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ItamarAugustoCautieroFranco
Governador
CelsoCastilhodeSouza
Secretário
MariadeFátimaChagasDiasCoelho
SecretáriaAdjunta
WillerHudsonPós
Presidente
Assessoria de Educação
e Extensão Ambiental – AEX
MirianCristinaDiasBaggio
Assessora
É com satisfação que a FEAM apresenta a vocês, agentes municipais, a 2ª edição do
ManualGestãoAmbientalMunicipalemMinasGerais.
Acreditamosqueaparceriacomosmunicípiostemumpapelfundamentalnoprocessode
gestãoambiental,poisénonívellocalqueseencontramosrecursosnaturaisemuitosdos
conflitosqueenvolvemsuaapropriação.
Ainda,éatravésdaparticipaçãodetodosossegmentosdacomunidadelocaledainserção
davariávelambientalnodesenvolvimentodasatividades,queosmunicípiospoderãorealizar
ações concretas em prol do desenvolvimento sustentável. Objetivamos um modelo de de-
senvolvimentoquepreconizeautilizaçãodosrecursosnaturais,nãoapenasparaasatisfação
dasnecessidadesdageraçãoatual,mastambémemsolidariedadecomasgeraçõesfuturas.
Estemanualreúneinformaçõesbásicassobreasprincipaisquestõesdagestãoambientalno
nívellocal,alémdeesclarecerdúvidassurgidasaolongodoprocessodeimplementaçãode
sistemasambientaislocaisnosmunicípiosmineiros,quecertamenteconstitui-senaexperiência
maisbemsucedidadopaís.
AFEAMvemrecebendodosmaisde300ConselhosMunicipaisdeMeioAmbienteinstalados
no Estado de Minas Gerais solicitações não apenas em relação à sua implementação, mas
também sobre seu funcionamento. Este Manual foi construído com base nessa riqueza de
informaçõesetemcomofinalidadeconstituir-seemmaisumaferramentaútilnagestãoambiental
local.
Estamoscertosdequeestematerialserádegrandevaliaparaodiaadiadotrabalhode
vocês.
CelsoMarcatto
JoséCláudioJunqueiraRibeiro
Colaboração
AnnelizePetres
AugustoHenriqueLioHorta
CelsoConstantinoMarques
MirianCristinaDiasBaggio
MônicaCampolinaDinizPeixoto
Colaboraçãoespecial-capítulo9
HelderNavesTorres
Revisão
CarolinaJacquesdeOliveira
Realização
FundaçãoEstadualdeMeioAmbiente–FEAM
AssessoriadeEducaçãoeExtensãoAmbiental-AEX
Projetográfico,diagramaçãoeilustrações
RubemFilho
Impressão
GráficaGeraes
Marcatto,Celso
M313g GestãoambientalmunicipalemMinasGerais/
CelsoMarcatto,JoséCláudioJunqueiraRibeiro.
Belo Horizonte:FEAM,2002.
96p.:il.
1
. Gestãoambiental. I.Ribeiro,JoséCláudioJunqueiraII.Título
CDU32:504
Este Manual foi elaborado com base nas palestras proferidas pelo pesquisador da FEAM
José Cláudio Junqueira Ribeiro no Seminário Gestão Ambiental Municipal,
ocorrido em São João del Rei, MG, em abril de 2001.
SUMÁRIO
1Introdução............................................................................................................................7
2GestãoAmbiental.................................................................................................................8
3GestãoAmbientalMunicipal..............................................................................................12
4AconstruçãodaAgenda21local......................................................................................17
5 ÓrgãoExecutivoMunicipaldeMeioAmbiente...............................................................26
6 ImportânciadaParticipaçãodaSociedadeCivil
noProcessodeGestãoAmbiental...................................................................................28
7 LicenciamentodeAtividadesPotencialmente
PoluidorasnoNívelMunicipal..........................................................................................29
8 InstrumentosdeGestãoAmbientalMunicipal.................................................................31
9 OrganizaçãodasreuniõesdoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente...........................37
10 DúvidasePerguntasmaisfreqüentessobreGestãoAmbientalMunicipal...................41
11FontesdeFinanciamento................................................................................................51
12 MinutadeLeiparacriaçãodoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente...........................59
13 ComentáriosàMinutadeLeiparacriaçãodo
ConselhoMunicipaldeMeioAmbiente.........................................................................64
14 MinutadoRegimentoInternodoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente......................68
15 ComentáriossobreaMinutadoRegimentoInternodo
ConselhoMunicipaldeMeioAmbiente-CMMA...........................................................74
16 MinutadeleiparacriaçãodoÓrgãoExecutivoMunicipaldeMeioAmbiente................75
17 MinutadeLeiMunicipaldePolíticaAmbiental...............................................................77
CDU32:504 18ReferênciasBibliográficas.............................................................................................85
19 Conheçaalgumasinstituiçõesquetrabalhamparapreservar,
protegererecuperaromeioambiente...........................................................................86
1 INTRODUÇÃO
A preocupação com os impactos ambientais decorrentes das atividades humanas faz
parte da história recente da sociedade moderna. Apesar dos avanços conseguidos nas
últimasdécadas,muitoaindarestaaserfeitoparaqueconsigamosefetivamenteconstruir
ummodelodedesenvolvimentosustentável.Modeloestequecontemplaanecessidadede
compatibilizarodesenvolvimentoeconômicoesocialcomapreservaçãoearecuperação
ambiental.
Omunicípiotemumimportantepapelnoprocessodegestãoambiental,napreservação
domeioambienteenocontroledasfontesdepoluiçãononívellocal.Estandomaispróximo
dosproblemaslocais,énelequeprimeirosesentemesses impactosambientais,sendo
também onde se apresentam as melhores condições para administrar esses conflitos e
construir uma proposta de gestão que contemple os interesses econômicos, sociais e
ambientaislocais.
Devido ao forte apelo que as questões ambientais despertam e às alternativas de
propostas de atuação dos municípios nessa área, muitos criaram ou estão criando seu
Sistema Municipal de Meio Ambiente, que é composto pelo Conselho Municipal de Meio
Ambiente–CMMAeórgãosexecutivosdaPrefeitura.
Oobjetivodestemanual,produzidopelaFundaçãoEstadualdoMeioAmbiente–FEAM,
édotarosorganismosdasprefeituras,câmarasdevereadores,secretariasmunicipais,
membros de Conselhos Municipais de Meio Ambiente – CMMA, técnicos, professores e
gruposdetrabalhoemeducaçãoambientaldeuminstrumentoquepermitaadiscussãoda
importânciaedopapeldosmunicípiosedaparticipaçãodasociedadecivilorganizadano
processodapromoçãodaqualidadeambiental,daqualidadedevidaedocontroledeatividades
potencialmentepoluidoras.
Pretende-seapontaralternativasepossíveisetapasparaaestruturaçãodeumConselho
MunicipaldeMeioAmbienteedeórgãosexecutivosmunicipaisdefiscalização,controlee
preservaçãoambiental,adaptadosàrealidademunicipal.Comele,busca-seapoiaros
municípiosnoprocessodeconstruçãodeumapolíticadegestãoambientalnonívellocal.
7
2 GESTÃO AMBIENTAL
Asatividadeshumanasgeramimpactosambientais.Essesimpactospodemsermaisou
menossignificativos,dependendodalocalização,dotipodeatividadedesenvolvidaedas
medidasmitigadorasimplementadas.
Omunicípioocupaumaposiçãoestratégicanamelhoriadaqualidadeambiental.Apesar
deseremfundamentais,osmunicípiosnãoestãosozinhos,nemisoladosnoprocessode
gestãoambiental.Elessãoparteintegrante,estandoinseridosemumsistemadegestão
ambientalqueenvolveosníveisFederal,EstadualeMunicipal.Éimportantequeogestor
municipal conheça como esses sistemas atuam como forma de desenvolver ações locais
integradasearticuladascomosdemaisníveisdoSistemadeGestãoAmbiental.
ALein.º6.938de1981,queestabeleceaPolíticaNacionaldoMeioAmbiente,constituiu
o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e o Conselho Nacional do Meio Ambiente
–CONAMA.OmodelodegestãodefinidonaLei,compostoporumórgãocentral,umórgão
colegiadocompoderesdeliberativoseórgãosexecutivos,estimulaaparticipaçãoda
sociedadecivil,acooperaçãoeinteraçãodosorganismosenvolvidoscomocontrolee
promoçãodamelhoriaambiental.Nelasãodefinidasasatribuiçõesecompetênciasdos
órgãoseentidadesquecompõemoSISNAMAnostrêsníveisdegoverno,Federal,Estadual
eMunicipal:
–Osórgãosfederaistêmcomoatribuiçãocoordenareemitirnormasgeraisparaaaplicação
dalegislaçãoambientalemtodoopaís,eolicenciamentoefiscalizaçãodeatividadescujos
impactosdiretosabranjamdoisoumaisEstados.
– Cabe aos órgãos municipais a condução da política ambiental local e o controle das
atividadesdeimpactolocal.
NoâmbitoFederal,oSistemaNacionaldoMeioAmbiente–SISNAMAécompostopelo:
8
– Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA: órgão consultivo e deliberativo.
– Ministério do Meio Ambiente – MMA: órgão central.
– Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA: órgão executor.
Naesferaestadualadota-seomesmomodelodesistemadefinidoparaaesferafederal
(compostoporumórgãocentral,órgãodeliberativoeórgãosexecutivos). NoEstadode
Minas Gerais, a ação dos órgãos governamentais em meio ambiente está centrada na
SecretariadeEstadodeMeioAmbienteeDesenvolvimentoSustentável–SEMAD.
É função da SEMAD:
“formularecoordenarapolíticaestadualdeproteçãodomeioambienteedegerenciamento
dosrecursoshídricos,bemcomoarticularaspolíticasdegestãodosrecursosambientais,
assegurandoodesenvolvimentodoEstadosemadestruiçãodanatureza”.
O Sistema de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais, coordenado pela SEMAD, é
compostopor:
Criadoem29deabrilde1977,compostoporrepresentantesgovernamentaisdaesfera
federal,estadualemunicipaledasociedadecivil.OCOPAM,órgãonormativo,colegiado,
paritário,consultivoedeliberativo,compoderesparaconcederlicençasambientais,é
subordinado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –
SEMAD. O COPAM é composto por sete câmaras especializadas:
-CâmaradePolíticaAmbiental;
-CâmaradeAtividadesIndustriais;
-CâmaradeAtividadesMinerárias;
-CâmaradeAtividadesdeInfra–Estrutura;
-CâmaradeAtividadesAgrossilvopastoris;
-CâmaradeProteçãodaBiodiversidadee
-CâmaradeRecursosHídricos.
EssasCâmaras,alémdaformulaçãodepolíticassetoriais,atuamnaelaboraçãode
9
normastécnicasparaaproteçãoambiental,concessãodelicençasambientaisparaatividades
potencialmentepoluidorasenojulgamentodosprocessosdeaplicaçãodepenalidades.
ÓrgãodeliberativoenormativocentraldoSistemaEstadualdeGerenciamentodeRecursos
Hídricos – SEGRH – MG, que se baseia na criação de Comitês de Bacias Hidrográficas,
instânciascolegiadasenormativas,compostasporrepresentantesdopoderpúblico,usuários
e por representantes da sociedade civil organizada, tendo como atribuição a gestão
participativadosrecursoshídricosnoEstado.
ResponsávelpelaAgendaMarrom,temporfinalidadeproporeexecutarapolíticade
proteção,conservaçãoemelhoriadomeioambientenoqueconcerneàprevençãoeàcorreção
dapoluiçãooudadegradaçãoambientalprovocadaporatividadesindustriais,mineráriase
deinfra-estrutura.
LinhasdeAção:
– Licenciamentoefiscalizaçãodeatividadesindustriaiseminerárias;
–Licenciamentoefiscalizaçãodeatividadesdeinfra-estruturadesaneamento,projetos
urbanísticos,rodoviaseenergia;
– Monitoramentodaqualidadedoar,daságuasedosolo;
– Educaçãoeextensãoambiental;
– Pesquisaedesenvolvimento.
ResponsávelpelaAgendaVerde,tendoopapeldecoordenareexecutaraPolíticaFlorestal,
deproteçãoàbiodiversidadeedaPescadoEstadodeMinasGerais.
LinhasdeAção:
–Proteçãoàbiodiversidade;
–Desenvolvimentoflorestalsustentável;
– Monitoramentoecontroledacoberturavegetal;
– Gestãodapescaeaquicultura;
– Licenciamento efiscalizaçãodeatividadesagrossilvopastoris;
– Educaçãoambiental.
10
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS – IGAM
Órgão responsável pela Agenda Azul, que envolve a gestão dos recursos hídricos,
preservaçãodaquantidadeequalidadedaáguanoEstadodeMinasGerais.
LinhasdeAção:
-ApoiooperacionalàexecuçãodaPolíticaEstadualdeRecursosHídricos;
-Implementaçãodosinstrumentosdegestãodosrecursoshídricos;
-Promoçãoeexecuçãodeestudoseprojetosdeconservaçãodaqualidadeedaquantidade
daságuas;
-Apoioeincentivoàmobilizaçãosocialparaumagestãocompartilhada,descentralizadae
integradadaságuas;
-Educaçãoeextensãoambiental;
-Superintendênciadoprocessodeoutorgaedesuspensãodedireitosdeusodaságuas
estaduais;
-Monitoramentodaqualidadedaságuas.
SecretariasouDepartamentosMunicipaisdeMeioAmbiente
11
3 GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
Omunicípiotemumimportantepapelnoqueserefereàgestãodomeioambiente.A
ConstituiçãoFederalBrasileira,de1988,estabeleceque:
Artigo23– “ÉcompetênciacomumdaUnião,dosEstados,doDistritoFederaledos
Municípios:
(...)
VI–protegeromeioambienteecombaterapoluiçãoemqualquerdesuasformas;
VII–preservarasflorestas,afaunaeaflora;”
(...)
Artigo30–“Competeaosmunicípios:
I–legislarsobreassuntosdeinteresselocal;
II–suplementaralegislaçãoestadualefederalnoquecouber1;”
(...)
AexemplodaorganizaçãoFederaleEstadual,ogovernomunicipaléestimuladoaconstituir
seu Sistema de Gestão Ambiental. Esse sistema também deve ser composto por um órgão
normativoedeliberativo,umoumaisórgãosexecutivoseporumconjuntodeinstrumentos
degestão.
Todomunicípioquepossuirórgãocolegiado,deliberativoenormativo–ConselhoMunicipal
deMeioAmbiente–eórgão(s)executivo(s)dapolíticaambientalmunicipal,estaráparticipando
do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA.
Esseórgão(ouórgãos)executivopoderáserexclu-
sivo,comoSecretariaouDepartamentoMunicipalde
MeioAmbiente,mastambémpoderásercompartilhado
comoutrasSecretariasouDepartamentosMunicipais,
desdequesuasatribuiçõesparaapreservaçãoeme-
lhoria do meio ambiente estejam previstas em lei
municipal.
Exemplos:
-DepartamentodeVigilânciaSanitáriaeMeioAmbiente
-DepartamentodeAgriculturaeMeioAmbiente
-DivisãodeMeioAmbienteeDesenvolvimentoUrbano
1
ÉimportanteressaltarqueosgovernosmunicipaisnãopodemcriarleisquecontrariemaquelasdefinidasnasesferasFederale
Estadual.Omunicípiotemautonomiaparadefinirleisquedetalhemalegislaçãoexistente;podendoinclusivesermaisrestritivoque
estas.
12
3.1 O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - CMMA
13
apresentadapeloexecutivoàCâmaradosVereadores.
O CMMA é um órgão da prefeitura, sem personalidade jurídica, em que seus membros
participamvoluntariamente.QuandoosmembrosdoCMMAdeliberamsobreumadeterminada
matéria,elesofazememproldamelhoriadaqualidadeambientaldomunicípio,nãodevendo
serremuneradosparaisso.OsConselheirosestãodesenvolvendoumaatividadepública
voluntária,nãosãoprestadoresdeserviçosàprefeitura.
OsconselheirosdoCMMA,sejamelesrepresentantesdasociedadeciviloudoPoder
Público, por exercerem uma atividade pública, respondem por seus atos não apenas
administrativamentemastambémcriminalmente,compenadedetençãodeumatrêsanos
emultaprevistanaLein.º9605de1998(CrimesAmbientais).
Sãorepresentantesdasociedadecivilmembrosde:organizaçõesnãogovernamentais;
entidadesambientalistas;associaçõesdebairro;clubesdeserviços;sindicatos;gruposde
mulheres, jovens, grupos da terceira idade; representantes das minorias e demais
organizações que tenham uma atuação de destaque dentro do município (Associação
Comercial,porexemplo).
OConselhoMunicipaldeMeioAmbientenãoéumorganismocriadopararealizarvistorias
com o objetivo de apurar denúncias de problemas ambientais. Não são os membros do
CMMAquedevemiraolocalparaapurardenúncias.Oexecutivoéquemdeveapurá-lase
enviarrelatóriotécnicoparaavaliaçãoejulgamentodoCMMA.CompeteaoConselhojulgar
combasenasavaliaçõestécnicasejurídicasrealizadaspelosórgãosexecutivos.
Da mesma forma, não cabe ao CMMA e a seus membros o papel de fiscais do meio
ambiente.Umórgãocolegiadonãotemafunçãodeprocederafiscalizaçãodireta.OCMMA
atuaemestreitavinculaçãocomoórgãoouórgãosexecutivosmunicipais.Étarefadesses
órgãosexecutivosfiscalizaratividadespotencialmentepoluidoras,recebereapurar
denúncias,lavrarautosdeinfração,elaborarparecereserelatóriostécnicos,montarprocessos
administrativosparasubsidiarasdecisõesdoCMMA.
Ao CMMA cabe deliberar sobre a concessão de licenças ambientais, aplicação de
advertênciaedemultas,suspensãoeembargosdeatividadesqueferemalegislaçãonoque
serefereaimpactosambientaislocais.Sendoassim,aSecretariadoMeioAmbienteou
órgãoexecutivoresponsávelpelomeioambiente,équemexecutaefiscalizaocumprimento
do que foi deliberado pelo CMMA. Nos casos em que se configure a omissão dos órgãos
executivos,oCMMAdeveagirsupletivamente,enestecasoatémesmofiscalizareapurar
denúncias.
ÉaconselhávelqueoConselhoMunicipaldeMeioAmbientetenha,definidoemlei,o
poderdepolíciaadministrativa.Éimportante,porém,nãoconfundirpoderdepolícia
administrativacompoderouforçapolicial.Poderdepolíciaadministrativasignificaqueo
CMMA tem poderes para deliberar sobre aplicação de multas, suspensão e embargo de
atividadespoluidoras,sendo aforça policial aquegaranteocumprimentodasdecisões.
Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente de Minas Gerais possuem dois
representantesnoConselhoEstadualdePolíticaAmbiental–COPAM,umrepresentantedo
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ladodasociedadecivileoutrodoladodoPoderPúblico.ÉimportantequeosConselheirosdo
CMMA conheçam e mantenham contato com esses representantes, como forma de garantir
umfluxodeinformaçõessobreasprincipaisdiscussõesedecisõesqueestãosendotomadas
na esfera estadual. Esses representantes se constituem em canais que os CMMAs podem
utilizarparaencaminharsuasreivindicaçõesenecessidadesaoCOPAM.
