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SEMANA SANTA:

Semana Santa
CONVITE AO AMOR E AO PERDÃO
Em preparação ao Tríduo Pascal, reflitamos sobre as palavras que Jesus
dirigiu ao Pai durante a sua Paixão.

2020
Terminada a Última Ceia, Jesus pediu ao Pai que o glorificasse (cf. Jo 17,1.5).
A glória, na Bíblia, se refere à ação reveladora de Deus. Jesus é aquele que
revela de modo definitivo a presença de Deus através da sua morte na cruz.
Para quem julgasse que a glória era poder e fama, Jesus mostra que a verda-
deira glória é amor: uma entrega generosa e incondicional ao outro. Façamos
nossa a oração de Jesus: peçamos ao Pai que retire os véus de nossos olhos,
para que, nestes dias, olhando para o Crucificado, possamos compreender
CONTÉM:
que Deus é amor. Quantas vezes o imaginamos patrão, e não Pai; quantas • Celebrações completas
vezes o imaginamos juiz severo, em vez de Salvador misericordioso! Mas • Celebração da Reconciliação
• Visita e bênção às famílias
Deus, na Páscoa, anula as distâncias, mostrando-se na humildade de um
• Via-Sacra
amor que solicita nosso amor. • Cantos próprios
Nós, então, damos-lhe glória quando vivemos tudo o que fazemos com
amor, quando fazemos cada coisa de coração, como para ele (cf. Cl 3,17). A
verdadeira glória é a glória do amor, porque é a única que dá a vida ao mundo.
Sim, essa glória é oposta à glória mundana, que se manifesta quando somos
admirados, louvados, aclamados: quando eu ocupo o centro das atenções. A
glória de Deus, ao invés, é paradoxal: nada de aplausos, nada de audience. No
centro não está o eu, mas o outro: na Páscoa, vemos que o Pai glorifica o Filho,
enquanto o Filho glorifica o Pai. Ninguém glorifica a si mesmo. Podemos nos
interrogar hoje: “Qual é a glória pela qual vivo? A minha ou a de Deus? Desejo
somente receber dos outros ou também doar aos outros?”.
Já no jardim do Getsêmani, tomado de uma profunda angústia, Jesus se
dirige ao Pai, com o termo carinhoso Abbá (cf. Mc 14,33-36), ensinando-nos
a encontrar consolo e força junto do Pai, e a não cair na tentação da solidão e
do isolamento.
Por fim, pregado na cruz, no momento da dor mais aguda, Jesus exclama,
intercedendo por nós: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazen-
do!” (cf. Lc 23,34): o sofrimento, vivido com amor, se converte em perdão.
Desse modo, somos convidados a viver dando sempre glória a Deus, ou seja,
com amor e perdão.

Papa Francisco
(Síntese da catequese do dia 17/4/2019)

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Liturgia Diaria Semana Santa 2020 - Capa.indd 337 12/12/19 10:56


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liturgia de cada dia (partes fixas da missa, leituras, orações, cantos, memória dos santos,
solenidades e festas litúrgicas, artigos sobre o Evangelho dos domingos e círculos
bíblicos). Um guia especial para rezar, celebrar e meditar a Palavra de Deus diariamente.

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• Os valores das tabelas são válidos para assinaturas realizadas até 30 abril de 2020.
ÍNDICE
3 I – LITURGIA DA MISSA
10 II – LITURGIA DA SEMANA SANTA
10 Dia 5 de abril: Domingo de Ramos e da Paixão
16 Dia 6 de abril: Segunda-feira Santa
19 Dia 7 de abril: Terça-feira Santa
21 Dia 8 de abril: Quarta-feira Santa
24 Dia 9 de abril: Quinta-feira Santa
24 Missa do Crisma
29 Missa da Ceia do Senhor
33 Vigília eucarística
34 Dia 10 de abril: Sexta-feira Santa (celebração da Paixão)
44 Dia 11 de abril: Sábado Santo (Vigília Pascal)
58 Dia 12 de abril: Domingo da Páscoa da ressurreição
63 III – VIA-SACRA
71 IV – CELEBRAÇÃO DA RECONCILIAÇÃO
74 V – VISITA ÀS FAMÍLIAS
Bênção à família (e ao doente, se houver)
75 VI – CANTOS
Além da liturgia completa da Semana Santa, este livreto traz: a via-sacra, a ser rezada em
qualquer momento nestes dias; uma Celebração da Reconciliação, a ser realizada, em algum
dos três primeiros dias da semana, com a comunidade ou com os grupos; um roteiro de
visita às famílias, prática comum nesta semana em muitas paróquias, durante a qual se pode
benzer as famílias e, se houver, os doentes.

Jornalista responsável
Pe. Valdir José de Castro, ssp
Coordenação
Pe. Darci Luiz Marin, ssp
Redator
Pe. Nilo Luza, ssp
Imagem da capa
istockphoto.com
Ilustrações
Stefano Pachì (p. 10, 29, 34, 44, 58)
Giorgio Trevisan, Periodici San Paolo S.r.l. “La Domenica” (p. 19, 21, 24)
Nino Musio, Periodici San Paolo S.r.l. “La Domenica” (p. 16, 70)
Giovanni Domenico Tiepolo (1727-1804), igreja de San Polo, Veneza, Itália (p. 63-70)
Editoração, impressão e acabamento
PAULUS
Texto litúrgico publicado com a autorização da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

© PAULUS – 2020
Rua Francisco Cruz, 229
04117-091 – SÃO PAULO – SP
Fax (11) 5579-3627 - Tel. (11) 5087-3700
www.paulus.com.br - liturgiadiaria@paulus.com.br
ISBN 978-85-349-5058-9
I – LITURGIA DA MISSA

RITOS INICIAIS

1 – SAUDAÇÃO (Tempo da Páscoa)


PR: Em nome do Pai e do Filho e do PR: Senhor, nossa paz, tende piedade
Espírito Santo. de nós.
AS: Amém. AS: Senhor, tende piedade de nós.
PR: A graça de nosso Senhor Jesus PR: Cristo, nossa Páscoa, tende piedade
de nós.
Cristo, o amor do Pai e a comunhão
do Espírito Santo estejam convosco. AS: Cristo, tende piedade de nós.
AS: Bendito seja Deus, que nos PR: Senhor, nossa vida, tende piedade
reuniu no amor de Cristo. de nós.
AS: Senhor, tende piedade de nós.
OU
PR: Deus todo-poderoso tenha com-
PR: O Senhor esteja convosco.
paixão de nós, perdoe os nossos pe-
AS: Ele está no meio de nós. cados e nos conduza à vida eterna.
2 – ATO PENITENCIAL AS: Amém.
PR: Irmãos e irmãs, reconheçamos as 3 – GLÓRIA (rezado ou cantado)
nossas culpas para celebrarmos digna- AS: Glória a Deus nas alturas e paz
mente os santos mistérios (pausa). na terra aos homens por ele ama-
(Tempo da Quaresma) dos. Senhor Deus, rei dos céus,
PR: Senhor, que fazeis passar da mor- Deus Pai todo-poderoso. Nós vos
te para a vida quem ouve a vossa pa- louvamos, nós vos bendizemos,
lavra, tende piedade de nós. nós vos adoramos, nós vos glorifi-
camos, nós vos damos graças por
AS: Senhor, tende piedade de nós. vossa imensa glória. Senhor Je-
PR: Cristo, que quisestes ser levanta- sus Cristo, Filho unigênito, Senhor
do da terra para atrair-nos a vós, ten- Deus, Cordeiro de Deus, Filho de
de piedade de nós. Deus Pai. Vós que tirais o pecado
AS: Cristo, tende piedade de nós. do mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
PR: Senhor, que nos submeteis ao jul-
acolhei a nossa súplica. Vós que es-
gamento da vossa cruz, tende piedade
tais à direita do Pai, tende piedade
de nós.
de nós. Só vós sois o Santo, só vós,
AS: Senhor, tende piedade de nós. o Senhor. Só vós o Altíssimo, Jesus
PR: Deus todo-poderoso tenha com- Cristo. Com o Espírito Santo, na gló-
paixão de nós, perdoe os nossos pe- ria de Deus Pai. Amém.
cados e nos conduza à vida eterna. 4 – ORAÇÃO DO DIA
AS: Amém. (próprio do dia)

3
LITURGIA DA PALAVRA

5 – LEITURA(S) Virgem Maria; padeceu sob Pôn-


(próprias do dia) cio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado. Desceu à mansão dos
6 – EVANGELHO mortos; ressuscitou ao terceiro dia,
(próprio do dia) subiu aos céus; está sentado à di-
7 – PROFISSÃO DE FÉ reita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e
AS: Creio em Deus Pai todo-pode- os mortos. Creio no Espírito Santo;
roso, criador do céu e da terra. E em na santa Igreja católica; na comu-
Jesus Cristo, seu único Filho, nos- nhão dos santos; na remissão dos
so Senhor, que foi concebido pelo pecados; na ressurreição da carne;
poder do Espírito Santo; nasceu da na vida eterna. Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

8 – PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS PR: Orai, irmãos e irmãs, para que o


PR: Bendito sejais, Senhor, Deus do nosso sacrifício seja aceito por Deus
universo, pelo pão que recebemos de Pai todo-poderoso.
vossa bondade, fruto da terra e do tra- AS: Receba o Senhor por tuas mãos
balho humano, que agora vos apre- este sacrifício, para glória do seu
sentamos e para nós se vai tornar pão nome, para nosso bem e de toda a
da vida. santa Igreja.
AS: Bendito seja Deus para sempre.
9 – SOBRE AS OFERENDAS
Pelo mistério desta água e deste vinho,
(própria do dia)
possamos participar da divindade do
vosso Filho, que se dignou assumir a 10 – ORAÇÃO EUCARÍSTICA
nossa humanidade.
PR: O Senhor esteja convosco!
PR: Bendito sejais, Senhor, Deus do
universo, pelo vinho que recebemos AS: Ele está no meio de nós.
de vossa bondade, fruto da videira e PR: Corações ao alto!
do trabalho humano, que agora vos AS: O nosso coração está em Deus.
apresentamos e para nós se vai tornar
PR: Demos graças ao Senhor, nosso
vinho da salvação.
Deus!
AS: Bendito seja Deus para sempre.
AS: É nosso dever e nossa salvação.
De coração contrito e humilde, sejamos,
Senhor, acolhidos por vós; e seja o nos-
so sacrifício de tal modo oferecido, que Prefácio da paixão II (a vitória da
vos agrade, Senhor, nosso Deus. paixão): Na verdade, é justo e neces-
Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e pu- sário, é nosso dever e salvação dar-
rificai-me de meus pecados. -vos graças, sempre e em todo lugar,

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Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo- Prefácio da Páscoa I (o mistério pas-
-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. cal): Na verdade, é justo e necessá-
Já se aproximam os dias de sua paixão rio, é nosso dever e salvação dar-vos
salvadora e de sua gloriosa ressurrei- graças, sempre e em todo lugar, mas
ção. Dias em que celebramos, com fer- sobretudo nesta noite (neste dia) em
vor, a vitória sobre o antigo inimigo e que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
entramos no mistério da nossa reden- Ele é o verdadeiro Cordeiro, que tira
ção. Enquanto a multidão dos anjos e o pecado do mundo. Morrendo, des-
dos santos se alegra eternamente na truiu a morte e, ressurgindo, deu-nos
vossa presença em humilde adora- a vida. Transbordando de alegria pas-
ção, nós nos associamos aos seus lou- cal, nós nos unimos aos anjos e a todos
vores, cantando (dizendo) a uma só os santos para celebrar a vossa glória,
voz... cantando (dizendo) a uma só voz...

ORAÇÃO EUCARÍSTICA I
(Missal, página 469)

PR: Pai de misericórdia, a quem sobem AS: Lembrai-vos, ó Pai, de


nossos louvores, nós vos pedimos por vossos filhos!
Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nos- PR: Em comunhão com toda a Igreja,
so, que abençoeis @ estas oferendas veneramos a sempre Virgem Maria,
apresentadas ao vosso altar. mãe de nosso Deus e Senhor, Jesus
AS: Abençoai nossa oferenda, Cristo; e também são José, esposo de
ó Senhor! Maria, os santos apóstolos e mártires:
PR: Nós as oferecemos pela vossa Igre- Pedro e Paulo, André e todos os vos-
ja santa e católica: concedei-lhe paz e sos santos. Por seus méritos e preces,
proteção, unindo-a num só corpo e concedei-nos sem cessar a vossa pro-
governando-a por toda a terra. Nós as teção.
oferecemos também pelo vosso servo
o papa (...), por nosso bispo (...) e por Na missa da Ceia do Senhor
todos os que guardam a fé que rece- PR: Em comunhão com toda a Igreja,
beram dos apóstolos. celebramos este dia santo em que
AS: Conservai a vossa Igreja nosso Senhor Jesus Cristo foi entre-
sempre unida! gue por nós. E veneramos a sempre
PR: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos fi- Virgem Maria, mãe de nosso Deus e
lhos e filhas (...) e de todos os que cir- Senhor, Jesus Cristo; e também são
cundam este altar, dos quais conhe- José, esposo de Maria, os santos após-
ceis a fidelidade e a dedicação em vos tolos e mártires: Pedro e Paulo, André
servir. Eles vos oferecem conosco este e todos os vossos santos.
sacrifício de louvor por si e por todos Da Vigília Pascal até o 2º domingo da Páscoa
os seus e elevam a vós as suas preces PR: Em comunhão com toda a Igreja,
para alcançar o perdão de suas faltas, a celebramos o dia santo (a noite santa)
segurança em suas vidas e a salvação da ressurreição de nosso Senhor Jesus
que esperam. Cristo. Veneramos também a Virgem

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Maria e seu esposo, são José, os santos PR: Na noite em que ia ser entregue,
apóstolos e mártires: Pedro e Paulo, ele tomou o pão em suas mãos, ele-
André e todos os vossos santos. Por vou os olhos a vós, ó Pai, deu graças
seus méritos e preces, concedei-nos e o partiu e deu a seus discípulos, di-
sem cessar a vossa proteção. zendo:

AS: Em comunhão com toda a Na missa da Ceia do Senhor


Igreja aqui estamos! PR: Na noite em que ia ser entregue
PR: Recebei, ó Pai, com bondade, a para padecer pela salvação de todos,
oferenda dos vossos servos e de toda isto é, hoje, ele tomou o pão em suas
a vossa família; dai-nos sempre a vos- mãos, elevou os olhos a vós, ó Pai, deu
sa paz, livrai-nos da condenação e graças e o partiu e deu a seus discípu-
acolhei-nos entre os vossos eleitos. los, dizendo:

Na missa da Ceia do Senhor TOMAI, TODOS, E COMEI:


PR: Recebei, ó Pai, com bondade, a ISTO É O MEU CORPO,
oferenda dos vossos servos e de toda QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
a vossa família em memória do dia em Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
que nosso Senhor Jesus Cristo entre- tomou o cálice em suas mãos, deu gra-
gou aos seus discípulos, para que o ças novamente e o deu a seus discípu-
celebrassem, o mistério do seu Corpo los, dizendo:
e do seu Sangue. Dai-nos sempre a TOMAI, TODOS, E BEBEI:
vossa paz, livrai-nos da condenação ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE,
e acolhei-nos entre os vossos eleitos. O SANGUE DA NOVA E ETERNA
Da Vigília Pascal até o 2º domingo da Páscoa
ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
PR: Recebei, ó Pai, com bondade, a POR VÓS E POR TODOS
oferenda dos vossos servos e de toda PARA REMISSÃO DOS PECADOS.
a vossa família. Nós a oferecemos tam- FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
bém por aqueles que fizestes renascer
Eis o mistério da fé!
pela água e pelo Espírito Santo, dan-
do-lhes o perdão de todos os peca- AS: Anunciamos, Senhor, a vossa
dos. Dai-nos sempre a vossa paz, li- morte e proclamamos a vossa res-
vrai-nos da condenação eterna e aco- surreição. Vinde, Senhor Jesus!
lhei-nos entre os vossos eleitos. OU
AS: Todas as vezes que comemos
Estendendo as mãos sobre as oferendas: deste pão e bebemos deste cálice,
PR: Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santi- anunciamos, Senhor, a vossa morte,
ficar estas oferendas, a fim de que se enquanto esperamos a vossa vin-
tornem para nós o Corpo e o Sangue da!
de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor OU
nosso. AS: Salvador do mundo, salvai-nos,
AS: Santificai nossa oferenda, vós que nos libertastes pela cruz e
ó Senhor! ressurreição!

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PR: Celebrando, pois, a memória da da, marcados com o sinal da fé. A eles
paixão do vosso Filho, da sua ressur- e a todos os que adormeceram no Cris-
reição dentre os mortos e gloriosa as- to concedei a felicidade, a luz e a paz.
censão aos céus, nós, vossos servos e AS: Lembrai-vos, ó Pai,
também vosso povo santo, vos ofere- dos vossos filhos!
cemos, ó Pai, dentre os bens que nos
destes, o sacrifício perfeito e santo, pão PR: E a todos nós, pecadores, que con-
da vida eterna e cálice da salvação. fiamos na vossa imensa misericórdia,
concedei, não por nossos méritos, mas
AS: Recebei, ó Senhor,
por vossa bondade, o convívio dos
a nossa oferta!
apóstolos e mártires: João Batista e
PR: Recebei, ó Pai, esta oferenda, Estêvão, Matias e Barnabé e todos os
como recebestes a oferta de Abel, o vossos santos. Por Cristo, Senhor nos-
sacrifício de Abraão e os dons de Mel-
so.
quisedeque. Nós vos suplicamos que
ela seja levada à vossa presença, para AS: Concedei-nos o convívio
que, ao participarmos deste altar, re- dos eleitos!
cebendo o Corpo e o Sangue de vos- PR: Por ele não cessais de criar e santifi-
so Filho, sejamos repletos de todas as car estes bens e distribuí-los entre nós.
graças e bênçãos do céu. Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
AS: Recebei, ó Senhor, vós, Deus Pai todo-poderoso, na uni-
a nossa oferta! dade do Espírito Santo, toda a honra
PR: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos fi- e toda a glória, agora e para sempre.
lhos e filhas (...) que partiram desta vi- AS: Amém.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA II
(Missal, página 478)

PR: Na verdade, ó Pai, vós sois santo Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
e fonte de toda santidade. Santificai,tomou o cálice em suas mãos, deu
pois, estas oferendas, derramando so- graças novamente e o deu a seus dis-
cípulos, dizendo:
bre elas o vosso Espírito, a fim de que
se tornem para nós o Corpo e @ o San- TOMAI, TODOS, E BEBEI:
gue de Jesus Cristo, vosso Filho e Se-ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE,
nhor nosso. O SANGUE DA NOVA E ETERNA
AS: Santificai nossa oferenda, ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
ó Senhor! POR VÓS E POR TODOS
PARA REMISSÃO DOS PECADOS.
PR: Estando para ser entregue e abra-
FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
çando livremente a paixão, ele tomou
o pão, deu graças e o partiu e deu a Eis o mistério da fé!
seus discípulos, dizendo: AS: Anunciamos, Senhor, a vossa
TOMAI, TODOS, E COMEI: morte e proclamamos a vossa res-
ISTO É O MEU CORPO, surreição. Vinde, Senhor Jesus!
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. OU

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AS: Todas as vezes que comemos fim de vos louvarmos e glorificarmos
deste pão e bebemos deste cálice, por Jesus Cristo, vosso Filho.
anunciamos, Senhor, a vossa morte, AS: Concedei-nos o convívio
enquanto esperamos a vossa vinda! dos eleitos!
OU PR: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
AS: Salvador do mundo, salvai-nos, vós, Deus Pai todo-poderoso, na uni-
vós que nos libertastes pela cruz e dade do Espírito Santo, toda a honra
ressurreição! e toda a glória, agora e para sempre.
PR: Celebrando, pois, a memória da AS: Amém.
morte e ressurreição do vosso Filho, 11 – RITO DA COMUNHÃO
nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vi-
da e o cálice da salvação; e vos agra- PR: Obedientes à palavra do Salvador
decemos porque nos tornastes dig- e formados por seu divino ensina-
nos de estar aqui na vossa presença e mento, ousamos dizer:
vos servir. AS: Pai nosso que estais nos céus,
AS: Recebei, ó Senhor, santificado seja o vosso nome; ve-
nha a nós o vosso reino, seja feita a
a nossa oferta!
vossa vontade, assim na terra como
PR: E nós vos suplicamos que, partici- no céu; o pão nosso de cada dia
pando do Corpo e Sangue de Cristo, nos dai hoje; perdoai-nos as nossas
sejamos reunidos pelo Espírito Santo ofensas, assim como nós perdoa-
num só corpo. mos a quem nos tem ofendido, e
AS: Fazei de nós um só corpo não nos deixeis cair em tentação,
e um só espírito! mas livrai-nos do mal.
PR: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja PR: Livrai-nos de todos os males, ó
que se faz presente pelo mundo intei- Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajuda-
ro: que ela cresça na caridade, com o dos pela vossa misericórdia, sejamos
papa (...), com o nosso bispo (...) e to- sempre livres do pecado e protegidos
dos os ministros do vosso povo. de todos os perigos, enquanto, viven-
AS: Lembrai-vos, ó Pai, do a esperança, aguardamos a vinda
da vossa Igreja! do Cristo salvador.
PR: Lembrai-vos também dos nossos AS: Vosso é o reino, o poder
irmãos e irmãs que morreram na es- e a glória para sempre!
perança da ressurreição e de todos os PR: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos
que partiram desta vida: acolhei-os vossos apóstolos: “Eu vos deixo a paz,
junto a vós na luz da vossa face. eu vos dou a minha paz”. Não olheis
AS: Lembrai-vos, ó Pai, os nossos pecados, mas a fé que ani-
dos vossos filhos! ma vossa Igreja; dai-lhe, segundo o
PR: Enfim, nós vos pedimos, tende vosso desejo, a paz e a unidade. Vós,
piedade de todos nós e dai-nos parti- que sois Deus, com o Pai e o Espírito
cipar da vida eterna, com a Virgem Ma- Santo. AS: Amém.
ria, mãe de Deus, com são José, seu es- PR: A paz do Senhor esteja sempre
poso, com os santos apóstolos e todos convosco.
os que neste mundo vos serviram, a AS: O amor de Cristo nos uniu.

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AS: Senhor, eu não sou digno/a de
Se for oportuno, o presidente convida para o
abraço da paz.
que entreis em minha morada, mas
AS: Cordeiro de Deus, que tirais o pe- dizei uma palavra e serei salvo/a.
cado do mundo, tende piedade de
Que o Corpo de Cristo me guarde para a
nós (bis). Cordeiro de Deus, que tirais
vida eterna. Que o Sangue de Cristo me
o pecado do mundo, dai-nos a paz.
guarde para a vida eterna.
Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o Depois da comunhão, o padre reza:
vosso Sangue, que vou receber, não se
Fazei, Senhor, que conservemos num co-
tornem causa de juízo e condenação;
mas, por vossa bondade, sejam susten- ração puro o que nossa boca recebeu. E
to e remédio para minha vida. que esta dádiva temporal se transforme
para nós em remédio eterno.
PR: Felizes os convidados para a ceia
do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que 12 – DEPOIS DA COMUNHÃO
tira o pecado do mundo. (própria do dia)

RITOS FINAIS

13 – BÊNÇÃO FINAL PR: Ide em paz, e o Senhor vos acom-


PR: O Senhor esteja convosco. panhe.
AS: Ele está no meio de nós. AS: Graças a Deus.
PR: Abençoe-vos Deus todo-podero- (Vigília Pascal e dia da Páscoa)
so, Pai e Filho @ e Espírito Santo. PR: Que o Deus todo-poderoso vos
AS: Amém. abençoe nesta solenidade pascal e vos
PR: Ide em paz, e o Senhor vos acom- proteja contra todo pecado.
panhe. AS: Graças a Deus. AS: Amém.
(Paixão do Senhor) PR: Aquele que nos renova para a vida
PR: O Pai de misericórdia, que vos deu eterna, pela ressurreição do seu Filho
um exemplo de amor na paixão do vos enriqueça com o dom da imorta-
seu Filho, vos conceda, pela vossa de- lidade. AS: Amém.
dicação a Deus e ao próximo, a graça PR: E vós, que, transcorridos os dias
de sua bênção. AS: Amém. da paixão do Senhor, celebrais com
PR: O Cristo, cuja morte vos libertou alegria a festa da Páscoa, possais che-
da morte eterna, conceda-vos receber gar exultantes à festa das eternas ale-
o dom da vida. AS: Amém. grias.
PR: Tendo seguido a lição de humil- AS: Amém.
dade deixada pelo Cristo, participeis PR: Abençoe-vos Deus todo-podero-
igualmente de sua ressurreição. so, Pai e Filho @ e Espírito Santo.
AS: Amém. AS: Amém.
PR: Abençoe-vos Deus todo-podero- PR: Ide em paz, e o Senhor vos acom-
so, Pai e Filho @ e Espírito Santo. panhe, aleluia, aleluia.
AS: Amém. AS: Graças a Deus, aleluia, aleluia.

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II – LITURGIA DA SEMANA SANTA

DIA 5 DE ABRIL – DOMINGO


RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR
(vermelho, creio, prefácio próprio – 2ª semana do saltério)

Lembretes e sugestões: 1) Providenciar ramos para a assembleia. 2) Acolher bem as pessoas


que vão chegando e oferecer-lhes ramos, se não os trazem. 3) Sendo possível, iniciar a celebra-
ção fora da igreja. 4) Se houver bênção e procissão dos ramos, não haverá ato penitencial. 5) Dar
destaque à cruz e ao cartaz da CF na procissão. 6) O comentário inicial pode ser dispensado em
favor da exortação do presidente. 7) A via-sacra (cf. página 63) pode ser rezada em qualquer dia
da semana e antes ou depois da celebração da sexta-feira da Paixão.

RITOS INICIAIS

Com os ramos nas mãos, seguimos os


passos de Jesus em sua entrada em Jeru-
salém e em seu percurso rumo à cruz. A
solene liturgia nos introduz na Semana
Santa, centro do grande acontecimento
de nossa fé: o mistério da paixão, morte
e ressurreição do Senhor. Acolhamos e
bendigamos aquele que vem a nós como humilde servidor.

