II

Notas - Pauta
MED, Bohumil - Teoria da Música - 5ª edição
A mais importante característica do som é a altura.

Até o século XI, a altura era a única característica grafada. No século XII
inicia-se a definição da duração. O timbre começa a ser indicado a partir do
século XVI e a intensidade a partir do século XVII.
A música foi cultivada durante muito tempo por transmissão oral, de geração
em geração. As origens da notação musical ocidental encontram-se nos
símbolos taquigráficos gregos - notação fonética. Do século V ao século VII,
foi aperfeiçoado um sistema de neumas, uma espécie de mnemônica, que
não definia a altura exata, apenas dava uma ideia aproximada da melodia.
Por volta do século IX, surge a pauta. A princípio consistia em uma única
linha horizontal colorida (vermelha - representava a nota Fá) a qual foi
posteriormente acrescentada outra linha colorida (amarela - representando a
nota Dó). Guido de Arezzo(992-1050) sugeriu o emprego de três e quatro
linhas (o canto gregoriano utiliza até hoje o tetragrama) O pentagrama,
sistema de cinco linhas paralelas, conhecido desde o século XI, foi adotado
apenas no século XVII.
Embora sejam inúmeros os sons empregados na música, para representá-los
bastam somente sete notas.
Na Idade Média, o Papa Gregório Magno, aproximadamente 540 d.C.,
definiu o nome das notas de acordo com o alfabeto em A, B, C, D, E, F, G,
nomenclatura usada até hoje em inglês, alemão, grego etc. O monge italiano
Guido de Arezzo introduziu o sistema silábico: ut, ré, mi, fá, sol, lá. No século
XVI foi acrescida a nota si e no ano 1640 o italiano Giovanni Battista Doni
substituiu o ut pelo dó, definindo assim a nomenclatura atual:
dó - ré - mi - fá - sol - lá - si - Usada no Brasil, Itália, França, Rússia e outros
países
C - D - E - F - G - A - H (alemão) - Usada em inglês, alemão e outras
C - D - E - F - G - A - B (inglês) línguas.
Obs.: A letra “B” representa a nota “si” em inglês, enquanto, em alemão, a
letra “B” representa a nota “si bemol”.
NOTA - símbolo gráfico do som na notação musical;
- som cuja altura é definida e identificada.
Os nomes das notas se repetem de sete em sete da seguinte maneira:
Mais grave
...si dó ré mi fá sol lá si dó ré mi fá sol lá si dó… ...si dó…
Mais agudo
No piano, estas sete notas correspondem às teclas brancas.
Obs.: As notas são, da mesma maneira que as letras, somente um meio
técnico para registrar as ideias.
O PENTAGRAMA ou a PAUTA MUSICAL é a disposição de cinco linhas
paralelas horizontais e quatro espaços intermediários, onde se escrevem as
notas musicais. Contam-se as linhas e os espaços da pauta de baixo para
cima:
5
4 4
3 3
linhas espaços
2 2
1 1

As notas são representadas graficamente com sinais na forma oval, que,

pelas posições tomadas no pentagrama, indicam os sons mais graves ou os
mais agudos.
 mais
agudo
mais
grave

A nota que está num espaço não deve passar para a linha de cima nem para
a de baixo. A nota que está numa linha ocupa a metade do espaço superior e
a metade do espaço inferior.

Na pauta podem ser escritas apenas nove notas. Para grafar as notas mais
agudas ou as mais graves, utilizam-se as linhas suplementares (curtos
segmentos de linha horizontal que atuam como uma extensão da pauta,
mantendo o mesmo distanciamento das linhas da pauta normal).
 5
5
superiores 4
4
superiores
3
2 3
1 2
1

linhas espaços
suplementares suplementares
1 1
2 2
3 3
4 4
inferiores 5 5 inferiores
Contam-se as linhas e os espaços suplementares a partir da pauta
Obs.: As linhas suplementares são também chamadas de linhas
complementares ou auxiliares.
A largura da linha suplementar é um pouco maior que a cabeça da nota.

As linhas suplementares são individuais (independentes) para cada nota.

Somente são grafadas as linhas suplementares estritamente indispensáveis.

O número de linhas suplementares é ilimitado, mas procura-se evitar os

excessos (acima de oito).
Exercício
Grafar a nota na linha ou no espaço indicado:

a) 1ª linha b) 3º espaço c) 2º espaço supl. inf.

d) 4ª linha supl. sup e) 5ª linha f) 1º espaço supl. sup.

a) b) c) d) e) f)