Dependendodarealidadeedanecessidadedecadamunicípio,oConselhoMunicipalde
MeioAmbientepodeter,definidasemleimunicipal,competênciascomo:
I–formularasdiretrizesparaapolíticamunicipaldomeioambiente,inclusivepara
atividadesprioritáriasdeaçãodomunicípioemrelaçãoàproteçãoeconservaçãodomeio
ambiente;
Il–propornormaslegais,procedimentoseações,visandoadefesa,conservação,
recuperaçãoemelhoriadaqualidadeambientaldomunicípio,observadaalegislaçãofederal,
estadualemunicipalpertinente;
III–exerceraaçãofiscalizadoradeobservânciaàsnormascontidasnaLeiOrgânica
Municipalenalegislaçãoaqueserefereoitemanterior;
IV–obtererepassarinformaçõesesubsídiostécnicosrelativosaodesenvolvimento
ambientalaosórgãospúblicos,entidadespúblicaseprivadaseacomunidadeemgeral;
V–atuarnosentidodaconscientizaçãopúblicaparaodesenvolvimentoambiental
promovendoaeducaçãoambientalformaleinformal,comênfasenosproblemasdomunicípio;
Vl–subsidiaroMinistérioPúbliconoexercíciodesuascompetênciasparaaproteçãodo
meioambienteprevistasnaConstituiçãoFederalde1988;
Vll – solicitar aos órgãos competentes o suporte técnico complementar às ações
executivasdomunicípionaáreaambiental;
Vlll–proporacelebraçãodeconvênios,contratoseacordoscomentidadespúblicase
privadasdepesquisasedeatividadesligadasaodesenvolvimentoambiental;
IX–opinar,previamente,sobreosaspectosambientaisdepolíticas,planoseprogramas
governamentaisquepossaminterferirnaqualidadeambientaldomunicípio;
X–apresentaranualmentepropostaorçamentáriaaoExecutivoMunicipal,inerenteao
seufuncionamento;
XI–identificareinformaràcomunidadeeaosórgãospúblicoscompetentes,federal,
estadualemunicipal,sobreaexistênciadeáreasdegradadasouameaçadasdedegradação;
Xll–opinarsobrearealizaçãodeestudoalternativosobreaspossíveisconseqüências
ambientaisdeprojetospúblicosouprivados,requisitandodasentidadesenvolvidasas
informaçõesnecessáriasaoexamedamatéria,visandoacompatibilizaçãododesenvolvimento
econômicocomaproteçãoambiental;
XIII–acompanharocontrolepermanentedasatividadesdegradadorasepoluidoras,de
15
modoacompatibilizá–lascomasnormasepadrõesambientaisvigentes,denunciandoqualquer
alteraçãoquepromovaimpactoambientaloudesequilíbrioecológico;
XIV–receberdenúnciasfeitaspelapopulação,diligenciandonosentidodesuaapuração
juntoaosórgãosfederais,estaduaisemunicipaisresponsáveisesugerindoaoPrefeito
Municipalasprovidênciascabíveis;
XV–acionarosórgãoscompetentesparalocalizar,reconhecer,mapearecadastraros
recursosnaturaisexistentesnomunicípio,paraocontroledasaçõescapazesdeafetarou
destruiromeioambiente;
XVI–opinarnosestudossobreouso,ocupaçãoeparcelamentodosolourbano,posturas
municipais,visandoàadequaçãodasexigênciasdomeioambiente,aodesenvolvimentodo
município;
XVII–opinarquandosolicitadosobreaemissãodealvarásdelocalizaçãoefuncionamento
noâmbitomunicipaldasatividadespotencialmentepoluidorasedegradadoras;
XVIII–decidirsobreaconcessãodelicençasambientaisdesuacompetênciaeaaplicação
depenalidades,respeitadasasdisposiçõesdaDeliberaçãoNormativaCOPAMn.º01de22
demarçode1990(“MinasGerais”de4/4/90), daDeliberaçãoNormativaCOPAMn.º29de
9 de setembro de 1998 (“Minas Gerais” de 16/9/98) e da Resolução CONAMA n.º 237, de
19 de dezembro de 1997 (DOU, 22/12/97).
XIX – orientar o Poder Executivo Municipal sobre o exercício do poder de polícia
administrativanoqueconcerneàfiscalizaçãoeaoscasosdeinfraçãoàlegislaçãoambiental;
XX–deliberarsobrearealizaçãode AudiênciasPúblicas,quandoforocaso,visandoà
participaçãodacomunidadenosprocessosdeinstalaçãodeatividadespotencialmente
poluidoras;
XXI–proporaoExecutivoMunicipalainstituiçãodeunidadesdeconservaçãovisando
àproteçãodesítiosdebelezaexcepcional, mananciais,patrimôniohistórico,artístico,
arqueológico,paleontológico,espeleológicoeáreasrepresentativasdeecossistemas
destinadosàrealizaçãodepesquisasbásicaseaplicadasdeecologia;
XXII–responderaconsultasobrematériadesuacompetência;
XXIII–decidir,juntamentecomoórgãoexecutivodemeioambiente,sobreaaplicação
dosrecursosprovenientesdoFundoMunicipaldeMeioAmbiente,seexistente;
XXIV – acompanhar as reuniões das Câmaras do COPAM em assuntos de interesse do
município.
Comoformadeauxiliarosmunicípiosnoprocessodeconstituiçãode
CMMA,foramincluídosnestemanual,modelosdeminutadeleidecriação
do CMMA e minuta de regimento interno do CMMA.
16
4 A CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL
AConferênciadasNaçõesUnidassobreoMeioAmbienteeDesenvolvimento–Rio92,
ao adotar a Agenda 21 como um programa de ação para o próximo século, reconheceu
formalmenteanecessidadedemobilizaratoreslocais,regionaiseglobaisparapromovero
usoracionalderecursosnaturaiseabordaroprocessodedesenvolvimentosoboenfoqueda
sustentabilidade.
Assim,váriospaíses,estadosecidadesvêmelaborandosuasAgendas21regionaise
locais,voltadasparaodesenvolvimentosustentáveldemédioelongoprazo.AAgenda21
propõe transformações culturais e de valores, estimulando mudanças em padrões
insustentáveisdeproduçãoemconsumo,etambémpodesercaracterizadacomoreferência
parareflexõesepropostasnasáreasambientalesocial,constituindo-seaindaeminstrumento
paracaptarrecursosparaprojetosdedesenvolvimento.
Ao se propor uma Agenda 21 Local, estabelece-se um compromisso com um processo
participativoe descentralizado,paraquealongoprazo,abordagensepropostasalicontidas,
sejam internalizadas pela sociedade.Reconhece-se a importância de se iniciar essas
transformaçõespelosespaçosondeavidasocialacontece:ascomunidadeselocalidades–
ruraiseurbanas–oslocaisdetrabalhoedelazer,emnossoslares,emnossasrelaçõescom
amigosefamiliares,vizinhos.
Todos temos que assumir, em várias dimensões de nossas vidas, um compromisso com
essapropostadetransformaçãodevaloresemodosdevida,quenosdêesperançaesegurança
quantoaofuturodenossoPlanetaTerra –anossacasa.Paraissoéprecisopromoverum
amploprocessodeparticipação,descentralizandoasaçõeseresponsabilidadesparaque,a
longoprazo,asabordagensepropostascontidasnaAgenda21sejaminternalizadaspor
todosossetoresdasociedade,promovendo,assimumaverdadeiratransformaçãosocial.
AAgenda21deveresultardoesforçointegradodetodosossetoresegrupos,sejam
instituiçõespúblicaseprivadasouasociedadecivilorganizada,atravésdeiniciativase
projetosvoltadosparaamelhoriadaqualidadedevida,paraapromoçãododesenvolvimento
sustentáveleparaofortalecimentodacidadania.
17
O papel do Poder Público é fundamental como promotor dos processos de discussão,
organização, implementação e monitoramento da Agenda 21, em parceria com todos os
segmentosdasociedadecivil,buscandoatenderàsdemandasdasociedade.
AsautoridadeslocaisencarregadasdeorganizaraAgenda21LocalsãoosPrefeitos,os
Secretários Municipais e os Vereadores, que deverão estabelecer, juntamente com
representantesdosváriossegmentosdasociedade,mecanismosparagarantiraefetiva
participaçãodacomunidadenoprocesso.
Esses mecanismos são: a criação de Conselhos Municipais, promoção de debates e
audiênciaspúblicas,organizaçãodeFórunsegruposdetrabalhoparadiscussãoeelaboração
daAgenda21eaelaboraçãodePlanosdeAçãoqueviabilizemaspropostasdaAgenda21.
Como o desenvolvimento sustentável não considera apenas a variável ambiental, o
poderexecutivolocaldevedifundiresteconceitojuntoatodosossetoresdaAdministração
Municipal.
OConselhoMunicipaldeMeioAmbiente,quandoexistentenomunicípio,podeserum
espaçoimportanteparaasdiscussõessobreaAgenda21.
PerguntaseRespostassobreaAgenda21Local
Estasperguntasbaseiam-senomanual21PerguntaseRespostasParaVocêSaberMais
SobreaAgenda21Local,idealizadoeredigidopelaComissãoPró-Agenda21–Rio;éuma
adaptaçãoautorizada,realizadapelaFundaçãoEstadualdoMeioAmbientedeMinasGerais
–FEAMemAgostode1997(Agenda21Local:21perguntaserespostas/MárciaValadares
de Melo Franco e Mônica Campolina Diniz Peixoto. – 2ª ed. – Belo Horizonte; Fundação
Estadual do Meio Ambiente, 1997. 45 p.), e tem o objetivo de divulgar a Agenda 21 e
incentivaraçõesvoltadasparasuaimplementação,visandoàadequá-laàrealidadedoEstado
deMinasGerais.
AConferênciadeEstocolmorealizadaem1972foiaprimeirareuniãodasNaçõesUnidas
atratardasquestõesdeMeioAmbienteeadefinirosdireitosdahumanidadeaummeio
ambientesadioeprodutivo.ApósessaConferência,outrasreuniõespromovidaspelaONU
discutiramosdireitosdaspessoasàalimentaçãosuficiente,àhabitaçãodecente,àágua
potáveleaosmeiosdeescolhadadimensãodesuafamília.
Em1983,aONUcriouumacomissãoespecialeindependenteparaproporestratégiasde
longoprazoemmatériademeioambiente,visandoaassegurarodesenvolvimentosustentável.
OstrabalhosdessacomissãoresultaramnorelatórioNossoFuturoComum,publicadoem
1987,conhecidocomoRelatórioBrundtland.
Em1992foirealizadanoRiodeJaneiroaConferênciadasNaçõesUnidassobreMeio
AmbienteeDesenvolvimento,tambémchamadaConferênciadoRioouEco92.Essareunião
18
resultounaadoçãodeváriasconvençõeseprotocoloscomoaDeclaraçãodoRio,aDeclaração
dePrincípiossobreoUsodasFlorestas,oConvêniosobreaDiversidadeBiológica,a
Convenção sobre as Mudanças Climáticas e a Agenda 21.
ConsideradaomaisimportanteprotocolodaRio92,adotadapor178países,aAgenda
21 tem por finalidade reorientar o desenvolvimento em direção à sustentabilidade,
constituindo-senumplanodeaçãodemédioelongoprazos.
OstemasdaAgenda21estãoagrupadosem40capítuloseemquatroseçõesquetratam
de:
·aspectossociaiseeconômicos–asrelaçõesentremeioambienteepobreza,saúde,dívida
externa,consumoepopulação;
·conservaçãoeadministraçãoderecursos–asmaneirasdegerenciarrecursosfísicos
comoterra,mares,energiaelixo,paragarantirodesenvolvimentosustentável;
·fortalecimentodosgrupossociais–asformasdeapoioagrupossociaisorganizadose
minoritáriosquecolaboramparaasustentabilidade;
·meiosdeimplementação–financiamentoepapeldasorganizaçõesgovernamentaisenão
governamentais.
Emjunhode1997,oConselhodeDesenvolvimentoSustentáveldaONUavaliouoscinco
anos da Conferência do Rio e reforçou a importância de levarem as recomendações e
propostasdaAgenda21àaçãoprática.
AAgenda21Brasileirajáfoiconcluída.Maioresinformaçõespodemserobtidasnosite
do Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br.
19
3) O que é o desenvolvimento sustentável?
Comunidadesustentáveléaquelaque:
·nãodesperdiçarecursos;
·controlaapoluição;
·valorizaeprotegeanatureza;
·utilizarecursoslocaisnoatendimentoàsnecessidadeslocais;
·cuidadamoradia,alimentaçãoesaneamentobásico;
·ampliaasoportunidadesdetrabalho;
·valorizaotrabalhodoméstico;
·protegeasaúdedeseushabitantes,enfatizandoamedicinapreventiva;
·garanteoacessodetodosaotransportecoletivo;
·cuidadasegurançadapopulação;
·garanteaparticipaçãodocidadãonoprocessodedecisão;
·ampliaasoportunidadesdeeducação,lazererecreação;
·resgataavalorizaçãodohomem;
·orientaapopulaçãoparaoplanejamentofamiliar.
20
5) Quais são os indicadores de que uma comunidade está construindo o
desenvolvimento sustentável?
GovernoeSociedadefazemaAgenda21,aqualdeveresultardoesforçointegradode
todosossetoresegrupos,sejaminstituiçõespúblicaseprivadasouasociedadecivil
organizada,pormeiodeiniciativaseprojetosvoltadosparaamelhoriadaqualidadedevida,
paraapromoçãododesenvolvimentosustentáveleparaofortalecimentodacidadania.
Como a sociedade é formada por grupos que apresentam, algumas vezes, interesses
divergentes, os projetos devem contemplar as expectativas desses vários segmentos,
buscando, ao mesmo tempo, atender às demandas da comunidade como um todo.
O papel do Poder Público é fundamental como promotor dos processos de discussão,
organização, implementação e monitoramento da Agenda 21, em parceria com todos os
segmentosdasociedadecivil,buscandoatenderàsdemandasdetodaacomunidade.
21
Uma sociedade conscientizada sobre a Agenda 21 pode atuar cobrando ações do
Governo.
AsautoridadeslocaisencarregadasdeorganizaraAgenda21localsãoosPrefeitos,os
SecretáriosMunicipaiseaCâmaradeVereadores,quedeverãoestabelecer,juntamente
comrepresentantesdosváriossegmentosdasociedade,mecanismosparagarantiraefetiva
participaçãodacomunidadenoprocesso,cujosmecanismossãoacriaçãodeConselhos
Municipais;promoçãodedebateseaudiênciaspúblicas;organizaçãodefórunsougrupos
locais para discussão e elaboração da Agenda 21 e a elaboração de Planos de Ação que
viabilizemaspropostasdaAgenda21.
Como a questão do desenvolvimento sustentável não considera apenas a variável
ambiental,opoderexecutivolocaldevedifundiresseconceitoemtodosossetoresda
Administração Municipal, por meio da sensibilização simultânea ao envolvimento da
comunidade,dentrodeumavisãoglobaldotema.
Na definição das ações a serem implementadas, é importante contar com a efetiva
participaçãodosdeputadosestaduaisefederais,quetêmbasepolíticanomunicípioouna
região, estabelecendo um elo político e operacional no encaminhamento de projetos,
fortalecendosuainclusãonosplanosdegovernoenadefiniçãodosrespectivosorçamentos.
Osadministradoresmunicipaisdevemincentivarodesenvolvimentosustentáveldeforma
participativaedescentralizada,buscandoalternativasquepermitamoatendimentodesuas
necessidadeseconômicas,sociaiseambientais,porexemplo:
·reduçãododesperdíciodeenergianosprédiospúblicos;
·incentivoàreciclagemdepapeleoutrosmateriais;
·incentivoàotimizaçãodousodeenergiaemateriaisjuntoaosetorprivado;
·utilizaçãodeprodutosmenosprejudiciaisaomeioambiente;
·avaliaçãoefiscalizaçãodeimpactosambientaisdasiniciativaspúblicasouprivadasem
seuterritório;
·treinamentodasequipeslocaisparaoplanejamentoparticipativo;
·políticadecomprasambientalmenteadequada;
·investimentosnoSaneamentoAmbiental.
22
10) Para que serve a Agenda 21 local?
AAgenda21localpermitequeomunicípiodefina,pormeiodeumprocessocontínuode
compromissoseresponsabilidadescompartilhadas,asaçõesnecessáriaspara:
·melhoraraqualidadedevidadapopulação,respeitandoacidadaniaeoMeioAmbiente;
·implantarmelhoriasnaadministraçãodascidades,garantindoumfuturomelhorparaas
novasgerações;
·orientaraelaboraçãodosorçamentoslocaisparafinalidadeseaplicaçõesestratégicas,
usandomelhoredesperdiçandomenososrecursosorçamentárioseasreceitasmunicipais;
·ampliaraspossibilidadesdeparticipaçãodasociedadenadefiniçãodaspolíticas
municipais;
·orientarousoadequadodosrecursosnaturaiseasaçõeslocaisnabuscadodesenvolvimento
sustentável;
·melhoraradistribuiçãoderendanomunicípio.
AAgenda21constituiimportanteinstrumentodemobilizaçãosocialededemocratização
doprocessodecisórioaoampliaraparticipaçãodacomunidadenasdecisõesqueafetamsua
qualidadedevidaepormeiodelaacomunidadepodeparticiparnoplanejamentodosserviços
básicos –transporte,saúdepública,ensinoobrigatório,segurança,justiçaemelhoramento
dos espaços públicos – e opinar na destinação dos recursos orçamentários para esses
serviços.
AAgenda21proporcionaaoportunidadedediscussãoeanálisedetemasdeinteresse
quenecessitamdesoluções,priorizando-oseorganizandoumPlanodeAçãocomatividades
eprazosdefinidos.
23
Todos os esforços possíveis devem ser empreendidos para obter o compromisso
por parte das Autoridades Municipais e outras instâncias governamentais,
responsáveis pela integração e aplicação das recomendações do Plano de Ação
Estratégico nos processos formais de planejamento existentes. (ICLEI)
Acomunidadereúne-seemorganizaçõescomunitáriasnão-governamentais,instituições
religiosas,políticas,profissionaisouprodutivas.Essaparticipaçãopodeserinstitucionalizada
pormeiodeConselhosMunicipaisemqueestejampresentesrepresentantesdoGoverno,
dosempresáriosedasociedadecivilorganizada,constituindoespaçopolítico-participativo
capazdeinfluirnasdecisõesrelativasaofuturodacomunidade,dentrodeumaperspectiva
dedesenvolvimentodurável.
AdivulgaçãoeimplementaçãodaAgenda21edoprocessoparticipativoconstituirecurso
efatordemobilizaçãosocial.
24
Em cada município, o processo de organização da Agenda 21 terá peculiaridades
relacionadasasuaestruturapolítica,sócio-econômicaeaocontextoambientallocal.
A construção da Agenda 21 Local passa por etapas de informação, sensibilização,
divulgação,discussão,avaliaçãoeproposiçãodesoluçõesparaproblemasdiagnosticados,
priorizaçãodasaçõesnecessárias,identificaçãodeparceirosefontesdefinanciamento.
Não existe uma receita única para a Agenda 21. O importante é definirem-se os
objetivos a serem alcançados e garantir o processo participativo da sociedade na
sua elaboração.
25
5 ÓRGÃO EXECUTIVO MUNICIPAL
DE MEIO AMBIENTE
Comomencionadoanteriormente,parafazerpartedoSISNAMA,omunicípiodevecontar
comumorganismodecontroleepromoçãodaqualidadeambiental,colegiado,normativoe
deliberativo(CMMA)eórgão(s)executivo(s)dapolíticaambientalmunicipal(secretarias,
departamentos,divisões).
OórgãoexecutivomunicipaldemeioambienteatuaemestreitaarticulaçãocomoCMMA
etemcomofunçãoimplementarapolíticamunicipaldemeioambiente.
Nãoénecessárioquesejacriadaumasecretariaouumdepartamentoespecíficopara
tratardaquestãoambiental.Desdequedefinidaemlei,aadministraçãodomeioambiente
pode estar a cargo de qualquer organismo da estrutura do governo municipal. Essa
administraçãopodeinclusivesercompartilhadaporumconjuntodeórgãosdaprefeitura,
comoasSecretariasouDepartamentosdeSaúde,Agricultura,Desenvolvimento,Obras,etc.
Nessescasos,éfundamentalqueascompetênciasdecadaumdestesorganismos,noque
serefereàgestãoambiental,sejamclaramenteestabelecidasemlei.