Ramos nas mãos, a assembleia reunida – se pos- dor para que, associados pela gra-
sível fora da igreja – entoa o canto de abertura
(página 75, número 1). ça à sua cruz, participemos tam-
bém de sua ressurreição e de sua
Acolhida e exortação vida.
O presidente saúda e acolhe a assembleia e, em A seguir, abençoa os ramos:
seguida, exorta-a com as palavras:
Deus eterno e todo-poderoso, aben-
Meus irmãos e minhas irmãs, du- çoai @ estes ramos, para que, se-
rante as cinco semanas da Qua- guindo com alegria o Cristo, nos-
resma, preparamos os nossos co- so rei, cheguemos por ele à eterna
rações pela oração, pela penitên- Jerusalém. Por Cristo, nosso Se-
cia e pela caridade. Hoje aqui nos nhor.
reunimos e vamos iniciar, com to- O presidente asperge os ramos.
da a Igreja, a celebração da Páscoa Evangelho (Mateus 21,1-11)
de nosso Senhor. Para realizar o
PR: O Senhor esteja convosco.
mistério de sua morte e ressurrei-
ção, Cristo entrou em Jerusalém, AS: Ele está no meio de nós.
sua cidade. Celebrando com fé e PR: Proclamação do Evangelho
piedade a memória desta entrada, de Jesus Cristo segundo Mateus.
sigamos os passos de nosso salva- AS: Glória a vós, Senhor.
Dia 5 10
PR: Naquele tempo, 1Jesus e seus Procissão
discípulos aproximaram-se de Je- Meus irmãos e minhas irmãs, imi-
rusalém e chegaram a Betfagé, no tando o povo que aclamou Jesus,
monte das Oliveiras. Então Jesus comecemos com alegria a nossa
enviou dois discípulos, 2dizendo- procissão.
-lhes: “Ide até o povoado que está Durante a procissão, a assembleia entoa o canto
número 2 da página 75 ou outro apropriado e
ali na frente e logo encontrareis conhecido. Terminada a procissão, o presidente
uma jumenta amarrada e, com da celebração inicia a missa com a oração do
ela, um jumentinho. Desamarrai- dia. Se não houver procissão, a missa começa
como de costume.
-a e trazei-os a mim! 3Se alguém
vos disser alguma coisa, direis: ‘O Antífona da entrada: Seis dias antes
da solene Páscoa, quando o Senhor
Senhor precisa deles, mas logo os veio a Jerusalém, correram até ele os
devolverá’”. 4Isso aconteceu pa- pequeninos. Trazendo em suas mãos
ra se cumprir o que foi dito pelo ramos e palmas, em alta voz cantavam
profeta: 5“Dizei à filha de Sião: em sua honra: Bendito és tu que vens
Eis que o teu rei vem a ti, manso e com tanto amor! Hosana nas alturas!
montado num jumento, num ju- Oração do dia
mentinho, num potro de jumen- Deus eterno e todo-poderoso,
ta”. 6Então os discípulos foram para dar aos homens um exemplo
e fizeram como Jesus lhes havia de humildade, quisestes que o
mandado. 7Trouxeram a jumenta nosso Salvador se fizesse homem
e o jumentinho e puseram sobre e morresse na cruz. Concedei-nos
eles suas vestes, e Jesus montou. aprender o ensinamento da sua
8
A numerosa multidão estendeu paixão e ressuscitar com ele em
suas vestes pelo caminho, enquan- sua glória. Por nosso Senhor Jesus
to outros cortavam ramos das ár- Cristo, vosso Filho, na unidade do
vores e os espalhavam pelo ca- Espírito Santo.
minho. 9As multidões que iam na
frente de Jesus e os que o seguiam, LITURGIA DA PALAVRA
gritavam: “Hosana ao Filho de Da- Acolhamos a Palavra que nos apresenta
vi! Bendito o que vem em nome Jesus como o servo sofredor, aquele que
do Senhor! Hosana no mais alto se esvaziou a si mesmo, o justo e o Filho
dos céus!” 10Quando Jesus entrou de Deus.
em Jerusalém, a cidade inteira se I leitura (Isaías 50,4-7)
agitou, e diziam: “Quem é este ho- Leitura do livro do profeta Isaías
mem?” 11E as multidões respon- – 4O Senhor Deus deu-me língua
diam: “Este é o profeta Jesus, de adestrada, para que eu saiba dizer
Nazaré da Galileia”. – Palavra da palavras de conforto à pessoa aba-
salvação. tida; ele me desperta cada manhã
Agora (ou após o evangelho da paixão) pode
haver breve homilia. A seguir, o presidente e me excita o ouvido, para prestar
convida para dar início à procissão. atenção como um discípulo. 5O
11 Dia 5
Senhor abriu-me os ouvidos; não † glorificai-o, descendentes de Ja-
lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofere- có, / e respeitai-o, toda a raça de Is-
ci as costas para me baterem e as rael! – R.
faces para me arrancarem a barba;
II leitura (Filipenses 2,6-11)
não desviei o rosto de bofetões e
cusparadas. 7Mas o Senhor Deus Leitura da carta de são Paulo aos
é meu auxiliador, por isso não me Filipenses – 6Jesus Cristo, existin-
deixei abater o ânimo, conservei o do em condição divina, não fez do
rosto impassível como pedra, por- ser igual a Deus uma usurpação,
que sei que não sairei humilhado. 7
mas ele esvaziou-se a si mesmo,
– Palavra do Senhor. assumindo a condição de escravo
e tornando-se igual aos homens.
Salmo responsorial 21(22)
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, volume 1,
Encontrado com aspecto huma-
faixa 19 – Paulus) no, 8humilhou-se a si mesmo, fa-
Meu Deus, meu Deus, por que me zendo-se obediente até a morte,
abandonastes? e morte de cruz. 9Por isso, Deus o
          exaltou acima de tudo e lhe deu o
         
          
nome que está acima de todo no-
             
 
           
 me. 10Assim, ao nome de Jesus, to-
1. Riem de mim todos aqueles do joelho se dobre no céu, na terra
que me veem, / torcem os lábios e abaixo da terra 11e toda língua
e sacodem a cabeça: / “Ao Senhor proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”,
se confiou, ele o liberte / e agora para a glória de Deus Pai. – Palavra
o salve, se é verdade que ele o do Senhor.
ama!” – R.
Evangelho (Mateus 27,11-54 –
2. Cães numerosos me rodeiam mais breve)
furiosos, / e por um bando de mal-
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
vados fui cercado. / Transpassa-
ram minhas mãos e os meus pés, Jesus Cristo se tornou obediente, / obe-
diente até a morte numa cruz; / pelo
/ e eu posso contar todos os meus que o Senhor Deus o exaltou / e deu-
ossos. – R. -lhe um nome muito acima de outro
3. Eles repartem entre si as minhas nome (Fl 2,8s). – R.
vestes / e sorteiam entre si a mi- N (Narrador): Paixão de nosso
nha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor Jesus Cristo segundo Ma-
Senhor, não fiqueis longe, / ó mi- teus – Naquele tempo, 11Jesus foi
nha força, vinde logo em meu so- posto diante de Pôncio Pilatos, e
corro! – R. este o interrogou:
4. Anunciarei o vosso nome a meus
L (Leitor): Tu és o rei dos judeus?
irmãos / e no meio da assembleia
hei de louvar-vos! / Vós que temeis N: Jesus declarou:
ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, P (Presidente): É como dizes.
Dia 5 12
N: 12E nada respondeu, quando L: Que farei com Jesus, que cha-
foi acusado pelos sumos sacerdo- mam de Cristo?
tes e anciãos. 13Então Pilatos per- N: Todos gritaram:
guntou:
G: Seja crucificado!
L: Não estás ouvindo de quanta
coisa eles te acusam? N: 23Pilatos falou:
N: 14Mas Jesus não respondeu uma L: Mas que mal ele fez?
só palavra, e o governador ficou N: Eles, porém, gritaram com mais
muito impressionado. 15Na festa força:
da Páscoa, o governador costu- G: Seja crucificado!
mava soltar o prisioneiro que a N: 24Pilatos viu que nada conse-
multidão quisesse. 16Naquela oca- guia e que poderia haver uma re-
sião, tinham um prisioneiro famo- volta. Então mandou trazer água,
so, chamado Barrabás. 17Então Pi- lavou as mãos diante da multidão
latos perguntou à multidão reu- e disse:
nida:
L: Eu não sou responsável pelo
L: Quem vós quereis que eu solte:
sangue deste homem. Este é um
Barrabás ou Jesus, a quem cha-
problema vosso!
mam de Cristo?
N: 25O povo todo respondeu:
N: 18Pilatos bem sabia que eles ha-
viam entregado Jesus por inveja. G: Que o sangue dele caia sobre
19
Enquanto Pilatos estava sentado nós e sobre os nossos filhos.
no tribunal, sua mulher mandou N: 26Então Pilatos soltou Barra-
dizer a ele: bás, mandou flagelar Jesus e en-
L: Não te envolvas com esse justo! tregou-o para ser crucificado. 27Em
Porque esta noite, em sonho, sofri seguida, os soldados de Pilatos
muito por causa dele. levaram Jesus ao palácio do go-
vernador e reuniram toda a tropa
N: 20Porém os sumos sacerdotes e
em volta dele. 28Tiraram sua roupa
os anciãos convenceram as mul-
e o vestiram com um manto ver-
tidões para que pedissem Barra-
melho; 29depois teceram uma co-
bás e que fizessem Jesus morrer.
roa de espinhos, puseram a coroa
21
O governador tornou a pergun-
em sua cabeça e uma vara em sua
tar:
mão direita. Então se ajoelharam
L: Qual dos dois quereis que eu diante de Jesus e zombaram, di-
solte? zendo:
N: Eles gritaram: G: Salve, rei dos judeus!
G (Grupo ou assembleia): Bar- N: 30Cuspiram nele e, pegando uma
rabás. vara, bateram na sua cabeça. 31De-
N: 22Pilatos perguntou: pois de zombar dele, tiraram-lhe
13 Dia 5
o manto vermelho e, de novo, o ficados com Jesus, o insultavam.
vestiram com suas próprias rou- 45
Desde o meio-dia até as três ho-
pas. Daí o levaram para crucificar. ras da tarde, houve escuridão so-
32
Quando saíam, encontraram um bre toda a terra. 46Pelas três horas
homem chamado Simão, da cida- da tarde, Jesus deu um forte grito:
de de Cirene, e o obrigaram a car-
P: Eli, eli, lamá sabactâni?
regar a cruz de Jesus. 33E chega-
ram a um lugar chamado Gólgota, N: Que quer dizer: “Meu Deus,
que quer dizer “lugar da caveira”. meu Deus, por que me abando-
34
Ali deram vinho misturado com naste?” 47Alguns dos que ali esta-
fel para Jesus beber. Ele provou, vam, ouvindo-o, disseram:
mas não quis beber. 35Depois de o G: Ele está chamando Elias!
crucificarem, fizeram um sorteio,
N: 48E logo um deles, correndo,
repartindo entre si as suas vestes.
pegou uma esponja, ensopou-a
36
E ficaram ali sentados, montan-
em vinagre, colocou-a na ponta
do guarda. 37Acima da cabeça de
Jesus, puseram o motivo da sua de uma vara e lhe deu para beber.
condenação: “Este é Jesus, o rei
49
Outros, porém, disseram:
dos judeus”. 38Com ele também G: Deixa, vamos ver se Elias vem
crucificaram dois ladrões, um à salvá-lo!
direita e outro à esquerda de Je- N: 50Então Jesus deu outra vez um
sus. 39As pessoas que passavam forte grito e entregou o espírito.
por ali o insultavam, balançando Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.
a cabeça e dizendo:
N: 51E eis que a cortina do santuá-
G: 40Tu que ias destruir o templo
rio rasgou-se de alto a baixo, em
e construí-lo de novo em três
duas partes, a terra tremeu e as
dias, salva-te a ti mesmo! Se és
pedras se partiram. 52Os túmulos
o Filho de Deus, desce da cruz!
se abriram e muitos corpos dos
N: 41Do mesmo modo, os sumos santos falecidos ressuscitaram!
sacerdotes, junto com os mestres 53
Saindo dos túmulos, depois da
da lei e os anciãos, também zom-
ressurreição de Jesus, apareceram
bavam de Jesus:
na cidade santa e foram vistos por
G: 42A outros salvou... a si mes- muitas pessoas. 54O oficial e os
mo não pode salvar! É rei de soldados que estavam com ele
Israel... Desça agora da cruz! e
guardando Jesus, ao notarem o
acreditaremos nele. 43Confiou
terremoto e tudo que havia acon-
em Deus; que o livre agora, se
tecido, ficaram com muito medo
é que Deus o ama! Já que ele
e disseram:
disse: Eu sou o Filho de Deus.
N: 44Do mesmo modo, também G: Ele era mesmo Filho de Deus!
os dois ladrões, que foram cruci- N: Palavra da salvação.
Dia 5 14
Pistas para a reflexão: Evangelho (entra-
PR: Rezemos em dois coros a oração
da de Jesus em Jerusalém): Na frente dos da Campanha da Fraternidade:
discípulos, Jesus caminha decidido para Je- M (mulheres): Deus, nosso Pai, fonte
rusalém. Ao se aproximar da cidade, mon-
ta num jumentinho e é acompanhado pelo da vida e princípio do bem viver, / crias-
povo, que o aclama com alegria: “Bendito o tes o ser humano e lhe confiastes o
rei, que vem em nome do Senhor”. O Mes- mundo / como um jardim a ser cultiva-
tre realizou grandes obras em favor dos do com amor.
mais necessitados e agora é acolhido com
entusiasmo pelo povo. I leitura: É o terceiro H (homens): Dai-nos um coração aco-
cântico do servo descrito pelo profeta Isaías. lhedor / para assumir a vida como dom
Nesse cântico, o servo é caracterizado como
fiel discípulo e autêntico profeta, que não te-
e compromisso. / Abri nossos olhos pa-
me contrariedades nem perseguições, pois ra ver / as necessidades dos nossos ir-
Deus é seu auxiliador. II leitura: Descreve mãos e irmãs, / sobretudo dos mais po-
o despojamento de Jesus. Não teve medo e, bres e marginalizados.
como autêntico servo, viveu a experiência
humana até a morte. Deus, porém, recom- M: Ensinai-nos a sentir verdadeira com-
pensou sua fidelidade, exaltando-o na glória paixão, / expressa no cuidado frater-
e tornando-o Senhor. Evangelho (paixão): no, / próprio de quem reconhece no
O evangelho da paixão segundo Mateus
descreve o processo de julgamento e conde- próximo / o rosto do vosso Filho.
nação do justo por excelência, Jesus. Os ad- H: Inspirai-nos palavras e ações / para
versários, nesta hora, unem-se para acusar sermos construtores de uma nova so-
injustamente e condenar como subversivo
o homem de Nazaré. Ele é vítima do império, ciedade, / reconciliada no amor.
que não admite contestação. A vida fiel ao AS: Dai-nos a graça de vivermos /
Pai leva Jesus a não ter medo nem desistir
da missão que Deus lhe confiara. Discípulo em comunidades eclesiais missio-
seu é aquele que o segue e permanece com nárias, que, compadecidas, / vejam,
ele, mesmo diante dos perigos, e carrega a se aproximem e cuidem daqueles
própria cruz. que sofrem, / a exemplo de Maria, a
Senhora da Conceição Aparecida, /
Preces da assembleia e de santa Dulce dos Pobres, Anjo
PR: Irmãos e irmãs, dirijamos nossas sú- Bom do Brasil.
plicas a Deus, nosso Pai, que nos deu PR: Por Jesus, o Filho amado, no Espí-
seu Filho como Rei e Messias, exaltan- rito, Senhor que dá a vida.
do seu nome acima de todo nome. Di-
gamos: AS: Amém.
AS: Senhor, nosso auxílio, ouvi-nos. LITURGIA EUCARÍSTICA
1. Vós, Senhor, que estivestes com Je- Celebramos a paixão e morte de Cristo,
sus no caminho do calvário, conduzi a mistério que dá sentido ao nosso sofri-
Igreja rumo à vida nova da Páscoa, nós mento. Com o pão e o vinho, ofertemos a
vos pedimos. vida de todos os sofredores e das vítimas
2. Vós, que tivestes de Cristo a perfeita de processos injustos.
obediência, fortalecei os cristãos leigos
e leigas na fidelidade ao vosso reino de Sobre as oferendas
amor e de paz, nós vos pedimos.
Ó Deus, pela paixão de nosso Se-
3. Vós, cujo Filho suportou a coroa de nhor Jesus Cristo, sejamos recon-
espinhos, amparai os que sofrem, no
corpo e na alma, as dores dos espinhos ciliados convosco, de modo que,
da discriminação, da injustiça e do des- ajudados pela vossa misericórdia,
respeito, nós vos pedimos. alcancemos, pelo sacrifício do
15 Dia 5
vosso Filho, o perdão que não Sugestão: Oração Eucarística II (página 7).
merecemos por nossas obras. Por Antífona da comunhão: Ó Pai, se este
Cristo, nosso Senhor. cálice não pode passar sem que eu o
beba, faça-se a tua vontade! (Mt 26,42)
Prefácio: a paixão do Senhor
Depois da comunhão
Na verdade, é justo e necessário,
é nosso dever e salvação dar-vos Saciados pelo vosso sacramento,
graças, sempre e em todo lugar, nós vos pedimos, ó Deus: como,
Senhor, Pai santo, Deus eterno e pela morte do vosso Filho, nos
todo-poderoso, por Cristo, Senhor destes esperar o que cremos, dai-
nosso. Inocente, Jesus quis sofrer -nos, pela sua ressurreição, alcan-
pelos pecadores. Santíssimo, quis çar o que buscamos. Por Cristo,
ser condenado a morrer pelos cri- nosso Senhor.
minosos. Sua morte apagou nos-
RITOS FINAIS
sos pecados e sua ressurreição
nos trouxe vida nova. Por ele, os Iniciamos a Semana Santa, que nos inse-
anjos cantam vossa grandeza e re no grande mistério da paixão, morte
e ressurreição de Jesus. Somos convida-
os santos proclamam vossa glória. dos a participar, ao longo destes dias,
Concedei-nos também a nós asso- das celebrações fundamentais de nossa
ciar-nos a seus louvores, cantando fé.
(dizendo) a uma só voz... Bênção solene, página 9.

DIA 6 DE ABRIL – SEGUNDA-FEIRA


SEMANA SANTA
(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)

Sugestão: Após a homilia, se for oportuno, pode-se ungir as pessoas (na fronte), reproduzindo
o gesto de amor da mulher do evangelho.

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: Acusai, Senhor,
meus acusadores; combatei aqueles que
me combatem! Tomai escudo e armadura,
levantai-vos, vinde em meu socorro! Se-
nhor, meu Deus, força que me salva! (Sl 34,1s;
Sl 139,8)

Os três primeiros dias da Semana Santa


são marcados pelos cânticos do “servo do Senhor”, do livro do profeta Isaías.
Hoje somos convidados a contemplar a doação da vida do servo de Deus,
ungido para a missão. Pelo batismo fomos ungidos para participar da missão
profética, sacerdotal e régia de Cristo. O gesto profético da mulher, perfumando
o ambiente com sua atitude de amor, seja por nós compreendido e assimilado.

Dia 6 16
Oração do dia cárcere os que vivem nas trevas”.
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, – Palavra do Senhor.
que desfalece por sua fraqueza, Salmo responsorial 26(27)
recobrar novo alento pela paixão
O Senhor é minha luz e salvação.
do vosso Filho. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unida- 1. O Senhor é minha luz e salva-
de do Espírito Santo. ção; / de quem eu terei medo? /
O Senhor é a proteção da minha
LITURGIA DA PALAVRA vida; / perante quem eu tremerei?
Compassivo e manso, o servo de Deus – R.
não esmorece nem se deixa abater pelos 2. Quando avançam os malvados
obstáculos, pois foi ungido para resistir
contra mim, / querendo devorar-
a qualquer dificuldade.
-me, / são eles, inimigos e opresso-
Leitura (Isaías 42,1-7) res, / que tropeçam e sucumbem.
Leitura do livro do profeta Isaías – – R.
1
“Eis o meu servo – eu o recebo; 3. Se contra mim um exército se
eis o meu eleito – nele se compraz armar, / não temerá meu coração;
minha alma; pus meu espírito so- / se contra mim uma batalha es-
bre ele, ele promoverá o julga- tourar, / mesmo assim confiarei.
mento das nações. 2Ele não clama – R.
nem levanta a voz, nem se faz 4. Sei que a bondade do Senhor
ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma eu hei de ver / na terra dos viven-
cana rachada nem apaga um pa- tes. / Espera no Senhor e tem co-
vio que ainda fumega, mas pro- ragem, / espera no Senhor! – R.
moverá o julgamento para obter
a verdade. 4Não esmorecerá nem Evangelho (João 12,1-11)
se deixará abater, enquanto não Honra, glória, poder e louvor / a Jesus,
estabelecer a justiça na terra; os nosso Deus e Senhor!
países distantes esperam os seus Salve, nosso rei, somente vós / tendes
ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor compaixão dos nossos erros. – R.
Deus, que criou o céu e o esten- Proclamação do evangelho de
deu, firmou a terra e tudo que de- Jesus Cristo segundo João – 1Seis
la germina, que dá a respiração dias antes da Páscoa, Jesus foi a
aos seus habitantes e o sopro da Betânia, onde morava Lázaro, que
vida ao que nela se move: 6“Eu, o ele havia ressuscitado dos mor-
Senhor, te chamei para a justiça e tos. 2Ali ofereceram a Jesus um
te tomei pela mão; eu te formei jantar; Marta servia e Lázaro era
e te constituí como o centro de um dos que estavam à mesa com
aliança do povo, luz das nações, ele. 3Maria, tomando quase meio
7
para abrires os olhos dos cegos, litro de perfume de nardo puro e
tirar os cativos da prisão, livrar do muito caro, ungiu os pés de Jesus
17 Dia 6
e enxugou-os com seus cabelos. do mundo, obra de vossas mãos, nós
A casa inteira ficou cheia do per- vos pedimos.
fume do bálsamo. 4Então falou 4. Vós que passastes pela cruz, conce-
Judas Iscariotes, um dos seus dis- dei ânimo e coragem aos doentes e a
todos os que sofrem, nós vos pedimos.
cípulos, aquele que o havia de en-
5. Vós que dais a vida ao mundo, ensi-
tregar: 5“Por que não se vendeu nai-nos a valorizar a vida, nas suas dife-
este perfume por trezentas moe- rentes manifestações, e todas as vossas
das de prata, para as dar aos po- obras, nós vos pedimos. Preces espontâneas.
bres?” 6Judas falou assim não por-
que se preocupasse com os po- LITURGIA EUCARÍSTICA
bres, mas porque era ladrão; ele Aproxima-se o grande momento da en-
tomava conta da bolsa comum e trega de Jesus. Ele é o ungido de Deus
que se doa por amor à humanidade e
roubava o que se depositava ne- por fidelidade ao Pai.
la. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a;
ela fez isto em vista do dia de mi- Sobre as oferendas
nha sepultura. 8Pobres, sempre os Considerai, ó Deus, com bondade,
tereis convosco, enquanto a mim, os sagrados mistérios que celebra-
nem sempre me tereis”. 9Muitos mos, e o remédio que destinastes
judeus, tendo sabido que Jesus a sanar o mal que cometemos pro-
estava em Betânia, foram para lá, duza em nós a vida eterna. Por
não só por causa de Jesus, mas Cristo, nosso Senhor.
também para verem Lázaro, que Prefácio da paixão II (página 4) e (sugestão)
Oração Eucarística II (página 7).
Jesus havia ressuscitado dos mor-
tos. 10Então os sumos sacerdotes Antífona da comunhão: Não oculteis
decidiram matar também Láza- de mim a vossa face, na hora em que a
angústia me invadir; inclinai para mim
ro, 11porque, por causa dele, mui- o vosso ouvido; no dia em que vos
tos deixavam os judeus e acredi- chamar, respondei-me (Sl 101,3).
tavam em Jesus. – Palavra da sal-
vação. Depois da comunhão
Preces da assembleia
Visitai, ó Deus, o vosso povo e as-
sisti com vosso amor de Pai os que
1. Vós, Senhor Jesus, que nos mostrais
o caminho para a vida nova, santificai
celebram os vossos mistérios, para
vossa Igreja, nós vos pedimos. que conservemos, pela vossa pro-
AS: Senhor, nossa luz e salvação, teção, os remédios da salvação
ouvi-nos. eterna que recebemos de vossa
2. Vós que fostes ungido pela irmã de misericórdia. Por Cristo, nosso Se-
Lázaro, abençoai as mulheres e os ho- nhor.
mens que se dedicam às comunidades,
nós vos pedimos.
3. Vós que libertais os que vivem nas
trevas, livrai vosso povo da ganância e assinaturas@paulus.com.br
ajudai-o a cultivar com amor o jardim Tel./WhatsApp: (11) 3789-4000 / (11) 99974-1840

Dia 6 18
DIA 7 DE ABRIL – TERÇA-FEIRA
SEMANA SANTA
(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: Não me deixeis,
Senhor, à mercê de meus adversários, pois
contra mim se levantaram testemunhas
falsas, mas volta-se contra eles a sua ini-
quidade (Sl 26,12).

Desde o ventre materno, somos amados


por Deus e escolhidos por ele para uma
missão, que se prolonga por toda a vida. Celebremos com o propósito de sermos
sempre fiéis ao amor do Pai, nossa rocha protetora e nosso refúgio, sem trair
a confiança dele em nós nem negar nossa condição de discípulas e discípulos
missionários de Jesus no mundo de hoje.

Oração do dia vo, Israel, em quem serei glorifica-


Deus eterno e todo-poderoso, dai- do”. 4E eu disse: “Trabalhei em vão,
-nos celebrar de tal modo os mis- gastei minhas forças sem fruto, inu-
térios da paixão do Senhor, que tilmente; entretanto o Senhor me
possamos alcançar vosso perdão. fará justiça e o meu Deus me dará
Por nosso Senhor Jesus Cristo... recompensa”. 5E, agora, diz-me o
Senhor – ele que me preparou des-
LITURGIA DA PALAVRA de o nascimento para ser seu servo
Somos luz no caminho das pessoas à me- – que eu recupere Jacó para ele e
dida que nos mantemos fiéis ao amor de faça Israel unir-se a ele; aos olhos do
Deus; podemos nos tornar trevas quan- Senhor, esta é a minha glória. 6Disse
do negamos ou traímos o seu amor. ele: “Não basta seres meu servo
para restaurar as tribos de Jacó e
Leitura (Isaías 49,1-6)
reconduzir os remanescentes de
Leitura do livro do profeta Isaías Israel: eu te farei luz das nações,
– 1Nações marinhas, ouvi-me; po- para que minha salvação chegue
vos distantes, prestai atenção: o até os confins da terra”. – Palavra
Senhor chamou-me antes de eu do Senhor.
nascer; desde o ventre de minha
mãe, ele tinha na mente o meu no- Salmo responsorial 70(71)
me; 2fez de minha palavra uma es- Minha boca anunciará vossa justiça.
pada afiada, protegeu-me à som- 1. Eu procuro meu refúgio em vós,
bra de sua mão e fez de mim uma Senhor, / que eu não seja envergo-
flecha aguçada, escondida em sua nhado para sempre! / Porque sois
aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu ser- justo, defendei-me e libertai-me! /
19 Dia 7
Escutai a minha voz, vinde salvar- Jesus estava falando. 25Então, o
-me! – R. discípulo, reclinando-se sobre o
2. Sede uma rocha protetora para peito de Jesus, perguntou-lhe:
mim, / um abrigo bem seguro que “Senhor, quem é?” 26Jesus respon-
me salve! / Porque sois a minha deu: “É aquele a quem eu der o
força e meu amparo, † o meu refú- pedaço de pão passado no mo-
gio, proteção e segurança! / Liber- lho”. Então Jesus molhou um pe-
tai-me, ó meu Deus, das mãos do daço de pão e deu-o a Judas, filho
ímpio. – R. de Simão Iscariotes. 27Depois do
3. Porque sois, ó Senhor Deus, mi- pedaço de pão, satanás entrou
nha esperança, / em vós confio des- em Judas. Então Jesus lhe disse:
de a minha juventude! / Sois meu “O que tens a fazer, executa-o de-
apoio desde antes que eu nasces- pressa”. 28Nenhum dos presentes
se, / desde o seio maternal, o meu compreendeu por que Jesus lhe
amparo. – R. disse isso. 29Como Judas guardava
4. Minha boca anunciará todos os a bolsa, alguns pensavam que
dias / vossa justiça e vossas graças Jesus lhe queria dizer: “Compra
incontáveis. / Vós me ensinastes o que precisamos para a festa”
desde a minha juventude, / e até ho- ou que desse alguma coisa aos
je canto as vossas maravilhas. – R. pobres. 30 Depois de receber o
pedaço de pão, Judas saiu ime-
Evangelho (João 13,21-33.36-38)
diatamente. Era noite. 31Depois
Honra, glória, poder e louvor / a Jesus, que Judas saiu, disse Jesus: “Agora
nosso Deus e Senhor!
foi glorificado o Filho do homem,
Salve, ó rei, obediente ao Pai; / vós
fostes levado para ser crucificado / co- e Deus foi glorificado nele. 32Se
mo um manso cordeiro é conduzido à Deus foi glorificado nele, também
matança. – R. Deus o glorificará em si mesmo e
Proclamação do evangelho de o glorificará logo. 33Filhinhos, por
Jesus Cristo segundo João – Na- pouco tempo estou ainda convos-
quele tempo, estando à mesa co. Vós me procurareis, e agora
com os seus discípulos, 21Jesus fi- vos digo, como eu disse também
cou profundamente comovido e aos judeus: ‘Para onde eu vou,
testemunhou: “Em verdade, em vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro
verdade vos digo, um de vós me perguntou: “Senhor, para onde
entregará”. 22Desconcertados, os vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para
discípulos olhavam uns para os onde eu vou, tu não me podes
outros, pois não sabiam de quem seguir agora, mas me seguirás
Jesus estava falando. 23Um deles, mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor,
a quem Jesus amava, estava re- por que não posso seguir-te ago-
costado ao lado de Jesus. 24Simão ra? Eu darei a minha vida por ti!”
Pedro fez-lhe um sinal para que 38
Respondeu Jesus: “Darás a tua
ele procurasse saber de quem vida por mim? Em verdade, em
Dia 7 20
verdade te digo, o galo não can- mente com o pão e o vinho, a vida das
tará antes que me tenhas negado pessoas incompreendidas e perseguidas
três vezes”. – Palavra da salvação. por causa da fidelidade ao evangelho
de Jesus.
Preces da assembleia
1. Senhor Jesus, vós que sois a espe- Sobre as oferendas
rança do mundo, ajudai a Igreja a per- Considerai, ó Deus, com bondade,
severar no caminho da doação até o
fim, nós vos pedimos. as oferendas da vossa família. Se
AS: Santificai-nos, Senhor, podemos agora participar dos
em vosso amor. vossos dons sagrados, fazei-nos
2. Vós que sois a luz dos povos, uni chegar também à sua plenitude.
os cristãos na mesma fé e no mesmo Por Cristo, nosso Senhor.
amor, nós vos pedimos. Prefácio da paixão II (página 4) e (sugestão)
3. Vós que sois o defensor dos fracos, Oração Eucarística II (página 7).
guardai vossos fiéis dos perigos e ad-
versidades, nós vos pedimos. Antífona da comunhão: Deus não
4. Vós que morrestes por amor, forta- quis poupar seu próprio Filho, mas o
lecei os que buscam defender a vida entregou por todos nós (Rm 8,32).
ameaçada do povo, nós vos pedimos. Depois da comunhão
5. Vós que sois nosso mestre, ensinai-
-nos o respeito à liberdade religiosa e Nutridos pelos dons que nos sal-
firmai-nos na fidelidade ao evangelho, vam, imploramos, ó Deus, vossa
nós vos pedimos. Preces espontâneas.
misericórdia, para que o mesmo
LITURGIA EUCARÍSTICA sacramento que nos alimenta na
Da mesa da Palavra, passamos à mesa terra nos faça participar da vida
da Eucaristia, na qual ofertamos, junta- eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

DIA 8 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA


SEMANA SANTA
(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: Ao nome de Jesus,
todo joelho se dobre no céu, na terra e na
mansão dos mortos, pois o Senhor se fez
obediente até a morte, e morte de cruz. E
por isso Jesus Cristo é Senhor na glória de
Deus Pai (Fl 2,10.8.11).

