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A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
E O ESTATUTO DA
Criança e do
Adolescente
e a Legislação
Complementar
Fernando Luz
Referências......................................................................................................30
Breve contexto Porque esse termo remonta ao período em que o olhar do Estado para com
crianças e adolescentes, sob a ótica da Doutrina da Situação Irregular,
HISTÓRICO somente os enxergava como pessoas “portadoras de necessidades” e, quando
muito, podiam receber algumas benevolências assistenciais. A partir da
O processo de redemocratização no Bra- visão traduzida pela Doutrina da Proteção Integral, indistintamente todas
sil coincide, principalmente na década de as crianças e adolescentes são vistos como sujeitos de direitos. O próprio
1980, com um período em que se constata, sentido da palavra denota uma visão superada de superioridade do adulto
em nível mundial, uma mudança profun- em relação a crianças e adolescentes. Portanto, por mais que possa parecer
da do olhar da sociedade sobre crianças um simples ato de encurtar a forma como se identifica esse grupo etário,
e adolescentes: estes passam a ser vistos a expressão carrega um significado bastante depreciativo e totalmente
como sujeitos de direitos e não mais como descompassado com as normas vigentes. Não cometa esse erro!
objetos de tutela.
Até então, a legislação brasileira sobre
crianças e adolescentes era marcada
pelo que se denominou de Doutri-
na da Situação Irregular, que
permeou todo o conjunto
das políticas sociais bra-
sileiras com um caráter
paternalista, assistencia-
lista e tutelar.
A superação do assis-
tencialismo e do pater-
nalismo ocorre quando
se supera a visão de que o
atendimento das necessi-
dades básicas dessa popu-
lação não era um favor, mas
sim direitos legal e constitu-
cionalmente assegurados.
Indiscutivelmente, houve
uma mudança paradigmática.
A visão da “criança-objeto” da
“criança menor” é confrontada
por forte mobilização social que
percebia a criança como sujeito
de direitos (PINHEIRO, 2006).
LINHA DO Tempo
cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, A simples leitura do art. 1º das duas edições do Código de
discriminação, exploração, Menores, comparada ao último art. 1º, já denota claramente
violência, crueldade e opressão. (...) a mudança da nova legislação, que trata universalmente
§ 4º A lei punirá severamente o todas as crianças e adolescentes a partir do mesmo
abuso, a violência e a exploração patamar de sujeitos de direitos. Confira:
sexual da criança e do adolescente.
DO CÓDIGO DE MENORES AO ECA
1927 - Art.1º O menor, de um ou outro sexo, abandonado
ou delinquente, que tiver menos de 18 anos de idade,
será submetido pela autoridade competente às medidas
de assistência e proteção contidas neste Código.
1979 - Art. 1º Esta Lei dispõe sobre assistência, proteção
e vigilância a menores.
1990 - Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral
à criança e ao adolescente.
#FICAADICA
ASSISTA A ESSES VÍDEOS INTERESSANTES SOBRE O TEMA:
Direitos Humanos: o que são e para que servem?
(Plataforma EduLivre) -
www.edulivre.org.br/trilhas/19467/direitos-humanos-o-
que-sao-e-para-que-servem.
Prof. Antonio Carlos Gomes da Costa – Princípios do ECA -
www.youtube.com/watch?v=It-bZaFuXP0&t=44s.
Este fascículo é parte integrante do Programa de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação
Demócrito Rocha e a Câmara Municipal de Fortaleza, sob o nº 001/2019.
Todos os direitos desta edição reservados à: EXPEDIENTE: FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA João Dummar Neto Presidente André Avelino de Azevedo
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