Omunicípiotemautonomiaparadefinirascompetênciasdo(s)órgão(s)executivo(s)
municipal(is)demeioambiente.Atítulodeorientação,sãoapresentadosabaixoexemplos
depossíveiscompetências3:
-planejar,coordenar,executarecontrolaratividadesquevisemàproteção,conservaçãoe
melhoriadomeioambiente;
-formularpolíticasediretrizesdedesenvolvimentoambientalparaomunicípio,observadas
aspeculiaridadeslocais;
-formularasnormastécnicaselegaiseospadrõesdeproteção,conservação,preservação
erecuperaçãodomeioambiente,observadasaslegislaçõesfederaleestadual;
-desenvolveratividadesdeeducaçãoambientaleatuarnaformaçãodaconsciênciapública
sobreanecessidadedeproteger,melhorareconservaromeioambiente;
3
Nocapítulo16destemanualencontra-sedisponívelumarelaçãodetalhadadepossíveiscompetênciasdoórgãoexecutivomunicipal,
sobotítulodeMinutadeLeideCriaçãodeÓrgãoExecutivoMunicipaldeMeioAmbiente.Osmunicípiospodemutilizá-lacomoreferência
paraorganizarseuórgãoexecutivodemeioambiente.
26
-submeteràapreciaçãodoCMMAosparecerestécnicosejurídicoselaboradospeloórgão
executivoreferentesàautorização4 para instalação ou funcionamento de atividades
potencialmentepoluidorasedegradadorasdomeioambiente,bemcomoasproposiçõesde
aplicaçãodepenalidades;
-definirumconjuntodeindicadoresdequalidadeambientalnonívelmunicipal5. Analisar,
periodicamente,aevoluçãodaqualidadeambientaldomunicípio,tendocomobaseesses
indicadores.
ExemplosdeIndicadoresdeQualidadeAmbiental:
-Percentagemdapopulaçãoservidaporáguapotável;
-Evoluçãodaqualidadedaáguaderios,córregoselagoasdomunicípio,medidaatravésda
análiseperiódicadosníveisdecontaminaçãoporcoliformesfecais,DBO(demandabioquímica
deoxigênio),DQO(demandaquímicadeoxigênio),turbidez,sólidosemsuspensão,etc.;
-Percentagemderesíduossólidosurbanos(lixo)dispostosadequadamenteemrelaçãoao
totalderesíduosproduzidosnomunicípio;
-Percentagemderesidênciasatendidasporrededeesgoto;
-Percentagemdeesgotostratados;
-Númerodeárvoresporhabitante;
-Áreaverdeemm²porhabitante;
-Quantidadederesíduospercapitaprovenientesdavarriçãoderua;
-Númerodeagricultoresintoxicadosporagrotóxicosporano.
4
AsautorizaçõesseconstituemnosAlvarásqueaPrefeituraemiteparanormatizarasatividadesdesenvolvidasnomunicípio.
5
Entende-seporIndicadoresdeQualidadeAmbientalumconjuntodeíndicesquepossamsermedidosperiodicamente,visandoavaliar
aevoluçãodaqualidadeambientalmunicipal.Cadamunicípiodeveselecionarosindicadoresmaiscondizentescomasuarealidadeecom
osseusdesafiosnoqueserefereaosproblemasambientaislocais.
27
6 IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA
SOCIEDADE CIVIL NO PROCESSO DE
GESTÃO AMBIENTAL
UmSistemadeGestãoAmbientaltemcomopremissabásicaaparticipaçãodasociedade
civil e a transparência em seus processos de decisão. Os organismos encarregados da
gestão ambiental devem dar publicidade as suas deliberações, como forma de manter
informadaapopulação,empresasedemaisinteressados.Issoporque,agestãoambientalno
nívelmunicipalenvolveaconstruçãodeacordosentreopoderpúblico,indústria,comércioe
apopulaçãoemgeral.Umadasatividadescentraisdesteconjuntodeorganismoséade
administrarconflitoseconstruirumaproposta
de gestão que contemple os interesses
econômicos,sociaiseambientaislocais.
Estepactoserátantomaisconsistente
quantomaiorforaparticipaçãodasociedade
civilorganizada.
A diferença entre gestão e controle
ambiental é que enquanto este se faz pelo
poderdaforçalegal,agestãosefazpelopoder
daliderançaedaparticipação.
Alémdaparticipaçãodosconselheirosdo
CMMA, as reuniões deste organismo devem
ser públicas, abertas à participação de
qualquer pessoa. É aconselhável que re-
presentantes da sociedade civil estejam
envolvidosemtodooprocessodeconstrução
doSistemadeGestãoAmbientalMunicipal,
desdeoseuinício(elaboraçãodalegislação
municipaldemeioambiente).
28
7 LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES
POTENCIALMENTE POLUIDORAS
NO NÍVEL MUNICIPAL
ALeiFederaln.º6.938de1981dispõesobreacompetênciadaUniãoedosEstados
noqueserefereaoLicenciamentoAmbiental.Osmunicípiospodemedevemparticipardos
processosdelicenciamentoambientalnosníveisEstadualeFederal.Porém,acompetência
municipalparalicenciamentodeatividadespotencialmentepoluidorasseráapenaspara
aquelasconsideradasdeimpactoestritamentelocalouaquelasqueforemdelegadaspelo
EstadoaoMunicípioporinstrumentolegalouconvênio.
No caso do Estado de Minas Gerais, as atividades de competência estadual estão
detalhadas na Deliberação Normativa COPAM 01/1990. As atividades de porte inferior
àquelasalidescriminadaspodemserconsideradasdeimpactolocal,podendo,portanto,
seremobjetodelicenciamentoporpartedomunicípio.
Alguns exemplos de atividades que podem ser objeto de licenciamento por parte do
município:
-loteamentoexclusivooupredominantementeresidencialcujaáreatotalémenorque25
hectares;
-silviculturacujaáreaútiléinferiora100hectares;
-parcelamentodosoloruralparacriaçãodechácarasousítiosderecreio;
-cemitérios,oficinasmecânicas,padarias;
-comércioetransportedesucata;
-hotéis,motéis,pousadasousimilares;
-criaçãodeanimaisdemédioegrandeporte(suínos,ovinos,caprinos,bovinos,eqüinos,
muares),cujonúmerodecabeçassejainferiora500;
-laticínioscomprocessamentoabaixode5.000litros/dia;
-destilariasealambiquescomcapacidadeabaixode500litros/dia;
29
-armazenamentodeossosevísceras;
-retificaçãodecursosd’águacujaextensãoéinferiora2km;
-disposiçãoderesíduossólidosurbanos(lixo)abaixode3t/dia6;
-tratamentodeesgotocujavazãomédiaéinferiora10l/seg6;
-barragemdeirrigaçãoebarragemdesaneamentocujaáreainundadaéinferiora5hectares;
-atividadesdeextraçãodeareiasecascalhosparaempregoimediatonaconstruçãocivile
cujaproduçãomensalnãoexcedaa2.000m³.
-atividadesdeextraçãodeargilas,empregadasnafabricaçãodecerâmicavermelha,cuja
produçãomensalnãoexcedaa700t.
NocasoespecíficodepostosdegasolinanoEstadodeMinasGerais,emvirtudeda
Resolução Deliberativa CONAMA n.º 273 de 2001 e da Deliberação Normativa COPAM n.º
050de2001,essaatividadeestásendocadastradaelicenciadapeloÓrgãoEstadualFEAM/
COPAM.
6
Nocasoespecífico dadisposiçãofinaldosresíduossólidosurbanos(lixo)edosesgotosdomésticos,éimportanteacrescentarque,
seomunicípiopretendesebeneficiardoICMSEcológico,aLicençadeOperaçãodessesempreendimentosdevesernecessariamente
concedidapeloCOPAM.
30
8 INSTRUMENTOS DE GESTÃO
AMBIENTAL MUNICIPAL
Asprefeiturastêmemmãosinstrumentosmuitoimportanteseeficientesparaocontrole
e recuperação do meio ambiente no nível municipal. Muitas vezes, os instrumentos já
disponíveissãosuficientesparagarantirummeioambientesaudávelparaapopulação,caso
sejamimplementados.Antesdecriarnovosmecanismos,normaselegislaçõesénecessário
avaliarsealegislaçãoexistentejánãoésuficienteparaaquiloquesenecessita.São
exemplosdessesinstrumentos:
PlanoDiretor
-sistemaviárioeterminais;
-sistemadetransportes(rodoviário,ferroviário,hidroviário eaeroviário);
-densidadepopulacional,máximaemínima,emfasedainfra-estruturaurbanajáimplantada
easáreaspúblicasdisponíveis;
-sistemadedrenagemdeáguaspluviais,evitando-seaimpermeabilizaçãodosolo;
-meioambiente:preservaçãodemananciais,solo,faunaeflora;
-localizaçãopreferencialdeatividadeseconômicas:comércio,indústriaeserviços;
-níveisepadrõesadmissíveisdepoluiçãoambientalemrelaçãoaosrecursosnaturais;
-áreasparaocupaçãoeexpansãourbana;
-áreasparaparcelamentocompulsório;
-preservaçãodoPatrimônioHistóricoeArtístico;
-restriçãoaousodecertasatividades,objetivando oconfortoesegurançadocidadão;
-incentivoàpreservaçãocomisençãodeimpostosoucompensações;
-incentivoaousodeenergiasalternativas(solar,eólicaebiomassa);
-apontarcritériosparadefiniráreasdedestinodosresíduosdomésticos,industriais,
31
hospitalares,tóxicoseperigosos.
AsdiretrizesdoPlanoDiretordevemsercompatibilizadascomasnormasgeraisfixadas
emLeiFederalsobredesenvolvimentourbano,habitação,saneamentobásicoetransportes
(ConstituiçãoFederal,Art.21,incisosXIXeXX;Art.22,incisosI,IVeXIIeArt.24).
CódigodeObras
Éoinstrumentoquedisciplinaasedificações.Visagarantirascondiçõesmínimasde
higiene,confortoesegurançaparaasconstruções,tantopúblicasquantoprivadas.Ocódigo
deobrasdevedefinirnormasenvolvendocanalizaçãoetratamentodedespejosindustriais,
dimensionamentodossistemasdecoletaetratamentodeesgotosdomésticos,condições
desalubridade,ventilação,iluminação,instalaçãodeequipamentoscontraincêndios,pára-
raios,normasdeexecuçãodeobrasqueprotejamaarborizaçãourbanaeosequipamentos
públicos,coletaedisposiçãofinalderesíduossólidosurbanos,etc.
LeideUsoeOcupaçãodoSolo
TambémconhecidacomoLeideZoneamento.Éoinstrumentoqueestabeleceospossíveis
usosdosespaçoseascondiçõesparaasuaocupaçãoemáreasurbanas.Éomeiolegalde
estabelecerzonasespecíficasdeusodossolos,emfunçãodadensidadepopulacional,da
localização,finalidade,dimensãoedovolumedasconstruções,comoobjetivodegarantiro
atendimentodafunçãosocialdapropriedadeedacidade.Esseinstrumentopodedefinir
aindaaspossíveisáreasparaainstalaçãodeequipamentosparaodestinofinaldosresíduos
sólidoseparaotratamentodeesgotos.
LeideParcelamentodoSolo
Éoinstrumentoqueordenaadivisãodosolourbano,definindotamanhodelotese
percentagemdeáreaspúblicas.Devecontemplaraindaaproteçãodosoloduranteaexecução
deobrasdeloteamento,revegetaçãooupavimentação,adefiniçãodeporcentagemmínima
deáreasverdesdosempreendimentos,proteçãodasáreasdepreservaçãopermanentee
dasáreasdeinundação.
ALeideParcelamentodeSolosenvolvesomenteossolosurbanos.Oparcelamentodo
soloruralédecompetênciaexclusivadaUnião(Decreto–Lei57/66).
CódigodePosturasUrbanas
Estabeleceasformasdeutilizaçãodosespaçospúblicosecoletivos.OCódigodePosturas
definenormasparaaconstruçãodecalçadasepasseiospúblicos;disposiçãoderesíduos
32
sólidoselíquidosdomésticos,hospitalareseindustriais;coletaseletivadolixourbano;
arborizaçãopública,cortedeárvoresedesmatamento;canalizaçãoenormasdedescargade
esgotos; higiene pública e higiene dos alimentos nos estabelecimentos comerciais;
acondicionamentoderesíduossólidos(lixo),limpezaeconstruçãodecercasemterrenos
vazios;criaçãodeanimais,controledezoonoses,manipulaçãodeexplosivoseinflamáveis,
disciplinamentodoslocaisehoráriosparaatividadesqueproduzamíndicesdesonoridade
significativos,etc.
ZoneamentoAmbiental
OZoneamentoAmbientaléuminstrumentodegestãoquecontribuiparaevitaroureduzir
osconflitosgeradospelodesenvolvimentosimultâneodeatividadesimpactantesnuma
dadaregião.
Aoidentificaremapearasáreasrepresentativasdosecossistemas, elepermitea
qualificaçãodasdiversaszonas,indicandoasatividades,usosetiposdeocupaçãoque
devamserproibidos,condicionadosoupermitidos.Osdadostornampossívelreconhecera
realidadeambientalnaregiãoeestabelecermodosdeconvivênciadacomunidadecomo
meioambiente.
Éaindauminstrumentovaliosoparaprevenirosdanosdecorrentesdasinundações,
deslizamentosdeencostaseoutrosprejuízossociaiseeconômicosocasionadospelouso
inadequadodosolo.
O zoneamento ambiental,queenglobaáreasurbanaseruraisdeveser adotadopelo
municípioetornar-seumaetapaprévianoprocessodeelaboraçãodoPlanoDiretor,instrumento
básicoereferencialdoplanejamentododesenvolvimentomunicipal.
EstatutodaCidade
ALeiFederaln.10.257,de10dejulhode2001,denominada“EstatutodaCidade”,tem
porobjetivoregulamentaroscapítulos182e183daConstituiçãoFederalde1988,que
tratamdapolíticaurbanatendocomoprincípiosbásicosafunçãosocialdapropriedade,o
bem-estardoscidadãos,oequilíbrioambientaleasustentabilidadeurbana.
Paragarantir suarealização,oEstatutodaCidadedefendeaabordagemintegradadas
questões urbanas e ambientais pelos governos municipais, microrregiões e regiões
metropolitanas,quedeverãoadotarcomoinstrumentosdepolíticaurbana,entreoutrosos
planosdiretores,aordenaçãodoparcelamento,usoeocupaçãodosolo,ozoneamentoeo
controleambiental,fundamentadosnacooperaçãoentresetorpúblico,iniciativaprivadae
naampliaçãodaparticipaçãodasociedadecivilorganizadanoprocessodecisório.
Alémdoplanejamentointegrado eparticipativo,oEstatutodaCidadepropõeaadequação
dosinstrumentostributáriosaosobjetivosdodesenvolvimentomunicipal,comdestaque
paraarealizaçãodoEstudoPréviodeImpactoAmbiental(EIA)edoEstudoPréviodeImpacto
33
deVizinhança(EIV)paraevitarouminimizaroimpactoambientalnegativodasintervenções
urbanassobreoterritóriomunicipal,sejaeleruralouurbano.
OEstatutodaCidadevem,portantoreforçaraimportânciadotratamentointegradodos
aspectosurbanoseambientais,comofatorfundamentalparaagarantiadoequilíbrioambiental
edaqualidadedevidadaspopulações.
Alvarádelocalizaçãoefuncionamento
Processodeliberaçãodealvarácomanáliseambiental:
O processo de liberação de alvará de localização para novos empreendimentos é um
instrumentolegalquepodefacilmenteseradaptadoparaincluiraanáliseambientaletornar-
se,assim,umadasformasmaiseficazesdeseexercerapolíticamunicipaldemeioambiente.
Na figura 1 apresentamos um processo comum de liberação de alvará de localização
paraempreendimentosnovos- semanáliseambiental.
INÍCIO
Figura1-Processode liberaçãodealvarásemanáliseambiental
34
Apósaconsultaàprefeitura,oempreendedoréinformadodasexigênciasnormalmente
aplicáveisàquelaatividade,quesepretendeexercer.
CumprindoasexigênciaseapresentandoadocumentaçãosolicitadapelaPrefeitura,o
empreendimentopodereceberoalvarádelocalização.
É importante salientar que mesmo de posse do alvará, o empreendedor está sempre
sujeito,aqualquermomento, àfiscalizaçãodeváriosórgãos,alémdaPrefeitura(ex:Ministério
doTrabalho,Previdência,ReceitaFederale/ouEstadual,etc.).Soboaspecto ambiental
temosaFEAM,IEFeIGAM–abrangênciaestadual- eoIBAMA-abrangênciafederal.
Nafigura2apresenta-seumapropostadeadaptaçãodoprocessodeliberaçãodealvará
delocalizaçãoparaqueaPrefeiturapossalicenciarefiscalizarosempreendimentosde
impactolocalquejásão,legalmente,desuacompetência.
COMPETÊNCIA não
FEAM / COPAM (1)
MUNICIPAL?
Análise da documentação
evistoria
Figura2:Processodeliberaçãodealvarácomanáliseambiental
1NoscasosdecompetênciafederalaanáliseserárealizadapeloIBAMA.
2Órgãoresponsávelpelagestãoambientalmunicipal.
35
Primeiramente,oórgãoexecutivodaPrefeitura,responsávelpelaliberaçãodoalvará,
verificaacompetênciadolicenciamentoambiental.Nocasodedúvida,aPrefeituradeve
consultaraFEAM.
Osempreendimentosdeimpactoambientalestritamentelocaldeverãoserpreviamente
objetodaanáliseambientalpertinenteparasubsidiaroalvaráaserautorizadopelaPrefeitura.
Nessecaso,otécnicodaPrefeituraemiteoparecertécnicodopontodevistaambiental
sobre o empreendimento para deliberação do CMMA. Essa deliberação devera ser
encaminhadaaosetorcompetentedaPrefeitura,parasubsidiaraanálisedaconcessãode
alvarás.
No caso de empreendimentos que já possuem alvará de funcionamento, a prefeitura
poderásempreexigiraregularidadedopontodevistaambientalparaarenovaçãodomesmo.
Aindanestescasos,aPrefeiturapoderásemprenegararenovaçãodoalvarádelocalização
casooempreendedornãoseadeqüeàsexigênciaslegaisprevistasnalegislaçãoambiental
municipal,estadualoufederal.
ÉimportantelembrarqueosmunicípiosquejápossuemoSistemaMunicipaldeMeio
AmbientecomlegislaçãoambientalincorporadaàLeiOrgânicaedemaisinstrumentoslegais
adaptados (Lei de Uso e Ocupação do Solo, Códigos de Obras, de Posturas e Ambiental)
poderãorealizaraanáliseambientaldeacordocomalegislaçãoprópria.
36
9 ORGANIZAÇÃO DAS REUNIÕES DO
CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Asreuniõestêmcomoobjetivocongregarosconselheiros,analisarosprocessose
temasrelativosàsquestõesambientaiseaoplanejamentomunicipalqueenvolvamassuntos
dacompetênciadocolegiado.
Aoiniciarareunião,oPresidentedeveverificaroquorumprevistonanormalegaleseos
assuntosestãodevidamenteformalizados.
Convocação e Pauta
Aconvocaçãodeveobservardoispontosfundamentais.Oprimeirorefere-seàdatada
convocação,cujoprazodeveprecederdenomínimo7(sete)diasanterioresàreunião.O
segundo ponto é a própria convocação e a pauta com os temas a serem apreciados pelo
Conselho.
Os termos que compõem uma convocação são: data da emissão da convocação, nome do
conselheiro,númerodareunião,data,local,horaeassinaturadoPresidente.