Às vésperas do Tríduo Pascal, a liturgia,


confrontando-nos com a traição de Judas, convida-nos a contemplar nossa
relação com Deus, a qual deve se basear na sinceridade e na transparência. Na Eu-
caristia busquemos forças para promover o bem e a dignidade das pessoas e para
nos mantermos em sintonia com o projeto do Pai, que exige de nós fidelidade.

21 Dia 8
Oração do dia Salmo responsorial 68(69)
Ó Deus, que fizestes vosso Filho Respondei-me, pelo vosso imenso
padecer o suplício da cruz para amor, / neste tempo favorável, Se-
arrancar-nos à escravidão do peca- nhor Deus.
do, concedei aos vossos servos e 1. Por vossa causa é que sofri tan-
servas a graça da ressurreição. Por tos insultos / e o meu rosto se co-
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso briu de confusão; / eu me tornei
Filho, na unidade do Espírito San- como um estranho a meus irmãos,
to. / como estrangeiro para os filhos
de minha mãe. / Pois meu zelo e
LITURGIA DA PALAVRA meu amor por vossa casa / me de-
O servo fiel não foge ao sofrimento nem voram como fogo abrasador; / e
desanima diante da perseguição e das os insultos de infiéis que vos ul-
decepções, mas se mantém confiante trajam / recaíram todos eles sobre
em Deus e firme na missão assumida. mim! – R.
Leitura (Isaías 50,4-9) 2. O insulto me partiu o coração.
† Eu esperei que alguém de mim
Leitura do livro do profeta Isaías tivesse pena; / procurei quem me
– 4O Senhor Deus deu-me língua aliviasse e não achei! / Deram-me
adestrada, para que eu saiba dizer fel como se fosse um alimento, /
palavras de conforto à pessoa aba- em minha sede ofereceram-me
tida; ele me desperta cada manhã vinagre! – R.
e me excita o ouvido, para prestar 3. Cantando, eu louvarei o vosso
atenção como um discípulo. 5O Se- nome / e, agradecido, exultarei
nhor abriu-me os ouvidos; não lhe de alegria! / Humildes, vede isto
resisti nem voltei atrás. 6Ofereci e alegrai-vos: † o vosso coração
as costas para me baterem e as fa- reviverá / se procurardes o Senhor
ces para me arrancarem a barba: continuamente! / Pois nosso Deus
não desviei o rosto de bofetões e atende à prece dos seus pobres /
cusparadas. 7Mas o Senhor Deus e não despreza o clamor de seus
é meu auxiliador, por isso não me cativos. – R.
deixei abater o ânimo, conservei o Evangelho (Mateus 26,14-25)
rosto impassível como pedra, por- Salve, Cristo, luz da vida, / companheiro
que sei que não sairei humilhado. na partilha!
8
A meu lado está quem me justifi- Salve, nosso rei, somente vós / tendes
ca; alguém me fará objeções? Ve- compaixão dos nossos erros. – R.
jamos. Quem é meu adversário? Proclamação do evangelho de
Aproxime-se. 9Sim, o Senhor Deus Jesus Cristo segundo Mateus – Na-
é meu auxiliador; quem é que me quele tempo, 14um dos doze discí-
vai condenar? – Palavra do Senhor. pulos, chamado Judas Iscariotes,
Dia 8 22
foi ter com os sumos sacerdotes AS: Senhor,
15
e disse: “O que me dareis se vos conduzi-nos no bom caminho.
entregar Jesus?” Combinaram, en- 2. Firmai as autoridades públicas e polí-
tão, trinta moedas de prata. 16E daí ticas na fidelidade ao bem comum e no
desempenho ético de suas atribuições,
em diante, Judas procurava uma nós vos pedimos.
oportunidade para entregar Je-
3. Protegei os perseguidos por causa
sus. 17No primeiro dia da festa dos do compromisso com a paz e com a jus-
Ázimos, os discípulos aproxima- tiça do vosso reino, nós vos pedimos.
ram-se de Jesus e perguntaram: 4. Renovai a disposição do vosso povo
“Onde queres que façamos os pre- de viver, de forma consciente e plena,
parativos para comer a Páscoa?” os mistérios pascais, nós vos pedimos.
18
Jesus respondeu: “Ide à cidade, 5. Dai-nos forças para nunca vos trair
procurai certo homem e dizei-lhe: nem trair as pessoas e defendei-nos
‘O mestre manda dizer: O meu das mentiras, nós vos pedimos.
tempo está próximo, vou celebrar Preces espontâneas.

a Páscoa em tua casa, junto com LITURGIA EUCARÍSTICA


meus discípulos’”. 19Os discípulos
Na noite da última ceia, Jesus foi preso e
fizeram como Jesus mandou e levado a julgamento. Em cada Eucaristia,
prepararam a Páscoa. 20Ao cair da ele renova seu sacrifício e se doa como
tarde, Jesus pôs-se à mesa com nosso alimento.
os doze discípulos. 21Enquanto
comiam, Jesus disse: “Em verdade Sobre as oferendas
eu vos digo, um de vós vai me Acolhei, ó Deus, nossa oferenda e
trair”. 22Eles ficaram muito tristes deixai agir vossa misericórdia, pa-
e, um por um, começaram a lhe ra que consigamos os frutos do
perguntar: “Senhor, será que sou sacramento em que celebramos
eu?” 23Jesus respondeu: “Quem a paixão do vosso Filho. Que vive
vai me trair é aquele que comigo e reina para sempre.
põe a mão no prato. 24O Filho do Prefácio da paixão II (página 4) e (sugestão)
Oração Eucarística II (página 7).
homem vai morrer, conforme diz
a Escritura a respeito dele. Contu- Antífona da comunhão: O Filho do ho-
do, ai daquele que trair o Filho do mem veio não para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida para salva-
homem! Seria melhor que nunca
ção de todos (Mt 20,28).
tivesse nascido!” 25Então Judas, o
traidor, perguntou: “Mestre, serei Depois da comunhão
eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o Ó Deus todo-poderoso, pela mor-
dizes”. – Palavra da salvação. te do vosso Filho, proclamada em
Preces da assembleia cada Eucaristia, concedei-nos crer
1. Tornai, Senhor, a Igreja sempre mais profundamente que nos destes a
comprometida com a vida dos mais vida eterna. Por Cristo, nosso Se-
vulneráveis, nós vos pedimos. nhor.
23 Dia 8
DIA 9 DE ABRIL – QUINTA-FEIRA
SEMANA SANTA
MISSA DO CRISMA
(branco, glória, prefácio próprio – ofício próprio)
Observação: Na Quinta-feira Santa, pela manhã, o bispo se reúne com seu presbitério para a
missa do crisma, durante a qual se realiza a renovação das promessas sacerdotais, a bênção dos
óleos santos (dos enfermos e dos catecúmenos) e a consagração do crisma (cf. orientação na
rubrica do título “Bênção dos óleos”, na página 27). Esta missa, que o bispo concelebra com seu
presbitério, expressa a comunhão diocesana e eclesial em torno do mistério pascal de Cristo.

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: Jesus Cristo fez de
nós um reino e sacerdotes para Deus, seu
Pai. A ele glória e poder pelos séculos dos
séculos. Amém (Ap 1,6).

Jesus, o ungido do Pai, fez de nós, para


Deus, um reino de sacerdotes. No batismo
e na crisma, somos ungidos com o óleo
consagrado, tornando-nos filhos e filhas de Deus e missionários de sua Palavra.
Os diáconos, presbíteros e bispos são ungidos para estar a serviço do povo de
Deus. De diferentes modos, todos nós, batizados, a exemplo de Jesus, somos
profetas, sacerdotes e reis. O Espírito do Senhor acompanhe os que renovarão
os compromissos sacerdotais para anunciar a Boa-nova aos pobres e aflitos.

Oração do dia tá sobre mim, porque o Senhor


Ó Deus, que ungistes o vosso Fi- me ungiu; enviou-me para dar a
lho único com o Espírito Santo e o boa-nova aos humildes, curar as
fizestes Cristo e Senhor, concedei feridas da alma, pregar a redenção
que, participando da sua consa- para os cativos e a liberdade para
os que estão presos; 2para pro-
gração, sejamos no mundo teste-
clamar o tempo da graça do Se-
munhas da redenção que ele nos
nhor e o dia da vingança do nosso
trouxe. Por nosso Senhor Jesus
Deus; para consolar todos os que
Cristo, vosso Filho, na unidade do choram, 3para reservar e dar aos
Espírito Santo. que sofrem por Sião uma coroa,
LITURGIA DA PALAVRA em vez de cinza, o óleo da alegria,
em vez da aflição. 6Vós sois os
As antigas profecias tornam-se realidade
na pessoa de Jesus, princípio e fim de sacerdotes do Senhor, chamados
tudo o que existe. Ungidos pelo Senhor, ministros de nosso Deus. 8Eu os re-
acolhamos, com amor e fé, sua Palavra. compensarei por suas obras se-
gundo a verdade e farei com eles
I leitura (Isaías 61,1-3.6.8-9) uma aliança perpétua. 9Sua des-
Leitura do livro do profeta Isaías cendência será conhecida entre
– 1O Espírito do Senhor Deus es- as nações, e seus filhos se fixarão
Dia 9 24
no meio dos povos; quem os vir há bos da terra baterão no peito por
de reconhecê-los como descen- causa dele. Sim. Amém! 8“Eu sou
dentes abençoados por Deus. – o alfa e o ômega”, diz o Senhor
Palavra do Senhor. Deus, “aquele que é, que era e que
Salmo responsorial 88(89) vem, o todo-poderoso”. – Palavra
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, volume 1, do Senhor.
faixa 20 – Paulus)
Evangelho (Lucas 4,16-21)
Senhor, eu cantarei eternamente o Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
vosso amor. O Espírito do Senhor / sobre mim fez

2                   
 4 
        
  
        a sua unção, / enviou-me aos empo-
 brecidos / a fazer feliz proclamação!
           
                    
 (Is 61,1; Lc 4,18). – R.
  

             Proclamação do evangelho de
                 

Jesus Cristo segundo Lucas – Na-
1. “Encontrei e escolhi a Davi, meu quele tempo, 16Jesus foi à cidade
servidor, / e o ungi, para ser rei, de Nazaré, onde se tinha criado.
com meu óleo consagrado. / Esta- Conforme seu costume, entrou na
rá sempre com ele minha mão sinagoga no sábado e levantou-se
onipotente, / e meu braço pode- para fazer a leitura. 17Deram-lhe o
roso há de ser a sua força. – R.
livro do profeta Isaías. Abrindo o
2. Minha verdade e meu amor es- livro, Jesus achou a passagem em
tarão sempre com ele, / sua força que está escrito: 18“O Espírito do
e seu poder, por meu nome, cres- Senhor está sobre mim, porque
cerão. / Ele, então, me invocará: ele me consagrou com a unção
‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, / sois para anunciar a boa-nova aos po-
meu Deus, sois meu rochedo on- bres; enviou-me para proclamar
de encontro a salvação!’” – R. a libertação aos cativos e aos ce-
II leitura (Apocalipse 1,5-8) gos a recuperação da vista; para
Leitura do livro do Apocalipse de libertar os oprimidos 19e para pro-
são João – A vós graça e paz 5da clamar um ano da graça do Se-
parte de Jesus Cristo, a testemu- nhor”. 20Depois, fechou o livro, en-
nha fiel, o primeiro a ressuscitar tregou-o ao ajudante e sentou-se.
dentre os mortos, o soberano dos Todos os que estavam na sina-
reis da terra. A Jesus, que nos ama, goga tinham os olhos fixos nele.
que por seu sangue nos libertou
21
Então começou a dizer-lhes: “Ho-
dos nossos pecados 6e que fez de je se cumpriu esta passagem da
nós um reino, sacerdotes para seu Escritura que acabastes de ouvir”.
Deus e Pai, a ele a glória e o poder, – Palavra da salvação.
em eternidade. Amém. 7Olhai! Ele Renovação das promessas
vem com as nuvens, e todos os sacerdotais
olhos o verão, também aqueles Não se reza o creio e omite-se a oração dos
que o traspassaram. Todas as tri- fiéis. Terminada a homilia, o bispo dirige-se aos

25 Dia 9
presbíteros com estas palavras ou outras se- PR: E orai também por mim, para
melhantes:
que eu seja fiel à missão apostó-
PR: Filhos caríssimos, celebrando lica confiada à minha fraqueza e
cada ano o dia em que o Senhor Je- cada dia realize melhor entre vós a
sus comunicou o seu sacerdócio imagem viva do Cristo Sacerdote,
aos apóstolos e a nós, quereis re- Bom Pastor, Mestre e Servo de to-
novar as promessas que um dia dos.
fizestes perante o vosso bispo e o AS: Cristo, ouvi-nos. Cristo, aten-
povo de Deus? dei-nos.
Presbíteros: Quero. PR: Deus nos guarde a todos em
PR: Quereis unir-vos e conformar- sua caridade e nos conduza, pas-
-vos mais estreitamente ao Senhor tores e ovelhas, à vida eterna.
Jesus, renunciando a vós mesmos Todos: Amém.
e confirmando os compromissos
do sagrado ministério que, levados LITURGIA EUCARÍSTICA
pelo amor do Cristo, assumistes O Senhor nos alimentou com sua Palavra
com alegria em relação à Igreja, no e agora nos alimentará com seu Corpo
dia da vossa ordenação sacerdo- e Sangue. Enriquecidos por tão sublime
tal? alimento, exalemos o bom perfume de
Cristo em nossa vida e missão.
Presbíteros: Quero.
Sobre as oferendas
PR: Quereis ser fiéis distribuidores
dos mistérios de Deus pela missão Nós vos pedimos, ó Deus, que a
de ensinar, pela sagrada Eucaristia força deste sacrifício destrua em
e demais celebrações litúrgicas, nós o homem velho, renove nossa
seguindo o Cristo Cabeça e Pastor, vida e nos traga a salvação. Por
não levados pela ambição dos Cristo, nosso Senhor.
bens materiais, mas apenas pelo Prefácio: O sacerdócio de
amor aos seres humanos? Cristo e o ministério sacerdotal
Presbíteros: Quero. Na verdade, é justo e necessário,
Em seguida, voltando-se para a assembleia, o é nosso dever e salvação dar-vos
bispo prossegue:
graças, sempre e em todo lugar,
PR: E vós, caríssimos filhos e filhas, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
rezai pelos vossos presbíteros, pa- todo-poderoso. Pela unção do
ra que o Senhor derrame profu- Espírito Santo, constituístes vosso
samente os seus dons sobre eles Filho unigênito Pontífice da nova
e, como fiéis ministros do Cristo, e eterna aliança. E estabelecestes
Sumo Sacerdote, vos conduzam que seu único sacerdócio se per-
àquele que é a fonte da salvação. petuasse na Igreja. Por isso, vosso
AS: Cristo, ouvi-nos. Cristo, aten- Filho, Jesus Cristo, enriqueceu a
dei-nos. Igreja com um sacerdócio real. E,
Dia 9 26
com bondade fraterna, escolhe pode-se realizar todos esses ritos depois da
liturgia da Palavra.
homens que, pela imposição das
mãos, participem do seu minis- Bênção do óleo dos enfermos
tério sagrado. Em nome de Cristo, O portador do vaso com o óleo dos enfermos
estes renovam para nós o sacri- leva-o ao altar e o mantém diante do bispo, que
o benze com as palavras:
fício da redenção humana, servin-
do aos fiéis o banquete da Pás- Ó Deus, Pai de toda consolação,
coa. Presidindo o povo na carida- que pelo vosso Filho quisestes
de, eles o alimentam com vossa curar os males dos enfermos, aten-
palavra e o restauram com vossos dei à oração de nossa fé: enviai do
sacramentos. Dando a vida por céu o vosso Espírito Santo parácli-
vós e pela salvação de todos, pro- to sobre este óleo generoso, que
curam assemelhar-se cada vez por vossa bondade a oliveira nos
mais ao próprio Cristo, testemu- fornece para alívio do corpo, a
nhando, constantes, a fidelidade fim de que, pela vossa santa @
e o amor para convosco. Por essa bênção, seja, para todos os que
razão, com os anjos do céu e com com ele forem ungidos, proteção
as mulheres e os homens da terra, do corpo, da alma e do espírito,
unidos a todas as criaturas, procla- libertando-os de toda dor, toda
mamos jubilosos a vossa glória, fraqueza e enfermidade. Dignai-
cantando (dizendo) a uma só voz... -vos abençoar para nós, ó Pai, o
Sugestão: Oração Eucarística II (página 7). vosso óleo santo, em nome de
Antífona da comunhão: Senhor, que- nosso Senhor Jesus Cristo. (Que
ro cantar eternamente o vosso amor e convosco vive e reina, na unidade
vossa fidelidade de geração em gera- do Espírito Santo.)
ção (Sl 88,2). Só se diz a conclusão acima (em vermelho)
quando a bênção não é dada na oração eu-
Depois da comunhão carística.

Nós vos suplicamos, ó Deus todo- Bênção do óleo dos


-poderoso, que, renovados pelos catecúmenos
vossos sacramentos, possamos Os ministros levam os vasos com o óleo a ser
ser, por toda parte, o bom odor do abençoado. O bispo, de pé e voltado para o
Cristo. Que vive e reina para sem- povo, diz a oração:
pre. Ó Deus, força e proteção de vosso
povo, que fizestes do óleo, vossa
BÊNÇÃO DOS ÓLEOS criatura, um sinal de fortaleza:
Conforme o costume, a bênção do óleo dos dignai-vos abençoar @ este óleo
enfermos é feita antes de terminar a oração e concedei o dom da força aos
eucarística (antes de o bispo dizer “por ele não
cessais de criar” – Oração Eucarística I – ou antes catecúmenos que com ele forem
da doxologia “por Cristo, com Cristo...” – Oração ungidos; para que, recebendo a
Eucarística II), e a bênção do óleo dos catecúme-
nos e a consagração do crisma são feitas depois
sabedoria e virtude divinas, com-
da comunhão. Por razões pastorais, porém, preendam mais profundamente o

27 Dia 9
evangelho do vosso Cristo, sejam ção de óleo nos traz às nossas fa-
generosos no cumprimento dos ces a serenidade e a alegria.
deveres cristãos e, dignos da ado- Também mandastes que vosso
ção filial, alegrem-se por terem re- servo Moisés, pela infusão deste
nascido e viverem em vossa Igre- óleo, constituísse sacerdote seu
ja. Por Cristo, nosso Senhor. irmão Aarão, já purificado pela
Consagração do crisma água. E a tudo isso se acrescenta
honra ainda mais alta quando
O bispo derrama os perfumes no óleo e con-
fecciona o crisma em silêncio, a não ser que já nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
tenha sido preparado. Em seguida, convida a Filho, exigindo que João o bati-
assembleia a orar, dizendo:
zasse nas águas do Jordão, e sen-
Meus irmãos e minhas irmãs, ro- do-lhe enviado o Espírito Santo
guemos a Deus Pai todo-podero- sob a forma de uma pomba, pro-
so que abençoe e santifique este clamastes, pelo testemunho de
crisma para que recebam uma uma voz, que em vosso Filho uni-
unção interior e tornem-se dignos gênito estava todo o vosso amor e
da divina redenção os que forem claramente confirmastes ser ele por
ungidos em suas frontes. excelência o Ungido com o óleo de
O bispo, se for oportuno, sopra sobre o vaso do
crisma e diz, de braços abertos, a oração:
alegria, anunciado pelo profeta
Davi.
Ó Deus, autor de todo crescimento Todos os concelebrantes estendem a mão di-
e todo progresso espiritual, recebei reita em direção ao crisma até o fim da oração,
com bondade a homenagem que em silêncio.

a Igreja, pela nossa voz, vem pres- Por isso, nós vos suplicamos, ó Pai,
tar-vos com alegria. que santifiqueis este óleo com a
Fizestes no princípio que a terra vossa @ bênção. Infundi-lhe a for-
produzisse árvores frutíferas, e en- ça do Espírito Santo, pelo poder
tre elas a oliveira, cujos frutos for- de vosso Cristo, que deu o seu no-
necem este óleo tão rico com que me ao santo crisma, com o qual
se prepara o santo crisma. ungistes vossos sacerdotes e reis,
E Davi, antevendo com espírito vossos profetas e mártires.
profético os sacramentos da vossa Fazei que este óleo do crisma seja
graça, cantou a nossa alegria ao sacramento de perfeita salvação e
sermos ungidos pelo óleo. Nas vida para os que vão ser renova-
águas do dilúvio, ao serem lavados dos nas águas do batismo.
os pecados do mundo, uma pom- Santificados por essa unção, e sa-
ba anunciou a paz restituída à ter- nada a corrupção original, tornem-
ra, trazendo um ramo de oliveira, -se templo da vossa glória e ma-
imagem do futuro dom, que ago- nifestem a integridade de uma vi-
ra se manifesta claramente, pois, da santa.
apagada toda mancha de culpa Segundo a disposição da vossa
pelas águas do batismo, esta un- vontade, cumulados da honra de
Dia 9 28
reis, sacerdotes e profetas, revis- ção, fazendo-os participantes da
tam-se de um dom incorruptível. vida eterna e herdeiros da glória
Para os que renascerem da água celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
e do Espírito, seja crisma de salva- A celebração conclui com a bênção final.

MISSA DA CEIA DO SENHOR


(branco, glória, prefácio da Eucaristia – ofício próprio)
Lembretes e sugestões: 1) Preparar o ambiente de modo que revele o sentido de uma ceia
festiva. 2) Preparar a capela (espaço) onde será colocado o Santíssimo após a missa (se houver
transladação). 3) Preparar o lava-pés e a menorá (com as sete velas acesas). 4) Consagrar hóstias
também para a celebração da Paixão. 5) No final da celebração, a comunidade seja convidada à
vigília eucarística (cf. página 33).

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: A cruz de nosso Se-
nhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória:
nele está nossa vida e ressurreição; foi ele
que nos salvou e libertou (Gl 6,14).

Estamos reunidos para fazer memória da


última ceia do Senhor com seus discípu-
los. Nesta Eucaristia, que inicia o Tríduo
Pascal, contemplamos os grandes gestos de Jesus em favor de seus seguidores:
a instituição da Eucaristia, o lava-pés e o mandamento do amor. Celebremos em
comunhão com a vida de Cristo e com a de toda a humanidade.

Oração do dia I leitura (Êxodo 12,1-8.11-14)


Ó Pai, estamos reunidos para a Leitura do livro do Êxodo – Na-
santa ceia, na qual o vosso Filho queles dias, 1o Senhor disse a Moi-
único, ao entregar-se à morte, deu sés e a Aarão no Egito: 2“Este mês
será para vós o começo dos me-
à sua Igreja um novo e eterno sa-
ses; será o primeiro mês do ano.
crifício, como banquete do seu 3
Falai a toda a comunidade dos
amor. Concedei-nos, por mistério filhos de Israel, dizendo: No déci-
tão excelso, chegar à plenitude da mo dia deste mês, cada um tome
caridade e da vida. Por nosso Se- um cordeiro por família, um cor-
nhor Jesus Cristo, vosso Filho, na deiro para cada casa. 4Se a famí-
unidade do Espírito Santo. lia não for bastante numerosa pa-
ra comer um cordeiro, convidará
LITURGIA DA PALAVRA também o vizinho mais próximo,
A liturgia da Palavra nos recorda a Pás- de acordo com o número de pes-
coa dos hebreus, a mais antiga narrativa soas. Deveis calcular o número
da última ceia e o gesto de amor e de de comensais conforme o tama-
serviço de Jesus ao lavar os pés dos dis- nho do cordeiro. 5O cordeiro se-
cípulos. rá sem defeito, macho, de um ano.
29 Dia 9
Podereis escolher tanto um cor- 1. Que poderei retribuir ao Senhor
deiro como um cabrito: 6e deve- Deus / por tudo aquilo que ele
reis guardá-lo preso até o dia ca- fez em meu favor? / Elevo o cálice
torze deste mês. Então toda a co- da minha salvação, / invocando o
munidade de Israel reunida o imo- nome santo do Senhor. – R.
lará ao cair da tarde. 7Tomareis
2. É sentida por demais pelo Se-
um pouco do seu sangue e unta-
nhor / a morte de seus santos,
reis os marcos e a travessa da por-
ta, nas casas em que o comerdes. seus amigos. / Eis que sou o vos-
8
Comereis a carne nessa mesma so servo, ó Senhor, / mas me que-
noite, assada ao fogo, com pães brastes os grilhões da escravidão!
ázimos e ervas amargas. 11Assim – R.
devereis comê-lo: com os rins cin- 3. Por isso oferto um sacrifício de
gidos, sandálias nos pés e cajado louvor, / invocando o nome santo
na mão. E comereis às pressas, do Senhor. / Vou cumprir minhas
pois é a Páscoa, isto é, a ‘passagem’ promessas ao Senhor / na presen-
do Senhor! 12E naquela noite pas- ça de seu povo reunido. – R.
sarei pela terra do Egito e ferirei
na terra do Egito todos os primo- II leitura (1 Coríntios 11,23-26)
gênitos, desde os homens até os Leitura da primeira carta de são
animais; e infligirei castigos contra Paulo aos Coríntios – Irmãos, 23o
todos os deuses do Egito, eu, o que eu recebi do Senhor, foi isso
Senhor. 13O sangue servirá de sinal que eu vos transmiti: na noite em
nas casas onde estiverdes. Ao ver que foi entregue, o Senhor Jesus
o sangue, passarei adiante, e não tomou o pão 24e, depois de dar
vos atingirá a praga exterminado- graças, partiu-o e disse: “Isto é o
ra quando eu ferir a terra do Egito. meu corpo que é dado por vós.
14
Este dia será para vós uma festa Fazei isto em minha memória”.
memorável em honra do Senhor, 25
Do mesmo modo, depois da ceia,
que haveis de celebrar, por todas
tomou também o cálice e disse:
as gerações, como instituição per-
pétua”. – Palavra do Senhor. “Este cálice é a nova aliança, em
meu sangue. Todas as vezes que
Salmo responsorial 115(116B) dele beberdes, fazei isto em mi-
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 21)
nha memória”. 26Todas as vezes,
O cálice por nós abençoado / é a de fato, que comerdes desse pão
nossa comunhão com o sangue do e beberdes desse cálice, estareis
Senhor. proclamando a morte do Senhor,
 2             
 4                 
 até que ele venha. – Palavra do
     
 
         
Senhor.
        
   

                


Evangelho (João 13,1-15)
 

          
Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

Dia 9 30
Eu vos dou este novo mandamento, / ia entregar; por isso disse: “Nem
nova ordem agora vos dou, / que tam- todos estais limpos”. 12Depois de
bém vos ameis uns aos outros, / como
ter lavado os pés dos discípulos,
eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34). – R.
Jesus vestiu o manto e sentou-se
Proclamação do evangelho de de novo. E disse aos discípulos:
Jesus Cristo segundo João – 1Era “Compreendeis o que acabo de
antes da festa da Páscoa. Jesus fazer? 13Vós me chamais Mestre e
sabia que tinha chegado a sua Senhor e dizeis bem, pois eu o
hora de passar deste mundo para sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e
o Pai; tendo amado os seus que Mestre, vos lavei os pés, também
estavam no mundo, amou-os até vós deveis lavar os pés uns dos
o fim. 2Estavam tomando a ceia. O outros. 15Dei-vos o exemplo, para
diabo já tinha posto no coração de que façais a mesma coisa que eu
Judas, filho de Simão Iscariotes, o fiz”. – Palavra da salvação.
propósito de entregar Jesus. 3Je-
sus, sabendo que o Pai tinha co- Pistas para a reflexão: I leitura: Entre os
relatos da nona e da décima praga contra o
locado tudo em suas mãos e que Egito, o autor do livro do Êxodo apresenta o
de Deus tinha saído e para Deus ritual da ceia pascal. A Páscoa era uma antiga
festa pastoril. Com a libertação do povo
voltava, 4levantou-se da mesa, ti- da escravidão no Egito, passa a significar e
rou o manto, pegou uma toalha e comemorar a passagem da escravidão para
a liberdade. Ela se constitui como base para
amarrou-a na cintura. 5Derramou a Páscoa cristã, que celebra a passagem da
água numa bacia e começou a morte para a vida. II leitura: Paulo traz o
lavar os pés dos discípulos, enxu- relato mais antigo da instituição da Eucaris-
tia, narrando o mandato de Jesus na última
gando-os com a toalha com que ceia. As palavras transmitidas pelo apóstolo
estava cingido. 6Chegou a vez de se repetem toda vez que se celebra a missa.
O sacrifício de Cristo é o novo memorial que
Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, deve ser perpetuado por ordem do próprio
tu me lavas os pés?” 7Respondeu Senhor. Evangelho: João não relata a insti-
Jesus: “Agora não entendes o que tuição da Eucaristia por parte de Jesus, mas
traz a cena do lava-pés, símbolo do serviço
estou fazendo; mais tarde com- prestado com amor aos irmãos e irmãs.
preenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu O gesto de lavar os pés nos recorda que,
quando comungamos o Corpo de Cristo,
nunca me lavarás os pés!” Mas Je- entramos em comunhão também com todos
sus respondeu: “Se eu não te lavar, os que participam da mesma mesa.
não terás parte comigo”. 9Simão Após a homilia, procede-se ao lava-pés, en-
Pedro disse: “Senhor, então lava quanto a assembleia canta (cf. página 77, nº 12).
não somente os meus pés, mas Preces da assembleia
também as mãos e a cabeça”. 10Je-
PR: Irmãos e irmãs, a Jesus, que nos
sus respondeu: “Quem já se ba- deixou o dom do sacerdócio e da Eu-
nhou não precisa lavar senão os caristia, elevemos nossas preces con-
pés, porque já está todo limpo. fiantes, dizendo:
Também vós estais limpos, mas AS: Santificai-nos, Senhor,
não todos”. 11Jesus sabia quem o com vosso amor.

