe um gradiente de temperatura no corpo, ocorre uma
transferência de energia da região de alta temperatura para a região de baixa temperatura.
Suponha que exista uma fonte de calor sobre a face esquerda da parede. O fluxo de calor por
hora por área superficial da parede é proporcional à variação de temperatura através da parede
com sinal oposto. Se T é a temperatura em qualquer parte da parede e x é a espessura da
parede na direção do fluxo de calor, a quantidade de calor que flui será dada por:

dT
q" = −k Btu/ft2 h ou W/m2 (1.1)
dx

A equação 1.1 é a forma unidimensional da lei de Fourier da condução de calor e


define o fluxo de calor. Na verdade o fluxo de calor é uma quantidade vetorial, ou seja, existe
fluxo de calor nas três dimensões. O termo dT/dx chama-se gradiente de temperatura e o sinal
negativo aparece quando convencionamos definir x=0 na face da parede com temperatura
mais alta e x=X na face de temperatura mais baixa, já que o calor flui no sentido de
temperatura decrescente.
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A constante de proporcionalidade, k, é característica dos processos de transmissão de


calor por condução e é chamada de condutividade térmica. Suas unidades são W/m K ou
J/m s K ou Btu/ h ft ºF. A equação 1.1 é a equação de definição para a condutividade térmica
e, com base nesta definição, podem ser feitas medidas experimentais para a sua determinação.
As condutividades térmicas dos sólidos possuem um grande intervalo de valores numéricos
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dependendo do sólido ser um bom condutor de calor, tal como um metal, ou um mau
condutor, tal como o asbesto. Os materiais maus condutores de calor podem ser usados como
isolantes. Embora a condução de calor esteja usualmente associada com a transmissão de
calor através dos sólidos, ela também se aplica com limitações para gases e líquidos. A figura
1.2 mostra a faixa de variação de condutividades térmicas (figura retirada de Lienhard e
Lienhard, 2001). Vemos que k varia em um fator de aproximadamente 105 entre gases e
diamante na temperatura ambiente.
A transferência de calor por convecção ocorre quando um fluido em movimento tem
contato com uma superfície sólida em temperatura diferente, como, por exemplo, um líquido
escoando através de um tubo aquecido ou um gás frio escoando por um corpo quente, como
mostrado na figura 1.3. No caso descrito nesta figura, o fluido imediatamente adjacente ao
corpo forma uma camada fina, de velocidade reduzida, chamada de camada limite. O calor é
conduzido para esta camada, que o arrasta e, numa posição mais afastada, é misturado à
corrente. A transferência de calor por convecção depende do movimento da massa principal
(bulk) do fluido, diferentemente da condução, que está associada somente com o movimento
em escala molecular e atômica, podendo operar em um meio estacionário.

Figura 1.3

Uma distinção fundamental é feita entre dois modos de transferência de calor por
convecção, a convecção forçada e a convecção natural ou convecção livre. Na convecção
forçada o escoamento de fluido através da superfície de transferência de calor é imposto
externamente, como por exemplo, o escoamento de líquido através de um tubo induzido por
aplicação de diferença de pressão nas extremidades. Por outro lado, na convecção natural ou
livre não há escoamento imposto externamente, mas há um escoamento pela superfície de
transferência de calor causado pelo próprio processo de transferência de calor, em geral por
forças causadas por mudanças de densidade. Um exemplo clássico é uma lata contendo um
líquido frio e colocada em uma chama quente. O líquido do fundo da lata se aquece, tornando-
se menos denso do que antes devido à expansão térmica. O líquido adjacente ao fundo
também é menos denso do que a porção superior fria e se eleva, transmitindo seu calor no
processo de mistura à medida que ascende. Caso ocorra qualquer outra agitação, tal como a
produzida por um agitador, a transferência é por convecção forçada. É fácil ver que uma placa
de metal aquecida irá se resfriar mais rapidamente quando colocada em frente a um ventilador
(convecção forçada) do que quando exposta ao ar parado (convecção natural).
É importante lembrar que a transferência de calor convectiva incorpora a condução de
calor no fluido. Na verdade, se o fluido não fosse condutor não haveria transferência de calor
por convecção.
A transferência de calor por convecção pode ser descrita pela lei de Newton do
resfriamento:

q" = hdT (Btu/ft2 h ou W/m2) (1.2)


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A constante de proporcionalidade h é um termo influenciado pela natureza do fluido e


pela natureza da agitação e deve ser avaliada experimentalmente. É chamada de coeficiente de
transferência de calor ou de coeficiente de película, devido à sua relação com o processo de
condução na fina camada de fluido estacionário junto à superfície da parede. Suas unidades
são W/m2 K ou J/m2 s K ou Btu/ h ft2 ºF.
Em contraste com os mecanismos de condução e convecção, onde a energia é
transferida através de um meio natural, o calor pode também ser transferido em regiões onde
existe o vácuo perfeito. O mecanismo neste caso é a radiação. Todos os corpos emitem
energia constantemente por um processo de radiação eletromagnética. A intensidade deste
fluxo de energia depende da temperatura do corpo e da natureza da sua superfície. A maior
parte do calor que o atinge quando você senta em frente a uma lareira é energia radiante. A
energia radiante também é o que o aquece quando você anda no sol.
Objetos mais frios que o fogo ou o sol emitem muito menos energia porque a energia
emitida varia com a quarta potência da temperatura absoluta. Muito freqüentemente a emissão
de energia ou transferência de calor radiante a partir de objetos mais frios pode ser desprezada
em comparação com a convecção e condução. No entanto, processos de transferência de calor
que ocorrem em altas temperaturas ou com condução ou convecção anuladas por isolamentos
a vácuo, usualmente envolvem uma fração significativa de radiação.

Bibliografia do capítulo

• Kern, D., Process Heat Transfer, 1950. McGrawHill.


• Hewitt, G.F., G.L. Shires e T.R. Bott, Process Heat Transfer, 1994. CRC.
• Holman, J.P., Transferência de Calor, 1983. McGrawHill.
• Lienhard IV, J.H. e J.H. Lienhard V, A Heat Transfer Text Book, 2001. Cambridge
Phlogiston Press (Disponível em http://web.mit.edu/lienhard/www/ahtt.html)

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