Apautadevediscriminaronúmerodareunião,dataehora,eospontosdepautaaserem
apreciadosnareunião.Sugere-sequeoprimeiropontodepautasejaaanáliseeaprovaçãoda
atadareuniãoanterior,temaqueabordaremoslogoaseguir,posteriormentedeve-seconter
napautaassuntosrelativosaáreasdecontroleambientalcomolicenciamentodeatividades
epenalizações;análisededeliberaçõesnormativas;atividadesdedesenvolvimentoe
planejamentoambiental;educaçãoambiental;informessobretemasouprocessosrelativos
aáreaambiental eoutrosassuntos.Esseitemsempredevecomporapautaparaproporcionar,
aosconselheirosouinteressados,oportunidadedeapreciaroutrostemas.Sugere-sea
nomeaçãodeumrelatorparaprocessospolêmicos.
AprimeirareuniãodevetercomoatoinicialapossedosmembrosdoConselho,que
assinarãoemlivroprópriootermodeposse.OPrefeitoMunicipalouseurepresentantelegal
deverádarposseaosconselheiros.Namesmareunião,osconselheirospororientaçãodo
órgãogestordemeioambientedomunicípio,aprovarãoocalendáriodereuniõesdoano.Para
o bom andamento das reuniões, deve-se estabelecer um dia e hora fixa para que os
conselheiros já agendem este compromisso. Podemos citar como exemplo toda primeira
segunda-feiradomêsàs15horas.
Outrotemaimportanteaserapreciadonaprimeirareuniãoéapropostadetrabalhoque
defineapolíticaambientaldomunicípioeasaçõesprioritáriasdopróprioConselho.
37
DasDecisõeseConclusõesdaReunião
PÓS-REUNIÃO
Apósareunião,oórgãoambientaldomunicípiodeveráanalisarasdecisõestomadas,
executarasdeterminações,providenciarasinformaçõessolicitadaseregistraremtextode
ataasdecisõestomadasnareunião.
Para que a ata não fique demasiadamente extensa os registros devem limitar-se às
decisõestomadaseincluirnaataalgumaobservaçãofeitaporconselheiroquesolicitaro
manifestopessoalemata.
TextodaAta
Antesdeiniciaraatapropriamenteditaotextodeverácontertítuloclaroqueidentifique
aataaqualreuniãoelaserefere.
Abaixodescrevemososprincipaistópicosquedeveconterumaatadereunião:
Abertura
Deveráconternestetópicoadata,onumerodareunião,olocal,eseareuniãoéordinária
ouextraordinária.
Membros Presentes
Deveráconterosintegrantesdareunião,começandopeloPresidenteouseueventual
substitutoepelosdemaismembrosdoConselho.Éimportanteregistrarapresençadeoutros
participantesdareunião,ativosounão,funcionáriosounãodoórgãoambientalouda
Prefeitura.
VerificaçãodeQuorum
Geralmente, as leis que criam os Conselhos determinam que o quorum mínimo para o
iniciodareuniãoéde50%maisum.Verificadoonúmeromínimoprevisto,teráinicioa
38
reunião.Recomenda-se,casonãoseatinjaoquorumestabelecido,fazer umaatapara
registrarapresençadosconselheirosejustificaranãorealizaçãodareunião.
OsPontosdePauta
Ostemasserãodiscutidospontoporponto.Geralmenteseiniciapelaata.Comoestajá
foidistribuídaanteriormente,pode-secolocarimediatamenteapalavraemabertoparaque
osConselheirossemanifestemeaprovemounãoaata,inclusivecomressalvas,seforo
caso.Encerrandoestepontodepautaorelatorousecretárioanotaasobservaçõeseoque
foiaprovado.
Emseguidapassa-seaooutropontodepauta,oPresidenteiniciaotemaeabreapalavra
aoPlenáriodoConselho.CasootematenhaumrelatordesignadopeloPresidenteoupelo
Conselhoédadaapalavrainicialmenteaele.
OtemaédebatidoentreosConselheirosesefornecessárioousolicitadoporalgum
membro do Conselho algum esclarecimento técnico ou administrativo do tema, o órgão
ambientalforneceráasinformaçõesnecessárias.Casoessasinformaçõessejamsolicitadas
aterceirosouinteressados,presentesnareunião,oPresidentesolicitaráamanifestação
sobreotema.
Noscasosemqueotematratardeprazosoperacionais,modelosdesistemasdecontrole
ambientaledeterminaçõesdasobrigaçõesdecadaparte,ositensdeverãoestarbemdefinidos
paraquenãohajadúvidasarespeitodadecisãotomada.
Após debates e discussões, o Presidente verificará se os membros do Conselho
encontram-seesclarecidosparavotarotemaeimediatamenteprocederáavotação.
Definidoestepontodepautaedevidamenteregistradopelosecretáriopasse-seaooutro
pontodepautaeassimpordiante.
Oúltimopontodepautageralmentetratadeassuntosquenãoforamcontempladosna
pauta.Nestecasoteremosduassituações.Aprimeirasãoinformaçõesqueserãotrazidas
napróximareuniãosenãoforemesclarecidasnaquelemomento,aoutrasãoassolicitações
feitasporconselheiroparaapróximareunião.
Esteitemtemumcaráterespecial,porqueénelequesebaseiatodaacontinuidadedo
trabalhodoConselho.
Apróximareuniãocarregaemsioprocessodecontinuidadedostrabalhos,aexecução
dasdeterminaçõesfeitasnareuniãoanterior,ocontatoentreasociedadecivileopoder
públiconaestânciadedecisãorotineiramente.
Acontinuidadecriaohábito,eesteestimulaaparticipação,conseqüentementetemos
umConselhoatuante,representativo,conhecedordosproblemasambientaisdomunicípioe
responsávelpelasdecisõestomadas.
39
Para termos um Conselho
respeitadoeatuanteénecessá-
rioseguiralgunspontosfunda-
mentaisdescritosabaixo:
Convocação e Pauta
Éimportantemanterrígidaa
data da convocação, isto de-
monstraseriedadenocumpri-
mentodeprazosestabelecidos
pelaleidecriaçãodoConselho
erespeitabilidadedoórgãoexe-
cutivodoConselho.
Atadareuniãoanterior
Sugerimosqueaatasejaobjetivaeclaraparaqueasdecisõestomadasnareunião
anteriornãogeremqualquerdúvidaouinterpretaçãodúbia.
QuandoummembrodoConselhosolicitarquesuamanifestaçãosejaregistradaemata,
deve-sefazerotextonahoraousolicitaraointeressadoqueredijasuamanifestação,
inclusiveadeclaraçãodevoto.
Aatadeveráserencaminhadajuntocomaconvocaçãoepautaparapermitiraomembro
queleiacomatençãootextoefaçasuasobservações,se assim lheconvier,antecipadamente.
Outropontopositivoeapraticidadedeaprovaçãodaatanareuniãocomo,porexemplo,
dispensandoaleituradaataesehouveralteraçõesqueelasjávenhamformuladas.
MaterialaserapreciadopeloConselho
Todoitemdepautaque,necessariamente,seráapreciadopeloConselhoeimpliqueem
licenciamento,penalização,deliberaçõesnormativaseadministrativasououtraformade
decisão que interfira no meio ambiente diretamente, deverá preceder de um processo
formalizadocomparecertécnicoejurídico.
OPresidentedoConselho,combasenassuasprerrogativas,poderáindicarumrelator
paraanalisareemitirparecerarespeitodotema.Paratantoorelatorindicadodeverá
receberdoórgãomunicipalresponsávelpelaáreaambientaltodasasinformaçõesnecessárias
inclusive,obviamente,oprocessoformalizadocomparecertécnicojurídico.
TodoomaterialaserdiscutidonoConselhoouresumodostemasdeveráserencaminhado
aosConselheirosjuntocomaconvocação,pautaeatadareunião.
40
10 DÚVIDAS E PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES
SOBRE GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
1 - Os municípios têm ou não competência para realizar o Licenciamento Ambiental?
AresoluçãoCONAMAn.º237,estabeleceascompetênciasdosórgãosambientaisnos
níveisfederal,estadualemunicipal noqueserefereaolicenciamentoambiental.ADeliberação
NormativaCOPAMn.º1de1990,apresentaumaclassificaçãodosempreendimentossujeitos
ao processo de licenciamento ambiental pelos órgãos ambientais do Estado de Minas
Gerais,portipodeatividadeeportedoempreendimento(ManualdeSaneamentoeProteção
AmbientalparaosMunicípios,VolumeV,LicenciamentoAmbiental:ColetâneadeLegislação).
41
ADeliberaçãoNormativa n.º03,de1991,estabeleceoslimitesparaolicenciamentoe
fiscalizaçãoambientaldasatividadesdeextraçãodeareiasecascalhos,deusoimediatona
construçãocivil.ÉrecomendávelqueosmunicípiosconsultemessasDeliberaçõesNormativas,
identifiquemoslimitesnelasestabelecidosedefinamquaisatividadesseriamlicenciadas
nonívellocal.Issoporque,omunicípiopodelicenciaratividadeseempreendimentosque
estãoabaixodoslimitesestabelecidosporessesdocumentoslegais.
AsatividadesdeporteinferioràquelasdiscriminadasnaDeliberaçãoNormativaCOPAM
n.º01/90exemplificadasnocapítulo7–LicenciamentodeAtividadesPotencialmente
Poluidoras no Nível Municipal – podem ser licenciadas no nível municipal desde que
regulamentadaspelomunicípio.
COMPETÊNCIA PARA
ABRANGÊNCIAS DOS IMPACTOS
FISCALIZAR E LICENCIAR
COPAM / FEAM
AtividadeslistadasnaDeliberação
DOIS OU MAIS MUNICÍPIOS Normativa COPAM 01/90 (Podem
serdelegadasaosmunicípios
porconvênio).
7 VerResoluçãoCONAMAnº.237,Artigos4ºe5º.
42
3 - Como criar um CMMA?
Primeiramente,oCMMAdevesercriadoporLeiMunicipal,especificandosuacomposição
esuasatribuições.
Deveserfeitaaeleiçãodosconselheiros,querepresentamosdiversossegmentosda
sociedade.Posteriormente,estesdiscutirãoeaprovarãooRegimentoInternodoCMMA.
Nos capítulos 12, 13, 14, 15 e 17 deste manual existem modelos de minutas de Lei
Municipal de Política Ambiental, de Criação de CMMA e de Regimento Interno do CMMA.
Essesdocumentospodemservirdeexemploparaosmunicípioscriaremsuasprópriasleise
regimentosinternos.
4 - Que vantagens o Município pode ter com o CMMA e com uma política municipal
de meio ambiente?
AgrandevantagemdaexistênciadeumaPolíticaMunicipaldeMeioAmbiente,envolvendo
oCMMAeoÓrgãoExecutivoAmbientalMunicipal,ésemdúvidaapossibilidadequeisso
abreparaamelhoriadascondiçõesambientaisedascondiçõesdevidanoMunicípio.Por
estarmaispróximoeenvolvidocomarealidadeambientallocal,opoderpúblicomunicipal
temmaiorfacilidadeparaproporacordos,administrarconflitoseconstruirumapropostade
gestãoquecontempleosinteresseseconômicos,sociaiseambientaislocais.
43
estaduais,federaiseparticulares,bemcomoasunidadesmunicipaisquevenhamaser
cadastradas,observadososparâmetroseosprocedimentosdefinidospeloórgãoambiental
estadual.
Para ter acesso aos recursos do ICMS Ecológico relativos ao Saneamento Básico
(sistemasdetratamentoedisposiçãofinaldelixooudeesgotosanitário),omunicípio,deve
atenderapelomenosumdoscritériosabaixo:
–Possuirsistemasdetratamentooudisposiçãofinalderesíduossólidosurbanos,com
operaçãolicenciadapeloCOPAM,queatendam,pelomenos,a70%(setentaporcento)da
populaçãodomunicípio;
–Possuirsistemasdetratamentodeesgotosanitário,comoperaçãolicenciadapeloCOPAM,
queatendam,nomínimo,a50%(cinqüentaporcento)dapopulaçãodomunicípio.
ParateracessoaosrecursosdoICMSEcológicorelativosaocomponenteUnidadesde
Conservação,omunicípiodevecadastrarsuasUnidadesdeConservaçãojuntoaoInstituto
EstadualdeFlorestas–IEF.AsUnidadesdeConservaçãodevematender,simultaneamente,
aosseguintescritérios:
–estarenquadradaemumadascategoriasdemanejo:estaçãoecológica,reservabiológica,
parque,reservaparticulardopatrimônionatural,florestanacional,áreadeproteçãoambiental,
áreadeproteçãoespecialeáreaindígena;
–aUnidadedeConservaçãodeveexistirlegalmente;
–aUnidadedeConservaçãodeveapresentarlimitesterritoriaisdefinidos,comrestrições
aousodosolo.(ManualdeSaneamentoeProteçãoAmbientalparaosMunicípios,VolumeI,
MunicípioeMeioAmbiente).
6 - O que fazer para tornar mais atuante um CMMA que nunca funcionou ou funciona
precariamente?
Um bom começo pode ser a convocação de uma reunião ampla com o conjunto da
sociedadelocal.NelapodemserdiscutidospontoscomoaimportânciadeexistirumCMMA
atuantenomunicípio,opapeldesseorganismo,etc.Essadiscussãopodetertambémo
objetivodeidentificarpessoas,grupos,instituiçõesinteressadasemparticipardoCMMA.
Muitasvezes,asubstituiçãodealgunsmembrosporpessoasmaisdinâmicaseenvolvidas
comotemaésuficienteparatornarumCMMAinoperanteemativo.
Eventoseducativos,comofeiras,palestras,cursos,conferências,seminários,semana
do meio ambiente, discussão de problemas ambientais locais, etc. são instrumentos
44
importantesdemobilizaçãodasociedadelocal.Sãotambémbonsmomentosparaintroduzir
adiscussãosobreaimportânciaeopapeldoCMMA.
7 - O CMMA pode criar leis? Quais são os limites do poder do CMMA em relação a
criação de novas leis?
Não.OCMMAnãotempoderesparaelaborarleis,nãopodendodefinirnadaqueseja
matériadelei.CriaçãodeleismunicipaiséumatarefaexclusivadoLegislativoMunicipal,da
CâmaradosVereadores.OCMMAnãosubstituiaCâmaradeVereadores,nempodeconcorrer
comela.
Como forma de garantir a participação da Câmara dos Vereadores nas decisões do
CMMA,éimportantequeoCMMAtenhaentreseusconselheirospelomenosumrepresentante
daCâmara.
AoCMMAcabeatarefadedetalharalegislaçãoexistente,definindodeliberações
normativaseprocedimentos.OCMMApode,atítulodecolaboração,sugerirtemasepropostas
deleisaseremapresentadaspeloExecutivoaoLegislativoMunicipal.
Não. Entende-se por CMMA paritário aquele que é composto por representantes do
PoderPúblico(Federal,EstadualeMunicipal)esociedadecivil,namesmaproporção,ou
seja,oCMMAdeveteromesmonúmeroderepresentantesgovernamentaiserepresentantes
dasociedadecivil.Sãorepresentantesdasociedadecivil,membrosde:organizaçõesnão
governamentais;associaçõesdebairro;clubes deserviços;sindicatos;gruposdemulheres,
dejovens,gruposdaterceiraidade;representantesdeminoriasedemaisorganizaçõesque
tenhamumaatuaçãodedestaquedentrodomunicípio.
É importante esclarecer que organizações de classe como Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA e Ordem dos Advogados do Brasil – OAB são
autarquiasgovernamentais.
OSistemaNacionaldeMeioAmbiente,doqualomunicípiofazparte,temporbasea
participaçãoativadoscidadãos.Dentrodestaperspectiva,aparidadeentrepoderpúblicoe
sociedadecivilnoCMMAéfortementeestimulada.
OmunicípioéautônomoparadefiniracomposiçãodoCMMA.Casoestenãosejaparitário,
poderá atuarnormalmentenomunicípio. Noentanto,deve-seressaltarqueaparidadeéuma
exigência da Deliberação COPAM n.º 29/98 – Convênio de Descentralização de
LicenciamentoeFiscalização. Destaforma, casonãohajaaparidadenoCMMAomunicípio
45
ficaráimpedidodefirmaroreferidoconvêniocomaSEMADecomseusórgãosvinculados.
Não.OCMMAnãotempersonalidadejurídica.Éumórgãoconsultivo/deliberativoda
prefeitura.Quemtempersonalidadejurídicaparacontratartécnicoseconsultoresnãoéo
CMMA mas sim a prefeitura, que poderá fazê-la a partir da demanda do CMMA.
OCMMAéumcolegiado,normativoedeliberativo,nãosendoumórgãodefiscalização
decampo.Nãocabeaeleopapeldefiscalizarseumadeterminadaatividadeestáounão
provocandoimpactosambientaisouseestáemconformidadecomalegislaçãoambiental.
Essaéumatarefadoórgãoexecutivoambientalmunicipal.Noscasosemqueseconfigure
aomissãodosórgãosexecutivos,oCMMApoderáagirsupletivamente.
O CMMA pode ser um canal para receber denúncias. No entanto, essas denúncias
devemserencaminhadasaoórgãoexecutivomunicipaldemeioambienteedemaisórgãos
responsáveis.
OCMMA,apartirdaconstataçãodeproblemaspeloórgãoexecutivoambientalmunicipal,
poderádeliberarsobrepenalidades,multaseembargodeumadeterminadaatividadesobre
aqualtenhacompetêncialegal.Nocasodecompetêncianosníveisfederaleestadual,o
CMMA deverá aprovar moção ao órgão competente para realizar o embargo. O CMMA
poderá,ainda,solicitaraoexecutivomunicipalacassaçãodoalvará.
O CMMA delibera sobre o embargo, mas não cabe a ele executar o que foi deliberado
(fechamentodeumafábrica,porexemplo).Aexecuçãoédecompetênciado(s)órgão(s)
executivo(s)municipal(is)decontroleepromoçãoambiental.
OCMMA deveráterpoderdepolíciaadministrativa.IssoquerdizerqueoCMMAdeverá
46
ter(sealeimunicipalassimdefinir)acompetênciadeaplicarpenalidades.Éimportante,
porém,nãoconfundirpoderdepolíciaadministrativacompoderouforçapolicial.Porpoder
depolíciaadministrativaentende-sequeoCMMApodedeliberarsobrepenalidades,incluindo
multaseembargos.
Emprincípionão.Quemautuaéoórgãoouórgãosexecutoresdapolíticaambiental
municipal,desdequeessacompetênciaestejadefinidaemleimunicipal.OCMMAaplicaa
penalidadecombasenaautuação.Autuarsignificaverificarairregularidade“inloco”.
Sim.Amultadeveseraplicadacombasenaautuaçãopeloórgãoexecutivonostemosda
LeiMunicipal oudoconvêniocomoEstado.
OCMMApode,quandofornecessário,elaborarprojetosparaseremimplementadospelo
município,massuagrandefunção,naverdade,éodeanalisarprojetoselaboradospelo
executivoououtrosorganismos.Aprefeitura,atravésdosseustécnicosedeseusórgãos
executivos,elaboraprojetosparaseremanalisadospeloCMMA.Ainiciativaprivadaeas
ONGs também podem apresentar projetos a serem apreciados pelo CMMA.
Sim.Poderálicenciaratividadesdeimpactoestritamentelocalprevistasnalegislação
municipaleoutrasconformeconvênio(s)firmado(s)entreoEstadoeomunicípio.Nestes
casos,oCMMAdeverá analisareconcederlicenças.
(Vejacapítulo7–LicenciamentodeAtividadesPotencialmentePoluidorasnoNível
Municipal).
Estaéumadúvidamuitofreqüente,principalmenteparaosmunicípiosdepequenoporte.
Comoexisteatualmenteumconjuntodeórgãosquecuidamdaquestãoambiental,locados
emváriassecretariasedepartamentosdosorganismosdoGovernoEstadualeFederal,
normalmenteosmunicípiostêmdificuldadesemidentificaraquemrecorrer.Noitem19
desteManualfoiincluídaumalistagemdeórgãoseinstituições,suascompetênciase
47
formasdecontato.Osmunicípiospodemrecorreraestasinstituiçõesparaefetuarem
denúnciaseresolveremdúvidas.