31 Dia 9
1. Senhor, vós que lavastes os pés dos Prefácio: a Eucaristia, sacrifício
apóstolos, tornai a Igreja melhor servi- e sacramento de Cristo
dora dos pobres e mais acolhedora dos
que a procuram, nós vos suplicamos. Na verdade, é justo e necessário,
AS: Santificai-nos, Senhor, é nosso dever e salvação dar-vos
com vosso amor. graças, sempre e em todo lugar,
2. Vós que sois nosso redentor, conce- Senhor, Pai santo, Deus eterno e
dei aos vossos fiéis se associarem ca- todo-poderoso, por Cristo, Senhor
da vez mais à vossa paixão, nós vos su- nosso. Ele, verdadeiro e eterno sa-
plicamos.
cerdote, oferecendo-se a vós pela
3. Vós que celebrastes a ceia com os nossa salvação, instituiu o sacrifí-
discípulos, animai vosso povo a valo-
rizar a celebração dos vossos mistérios, cio da nova aliança e mandou que
nós vos suplicamos. o celebrássemos em sua memória.
4. Vós que destes a vida livremente e Sua carne, imolada por nós, é o
por amor, ajudai-nos a ser presença alimento que nos fortalece. Seu
compassiva junto aos sofredores, nós sangue, por nós derramado, é a
vos suplicamos. bebida que nos purifica. Por essa
5. Vós que sentis a morte de vossos razão, os anjos do céu, as mulhe-
amigos, tornai o corpo dos nossos ir- res e homens da terra, unidos a
mãos e irmãs falecidos semelhante ao todas as criaturas, proclamamos
vosso corpo glorioso, nós vos suplica-
mos. jubilosos vossa glória, cantando
Pode haver outras preces da comunidade.
(dizendo) a uma só voz…
Sugestão: Oração Eucarística I (página 5).
PR: Atendei, Senhor Jesus, os pedidos
desta assembleia reunida em vosso no- Antífona da comunhão: Este é o cor-
me. Vós que viveis e reinais para sem- po que será entregue por vós, este é o
pre. cálice da nova aliança no meu sangue,
AS: Amém. diz o Senhor. Todas as vezes que os re-
ceberdes, fazei-o em minha memória
LITURGIA EUCARÍSTICA (1Cor 11,24s).
Renovamos os gestos e as palavras de Depois da comunhão
Jesus na última ceia, memorial do seu
sacrifício. Na Eucaristia, o próprio Cristo Ó Deus todo-poderoso, que hoje
se oferece como cordeiro imolado e pão nos renovastes pela ceia do vosso
repartido. Filho, dai-nos ser eternamente sa-
Sobre as oferendas ciados na ceia do seu reino. Por
Cristo, nosso Senhor.
Concedei-nos, ó Deus, a graça de
participar dignamente da Euca- TRANSLADAÇÃO DO SANTÍSSIMO
ristia, pois todas as vezes que ce- O presidente incensa o Santíssimo Sacramento,
toma o cibório e inicia a procissão até o altar da
lebramos este sacrifício em me- reposição. Durante a procissão, entoa-se o canto
mória do vosso Filho, torna-se pre- seguinte ou outro apropriado:
sente a nossa redenção. Por Cristo, 1. Vamos todos louvar juntos / o misté-
nosso Senhor. rio do amor, / pois o preço deste mun-

Dia 9 32
do / foi o sangue redentor, / recebido Quando a procissão chega ao local da reposição,
o presidente deposita o cibório no tabernáculo
de Maria, / que nos deu o Salvador. e incensa o Santíssimo, enquanto se canta:
2. Veio ao mundo por Maria, / foi por 5. Tão sublime sacramento / adoremos
nós que ele nasceu. / Ensinou sua dou- neste altar, / pois o Antigo Testamento
trina, / com os homens conviveu. / No / deu ao novo seu lugar. / Venha a fé
final de sua vida, / um presente ele nos
por suplemento / os sentidos comple-
deu.
tar.
3. Observando a lei mosaica, / se reuniu
6. Ao eterno Pai cantemos / e a Jesus, o
com os irmãos. / Era noite. Despedida.
Salvador. / Ao Espírito exaltemos, / na
/ Numa ceia: refeição. / Deu-se aos do-
Trindade eterno amor. / Ao Deus uno
ze em alimento / pelas suas próprias
e trino demos / a alegria do louvor.
mãos.
Amém.
4. A palavra do Deus vivo / transformou Conforme o costume, a assembleia é convidada
o vinho e o pão / no seu sangue e no a dedicar um tempo à adoração (cf. sugestão a
seu corpo, / para a nossa salvação. / seguir). Nunca fazer a exposição com o ostensó-
rio. Se não houver transladação nem adoração,
O milagre nós não vemos, / basta a fé conclui-se com a bênção final, após a oração de-
no coração. pois da comunhão.

VIGÍLIA EUCARÍSTICA
Comunidade comprometida com a compaixão e o cuidado
Observação: Deixar bons espaços de silêncio, vida: dom e compromisso” – e lema
para meditação. A vigília seja orante e não – “Viu, sentiu compaixão e cuidou”.
dure mais de meia hora.
3 – Salmo 115 (acima)
1 – Acolhida
Silêncio – oração pessoal – algum refrão.
4 – João 6,51-58 (ler da Bíblia)
2 – Canto 5 – Meditação
Após a leitura do evangelho, breve silêncio.
“Prova de amor maior não há” (cf. página 78,
Reler o texto (se preciso). A seguir, quem
número 17).
desejar pode destacar alguma palavra ou
Animador: Com Jesus, no horto das frase do evangelho que achou importante.
Oliveiras, vamos rezar. É seu último Depois disso, o animador pode motivar breve
reflexão com os seguintes pontos ou outros:
encontro com os discípulos antes de
ser preso e levado ao julgamento e a) O que significa a última ceia de
à morte. Recordemos as pessoas que Jesus?
encontram todo tipo de dificuldades: b) O que significa o gesto do lava-pés?
doentes, desempregadas, abando- c) Quais serviços prestamos aos ou-
nadas, incompreendidas, vítimas de tros?
violência (momento de silêncio). No 6 – Preces
sofrimento dessas pessoas, é a agonia
As mesmas do dia (ver acima) e outras espon-
de Jesus que continua e se prolonga tâneas do grupo. É o momento de transformar
em nossos dias. Tenhamos também em oração a Palavra que ouvimos. Concluir
presentes nossas angústias, desejos e com o pai-nosso.
esperanças, assim como as propostas 7 – Canto
da Campanha da Fraternidade deste “Eu quis comer esta ceia agora...” (página 78,
ano, com seu tema – “Fraternidade e número 14).

33 Dia 9
8 – Oração final vida / e possam se querer bem e se
Todos: Olhai, ó Deus, com amor de respeitar. / Amém.
Pai, / cada um de nós aqui reuni- Animador: Ó Deus, olhai para nós,
que nos unimos aos sofrimentos de
dos. / Acompanhamos o vosso Fi-
Jesus e de tantas pessoas do mundo
lho em sua trajetória final. / Que de hoje; fazei que a paixão do vosso
esta vigília nos fortaleça na fé, / Filho anule o peso de nossos peca-
no seguimento fiel de Jesus / e na dos e alivie o sofrimento de nossos
construção de um mundo melhor: irmãos e irmãs.
/ mais humano, mais fraterno e Todos: Amém.
mais solidário, / onde todas as pes- Concluir com o refrão de um canto, sem a
soas tenham condições dignas de bênção do Santíssimo.

DIA 10 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA


PAIXÃO DO SENHOR – DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA
(vermelho – ofício próprio)

Orientações e lembretes: 1) A liturgia de hoje denote despojamento e simplicidade. O altar fica


totalmente despojado até o rito da comunhão, quando então se estende sobre ele uma toalha.
2) A celebração começa e termina em silêncio, o qual ocupa lugar importante na mística e na
dinâmica desta liturgia. O comentário inicial, se vier a ser feito, fique a cargo do animador. 3) A
cruz é entronizada como sinal da vitória de Cristo sobre a morte. Beijando e aclamando a cruz, o
povo aclama e adora a Cristo, que deu a vida por nós.

Por fidelidade ao Pai e à humanidade,


Jesus assume a cruz e consuma nela a pró-
pria vida. Unamo-nos a ele, servo sofredor,
e o acompanhemos em seu julgamento e
condenação. Esta celebração, que fomen-
ta em nós a solidariedade com os sofredo-
res, é marcada pelo despojamento e pelo
silêncio e consta de três partes: liturgia da
Palavra; adoração de Cristo na cruz; rito
da comunhão.

O presidente e os ministros aproximam-se do LITURGIA DA PALAVRA


altar, fazem reverência e, por breve tempo, pros-
A liturgia da Palavra é o momento cen-
tram-se ou se ajoelham. Em seguida, todos de
pé, o presidente faz a oração. tral desta celebração. Jesus enfrenta as
Oração consequências de sua fidelidade ao pro-
jeto do Pai. Seu sofrimento não é da von-
Ó Deus, foi por nós que o Cristo, tade de Deus, mas causa de salvação e
vosso Filho, derramando o seu san- fonte de vida para a humanidade.
gue, instituiu o mistério da Páscoa.
I leitura (Isaías 52,13-53,12)
Lembrai-vos sempre de vossas
misericórdias e santificai-nos pela Leitura do livro do profeta Isaías
vossa constante proteção. Por Cris- – 13Ei-lo, o meu servo será bem-su-
to, nosso Senhor. cedido; sua ascensão será ao mais
Dia 10 34
alto grau. 14Assim como muitos matadouro ou como ovelha dian-
ficaram pasmados ao vê-lo – tão te dos que a tosquiam, ele não
desfigurado ele estava, que não abriu a boca. 8Foi atormentado
parecia ser um homem ou ter as- pela angústia e foi condenado.
pecto humano –, 15do mesmo mo- Quem se preocuparia com sua
do ele espalhará sua fama entre história de origem? Ele foi elimi-
os povos. Diante dele, os reis se nado do mundo dos vivos; e por
manterão em silêncio, vendo al- causa do pecado do meu povo, foi
go que nunca lhes foi narrado e golpeado até morrer. 9Deram-lhe
conhecendo coisas que jamais sepultura entre ímpios, um túmu-
ouviram. 53,1Quem de nós deu cré- lo entre os ricos, porque ele não
dito ao que ouvimos? E a quem praticou o mal nem se encontrou
foi dado reconhecer a força do falsidade em suas palavras. 10O
Senhor? 2Diante do Senhor, ele Senhor quis macerá-lo com sofri-
cresceu como renovo de planta mentos. Oferecendo sua vida em
ou como raiz em terra seca. Não expiação, ele terá descendência
tinha beleza nem atrativo para duradoura e fará cumprir com êxi-
o olharmos, não tinha aparência to a vontade do Senhor. 11Por esta
que nos agradasse. 3Era despre- vida de sofrimento, alcançará luz
zado como o último dos mortais, e uma ciência perfeita. Meu ser-
homem coberto de dores, cheio vo, o justo, fará justos inúmeros
de sofrimentos; passando por ele, homens, carregando sobre si suas
tapávamos o rosto; tão desprezí- culpas. 12Por isso, compartilharei
vel era, não fazíamos caso dele. 4A com ele multidões e ele repartirá
verdade é que ele tomava sobre suas riquezas com os valentes se-
si nossas enfermidades e sofria, guidores, pois entregou o corpo à
ele mesmo, nossas dores; e nós morte, sendo contado como um
pensávamos fosse um chagado, malfeitor; ele, na verdade, resgata-
golpeado por Deus e humilhado! va o pecado de todos e intercedia
5
Mas ele foi ferido por causa de em favor dos pecadores. – Palavra
nossos pecados, esmagado por do Senhor.
causa de nossos crimes; a punição Salmo responsorial 30(31)
a ele imposta era o preço da nos- (CD: Cantando os Salmos - Ano A, volume 1,
sa paz, e suas feridas, o preço da faixa 22 – Paulus)

nossa cura. 6Todos nós vagávamos Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o


como ovelhas desgarradas, cada meu espírito.
 6     
qual seguindo seu caminho; e  8               

      
   

o Senhor fez recair sobre ele o 
b
                  

     
pecado de todos nós. 7Foi mal-
tratado e submeteu-se, não abriu 1. Senhor, eu ponho em vós minha
a boca; como cordeiro levado ao esperança; / que eu não fique
35 Dia 10
envergonhado eternamente! / Em graça de um auxílio no momento
vossas mãos, Senhor, entrego o oportuno. 5,7Cristo, nos dias de
meu espírito, / porque vós me sal- sua vida terrestre, dirigiu preces
vareis, ó Deus fiel! – R. e súplicas, com forte clamor e lá-
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o grimas, àquele que era capaz de
meu espírito. salvá-lo da morte. E foi atendido,
2. Tornei-me o opróbrio do inimi- por causa de sua entrega a Deus.
go, / o desprezo e zombaria dos vi-
8
Mesmo sendo Filho, aprendeu o
zinhos / e objeto de pavor para os que significa a obediência a Deus
amigos; / fogem de mim os que por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na
me veem pela rua. / Os corações consumação de sua vida, tornou-
me esqueceram como um morto, -se causa de salvação eterna para
/ e tornei-me como um vaso espe- todos os que lhe obedecem. – Pa-
daçado. – R. lavra do Senhor.
3. A vós, porém, ó meu Senhor, eu Evangelho (João 18,1-19,42)
me confio / e afirmo que só vós Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
sois o meu Deus! / Eu entrego em
Jesus Cristo se tornou obediente, /
vossas mãos o meu destino; / li- obediente até a morte numa cruz, /
bertai-me do inimigo e do opres- pelo que o Senhor Deus o exaltou /
sor! – R. e deu-lhe um nome muito acima de
4. Mostrai serena a vossa face ao outro nome (Fl 2,8s). – R.
vosso servo / e salvai-me pela vos- N (Narrador): Paixão de nosso
sa compaixão. / Fortalecei os co- Senhor Jesus Cristo segundo João
rações, tende coragem, / todos – Naquele tempo, 1Jesus saiu com
vós que ao Senhor vos confiais! – R. os discípulos para o outro lado da
II leitura (Hebreus 4,14-16; 5,7-9) torrente do Cedron. Havia aí um
jardim, onde ele entrou com os
Leitura da carta aos Hebreus – Ir-
discípulos. 2Também Judas, o trai-
mãos, 14temos um sumo sacerdo-
te eminente, que entrou no céu, dor, conhecia o lugar, porque Je-
Jesus, o Filho de Deus. Por isso, sus costumava reunir-se aí com os
permaneçamos firmes na fé que seus discípulos. 3Judas levou con-
professamos. 15Com efeito, temos sigo um destacamento de solda-
um sumo sacerdote capaz de se dos e alguns guardas dos sumos
compadecer de nossas fraque- sacerdotes e fariseus e chegou ali
zas, pois ele mesmo foi provado com lanternas, tochas e armas.
em tudo como nós, com exceção
4
Então Jesus, consciente de tudo o
do pecado. 16Aproximemo-nos que ia acontecer, saiu ao encontro
então, com toda a confiança, do deles e disse:
trono da graça, para conseguir- P (Presidente): A quem procu-
mos misericórdia e alcançarmos a rais?
Dia 10 36
N: 5Responderam: se discípulo era conhecido do su-
G (Grupo ou assembleia): A Je- mo sacerdote e entrou com Jesus
sus, o nazareno. no pátio do sumo sacerdote. 16Pe-
dro ficou fora, perto da porta. En-
N: Ele disse:
tão o outro discípulo, que era co-
P: Sou eu. nhecido do sumo sacerdote, saiu,
N: Judas, o traidor, estava junto conversou com a encarregada da
com eles. 6Quando Jesus disse porta e levou Pedro para dentro.
“sou eu”, eles recuaram e caíram 17
A criada que guardava a porta
por terra. 7De novo lhes pergun- disse a Pedro:
tou: L (Leitor): Não pertences também
P: A quem procurais? tu aos discípulos desse homem?
N: Eles responderam: N: Ele respondeu:
G: A Jesus, o nazareno. L: Não!
N: 8Jesus respondeu: N: 18Os empregados e os guardas
P: Já vos disse que sou eu. Se é a fizeram uma fogueira e estavam
mim que procurais, então deixai se aquecendo, pois fazia frio. Pe-
que estes se retirem. dro ficou com eles, aquecendo-se.
19
Entretanto, o sumo sacerdote in-
N: 9Assim se realizava a palavra
terrogou Jesus a respeito de seus
que Jesus tinha dito: “Não perdi
discípulos e de seu ensinamento.
nenhum daqueles que me con- 20
Jesus lhe respondeu:
fiaste”. 10Simão Pedro, que trazia
uma espada consigo, puxou dela P: Eu falei às claras ao mundo. En-
e feriu o servo do sumo sacerdote, sinei sempre na sinagoga e no tem-
cortando-lhe a orelha direita. O plo, onde todos os judeus se reú-
nome do servo era Malco. 11Então nem. Nada falei às escondidas. 21Por
Jesus disse a Pedro: que me interrogas? Pergunta aos
que ouviram o que falei; eles sabem
P: Guarda a tua espada na bainha. o que eu disse.
Não vou beber o cálice que o Pai
N: 22Quando Jesus falou isso, um
me deu?
dos guardas que ali estava deu-
N: 12Então os soldados, o coman- -lhe uma bofetada, dizendo:
dante e os guardas dos judeus
L: É assim que respondes ao sumo
prenderam Jesus e o amarraram.
sacerdote?
13
Conduziram-no primeiro a Anás,
que era o sogro de Caifás, o su- N: 23Respondeu-lhe Jesus:
mo sacerdote naquele ano. 14Foi P: Se respondi mal, mostra em quê;
Caifás que deu aos judeus o con- mas, se falei bem, por que me ba-
selho: “É preferível que um só mor- tes?
ra pelo povo”. 15Simão Pedro e um N: 24Então Anás enviou Jesus amar-
outro discípulo seguiam Jesus. Es- rado para Caifás, o sumo sacerdote.
37 Dia 10
25
Simão Pedro continuava lá, em L: Tu és o rei dos judeus?
pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: N: 34Jesus respondeu:
G: Não és tu, também, um dos P: Estás dizendo isso por ti mes-
discípulos dele? mo ou outros te disseram isso de
N: Pedro negou: mim?
L: Não! N: 35Pilatos falou:
N: 26Então um dos empregados do L: Por acaso sou judeu? O teu po-
sumo sacerdote, parente daquele vo e os sumos sacerdotes te entre-
a quem Pedro tinha cortado a ore- garam a mim. Que fizeste?
lha, disse: N: 36Jesus respondeu:
L: Será que não te vi no jardim P: O meu reino não é deste mun-
com ele? do. Se o meu reino fosse deste
mundo, os meus guardas teriam
N: 27Novamente Pedro negou. E, lutado para que eu não fosse en-
na mesma hora, o galo cantou. tregue aos judeus. Mas o meu rei-
28
De Caifás, levaram Jesus ao palá- no não é daqui.
cio do governador. Era de manhã
N: 37Pilatos disse a Jesus:
cedo. Eles mesmos não entraram
no palácio, para não ficarem im- L: Então tu és rei?
puros e poderem comer a Páscoa. N: Jesus respondeu:
29
Então Pilatos saiu ao encontro P: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci
deles e disse: e vim ao mundo para isto: para
L: Que acusação apresentais con- dar testemunho da verdade. Todo
tra este homem? aquele que é da verdade escuta a
minha voz.
N: 30Eles responderam:
N: 38Pilatos disse a Jesus:
G: Se não fosse malfeitor, não o
teríamos entregue a ti! L: O que é a verdade?
N: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao
N: 31Pilatos disse:
encontro dos judeus e disse-lhes:
L: Tomai-o vós mesmos e julgai-o L: Eu não encontro nenhuma cul-
de acordo com a vossa lei. pa nele. 39Mas existe entre vós um
N: Os judeus lhe responderam: costume, que pela Páscoa eu vos
G: Nós não podemos condenar solte um preso. Quereis que vos
ninguém à morte. solte o rei dos judeus?
N: 32Assim se realizava o que Jesus N: 40Então, começaram a gritar de
tinha dito, significando de que novo:
morte havia de morrer. 33Então G: Este não, mas Barrabás!
Pilatos entrou de novo no palácio, N: Barrabás era um bandido. 19,1En-
chamou Jesus e perguntou-lhe: tão Pilatos mandou flagelar Jesus.
Dia 10 38
2
Os soldados teceram uma coroa N: 11Jesus respondeu:
de espinhos e a colocaram na ca- P: Tu não terias autoridade algu-
beça de Jesus. Vestiram-no com ma sobre mim se ela não te fosse
um manto vermelho, 3aproxima- dada do alto. Quem me entregou
vam-se dele e diziam: a ti, portanto, tem culpa maior.
G: Viva o rei dos judeus! N: 12Por causa disso, Pilatos pro-
N: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos curava soltar Jesus. Mas os judeus
saiu de novo e disse aos judeus: gritavam:
L: Olhai, eu o trago aqui fora, dian- G: Se soltas esse homem, não
te de vós, para que saibais que não és amigo de César. Todo aquele
encontro nele crime algum. que se faz rei declara-se contra
N: 5Então Jesus veio para fora, César.
trazendo a coroa de espinhos e N: 13Ouvindo essas palavras, Pila-
o manto vermelho. Pilatos disse- tos levou Jesus para fora e sentou-
-lhes: -se no tribunal, no lugar chamado
L: Eis o homem! Pavimento, em hebraico “Gábata”.
N: 6Quando viram Jesus, os sumos
14
Era o dia da preparação da Pás-
sacerdotes e os guardas começa- coa, por volta do meio-dia. Pilatos
ram a gritar: disse aos judeus:
G: Crucifica-o! Crucifica-o! L: Eis o vosso rei!
N: Pilatos respondeu: N: 15Eles, porém, gritavam:
L: Levai-o vós mesmos para o cru- G: Fora! Fora! Crucifica-o!
cificar, pois eu não encontro nele N: Pilatos disse:
crime algum. L: Hei de crucificar o vosso rei?
N: 7Os judeus responderam: N: Os sumos sacerdotes respon-
G: Nós temos uma lei, e, segun- deram:
do essa lei, ele deve morrer, G: Não temos outro rei senão
porque se fez Filho de Deus. César.
N: 8Ao ouvir essas palavras, Pila-
N: 16Então Pilatos entregou Jesus
tos ficou com mais medo ainda.
para ser crucificado, e eles o leva-
9
Entrou outra vez no palácio e
ram. 17Jesus tomou a cruz sobre si
perguntou a Jesus:
e saiu para o lugar chamado Cal-
L: De onde és tu? vário, em hebraico “Gólgota”. 18Ali
N: Jesus ficou calado. 10Então Pi- o crucificaram, com outros dois:
latos disse: um de cada lado, e Jesus no meio.
L: Não me respondes? Não sabes 19
Pilatos mandou ainda escrever
que tenho autoridade para te sol- um letreiro e colocá-lo na cruz; ne-
tar e autoridade para te crucifi- le estava escrito: “Jesus nazareno,
car? o rei dos judeus”. 20Muitos judeus
39 Dia 10
puderam ver o letreiro, porque o critura se cumprisse até o fim, dis-
lugar em que Jesus foi crucificado se:
ficava perto da cidade. O letreiro P: Tenho sede.
estava escrito em hebraico, latim e
N: 29Havia ali uma jarra cheia de vi-
grego. 21Então os sumos sacerdo-
nagre. Amarraram numa vara uma
tes dos judeus disseram a Pilatos:
esponja embebida de vinagre e
G: Não escrevas “o rei dos ju- levaram-na à boca de Jesus. 30Ele
deus”, mas sim o que ele disse: tomou o vinagre e disse:
“Eu sou o rei dos judeus”.
P: Tudo está consumado.
N: 22Pilatos respondeu:
N: E, inclinando a cabeça, entre-
L: O que escrevi está escrito. gou o espírito.
N: 23Depois que crucificaram Je- Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.
sus, os soldados repartiram a sua N: 31Era o dia da preparação pa-
roupa em quatro partes, uma par- ra a Páscoa. Os judeus queriam
te para cada soldado. Quanto à evitar que os corpos ficassem na
túnica, esta era tecida sem costu- cruz durante o sábado, porque
ra, em peça única de alto a baixo. aquele sábado era dia de festa
24
Disseram então entre si: solene. Então pediram a Pilatos
G: Não vamos dividir a túnica. Ti- que mandasse quebrar as pernas
remos a sorte para ver de quem aos crucificados e os tirasse da
será. cruz. 32Os soldados foram e que-
N: Assim se cumpria a Escritura braram as pernas de um e, depois,
que diz: “Repartiram entre si as do outro que foram crucificados
minhas vestes e lançaram sorte com Jesus. 33Ao se aproximarem
sobre a minha túnica”. Assim pro- de Jesus, e vendo que já estava
cederam os soldados. 25Perto da morto, não lhe quebraram as per-
cruz de Jesus, estavam de pé a nas; 34mas um soldado abriu-lhe o
sua mãe, a irmã da sua mãe, Ma- lado com uma lança, e logo saiu
ria de Cléofas, e Maria Madalena. sangue e água. 35Aquele que viu
26
Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dá testemunho, e seu testemunho
dela, o discípulo que ele amava, é verdadeiro; e ele sabe que fala
disse à mãe: a verdade, para que vós também
P: Mulher, este é o teu filho. acrediteis. 36Isso aconteceu para
que se cumprisse a Escritura, que
N: 27Depois disse ao discípulo:
diz: “Não quebrarão nenhum dos
P: Esta é a tua mãe. seus ossos”. 37E outra Escritura ain-
N: Dessa hora em diante, o discí- da diz: “Olharão para aquele que
pulo a acolheu consigo. 28Depois transpassaram”. 38Depois disso, Jo-
disso, Jesus, sabendo que tudo es- sé de Arimateia, que era discípulo
tava consumado e para que a Es- de Jesus – mas às escondidas, por
Dia 10 40
medo dos judeus –, pediu a Pilatos a todos os povos, velai sobre a
para tirar o corpo de Jesus. Pilatos obra do vosso amor. Que a vossa
consentiu. Então José veio tirar o Igreja, espalhada por todo o mun-
corpo de Jesus. 39Chegou também do, permaneça inabalável na fé e
Nicodemos, o mesmo que antes proclame sempre o vosso nome.
tinha ido de noite encontrar-se Por Cristo, nosso Senhor.
com Jesus. Levou uns trinta quilos II. Pelo papa
de perfume feito de mirra e aloés. Oremos pelo nosso santo padre,
40
Então tomaram o corpo de Je- o papa (...). O Senhor nosso Deus,
sus e envolveram-no, com os aro- que o escolheu para o episcopado,
mas, em faixas de linho, como os o conserve são e salvo à frente da
judeus costumam sepultar. 41No sua Igreja, governando o povo de
lugar onde Jesus foi crucificado Deus.
havia um jardim e, no jardim, um
Deus eterno e todo-poderoso,
túmulo novo, onde ainda ninguém
que dispusestes todas as coisas
tinha sido sepultado. 42Por causa
com sabedoria, dignai-vos escu-
da preparação da Páscoa, e como
tar nossos pedidos: protegei com
o túmulo estava perto, foi ali que
amor o pontífice que escolhestes,
colocaram Jesus. – Palavra da sal-
para que o povo cristão que go-
vação.
vernais por meio dele possa cres-
As sete palavras de Jesus na cruz: 1) Pai, cer em sua fé. Por Cristo, nosso Se-
perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.
2) Hoje estarás comigo no paraíso. 3) Mulher, nhor.
eis o teu filho; filho, eis a tua mãe. 4) Meu
Deus, por que me abandonaste? 5) Tenho III. Pelo clero e pelos leigos
sede. 6) Tudo está consumado. 7) Pai, em Oremos pelo nosso bispo (...), por
tuas mãos entrego o meu espírito.
todos os bispos, presbíteros e diáco-
nos da Igreja e por todo o povo fiel.
Oração universal
O diácono, um ministro ou o presidente anuncia
Deus eterno e todo-poderoso, que
a intenção de cada oração; após breve silêncio, santificais e governais pelo vos-
o presidente diz a oração, à qual a assembleia so Espírito todo o corpo da Igreja,
responde: Amém.
escutai as súplicas que vos diri-
I. Pela santa Igreja gimos por todos os ministros do
Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, vosso povo. Fazei que cada um,
pela santa Igreja de Deus: que o pelo dom da vossa graça, vos sirva
Senhor nosso Deus lhe dê a paz e com fidelidade. Por Cristo, nosso
a unidade, que ele a proteja por Senhor.
toda a terra e nos conceda uma IV. Pelos catecúmenos
vida calma e tranquila, para sua Oremos pelos (nossos) catecúme-
própria glória. nos: que o Senhor nosso Deus abra
Deus eterno e todo-poderoso, que os seus corações e as portas da mi-
em Cristo revelastes a vossa glória sericórdia, para que, tendo recebido
41 Dia 10
nas águas do batismo o perdão de VII. Pelos que não creem no
todos os seus pecados, sejam incor- Cristo
porados no Cristo Jesus. Oremos pelos que não creem no
Deus eterno e todo-poderoso, que Cristo, para que, iluminados pelo
por novos nascimentos tornais fe- Espírito Santo, possam também
cunda a vossa Igreja, aumentai a ingressar no caminho da salvação.
fé e o entendimento dos (nossos) Deus eterno e todo-poderoso,
catecúmenos, para que, renasci- dai aos que não creem no Cristo e
dos pelo batismo, sejam contados caminham sob o vosso olhar com
entre os vossos filhos adotivos. Por sinceridade de coração chegar ao
Cristo, nosso Senhor. conhecimento da verdade. E fazei
que sejamos no mundo testemu-
V. Pela unidade dos cristãos nhas mais fiéis da vossa caridade,
Oremos por todos os nossos irmãos amando-nos melhor uns aos ou-
e irmãs que creem no Cristo, para tros e participando com maior so-
que o Senhor nosso Deus se digne licitude do mistério da vossa vida.
reunir e conservar na unidade da Por Cristo, nosso Senhor.
sua Igreja todos os que vivem se- VIII. Pelos que não creem em
gundo a verdade. Deus
Deus eterno e todo-poderoso, Oremos pelos que não reconhecem
que reunis o que está disperso e a Deus, para que, buscando leal-
conservais o que está unido, velai mente o que é reto, possam chegar
sobre o rebanho do vosso Filho. ao Deus verdadeiro.
Que a integridade da fé e os laços Deus eterno e todo-poderoso,
da caridade unam os que foram vós criastes todos os seres huma-
consagrados por um só batismo. nos e pusestes em seu coração o
Por Cristo, nosso Senhor. desejo de procurar-vos para que,
tendo-vos encontrado, só em vós
VI. Pelos judeus achassem repouso. Concedei que,
Oremos pelos judeus, aos quais o entre as dificuldades deste mun-
Senhor nosso Deus falou em primei- do, discernindo os sinais da vos-
ro lugar, a fim de que cresçam na fi- sa bondade e vendo o testemu-
delidade de sua aliança e no amor nho das boas obras daqueles que
do seu nome. creem em vós, tenham a alegria de
Deus eterno e todo-poderoso, que proclamar que sois o único Deus
fizestes vossas promessas a Abraão verdadeiro e Pai de todos os se-
e seus descendentes, escutai as res humanos. Por Cristo, nosso Se-
preces da vossa Igreja. Que o povo nhor.
da primitiva aliança mereça alcan- IX. Pelos poderes públicos
çar a plenitude da vossa redenção. Oremos por todos os governantes:
Por Cristo, nosso Senhor. que o nosso Deus e Senhor, segundo
Dia 10 42
sua vontade, lhes dirija o espírito e o PR: Eis o lenho da cruz, do qual
coração para que todos possam go- pendeu a salvação do mundo.
zar de verdadeira paz e liberdade. AS: Vinde, adoremos.
Deus eterno e todo-poderoso, Com respeito e devoção, todos se aproximam e
que tendes na mão o coração dos beijam a cruz, enquanto se canta (página 78, nº
16). Se não for possível a adoração individual, o
seres humanos e o direito dos po- presidente toma a cruz e, de pé, convida a assem-
vos, olhai com bondade aqueles bleia a adorá-la em silêncio por um momento.
que nos governam. Que, por vossa
graça, se consolidem por toda a RITO DA COMUNHÃO
terra a segurança e a paz, a pros-
Nesta última parte da celebração da
Paixão do Senhor, vamos receber o pão
peridade das nações e a liberda-
eucarístico consagrado na missa de on-
de religiosa. Por Cristo, nosso Se-
tem. Comungamos Cristo, cordeiro imo-
nhor.
lado, para nos mantermos fiéis a ele e ter
X. Pelos que sofrem provações forças para vencer os sofrimentos.
Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Hoje não se celebra a Eucaristia. Após a adora-
ção de Cristo na cruz, prepara-se o altar, traz-se
Pai todo-poderoso, para que livre o pão eucarístico consagrado e convida-se ao
o mundo de todo erro, expulse as pai-nosso.
doenças e afugente a fome, abra as
Depois da comunhão
prisões e liberte os cativos, vele pe-
la segurança dos viajantes e tran- Ó Deus, que nos renovastes pe-
seuntes, repatrie os exilados, dê saú- la santa morte e ressurreição do
de aos doentes e a salvação aos que vosso Cristo, conservai em nós a
agonizam. obra de vossa misericórdia, para
Deus eterno e todo-poderoso, sois que, pela participação deste mis-
a consolação dos aflitos e a força tério, vos consagremos sempre a
dos que labutam. Cheguem até nossa vida. Por Cristo, nosso Se-
vós as preces dos que clamam em nhor.
sua aflição, sejam quais forem os Oração sobre o povo
seus sofrimentos, para que se ale-
Estendendo as mãos sobre a assembleia, o
grem em suas provações com o presidente reza:
socorro da vossa misericórdia. Por
Que a vossa bênção, ó Deus, des-
Cristo, nosso Senhor.
ça copiosa sobre o vosso povo,
ADORAÇÃO DE CRISTO que acaba de celebrar a morte do
NA CRUZ vosso Filho, na esperança da sua
Honrando a cruz, adoramos o Senhor ressurreição. Venha o vosso per-
e agradecemos o seu amor pela huma- dão, seja dado o vosso consolo;
nidade. Lembremos os que carregam cresça a fé verdadeira e a reden-
a cruz da miséria, do desemprego, do ção se confirme. Por Cristo, nosso
sofrimento e do abandono.
Se a cruz estiver velada, o presidente a desco-
Senhor.
bre aos poucos, cantando três vezes em tons Não há bênção final; todos se retiram em silên-
ascendentes: cio.