Não.Omunicípioésoberanoparaatuar,independentedoEstado,dentrodesuaáreade
competência.OmunicípionãonecessitaterumconvêniocomoEstadoparacriar,efetivaro
CMMA.
OEstadodeMinasGerais,emsuapolíticademunicipalizaçãodagestãoambiental,
definiuumconjuntodemunicípios,notadamenteosdegrandeporte,comoprioritáriospara
participaremdoprocessodetransferênciadecompetênciadoEstadoparaomunicípiono
queserefereaolicenciamentoefiscalizaçãodeatividadespotencialmentepoluidoras.
Nestescasos,oconvênioentreoEstadoeoMunicípioénecessário,nosentidodedefinir
competênciasdecadaumadaspartesenvolvidas.
Nestesmunicípios,aFEAMteminvestidonacapacitaçãodocorpotécnicoeapoiadoo
processo de construção e adaptação de normas e procedimentos, visando permitir que
estes,gradativamente,assumamoprocessodelicenciamentoefiscalizaçãodeatividades
potencialmentepoluidorasemseusterritórios.
OsmunicípiosinteressadosemconheceroconvêniocomoEstadodevem consultara
DeliberaçãoNormativaCOPAMn.º29,de9desetembrode1998,queestabelecediretrizes
paraacooperaçãotécnicaeadministrativacomosórgãosmunicipaisdemeioambiente,
visandoaolicenciamentoeàfiscalizaçãodeatividadesdeimpactoambientallocal.
48
·Incentivotributário,isençãodeimpostos,queiráincentivarocidadãoaproteger,preservar
econservaromeioambiente;
·Contribuiçãodemelhoria,taxacobradadoscidadãosbeneficiadosporobrapúblicade
melhoriadaqualidadeambiental;
·Taxadeconservação,tendoporfatogeradorautilizaçãodeáreasderelevanteinteresse
ambiental,visandoàmanutençãodestas;
·Consórciointermunicipal,atravésdosquaisosmunicípiossolucionarãoproblemascomuns.
Omunicípiosópodeexigirocumprimentodaquiloqueestáestabelecidoemlei.Nocaso
donãocumprimentodoqueestádefinidoemlei,oórgãoexecutivomunicipaldevefazer
cumpriroquefoideliberadopeloCMMA,podendoinclusiveutilizar-sedaforçapolicial,
políciamilitar,etambémdajustiçaparafazervalerseumandato.
Agrandevantagemdaexistênciadeumapolíticamunicipaldemeioambienteestána
possibilidadedequesejamconstruídosacordosentreopoderpúblicomunicipal,empresários
emoradores,nosentidodedefinirprazoseetapasparaasoluçãodosproblemasambientais
identificados.Porestarmaispróximoeenvolvidocomarealidadeambientallocal,opoder
públicomunicipaltemmaiorfacilidadedeproporediscutirestesacordosdoqueoEstado,
porexemplo.
É sempre bom lembrar que o executivo municipal dispõe de um instrumento muito
valiosoqueéoAlvaráMunicipalequepoderásercassado.
Éumareservafinanceiradestinadaexclusivamenteparaprojetosnaáreaambiental.Os
recursosqueconstituemumFundo,podem-seoriginarde:dotaçãoorçamentária,valores
provenientesdetaxasdelicenciamentoouaplicaçãodemultasporpenalidades,etc.
EsteFundopoderá sercriadoemantidopeloprópriomunicípioparasuprirasdemandas
relacionadascomamelhoriadascondiçõesambientaislocais.Obomfuncionamentodo
CMMA e o Órgão Executivo Ambiental Municipal independe da existência de um Fundo
Municipal.
49
do envolvimento desses organismos municipais e da Câmara de Vereadores para serem
implementadas.
OConselhoMunicipaldeMeioAmbienteéinstituídoporleidaCâmaraMunicipal.O
executivodevecumprirasleisproclamadaspelolegislativo,portantocasohajaalgum
impedimentoàsatividadesdoconselho,aquestãodeveráserencaminhadaàprópriaCâmara
ouaoMinistérioPúblicoparaasdevidasmedidas.
Sim. A FEAM dispõe de uma série de materiais de leitura para os agentes de gestão
municipal.Comeles,épossívelsanarparteimportantedasdúvidasmaisfreqüentessobre
procedimentos,normaseestruturasdefuncionamentoemnívelmunicipal.Essaspublicações
sãotambémumafonteimportantedeconsultasobreeducaçãoambientalesobreatividades
que o município pode desenvolver visando a melhoria das condições ambientais em seu
território.Sãoeles:
1-ManualdeSaneamentoeProteçãoAmbientalparaosMunicípios
Essematerial,produzidopelaFEAMédisponibilizadogratuitamenteparaosmunicípios,
compostopor5volumes:
–VolumeI:MunicípioeMeioAmbiente
–VolumeII:Saneamento
–VolumeIII:EducaçãoAmbiental:ConceitosBásicoseInstrumentosdeAção
–VolumeIV:ExtraçãodeAreia,CascalhoeArgila:Técnicase ControleAmbiental
–VolumeV:LicenciamentoAmbiental:ColetâneadeLegislação
2-ComoDestinarosResíduosSólidosUrbanos
3-CDDireitoAmbiental:Legislação,JurisprudênciaeDoutrina
AspublicaçõespoderãosersolicitadasàFEAM-AssessoriadeEducaçãoeExtensão
Ambiental – AEX através do fax (31) 3298–6519. Telefone: (31) 3298-6545
e-mail: aex@feam.br.
AsdoaçõesserãofeitasaosCMMAseàsPrefeituras.
Asdemaisinstituiçõespoderãoadquiri-lasnaFEAM-DivisãodeInformação–DIINF.
(31)3298-6531.
Arelaçãodasnossaspublicaçõespoderãoserconsultadasnosite:www.feam.br,no
linkPublicações.
50
11 FONTES DE FINANCIAMENTO
A) FONTES DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS PARA IMPLANTAÇÃO DE
SISTEMAS DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS –
ATERRO SANITÁRIO 8
UnidadedoMinistériodoMeioAmbientequeapoiaprojetosambientaisemtodoopaís.
Seuobjetivoprincipaléviabilizarapolíticanacionaldomeioambiente,dandoapoiofinanceiro
aprojetosdemédioepequenoportesquevisemousosustentáveldosrecursosnaturais,a
preservaçãoouarecuperaçãodaqualidadeambientalnoBrasil.
Amodalidadedeapoiodenominada“DemandaInduzida”promoveaseleçãodeprojetos,
mediantelançamentodeeditaisespecíficos,naáreaderesíduossólidosurbanospara
municípioscompopulaçãoentre20e100milhabitantes.
Contato:EsplanadadosMinistérios,Bloco“B”-7ºandar-70.068-900-Brasília/DF-
Tel:(61)317-1203-Fax:(61)224-0879
www.mma.gov.br / e-mail: fnma@mma.gov.br
Sãoduasasformasdefinanciamento:
-InvestimentoelegívelnoFundoparaoDesenvolvimentoRegional–FRD,comrecursos
dadesestatizaçãoestefundodestina-seaprestarcolaboraçãofinanceiraamunicípios
8
Fonte:DivisãodeSaneamentodaFEAM
51
situados nas áreas geográficas de influência da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD em
projetosdedesenvolvimentoregionalesocial(Capítulo4doEditalNºPND-A-01/97/CVRD).
Estabeleceu-seumarelaçãodeinvestimentosclassificadospeloGovernodeMinasGerais
comoprioritáriosparaodesenvolvimentosocialeeconômicodaregião,deacordocomas
diretrizes do BNDES para o FRD em Resíduos Sólidos Urbanos. Englobam-se ações para
elaboraçãodeprojetos,coleta,transporte,reuso,reciclagem,compostagem,disposição
final,recuperaçãodeáreasdegradadas,melhoriasoperacionais,reaparelhamentotecnológico,
organizaçãoinstitucional,capacitaçãotécnica,açõessociaisecomunitárias,educação
ambientalereembolsodetaxasdelicenciamentoambientaldoprojeto.
-ProgramadeModernizaçãoInstitucionaleAmpliaçãodaInfra-EstruturaemMunicípios
doEstadodeMinasGerais–“NovoSOMMA”,instituídopelaResoluçãonº404,doConselho
de Administração do BDMG, contempla, no que concerne à resíduos sólidos urbanos,
financiamentoparaaelaboraçãoeexecuçãodeprojetosdecoleta,coletaseletiva,transporte,
reutilização,reciclagem,tratamentoedisposiçãofinal,recuperaçãodeáreasdegradadas,
melhoriasoperacionais,aparelhamentotecnológico,organizaçãoinstitucional,capacitação
técnica,açõessociaisecomunitárias,eeducaçãoambiental.
Contato:BDMG-RuadaBahia,1600-BairroLourdes-CEP30160-907-CaixaPostal
1026 – Belo Horizonte/MG
Tel:(55)313219-8000
www.bdmg.mg.gov.br-e-mail:contatos@bdmg.mg.gov.br
AtravésdoPró-Saneamento,quetemporobjetivopromoveramelhoriadascondiçõesde
saúdeedaqualidadedevidadapopulação,pormeiodeaçõesdesaneamentointegradase
articuladascomoutraspolíticassetoriais.Asaçõesdeabastecimentodeágua,esgotamento
sanitário,drenagemurbana,tratamentoedisposiçãofinaldosresíduossólidosvisamà
consecuçãodeempreendimentosdestinadosaoaumentodacoberturadestesserviços.
O programa é implementado por meio da concessão de financiamentos aos Estados,
Distrito Federal, Municípios, concessionárias dos serviços de saneamento e órgãos
autônomosmunicipais,sendooFGTSafontedosrecursos.
Noitem“ResíduosSólidos”–aCAIXAfinanciaobrasparaaumentodacoberturados
serviçosdetratamentoedisposiçãofinaladequadaderesíduossólidosurbanos,como
usinasdetriagemecompostagem,aterrossanitáriose/ourecuperaçãodelixões.
Maioresinformaçõesacessaroendereçoeletrônico:www.caixa.gov.br,noindicativo
“PARA SUA CIDADE”. No caso de saneamento deverá selecionar em “perfil e produtos”
“COMUNIDADE” e a seguir “PRÓ-SANEAMENTO” ou pelo tel: 0800-550505.
Recomenda-seaindacontataroInstitutoBrasileirodeAdministraçãoMunicipal-IBAM
que, em parceria com a ESCOLA NACIONAL DE SERVIÇOS URBANOS – ENSUR, realiza o
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, cuja programação contém o Curso Gestão
52
IntegradadeResíduosSólidos,comobjetivosde:
-Capacitarosparticipantesparaagestãodosserviçosdelimpezaurbanaedestinação
finaldosresíduossólidos,incorporandoasdimensõesambientais,sociaiseeconômicasdos
sistemas.
-Orientarosparticipantesquantoaoaprimoramentodascondiçõesdefuncionamentoe
dagestãodosserviçosmunicipaisdelimpezaurbana,comresultadosambientaisesociais,
especialmenteparaasaúdepública.
-Indicaraosparticipantesosmeiosparaaretiradadascriançasedosadolescentesdos
trabalhosdecataçãonoslixões,propiciando-lhesaçõessustentáveis,dopontodevista
socialeeconômico,associando-asaprogramasespecíficosderetornoàescolaereforçoà
rendafamiliar.
Contato:Largo IBAM, 1 - Humaitá - CEP: 22271-070 – Rio de Janeiro/RJ
Tel:(0xx21)2537-7595/Fax:(0xx21)2537-1262
www.ibam.org.br-e-mail:ibam@ibam.org.br
Ministério da Saúde
-FundaçãoNacionaldeSaúde–FUNASA.Financiaprojetosdesistemasdeesgotamento
sanitárioquetemcomoumdoscritériosdeprioridademunicípioscompopulaçãototal
(urbanaerural)inferiora30.000habitantes.
CabesalientarqueaspropostasdeverãocontemplaraconstruçãodeETE,salvosefor
apresentadadocumentaçãotécnicaquecomprovequetaisunidadesestãoconstruídaseem
operação.
Contato da coordenação da FUNASA em Minas Gerais:
Rua Espírito Santo, 500 – sala 1004 – Centro – CEP 30.160-030
Tel: (31) 3222-5166 / 3248-2802 / 3248-2805 / 3248-2890
Fax: (31) 3326-8999 / 3222-0710
www.funasa.gov.br,noindicativo“Saneamento”.Selecionar“ProgramasdeSaneamento”
easeguir“Convênios”.
9
Fonte:DivisãodeSaneamentodaFEAM
53
coberturadosserviçosdeesgotamentosanitárionasáreasmaiscarentesdopaís,sendo
implementadaporintermédiodasseguintesmodalidades:
Naimplantaçãodesoluçõescoletivas,comsistemasdecoletaetratamentodeesgotos:
redecoletora,adotando-se,semprequepossível,osistemacondominial;estaçãoelevatória;
interceptoreemissário;estaçãodetratamento(ETE);ligaçãodomiciliareintra-domiciliar;ou
instalaçõeshidráulico-sanitáriasdomiciliares.
Nassoluçõesindividuaisdeesgotamentosanitário:fossaséptica,inclusiveinstalações
paradisposiçãofinaldoefluente;ouinstalaçõeshidráulico-sanitáriasdomiciliares.
Contato:EsplanadadosMinistérios,BlocoA-2ºandar/Sala227-SEDUProtocolo
BrasíliaDF-CEP70.054-900–Tel:(61)411-4602
www.planalto.gov.br- ir em “ESTRUTURA” - entrar em “SEDU”
e-mail:sedu@planalto.gov.br
Noitem“EsgotamentoSanitário”–aCAIXAfinanciaobrasparaaumentodacobertura
desistemasdeesgotamentosanitárioe/ouaoadequadotratamentoedestinaçãofinaldos
efluentes.
Contato: Tel: 0800-550505
www.caixa.gov.br, noindicativo“PARASUACIDADE”.Nocasodesaneamentodeverá
selecionar em “Perfil e Produtos”, “COMUNIDADE” e a seguir “PRÓ-SANEAMENTO”.
–ProgramadeModernizaçãoInstitucionaleAmpliaçãodaInfra-EstruturaemMunicípios
doEstadodeMinasGerais–“NovoSOMMA”.InstituídopelaResoluçãonº404,doConselho
de Administração do BDMG, contempla, no que concerne os sistemas de esgotamento
sanitário,ligação,coleta,interceptação,estaçõeselevatórias,tratamento,disposiçãofinal,
melhoriasoperacionais,aparelhamentotecnológico,organizaçãoinstitucional,capacitação
técnica,açõessociaisecomunitáriaseeducaçãoambiental.
Contato:RuadaBahia,1600-BairroLourdes-CEP30.160-907-BeloHorizonte/MG
CaixaPostal1026-Tel:(31)3219-8000
www.bdmg.mg.gov.br-e-mail:contatos@bdmg.mg.gov.br
54
C) FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O MEIO AMBIENTE, EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Modalidades de Apoio
O FNMA apoia projetos em duas modalidades:
-DemandaEspontânea:quandoasentidadesproponentesdosprojetososencaminharempor
iniciativaprópriasaqualquertempo,atendendo,contudo,aoscritériosestabelecidospelo
FNMA.
-DemandaInduzida:quandoosprojetossãopropostosexclusivamenteemrespostaaeditais
específicospublicadospeloFNMA,comvistasaatenderaáreasprioritáriasdaPolítica
NacionaldoMeioAmbiente.
Quem pode concorrer aos recursos do FNMA
-Instituiçõespúblicaspertencentesàadministraçãodiretaouindireta,emseusdiversos
níveis(federal,estadualemunicipal);ou
-Instituiçõesprivadasbrasileirassemfinslucrativos,quepossuamatribuiçõesestatutárias
paraatuaremáreasdoMeioAmbiente,identificadascomo:
-OrganizaçãoNãoGovernamental(ONG);ou
-OrganizaçãodaSociedadeCivildeInteressePúblico(OSCIP);ou
-OrganizaçãodeBase(associaçõesdeprodutores,debairroououtras).
Paraseremconsideradaselegíveis,asinstituiçõesprivadasbrasileirassemfinslucrativos
deverão integrar o Cadastro Nacional das Entidades Ambientalistas (CNEA/CONAMA) ou
possuir,nomínimo,2anosdeexistêncialegal.
55
Brasília–DF,tel:+61-321-3525,fax:+61-322-4261
www.unesco.org.br-e-mail:webmaster@unesco.org, uhbrz@unesco.org
5.Petrobras-PetróleoBrasileiroS.A.
(Meio ambiente, educação, geração de emprego)
AvenidaRepúblicadoChile,65–Centro–20.035-900–RiodeJaneiro–RJ
Tel: (21) 534-3217/3925 - FAX: +21-534-6199,
www.petrobras.com.br-e-mail:brnet@petrobras.com.br,sc24@petrobras.com.br
56
Al.GabrielMonteirodaSilva,263 JardimPaulista SãoPaulo–SP-CEP01441-000
Fone (11) 3898.1136
www.unibanco.com.br-e-mail:unibancoecologia@mc11eventos.com.br
57
(Desenvolvimento comunitário)
SHIS – QI 09 – CJ 16 – Casa 01 – 71.625-903 – Brasília – DF
Tel:(61)248-1066
www.embaixada-australia.org.br-e-mail:embaustr@zaz.com.br
58
www.widesoft.com.br/fiochpe-e-mail:fiochpe@osite.com.br
33. Fundo das Nações Unidas para a Infância-Unicef (Educação, meio ambiente)
UNICEF-Centro-Sul-responsávelpelosprojetosnasregiõesCentro-Oeste,SuleSudeste
Av.Sumaré,104-1ºe2ºandarPerdizes SãoPauloCEP:05016-090-Tel: (11)3675-5705
www.unicef.org.br-e-mail:centrosul@unicef.org;brasilia@unicef.org.br
59
12 MINUTA DE LEI PARA CRIAÇÃO DO
CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
LEINº..............
Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento AmbientalMeio
Ambienteedáoutrasprovidências.
ACâmaraMunicipalaprovaeeu,PrefeitoMunicipalde.................................................,
sancionoepromulgoaseguinteLei:
Art.1°.–Ficacriado,noâmbitodaSecretariaMunicipalde...........................................ou
DepartamentoMunicipal
de........................................oConselhoMunicipaldeMeioAmbiente-CMMA.