43 Dia 10
DIA 11 DE ABRIL – SÁBADO
VIGÍLIA PASCAL
(branco, glória, prefácio da Páscoa I – ofício próprio)

Orientações e lembretes: 1) Todos se reúnem fora da igreja em volta do fogo aceso. 2) Providen-
ciar velas (para a assembleia), o círio e os cravos. 3) Na igreja, deixar o ambiente alegre e festivo e o
altar vazio até o momento das oferendas. 4) Os dois primeiros comentários propostos podem ser
dispensados em favor das palavras sobre o sentido da vigília indicadas pelo Missal (mais abaixo). 5)
A critério da comunidade, pode-se manter as luzes apagadas até o fim da proclamação da Páscoa
(exulte). Até então, o ambiente seja iluminado com o círio e as velas acesas.

Em comunhão com as comunidades cris-


tãs e com todo o universo, celebramos a
Páscoa de Jesus, sua passagem da morte
para a vida. Exultantes no Senhor ressus-
citado, recordamos as maravilhas de Deus
na história, renovamos nossa esperança e
fortalecemos nossa fé. Vivamos em pro-
funda alegria os momentos desta vigília.

Apagadas as luzes e reunido o povo em torno Bênção do fogo


do fogo aceso, com a presença do presidente
e dos ministros, inicia-se a celebração da luz. Ó Deus, que pelo vosso Filho trou-
CELEBRAÇÃO DA LUZ xestes àqueles que creem o clarão
da vossa luz, santificai @ este novo
A Vigília Pascal se inicia com a celebra-
ção da luz, que contém três partes: a fogo. Concedei que a festa da Pás-
bênção do fogo, a procissão do círio pas- coa acenda em nós tal desejo do
cal e a proclamação da Páscoa. Partici- céu, que possamos chegar puri-
pemos com devoção desta solene cele- ficados à festa da luz eterna. Por
bração. Cristo, nosso Senhor.
O presidente saúda a assembleia e explica o
sentido da vigília com estas ou outras pala- A seguir, prepara o círio pascal:
vras:
Cristo ontem e hoje (faz a incisão da
Sentido da vigília haste vertical da cruz); princípio e fim (faz

Meus irmãos e minhas irmãs, nes- a incisão da haste horizontal); alfa (faz a incisão
ta noite santa, em que nosso Se- da letra alfa no alto da haste vertical); ômega
nhor Jesus Cristo passou da morte (faz a incisão da letra ômega embaixo da haste
à vida, a Igreja convida os seus vertical). A ele o tempo (faz a incisão
filhos dispersos por toda a terra a do nº 2 sobre o ângulo esquerdo superior da
se reunirem em vigília e oração. Se cruz); e a eternidade (faz a incisão do nº
comemorarmos a Páscoa do Se- 0 sobre o ângulo direito superior); a glória
nhor ouvindo sua Palavra e cele- e o poder (faz a incisão do nº 2 no ângulo
brando seus mistérios, podemos esquerdo inferior); pelos séculos sem
ter a firme esperança de participar fim, amém (faz a incisão do nº 0 no ângulo
do seu triunfo sobre a morte e de direito inferior).
sua vida em Deus. A seguir, o presidente aplica os cravos:

Dia 11 44
Por suas santas chagas, / suas cha- Sim, verdadeiramente é bom e
gas gloriosas, / o Cristo Senhor / justo / cantar ao Pai de todo o co-
nos proteja / e nos guarde. Amém. ração / e celebrar seu Filho, Jesus
Acende o círio pascal, dizendo: Cristo, / tornado para nós um no-
A luz do Cristo que ressuscita res- vo Adão.
plandecente dissipe as trevas de Foi ele quem pagou do outro a
nosso coração e nossa mente. culpa / quando por nós à morte se
Enquanto a assembleia se dirige ao interior da entregou: / para apagar o antigo
igreja, vai aos poucos acendendo as velas. O
diácono, um ministro ou o presidente conduz documento, / na cruz todo o seu
o círio e canta (três vezes): sangue derramou.
Eis a luz de Cristo. Pois eis agora a Páscoa, nossa fes-
AS: Demos graças a Deus. ta, / em que o real Cordeiro se imo-
Proclamação da Páscoa (breve) lou: / marcando nossas portas, nos-
Quando todos estiverem na igreja, acendem-se
sas almas, / com seu divino san-
ou não as luzes, mantêm-se as velas acesas e gue nos salvou.
canta-se ou reza-se a proclamação da Páscoa
(cf. também página 79, número 18). Esta é, Senhor, a noite em que do
Exulte o céu, e os anjos triunfan- Egito / retirastes os filhos de Israel,
tes, / mensageiros de Deus, des- / transpondo o mar Vermelho a pé
enxuto, / rumo à terra onde cor-
çam cantando; / façam soar trom-
rem leite e mel.
betas fulgurantes, / a vitória de
um rei anunciando. Ó noite em que a coluna luminosa
/ as trevas do pecado dissipou,
Alegre-se também a terra amiga,
/ e aos que creem no Cristo em
/ que em meio a tantas luzes res-
toda a terra / em novo povo eleito
plandece; / e, vendo dissipar-se a
congregou!
treva antiga, / ao sol do eterno rei
brilha e se aquece. Ó noite em que Jesus rompeu o
inferno, / ao ressurgir da morte
Que a mãe Igreja alegre-se igual-
vencedor: / de que nos valeria ter
mente, / erguendo as velas deste
nascido / se não nos resgatasse
fogo novo, / e escute, reboando de
em seu amor?
repente, / o aleluia cantado pelo
povo. Ó Deus, quão estupenda caridade
/ vemos no vosso gesto fulgurar: /
O Senhor esteja convosco.
não hesitais em dar o próprio Filho
AS: Ele está no meio de nós. / para a culpa dos servos resgatar.
Corações ao alto. Ó pecado de Adão indispensável,
AS: O nosso coração está em / pois o Cristo o dissolve em seu
Deus. amor; / ó culpa tão feliz, que há me-
Demos graças ao Senhor, nosso recido / a graça de um tão gran-
Deus. de redentor!
AS: É nosso dever e nossa sal- Pois esta noite lava todo crime, / li-
vação. berta o pecador dos seus grilhões;
45 Dia 11
/ dissipa o ódio e dobra os pode- Meus irmãos e minhas irmãs, ten-
rosos, / enche de luz e paz os co- do iniciado solenemente esta vi-
rações. gília, ouçamos no recolhimento
Ó noite de alegria verdadeira, / desta noite a Palavra de Deus. Ve-
que prostra o faraó e ergue os he- jamos como ele salvou outrora o
breus, / que une de novo ao céu a seu povo e, nestes últimos tem-
terra inteira, / pondo na treva hu- pos, enviou seu Filho como reden-
mana a luz de Deus. tor. Peçamos que o nosso Deus
leve à plenitude a salvação inau-
Na graça desta noite o vosso povo gurada na Páscoa.
/ acende um sacrifício de louvor; /
acolhei, ó Pai santo, o fogo novo: I leitura (Gênesis 1,1.26-31 –
/ não perde, ao dividir-se, o seu mais breve)
fulgor. Leitura do livro do Gênesis – 1No
Cera virgem de abelha generosa / princípio Deus criou o céu e a terra.
ao Cristo ressurgido trouxe a luz:
26
Deus disse: “Façamos o homem
/ eis de novo a coluna luminosa, à nossa imagem e segundo a nos-
/ que o vosso povo para o céu sa semelhança, para que domi-
conduz. ne sobre os peixes do mar, sobre
as aves do céu, sobre os animais
O círio que acendeu as nossas ve-
de toda a terra e sobre todos os
las / possa esta noite toda fulgu-
répteis que rastejam sobre a ter-
rar; / misture sua luz à das estrelas,
ra”. 27E Deus criou o homem à sua
/ cintile quando o dia despontar.
imagem, à imagem de Deus ele o
Que ele possa agradar-vos como criou: homem e mulher os criou.
o Filho, / que triunfou da morte e 28
E Deus os abençoou e lhes disse:
vence o mal: / Deus, que a todos “Sede fecundos e multiplicai-vos,
acende no seu brilho / e um dia enchei a terra e submetei-a! Domi-
voltará, sol triunfal. nai sobre os peixes do mar, sobre
Terminada a proclamação da Páscoa, apagam- os pássaros do céu e sobre todos
-se as velas, acendem-se as luzes (se ainda
estiverem apagadas) e todos se sentam para os animais que se movem sobre a
acompanhar as leituras bíblicas. Proclamem- terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos
-se pelo menos três do Antigo Testamento
(nunca omitir a do Êxodo), mais a epístola e o entrego todas as plantas que dão
evangelho. semente sobre a terra e todas as
árvores que produzem fruto com
LITURGIA DA PALAVRA sua semente, para vos servirem de
As leituras proclamam as grandes ma- alimento. 30E a todos os animais da
ravilhas realizadas por Deus ao longo terra, e a todas as aves do céu, e
da história da humanidade, as quais a tudo o que rasteja sobre a terra
continuam sendo motivo de alegria e
ação de graças. e que é animado de vida, eu dou
Antes das leituras, o presidente exorta a assem- todos os vegetais para alimento”.
bleia com estas ou outras palavras: E assim se fez. 31E Deus viu tudo
Dia 11 46
quanto havia feito, e eis que tudo Oração
era muito bom. Houve uma tarde Ó Deus, admirável na criação do
e uma manhã: sexto dia. – Palavra
ser humano e mais ainda na sua
do Senhor.
redenção, dai-nos a sabedoria de
Salmo responsorial 103(104) resistir ao pecado e chegar à eter-
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, volume 1,
faixa 23 – Paulus) na alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Enviai o vosso Espírito, Senhor, / e II leitura (Gênesis 22,1-2.
da terra toda a face renovai. 9-13.15-18 – mais breve)
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Ref.: En - vi - ai o vos-so_Es -pí - ri - to, Se - nhor, Leitura do livro do Gênesis – Naque-
### «« «« «« «« D»œ . «« « «
»»»œ ««««ˆ. «ˆ l ˙«« l ˆ««=l l
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«««ˆ . «««ˆ les dias, 1Deus pôs Abraão à pro-
l ˆ.«
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& «ˆ ˆ.« «ˆ l »»

# A F#7 va. Chamando-o, disse: “Abraão!”


e da ter - ra to - da_a fa - ce re - no - vai!
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W «ˆ« ˆ«« ˆ««« l W «ˆ«« «ˆ«« ««ˆ« l W
E7 Bm E7 A
=========================
& ˆ« l ”
(Salmodia) E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E
1. Bendize, ó minha alma, ao Se- Deus disse: “Toma teu filho único,
nhor! / Ó meu Deus e meu Senhor, Isaac, a quem tanto amas, dirige-
como sois grande! / De majestade -te à terra de Moriá e oferece-o ali
e esplendor vos revestis / e de luz em holocausto sobre um monte
vos envolveis como num manto. que eu te indicar”. 9Chegados ao
– R. lugar indicado por Deus, Abraão
2. A terra vós firmastes em suas ergueu um altar, colocou a lenha
bases, / ficará firme pelos séculos em cima, amarrou o filho e o pôs
sem fim; / os mares a cobriam co- sobre a lenha em cima do altar.
mo um manto, / e as águas envol- 10
Depois, estendeu a mão, empu-
viam as montanhas. – R. nhando a faca para sacrificar o fi-
3. Fazeis brotar em meio aos vales lho. 11E eis que o anjo do Senhor
as nascentes / que passam ser- gritou do céu, dizendo: “Abraão!
peando entre as montanhas; / às Abraão!” Ele respondeu: “Aqui es-
suas margens vêm morar os pas- tou!” 12E o anjo lhe disse: “Não es-
sarinhos, / entre os ramos eles er- tendas a mão contra teu filho e
guem o seu canto. – R. não lhe faças nenhum mal! Ago-
4. De vossa casa, as montanhas ra sei que temes a Deus, pois não
irrigais, / com vossos frutos saciais me recusaste o teu filho único”.
a terra inteira; / fazeis crescer os 13
Abraão, erguendo os olhos, viu
verdes pastos para o gado / e as um carneiro preso num espinheiro
plantas que são úteis para o ho- pelos chifres; foi buscá-lo e ofere-
mem. – R. ceu-o em holocausto no lugar do
5. Quão numerosas, ó Senhor, são seu filho. 15O anjo do Senhor cha-
vossas obras, / e que sabedoria mou Abraão, pela segunda vez,
em todas elas! / Encheu-se a terra do céu 16e lhe disse: “Juro por mim
com as vossas criaturas! / Bendize, mesmo – oráculo do Senhor –,
ó minha alma, ao Senhor! – R. uma vez que agiste desse modo
47 Dia 11
e não me recusaste teu filho úni- povos, como lhe tínheis prome-
co, 17eu te abençoarei e tornarei tido. Concedei, portanto, a todos
tão numerosa tua descendência os povos a graça de corresponder
como as estrelas do céu e como ao vosso chamado. Por Cristo, nos-
as areias da praia do mar. Teus so Senhor.
descendentes conquistarão as ci-
III leitura (Êxodo 14,15-15,1)
dades dos inimigos. 18Por tua des-
cendência serão abençoadas to- Leitura do livro do Êxodo – Naque-
das as nações da terra, porque me les dias, 15o Senhor disse a Moisés:
obedeceste”. – Palavra do Senhor. “Por que clamas a mim por socor-
ro? Dize aos filhos de Israel que se
Salmo responsorial 15(16)
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 25)
ponham em marcha. 16Quanto a ti,
ergue a vara, estende o braço so-
Guardai-me, ó Deus, porque em vós
me refugio! bre o mar e divide-o, para que os
2         
filhos de Israel caminhem em se-
  4 
      
             
co pelo meio do mar. 17De minha
          
                    
 parte, endurecerei o coração dos
egípcios, para que sigam atrás de-
1. Ó Senhor, sois minha herança les e eu seja glorificado às custas
e minha taça, / meu destino está do faraó e de todo o seu exército,
seguro em vossas mãos! / Tenho dos seus carros e cavaleiros. 18E os
sempre o Senhor ante meus olhos, egípcios saberão que eu sou o Se-
/ pois, se o tenho a meu lado, não nhor quando eu for glorificado às
vacilo. – R. custas do faraó, dos seus carros e
2. Eis por que meu coração está cavaleiros”. 19Então, o anjo do Se-
em festa, † minha alma rejubila nhor, que caminhava à frente do
de alegria / e até meu corpo no acampamento dos filhos de Israel,
repouso está tranquilo; / pois não mudou de posição e foi para trás
haveis de me deixar entregue à deles; e com ele, ao mesmo tem-
morte / nem vosso amigo conhe- po, a coluna de nuvem, que estava
cer a corrupção. – R.
na frente, colocou-se atrás, 20inse-
3. Vós me ensinais vosso caminho rindo-se entre o acampamento
para a vida; † junto a vós, felicida- dos egípcios e o acampamento
de sem limites, / delícia eterna e dos filhos de Israel. Para aqueles a
alegria ao vosso lado! – R. nuvem era tenebrosa, para estes
Oração iluminava a noite. Assim, durante
Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós a noite inteira, uns não puderam
multiplicais por toda a terra os fi- aproximar-se dos outros.
lhos da vossa promessa, derra- 21
Moisés estendeu a mão sobre
mando sobre eles a graça da filia- o mar, e, durante toda a noite, o
ção, e, pelo mistério pascal, tornais Senhor fez soprar sobre o mar um
vosso servo Abraão pai de todos os vento leste muito forte; e as águas
Dia 11 48
se dividiram. 22Então, os filhos de meu o Senhor e teve fé no Senhor
Israel entraram pelo meio do mar e em Moisés, seu servo. 15,1Então,
a pé enxuto, enquanto as águas Moisés e os filhos de Israel canta-
formavam como que uma mu- ram ao Senhor este cântico:
ralha à direita e à esquerda. 23Os Salmo responsorial (Ex 15)
egípcios puseram-se a persegui- (CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 26)
-los, e todos os cavalos do faraó,
Cantemos ao Senhor, que fez brilhar
carros e cavaleiros os seguiram
a sua glória!
mar adentro. 24Ora, de madruga- 2    
 4      
            
da, o Senhor lançou um olhar, des-         
               
de a coluna de fogo e da nuvem,     
    
                  

sobre as tropas egípcias e as pôs        


                    

em pânico. 25Bloqueou as rodas 

dos seus carros, de modo que só a 1. Ao Senhor quero cantar, pois fez
muito custo podiam avançar. Dis- brilhar a sua glória: / precipitou no
seram, então, os egípcios: “Fuja- mar Vermelho o cavalo e o cava-
mos de Israel! Pois o Senhor com- leiro! / O Senhor é minha força, é a
bate a favor deles, contra nós”. 26O razão do meu cantar, / pois foi ele
Senhor disse a Moisés: “Estende neste dia para mim libertação! – R.
a mão sobre o mar, para que as 2. Ele é meu Deus e o louvarei,
águas se voltem contra os egíp- Deus de meu pai, e o honrarei. /
cios, seus carros e cavaleiros”. O Senhor é um Deus guerreiro; o
27
Moisés estendeu a mão sobre seu nome é “Onipotente”: / os sol-
o mar e, ao romper da manhã, o dados e os carros do faraó jogou
mar voltou ao seu leito normal, no mar, / seus melhores capitães
enquanto os egípcios, em fuga, afogou no mar Vermelho. – R.
corriam ao encontro das águas, e 3. Afundaram como pedras, e as
o Senhor os mergulhou no meio ondas os cobriram. † Ó Senhor,
das ondas. 28As águas voltaram o vosso braço é duma força insu-
e cobriram carros, cavaleiros e perável! / Ó Senhor, o vosso braço
todo o exército do faraó que tinha esmigalhou os inimigos! – R.
entrado no mar em perseguição a 4. Vosso povo levareis e o planta-
Israel. Não escapou um só. 29Os fi- reis em vosso monte, / no lugar
lhos de Israel, ao contrário, tinham que preparastes para a vossa ha-
passado a pé enxuto pelo meio do bitação, / no santuário construído
mar, cujas águas lhes formavam pelas vossas próprias mãos. / O
uma muralha à direita e à esquer- Senhor há de reinar eternamente,
da. 30Naquele dia, o Senhor livrou pelos séculos! – R.
Israel da mão dos egípcios, e Israel
viu os egípcios mortos nas praias Oração
do mar 31e a mão poderosa do Se- Ó Deus, vemos brilhar ainda em
nhor agir contra eles. O povo te- nossos dias as vossas antigas ma-
49 Dia 11
ravilhas. Como manifestastes ou- portões, de pedras preciosas, e
trora o vosso poder, libertando todos os teus muros, de pedra es-
um só povo da perseguição do colhida. 13Todos os teus filhos se-
faraó, realizais agora a salvação de rão discípulos do Senhor, teus fi-
todas as nações, fazendo-as re- lhos possuirão muita paz; 14terás
nascer nas águas do batismo. a justiça por fundamento. Longe
Concedei a todos os seres huma- da opressão, nada terás a temer;
nos tornarem-se filhos de Abraão serás livre do terror, porque ele
e membros do vosso povo eleito. não se aproximará de ti. – Palavra
Por Cristo, nosso Senhor. do Senhor.
IV leitura (Isaías 54,5-14) Salmo responsorial 29(30)
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 27)
Leitura do livro do profeta Isaías –
5
Teu esposo é aquele que te criou, Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós
seu nome é Senhor dos exércitos; me livrastes!  
2      
            
teu redentor, o santo de Israel, cha- 4 

    

ma-se Deus de toda a terra. 6O Se-            


                            

nhor te chamou como a mulher
abandonada e de alma aflita; co- 1. Eu vos exalto, ó Senhor, pois
mo a esposa repudiada na moci- me livrastes / e não deixastes rir
dade, falou o teu Deus. 7Por um de mim meus inimigos! / Vós ti-
breve instante eu te abandonei, rastes minha alma dos abismos /
mas com imensa compaixão volto e me salvastes quando estava já
a acolher-te. 8Num momento de morrendo! – R.
indignação, por um pouco ocultei 2. Cantai salmos ao Senhor, povo
de ti minha face, mas com miseri- fiel, / dai-lhe graças e invocai seu
córdia eterna compadeci-me de ti, santo nome! / Pois sua ira dura
diz teu salvador, o Senhor. 9Como apenas um momento, / mas sua
fiz nos dias de Noé, a quem jurei bondade permanece a vida intei-
nunca mais inundar a terra, assim ra; / se à tarde vem o pranto visitar-
juro que não me irritarei contra ti -nos, / de manhã vem saudar-nos
nem te farei ameaças. 10Podem os a alegria. – R.
montes recuar e as colinas abalar- 3. Escutai-me, Senhor Deus, tende
-se, mas minha misericórdia não piedade! / Sede, Senhor, o meu
se apartará de ti, nada fará mudar abrigo protetor! / Transformastes
a aliança de minha paz, diz o teu o meu pranto em uma festa, / Se-
misericordioso Senhor. 11Pobrezi- nhor meu Deus, eternamente hei
nha, batida por vendavais, sem de louvar-vos! – R.
nenhum consolo, eis que assenta-
rei tuas pedras sobre rubis e tuas Oração
bases sobre safiras; 12revestirei Deus eterno e todo-poderoso,
de jaspe tuas fortificações, e teus para a glória do vosso nome, mul-
Dia 11 50
tiplicai a posteridade que prome- perdão. 8Meus pensamentos não
testes aos nossos pais, aumentan- são como os vossos pensamentos,
do o número dos vossos filhos e vossos caminhos não são como
adotivos. Possa a Igreja reconhe- os meus caminhos, diz o Senhor.
cer que já se realizou em grande 9
Estão meus caminhos tão acima
parte a promessa feita a nossos dos vossos caminhos e meus pen-
pais, da qual jamais duvidaram. samentos acima dos vossos pen-
Por Cristo, nosso Senhor. samentos quanto está o céu acima
V leitura (Isaías 55,1-11) da terra. 10Como a chuva e a neve
descem do céu e para lá não vol-
Leitura do livro do profeta Isaías tam mais, mas vêm irrigar e fecun-
– Assim diz o Senhor: 1“Ó vós to- dar a terra, e fazê-la germinar e dar
dos que estais com sede, vinde semente, para o plantio e para a
às águas; vós que não tendes di-
alimentação, 11assim a palavra que
nheiro, apressai-vos, vinde e co-
sair de minha boca não voltará
mei, vinde comprar sem dinhei-
para mim vazia; antes, realizará tu-
ro, tomar vinho e leite sem nenhu-
do o que for de minha vontade e
ma paga. 2Por que gastar dinheiro
produzirá os efeitos que pretendi,
com outra coisa que não o pão, des-
ao enviá-la”. – Palavra do Senhor.
perdiçar o salário, senão com sa-
tisfação completa? Ouvi-me com Salmo responsorial (Is 12)
atenção e alimentai-vos bem, para (CD: Cantando os Salmos - Ano C, v. 1, faixa 28)
deleite e revigoramento do vosso Com alegria bebereis do manancial
corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vin- da salvação.
de a mim, ouvi e tereis vida; farei 2      
4  
   