60
IX–opinarpreviamentesobreplanoseprogramasanuaiseplurianuaisdetrabalhodo
órgãoexecutivomunicipal,
demeioambiente,noquedizrespeitoasuacompetênciaexclusiva;opinar,previamente,
sobreosaspectosambientaisdepolíticas,planoseprogramasgovernamentaisquepossam
interferirnaqualidadeambientaldomunicípio;,
X–apresentaranualmentepropostaorçamentáriaaoExecutivoMunicipal,inerenteao
seufuncionamento;
XI–identificareinformaràcomunidadeeaosórgãospúblicoscompetentes,federal,
estadualemunicipal,sobreaexistênciadeáreasdegradadasouameaçadasdedegradação;
Xll–opinarsobrearealizaçãodeestudoalternativosobreaspossíveisconseqüências
ambientaisdeprojetospúblicosouprivados,requisitandodasentidadesenvolvidasas
informações necessárias ao exame da matéria, visando a compatibilização do desen-
volvimentoeconômicocomaproteçãoambiental;
XIII–acompanharocontrolepermanentedasatividadesdegradadorasepoluidorasou
potencialmentedegradadorasepoluidoras,demodoacompatibilizá-lascomasnormase
padrõesambientaisvigentes,denunciandoqualqueralteraçãoquepromovaimpactoambiental
oudesequilíbrioecológico;
XIV–receberdenúnciasfeitaspelapopulação,diligenciandonosentidodesuaapuração
juntoaosórgãosfederais,estaduaisemunicipaisresponsáveisesugerindoaoPrefeito
Municipalasprovidênciascabíveis;
XV–acionarosórgãoscompetentesparalocalizar,reconhecer,mapearecadastraros
recursosnaturaisexistentesnoMunicípio,paraocontroledasaçõescapazesdeafetarou
destruiromeioambiente;
XVI–opinarnosestudossobreouso,ocupaçãoeparcelamentodosolourbano,posturas
municipais,visandoàadequaçãodasexigênciasdomeioambiente,aodesenvolvimentodo
município;
XVII–opinarquandosolicitado examinaredeliberarjuntamentecomoórgãoambiental
competentesobreaemissãodealvarásdelocalizaçãoefuncionamentonoâmbitomunicipal
dasatividadespotencialmentepoluidorasedegradadoras;,bemcomosobreassolicitações
decertidõesparalicenciamento;
XVIII–decidirsobreaconcessãodelicençasambientaisdesuacompetênciaeaaplicação
depenalidades,respeitadasasdisposiçõesdaDeliberaçãoNormativaCOPAMnº01de22
deMarçode1990(“MinasGerais”de4/4/90)edaDeliberaçãoNormativaCOPAMnº29de
9deSetembrode1998(“MinasGerais”de16/09/98);
XIX – orientar o Poder Executivo Municipal sobre o exercício do poder de polícia
administrativanoqueconcerneàfiscalizaçãoe aoscasosdeinfraçãoàlegislaçãoambiental;
XXVIII–deliberarsobrearealizaçãodeasAudiênciasPúblicas,quandoforocaso,
visando à participação da comunidade nos processos de instalação de atividades
potencialmentepoluidoras;
61
XXIIX–proporaoExecutivoMunicipalainstituiçãodeunidadesdeconservaçãovisando
àproteçãodesítiosdebelezaexcepcional, mananciais,patrimôniohistórico,artístico,
arqueológico,paleontológico,espeleológicoeáreasrepresentativasdeecossistemas
destinadosàrealizaçãodepesquisasbásicaseaplicadasdeecologia;
XXII–responderaconsultasobrematériadesuacompetência;
XXIII–decidir,juntamentecomoórgãoexecutivodemeioambiente,sobreaaplicação
dosrecursosprovenientesdoFundoMunicipaldeMeioAmbiente;
XXIV – acompanhar as reuniões das Câmaras do COPAM em assuntos de interesse do
Município.
Art.3°.–Osuportefinanceiro,técnicoeadministrativoindispensávelàinstalaçãoeao
funcionamentodoConselhoMunicipaldeMeioAmbienteseráprestadodiretamentepela
Prefeitura,atravésdoórgãoexecutivomunicipaldemeioambienteouórgãoaqueoCMMA
estivervinculado..
Art. 4°. – O CMMA será composto, de forma paritária, por representantes do poder
públicoedasociedadecivilorganizada,asaber:
I–RepresentantesdoPoderPúblico:
a)umpresidente,quepodeserotitulardoórgãoexecutivomunicipaldemeioambiente;10
b)umrepresentantedoPoderLegislativoMunicipaldesignadopelosvereadores;
c)umrepresentantedoMinistérioPúblicodoEstado;
d)ostitularesdoseórgãosdoexecutivomunicipalabaixomencionados:
d.1)órgãomunicipaldesaúdepúblicaeaçãosocial;
d.2)órgãomunicipaldeobraspúblicaseserviçosurbanos.
e)umrepresentantedeórgãodaadministraçãopúblicaestadualoufederalquetenhaem
suasatribuiçõesaproteçãoambientalouosaneamentobásicoequepossuamrepresentação
noMunicípio,taiscomo:PolíciaFlorestal,IEF,EMATER,IBAMA,IMAouCOPASA.
II–RepresentantesdaSociedadeCivil:
a)doisrepresentantesdesetoresorganizadosdasociedade,taiscomo:Associaçãodo
Comércio,daIndústria,ClubesdeServiço,Sindicatosepessoascomprometidascoma
questãoambiental;
b)umrepresentantedeentidadecivilcriadacomoobjetivodedefesadosinteressesdos
moradores,comatuaçãonomunicípio;
c)doisrepresentantesdeentidadesciviscriadascomfinalidadededefesadaqualidade
domeioambiente,comatuaçãonoâmbitodomunicípio;
10
Trata-seapenasdeumexemplobaseadonomodelodegestãoambientalestadual.OConselhoélivreparaescolherseupresidente
62
d)um representante de Universidades ou Faculdades comprometido com a questão
ambiental.
Art. 5°. – Cada membro do Conselho terá um suplente que o substituirá em caso de
impedimento,ouqualquerausência.
Art. 6°. – A função dos membros do CMMA é considerada serviço de relevante valor
social.
Art. 7°. – As sessões do CMMA serão públicas e os atos deverão ser amplamente
divulgados.
Art.8°.–OmandatodosmembrosdoCMMAédedoisanos,permitidaumarecondução,
àexceçãodosrepresentantesdoExecutivoMunicipal.
Art.9°.–Osórgãosouentidadesmencionadosnoart.4ºpoderãosubstituiromembro
efetivoindicadoouseusuplente,mediantecomunicaçãoporescritodirigidaaoPresidente
do CMMA.
Art.11–OCMMApoderáinstituir,senecessário,emseuregimentointerno,câmaras
técnicasemdiversasáreasdeinteresseeaindarecorreratécnicoseentidadesdenotória
especializaçãoemassuntosdeinteresseambiental.
Art.12–Noprazomáximodesessentadiasapósasuainstalação,oCMMAelaborará
oseuRegimentoInterno,quedeveráseraprovadopordecretodoPrefeitoMunicipaltambém
noprazodesessentadias.
Art.14–AsdespesascomaexecuçãodapresenteLeicorrerãopelasverbaspróprias
consignadasnoorçamentoemvigor.
Art.15–EstaLeientraemvigornadatadesuapublicação,revogadasasdisposições
emcontrário.
63
13 Comentários à Minuta de Lei para criação do
Conselho Municipal de Meio Ambiente
Estetextovisaoferecermaioresinformaçõessobreoconteúdodomodelodeleide
criaçãodoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente–CMMA,oferecidopelaFundaçãoEstadual
doMeioAmbiente–FEAM.Lembramosqueomodelovisafacilitareguiaromunicípiona
criaçãodesuapróprialei,explicitandoosobjetivos,competências,atribuiçõeseacomposição
de um CMMA. Vale ressaltar a importância da realização de uma análise cuidadosa do
municípiodestemodelodeleiassimcomoumaadaptaçãoàssuascondiçõeseinteresses.
AleidecriaçãodoCMMAdeveserelaboradacomaparticipaçãoderepresentantesdo
PoderPúblicoedasociedadecivil.AprovadaaleidecriaçãopeloLegislativoMunicipal,
deve-sefazeranomeaçãodosmembrosdoCMMA,eseusrespectivossuplentes.Apartir
daí,osmembrosdiscutirãoeaprovarãooRegimentoInternodoórgão.
Serãofeitosalgunscomentáriosespecíficosaalgunsartigoscomointuitodeclarearum
poucomaissobreasatribuiçõeseofuncionamentodeumConselho.
1. A expressão Conselho Municipal de Meio Ambiente assim como a sigla CMMA pode ser
alteradapelomunicípiodeacordocomsuavontade.
64
3.ÉimportanteressaltarquecabeàPrefeituraoferecerosuportetécnico-administrativoao
CMMA. É extremamente importante, portanto que esta tenha em seu quadro de pessoal,
técnicosquesejamcapazesdesuprirasprincipaisdemandasambientaisdomunicípioedas
atividadesdoCMMA.Emcasosespecíficos,aPrefeituraestariacontratandoosserviçosde
consultorias.
4.AfunçãodoCMMAnãoéadeexecutarapolíticaambiental,massimdeplanejar,discutir
edeliberarsobreela.Aexecuçãodaspolíticas,projetoseaçõescabemaoórgãocompetente
daPrefeitura.
Cabe ao órgão executivo municipal submeter à análise e deliberação do CMMA as
propostasdenormatização,procedimentosediretrizesparaogerenciamentoambiental
municipal.
5.Art2º-IncisoIII:Aaçãofiscalizadoradoconselhoserefereàobservânciadocumprimento
dasnormas.OsfiscaisqueintegramoquadrodaPrefeiturasãoosresponsáveisporira
campo,fiscalizarosempreendimentoserelataraoConselhoasituaçãoverificada.Apartir
dorelatodosfiscaiséqueoConselhotomaráasprovidênciascabíveis.
Éimportantenãoconfundiropapeldosconselheiros.OCMMApode,dentrodoâmbitodesua
competência,deliberarpeloembargodeumempreendimento,masdevecontarcomoapoio
dapolícialocalparafecharempreendimentos,seforocaso.
6.Art.2°-IncisoVI:Éimportanteressaltara atuaçãodoMinistérioPúblicocomouma
instituiçãodeproteçãoaomeioambiente.Emcasosdecrimesambientaisealgunscasosde
infraçãoàsnormascabeaatuaçãodoMinistérioPúblico.Porissoémuitoimportantequeo
CMMAprestetodaasinformaçõeseatuedeformaintegradaaestainstituição.
Tem-sedeacordocomaConstituiçãoFederalde1988que:
“Art.129.SãofunçõesinstitucionaisdoMinistérioPúblico:
III-promoveroinquéritocivileaaçãocivilpública,paraaproteçãodopatrimôniopúblico
esocial,domeioambienteedeoutrosinteressesdifusosecoletivos;“
7.Art.2°-IncisoXVII:OCMMApoderá,quandosolicitadopeloórgãoresponsáveldaPrefeitura
pelaemissãodealvarásdelocalizaçãoefuncionamento,emitiropiniãoarespeitodoprocesso.
APrefeitura,seassimdecidir,podecondicionaraliberaçãodealgunstiposdealvarásà
préviamanifestaçãodoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente.
8.Art.2°-IncisoXVIII:CabeaoCMMAdeliberarsobreaconcessãodelicençasambientais
deatividadesdeimpactolocalouprovenientedaassinaturadeconvêniocomoConselho
EstadualdePolíticaAmbiental-COPAM.
Em Minas Gerais o município já possui competências claras de licenciamento e
65
fiscalizaçãosemquehajaanecessidadedaassinaturadenenhumtipodeconvêniocomo
COPAM.
Alémdisso,oEstadoestabeleceuatravésdaDeliberaçãoNormativadoCOPAMn.º1de
1990,todososempreendimentoseatividadespassíveisdelicenciamentoefiscalizaçãode
suacompetência.Oquenãotiverespecificadodentrodestadeliberaçãoequefordeimpacto
estritamentelocal,omunicípiopoderálicenciar.
Cabeaoórgãoexecutivomunicipalaemissãodeparecerestécnicosquesubsidiarãoas
discussões do CMMA sobre a concessão de licenças ambientais.
CabeaoConselhotambémdeliberarsobreaaplicaçãodemultasaempreendimentosque
descumpriremasnormas.OsvaloresdasmultasdeverãoserpreviamentedefinidosemLei
peloPoderLegislativodomunicípio.
9.Art.2º-IncisoXX:AudiênciasPúblicassãoreuniõesquevisamaoesclarecimentopara
toda a comunidade e não apenas para os membros do CMMA, sobre um empreendimento
causadordeimpactoambientalassimcomoasconseqüênciasdainstalaçãoefuncionamento
deste para o meio ambiente e para a comunidade local. A Audiência Pública poderá ser
convocada quando o CMMA julgar necessário.
10.Art.2°-IncisoXXIII:OFundoMunicipaldoMeioAmbientedevesergeridoeadministrado
peloórgãomunicipalcompetente,paraosquaisseriamencaminhadososvaloresarrecadados
emdecorrênciademultasaplicadas,dacobrançadetaxaspelolicenciamentoambiental,
ICMSecológico,destinaçãoorçamentáriadaPrefeitura,doações.
Éválidoressaltarqueacriaçãodofundonãoéimprescindívelparaomunicípio.Os
recursosparaosetorambientalpodemsergeridospelaprefeituracomoacompanhamento
e controle do CMMA.
11.Art.6º-Otrabalhodosconselheiros,sejamelesdoPoderPúblicooudaSociedadeCivil,
nãodeveserremuneradoporsetratardeumtrabalhodecarátervoluntário.
12.Art.14-Osgovernosfederaleestadualnãopossuemfundosourecursosfinanceirosde
destinação direta aos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, os gastos com seu
funcionamentoassimcomoarealizaçãodeprojetosespecíficossãoderesponsabilidadedo
município.Esteporsuavezpodebuscarparceriascomórgãospúblicoseprivadosparaa
realizaçãodosprojetos.
13.Art4º:Aconselha-seaparidadedoCMMA.Istosignificaquemetadedosmembrosdo
CMMA seja do poder público e a outra metade da sociedade civil organizada, ou seja,
representantesdeentidades,associações,clubesdeserviçosetc.legalmenteconstituídos.
CasooCMMAnãosejaparitário,nãoháimpedimentolegalparaoseufuncionamento,
masaconselha-seasuareformulação.
66
Éapropriadolembrarqueparaquesepossafirmaroconvêniodedescentralizaçãodas
atividadesdelicenciamentoefiscalizaçãodeacordocomadeliberaçãonormativanº029de
1998 do Conselho de Política Ambiental - COPAM é exigida a paridade do CMMA.
“Art. 2º da Deliberação Normativa COPAM n° 029 de 1998:
II-instâncianormativa,colegiada,consultivaedeliberativadegestãoambiental,com
representaçãodasociedadecivilorganizadaparitáriaàdoPoderPúblico;
Estaparidadeéimportanteparasegarantirigualdadederepresentaçãoepoderentre
Poder Público e Sociedade Civil nas decisões. Um CMMA existe justamente para que a
sociedadeparticipeeissoimplicatambémemumcompartilhamentodasresponsabilidades,
noexercíciodademocracia.
67
14 MINUTA DE REGIMENTO INTERNO DO CMMA
DECRETON°......
Aprova o Regimento do Conselho Municipal de Meio Ambiente-CMMA.
OPrefeitoMunicipalde............................................,nousodesuasatribuições,
DECRETA:
Art.1°–FicaaprovadooRegimentoInternodoConselhoMunicipaldeMeioAmbiente
quecomestesepublica.
Art.2°–EsteDecretoentraemvigornadatadesuapublicaçãoerevogaasdisposições
emcontrário.
CAPÍTULO I
DO OBJETIVO
Art.1° – Este Regimento estabelece as normas de organização e funcionamento do
Conselho Municipal de Meio Ambiente-CMMA.
Parágrafo Único – A expressão Conselho Municipal de Meio Ambiente e a sigla CMMA
seequivalemparaefeitodereferênciaecomunicação.
CAPÍTULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
Art.2°–OCMMA.instituídocomoórgãocolegiadodeliberativopelaLein°.........de
........................,terásuportetécnico,administrativoefinanceiroprestadopelaPrefeitura
Municipal, inclusive no tocante às instalações, equipamentos e recursos humanos
necessários.
Parágrafo Único – O suporte técnico será suplementarmente requerido à Fundação
EstadualdoMeioAmbiente-FEAMeaosdemaisórgãoseentidadesafetosaosprogramas
deproteção,conservaçãoemelhoriadomeioambiente.
Art.3°–CompeteaoCMMAformularefazercumprirasdiretrizesdaPolíticaAmbiental
doMunicípio,naformaestabelecidanoart.2°daLeinº...............enesteRegimento.
Art.4° – O CMMA se compõe de:
I-......................................................................................................................;
II-...................................................................................................................;
III-..................................................................................................................;
IV-..................................................................................................................;
V-...................................................................................................................;
VI-..................................................................................................................;
68
VII-...................................................................................................................................;
VIII-...............................................................................................................................................;
(listarconformeLeiMunicipalquecriaoCMMA)
Art.6°–OmandatodosmembrosdoCMMAcorresponderáaoperíodode02(dois)anos,
permitidaarecondução.
CAPÍTULOIII
DA ORGANIZAÇÃO
Art.7°–OCMMAtemaseguinteestruturabásica:
I-Presidência;
II-Vice-Presidência;
III-Plenário;
IV–SecretariaExecutiva.
Art.8°–OCMMAserápresididoporumdeseusmembros,queseráeleitonaprimeira
reuniãoordináriadoórgão,pormaioriadevotosdeseusintegrantes,paraoperíodode02
(dois)anos,permitidaarecondução.
Parágrafoúnico–ÀeleiçãoeaomandatodoVice-Presidente,quesubstituiráoPresidente
emseusimpedimentos,aplica-seodispostono“caput”desteartigo.
Art.9°–AoPresidentecompete:
I–dirigirostrabalhosdoCMMA,convocarepresidirassessõesdoPlenário;
Il–proporacriaçãodecomissõestécnicasedesignarseusmembros;
III–dirimirdúvidasrelativasainterpretaçãodenormasdesteRegimento;
IV–encaminharavotaçãodematériasubmetidaadecisãodoPlenário;
V–assinarasatasaprovadasnasreuniões;
VI–assinarasdeliberaçõesdoConselhoeencaminhá-lasaoPrefeito,sugerindoosatos
administrativosnecessários;
Vll-designarrelatoresparatemasexaminadospeloCMMA;
Vlll–dirigirassessõesoususpendê-las,conceder,negaroucassarapalavradomembro
do CMMA;
IX–estabelecer,atravésdeResolução,normaseprocedimentosparaofuncionamento
do CMMA;
X-convidarpessoasouentidadesparaparticipardasreuniõesdoPlenário,semdireito
avoto;
69
XI–delegaratribuiçõesdesuacompetência.
Art.10-CompeteaoVice-PresidentesubstituiroPresidenteemseusimpedimentos,
exercendoassuasatribuições.
ParágrafoÚnico–EmcasodeimpedimentosimultâneodoPresidenteedoVice-Presidente
assumirá a Presidência o membro mais idoso do CMMA .
Art.11–OPlenárioéoórgãosuperiordedeliberaçãodoCMMA,constituídonaformado
artigo4°desteRegimento.
Art.12–AoPlenáriocompete:
I–proporalteraçõesdesteRegimentoparahomologaçãopeloPrefeitoMunicipal;
Il–elaborareproporleis,normas,procedimentoseaçõesdestinadasàrecuperação,
melhoriaoumanutençãodaqualidadeambiental,observadasaslegislaçõesfederal,estadual
emunicipalqueregulaaespécie;
III–fornecersubsídiostécnicosparaesclarecimentosrelativosàdefesadomeioambiente,
aosórgãospúblicos,àindústria,aocomércio,àagropecuáriaeàcomunidadeeacompanhar
asuaexecução;
IV–proporacelebraçãodeconvênios,contratoseacordoscomasentidadespúblicase
privadasdepesquisasedeatividadesligadasadefesaambiental;
V-opinarsobrearealizaçãodeestudosdasalternativasedaspossíveisconseqüências
ambientaisdeprojetospúblicosouprivados,requisitandodasentidadesenvolvidasas
informaçõesnecessáriasaoexamedamatéria,visandoàcompatibilizaçãododesenvolvimento
econômicocomaproteçãoambiental;
Vl–manterocontrolepermanentedasatividadespoluidorasoupotencialmentepoluidoras,
demodoacompatibilizá-lascomasnormasepadrõesambientaisvigentes,denunciando
qualqueralteraçãoqueprovoqueimpactooudesequilíbrioecológico;
Vll–identificareinformaràcomunidadeeaosórgãospúblicoscompetentes,estaduais
emunicipais,sobreaexistênciadeáreasdegradadasouameaçadasdedegradação,propondo
medidasparaasuarecuperação;
Vlll–promover,orientarecolaboraremprogramaseducacionaiseculturaiscoma
participaçãodacomunidade,quevisamàpreservaçãodafauna,flora,águassuperficiaise
subterrâneas,ar,solo,subsoloerecursosnãorenováveisdoMunicípio;
IX–atuarnosentidodeestimularaformaçãodaconsciênciaambiental,promovendo
seminários,palestrasedebatesjuntoaosmeiosdecomunicaçãoeàsentidadespúblicase
privadas;
X–subsidiaraatuaçãodoMinistérioPúblico,quandodesuaatuaçãoprevistanaLein°
.....................;
XI-exerceroPoderdePolícia,noâmbitodalegislaçãoambientalmunicipal;
XII–julgareaplicaraspenalidadesprevistasemLei,decorrentesdasinfraçõesambientais
70
municipais;
XIII–opinarsobreusoeocupaçãodosolourbanoeparcelamentourbano,adequandoa
urbanizaçãoàsexigênciasdomeioambienteeàpreservaçãodosrecursosnaturais;
XIV-sugeriràautoridadecompetenteainstituiçãodeunidadesdeconservaçãovisando
àproteçãodesítiosdebelezaexcepcional,mananciais,patrimôniohistórico,artístico,cultural
e arqueológico, espeleológico e áreas representativas de ecossistemas destinadas à
realizaçãodepesquisasbásicaseaplicadasdeecologia;
XV–receberasdenúnciasfeitaspelapopulação,diligenciandonosentidodesuaapuração,
encaminhandoaosórgãosmunicipaiseestaduaisresponsáveisesugerindoaoPrefeito
Municipalasprovidênciascabíveis;
XVI–proporaoPrefeitoaconcessãodetítuloshonoríficosapessoasouinstituiçõesque
houveremsedestacadoatravésdeatosquetenhamcontribuídosignificativamenteparaa
preservação,melhoria,conservaçãoedefesadomeioambientedoMunicípio.