  
   
   
  
   
convosco um pacto eterno, man-
           
terei fielmente as graças concedi-                           
 

das a Davi. 4Eis que fiz dele uma 1. Eis o Deus, meu salvador, eu
testemunha para os povos, chefe confio e nada temo; † o Senhor
e mestre para as nações. 5Eis que é minha força, meu louvor e sal-
chamarás uma nação que não vação. / Com alegria bebereis do
conhecias, e acorrerão a ti povos manancial da salvação. – R.
que não te conheciam, por causa
do Senhor, teu Deus, e do santo de 2. E direis naquele dia: “Dai louvo-
Israel, que te glorificou. 6Buscai o res ao Senhor, † invocai seu santo
Senhor, enquanto pode ser acha- nome, anunciai suas maravilhas, /
do; invocai-o, enquanto ele está entre os povos proclamai que seu
perto. 7Abandone o ímpio seu ca- nome é o mais sublime. – R.
minho, e o homem injusto, suas 3. Louvai, cantando, ao nosso Deus,
maquinações; volte para o Senhor, que fez prodígios e portentos, /
que terá piedade dele, volte para publicai em toda a terra suas gran-
nosso Deus, que é generoso no des maravilhas! / Exultai, cantando
51 Dia 11
alegres, habitantes de Sião, / por- -a de volta, e ela obedece tremen-
que é grande em vosso meio o do. 34As estrelas cintilam em seus
Deus santo de Israel!” – R. postos de guarda e alegram-se;
35
ele chamou-as, e elas respon-
Oração
dem: “Aqui estamos”; e alumiam
Deus eterno e todo-poderoso, com alegria o que as fez. 36Este
única esperança do mundo, anun- é o nosso Deus, e nenhum outro
ciastes pela voz dos profetas os pode comparar-se com ele. 37Ele
mistérios que hoje se realizam. revelou todo o caminho da sabe-
Aumentai o fervor do vosso povo, doria a Jacó, seu servo, e a Israel,
pois nenhum dos vossos filhos seu bem-amado. 38Depois, ela foi
conseguirá progredir na virtude vista sobre a terra e habitou entre
sem o auxílio da vossa graça. Por os homens. 4,1A sabedoria é o livro
Cristo, nosso Senhor. dos mandamentos de Deus, é a
VI leitura (Baruc 3,9-15.32-4,4) lei que permanece para sempre.
Todos os que a seguem têm a vi-
Leitura do livro do profeta Baruc – da, e os que a abandonam têm a
9
Ouve, Israel, os preceitos da vida; morte. 2Volta-te, Jacó, e abraça-a;
presta atenção, para aprenderes a marcha para o esplendor, à sua
sabedoria. 10Que se passa, Israel? luz. 3Não dês a outro a tua glória
Como é que te encontras em ter- nem cedas a uma nação estranha
ra inimiga? 11Envelheceste num teus privilégios. 4Ó Israel, felizes
país estrangeiro e te contaminaste somos nós, porque nos é dado
com os mortos, foste contado en- conhecer o que agrada a Deus. –
tre os que descem à mansão dos Palavra do Senhor.
mortos. 12Abandonaste a fonte da
sabedoria! 13Se tivesses continua- Salmo responsorial 18(19)
(CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 29)
do no caminho de Deus, viverias
em paz para sempre. 14Aprende Senhor, tens palavras de vida eter-
onde está a sabedoria, onde está na.  4   

  
 
4   

 
           
a fortaleza e onde está a inteli- 

gência, e aprenderás também on-          
      
 

          
de está a longevidade e a vida,
onde está o brilho dos olhos e a 1. A lei do Senhor Deus é perfei-
paz. 15Quem descobriu onde está ta, / conforto para a alma! / O tes-
a sabedoria? Quem penetrou em temunho do Senhor é fiel, / sabe-
seus tesouros? 32Aquele que tudo doria dos humildes. – R.
sabe conhece-a, descobriu-a com 2. Os preceitos do Senhor são
sua inteligência; aquele que criou precisos, / alegria ao coração. / O
a terra para sempre e a encheu de mandamento do Senhor é bri-
animais e quadrúpedes; 33aquele lhante, / para os olhos é uma luz.
que manda a luz, e ela vai, chama- – R.
Dia 11 52
3. É puro o temor do Senhor, / causa de vós que eu vou agir, casa
imutável para sempre. / Os julga- de Israel, mas por causa do meu
mentos do Senhor são corretos / santo nome, que profanastes entre
e justos igualmente. – R. as nações para onde fostes. 23Vou
4. Mais desejáveis do que o ouro são mostrar a santidade do meu gran-
eles, / do que o ouro refinado. / Suas de nome, que profanastes no meio
palavras são mais doces que o mel, das nações. As nações saberão que
/ que o mel que sai dos favos. – R. eu sou o Senhor – oráculo do Se-
Oração nhor Deus – quando eu manifestar
minha santidade à vista delas por
Ó Deus, que fazeis vossa Igreja cres-
meio de vós. 24Eu vos tirarei do
cer sempre mais, chamando todos
os povos ao evangelho, guardai meio das nações, vos reunirei de
sob a vossa contínua proteção os todos os países e vos conduzirei
que purificais na água do batismo. para a vossa terra. 25Derramarei
Por Cristo, nosso Senhor. sobre vós uma água pura, e sereis
purificados. Eu vos purificarei de
VII leitura (Ezequiel 36,16-28) todas as impurezas e de todos os
Leitura da profecia de Ezequiel ídolos. 26Eu vos darei um coração
– 16A palavra do Senhor foi-me novo e porei um espírito novo
dirigida nestes termos: 17“Filho dentro de vós. Arrancarei do vosso
do homem, os da casa de Israel corpo o coração de pedra e vos
estavam morando em sua terra. darei um coração de carne; 27porei
Mancharam-na com sua conduta o meu espírito dentro de vós e
e suas más ações. 18Então derramei farei com que sigais a minha lei e
sobre eles a minha ira, por causa cuideis de observar os meus man-
do sangue que derramaram no damentos. 28Habitareis no país
país e dos ídolos com os quais que dei a vossos pais. Sereis o meu
o mancharam. 19Eu dispersei-os
povo, e eu serei o vosso Deus’”. –
entre as nações, e eles foram es-
Palavra do Senhor.
palhados pelos países. Julguei-os
de acordo com sua conduta e suas Salmo responsorial 41(42)
más ações. 20Quando eles chega- (CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 30)
ram às nações para onde foram, A minha alma tem sede de Deus.
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profanaram o meu santo nome; 2 «« ««ˆ« «««ˆ «ˆ« «ˆ«« «ˆ«« ˙»» œ»» œ»» œ»» «« «« ««
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pois deles se comentava: ‘Esse é o Ref.: A mi - nh'al - ma tem se -de de Deus. A mi - nh'al - ma tem
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povo do Senhor; mas tiveram de & ˆ«« ˆ«« ˆ« «ˆ l ˙«« l ˆ«« l l W
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sair do seu país!’ 21Então eu tive se - de de Deus. (Salmodia)

pena do meu santo nome, que a 1. A minha alma tem sede de Deus /
casa de Israel estava profanando e deseja o Deus vivo. / Quando terei
entre as nações para onde foi. a alegria de ver / a face de Deus? – R.
22
Por isso, dize à casa de Israel: ‘As- 2. Peregrino e feliz caminhando /
sim fala o Senhor Deus: Não é por para a casa de Deus, / entre gritos,
53 Dia 11
louvor e alegria / da multidão ju- fomos batizados? 4Pelo batismo
bilosa. – R. na sua morte, fomos sepultados
A minha alma tem sede de Deus. com ele, para que, como Cristo
3. Enviai vossa luz, vossa verdade: ressuscitou dos mortos pela glória
/ elas serão o meu guia; / que me do Pai, assim também nós leve-
mos uma vida nova. 5Pois, se fo-
levem ao vosso monte santo, / até
mos de certo modo identificados
a vossa morada! – R.
a Jesus Cristo por uma morte se-
4. Então irei aos altares do Senhor, melhante à sua, seremos seme-
/ Deus da minha alegria. / Vosso lhantes a ele também pela res-
louvor cantarei ao som da harpa, surreição. 6Sabemos que o nosso
/ meu Senhor e meu Deus! – R. velho homem foi crucificado com
Oração Cristo, para que seja destruído o
corpo de pecado, de maneira a
Ó Deus, força imutável e luz inex- não mais servirmos ao pecado.
tinguível, olhai com bondade o 7
Com efeito, aquele que morreu
mistério de toda a vossa Igreja e está livre do pecado. 8Se, pois,
conduzi pelos caminhos da paz a morremos com Cristo, cremos que
obra da salvação que concebestes também viveremos com ele. 9Sa-
desde toda a eternidade. Que o bemos que Cristo ressuscitado dos
mundo todo veja e reconheça que mortos não morre mais; a morte
se levanta o que estava caído, que já não tem poder sobre ele. 10Pois
o velho se torna novo e tudo volta aquele que morreu, morreu para
à integridade primitiva por aquele o pecado uma vez por todas; mas
que é princípio de todas as coisas. aquele que vive, é para Deus que
Por Cristo, nosso Senhor. vive. 11Assim, vós também consi-
Acendem-se as velas do altar e pode-se tocar derai-vos mortos para o pecado e
os sinos, enquanto se canta o glória.
vivos para Deus, em Jesus Cristo.
Oração do dia – Palavra do Senhor.
Ó Deus, que iluminais esta noite Salmo responsorial 117(118)
santa com a glória da ressurreição (CD: Cantando os Salmos - Ano A, v. 1, faixa 31)
do Senhor, despertai na vossa Igre- Aleluia, aleluia, aleluia.
2       
 4                    
ja o espírito filial para que, intei-  

ramente renovados, vos sirvamos       


               
     
de todo o coração. Por nosso Se-  

nhor Jesus Cristo… 


 
   

 
  
             
 
   

Carta (Romanos 6,3-11) 1. Dai graças ao Senhor, porque


Leitura da carta de são Paulo aos ele é bom! / Eterna é a sua mise-
Romanos – Irmãos, 3será que igno- ricórdia! / A casa de Israel agora o
rais que todos nós, batizados em diga: / “Eterna é a sua misericór-
Jesus Cristo, é na sua morte que dia!” – R.
Dia 11 54
2. A mão direita do Senhor fez dar a notícia aos discípulos. 9De re-
maravilhas, † a mão direita do Se- pente, Jesus foi ao encontro delas
nhor me levantou, / a mão direita e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres
do Senhor fez maravilhas! / Não aproximaram-se e prostraram-se
morrerei, mas, ao contrário, viverei diante de Jesus, abraçando seus
/ para cantar as grandes obras do pés. 10Então Jesus disse a elas:
Senhor! – R. “Não tenhais medo. Ide anunciar
3. A pedra que os pedreiros rejeita- aos meus irmãos que se dirijam
ram / tornou-se agora a pedra an- para a Galileia. Lá eles me verão”.
gular. / Pelo Senhor é que foi fei- – Palavra da salvação.
to tudo isso: / que maravilhas ele Pode haver breve homilia. A seguir, inicia-se a
liturgia do batismo.
fez a nossos olhos! – R.
LITURGIA BATISMAL
Evangelho (Mateus 28,1-10)
Iniciamos a liturgia batismal, por
Proclamação do evangelho de Je-
meio da qual renovamos as pro-
sus Cristo segundo Mateus – 1De-
messas do nosso batismo (e acolhe-
pois do sábado, ao amanhecer
mos os novos membros da comuni-
do primeiro dia da semana, Maria
dade). Como batizados, assumimos
Madalena e a outra Maria foram
o compromisso com a vida nova
ver o sepulcro. 2De repente, houve
trazida por Cristo ressuscitado.
um grande tremor de terra: o anjo
Se houver batismo, os catecúmenos são apre-
do Senhor desceu do céu e, apro- sentados à assembleia e o presidente exorta o
ximando-se, retirou a pedra e sen- povo com as palavras:
tou-se nela. 3Sua aparência era Caros fiéis, apoiemos com as nos-
como um relâmpago, e suas ves- sas preces a alegre esperança dos
tes eram brancas como a neve. nossos irmãos e irmãs (...), para
4
Os guardas ficaram com tanto que Deus todo-poderoso acom-
medo do anjo, que tremeram e panhe com a sua misericórdia os
ficaram como mortos. 5Então o que se aproximam da fonte do
anjo disse às mulheres: “Não te- novo nascimento.
nhais medo! Sei que procurais Je-
sus, que foi crucificado. 6Ele não es- Se não houver batismo, mas só bênção da água
tá aqui! Ressuscitou, como havia batismal:
dito! Vinde ver o lugar em que ele Meus irmãos e minhas irmãs, invo-
estava. 7Ide depressa contar aos quemos sobre estas águas a graça
discípulos que ele ressuscitou dos de Deus Pai onipotente, para que
mortos e que vai à vossa frente em Cristo sejam reunidos aos fi-
para a Galileia. Lá vós o vereis. É lhos adotivos aqueles que renas-
o que tenho a dizer-vos”. 8As mu- cerem pelo batismo.
lheres partiram depressa do se-
pulcro. Estavam com medo, mas A seguir, todos de pé, entoa-se a ladainha (cf.
correram com grande alegria para página 79, número 20). A ladainha é omitida

55 Dia 11
se não houver batismo nem bênção de água lho e do Espírito Santo”. Olhai ago-
batismal. Neste caso, procede-se à bênção da
água (cf. coluna ao lado). Após a ladainha, se ra, ó Pai, a vossa Igreja e fazei bro-
houver batismo, o presidente reza: tar para ela a água do batismo.
Ó Deus de bondade, manifestai o Que o Espírito Santo dê, por esta
vosso poder nos sacramentos que água, a graça do Cristo, a fim de
revelam vosso amor. Enviai o espí- que o ser humano, criado à vossa
rito de adoção para criar um novo imagem, seja lavado da antiga
povo, nascido para vós nas águas culpa pelo batismo e renasça, pela
do batismo. E assim possamos ser, água e pelo Espírito Santo, para
em nossa fraqueza, instrumentos uma vida nova.
do vosso poder. Por Cristo, nosso Se for oportuno, o presidente mergulha o círio
na água e continua:
Senhor.
Nós vos pedimos, ó Pai, que por
Bênção da água batismal vosso Filho desça sobre toda esta
Se houver bênção da água batismal, o presiden-
te profere a oração sobre a água: água a força do Espírito Santo. E
todos os que, pelo batismo, forem
Ó Deus, pelos sinais visíveis dos
sepultados na morte com Cristo
sacramentos, realizais maravilhas
ressuscitem com ele para a vida.
invisíveis. Ao longo da história da
salvação, vós vos servistes da água Por Cristo, nosso Senhor.
O presidente retira o círio da água e a assem-
para fazer-nos conhecer a graça bleia aclama:
do batismo. Já na origem do mun- AS: Fontes do Senhor, bendizei
do, vosso espírito pairava sobre as o Senhor. Louvai-o e exaltai-o
águas para que elas concebessem para sempre.
a força de santificar. Nas próprias Cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a
águas do dilúvio, prefigurastes o profissão de fé e é batizado (cf. página seguinte).
nascimento da nova humanidade,
de modo que a mesma água se- Bênção da água
pultasse os vícios e fizesse nascer Se não houver batismo nem bênção da água
batismal, o presidente benze a água para a
a santidade. Concedestes aos fi- aspersão e para quem tiver o costume de levá-
lhos de Abraão atravessar o mar -la para casa:
Vermelho a pé enxuto, para que, Meus irmãos e minhas irmãs, in-
livres da escravidão, prefiguras- voquemos o Senhor nosso Deus
sem o povo nascido na água do para que se digne abençoar esta
batismo. Vosso Filho, ao ser batiza- água, que vai ser aspergida sobre
do nas águas do Jordão, foi ungi- nós, recordando o nosso batismo.
do pelo Espírito Santo. Pendente Que ele se digne renovar-nos, pa-
da cruz, do seu coração aberto pe- ra que permaneçamos fiéis ao
la lança fez correr sangue e água. Espírito que recebemos (breve
Após sua ressurreição, ordenou silêncio). Senhor nosso Deus, ve-
aos apóstolos: “Ide, fazei meus lai sobre o vosso povo e, nesta
discípulos todos os povos e ba- noite santa em que celebramos
tizai-os em nome do Pai e do Fi- a maravilha da nossa criação e a
Dia 11 56
maravilha ainda maior da nossa possa desunir, para que o pecado
redenção, dignai-vos abençoar es- não domine sobre vós?
ta água. Fostes vós que a criastes AS: Renuncio.
para fecundar a terra, para lavar
PR: Para seguir Jesus Cristo, re-
nossos corpos e refazer nossas
nunciais ao demônio, autor e prin-
forças. Também a fizestes instru-
cípio do pecado? AS: Renuncio.
mento da vossa misericórdia: por
ela libertastes o vosso povo do PR: Credes em Deus, Pai todo-po-
cativeiro e aplacastes no deserto deroso, criador do céu e da terra?
a sua sede; por ela os profetas AS: Creio.
anunciaram a vossa aliança, que PR: Credes em Jesus Cristo, seu
era vosso desejo concluir com a único Filho, nosso Senhor, que nas-
humanidade; por ela, finalmente, ceu da Virgem Maria, padeceu e
consagrada pelo Cristo no Jordão, foi sepultado, ressuscitou dos mor-
renovastes, pelo banho do novo tos e subiu ao céu? AS: Creio.
nascimento, a nossa natureza pe-
PR: Credes no Espírito Santo, na
cadora. Que esta água seja para
santa Igreja católica, na comu-
nós uma recordação do nosso ba-
nhão dos santos, na remissão dos
tismo e nos faça participar da ale-
pecados, na ressurreição dos mor-
gria dos que foram batizados na
tos e na vida eterna? AS: Creio.
Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
PR: O Deus todo-poderoso, Pai
Renovação das promessas de nosso Senhor Jesus Cristo, que
do batismo nos fez renascer pela água e pe-
Todos, de pé e com as velas acesas, renovam as lo Espírito Santo e nos concedeu o
promessas do batismo. perdão de todo pecado, guarde-
PR: Meus irmãos e minhas irmãs, -nos em sua graça para a vida eter-
pelo mistério pascal fomos no ba- na, no Cristo Jesus, nosso Senhor.
tismo sepultados com Cristo para AS: Amém.
vivermos com ele uma vida nova. Apagam-se as velas. Enquanto o presidente
Por isso, terminados os exercícios asperge a assembleia com a água benta, entoa-
da Quaresma, renovemos as pro- -se um canto apropriado (cf. página 80, nº 21).
messas do nosso batismo, pelas Preces da assembleia
quais já renunciamos a satanás e PR: Irmãos e irmãs, nesta noite santa,
suas obras e prometemos servir apresentemos ao Deus do universo os
a Deus na santa Igreja católica. nossos pedidos, dizendo:
Portanto: AS: Vinde, Senhor, com vosso amor.
PR: Para viver na liberdade dos 1. Sobre a Igreja, que se rejubila com
filhos e filhas de Deus, renunciais a ressurreição do vosso Filho, nós vos
clamamos:
ao pecado? AS: Renuncio.
2. Sobre os governantes, responsáveis
PR: Para viver como irmãos e ir- por conduzir a sociedade por cami-
mãs, renunciais a tudo que vos nhos de vida, nós vos clamamos:
57 Dia 11
3. Sobre os que perseveram na espe- penhor da eternidade. Por Cristo,
rança e no bem em meio às provações, nosso Senhor.
nós vos clamamos: Prefácio da Páscoa I (“nesta noite”) e (sugestão)
4. Sobre os que necessitam de forças Oração Eucarística I (página 5).
para anunciar a Boa-nova de Cristo res-
suscitado, nós vos clamamos: Antífona da comunhão: O Cristo,
nossa Páscoa, foi imolado; celebremos
5. Sobre nossa comunidade, que vos
a festa com o pão sem fermento, o pão
dá graças por vossa bondade e mise-
da retidão e da verdade, aleluia!
ricórdia, nós vos clamamos:
Pode haver outras preces da comunidade. Depois da comunhão
PR: Tudo isso, ó Pai, vos pedimos por
Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. Ó Deus, derramai em nós o vosso
espírito de caridade, para que, sa-
LITURGIA EUCARÍSTICA ciados pelos sacramentos pascais,
A quarta parte da Vigília Pascal é a litur- permaneçamos unidos no vosso
gia eucarística. Alimentando-nos com amor. Por Cristo, nosso Senhor.
a Eucaristia, renovamos e fortalecemos
nosso compromisso com a vida nova de RITOS FINAIS
Cristo ressuscitado.
Esta noite santa confirme nossa vocação
Sobre as oferendas de mulheres e homens novos em Cristo.
A ressurreição do Senhor afugente da
Acolhei, ó Deus, com estas oferen- nossa vida o medo e as trevas. O Deus da
das, as preces do vosso povo, para vida, que ressuscitou seu Filho, nos res-
que a nova vida, que brota do mis- suscite a cada dia para uma vida nova.
tério pascal, seja, por vossa graça, Bênção solene (página 9).

DIA 12 DE ABRIL – DOMINGO


PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(branco, glória, sequência, creio, prefácio da Páscoa I – 1ª semana do saltério)

Sugestões e lembretes para o tempo da Páscoa: 1) Preparar ambiente alegre e festivo. 2) Antes
ou após a saudação do presidente, acender o círio pascal e incensá-lo (enquanto a assembleia
canta um refrão apropriado). 3) Valorizar o rito da aspersão. 4) Na missa vespertina deste dia da
Páscoa, pode-se proclamar o Evangelho de Lucas 24,13-35.

RITOS INICIAIS
Antífona da entrada: Ressuscitei, ó Pai, e
sempre estou contigo: pousaste sobre mim
a tua mão, tua sabedoria é admirável, ale-
luia! (Sl 138,18.5s)
Este é o dia que o Senhor fez para nós: ale-
gremo-nos e nele exultemos, celebrando
o acontecimento central de nossa fé: a
ressurreição de Cristo. Vencendo a morte, Jesus permanece conosco para sempre.
A Eucaristia é para nós, que vimos e acreditamos, a força para testemunhar ao
mundo a vida nova que recebemos do Ressuscitado.

Dia 12 58
Oração do dia E Jesus nos mandou pregar ao
42

Ó Deus, por vosso Filho unigênito, povo e testemunhar que Deus


vencedor da morte, abristes hoje o constituiu juiz dos vivos e dos
para nós as portas da eternidade. mortos. 43Todos os profetas dão
Concedei que, celebrando a res- testemunho dele: ‘Todo aquele
surreição do Senhor, renovados que crê em Jesus recebe, em seu
pelo vosso Espírito, ressuscitemos nome, o perdão dos pecados’”. –
na luz da vida nova. Por nosso Palavra do Senhor.
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Salmo responsorial 117(118)
na unidade do Espírito Santo. (CD: Cantando os Salmos - Ano A, volume 1,
faixa 32 – Paulus)
LITURGIA DA PALAVRA Este é o dia que o Senhor fez para
Ouvindo a Palavra de Deus, façamos a nós: / alegremo-nos e nele exulte-
experiência da pedra removida e do tú- mos!
mulo vazio. Ressuscitados com Cristo e  2       
 4 
      
         
suas testemunhas, caminhamos em bus-

   
ca das coisas celestes.       
      

         

I leitura (Atos 10,34.37-43) 


 
                
    

Leitura dos Atos dos Apóstolos


1. Dai graças ao Senhor, porque
– Naqueles dias, 34Pedro tomou
ele é bom! / “Eterna é a sua mise-
a palavra e disse: 37“Vós sabeis o
ricórdia!” / A casa de Israel agora
que aconteceu em toda a Judeia,
o diga: / “Eterna é a sua misericór-
a começar pela Galileia, depois do
dia!” – R.
batismo pregado por João: 38co-
mo Jesus de Nazaré foi ungido por 2. A mão direita do Senhor fez ma-
Deus com o Espírito Santo e com ravilhas, / a mão direita do Senhor
poder. Ele andou por toda parte, me levantou. / Não morrerei, mas,
fazendo o bem e curando a todos ao contrário, viverei / para cantar
os que estavam dominados pe- as grandes obras do Senhor! – R.
lo demônio, porque Deus estava 3. A pedra que os pedreiros rejei-
com ele. 39E nós somos testemu- taram / tornou-se agora a pedra
nhas de tudo o que Jesus fez na angular. / Pelo Senhor é que foi
terra dos judeus e em Jerusalém. feito tudo isso: / que maravilhas
Eles o mataram, pregando-o nu- ele fez a nossos olhos! – R.
ma cruz. 40Mas Deus o ressuscitou
no terceiro dia, concedendo-lhe II leitura (Colossenses 3,1-4)
manifestar-se 41não a todo o po- Leitura da carta de são Paulo aos
vo, mas às testemunhas que Deus Colossenses – Irmãos, 1se ressusci-
havia escolhido: a nós, que come- tastes com Cristo, esforçai-vos por
mos e bebemos com Jesus, de- alcançar as coisas do alto, 2onde
pois que ressuscitou dos mortos. está Cristo, sentado à direita de
59 Dia 12
Deus; aspirai às coisas celestes e Madalena foi ao túmulo de Jesus,
não às coisas terrestres. 3Pois vós bem de madrugada, quando ain-
morrestes, e a vossa vida está es- da estava escuro, e viu que a pe-
condida, com Cristo, em Deus. dra tinha sido retirada do túmulo.
4
Quando Cristo, vossa vida, apa- 2
Então ela saiu correndo e foi en-
recer em seu triunfo, então vós contrar Simão Pedro e o outro dis-
aparecereis também com ele, re- cípulo, aquele que Jesus amava, e
vestidos de glória. – Palavra do Se- lhes disse: “Tiraram o Senhor do
nhor. túmulo e não sabemos onde o
Sequência colocaram”. 3Saíram, então, Pedro
e o outro discípulo e foram ao
1. Cantai, cristãos, afinal: / “Salve, túmulo. 4Os dois corriam juntos,
ó vítima pascal!” / Cordeiro ino- mas o outro discípulo correu mais
cente, o Cristo / abriu-nos do Pai depressa que Pedro e chegou pri-
o aprisco. meiro ao túmulo. 5Olhando para
2. Por toda ovelha imolado, / do dentro, viu as faixas de linho no
mundo lava o pecado. / Duelam chão, mas não entrou. 6Chegou
forte e mais forte: / é a vida que também Simão Pedro, que vinha
enfrenta a morte. correndo atrás, e entrou no túmu-
3. O rei da vida, cativo, / é morto, lo. Viu as faixas de linho deitadas
mas reina vivo! / Responde, pois, no chão 7e o pano que tinha esta-
ó Maria: / no teu caminho o que do sobre a cabeça de Jesus, não
havia? posto com as faixas, mas enrolado
4. “Vi Cristo ressuscitado, / o tú- num lugar à parte. 8Então entrou
mulo abandonado. / Os anjos da também o outro discípulo, que ti-
cor do sol, / dobrado ao chão o nha chegado primeiro ao túmulo.
lençol... Ele viu e acreditou. 9De fato, eles
ainda não tinham compreendido
5. O Cristo, que leva aos céus, /
a Escritura, segundo a qual ele de-
caminha à frente dos seus!” / Res-
via ressuscitar dos mortos. – Pala-
suscitou de verdade. / Ó rei, ó Cris-
vra da salvação.
to, piedade!
Na missa vespertina, pode-se também procla-
Evangelho (João 20,1-9) mar (Lucas 24,13-35):