Art.15–AsfunçõesdaSecretariaExecutivaserãoexercidasporservidorpúblico
municipal,indicadopeloPrefeito.
Art.16–CompeteàSecretariaExecutiva:
I – fornecer suporte e assessoramento técnico ao CMMA nas atividades por ele
deliberadas;
Il–elaborarasatasdasreuniões;
III-organizarosserviçosdeprotocolo,distribuiçãoearquivodoCMMA;
IV–executaroutrastarefascorrelatasdeterminadaspeloPresidenteouprevistasneste
RegimentoInterno.
71
CAPÍTULO IV
DAS REUNIÕES
Art.17–OCMMAsereuniráordináriaeextraordinariamente.
§ 1° – Haverá uma reunião ordinária quinzenal, em data, local e hora fixados com
antecedênciadepelomenos05(cinco)dias,peloPresidente.
§2°–OPlenáriodoCMMAsereuniráextraordinariamenteporiniciativadoPresidente,
damaioriadeseusmembrosouporsolicitaçãodequalquerCâmaraEspecializada.
§3°–AsreuniõesextraordináriasserãoconvocadaspeloPresidentecomantecedência
denomínimo02(dois)dias.
Art.18–OtitulardaSecretariaExecutivaparticiparádasreuniões,semdireitoavoto.
Art.19–SomentehaveráreuniãodoPlenáriocomapresençadamaioriadosmembros
comdireitoavoto.
Art.20–PoderãoparticipardasreuniõesdoPlenário,semdireitoavoto,assessores
indicadosporseusmembros,bemcomopessoasconvidadaspeloPresidente.
Art.21–AsreuniõesdoPlenárioserãopúblicas.
Art.22 – As reuniões terão sua pauta preparada pelo Presidente, na qual constarà
necessariamente:
I-aberturadasessão,leitura,discussãoevotaçãodaatadareuniãoanterior;
II-leituradoexpedienteedascomunicaçõesdaordemdodia;
III-deliberações;
IV-palavrafranca;
V-encerramento.
Art.23-Aapreciaçãodosassuntosobedeceráàsseguintesetapas:
I-serádiscutidaevotadamatériapropostapelapresidênciaoupelosmembros;
Il–oPresidentedaráapalavraaorelator,queapresentaráseuparecer,escritoouoral;
III–terminadaaexposição,amatériaserápostaemdiscussão;
IV–encerradaadiscussão,eestandooassuntosuficientementeesclarecido,far-se-áa
votação.
Art.24-AsdeliberaçõesdoPlenárioserãotomadaspormaioriadevotosdosmembros
presentes,cabendoaoPresidente,alémdovotopessoal,odequalidade.
Art.25 – As atas serão lavradas em livro próprio e assinadas pelos membros que
72
participaramdareuniãoqueasoriginaram.
Art.26–AsdecisõesdoPlenário,depoisdeassinadaspeloPresidenteepelorelator,
serãoanexadasaoexpedienterespectivo.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art.27–OscasosomissosserãoresolvidospeloPlenáriodoCMMA.
73
15 COMENTÁRIOS SOBRE A MINUTA DO
REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - CMMA
AFundaçãoEstadualdoMeioAmbiente–FEAMofereceummodelodeminutaderegimento
interno para o CMMA. Tal como a lei de criação trata-se apenas de um modelo que visa
facilitareguiaroCMMAnaelaboraçãodeseupróprioregimento.Éimprescindívelarealização
deumaanálisecuidadosadestemodelo,adaptando-oàrealidadeeaosanseiosdoCMMA.
Essacondiçãoémuitoimportanteparaqueoregimentointernosejaseguidopelosmembros
do CMMA.
Oobjetivodacriaçãodeumregimentointernoéestabelecerasregrasdefuncionamento
do CMMA visando cumprir as atribuições expressas na lei de criação do Conselho. O
regimentointernodeveserdiscutidoeaprovadopelosprópriosmembrosdoConselho,já
nomeados.
O regimento interno irá definir de forma clara as competências, obrigações e
responsabilidades das pessoas envolvidas com o CMMA, ou seja, o presidente e os
conselheiros.
Sãonecessáriasalgumasconsiderações:
- os conselheiros possuem grande responsabilidade na realização de seus atos. É
importantecitaraleidecrimesambientais,Lein9605de12deFevereirode1998:
“Art.2°-quemdequalquerforma,concorreparaapráticadoscrimesprevistasnesta
Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade, bem como o
diretor,oadministrador,omembrodoConselhoedoórgãotécnico,oauditor,ogerente,o
prepostooumandatáriodepessoajurídica,que,sabendodacondutacriminosadeoutrem,
deixardeimpedirasuaprática,quandopodiaagirparaevitá-la”.
-aelaboraçãodeatasdereuniãocontendoosassuntosdiscutidossefaznecessário
paraohistóricodasdiscussõesedecisõesdoCMMA.
74
16 MINUTA DE LEI PARA CRIAÇÃO DO ÓRGÃO
EXECUTIVO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Dispõe sobre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal
de...............................edáoutrasprovidências.
ACâmaraMunicipalaprovaeeu,PrefeitoMunicipalde....................................../MG,
sancionoepromulgoaseguinteLei:
Art.1º-AestruturaorgânicabásicadaPrefeituraMunicipalde...................................
paraaconsecuçãodasatividadesdedesenvolvimentoambientaldenaturezalocal,nos
termosdascompetênciasconstitucionaisedaLeiOrgânicadoMunicípio,éaqueconsta
destaLeiecompreende:
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
I-ÓrgãoColegiadodeNaturezaConsultivaeDeliberativa:
1 - Conselho Municipal de Meio Ambiente - CMMA
II-SecretariaMunicipaldeMeioAmbiente:
1-DepartamentodeControle,LicenciamentoeFiscalização;
2-DepartamentodeDesenvolvimentoAmbiental;
3-DepartamentodeServiçosUrbanoseRurais.
Art.2º-ÀSecretariaMunicipaldeMeioAmbiente,órgãocentraldeimplementaçãoda
PolíticaAmbientaldoMunicípio,compete:
I-planejar,coordenar,executarecontrolaratividadesquevisemàproteção,conservação
emelhoriadomeioambiente;
II-formularpolíticasediretrizesdedesenvolvimentoambientalparaomunicípio,
observadasaspeculiaridadeslocais;
III-formularasnormastécnicaselegaiseospadrõesdeproteção,conservação,
preservaçãoerecuperaçãodomeioambiente,observadasaslegislaçõesfederaleestadual;
IV-exerceraaçãofiscalizadoradeobservânciadasnormascontidasnalegislação
ambiental;
V-exerceropoderdepolíticanoscasosdeinfraçãodaleiambientaledeinobservância
denormaoupadrãoestabelecido;
VI-emitirparecersobreospedidosdelocalizaçãoefuncionamentodefontespoluidoras
edefontesdegradadorasdosrecursosambientais;
VII-expedirAlvarásdeLocalizaçãoeFuncionamentoouquaisqueroutraslicenças
relacionadasàsatividadesdecontroleambiental;
VIII-formularasnormastécnicaselegaisqueconstituamasposturasdomunicípiono
75
queserefereaosaneamentoeaosserviçosurbanoserurais;
IX-planejar,coordenar,executareatualizarocadastramentodeatividadeseconômicas
degradadorasdomeioambienteedeinformaçõesambientaisdomunicípio;
X-estabelecerasáreasambientaisprioritáriasemqueoExecutivoMunicipaldeveatuar
paramanteraqualidadedomeioambientelocal;
XI-proporacriação,nomunicípio,deáreasdeinteresseparaproteçãoambiental;
XII-desenvolveratividadesdeeducaçãoambientaleatuarnaformaçãodaconsciência
públicasobreanecessidadedeproteger,melhorareconservaromeioambiente;
XIII-articular-secomoutrosÓrgãoseSecretariasdaPrefeitura,emespecialasdeObras
PúblicaseUrbanismo,SaúdeeEducação,paraaintegraçãodesuasatividades;
XIV-manterintercâmbiocomentidadesnacionaiseestrangeirasparaodesenvolvimento
deplanos,programaseprojetosambientais;
XV-promover,emconjuntocomosdemaisórgãosmunicipais,ocontroledautilização,
comercialização,armazenagemetransportedeprodutostóxicose/ouperigosos;
XVI-acionaroCMMAeimplementarassuasdeliberações;
XVII - submeter à deliberação do CMMA as propostas de políticas, normatizações,
procedimentosediretrizesdefinidasparaogerenciamentoambientalmunicipal;
XVIII-submeteràdeliberaçãodoCMMAosparecerestécnicosejurídicosemitidospela
Secretaria,referentesaolicenciamentoambientaldeatividadespotencialmentedegradadoras
domeioambiente,bemcomoasproposiçõesdeaplicaçãodepenalidades.
Art.3º-AimplantaçãodaSecretariaMunicipaldeMeioAmbienteseráefetivadacoma
execuçãodosseguintesprocedimentos:
I-definiraestruturaorganizacionaleasrotinasadministrativas,mediantedecreto,no
prazomáximode60(sessenta)diasacontardadatadepublicaçãodestaLei;
II-proverosrespectivoscargos,comapossedeseustitulares;
III-dotaroórgãodeelementosmateriaisehumanosindispensáveisaoseufuncionamento;
IV-promoverotreinamentodoquadrodepessoallotadonaSecretaria.
Art.4º-OPlanodeCargoseSaláriosdaSecretariaMunicipaldeMeioAmbienteserá
estabelecidoemleiespecífica.
Art.5º-Asubordinaçãohierárquicadefine-senoenunciadodascompetências,naposição
decadaórgãonaestruturaadministrativamunicipalenoorganogramadaSecretariaMunicipal
deMeioAmbiente.
Art.8º-EstaLeientraemvigornadatadesuapublicação,revogadasasdisposiçõesem
contrário.
76
17 MINUTA DE LEI MUNICIPAL
DE POLÍTICA AMBIENTAL
Dispõesobreapolíticadeproteção,deconservaçãoedecontroledomeioambienteeda
melhoriadaqualidadedevidanomunicípio...............................................
CAPÍTULO I
Dos fins e princípios da Política Municipal do Meio Ambiente
Art.1.°-APolíticaAmbientaldoMunicípio,respeitadasascompetênciasdaUniãoedo
Estado,temporobjetivoasseguraratodososhabitantesdoMunicípioummeioambiente
ecologicamenteequilibradoe,bemassim,promovermedidasde melhoriadaqualidadede
vidadoshabitantesdoMunicípiode................................................
Art.2º-Paraasseguraraefetividadedodireitoaomeioambienteecologicamente
equilibradoapolíticamunicipalobservaráosseguintesprincípios:
I-desenvolvimentosustentáveldasatividadeseconômicas,sociaiseculturais;
II-prevençãoaosdanosambientaiseàscondutasconsideradaslesivasaomeioambiente;
III-funçãosocialambientaldapropriedadeurbanaerural;
IV-participaçãodiretadocidadãoedasentidadesdasociedadecivilnadefesadomeio
ambiente;
V-reparaçãodosdanosambientaiscausadosporatividadesdesenvolvidasporpessoas
físicasejurídicas,dedireitopúblicoouprivado;
VI-responsabilidadedospoluidorespelocumprimentodasexigênciaslegaisdecontrole
e prevenção ambientais nos processos produtivos e demais atividades econômicas que
interfiramnoequilíbrioecológicodomeioambiente;
VII-educaçãoambientalcomoprocessodedesenvolvimentodacidadania;
VIII-proteçãoaosespaçosambientalmenterelevantes,atravésdacriaçãodeUnidades
deConservação;
IX-harmonizaçãodaPolíticaMunicipaldeMeioAmbientecomasPolíticasEstaduaise
Federaissobreamesmamatéria;
X-responsabilizaçãoconjuntadetodososórgãosdoPoderPúblicopelapreservação,
conservaçãoemelhoriadomeioambiente.
CAPÍTULO II
Do Sistema Municipal de Meio Ambiente
Art.3º-OSistemaMunicipaldeMeioAmbiente,integrantedoSistemaNacionaldeMeio
77
Ambiente,éconstituídopelosórgãoseentidades responsáveispelaproteção,conservação
emelhoriadomeioambiente,naformaecomascaracterísticasqueseseguem:
I-comoórgãoconsultivoedeliberativo,oConselhoMunicipaldeMeioAmbiente-
CMMA,comasfinalidadesprecípuasdeformulareproporaoExecutivoMunicipalasdiretrizes,
normas e regulamentação da Política Municipal de Meio Ambiente, bem como atuar nos
processosdelicenciamentoedesançãoàscondutaslesivasaomeioambiente,naforma
previstaporestaLei.
II-comoórgãoexecutor,aSecretariaMunicipaldeMeioAmbiente11(ou outro órgão ou
entidadedecadaumadasadministraçõesmunicipais,conformeaspeculiaridades),que
forneceráosuportetécnicoeadministrativoaoCMMA,compostoporprofissionaisda
diversasáreasdoconhecimentoquecontribuemparaasoluçãodosproblemasambientais.
Parágrafoúnico-OConselhoaqueserefereoincisoIdesteartigotemcaráterdeliberativo
eserácomposto,paritariamente,porrepresentantesdoPoderPúblicoMunicipal,dasociedade
civilorganizadaparaadefesadomeioambienteedosetoresprodutivos.
78
seufuncionamento;
XI–identificareinformaràcomunidadeeaosórgãospúblicoscompetentes,federal,
estadualemunicipal,sobreaexistênciadeáreasdegradadasouameaçadasdedegradação;
Xll – opinar a respeito da realização de estudo alternativo sobre as possíveis
conseqüênciasambientaisdeprojetospúblicosouprivados,requisitandodasentidades
envolvidasasinformaçõesnecessáriasaoexamedamatéria,visandoacompatibilizaçãodo
desenvolvimentoeconômicocomaproteçãoambiental;
XIII–acompanharocontrolepermanentedasatividadesdegradadorasepoluidoras,de
modoacompatibilizá-lascomasnormasepadrõesambientaisvigentes,denunciandoqualquer
alteraçãoquepromovaimpactoambientaloudesequilíbrioecológico;
XIV–receberdenúnciasfeitaspelapopulação,diligenciandonosentidodesuaapuração
juntoaosórgãosfederais,estaduaisemunicipaisresponsáveisesugerindoaoPrefeito
Municipalasprovidênciascabíveis;
XV–acionarosórgãoscompetentesparalocalizar,reconhecer,mapearecadastraros
recursosnaturaisexistentesnoMunicípio,paraocontroledasaçõescapazesdeafetarou
destruiromeioambiente;
XVI–opinarnosestudossobreouso,ocupaçãoeparcelamentodosolourbano,posturas
municipais,visandoàadequaçãodasexigênciasdomeioambiente,aodesenvolvimentodo
município;
XVII–opinarquandosolicitadosobreaemissãodealvarásdelocalizaçãoefuncionamento
noâmbitomunicipaldasatividadespotencialmentepoluidoras;
XVIII–decidirsobreaconcessãodelicençasambientaisdesuacompetênciaeaaplicação
depenalidades,respeitadasasnormaslegaisestaduaisefederais;
XIX – orientar o Poder Executivo Municipal sobre o exercício do poder de polícia
administrativanoqueconcerneàfiscalizaçãoeaoscasosdeinfraçãoàlegislaçãoambiental;
XX–deliberarsobrearealizaçãode AudiênciasPúblicas,quandoforocaso,visandoà
participaçãodacomunidadenosprocessosdeinstalaçãodeatividadespotencialmente
poluidoras;
XXI–proporaoExecutivoMunicipalainstituiçãodeunidadesdeconservaçãovisando
àproteçãodesítiosdebelezaexcepcional, mananciais,patrimôniohistórico,artístico,
arqueológico,paleontológico,espeleológicoeáreasrepresentativasdeecossistemas
destinadosàrealizaçãodepesquisasbásicaseaplicadasdeecologia;
XXII–responderaconsultasobrematériadesuacompetência;
XXIII–decidir,juntamentecomoórgãoexecutivodemeioambiente,sobreaaplicação
dosrecursosprovenientesdoFundoMunicipaldeMeioAmbiente;
XXIV – acompanhar as reuniões das Câmaras do COPAM em assuntos de interesse do
Município;
XXV–apresentaraoprefeitooprojetoderegulamentaçãodestalei.
Art.5º-ÀSecretariaMunicipaldeMeioAmbiente(ououtroórgãoouentidaderesponsável
79
pelagestãoambiental)compete:
I-prestarapoioeassessoramentotécnicoaoCMMA;
II- formular,paraaprovaçãodoCMMA,asnormastécnicaseospadrõesdeproteção,
conservaçãoemelhoriadomeioambiente,observadasaslegislaçõesfederaleestadual;
III-exerceraaçãofiscalizadoraeopoderdepolíciaparaaobservânciadasnormas
contidasnalegislaçãodeproteção,conservaçãoemelhoriadomeioambiente,requisitando,
quandonecessário,apoiopolicialparaagarantiadoexercíciodestacompetência;
IV -instruiraspropostasdenormaseosprocessosdelicenciamentoedeinfração
sujeitosàapreciaçãodoCMMA;
V-publicarnoDiárioOficialopedidoeaconcessãoouindeferimentoearenovaçãode
licençasambientaisdecompetênciamunicipal;
VI-determinar,deofícioouarequerimentodeterceiro,arealizaçãodeaudiênciapública
emprocessodelicenciamento;
VII–analisareemitirparecersobreestudoseprojetosrelativosapedidosdelicenças
ambientais a serem apreciadas pelo CMMA;
VIII-atuarnosentidodeformarconsciênciapúblicadanecessidadedeproteger,melhorar
econservaromeioambiente;
IX-instituirindenizaçãopecuniáriapelaanálisedosestudosambientaisexigidosparao
licenciamentoacargodomunicípio.
CAPÍTULO III
Do controle e da fiscalização das fontes poluidoras e da degradação ambiental
Art.6°-Ainstalação,construção,ampliaçãoou funcionamentodefontedepoluição
cujosimpactosambientaisnãoultrapassemoslimites domunicípioficamsujeitosao
licenciamentoambientalaserrealizadopeloCMMA,apósexamedosestudosambientais
cabíveis.12
Parágrafo único - O CMMA só aprovará a instalação, construção, ampliação ou
funcionamentodefontedepoluiçãoapósolicenciamentoaqueserefereocaputdeste
artigo,sobpenaderesponsabilizaçãoadministrativaenulidadedosseusatos.
Art.7º-OCMMA,noexercíciodesuacompetênciadecontroleambiental,expediráas
seguinteslicenças:13
I-LicençaPrévia(LP),nafasepreliminardoplanejamentodaatividade,contendorequisitos
básicosaserematendidosnasfasesdelocalização,instalaçãoeoperação,observadosos
planosmunicipais,estaduaisoufederaisdeusodosolo;
II-LicençadeInstalação(LI),autorizandooiníciodaimplantação,deacordocomas
12
Emmuitoscasososistemadelicenciamentoambientalpoderásersimplificado,constituindo-seapenasdeanuênciapréviapelo
CMMAparaconcessãodeAlvará.
13
Apenasnocasodeseadotarosistemacompletodelicenciamentoambiental.
80
especificaçõesconstantesdoProjetoExecutivoaprovado;e
III-LicençadeOperação(LO),autorizando,apósasverificaçõesnecessárias,oinícioda
atividadelicenciadaeofuncionamentodeseusequipamentosdecontroledepoluição,de
acordocomoprevistonasLicençasPréviaedeInstalação.
Parágrafoúnico-Oprocedimentoadministrativoparaaconcessãoerenovaçãodas
licençascontidasnocaputdesteartigoseráestabelecidoematonormativodoCMMA.
Art.8º-Oprazoparaconcessãodaslicençasreferidasnoartigoanteriorserádeaté6
(seis) meses, ressalvados os casos em que houver a necessidade de apresentação de
estudodeimpactoambientalerespectivoRelatóriodeImpactoAmbiental-RIMA,ourealização
deaudiênciapública,quandooprazoserádeaté12(doze)meses,contados,emqualquer
hipótese,doprotocolodorequerimentodelicenciamento.
Art.9º-CasoaetapaprevistaparaaobtençãodeLicençaPrévia(LP)ouLicençade
Instalação(LI)estejavencida,amesmanãoseráexpedida,nãodesobrigandoointeressado
daapresentaçãoaoCMMAdosestudosambientaiscabíveis,paraaobtençãodaLicençade
Operação(LO).
Parágrafoúnico-AindaqueultrapassadaaetapacorrespondenteàLicençadeInstalação
(LI),oestudodeimpactoambientalerespectivoRelatóriodeImpactoAmbiental-RIMA,
deverãoserelaboradossegundoasinformaçõesdisponíveis,semprejuízodasadicionais
queforemexigidaspeloCMMAparaolicenciamento,demodoapodertornarpúblicasas
característicasdoempreendimentoesuasconseqüênciasambientais.
Art.10-Afiscalizaçãodocumprimentodasnormasdeproteçãoambientalseráexercida
pelaSecretariaMunicipaldeMeioAmbiente,segundaasorientaçõesdoCMMA.
Art.11-ParaarealizaçãodasatividadesdecorrentesdodispostonestaLeieseus
regulamentos,aSecretariaMunicipaldeMeioAmbientepoderáutilizar-se,alémdosrecursos
técnicosehumanosdequedispõe,doconcursodeoutrosórgãosouentidadespúblicasou
privadas,medianteconvênios,contratosecredenciamentodeagentes.
Parágrafoúnico-Oconcurso dosórgãos,deentidadeseagentesaqueserefereocaput
desteartigoseráfirmadocomobjetivodecooperaçãotécnica,nãoimplicandoexercíciodo
poderdepolíciadecompetênciadaSecretariaMunicipaldeMeioAmbiente(ouequivalente).
Art.12-Paragarantiraexecuçãodasmedidasestabelecidasnestalei,noseuregulamento
e nas normas deles decorrentes, fica assegurado aos agentes credenciados do órgão
competenteaentradaemestabelecimentopúblicoouprivadoduranteoperíododeatividade,
eapermanêncianelespelotemponecessário.
81
competeefetuarvistoriaemgeral,levantamentoseavaliações,verificaraocorrênciade
infraçõeselavrarautodefiscalizaçãoedeinfração,determinando,quandonecessária,a
adoçãodedispositivodemediçãoanáliseedecontrole.
Art.15-ASecretariaMunicipaldeMeioAmbiente(ouequivalente)poderá,aseucritério,
determinaràsfontespoluidoras,comônusparaelas,aexecuçãodemediçõesdosníveise
dasconcentraçõesdesuasemissõeselançamentosdepoluentesnosrecursosambientais.
Parágrafoúnico-Asmedições,dequetrataesteartigo,poderãoserexecutadaspelas
própriasfontespoluidorasouporempresasdoramo,dereconhecidaidoneidadeecapacidade
técnicas,semprecomacompanhamentoportécnicoouagentecredenciadopelaSecretaria
MunicipaldeMeioAmbiente(ouequivalente).
Art.16-FicaoPoderExecutivoautorizadoarecolherindenizaçãopecuniáriapelaanálise
dosestudosambientaiseporcustosoperacionaisrelacionadosàatividadedelicenciamento,
fiscalizaçãoemonitoramentoambientais.
CAPITULO IV
Das penalidades
Art. 17 - As infrações desta lei, do seu Regulamento e das demais normas deles
decorrentesserão,acritériodaConselhoMunicipal dePolíticaCMMA,classificadasem
leves,gravesougravíssimas,levando-seemconta:
I-assuasconseqüências;
II-ascircunstânciasatenuanteseagravantes;
III-osantecedentesdoinfrator.
Parágrafoúnico-ORegulamentodestaleifixaráascondutasconsideradaslesivasao
meio ambiente, determinando a gradação, conforme o caput deste artigo, bem como o
procedimentoadministrativoparaaplicaçãodepenaeelaboraçãodasnormastécnicas
complementares,eaindacritérios:
a)paraaclassificaçãodequetrataesteartigo;
b)paraaimposiçãodepena;
c)paracabimentoderecurso,respectivosefeitoseprazosdeinterposição.
Art.18-Semprejuízodascominaçõescíveisepenaiscabíveis,asinfraçõesdequetrata
oartigoanteriorserãopunidascomasseguintespenas:
I-advertência,porescrito,antesdaefetivaçãodasmedidasindicadasnesteartigopara
82
orestabelecimento,noprazofixado,dascondições,padrõesenormaspertinentes;
II-multade379,11(trezentosesetentaenovevírgulaonze)a70.000(setentamil)
UFIRs,observadoodispostonoart.15destaLei.
III-nãoconcessão,restriçãooususpensãodeincentivosfiscaisedeoutrosbenefícios
concedidospeloEstadoouporempresasoboseucontrolediretoouindireto,enquanto
perdurarainfração;
IV-suspensãodasatividades,salvonoscasosreservadosàcompetênciadaUnião.
§1º-AcritériodoCMMA poderáserimpostamultadiária,queserádevidaatéqueo
infratorcorrijaairregularidade.
§2º-Asuspensãodasatividadessóseráaplicadaemcasosdeiminenteriscopara
vidashumanasourecursoseconômicos.
§3º-AspenasprevistasnosincisosIIIeIVdesteartigopoderãoseraplicadassem
prejuízodasindicadasnosincisosIeII.
§4º-Apenapecuniáriateráporreferênciao(a)(utilizaraunidadedereferênciado
município)....nadataemqueforcumpridaesesujeitaráaosjurosdemorade1%(umpor
cento)aomês.
§5º-Nocasodereincidência,configuradapelocometimentodenovainfraçãodamesma
natureza,pelomesmoinfrator,amultaseráaplicadaemdobro.
§ 6º - As multas de que trata este artigo poderão ser pagas em até doze parcelas
mensais,iguaiseconsecutivas,arequerimentodointeressado,noqualconstaráaconfissão
dodébito.
Art.19-OspedidosdereconsideraçãocontrapenaimpostapeloCMMAnãoterãoefeito
suspensivo,salvomedianteTermodeCompromissofirmadopeloinfrator,obrigando-seà
eliminação das condições poluidoras dentro de prazo razoável, fixado pelo CMMA em
cronogramafísico-financeiro.
Art.20-OregulamentodestaLeifixaráoprocessodeformalizaçãodassanções.
CAPITULO V
Das Disposições Finais
Art.21-AcomposiçãodoConselhoesuainstalaçãocomafinalidadeespecíficade
elaboraçãodoprojetoderegulamentaçãodestaLei,dar-se-ádentrode30(trinta)diasa
contardavigênciadapresenteLei.
Art.22-Aconcessãoourenovaçãodelicenças,previstasnestaLei,seráprecedidada
publicaçãodoedital,noDiárioOficialdoEstadoeemjornaldegrandecirculaçãolocal,com
ônusparaorequerente,assegurandoaopúblicoprazoparaexamedopedido,respectivos
projetosepareceresdosórgãosmunicipais,eparaapresentaçãodeimpugnaçãofundamentada
83
porescrito.
§1.º-Asexigênciasprevistasnoartigoaplicam-se,igualmente,atodoprojetode
iniciativadoPoderPúblicooudeentidadesporestemantidas,quesedestinemàimplantação
noMunicípio.
§2.º-OCMMAaoregular,medianteDeliberaçãoNormativa,oprocessodelicenciamento,
levará em conta os diferentes potenciais de poluição das fontes e atividades, para
estabelecer:
I-osrequisitosmínimosdoseditais;
II-osprazosparaexameeapresentaçãodeobjeções;
III-ashipótesesdeisençãodoônusdapublicaçãodeedital.
Art.23-Seráobrigatóriaainclusãodeconteúdosde“EducaçãoAmbiental”nasescolas
municipais,mantidaspelaPrefeituraMunicipal,nosníveisdeprimeiroesegundograus,
conformeprogramaaserelaboradopelaSecretariaMunicipaldeEducação.
Art.24-OPoderExecutivoregulamentaráestaLei,mediantedecretos,dentrode90
(noventa)dias,apartirdadatadesuapublicação.
Art.25-Asfontespoluidorasfixas,jáemfuncionamentoouimplantaçãoàépocade
promulgaçãodestaLei,ficamobrigadasaregistrar-senaSecretariaMunicipaldeMeio
Ambiente,comvistasaoseuenquadramentoaoestabelecidonestaLeiesuaregulamentação.
Art.26-Estaleientraemvigornadatadesuapublicação,revogadasasdisposiçõesem
contrário.
84
18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUSCHI, Denise M.; PEIXOTO,Mônica C.D. Extração de areia, cascalho e argila: técnicas e
controleambiental.BeloHorizonte:FEAM,1997.(ManualdeSaneamentoeProteçãoAmbientalparaos
Municípios,4).
RIBEIRO,MaurícioAndrés,etal.Municípioemeioambiente.BeloHorizonte:FEAM,1998.(Manualde
saneamentoeproteçãoambientalparaosmunicípios,I).
BARROS,RaphaelT.deV.etal.Saneamento.BeloHorizonte:FEAM,1995.(ManualdeSaneamentoe
ProteçãoAmbientalparaosMunicípios,2).
HORTA,A.H.L.;REIS,A.M.(org.)Licenciamentoambiental:coletâneadelegislação.2.ed.Belo
Horizonte:FEAM,2000.(ManualdeSaneamentoeProteçãoAmbientalparaosmunicípios,5)
OLIVEIRA, S.M.L.Gestãourbanaequalidadedevida:geraçãoetratamentoderesíduossólidos
urbanos.In:TAUK–TORNESIELO,S.M.etal.AnáliseAmbiental:estratégiaseações.SãoPaulo:T.A.
Queiroz,1995,p.221–224.
PORTO,MariaF.M.M.EducaçãoAmbiental:conceitosbásicoseinstrumentosdeação.2.ed.Belo
Horizonte:FEAM,1998.(ManualdeSaneamentoeProteçãoAmbientalparaosMunicípios,3)
MARTINS, J.; PENNA, A; SILVEIRA, C. Legislação Ambiental. In: FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO
AMBIENTE. Iniciação ao desenvolvimento sustentável. Belo Horizonte: FEAM, 2002. 33-172.
(ProgramadeApoioaosMunicípios)
PHILIPPI,ArlindoJr.etal.Municípiosemeioambiente;perspectivasparaamunicipalizaçãodagestão
ambientalnoBrasil.SãoPaulo:AssociaçãoNacionaldeMunicípioseMeioAmbiente,1999.201p.
21 PERGUNTAS e respostas para você saber mais sobre a Agenda 21 Local. Comissão Pró-Agenda
21-Rio,1996.
FRANCO,MárciaValadaresdeMelo,PEIXOTO,MônicaCampolinaDiniz.Agenda21Local:21perguntas
erespostas.2.ed.BeloHorizonte:FundaçãoEstadualdoMeioAmbiente,1997.45p.
CONSTRUINDOaAgenda21Local.Brasília:MinistériodoMeioAmbiente,2000.90p.
85
19 CONHEÇA ALGUMAS INSTITUIÇÕES QUE
TRABALHAM PARA PRESERVAR, PROTEGER E
RECUPERAR O MEIO AMBIENTE
Cursos e treinamentos
FEAM – Assessoria de Educação e Extensão Ambiental (AEX)
Telefones:(31)3298-6516ou(31)3298-6517
IEF–AssessoriadeEducaçãoeExtensãoAmbiental
Telefone:(31)3295-6876
SEMAD – Setor de Projetos
Telefone: (31) 3298-6307 ou 3298-6297
86
Poluição ou degradação ambiental causada por indústrias e mineração
FEAM – DivisãodeDocumentaçãoeInformação(DIINF)
Telefones:(31)298-6523 ou 298-6533
Resíduos perigosos
FEAM –DivisãodeDocumentaçãoeInformação(DIINF)
Telefones: (31) 3298-6523 ou 3298-6533
Postos de gasolina
FEAM –DivisãodeDocumentaçãoeInformação(DIINF)
Telefone:(31)3298-6533
DivisãodeCombustíveis(DICOM)
Telefone:(31)3298-6410
87
Telefone: (31) 3298-6523 ou 3298-6533
Garimpo
PMMG – Telefone: (31) 3239-2000 - 190
IBAMA – Telefone: (31) 3299-0700 ou 3299-0782
FEAM – Divisão de Documentação e Informação(DIINF)
Telefones: (31) 3298-6523 ou 3298-6533
PolíciaFederal–Telefone:(31)3330-5200
PrefeiturasMunicipaiseCMMAs
Desmatamentos
IEF–DiretoriadeMonitoramentoeControle(DMC)
Telefone:(31)3337-4066
88
Telefone:(31)3295-7005
Mortandade de peixes e outros animais
IEF–DiretoriadeGestãodaPesca(DGP)
Telefone:(31)3295-3614
PMMG (PFLO) – Telefone: (31) 3483-2055
DisqueDenúncia(PFLO)–Fone:1523
89
Telefones: (31) 3298-6523 ou 3298-6533
Aplicação indiscriminada de agrotóxicos e disposição inadequada de embalagens
IMA – Telefone: (31) 3213–6300
Poluição sonora
Prefeituras Municipais, CMMAs, Delegacias de Ecologia e PMMG
Abate de animais
IMA – Telefone (31) 3213–6300
Material Radioativo
IBAMA – Telefones: (31) 3299-0700 ou 3299–0782
90
CONTATOS DA FEAM NO INTERIOR
Montes Claros
Guilherme/Beatriz-Telefone:(38)3229-8153
Ponte Nova
HelderdeAquino-Telefone:(31)3817-1460
Caratinga
Luciana Campos - Telefone: (33) 33212122 - Ramal:318
Sete Lagoas
MônicaCampolina-Telefone:(31)3774-8273
Lavras
ValériaFirmino -Telefone:(35)3821-4011
91
Escritório Regional Alto Jequitinhonha
Diamantina-Telefone:(38)3531.3919
Escritório Regional Alto Médio São Francisco
Januária-Telefone:(38)3621.2611
IGAM
EscritóriosRegionaisdoIGAM
Araguari-Telefones:(34)3241-6577
MontesClaros -Telefone:(38)3212-8803
Bom Despacho - Telefone: (31) 3522-5000
92
COMISSÕES PRÓ-COMITÊS
93
9. UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS -
JEQUITINHONHA 1 (J Q 1)
AltoJequitinhonha
Telefone:(38)3531-1350
94
SEMAD
SecretariadeEstadodeMeioAmbienteeDesenvolvimentoSustentável
Av.PrudentedeMorais,1671–SantaLúcia–BeloHorizonte–MG
CEP 30380–000
Telefones: (31) 3298.6330 – (31) 3298.6320
FAX (31) 3298.6311
E–mail:gabinete@semad.mg.gov.br
COPAM
ConselhoEstadualdePolíticaAmbiental
Av.PrudentedeMorais,1671–SantaLúcia–BeloHorizonte–MG
CEP 30380–000
SuperintendênciadePolíticaAmbiental
Telefone:(31)3298-6305
FEAM
FundaçãoEstadualdoMeioAmbiente
Av. Prudente de Morais, 1671 – Santa Lúcia – Belo Horizonte – MG – CEP 30380–000
Telefones:Geral: (31)3298.6200
Protocolo: (31)3298.6523
Licenciamento: (31) 3298.6533 ou (31) 3298-6523
Assessoria de Comunicação: (31) 3298-6503
AssessoriadeEducaçãoeExtensãoAmbiental:(31)3298-6518
FAX (31) 3298.6539
E–mail:feam@feam.br
Site:www.feam.br
IEF
InstitutoEstadualdeFlorestas
Rua Paracatu, 304 – Barro Preto – Belo Horizonte – MG – CEP 30180–090
Telefone: (31) 3295.5179 – FAX (31) 3330.7018
E–mail:dg@ief.mg.gov.br
Site:www.ief.mg.gov.br
IGAM
InstitutoMineirodeGestãodasÁguas
Rua Santa Catarina, 1354 – Lourdes – Belo Horizonte – MG
CEP 30170–081
Telefone: (31) 3337-3355 – FAX (31) 3337-3283
E–mail:diretoriageral@igam.mg.gov.br
Site:www.igam.mg.gov.br
Desenvolvimento sustentável
A partir da década de 70 o mundo passou a sentir e discutir as contradições do
modelo de desenvolvimento econômico-social adotado, baseado no crescimento
econômico a qualquer preço, em que a exploração sem limites dos recursos naturais
e a concentração espacial de população e renda no meio urbano vêm
sobrecarregando as estruturas instaladas, elevando os índices de pobreza e a
degradação ambiental. Desde então passamos a repensar nossos valores e nosso
papel no mundo. Passamos a nos perguntar: em que mundo queremos viver, que futuro
queremos construir para as próximas gerações?
A Conferência de Estocolmo sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, realizada
em 1972 na Suécia, foi um marco para os debates sobre os problemas decorrentes
do modelo de desenvolvimento em curso e sobre a responsabilidade dos países na
busca da construção de um novo modelo de desenvolvimento, como diz SACHS(1993),
“ um crescimento diferente, ambientalmente prudente e socialmente responsável,
voltado para uma qualidade de vida superior e equitativamente distribuída.”
A grave crise ambiental e social vivenciada por todos, traduzida no crescimento da
pobreza, no comprometimento da quantidade e qualidade dos recursos hídricos, no
desemprego crescente, no comprometimento da saúde das populações pela ausência
de saneamento básico, extinção de espécies, poluição generalizada, entre outros,
alguns mais próximos ou mais distantes da realidade de cada um, exigem a adoção de
um novo comportamento frente a questão.
A solução seria a adoção de um novo modelo de desenvolvimento, que envolva
mais que a proteção ambiental e busque a reconciliação entre questões aparentemente
conflitantes relacionadas ao desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a
justiça social. Este modelo de desenvolvimento, voltado para um crescimento durável,
pressupõe a passagem de uma abordagem pontual para uma abordagem sistêmica da
gestão ambiental, baseada no fortalecimento da proposta de ações integradas,
responsabilidades compartilhadas e participação em todos os níveis por meio de
sistemas de tomada de decisão que integrem fatores econômicos, sociais e ambientais.
Viver de forma sustentável significa buscar a harmonia entre o desenvolvimento e a
utilização de recursos naturais. A humanidade não pode tirar da natureza mais do que
sua capacidade de suporte. Isto significa que precisamos adotar estilos de vida e de
desenvolvimento que respeitem esses limites.
O verdadeiro objetivo do desenvolvimento é melhorar a qualidade de vida. É
necessário rever valores e mudar comportamentos para alcançar um modo de vida
sustentável.
Estamos preparados para este desafio?
Não podemos prever o futuro mas podemos planejá-lo e mobilizar a sociedade
em torno de uma visão comum do mundo que queremos.