Aleluia, aleluia, aleluia. Proclamação do evangelho de


Jesus Cristo segundo Lucas – 13Na-
O nosso cordeiro pascal, / Jesus Cristo,
quele mesmo dia, o primeiro da
já foi imolado. / Celebramos, assim,
esta festa / na sinceridade e verdade
semana, dois dos discípulos de
(1Cor 5,7s). – R. Jesus iam para um povoado, cha-
Proclamação do evangelho de mado Emaús, distante onze quilô-
Jesus Cristo segundo João – 1No metros de Jerusalém. 14Conversa-
primeiro dia da semana, Maria vam sobre todas as coisas que ti-
Dia 12 60
nham acontecido. 15Enquanto con- devia sofrer tudo isso para entrar
versavam e discutiam, o próprio na sua glória?” 27E, começando por
Jesus se aproximou e começou a Moisés e passando pelos profe-
caminhar com eles. 16Os discípu- tas, explicava aos discípulos todas
los, porém, estavam como que as passagens da Escritura que fa-
cegos e não o reconheceram. 17En- lavam a respeito dele. 28Quando
tão Jesus perguntou: “O que ides chegaram perto do povoado para
conversando pelo caminho?” Eles onde iam, Jesus fez de conta que
pararam, com o rosto triste, 18e um ia mais adiante. 29Eles, porém, in-
deles, chamado Cléofas, lhe dis- sistiram com Jesus, dizendo: “Fica
se: “Tu és o único peregrino em conosco, pois já é tarde e a noi-
Jerusalém que não sabe o que lá te vem chegando!” Jesus entrou
aconteceu nestes últimos dias?” para ficar com eles. 30Quando se
19
Ele perguntou: “O que foi?” Os sentou à mesa com eles, tomou
discípulos responderam: “O que o pão, abençoou-o, partiu-o e
aconteceu com Jesus, o nazareno, lhes distribuía. 31Nisso os olhos
que foi um profeta poderoso em dos discípulos se abriram, e eles
obras e palavras, diante de Deus reconheceram Jesus. Jesus, po-
e diante de todo o povo. 20Nossos rém, desapareceu da frente deles.
sumos sacerdotes e nossos chefes 32
Então um disse ao outro: “Não
o entregaram para ser condenado estava ardendo o nosso coração
à morte e o crucificaram. 21Nós es- quando ele nos falava pelo cami-
perávamos que ele fosse libertar nho e nos explicava as Escrituras?”
Israel, mas, apesar de tudo isso, 33
Naquela mesma hora, eles se
já faz três dias que todas essas levantaram e voltaram para Je-
coisas aconteceram! 22É verdade rusalém, onde encontraram os
que algumas mulheres do nosso onze reunidos com os outros. 34E
grupo nos deram um susto. Elas estes confirmaram: “Realmente, o
foram de madrugada ao túmulo Senhor ressuscitou e apareceu a
23
e não encontraram o corpo de- Simão!” 35Então os dois contaram
le. Então voltaram, dizendo que o que tinha acontecido no cami-
tinham visto anjos e que estes afir- nho e como tinham reconhecido
maram que Jesus está vivo. 24Al- Jesus ao partir o pão. – Palavra da
guns dos nossos foram ao túmulo salvação.
e encontraram as coisas como as Pistas para a reflexão: I leitura: Pedro,
mulheres tinham dito. A ele, po- no seu discurso, apresenta uma catequese
rém, ninguém o viu”. que sintetiza a vida de Jesus: ungido para
a missão, foi morto pelas autoridades, mas
25
Então Jesus lhes disse: “Como Deus o ressuscitou e ele agora está presente
sois sem inteligência e lentos para na vida da comunidade e da Igreja. II leitu-
ra: Se ressuscitamos com Cristo, devemos
crer em tudo o que os profetas viver a vida nova da ressurreição, não mais
falaram! 26Será que o Cristo não presos às coisas da terra, mas buscando as

61 Dia 12
coisas do alto: os valores que Jesus revelou e irmãs falecidos (lembrar falecidos re-
e que constituem o reino anunciado por centes da comunidade), nós vos pedi-
ele. Evangelho (Jo 20,1-9): Maria Madalena
madruga e vai visitar o túmulo de Jesus. Ao mos.
vê-lo aberto (pedra removida), assusta-se e Pode haver outras preces da comunidade.
vai contar o ocorrido à comunidade. Dois PR: Tudo isso, ó Pai, vos pedimos por
apóstolos vão constatar o fato: Pedro não
consegue ver além do que viu; o discípulo
Cristo, nosso Senhor.
amado tinha diante dos olhos as mesmas AS: Amém.
coisas, mas, pela iluminação da fé, vê além
das aparências e acredita. Evangelho (Lc LITURGIA EUCARÍSTICA
24,13-35): A escuta da Palavra de Deus, a
acolhida do peregrino, a partilha do pão e Jesus, Rei da vida e Cordeiro imolado,
a comunidade reunida são sinais que nos vive glorioso à direita do Pai e entre nós.
põem em comunhão com o Ressuscitado. Ele se oferece a nós como alimento a fim
Os discípulos reconhecem Jesus na hora de nos guiar para a liberdade dos filhos
em que ele parte o pão para partilhá-lo.
Quando nos deixamos conduzir por Jesus e
e filhas de Deus.
escutamos sua Palavra, nosso coração arde.
Sobre as oferendas
Preces da assembleia Transbordando de alegria pascal,
PR: Irmãos e irmãs, para que Jesus vi- nós vos oferecemos, ó Deus, o
vesse para sempre entre nós, o Pai o sacrifício pelo qual a vossa Igreja
ressuscitou. Apresentemos nossas ne- maravilhosamente renasce e se
cessidades ao Deus da vida, respon- alimenta. Por Cristo, nosso Senhor.
dendo a cada prece: Prefácio da Páscoa I (“neste dia”) e (sugestão)
Oração Eucarística I (página 5).
AS: Transformai-nos, Senhor,
em novas criaturas. Antífona da comunhão: O Cristo,
1. Senhor da vida, que dedicais à hu- nossa Páscoa, foi imolado; celebremos
a festa com pão sem fermento, o pão
manidade um amor infinito, fortalecei
da retidão e da verdade, aleluia! (1Cor
a Igreja na missão de proclamar o amor
5,7s)
sem limites do Ressuscitado, nós vos
pedimos. Depois da comunhão
2. Vós que fazeis maravilhas aos nossos Guardai, ó Deus, a vossa Igreja
olhos, auxiliai nossos governantes na sob a vossa constante proteção
missão de proporcionar vida digna a
todos os cidadãos, nós vos pedimos.
para que, renovados pelos sacra-
mentos pascais, cheguemos à luz
3. Vós, cuja misericórdia é eterna, der-
da ressurreição. Por Cristo, nosso
ramai sobre os que testemunham a
ressurreição de Jesus a caridade e a Senhor.
alegria do Espírito Santo, nós vos pedi-
RITOS FINAIS
mos.
Cristo ressuscitou e caminha à nossa
4. Vós, que fizestes este dia para nós,
frente, conduzindo-nos para a vida ple-
ajudai-nos a nos alegrar com todos os na em Deus. Corramos ao seu encontro
que se renovam com as celebrações e, em nosso dia a dia, procuremos acom-
pascais, nós vos pedimos. panhá-lo em cada passo que ele nos con-
5. Vós, que ressuscitastes vosso Filho, vida a dar.
acolhei em vossa casa nossos irmãos Bênção solene (página 9).

Dia 12 62
III – VIA-SACRA

ORAÇÃO INICIAL
Dirigente: Senhor Jesus, queremos nesta via-sacra seguir vossos passos no
caminho para o Calvário. Neste longo e difícil trajeto, suportastes dores, injúrias
e humilhações. Ajudai-nos a meditar estas estações com muita fé e devoção.
Queremos aprender de vós a fidelidade a Deus, mesmo diante das dificuldades
que nos cercam ao longo da vida. A “via dolorosa” é essencialmente um exercício
de piedade e devoção, um caminho que nos permite purificar nossos passos
no vosso seguimento. Que esta via crucis aumente em nós o amor a Deus e às
pessoas que sofrem.

PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Quando o “povo” pediu a crucificação
de Jesus, Pilatos pediu água e lavou as mãos, di-
zendo: “Não sou responsável pelo sangue des-
te homem. É um problema de vocês”. Depois de
mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser cruci-
ficado.
Leitor 2: Quando rezamos a via-sacra, medi-
tando a paixão e morte de Jesus, não podemos
nos fixar apenas no sofrimento do Senhor, mas
somos chamados ao compromisso de nos lembrarmos igualmente dos crucifi-
cados da nossa sociedade. Há muitos “servos sofredores” condenados injusta-
mente também em nossos dias. Nossa fé nem sempre consegue transformar a
realidade de trevas que nos cerca. Rezemos para que nos conscientizemos da
responsabilidade que temos para com nossos irmãos sofredores.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
A morrer crucificado, / teu Jesus é condenado /: por teus crimes, pecador.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus carrega sua cruz

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

63
Leitor 1: Jesus recebe sobre os ombros a
cruz e se dirige ao monte Calvário, também
chamado Gólgota, onde será crucificado. A
cruz era um antigo instrumento de suplício,
usado para executar bandidos e marginais
condenados à morte.
Leitor 2: Assim como Jesus, cada um de nós
é chamado a carregar a própria cruz. Ele não
nos livrou de nossas cruzes; ao contrário, propôs como condição para segui-lo
que cada um assumisse a própria cruz. Pode ser a cruz da falta de trabalho, da
falta de teto, da falta de terra, da falta de saúde, da desarmonia familiar. Peçamos
a Jesus que nos ajude a carregar nossa cruz, sem perder a confiança nele, que
nos sustenta com sua força.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Com a cruz é carregado / e do peso acabrunhado, /: vai morrer por teu amor.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Jesus caminha cansado e abatido sob o
peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue,
suas forças se esgotam, e ele cai. Com chicotes,
os soldados o forçam a se levantar e continuar o
caminho para o Calvário.
Leitor 2: A queda de Jesus é consequência da
perda de suas forças físicas, debilitado pelos
açoites e golpes que recebeu. Ainda hoje Jesus
cai, quando se vê desacreditado em razão da miséria existente no mundo. Ele
ensinou a partilhar, mas a realidade é que poucos vivem com muito e muitos
não têm nem o que comer e vão procurar comida no lixo. Que Deus nos ajude
a superar a indiferença para com tanta miséria que vemos ao nosso redor.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Pela cruz tão oprimido, / cai Jesus desfalecido /: pela tua salvação.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

QUARTA ESTAÇÃO
Jesus se encontra com sua mãe
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

64
Leitor 1: Mãe e filho se encontram e se abraçam
em meio à dor insuportável. Eles tudo partilham
até a cruz, até o fim. Sem palavras, a dor leva-nos
a compartilhar este momento sofrido, expresso
em seus rostos.
Leitor 2: Quão grande foi a dor de Maria ao ver,
tão ultrajado e desfigurado, o filho que gerou na
carne! Assim também foi grande a dor de Jesus
ao ver o tamanho do sofrimento de sua mãe. A dor de Maria espelha a das mães
que têm filhos ainda jovens nos hospitais, nas penitenciárias, no mundo das
drogas. Quantas se desesperam ao verem os filhos mortos. Peçamos à Virgem
Maria que dê forças a todas as mães que sofrem por seus filhos.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
De Maria lacrimosa, / sua mãe tão dolorosa, /: vê a imensa compaixão.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

QUINTA ESTAÇÃO
Simão ajuda Jesus a carregar a cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Enquanto levavam Jesus para ser cru-
cificado, Simão de Cirene, que voltava do campo,
foi obrigado a carregar a cruz para que Jesus não
desfalecesse pelo caminho, pois tinha de per-
manecer vivo até a crucifixão.
Leitor 2: Jesus ensinou que não iríamos encon-
trar uma estrada fácil, sem contradições, dor, so-
frimento e doenças. O importante é saber que
ele está perto de nós e nos ajuda a carregar nos-
sas cruzes do dia a dia. Jesus nos quer próximos de todas as pessoas que sofrem
pelos mais variados motivos. Somos chamados a carregar a cruz uns dos outros.
Rezemos para que o Senhor nos dê sensibilidade para perceber as pessoas que
necessitam de nosso auxílio.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Em extremo desmaiado, / deve auxílio tão cansado /: receber do Cireneu.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

SEXTA ESTAÇÃO
Verônica enxuga o rosto de Jesus
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

65
Leitor 1: Uma mulher que assistia à passagem de
Jesus se comove ao ver a cena e decide limpar a
face do condenado tingida de sangue. No pano
usado por Verônica ficou gravado o rosto ensan-
guentado de Jesus.
Leitor 2: Verônica, compadecida, enxuga as lágri-
mas e o sangue no rosto do Senhor e nos ensina a
enxugar as lágrimas desesperadas de quem não tem um teto para morar, não tem
um trabalho, não tem saúde. É assustador o número de desempregados no Brasil, e
é impressionante a quantidade de pessoas que moram nas ruas de nossas cidades
e são ignoradas. Lembremos todos aqueles que se compadecem do sofrimento
dos outros. Peçamos ao Senhor o dom da compaixão e da humanização.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
O seu rosto ensanguentado, / por Verônica enxugado, /: eis, no pano apareceu.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

SÉTIMA ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Jesus sabia do fim que o esperava. Seu
espírito estava preparado, mas seu corpo estava
esgotado e abatido. Por isso, caminhava com di-
ficuldade e, não aguentando mais, pela segunda
vez cai sob a cruz.
Leitor 2: As forças de Jesus vão enfraquecendo, e
ele cai mais uma vez. As forças de milhões de pes-
soas também enfraquecem quando aqueles que
nos governam procuram apenas os próprios interesses. A Campanha da Frater-
nidade nos incentiva a estender a mão a tantos caídos ao longo do caminho: ver,
sentir compaixão e cuidar dos que sofrem, à semelhança do bom samaritano.
Rezemos para que o Senhor, assim como suscitou santa irmã Dulce dos Pobres,
suscite muitos e generosos samaritanos que estendam a mão aos que sofrem,
de modo que sejamos “Igreja em saída”.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Outra vez desfalecido, / pelas dores abatido, /: cai em terra o Salvador.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

OITAVA ESTAÇÃO
Jesus consola as mulheres de Jerusalém

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

66
Leitor 1: Já estavam próximos do monte Calvá-
rio. Jesus, abatido pela dor e vendo suas forças
esgotadas, ainda tem ânimo suficiente para con-
solar as mulheres que, chorando, lamentavam o
sofrimento dele.
Leitor 2: Jesus continua a consolar as mulheres
de hoje: as discriminadas, as desempregadas, as
injustamente remuneradas; ele consola as mulheres obrigadas a fazer dupla jor-
nada de trabalho para sustentar a própria família. As que consolam e socorrem
tantas pessoas necessitadas, a exemplo de Jesus. Oremos por todas as mulheres
que, mesmo no sofrimento e na dor, tornam-se sinais de esperança e de conso-
lação para os outros.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Das mulheres piedosas, / de Sião filhas chorosas, /: é Jesus consolador.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

NONA ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Jesus já não suporta o cansaço e a dor,
suas forças já não o sustentam, por isso cai pela
terceira vez sob o peso da cruz. Quiseram dar-lhe
vinho misturado com fel para aliviar a dor, mas
ele não quis beber.
Leitor 2: As forças de Jesus faltam, mas não lhe fal-
ta a confiança em Deus Pai. Jesus continua a acre-
ditar no desígnio salvífico de Deus, que não quer o sofrimento de ninguém, so-
bretudo aquele sofrimento que, sendo produto do egoísmo, corrói o relaciona-
mento humano e leva à total desumanização. Quantos caídos existem – desempre-
gados, doentes, discriminados, descartados – que necessitam de alguém que lhes
estenda a mão. Peçamos ao Senhor que nos livre do egoísmo.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Cai, terceira vez, prostrado / pelo peso redobrado /: dos pecados e da cruz.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA ESTAÇÃO
Jesus é despojado de suas vestes

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

67
Leitor 1: Os soldados tomam as roupas de Jesus
e fazem um sorteio, para ver a parte que cabe a
cada um. Assim se cumpre a profecia de Isaías: “Re-
partiram entre si minhas vestes e lançaram sorte
sobre minha túnica”.
Leitor 2: Despojar Jesus de suas vestes é mais do
que despi-lo do pouco de roupa que ainda lhe res-
ta. Com esse gesto, querem humilhá-lo e tirar-lhe a
dignidade. Procuram desacreditar seu ensinamento e suas ações. Com isso, ele
se sente só e é objeto de riso e desprezo. À semelhança de Jesus, muitos se en-
contram despojados de sua dignidade por falta de emprego, saúde e moradia.
Não esqueçamos essas pessoas.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Dos vestidos despojado, / por verdugos maltratado, /: eu vos vejo, meu Jesus.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO


Jesus é pregado na cruz

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Jesus é crucificado. São cravados pre-
gos de ferro que lhe rasgam a carne, dilacerando
mãos e pés. A cruz é erguida, Jesus fica suspenso
entre o céu e a terra. Agora é o fim, ele está defi-
nitivamente condenado.
Leitor 2: Jesus chega ao ápice da sua paixão.
Apesar do ódio e do desprezo com que é tratado,
não demonstra vingança: “Pai, perdoa-lhes, não
sabem o que fazem”. Cada chaga de Jesus repre-
senta nossas chagas. São muitas as feridas que sangram na vida das pessoas:
discriminação, ódio, intolerância, arrogância, indiferença, condenações injus-
tas... Peçamos a Deus que ilumine os poderes públicos para que vejam e curem
as chagas do povo brasileiro.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Sois por mim à cruz pregado, / insultado, blasfemado, /: com cegueira e com furor.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO


Jesus morre na cruz

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

68
Leitor 1: Depois de longa e terrível agonia, Jesus
lança seu último grito do alto da cruz: “Pai, em
tuas mãos entrego o meu espírito”. Em seguida,
inclina a cabeça e entrega o espírito a Deus.
Leitor 2: Com a morte na cruz, Jesus levou a ter-
mo sua entrega total por nós. Quem ensinou a
mansidão morreu de forma violenta. Foi manso
não só no momento da morte, mas em todo o
caminho até o Calvário. Jesus perdoa às pessoas
que o injuriaram e o crucificaram. Na cruz, ensina a cada um de nós o perdão in-
condicional e o que é ser manso e humilde de coração. Peçamos a Jesus a graça
de sermos dóceis ao seu exemplo de perdão e de mansidão.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Por meus crimes padecestes, / meu Jesus, por mim morrestes; /: como é grande
a minha dor.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO


Jesus é descido da cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: Às vésperas do sábado, José de Arima-
teia foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Com a
permissão da autoridade romana, José comprou
um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o en-
rolou no lençol. Maria, sua mãe, recebeu-o nos
braços.
Leitor 2: O corpo de Jesus é descido da cruz e
encontra mãos que o acolhem com tristeza e, ao
mesmo tempo, com carinho. Muitos o acompa-
nham com olhar tristonho: sua mãe, algumas mulheres e o discípulo amado. A
presença das mulheres até o fim contrasta com a atitude medrosa dos discípulos.
Desde o começo alegre na Galileia até o final doloroso, elas o acompanharam
e serviram. Lembremos as mães e os pais que recebem nos braços os filhos
assassinados ou mortos por falta de assistência pública à saúde.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Do madeiro vos tiraram / e nos braços vos deixaram /: de Maria, que aflição.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO


Jesus é sepultado
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

69
Leitor 1: Depois de envolvê-lo num lençol, José
de Arimateia colocou o corpo de Jesus num tú-
mulo escavado na rocha, onde ninguém ainda
tinha sido sepultado, e rolou uma grande pedra
para fechar a entrada do túmulo.
Leitor 2: No momento da deposição, começa a
realizar-se a palavra de Jesus: “Em verdade, em
verdade vos digo: se o grão de trigo não morrer,
permanece só; mas, se morrer, dá muito fruto”.
Jesus é o grão de trigo que morre. Do grão de trigo morto começa a grande mul-
tiplicação do pão que dura para sempre. Ele é o pão da vida que é dado por
nós. O Senhor Jesus nos conceda a graça de frutificarmos por meio de nossas
boas obras.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
No sepulcro vos deixaram, / enterrado vos choraram, /: magoado o coração.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO


Jesus ressuscita dos mortos

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.


Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor 1: No domingo de madrugada, as mulhe-
res foram ao túmulo e viram que estava vazio.
Dois homens com vestes claras e brilhantes lhes
perguntaram: “Por que procuram entre os mor-
tos quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressus-
citou”.
Leitor 2: Jesus não acabou no sepulcro; Deus o
ressuscitou. Sua ressurreição é garantia de nossa
futura ressurreição e nos diz que o pecado, a injustiça e a morte não têm a
última palavra. A última palavra é a vida, e vida plena. Com Jesus ressuscitado
ninguém está destinado a permanecer para sempre na sombra da morte, mas
sim a viver para sempre com ele. Essa é a nossa fé, nossa esperança, que nos im-
pulsiona a viver como irmãos e irmãs.
Pai-nosso... Ave-maria... Glória...
Meu Jesus, por vossos passos / recebei em vossos braços /: a mim, pobre pecador.
Pela virgem dolorosa, / vossa mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus.

ORAÇÃO FINAL

Dirigente: Senhor Jesus, terminamos o percurso da via-sacra; meditamos e


rezamos, contemplando os sofrimentos que enfrentastes no caminho até o

70
Calvário. Sobre vossa cruz resplandece a luz da esperança, que não nos permite
voltar atrás. A vossa cruz se torne para nós sinal de vitória. Ajudai-nos a abraçá-la
com amor, para que possamos vislumbrar o brilho da vossa ressurreição. Vós
que viveis e reinais para sempre. Todos: Amém.
Dirigente: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos: Para sempre seja louvado.

IV – CELEBRAÇÃO DA RECONCILIAÇÃO
Sugestões: 1) Nesta celebração, pode-se reali- AS: Bendito seja Deus, que nos reu-
zar o sacramento da reconciliação – se houver a niu no amor de Cristo.
presença do sacerdote para a absolvição sacra-
mental – ou fazer a celebração sem a absolvição Motivação (sentados)
sacramental. 2) Em lugar visível, exponha-se a
Bíblia aberta, com uma vela acesa e o cartaz da AN (animador): Somos convidados a
Campanha da Fraternidade deste ano ao seu fazer uma parada e olhar para dentro
lado. 3) A equipe de liturgia pode escolher ele-
mentos ou símbolos que representem conver-
de nós mesmos, a fim de examinar nos-
são, reconciliação e penitência (crucifixo, música sa caminhada de cristãos. Pelo batismo,
de caráter penitencial, galhos secos, cartaz com assumimos compromissos com a famí-
imagens que retratem problemas enfrentados lia de Deus. Vamos repassar alguns ensi-
pelo povo, papéis com menções a pecados so- namentos e atitudes de Jesus:
ciais). 4) O presidente da celebração é o ministro
ordenado ou leigo. 5) A critério da equipe, o 1) Jesus enfatiza o mandamento do
padre (se houver) pode atender as confissões amor. Diz que devemos amar a Deus
individuais, enquanto a comunidade celebra. 6) acima de todas as pessoas e de todas as
Não há necessidade de seguir tudo o que está
indicado nesta celebração; a equipe seja criativa
coisas. Nós, porém, muitas vezes, deixa-
para selecionar o que ache mais importante. mos Deus de lado. Só nos lembramos
dele quando a falta de saúde nos abala
RITOS INICIAIS e os negócios vão mal. O trabalho diá-
rio nos envolve tanto, que não sobra
Bem-vindos, irmãos e irmãs, a esta ce- tempo para Deus nem para a comuni-
lebração de conversão. Hoje teremos a dade.
oportunidade de reconhecer humilde-
2) Jesus nos deixou esta ordem: “Amai-
mente que somos pecadores; cheios de
-vos uns aos outros como eu vos amei”.
confiança, invocaremos a misericórdia e
Nós, contudo, esquecemos que Jesus
o perdão de Deus e, ao final, à semelhan-
nos amou até derramar seu sangue. Di-
ça de Zaqueu, poderemos assumir novo
zemos que amamos o próximo, mas na-
projeto de vida.
da fazemos concretamente para so-
Canto de abertura, página 76, número 6. corrê-lo. Desconhecemos nossos vizi-
Acolhida nhos e suas necessidades. De maneira
egoísta, pensamos: “Cada um que se
PR (presidente): Iniciemos nossa cele- vire, eu cuido do que é meu”.
bração penitencial em nome do Pai e
3) Jesus nos ensinou a repartir: repartir
do Filho e do Espírito Santo.
comida, tempo, carinho, palavra de con-
AS (assembleia): Amém. forto... No entanto, nossa preocupa-
PR: A graça de nosso Senhor Jesus Cris- ção, em geral, é ajuntar. Ajuntar dinhei-
to, o amor do Pai e a comunhão do Espí- ro, mantimentos, roupas, calçados. Em
rito Santo estejam sempre convosco. vez de repartir, acumulamos.

71
4) O projeto de Jesus exige de nós a prá- Evangelho (Lucas 19,1-10)
tica da justiça. Por vezes, entretanto, tra-
PR: O Senhor esteja conosco!
tamos mal as pessoas, também as de
nossa própria família. Falamos mal da AS: Ele está no meio de nós!
vida alheia, promovendo a fofoca. Ca- PR: Proclamação do Evangelho de @
luniamos, sem calcular o estrago que is- Jesus Cristo segundo Lucas.
so pode provocar. Nada ou pouco faze-
AS: Glória a vós, Senhor!
mos para acabar com a desigualdade,
a fome, a violência em nossa socieda- PR: Naquele tempo, 1Jesus tinha entra-
de. do em Jericó e estava atravessando a
5) A Palavra de Deus nos ensina tam- cidade. 2Havia ali um homem chama-
bém a respeitar a natureza (nossa ca- do Zaqueu, que era chefe dos cobra-
sa comum) e toda a obra criada por Deus. dores de impostos e muito rico. 3Za-
Muitas vezes, porém, não nos preocu- queu procurava ver quem era Jesus,
pamos com o meio ambiente, não mas não conseguia, por causa da mul-
valorizamos o precioso dom da água, tidão, pois era muito baixo. 4Então ele
produzimos lixo em excesso, destruí- correu à frente e subiu numa figueira
mos a natureza sem nenhum critério, para ver Jesus, que devia passar por
não cuidamos dos bens e das coisas ali. 5Quando Jesus chegou ao lugar,
públicas de nossas cidades. olhou para cima e disse: “Zaqueu, des-
ce depressa! Hoje eu devo ficar em tua
Por essas e outras razões, queremos, casa”. 6Ele desceu depressa e recebeu
com humildade, abrir a Deus nosso Jesus com alegria. 7Ao ver isso, todos
coração arrependido. Devemos es- começaram a murmurar, dizendo: “Ele
tar dispostos a arrancar do coração to- foi hospedar-se na casa de um peca-
da maldade, todo fingimento, toda dor!” 8Zaqueu ficou de pé e disse ao
mentira, e revestir-nos de sinceridade, Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos
misericórdia e bondade. meus bens aos pobres e, se defraudei
Deixar breve momento de silêncio. alguém, vou devolver quatro vezes
Oração (de pé) mais”. 9Jesus lhe disse: “Hoje a salvação
entrou nesta casa, porque também es-
PR: Pai de misericórdia e Deus de toda te homem é um filho de Abraão. 10Com
consolação, vinde em auxílio do vosso efeito, o Filho do homem veio procurar
povo, para que se converta e viva. Aju- e salvar o que estava perdido”. – Pala-
dai-nos a reconhecer os nossos peca- vra da salvação.
dos, ouvindo vossa Palavra, e a dar-vos
AS: Glória a vós, Senhor!
graças pelo perdão recebido. Sinceros
em nosso amor, santifiquemo-nos em Outros evangelhos possíveis: Mateus 4,12-17;
Mateus 22,34-40; Lucas 15,1-10; Lucas 15,11-32;
Cristo, vosso Filho, que convosco vive João 15,9-14.
e reina para sempre.
AS: Amém! Pontos de reflexão (sentados)
Com base nos pontos abaixo ou em outros, o
LITURGIA DA PALAVRA animador conduz com calma esta parte, a fim de
que a assembleia possa meditar sobre o trecho
A Palavra de Deus nos ajuda a reconhe- do evangelho. Após cada ponto, é oportuno fa-
cer nossa condição de pecadores, revela- zer um instante de silêncio. (Esses pontos só são
-nos o projeto de Jesus e nos anima a válidos se for lido Lucas 19,1-10.)
pôr em prática nossos propósitos. Aco- 1) Zaqueu tem muitos bens materiais,
lhamos com alegria a mensagem de sal- mas sente-se vazio por dentro, porque
vação. não tem Deus. Embora seja importante

72
satisfazer as necessidades físicas, aten- 5) Meu relacionamento com as coisas:
der apenas a elas não basta. O ser hu- dar o devido lugar ao que tenho (pau-
mano necessita preencher também a sa).
sua dimensão espiritual (pausa).
Salmo 51 (em dois coros)
2) Zaqueu decide sair de casa a fim de
ver Jesus. Para encontrar Deus, o ser L1 (lado 1): Tem piedade de mim, ó
humano precisa sair de si mesmo, de Deus, conforme tua misericórdia. / Por
seu mundo limitado. Além disso, preci- tua infinita compaixão, apaga a minha
sa estar disposto a acolher Jesus e sua culpa.
proposta: “Zaqueu, hoje devo ficar em L2 (lado 2): Lava-me completamente
tua casa” (pausa). de minha falta / e purifica-me do meu
3) Jesus dedica a Zaqueu tempo, com- pecado.
preensão, salvação: “O Filho do homem L1: Porque reconheço minhas trans-
veio procurar e salvar o que estava per- gressões / e o meu pecado está sempre
dido”. A salvação é dom gratuito de na minha frente.
Deus, mas se realiza com a colaboração L2: Contra ti, somente contra ti é que
da pessoa (pausa). eu pequei, / eu fiz o que é mau aos teus
4) Zaqueu, a partir do encontro com Je- olhos.
sus, dispõe-se a consertar o que “estra- L1: Assim, tu és justo ao falar, / e sem re-
gou” e se lança para novo projeto de provação no julgamento.
vida. Converte-se e quer assumir a vida
L2: Eis que eu nasci na iniquidade, / e
nova que Jesus lhe mostrou. Desce do
minha mãe me concebeu no pecado.
seu orgulho e arrogância, nascidos do
apego ao dinheiro (pausa). L1: Sim, desejas a verdade no íntimo do
Canto de meditação.
ser / e, em segredo, tu me fazes conhe-
cer a sabedoria.
Exame de consciência L2: Purifica-me com hissope, e ficarei
AN: Cada um de nós conhece as faltas puro. / Lava-me, e ficarei mais branco do
que cometeu, sem necessidade de mi- que a neve.
nuciosa investigação para descobri-las. L1: Faze-me ouvir o júbilo e a alegria,
O mais importante é nosso sincero de- / e que se alegrem os ossos que tritu-
sejo de começar um projeto de vida raste.
nova. Por isso, os pontos aqui propos-
L2: Oculta a tua face dos meus peca-
tos visam apenas iluminar aspectos re-
dos, / apaga todas as minhas iniquida-
levantes de nossa vida que precisamos
des.
melhorar.
L1: Ó Deus, cria em mim um coração
1) Meu relacionamento com Deus: im- puro, / confirma em meu interior um es-
portância de Deus na minha vida (pausa). pírito novo.
2) Meu relacionamento comigo mes- L2: Não me afastes para longe do teu
mo: cuidado e valorização da minha vi- rosto, / não retires de mim teu santo es-
da (pausa). pírito.
3) Meu relacionamento com os outros: L1: Devolve-me o júbilo da tua salva-
importância do outro para minha vida ção, / e um espírito generoso me man-
(pausa). tenha firme.
4) Meu relacionamento com a nature- L2: Ensinarei os teus caminhos aos cul-
za: valorizar e respeitar a obra de Deus pados / e para ti se voltarão os peca-
(pausa). dores.

73
L1: Livra-me do sangue, ó Deus, ó Deus, E peço à Virgem Maria, aos anjos e
meu salvador, / e minha língua cele- santos e a vós, irmãos e irmãs, que
brará tua justiça. rogueis por mim a Deus, nosso Se-
L2: Abre-me os lábios, Senhor, / e mi- nhor.
nha boca anunciará o teu louvor. PR: Senhor, tende piedade de nós.
L1: Pois não queres nenhum sacrifício / AS: Senhor, tende piedade de nós.
e, se te oferto um holocausto, não o PR: Cristo, tende piedade de nós.
aceitas. AS: Cristo, tende piedade de nós.
L2: Sacrifícios para Deus são espíritos PR: Senhor, tende piedade de nós.
alquebrados. / Corações alquebrados e
abatidos, ó Deus, tu não os desprezas. AS: Senhor, tende piedade de nós.
Se houver a presença do padre e a critério dele,
L1: Fazei o bem a Sião, por tua bonda- pode haver a absolvição comunitária. A seguir,
de, / reconstrói as muralhas de Jerusa- convidar para o abraço da paz.
lém. PR: Todos juntos rezemos a oração de
L2: Então sentirás prazer nos sacrifícios filhos e filhas que Jesus nos ensinou:
de justiça, / nos holocaustos e ofertas AS: Pai nosso que estais nos céus,
totais. santificado seja o vosso nome; venha
a nós o vosso reino, seja feita a vossa
RITO DA RECONCILIAÇÃO (de pé)
vontade, assim na terra como no
Reconhecemos que falhamos em muitos céu. O pão nosso de cada dia nos dai
pontos. Ofendemos a Deus e ofendemos hoje; perdoai-nos as nossas ofensas,
a muitas pessoas. Com humildade e es- assim como nós perdoamos a quem
pírito desarmado, vamos manifestar o nos tem ofendido; e não nos deixeis
nosso arrependimento. cair em tentação, mas livrai-nos do
Entoar um canto (cf. página 77, número 8). mal. 
Ato de contrição Canto final: página 78, número 17.

PR: Confessemos os nossos pecados: PR: Estivemos reunidos em nome do


Pai e do Filho e do Espírito Santo.
AS: Confesso a Deus todo-poderoso
e a vós, irmãos e irmãs, que pequei AS: Amém.
muitas vezes por pensamentos e PR: Louvado seja nosso Senhor Jesus
palavras, atos e omissões, por mi- Cristo.
nha culpa, minha tão grande culpa. AS: Para sempre seja louvado.

V – VISITA ÀS FAMÍLIAS
Durante a Semana Santa, em muitas paróquias, é comum os ministros (ordenados e leigos)
visitarem as famílias. Nessas visitas, pode-se realizar a bênção à família e a unção e bênção dos
doentes (se houver).

BÊNÇÃO À FAMÍLIA (e ao doente, se houver)

Acolhida Ministro: A graça de nosso Senhor Je-


Ministro: Em nome do Pai e do Filho sus Cristo, o amor do Pai e a comunhão
e do Espírito Santo. do Espírito Santo estejam sempre com
Todos: Amém. vocês.

74
Todos: Bendito seja Deus, que nos sestes fazer da família o sacramento de
reuniu no amor de Cristo. Cristo e da Igreja. Derramai copiosa bên-
Motivação ção sobre esta família, reunida em vos-
so nome, a fim de que os que nela vivem
Ministro: Irmãos e irmãs, a família tem num só amor possam ajudar-se uns aos
importância particular tanto para a outros em todas as necessidades da
Igreja como para a sociedade, sendo vida e mostrar sua fé pela palavra e pe-
ela a célula primeira e vital de ambas.
lo exemplo. Por Cristo, nosso Senhor.
Nesta visita, queremos invocar a bên-
ção do Senhor, para que os membros Todos: Amém.
desta família sejam sempre colabora- Oração da bênção ao doente
dores da graça e mensageiros da fé nas
Ministro: Senhor, que passastes pelo
diversas circunstâncias da vida. Com a
mundo fazendo o bem e curando a to-
ajuda de Deus, vocês possam cumprir
a missão que ele espera da família. A dos, nós vos pedimos que abençoeis
vivência fraterna, harmoniosa e soli- @ este/a vosso/a filho/a enfermo/a.
dária entre os membros já constitui Dai-lhe a força do corpo e a firmeza do
uma bênção para a família e é também espírito, a resistência à dor e a saúde,
testemunho para a sociedade. para que, voltando ao convívio dos en-
tes queridos, com alegria vos bendiga.
Evangelho (Mateus 7,24-25) Por Cristo, nosso Senhor.
Ministro: Dizia Jesus: “Quem ouve Todos: Amém.
minhas palavras e as põe em prática O ministro, se tiver óleo, pode ungir o doente
será comparado a um homem de juízo, e, a seguir, aspergir a família e a casa, enquanto
que construiu sua casa sobre a rocha. rezam o pai-nosso.
A chuva caiu, vieram as enxurradas, os Ministro: O Senhor Jesus, que morou
ventos sopraram e bateram contra es- em Nazaré com sua família, permaneça
sa casa, e ela não caiu, porque estava sempre nesta família, defendendo-a
alicerçada sobre a rocha”. de todo mal, e lhe conceda ser um só
Pode haver breve reflexão. coração e uma só alma. Todos: Amém.
Oração da bênção à família Ministro: Louvado seja nosso Senhor
Ministro: Ó Deus, criador e misericor- Jesus Cristo.
dioso salvador do vosso povo, vós qui- Todos: Para sempre seja louvado.

VI – CANTOS
CD: SEU AMOR É SEM FIM 2. Procissão (faixa 2)
CANTOS PARA A Glória, louvor e honra a ti, / Cristo, Rei,
SEMANA SANTA – COLETÂNEA redentor! (bis)
DOMINGO DE RAMOS 1. De Israel Rei esperado, / de Davi ilus-
tre Filho, / o Senhor é que te envia, /
1. Abertura (faixa 1) ouve, pois, nosso estribilho!
Hosana ao Filho de Davi! (bis) 2. Todos juntos te celebram, / quer na
1. Bendito o que vem em nome do Se- terra ou nas alturas; / cantam todos
nhor! teus louvores, / anjos, homens, cria-
2. Rei de Israel, hosana nas alturas! turas!

75
3. Veio a ti o povo hebraico / com seus Onde está o teu irmão, eu estou pre-
ramos e suas palmas. / Também hoje sente nele.
te trazemos / nossos hinos, nossas 2. “Eu passei fazendo o bem, eu curei
almas. todos os males”; / hoje és minha pre-
4. Festejaram tua entrada, / que ao Cal- sença junto a todo sofredor. / On-
vário conduzia. / Mas agora que tu de sofre o teu irmão, eu estou so-
reinas, / bem maior é nossa alegria! frendo nele.
5. Agradaram-te os seus hinos, / nossos 3. “Entreguei a minha vida pela salva-
hinos, igualmente; / o que é bom tu ção de todos”; / reconstrói, protege a
sempre acolhes, / Rei bondoso, Rei vida de indefesos e inocentes. / On-
clemente! de morre o teu irmão, eu estou mor-
rendo nele.
3. Aclamação (faixa 3)
4. “Vim buscar e vim salvar o que es-
Salve, ó Cristo obediente! / Salve, amor
tava já perdido”; / busca, salva e re-
onipotente / que te entregou à cruz / e
conduze a quem perdeu toda a es-
te recebeu na luz!
perança. / Onde salvas teu irmão, tu
O Cristo obedeceu até a morte, / hu- me estás salvando nele.
milhou-se e obedeceu o bom Jesus. 5. “Este pão, meu corpo e vida para a sal-
/ Humilhou-se e obedeceu, sereno e vação do mundo”, / é presença e ali-
forte, / humilhou-se e obedeceu até mento nesta santa comunhão. / On-
a cruz. de está o teu irmão, eu estou, tam-
4. Oferendas (faixa 4) bém, com ele.
Ó morte, estás vencida / pelo Senhor 6. “Salvará a sua vida quem a perde,
da vida, / pelo Senhor da vida! quem a doa”; / “Eu não deixo perecer
1. O servo do Senhor / fez sua nossa dor. nenhum daqueles que são meus”. /
Onde salvas teu irmão, tu me estás
2. De Adão a triste sorte / ao Cristo trou- salvando nele.
xe a morte.
7. “Da ovelha desgarrada eu me fiz o
3. Eis o Cordeiro mudo, / vazio está de bom pastor”; / reconduze, acolhe e
tudo. guia a quem de mim se extraviou: /
4. Amou a humilhação, / por ela a re- onde acolhes teu irmão, tu me aco-
denção. lhes, também, nele.
5. Ao Filho e a ti, Senhora, / chegada é
a hora. SEGUNDA, TERÇA E
QUARTA-FEIRA SANTAS
6. A espada te feria, / pois mãe tu és,
Maria. 6. Abertura (faixa 6)
7. Mãe nossa és também, / à nossa casa Senhor, eis aqui o teu povo, / que vem im-
vem! plorar teu perdão; / é grande o nosso
pecado, / porém é maior o teu coração.
8. O sangue, no suplício, / selou o sacri-
fício. 1. Sabendo que acolheste Zaqueu, o
cobrador, / e assim lhe devolveste
5. Comunhão (faixa 5) tua paz e teu amor, / também nos co-
“Eu vim para que todos tenham vida, / locamos ao lado dos que vão / bus-
que todos tenham vida plenamente.” car no teu altar a graça do perdão.
1. Reconstrói a tua vida em comunhão 2. Revendo em Madalena a nossa pró-
com teu Senhor; / reconstrói a tua vi- pria fé, / chorando nossas penas dian-
da em comunhão com teu irmão. / te dos teus pés, / também nós dese-

76
jamos o nosso amor te dar, / porque 3. Mas encontra seu prazer na lei de
só muito amor nos pode libertar. Deus / e a medita, dia e noite, sem
3. Motivos temos nós de sempre con- cessar.
fiar, / de erguer a nossa voz, de não 4. Eis que ele é semelhante a uma ár-
desesperar. / Olhando aquele gesto vore / que à beira da torrente está
que o bom ladrão salvou, / não foi plantada.
também por nós teu sangue que jor- 5. Ela sempre dá seus frutos a seu tem-
rou? po / e jamais as suas folhas vão mur-
7. Aclamação (faixa 7) char.
Honra, glória, poder e louvor / a Jesus, 6. Pois Deus vigia o caminho dos elei-
nosso Deus e Senhor! tos, / mas a estrada dos malvados
leva à morte.
O homem não vive somente de pão, /
mas de toda palavra da boca de Deus! CEIA DO SENHOR
8. Oferendas (faixa 8) 10. Abertura (faixa 10)
Eis o tempo de conversão, / eis o dia Quanto a nós, devemos gloriar-nos na
da salvação: / ao Pai voltemos, juntos cruz / de nosso Senhor Jesus Cristo, /
andemos. / Eis o tempo de conversão! que é nossa salvação, nossa vida, /
1. Os caminhos do Senhor / são verda- nossa esperança de ressurreição, / e
de, são amor: / dirigi os passos meus: pelo qual fomos salvos e libertos.
/ em vós espero, ó Senhor! / Ele guia 1. Esta é a noite da ceia pascal, / a ceia
ao bom caminho / quem errou e quer em que nosso Cordeiro se imolou.
voltar. / Ele é bom, fiel e justo, / ele
busca e vem salvar. 2. Esta é a noite da ceia do amor, / a ceia
em que Jesus por nós se entregou.
2. Viverei com o Senhor: / ele é o meu
sustento. / Eu confio, mesmo quando 3. Esta é a ceia da nova aliança, / a alian-
/ minha dor não mais aguento. / Tem ça confirmada no sangue do Senhor.
valor aos olhos seus / meu sofrer e 11. Aclamação (faixa 11)
meu morrer: / libertai o vosso servo “Eu vos dou um novo mandamento: /:
/ e fazei-o reviver!
que vos ameis uns aos outros, / assim
3. A palavra do Senhor / é a luz do meu como eu vos amei”, disse o Senhor.
caminho; / ela é vida, é alegria: / vou
guardá-la com carinho. / Sua lei, seu 12. Lava-pés (faixa 12)
mandamento / é viver a caridade: / 1. Jesus, erguendo-se da ceia, / jarro e
caminhemos todos juntos, / cons- bacia tomou, / lavou os pés dos dis-
truindo a unidade! cípulos, / este exemplo nos deixou.
/ Aos pés de Pedro inclinou-se. / “Ó
9. Comunhão (faixa 9)
mestre, não, por quem és!” /: “Não
Agora, o tempo se cumpriu, / o Reino terás parte comigo / se não lavar os
já chegou. / Irmãos, convertam-se / e teus pés.”
creiam firmes no evangelho!
2. “És o Senhor, tu és o mestre, / os
1. Feliz aquele homem que não anda / meus pés não lavarás.” / “O que ora
conforme os conselhos dos perver- faço não sabes, / mas depois com-
sos. preenderás. / Se eu, vosso mestre
2. Que não entra no caminho dos mal- e Senhor, / vossos pés hoje lavei, /:
vados / nem junto aos zombadores lavai os pés uns dos outros, / eis a
vai sentar-se. lição que vos dei.”

77
3. “Eis como irão reconhecer-vos / co- PAIXÃO DO SENHOR
mo discípulos meus: / se vos amais
15. Aclamação
uns aos outros”, / disse Jesus para os Canto igual ao número 3.
seus. / “Dou-vos novo mandamento,
/ deixo, ao partir, nova lei: /: que vos 16. Adoração da cruz (faixa 16)
ameis uns aos outros, / assim como Fiel madeiro da santa cruz, / ó árvore
eu vos amei!” sem rival. / Que selva outro lenho
produz / que traga em si fruto igual?
13. Oferendas (faixa 13) / Quão doce peso conduz, / ó lenho
Onde o amor e a caridade, / Deus aí celestial! / Fiel madeiro da santa cruz,
está! (bis) / ó árvore sem rival!
1. Congregou-nos num só corpo / o 1. Cantem meus lábios a luta / que so-
amor de Cristo. / Exultemos, pois, e bre a cruz se travou; / cantem o no-
nele jubilemos. / Ao Deus vivo nós bre triunfo / que no madeiro alcan-
temamos, mas amemos. / E, sinceros, çou / o redentor do universo, / quan-
uns aos outros / nos queiramos. do por nós se imolou.
2. Todos juntos, num só corpo, / con- 2. O Criador teve pena / do primitivo
gregados: / pela mente não sejamos casal, / que foi ferido de morte, / co-
separados! / Cessem lutas, cessem mendo o fruto fatal, / e marcou logo
rixas, dissensões, / mas esteja em outra árvore / para curar-nos do mal.
nosso meio / Cristo Deus! 3. Tal ordem foi exigida / na obra da sal-
3. Juntos um dia, com os eleitos, / nós vação: / cai o inimigo no laço / de sua
vejamos / tua face gloriosa, Cristo própria invenção. / Do próprio lenho
Deus: / gáudio puro, que é imenso e da morte / Deus fez nascer redenção.
que ainda vem, / pelos séculos dos 4. Na plenitude dos tempos, / a hora
séculos. / Amém. santa chegou / e, pelo Pai enviado, /
14. Comunhão (faixa 14) nasceu do mundo o autor; / e duma
virgem no seio / a nossa carne tomou.
1. Eu quis comer esta ceia agora, / pois
5. Seis lustros tendo passado, / cumpriu
vou morrer, já chegou minha hora.
a sua missão. / Só para ela nascido,
Tomai, comei, é meu corpo e meu san- / livre se entrega à paixão. / Na cruz
gue que dou. / Vivei no amor! / Eu vou se eleva o Cordeiro / como perfeita
preparar / a ceia na casa do Pai (bis). oblação.
2. Comei o pão: é meu corpo imolado 6. Glória e poder à Trindade. / Ao Pai e
/ por vós, perdão para todo pecado. ao Filho, louvor. / Honra ao Espírito
3. E vai nascer do meu sangue a esperan- Santo. / Eterna glória ao Senhor, /
ça, / o amor, a paz, uma nova aliança. que nos salvou pela graça / e nos re-
4. Eu vou partir, deixo o meu testamen- miu pelo amor.
to. / Vivei no amor! Eis o meu man- 17. Comunhão (faixa 17)
damento. Prova de amor maior não há / que
5. Irei ao Pai; sinto a vossa tristeza. / Po- doar a vida pelo irmão (bis).
rém, no céu, vos preparo outra mesa. 1. Eis que eu vos dou o meu novo man-
6. De Deus virá o Espírito Santo, / que damento: / “Amai-vos uns aos outros
vou mandar pra enxugar vosso pranto. como eu vos tenho amado”.
7. Eu vou, mas vós me vereis novamen- 2. Vós sereis os meus amigos se seguir-
te; / estais em mim, e eu em vós es- des meu preceito: / “Amai-vos uns aos
tou presente. outros como eu vos tenho amado”.

78
3. Como o Pai sempre me ama, assim 7. Noite mil vezes feliz, /: o opressor foi
também eu vos amei: / “Amai-vos uns despojado, :/ os pobres enriqueci-
aos outros como eu vos tenho amado”. dos, /: o céu e a terra imanados!
4. Permanecei em meu amor e segui 8. Noite mil vezes feliz; /: em círio de
meu mandamento: / “Amai-vos uns virgem cera, :/ nova esperança se
aos outros como eu vos tenho amado”. acende /: no seio da tua Igreja!
5. E, chegando a minha páscoa, vos 9. Noite mil vezes feliz, /: noite clara co-
amei até o fim: / “Amai-vos uns aos mo o dia, :/ na luz de Cristo glorioso,
outros como eu vos tenho amado”. /: exultemos de alegria!
6. Nisto todos saberão que vós sois os 19. Aclamação (faixa 19)
meus discípulos: / “Amai-vos uns aos SOLO: Aleluia! AS: Aleluia! (3x)
outros como eu vos tenho amado”.
Aleluia, aleluia, aleluia, / aleluia! (bis)
VIGÍLIA PASCAL 1. Rendei graças ao Senhor! Que seu
amor é sem fim! / Diga o povo de Is-
18. Proclamação da Páscoa (faixa 18) rael / que seu amor é sem fim! / Digam
Exulte de alegria / dos anjos a mul- os seus sacerdotes / que seu amor é
tidão (bis). Exultemos também nós / sem fim! / Digam todos os que o te-
por tão grande salvação! (bis) mem / que seu amor é sem fim!
Do grande Rei a vitória / cantemos o 2. Eis o dia do Senhor! / Alegres nele
resplendor (bis). Das trevas surgiu a exultemos! / Que nos salve, implore-
glória, / da morte, o libertador (bis). mos, / alegres nele exultemos! / Bem-
O Senhor esteja convosco! Está no -vindos à sua casa, / alegres nele exul-
meio de nós! (bis) Os corações para o temos! / Nós todos, os seus amados,
alto! / A Deus ressoe nossa voz! (bis) / alegres nele exultemos!
1. No esplendor desta noite, /: que viu 20. Ladainha dos Santos (faixa 20)
os hebreus libertos, :/ nós, os cristãos Senhor, tende piedade de nós (bis).
bem despertos, /: brademos: morreu Jesus Cristo, tende piedade de nós (bis).
a morte! Senhor, tende piedade de nós (bis).
Bendito seja Cristo, Senhor, / que é do 1. SOLO: Maria, mãe de Deus, / AS: ro-
Pai imortal esplendor! (bis) gai a Deus por nós! / Ó Virgem Ima-
2. No esplendor desta noite, /: que viu culada... / Senhora Aparecida... / Das
vencer o Cordeiro, :/ por Cristo salvos, dores, mãe amada...
cantemos /: a seu sangue justiceiro! Rogai por nós! Rogai por nós! (bis)
3. No esplendor desta noite, /: que viu 2. Ó anjos do Senhor... / Miguel e Ra-
ressurgir Jesus, :/ do sepulcro, exul- fael... / De Deus os mensageiros... /
temos: /: pela vitória da cruz! Arcanjo Gabriel...
4. Noite mil vezes feliz, /: Deus por nós 3. Sant’Ana e são Joaquim... / Isabel
seu Filho deu, :/ O Filho salva os es- e Zacarias... / João, o precursor... /
cravos; /: quem tanto amor mereceu? Esposo de Maria...
5. Noite mil vezes feliz; /: ó feliz culpa 4. São Pedro e são Paulo... / São João
de Adão! :/ Que mereceu tanto amor, e são Mateus... / São Marcos e são
/: que recebeu o perdão! Lucas... / São Judas Tadeu...
6. Noite mil vezes feliz, /: aniquilou-se 5. Estêvão e Lourenço... / São Cosme
a maldade, :/ as algemas se quebra- e Damião... / Inácio de Antioquia... /
ram, /: despontou a liberdade! Mártir Sebastião...

79
6. Maria Madalena... / Inês e Luzia... / San- 23. Comunhão (faixa 24)
ta Felicidade... / Perpétua e Cecília... Celebremos nossa Páscoa na pureza,
7. Gregório e Atanásio... / Basílio e Agos- / na verdade: aleluia, aleluia!
tinho... / São Bento e santo Amaro... 1. Dai graças ao Senhor, pois ele é bom,
/ Ambrósio e são Martinho... / eterna é a sua misericórdia.
8. Francisco e Domingos... / Antônio e 2. A mão direita do Senhor fez mara-
Gonçalo... / Vianney e Benedito... / vilhas, / a mão direita do Senhor me
São Raimundo Nonato... levantou!
9. Teresa e Teresinha... / Santa Rosa de
3. Não morrerei, mas, ao contrário, vi-
Lima... / Margarida Maria... / De Sena
verei / para cantar as grandes obras
Catarina...
do Senhor.
Ó Senhor, sede nossa proteção, / ou-
vi-nos, Senhor! / Para que nos livreis 4. A pedra que os pedreiros rejeitaram
de todo mal... / Para que nos livreis / tornou-se agora a pedra angular.
da morte eterna... / Vos pedimos, 5. Este é o dia que o Senhor fez para
por vossa encarnação... / Pela vossa nós, / alegremo-nos e nele exulte-
paixão e ascensão... / Pelo envio do mos.
Espírito de amor... / Apesar de nós
sermos pecadores... DOMINGO DA PÁSCOA
Se houver batismo: 24. Abertura (faixa 25)
Vida nova dai a estes batizandos... ANTÍFONA: Na verdade, o Cristo res-
Se não houver batismo: suscitou, aleluia!
Tornai santa esta água batismal... A ele o poder e a glória pelos séculos
Jesus Cristo, ouvi-nos! (bis) Jesus Cris- eternos!
to, atendei-nos! (bis) 1. Senhor, vós me sondais e conheceis,
21. Aspersão (faixa 22) / sabeis quando me sento ou me le-
Banhados em Cristo, / somos uma vanto.
nova criatura. / As coisas antigas já se 2. Percebeis quando me deito e quan-
passaram, / somos nascidos de novo. do eu ando, / os meus caminhos vos
/: Aleluia, aleluia, aleluia! são todos conhecidos.
22. Oferendas (faixa 23) 3. Por detrás e pela frente me envolveis,
1. Bendito sejas, ó rei da glória! / Res- / pusestes sobre mim a vossa mão.
suscitado, Senhor da Igreja! / Aqui 4. Esta verdade é por demais maravi-
trazemos as nossas ofertas! lhosa, / é tão sublime, que não posso
Vê com bons olhos / nossas humildes compreendê-la.
ofertas. / Tudo o que temos / seja pra 25. Aclamação (faixa 26)
ti, ó Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
2. Vidas se encontram no altar de Deus, (bis)
/ gente se doa, dom que se imola. /
Aqui trazemos as nossas ofertas! O nosso Cordeiro pascal foi imolado,
/ celebremos, pois, a festa na since-
3. Maior motivo de oferenda, / pois o
ridade e verdade!
Senhor ressuscitou / para que todos
tivessem vida. 26. Oferendas
4. Irmãos da terra, irmãos do céu, / Canto igual ao número 22.
juntos cantemos glória ao Senhor. 27. Comunhão
/ Aqui trazemos as nossas ofertas! Canto igual ao número 23.

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Levar a Palavra de Deus ao maior


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SEMANA SANTA:

Semana Santa
CONVITE AO AMOR E AO PERDÃO
Em preparação ao Tríduo Pascal, reflitamos sobre as palavras que Jesus
dirigiu ao Pai durante a sua Paixão.

2020
Terminada a Última Ceia, Jesus pediu ao Pai que o glorificasse (cf. Jo 17,1.5).
A glória, na Bíblia, se refere à ação reveladora de Deus. Jesus é aquele que
revela de modo definitivo a presença de Deus através da sua morte na cruz.
Para quem julgasse que a glória era poder e fama, Jesus mostra que a verda-
deira glória é amor: uma entrega generosa e incondicional ao outro. Façamos
nossa a oração de Jesus: peçamos ao Pai que retire os véus de nossos olhos,
para que, nestes dias, olhando para o Crucificado, possamos compreender
CONTÉM:
que Deus é amor. Quantas vezes o imaginamos patrão, e não Pai; quantas • Celebrações completas
vezes o imaginamos juiz severo, em vez de Salvador misericordioso! Mas • Celebração da Reconciliação
• Visita e bênção às famílias
Deus, na Páscoa, anula as distâncias, mostrando-se na humildade de um
• Via-Sacra
amor que solicita nosso amor. • Cantos próprios
Nós, então, damos-lhe glória quando vivemos tudo o que fazemos com
amor, quando fazemos cada coisa de coração, como para ele (cf. Cl 3,17). A
verdadeira glória é a glória do amor, porque é a única que dá a vida ao mundo.
Sim, essa glória é oposta à glória mundana, que se manifesta quando somos
admirados, louvados, aclamados: quando eu ocupo o centro das atenções. A
glória de Deus, ao invés, é paradoxal: nada de aplausos, nada de audience. No
centro não está o eu, mas o outro: na Páscoa, vemos que o Pai glorifica o Filho,
enquanto o Filho glorifica o Pai. Ninguém glorifica a si mesmo. Podemos nos
interrogar hoje: “Qual é a glória pela qual vivo? A minha ou a de Deus? Desejo
somente receber dos outros ou também doar aos outros?”.
Já no jardim do Getsêmani, tomado de uma profunda angústia, Jesus se
dirige ao Pai, com o termo carinhoso Abbá (cf. Mc 14,33-36), ensinando-nos
a encontrar consolo e força junto do Pai, e a não cair na tentação da solidão e
do isolamento.
Por fim, pregado na cruz, no momento da dor mais aguda, Jesus exclama,
intercedendo por nós: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazen-
do!” (cf. Lc 23,34): o sofrimento, vivido com amor, se converte em perdão.
Desse modo, somos convidados a viver dando sempre glória a Deus, ou seja,
com amor e perdão.

Papa Francisco
(Síntese da catequese do dia 17/4/2019)

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